REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202411131908
Maria Bonfim Gomes Monteiro
Valdineia de Souza Pereira Schossler
Wallisson Tiago Lopes
Orientador: Prof. Daniel Ramos de Andrade
Resumo: Este estudo explora a importância da psicologia hospitalar e o papel fundamental do psicólogo em equipes multidisciplinares no contexto hospitalar. Inserido em um cenário que busca integrar saúde física e bem-estar emocional, o trabalho examina como a atuação do psicólogo contribui para o cuidado integral do paciente. O objetivo é compreender de que forma o psicólogo, ao lado de outros profissionais de saúde, enriquece o atendimento e potencializa a recuperação, especialmente em situações de alta complexidade, como cuidados paliativos e emergências. Justifica-se a relevância deste estudo pela necessidade crescente de abordagens humanizadas em saúde, nas quais o apoio psicológico aos pacientes e familiares reduz o impacto emocional da hospitalização e melhora a adesão ao tratamento. A metodologia adotou uma abordagem qualitativa e descritiva, com levantamento bibliográfico em repositórios acadêmicos especializados. Foram definidos critérios de inclusão e exclusão para selecionar estudos consistentes e atualizados, garantindo uma análise criteriosa das contribuições da psicologia no ambiente hospitalar. A análise buscou identificar padrões e lacunas no conhecimento, oferecendo uma visão abrangente das práticas e dos desafios enfrentados pelos psicólogos na equipe de saúde, destacando sua função na promoção de um atendimento mais acolhedor e eficiente. Os resultados indicam que a presença do psicólogo nas equipes hospitalares contribui significativamente para o bem-estar psicossocial dos pacientes, reduzindo o estresse e facilitando a aceitação do tratamento. Observou-se também que o psicólogo atua como mediador no ambiente de saúde, promovendo uma comunicação eficaz entre a equipe multidisciplinar e os pacientes.
Palavras-chave: Psicologia Hospitalar; Equipe Multidisciplinar; Cuidado Integral.
Abstract: This study explores the importance of hospital psychology and the fundamental role of psychologists in multidisciplinary teams in the hospital context. Inserted in a scenario that seeks to integrate physical health and emotional well-being, the work examines how the work of psychologists contributes to the comprehensive care of patients. The objective is to understand how psychologists, alongside other health professionals, enrich care and enhance recovery, especially in highly complex situations, such as palliative care and emergencies. The relevance of this study is justified by the growing need for humanized approaches to health, in which psychological support for patients and families reduces the emotional impact of hospitalization and improves adherence to treatment. The methodology adopted a qualitative and descriptive approach, with a bibliographic survey in specialized academic repositories. Inclusion and exclusion criteria were defined to select consistent and updated studies, ensuring a careful analysis of the contributions of psychology in the hospital environment. The analysis sought to identify patterns and gaps in knowledge, offering a comprehensive view of the practices and challenges faced by psychologists in the health team, highlighting their role in promoting more welcoming and efficient care. The results indicate that the presence of a psychologist in hospital teams contributes significantly to the psychosocial well-being of patients, reducing stress and facilitating acceptance of treatment. It was also observed that the psychologist acts as a mediator in the health environment, promoting effective communication between the multidisciplinary team and patients.
Keywords: Hospital Psychology; Multidisciplinary Team; Comprehensive Care.
1 INTRODUÇÃO
Conforme apontado pelo Conselho Federal de Psicologia (2003), o psicólogo desempenha uma variedade de atividades no contexto da saúde, como sessões de terapia individual e em grupo, psicoprofilaxia, atendimento em ambulatórios e unidades de terapia intensiva, entre outras.
A Organização Mundial da Saúde (OMS, 2002) destaca a importância de abordar o bem-estar de forma abrangente, considerando os aspectos mentais e sociais, e ressalta a necessidade de uma abordagem interdisciplinar no ambiente hospitalar (Speroni, 2006).
O trabalho em equipe na área da saúde, impulsionado pelo modelo biopsicossocial, demanda a colaboração de diversos profissionais com habilidades e conhecimentos distintos (Cristina et al., 2008; Feriotti, 2009). A equipe multiprofissional, composta por profissionais de diferentes áreas, busca a promoção da saúde de forma integrada e interdependente (Tonetto; Gomes, 2007).
O psicólogo hospitalar desempenha um papel crucial dentro dessa equipe, lembrando os colegas da singularidade dos pacientes e dos aspectos psicológicos envolvidos na experiência da doença (Bruscato; Beneditti; Lopes, 2009). Sua atuação contribui para humanizar os atendimentos e promover uma relação mais cuidadosa com os pacientes.
