REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202411140937
Amanda Maria Nascimento Rosa¹;
Nathalia Rech Vechiato²;
Orientador(a): Emilene Dias Fiuza Ferreira³.
RESUMO
A automedicação é considerada historicamente na literatura médica como um problema de saúde em todo mundo em patamares alarmantes. No Brasil, essa prática tornou-se “culturalmente” um hábito, pelo fato da maioria das pessoas terem fácil acesso a medicamentos. Essa prática tem dificultado cada vez mais o combate a doenças, ocasionando maior vulnerabilidade a diversos riscos como, por exemplo, mascarar sintomas de doenças graves, desenvolver resistência a diversos fármacos, bem como tornar-se propício aos principais agentes causadores de intoxicação. Além disso, o uso exacerbado de remédios pode desenvolver dependência, um “pseudo-alívio” perante uma realidade desagradável. Diante do exposto o objetivo do trabalho foi realizar um levantamento bibliográfico de estudos acerca dos efeitos maléficos da automedicação, além de evidenciar a importância da utilização de maneira correta e prescrita de medicamentos e com o acompanhamento de profissionais da saúde. Para elaboração do trabalho foi utilizado revisões sistemáticas e meta-análises publicadas em inglês e português, nas bases de dados PubMed, LILACS, Scielo e PePSIC que abordavam sobre o assunto. Além disso, foram utilizados trabalhos encontrados em uma busca geral nas mesmas bases com as mesmas palavras-chave, porém abordando seu uso nos títulos e resumos. Essa análise teve o intuito de exemplificar o processo de automedicação, bem como demonstrar os prejuízos em sua decorrência, que consistem em resistência ao combate de doenças bacterianas, intoxicação e dependência química, além de procurar conscientizar a população acerca dos malefícios causados por essa prática. Por meio da leitura dos artigos selecionados, foi possível observar que automedicação é realizada principalmente com medicamentos da classe dos AINES, que com o uso exagerado e indevido leva a diversos problemas gastrointestinais por conta de seu mecanismo de ação, causando úlceras e sangramentos gastrointestinais.
PALAVRAS-CHAVE: Automedicação; Intoxicação Medicamentosa; Prejuízos; Efeitos Adversos; Riscos; Medicamentos.
ABSTRACT
Self-medication has historically been considered in medical literature as a worldwide health problem at alarming levels. In Brazil, this practice has become a “cultural” habit, because most people have easy access to medicines. This practice has made it increasingly difficult to combat diseases, causing greater vulnerability to various risks, such as masking symptoms of serious diseases, developing resistance to various drugs, as well as becoming prone to the main agents that cause poisoning. In addition, the excessive use of medicines can develop dependence, a “pseudo-relief” in the face of an unpleasant reality. In view of the above, the objective of the study was to conduct a bibliographic survey of studies on the harmful effects of self-medication, in addition to highlighting the importance of using medicines correctly and as prescribed, and with the supervision of health professionals. To prepare the study, systematic reviews and meta-analyses published in English and Portuguese in the PubMed, LILACS, Scielo and PePSIC databases that addressed the subject were used. In addition, studies found in a general search in the same databases with the same keywords were used, but addressing their use in the titles and abstracts. This analysis aimed to exemplify the process of self-medication, as well as demonstrate the harm it causes, which consists of resistance to combating bacterial diseases, intoxication and chemical dependency, in addition to seeking to raise awareness among the population about the harm caused by this practice. By reading the selected articles, it was possible to observe that self-medication is mainly carried out with drugs from the NSAID class, which, when used excessively and improperly, leads to several gastrointestinal problems due to their mechanism of action, causing ulcers and gastrointestinal bleeding.
KEYWORDS: Self-medication; Drug poisoning; Harm; Adverse effects; Risks; Medications.
1. Introdução
A ingesta de remédios sem prescrição médica é algo muito recorrente no Brasil. É uma prática cultural e vivenciada há muito tempo. Segundo Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (ABIFARMA), a automedicação é praticada por aproximadamente 80 milhões de pessoas (IVANISSEVICH, 1994).
Essa prática é muito prejudicial ao organismo, visto que pode gerar resistência ao medicamento e ao combate da doença. A medicação antibacteriana quando ingerida de maneira incorreta impulsiona a evolução das superbactérias e a ocorrência de resistência frente ao medicamento, que pode ocorrer por mutações genéticas da bactéria ou aquisição de material genético, desenvolvendo meios para driblar ou se adaptar essa medicação (FAGUNDES et al., 2008).