É importante ressaltar que a colaboração interdisciplinar não implica em sobrevalorização de uma determinada profissão, mas sim na identificação e respeito aos limites de cada profissional (Moréet al., 2004).
O psicólogo deve facilitar a comunicação e o diálogo na equipe, promovendo relações horizontais tanto no ambiente de trabalho quanto no tratamento das demandas dos pacientes (Seidl;Costa, 1999). A atuação do psicólogo hospitalar representa um desafio que requer um olhar atento e cuidadoso por parte de toda a equipe de saúde.
Mediante o exposto, entende-se a pertinência de um maior aprofundamento deste tema, com a finalidade de responder ao seguinte problema de pesquisa: Como a psicologia contribui para a equipe multidisciplinar em ambientes hospitalares e qual é o impacto de sua atuação na promoção da saúde e no bem-estar dos pacientes?
Compreende-se a relevância da presença do psicólogo em equipes multidisciplinares em ambientes hospitalares é fundamental para proporcionar um cuidado integral aos pacientes, considerando não apenas os aspectos físicos da doença, mas também os emocionais e sociais.
A compreensão dos desafios enfrentados pelo psicólogo e o impacto de sua atuação na promoção da saúde são aspectos essenciais para aprimorar os serviços de saúde oferecidos e garantir uma melhor qualidade de vida aos pacientes e suas famílias.
Em um lugar comum, tem-se como relevância para abordar esse tema no sentido de a presença do Serviço de Psicologia nos hospitais de urgência e emergência, que é essencialmente fundamentada na complexidade e na vulnerabilidade que permeiam esse ambiente. Os hospitais de urgência e emergência são cenários onde diversos tipos e níveis de adoecimento se entrelaçam, colocando pacientes, familiares e até mesmo a própria equipe em um momento de fragilidade diante do adoecimento inesperado. Nesse contexto, a presença de um Psicólogo Hospitalar se torna crucial para oferecer suporte emocional, apoio psicológico e estratégias de enfrentamento aos indivíduos afetados (Oliveira; Faria, 2020).
O objetivo do estudo foi examinar a atuação do psicólogo nas equipes multidisciplinares em contextos hospitalares, com foco em suas atividades e no impacto de sua prática para a promoção da saúde e do cuidado integral aos pacientes, além de identificar os desafios e oportunidades enfrentados no ambiente hospitalar para o bem-estar psicossocial dos pacientes e seus familiares.
A justificativa para o estudo sobre a Psicologia da Saúde e a atuação do psicólogo no contexto hospitalar é fundamentada na relevância crescente dessas áreas frente aos desafios contemporâneos na promoção da saúde e no cuidado aos pacientes hospitalizados. Oliveira e Faria (2020) destacam a importância da Psicologia da Saúde como um campo em constante expansão, especialmente diante das mudanças sociais, econômicas e culturais que influenciam diretamente a saúde mental e física da população. Nesse sentido, compreender os aspectos psicológicos relacionados ao adoecimento e à hospitalização torna-se essencial para oferecer um cuidado integral e humanizado aos pacientes.
Além disso, Moraes et al. (2021) ressaltam a relevância da atuação do psicólogo no ambiente hospitalar, não apenas na minimização do sofrimento causado pela hospitalização, mas também na promoção do bem-estar e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
A presença do psicólogo na equipe multidisciplinar de saúde contribui para a compreensão das necessidades emocionais e psicossociais dos pacientes, facilitando a comunicação entre equipe médica, pacientes e familiares e promovendo uma abordagem mais humanizada no cuidado à saúde.
Portanto, considerando a crescente demanda por intervenções psicológicas no contexto da saúde e a importância do papel do psicólogo no ambiente hospitalar, este estudo se justifica pela necessidade de investigar e compreender melhor os desafios e as possibilidades de atuação nesse campo, visando aprimorar as práticas de cuidado e promover uma maior qualidade de vida para os pacientes hospitalizados.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O paradigma de cuidados de saúde tem historicamente sido centralizado em ambientes hospitalares desde os anos 1940, seguindo uma abordagem clínico-assistencialista. Antes da regulamentação da profissão de psicólogo em 27 de agosto de 1962 no Brasil, pela Lei nº 4.119/1962, os psicólogos primariamente trabalhavam em consultórios privados e instituições psiquiátricas.
No entanto, a partir dos anos 1960, com a evolução do mercado de trabalho na área da saúde, os hospitais gerais surgiram como um novo campo de atuação para a Psicologia, dando origem à Psicologia Hospitalar (Melo, 2015).
Com a mudança de conceito de saúde e a adoção do modelo biopsicossocial, a Psicologia encontrou novas formas de atuação na área da saúde, que em outros países é chamada de Psicologia da Saúde – Health Psychology – abrangendo práticas em instituições de diferentes níveis de atenção à saúde, sendo o conceito de “hospital” aplicado apenas aos níveis secundário e terciário.
A Psicologia Hospitalar, portanto, é um ramo da Psicologia da Saúde, que por sua vez é considerado um subcampo da Psicologia. No ambiente hospitalar, o papel do psicólogo não é tratar diretamente a doença, como faz o médico, mas sim auxiliar o paciente na restauração do equilíbrio psicológico perturbado pela doença (Melo, 2015).
A emergência da Psicologia da Saúde na década de 70 coincidiu com um período de significativas transformações em diversos âmbitos da sociedade, incluindo político, social, econômico e cultural. Esse contexto abriu novos campos de atuação para a psicologia, reconhecendo a saúde como uma dimensão distinta das doenças e destacando a diferenciação entre doenças físicas e doenças mentais (Alves, 2011).
Por sua vez, a Psicologia Hospitalar surge como um campo de intervenção voltado para o tratamento dos aspectos psicológicos relacionados ao adoecimento, com o objetivo de minimizar o sofrimento decorrente da hospitalização (Cantarelli, 2009). Dentro desse contexto, a atuação do psicólogo na equipe multidisciplinar de cuidados paliativos se destaca pela busca pela humanização das relações e pela minimização do sofrimento causado pela hospitalização (Lopes & Muner, 2020).
A Psicologia Hospitalar busca promover a interação entre os diferentes profissionais envolvidos no cuidado ao paciente, oferecendo uma abordagem multidisciplinar que considera as diversas dimensões do ser humano.
Nesse sentido, a conversa entre paciente e psicólogo é vista como fundamental, pois é através desse diálogo que se pode compreender o significado que o paciente atribui à sua doença e às suas experiências no contexto hospitalar (Lopes; Muner, 2020)
A inserção da Psicologia no contexto hospitalar desafia a definição de sua identidade profissional, entre ser uma Ciência Humana ou da Saúde, devido a fatores históricos e culturais. Assim, ao se dedicar a um campo específico dentro da saúde, a Psicologia Hospitalar ocupa um espaço distinto dos demais profissionais das Ciências Médicas.
Para que o psicólogo possa exercer efetivamente seu papel no hospital, é crucial que os outros membros da equipe compreendam sua função.
Kirchner, Ganzotto e Menegati (2012) descrevem algumas características valorizadas pela equipe multidisciplinar em relação ao trabalho do psicólogo, como ser “agradável”, “capaz de elogiar”, “afetuoso”, “ter habilidade para compreender pensamentos”, “ter voz calma”, “saber prescrever medicamentos” e “manter o paciente calmo”. Essas percepções podem resultar da falta de conhecimento sobre as diferentes especialidades, o que dificulta a compreensão das contribuições específicas de cada profissional (Waisberget al., 2008).
Muitas vezes, essa falta de conhecimento não se limita ao ambiente hospitalar, mas se estende à disciplina da Psicologia como um todo, o que pode reduzir o impacto da presença do psicólogo, levando-o a se adequar às expectativas dos outros membros da equipe (Moréet al., 2004 apud Morais; Castro;Souza, 2012).
O trabalho em equipe é essencial para reconhecer as atribuições das diferentes áreas de atuação na saúde, especialmente no que diz respeito à Psicologia (Tonetto; Gomes, 2007). No entanto, quando há equívocos na maneira como a equipe lida com as demandas recebidas, é comum que o psicólogo seja responsabilizado apenas pelos aspectos subjetivos da doença, o que dificulta a compreensão das possibilidades de atuação desse profissional por parte dos outros membros da equipe (Waisberget al., 2008).
Além disso, muitas vezes o próprio psicólogo tem pouco conhecimento sobre seu papel na instituição e as tarefas designadas a ele (Chiattone, 2000 apud Waisberget al., 2008). Essa falta de clareza muitas vezes decorre da formação, pois sem uma consolidação da disciplina da Psicologia, é difícil estruturar o trabalho com um planejamento específico e aplicar intervenções adequadas ao contexto (Torezanet al., 2013).
Dentro da equipe multidisciplinar, as atividades do psicólogo hospitalar incluem avaliação e acompanhamento psicológico de pacientes internados e ambulatoriais, atendimento individual, escuta ativa, mediação na relação entre paciente e sua condição clínica, oferecer suporte emocional, orientações e interconsultas. Em relação às famílias, o psicólogo pode fornecer explicações sobre a doença e o tratamento, oferecer apoio emocional e orientações.