O sociólogo Zygmunt Bauman, afirma que “a modernidade líquida é um fato e responsável para a permanência do suicídio”. O autor ao se expressar, procura fazer uma analogia da sociedade atual, época em que as relações sociais, econômicas e de produção estão frágeis, fugazes e maleáveis, como os líquidos. E para a libertação dessa realidade volátil é cometido o suicídio de diversas formas, entre elas, a medicamentosa. O Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX) apresenta que o suicídio é acometido principalmente pela intoxicação medicamentosa, devido a altas doses ingeridas. No ano de 2017 foram registrados 76.115 casos de intoxicação voluntária ocasionada por tentativa de suicídio, causada pelo uso incorreto de medicamentos e dessas, 200 pessoas realmente foram a óbito (SINITOX, 2017).
Além dos efeitos adversos relatados na literatura, a automedicação pode causar ainda a dependência química. Dentre os medicamentos, os mais recorrentes de vícios são os analgésicos opióides, que agem em receptores específicos localizados principalmente em áreas sensoriais límbicas, no hipotálamo, na amígdala e região cinzenta periaquedutal. Esses receptores estão envolvidos principalmente na modulação da dor, percepção, recompensa, respiração, pressão sanguínea e alerta (BICCA et al., 2012). Quando esses receptores são estimulados em excesso têm-se uma resposta mais acentuada no sentido positivo e, por tal razão, esses fármacos tornam-se muito utilizados com o intuito de eliminar estados desagradáveis ou aversivos, como dor, ansiedade e depressão (WALLER; DEREK, 2019).
Diante do exposto, a presente revisão de literatura pretende informar sobre os efeitos prejudiciais da prática de automedicação. É de suma importância o conhecimento desses efeitos, visto que a utilização da automedicação, principalmente sem acompanhamento de um profissional de saúde, pode levar a diversas alterações metabólicas e deve ser contraindicada ou condenada pelos profissionais de saúde.
2. Metodologia
Para o desenvolvimento desta revisão bibliográfica, foram selecionados 50 artigos relacionados ao tema da automedicação e seus prejuízos, disponíveis nas plataformas PubMed, LILACS, SciELO e PePSIC. Após essa seleção, analisamos cada artigo para verificar se estavam de acordo com o tema proposto.
Além disso, foram utilizados trabalhos encontrados em uma busca geral nas mesmas bases com as mesmas palavras-chave, porém abordando seu uso nos títulos e resumos. As palavras-chave utilizadas foram “automedicação”; “intoxicação medicamentosa”; “efeitos adversos” e “riscos”. Foram utilizados como filtros: texto completo, estudos em humanos e publicados nos últimos 5 anos. Posteriormente, os artigos foram selecionados de acordo com filtros supracitados e foram lidos na íntegra e analisados para citação nesse estudo.
Após a análise dos artigos selecionados, 8 artigos foram excluídos por não se enquadrarem em nossa pesquisa, resultando em 42 artigos que foram lidos na íntegra e considerados coerentes com o nosso tema. Esses artigos foram listados na tabela 1 do tópico 3.3 deste artigo.
3. DESENVOLVIMENTO
3.1 AUTOMEDICAÇÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Automedicação é a prática de ingestão de fármacos sem qualquer prescrição médica, em que a própria pessoa decide qual medicação tomar sem aconselhamento, acompanhamento ou diagnóstico médico. E, por não possuir conhecimento necessário, essa pessoa torna-se suscetível aos efeitos adversos que os medicamentos podem trazer ao organismo (MOURA, 2022).
Observando o cenário atual de acordo com o Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) revelou que no Brasil cerca de 86% da população brasileira pratica a automedicação. Essa atividade de se automedicar está relacionada com a ingestão de medicamentos os quais não foram prescritos pelos profissionais responsáveis pelo cuidado da saúde humana (ICTQ, 2018).
Consumir medicamentos sem prescrição médica pode gerar inúmeras consequências para a saúde humana. O indivíduo praticante dessa atividade acredita estar resolvendo um problema momentâneo, mas o mesmo pode estar mascarando alguma doença, dificultando diagnóstico ou até mesmo levar ao desenvolvimento de algumas doenças entre elas o desenvolvimento de úlcera gástrica, arritmia, desidratação e alterando a concentração dos eletrólitos necessários para a homeostasia do corpo (ROMEIRO, 2019).