O trabalho em equipe multidisciplinar exige uma comunicação clara e aberta, favorecendo o entendimento mútuo e uma abordagem integrada para proporcionar um cuidado holístico e eficaz ao paciente (Morais; Castro; Souza, 2012).
Nesse sentido, é fundamental que o psicólogo, atuando no ambiente hospitalar como parte da equipe multidisciplinar, esteja ciente da diversidade de responsabilidades atribuídas a ele. Isso inclui agir como mediador entre o paciente e os outros profissionais envolvidos nos procedimentos técnicos, promover a integração entre os membros da equipe por meio do diálogo e facilitar a troca de informações, conforme estabelecido na Resolução CFP nº 013/2007. No entanto, diversos obstáculos podem surgir, exigindo uma abordagem cuidadosa para delinear claramente o papel do psicólogo na equipe multidisciplinar, visando um cuidado abrangente e integrado (Maldonado; Canella, 2003).
Entre os principais desafios, está a idealização das expectativas da equipe em relação à chegada do psicólogo e a ilusão do próprio psicólogo em resolver todas as questões solicitadas. Segundo Maldonado e Canella (2003), esses aspectos dificultam a construção de uma relação profissional baseada em expectativas realistas. Se a equipe espera que o psicólogo resolva todos os problemas e o psicólogo aceita essa responsabilidade de forma isolada, a inserção na equipe pode ser inadequada, levando ao potencial fracasso da atuação da Psicologia no hospital.
Além disso, Nunes e Prebianchi (2011) destacam outros fatores que influenciam o trabalho do psicólogo na equipe multidisciplinar, como a necessidade de uma comunicação eficaz com os demais membros, o interesse em se aproximar de outras áreas profissionais, a gestão do conflito decorrente da alta demanda e da escassez de recursos, além da necessidade de sustentar sua expertise diante das especialidades da equipe.
É essencial que o psicólogo busque interagir e obter reconhecimento dos colegas ao destacar a importância dos aspectos emocionais nos quadros clínicos dos pacientes, contribuindo para superar os limites profissionais por meio do diálogo entre as diferentes áreas da saúde (Tonetto; Gomes, 2007).
Tonetto e Gomes (2007) também sugerem que, para a equipe multidisciplinar, as intervenções psicológicas seriam mais eficazes se o profissional focasse em um número menor de unidades, permitindo investir mais tempo nas áreas em que sua atuação é mais consolidada. Isso ocorre devido às limitações causadas pela baixa quantidade de psicólogos nas instituições hospitalares. O trabalho do psicólogo no hospital é realizado em conjunto com a equipe multidisciplinar, reunindo diversas práticas e conhecimentos para garantir a qualidade do atendimento ao paciente (Melo, 2015).
Portanto, é crucial promover uma comunicação efetiva entre a Psicologia e as outras áreas de conhecimento dos membros da equipe, possibilitando uma compreensão mais ampla das possibilidades de atuação e contribuindo para uma abordagem integrada dos aspectos relacionados à saúde do paciente (Resende et al., 2007 apud Kirchner; Ganzotto; Menegati, 2012). A comunicação facilita o engajamento da equipe e é essencial para o estabelecimento de relacionamentos interpessoais, sendo um elemento-chave para o funcionamento adequado da abordagem multidisciplinar.
A atuação integrada de uma equipe multidisciplinar é essencial para garantir uma abordagem completa e centrada no paciente, visando sua qualidade de vida e bem-estar. O papel fundamental do psicólogo nesse contexto é incorporar os aspectos psíquicos do paciente, considerando suas dimensões emocionais, cognitivas e comportamentais.
Ao trabalhar em conjunto com outros profissionais de saúde, o psicólogo contribui para uma compreensão mais profunda das necessidades do paciente e para a implementação de estratégias de enfrentamento eficazes, promovendo não apenas a recuperação física, mas também o bem-estar emocional e a adaptação às mudanças decorrentes do processo de adoecimento (Moraes et al., 2021).
3 MATERIAL E MÉTODOS
A metodologia do estudo adotou uma abordagem descritiva e qualitativa dos dados, concentrando-se no levantamento bibliográfico em repositórios acadêmicos. O processo começou com a definição clara do escopo da pesquisa e dos objetivos a serem alcançados, envolvendo a delimitação precisa do tema de estudo e a identificação das questões de pesquisa exploradas ao longo do levantamento bibliográfico.
Em seguida, foram selecionados os repositórios acadêmicos mais relevantes para o tema em questão, com base na qualidade e na abrangência dos materiais disponíveis, garantindo a inclusão de fontes confiáveis e atualizadas. Para orientar o processo de busca e seleção de materiais, foram desenvolvidos critérios claros de inclusão e exclusão, fundamentais para assegurar a relevância e a consistência dos materiais coletados e evitar a inclusão de fontes irrelevantes ou de baixa qualidade.
Com os repositórios selecionados e os critérios estabelecidos, iniciou-se o levantamento bibliográfico propriamente dito. Esse processo envolveu a utilização de estratégias de busca eficientes, como o uso de palavras-chave específicas, operadores booleanos e filtros avançados para identificar os materiais mais relevantes.
Os materiais coletados foram então submetidos a uma avaliação criteriosa, considerando sua pertinência para as questões de pesquisa, sua credibilidade e sua contribuição para o avanço do conhecimento na área. Essa avaliação permitiu selecionar os materiais mais relevantes e significativos para análise detalhada.
A análise dos materiais selecionados foi realizada de forma qualitativa, buscando identificar padrões, tendências e lacunas no conhecimento. Essa análise possibilitou uma compreensão aprofundada do tema de estudo e a identificação de pontos relevantes que podem contribuir para o desenvolvimento de novas pesquisas ou práticas na área.
Após uma busca criteriosa nos repositórios acadêmicos, foram selecionados e analisados 18 estudos que abordam a atuação do psicólogo no contexto hospitalar. Estes estudos, compilados no Quadro 1, representam uma variedade de investigações sobre o papel do psicólogo em ambientes de saúde, oferecendo uma visão abrangente da prática da psicologia hospitalar e suas diversas abordagens em equipes multidisciplinares.
Quadro 1 – Estudos selecionados para análise
Autor(es) | Ano | Título | Objetivo |
SEIDL, E.M.F.; COSTA JR., A.L. | 1999 | O psicólogo na rede pública de saúde do Distrito Federal | Analisar o papel do psicólogo na rede pública de saúde do Distrito Federal. |
MALDONADO, M. T.; CANELLA, P. | 2003 | A função do psicólogo na equipe de saúde | Descrever o papel do psicólogo na equipe de saúde e sua função de comunicação com clientes e familiares. |
MORÉ, C.L.O.; CREPALDI, M. A.; QUEIROZ, A. H.; WENDT, N. C.; CARDOSO, V. S. | 2004 | As representações sociais do psicólogo entre os residentes do programa de saúde da família e a importância da interdisciplinaridade | Analisar as representações sociais dos psicólogos e a interdisciplinaridade na saúde da família. |
SPERONI, A.V. | 2006 | O lugar da psicologia no hospital geral | Investigar o papel da psicologia dentro de hospitais gerais. |
TONETTO, A.M.; GOMES, W.B. | 2007 | A prática do psicólogo hospitalar em equipe multidisciplinar | Descrever a prática do psicólogo hospitalar em equipes multidisciplinares. |
CRISTINA, J.A. et al. | 2008 | Vivências de uma equipe multiprofissional de atendimento prehospitalar móvel em suporte avançado de vida na assistência ao adulto em situação de parada cardiorrespiratória | Examinar as experiências de uma equipe multiprofissional no atendimento de emergências cardiorrespiratórias. |
WAISBERG, A. D.; VERONEZ, F. S.; TAVANO, L. A.; PIMENTEL, M. C. | 2008 | A atuação do psicólogo na unidade de internação de um hospital de reabilitação | Descrever a atuação do psicólogo em hospitais de reabilitação. |
BRUSCATO, W.L.; BENEDITTI, C.; LOPES, S.R.A. | 2009 | A prática da psicologia hospitalar na Santa Casa de São Paulo: novas páginas em uma antiga história | Apresentar práticas de psicologia hospitalar na Santa Casa de São Paulo e sua história. |
FERIOTTI, M.L. | 2009 | Equipe multiprofissional, transdisciplinaridade e saúde: desafios do nosso tempo | Discutir a atuação multiprofissional e os desafios da transdisciplinaridade na saúde. |
ALVES, R. F. | 2011 | Psicologia da saúde: teoria, intervenção e pesquisa | Explorar a psicologia da saúde com foco em teoria, intervenção e pesquisa. |
NUNES, G. G.; PREBIANCHI, H. B. | 2011 | Caracterização do psicólogo em um contexto hospitalar | Caracterizar o papel do psicólogo no contexto hospitalar. |
KIRCHNER, L. F.; GRANZOTTO, M. D.; MENEGATTI, C. L. | 2012 | Concepções da equipe de saúde de um hospital de Curitiba/Paraná sobre a prática de psicologia | Investigar as percepções da equipe de saúde sobre a prática de psicologia em um hospital. |
MORAIS, J. L.; CASTRO, E. S. A.; SOUZA, A. M. | 2012 | A inserção do psicólogo na residência multiprofissional em saúde: um relato de experiência em oncologia | Relatar a experiência da inserção do psicólogo na residência multiprofissional em oncologia. |
TOREZAN, Z. F.; CALHEIROS, T. C.; MANDELLI, J. P.; STUMPF, V. M. | 2013 | A graduação em psicologia prepara para o trabalho no hospital? | Avaliar a formação acadêmica em psicologia para atuação hospitalar. |
MELO, C. B. | 2015 | História da psicologia e a inserção do psicólogo no hospital | Traçar a inserção do psicólogo no ambiente hospitalar e sua trajetória histórica. |
LOPES, Nathália Dornelles; MUNER, Luana Comito | 2020 | Atuação do psicólogo na equipe multidisciplinar de cuidados paliativos com pacientes oncológicos | Estudar a atuação do psicólogo em equipes de cuidados paliativos com pacientes oncológicos. |
OLIVEIRA, Caroline Pereira; FARIA, Hila Martins Campos | 2020 | Contribuições do psicólogo hospitalar em um serviço de urgência e emergência do município de Juiz de Fora: concepções da equipe multidisciplinar | Identificar as contribuições da psicologia hospitalar em serviços de emergência. |
MORAES, Letícia Maria Castelo Branco et al. | 2021 | O trabalho do psicólogo na equipe multidisciplinar dentro do contexto dos cuidados paliativos no Brasil: uma revisão sistemática | Revisar sistematicamente o trabalho do psicólogo em equipes de cuidados paliativos no Brasil. |
Fonte: (Dados da Pesquisa, 2024).
Por fim, os resultados da análise foram apresentados e discutidos de forma clara e coerente, destacando suas implicações teóricas e práticas. Foram exploradas as conexões entre os diferentes estudos e perspectivas identificados no levantamento bibliográfico, optando pela cronologia dos trabalhos mais relevantes na visão do autor, oferecendo uma visão abrangente e contextualizada do tema em questão.
4 RESULTADOS
A principal temática abordada nos estudos concentra-se na integração do psicólogo em equipes de saúde, destacando tanto a função específica desse profissional quanto sua contribuição para o bem-estar psicossocial de pacientes e familiares.
Muitos autores enfatizam a relevância da atuação psicossocial do psicólogo, discutindo suas atividades na promoção da saúde mental e emocional dos pacientes, além de sua importância no processo de cuidado integral, especialmente em contextos de alta complexidade, como cuidados paliativos e emergências. A atuação em conjunto com outras disciplinas é destacada como um fator essencial para o fortalecimento da assistência oferecida no ambiente hospitalar, pois permite uma visão holística e integrada do paciente.
Os objetivos específicos dos estudos refletem as preocupações centrais da psicologia hospitalar, entre elas, a análise das atividades desempenhadas pelo psicólogo, o impacto de sua atuação no bem-estar dos pacientes e familiares, e os desafios enfrentados em um ambiente que demanda constante articulação entre diferentes especialidades.
A revisão das representações sociais sobre o psicólogo e sua formação para atuar no contexto hospitalar também aparece como foco em alguns trabalhos, revelando um esforço dos autores em compreender não apenas o papel técnico, mas também as competências interpessoais e as barreiras culturais que afetam a prática da psicologia hospitalar. Em suma, os estudos reunidos no Quadro 1 oferecem uma compreensão aprofundada e multifacetada do papel do psicólogo em ambientes de saúde, demonstrando tanto os impactos positivos de sua atuação quanto os desafios contínuos para aprimorar a colaboração interdisciplinar no cuidado ao paciente.
5 DISCUSSÃO
A psicologia hospitalar se configura como uma área essencial para o desenvolvimento de uma abordagem de cuidado integral, centrada na totalidade do paciente e em suas necessidades emocionais e psicossociais, que emergem com intensidade no contexto hospitalar. Este estudo objetiva analisar a importância da psicologia nas equipes multidisciplinares, evidenciando como a prática psicológica contribui para o bem-estar do paciente e para a eficácia dos tratamentos clínicos. Em equipes multidisciplinares, compostas por diferentes especialidades da saúde, o papel do psicólogo é articulado com o propósito de compreender e apoiar os aspectos subjetivos que impactam diretamente na recuperação e no enfrentamento da doença pelo paciente (Alves, 2011).
Em especial, nas equipes de cuidados paliativos, a atuação do psicólogo assume uma relevância ainda maior ao oferecer suporte emocional não apenas aos pacientes, mas também aos familiares, ajudando a mitigar o sofrimento e a promover uma melhor qualidade de vida mesmo em contextos de finitude. O trabalho psicossocial nesse ambiente busca fortalecer o vínculo entre equipe, paciente e família, promovendo uma comunicação mais clara e acolhedora, o que contribui para a aceitação do processo de terminalidade de forma mais humanizada. Ao abordar a complexidade da saúde mental e emocional em pacientes em condições críticas, o psicólogo possibilita à equipe médica uma visão ampliada dos fatores que impactam a saúde e o bem-estar do paciente (Bruscato; Beneditti; Lopes, 2009).
A integração do psicólogo nas equipes multidisciplinares permite um acompanhamento mais completo do estado psicológico do paciente durante o tratamento hospitalar. Essa atuação proporciona uma abordagem preventiva, na qual o psicólogo identifica sinais de ansiedade, depressão e outras condições emocionais que podem comprometer o tratamento médico. Assim, o psicólogo age não apenas como suporte para o paciente, mas como um elemento integrador dentro da equipe, facilitando o diálogo entre os diferentes profissionais para alinhar o tratamento às condições emocionais do paciente, potencializando os resultados clínicos e proporcionando uma melhor experiência de hospitalização (Cristina et al., 2008).
Outro ponto relevante na psicologia hospitalar é a função educacional do psicólogo junto aos demais profissionais da saúde, proporcionando à equipe uma compreensão das implicações psicológicas do diagnóstico, do tratamento e da internação, o que contribui para que todos os profissionais entendam o paciente de forma mais completa. A conscientização dos impactos emocionais que uma doença, crônica ou aguda, provoca faz com que a equipe compreenda a importância de um atendimento que vá além da intervenção física, considerando as dimensões emocionais e sociais. Nesse sentido, o psicólogo auxilia na construção de um ambiente hospitalar mais acolhedor e sensível às necessidades subjetivas do paciente (Feriotti, 2009).
A prática psicológica no ambiente hospitalar também se mostra vital em situações de emergência e urgência, onde o paciente e seus familiares enfrentam uma carga emocional elevada. O psicólogo, nesse contexto, atua para oferecer um suporte imediato e orientar os familiares e a equipe sobre estratégias de manejo de crises emocionais, o que reduz o impacto psicológico da situação e favorece o processo de estabilização emocional do paciente. Esse acompanhamento em momentos de maior estresse psicológico ajuda a equipe a desenvolver habilidades para lidar com a dimensão emocional presente nessas situações (Kirchner; Granzotto; Menegatti, 2012).
Em se tratando de pacientes oncológicos, o psicólogo hospitalar também desempenha um papel significativo ao integrar a equipe multidisciplinar e contribuir para a adequação dos cuidados paliativos. A complexidade dos tratamentos oncológicos e a carga emocional do diagnóstico exigem que o psicólogo ofereça um suporte contínuo ao paciente, auxiliando-o a lidar com a aceitação da doença e o planejamento da continuidade do tratamento de maneira mais serena. Esse suporte é fundamental para a equipe médica, que passa a contar com o apoio psicológico na criação de estratégias que levem em conta o estado emocional do paciente em todas as etapas do tratamento (Lopes; Muner, 2020).
No ambiente hospitalar, o psicólogo não apenas trabalha diretamente com o paciente, mas também desenvolve atividades de apoio e orientação aos familiares, que sofrem com o impacto da doença e a preocupação constante com o estado do paciente. O suporte psicológico aos familiares permite que eles possam lidar melhor com o sofrimento, garantindo que estejam mais presentes e emocionalmente disponíveis para o paciente. Além disso, essa atuação junto aos familiares contribui para que os profissionais da equipe multidisciplinar compreendam a importância de acolher as demandas emocionais dos familiares, que influenciam no estado geral do paciente (Maldonado; Canella, 2003).
A presença do psicólogo na equipe hospitalar se estende para a história e a consolidação dessa prática em hospitais, onde a inserção do psicólogo foi se estruturando com o passar dos anos. Essa trajetória aponta para uma evolução da prática psicológica no ambiente hospitalar, onde o psicólogo conquistou um espaço essencial, especialmente no suporte emocional aos pacientes e na criação de um ambiente de acolhimento. Essa prática passou a ser vista como fundamental para a humanização do cuidado e para o fortalecimento das relações entre profissionais da saúde e pacientes (Melo, 2015).
Além disso, o trabalho do psicólogo na equipe multidisciplinar dentro do contexto dos cuidados paliativos no Brasil revela-se de importância crescente. O psicólogo desempenha um papel central ao permitir que o paciente e seus familiares enfrentem o processo de terminalidade com maior aceitação, o que contribui para um final de vida mais digno. Nesse sentido, a presença do psicólogo nas equipes paliativas é indispensável para o desenvolvimento de estratégias que proporcionem conforto e acolhimento emocional aos envolvidos (Moraes et al., 2021).
A inserção do psicólogo em residências multiprofissionais de saúde, particularmente em áreas como a oncologia, representa um avanço importante na formação e atuação desses profissionais. O relato de experiências nesses programas evidencia que a presença do psicólogo na equipe é capaz de criar um ambiente mais sensível e atento às necessidades emocionais dos pacientes e dos próprios profissionais, que frequentemente enfrentam altos níveis de estresse. Assim, o psicólogo assume um papel de facilitador do bem-estar psicossocial dentro do ambiente hospitalar (Morais; Castro; Souza, 2012).
Ainda no campo da saúde da família, a interdisciplinaridade é um elemento crucial para o sucesso do atendimento e do acompanhamento dos pacientes. A psicologia hospitalar se posiciona como uma disciplina que enriquece as representações sociais de saúde entre os profissionais, favorecendo a integração dos saberes e a prática de uma abordagem mais completa e eficaz no cuidado ao paciente. A colaboração entre psicólogos e outros profissionais de saúde permite uma visão mais abrangente da situação de cada paciente, o que beneficia diretamente o plano de cuidados estabelecido pela equipe (Moré et al., 2004).
6 CONCLUSÃO
A psicologia hospitalar reafirma-se como um pilar essencial para a humanização e a eficácia do atendimento em contextos de saúde. Sua presença nas equipes multidisciplinares possibilita uma abordagem de cuidado que vai além da recuperação física, englobando também a saúde mental e o bem-estar emocional dos pacientes e seus familiares.
Ao apoiar a equipe na compreensão das respostas psicológicas à doença e à hospitalização, o psicólogo promove um ambiente mais acolhedor, onde os pacientes se sentem mais amparados e capazes de enfrentar os desafios do tratamento. Esse enfoque mais amplo no atendimento permite uma recuperação mais harmoniosa e uma adaptação ao contexto hospitalar menos traumática para todos os envolvidos.
Além de contribuir diretamente para o bem-estar do paciente, a atuação do psicólogo facilita a dinâmica de trabalho dentro da equipe multidisciplinar. A comunicação entre profissionais de diferentes áreas é aprimorada quando há um psicólogo integrando a equipe, uma vez que ele oferece suporte emocional e mediação de conflitos, além de trazer uma visão mais empática sobre o sofrimento dos pacientes.
O trabalho colaborativo favorece o alinhamento de estratégias de tratamento e garante que o cuidado ao paciente seja visto sob diversas perspectivas, o que aumenta a eficácia do atendimento e contribui para uma visão mais completa da saúde.
A inclusão do psicólogo em equipes que atuam em contextos de alta complexidade, como cuidados paliativos e emergências, também é vital para o fortalecimento da resiliência emocional, tanto dos pacientes quanto dos profissionais de saúde. Nessas situações de grande carga emocional, o psicólogo desempenha um papel central no manejo das emoções intensas, ajudando tanto o paciente quanto a família a lidar com o processo de luto, ansiedade e dor de maneira mais equilibrada.
Dessa forma, a psicologia hospitalar oferece uma base sólida para o enfrentamento de situações extremas, contribuindo para que a equipe de saúde esteja emocionalmente preparada para agir com competência e sensibilidade.
Por fim, a psicologia hospitalar revela-se fundamental para que o ambiente de saúde se transforme em um espaço que promova não apenas a cura física, mas também o desenvolvimento da autonomia e do equilíbrio emocional dos pacientes e suas famílias. Em um cenário cada vez mais voltado para a humanização, a presença do psicólogo amplia as possibilidades de cuidado, garantindo que o hospital funcione como um espaço de apoio integral. Esse cuidado completo, que abrange as dimensões física, emocional e social do paciente, representa um avanço significativo na prática da saúde e posiciona a psicologia hospitalar como um componente indispensável para uma atenção verdadeiramente humanizada.
REFERÊNCIAS
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1 Aluno de psicologia, e-mail: mmonteiroteles@hotmail.com
2 Aluno de psicologia, e-mail: val.sps.schossler@gmail.com
3 Aluno de psicologia, e-mail: tiagolopeswallisson@gmail.com
4Professor(a) orientador(a) especialista em Psicologia Organizacional e do Trabalho, MBA em Gestão de Pessoas e MBA Executivo em Gestão Empresarial.
E-mail: danielramosuninassau@gmail.com.