3.2 ARTIGOS SELECIONADOS PARA ESTUDO
Autor, Ano | Foco do artigo | Resultados |
Osman Kamal; Osman Elmahi (et al) – 2022. | Automedicação com antibióticos entre estudantes de medicina | Os estudantes de medicina tinham conhecimento moderado em relação ao uso de antibióticos e ao aumento de resistência contra infecções por bactérias transmitida por água, ar e alimentos. |
Thaís do Amaral Tognoli (et al) – 2019 | Uso de analgésicos e anti-inflamatórios entre acadêmicos de medicina. | Foi aplicado um questionário sobre automedicação em 320 estudantes. 309 constataram que realizava a automedicação e sabiam que os principais efeitos que poderia ocasionar era ocultação de doenças em evolução, resistência microbiana ao fármaco, piora do quadro inicial ou reações de hipersensibilidade. |
Lucas Grobério Moulim de Moraes (et al) – 2018. | Analgésicos, Anti-inflamatórios, Antitérmicos e Antiácidos | Os principais efeitos observados a depender da quantidade e frequência de uso, foram hepatite, gastrite e perpetuação da dor. |
Guilherme Antônio M de Barros (et al) – 2019. | Uso de analgésicos e o risco da automedicação em amostra de população urbana: estudo transversal. | A prática de automedicação analgésica é frequente entre os portadores de doenças crônicas, o que pode ser consequência do fácil acesso a AINES e da pouca prescrição de analgésicos mais potentes, como os opióides. |
Deisielly Keila Barboza Alves (et al) – 2022. | Medicamentos para tentativa de tratar e prevenir COVID 19- Ivermectina e Azitromicina, seguido de Paracetamol, Prednisona e Hidroxicloroquina. | A utilização desses fármacos deve ser extremamente limitada, pois uso indiscriminado está ligado a muitos casos de resistência microbiana, principalmente bacteriana e parasitária. |
Shirley Nayara Souza (et al) – 2019. | Uso de analgésicos e anti-inflamatórios. | Foi realizado um estudo onde observou-se a prevalência de reações adversas medicamentosas e as principais elencadas foram, enjoo, sonolência e fraqueza em 95% dos participantes. |
Damião Romero Firmino Alves (et al) – 2019. | Automedicação em adultos jovens, medicamentos isentos de prescrição. | Apontam-se os possíveis riscos causados pela automedicação para a saúde do indivíduo: escolha da terapia inadequada; aumento do erro nos diagnósticos das doenças; utilização de dosagem insuficiente ou excessiva; gastos supérfluos; risco de dependência; interação medicamentosa; internação hospitalar e morte. |
Julia Arruda Batista (et al) – 2021 | Automedicação na saúde pública. Analgésico e anti-inflamatórios. | Neste estudo realizado para analisar se os pacientes conheciam as diferentes classes de medicamentos, além dos seus potenciais riscos à saúde, a grande maioria não estava ciente. Observaram que essa prática foi mais recorrente no sexo feminino. E os fatores de risco foram a sintomatologia dolorosa persistente e o estoque domiciliar. |
Odete Amaral (et al) – 2019 | Grupos de medicamentos mais utilizados na automedicação foram analgésicos, anti-inflamatórios, antipiréticos, vitaminas, antibióticos, antidepressivos e os anti-histamínicos. | O uso recorrente desses remédios é devido à gripe, constipação, febre, infecção, falta de apetite e tristeza. Além disso, a relação sociodemográfica mostrou que sua prática é maior em pessoas com menos de vinte e cinco anos e pessoas de sociedade rural. |
Araujo, Weslley Pedreira, 2020 | Prevalência de intoxicação por medicamentos no estado da Bahia de 2007 a 2017- Benzodiazepínicos e antimicrobianos | As intoxicações por medicamentos, em sua maioria, podem gerar sedação, sonolência, confusão mental, depressão respiratória, hipotensão arterial, taquicardia, convulsões, espasmos e óbito. Pode ser acidental ou premeditada. |
Rafael Openkowski Ramires (et al) – 2022. | Automedicação em usuários da atenção primária à saúde de AINES e antiácidos | Efeitos colaterais indesejáveis dos fármacos (AINEs): distúrbios gástricos, autopoder de intoxicação, lesão hepática e renal. Já a aplicação inadequada de sprays nasais, podem gerar uma congestão rebote, reações alérgicas. Os antiácidos podem provocar constipação ou acelerar a motilidade gastrointestinal. |
Ana Paula Lopes (et al) – 2021. | Automedicação em universitários de fármacos: analgésico, anti-inflamatório, relaxante muscular. Antiespasmódicos, Anabolizantes e anti-helmínticos. | Existem estudos que concluem que os maiores adeptos da automedicação são aqueles que dispõem de um maior grau de informação. As preocupações da automedicação: as possíveis reações alérgicas, sangramentos ou hemorragias do sistema digestório, doenças iatrogênicas e resistência microbiana. |
Macedo, Sandy Manuella Schitini, 2019 | Automedicação com anti-hipertensivos por portadores de hipertensão arterial sistêmica (HAS) | Automedicação é realizada principalmente para aliviar os sintomas. Dos pacientes hipertensos 72,9% é sintomático, esse fato conduz a ideia de que tais indivíduos atribuem a HAS a causa de sua sintomatologia, o que pode aumentar o risco para eventos adversos, iatrogenia e agravamento de doenças. |
Santos G.N.C (et al) – 2022 | Classes terapêuticas envolvidas na reação foram: analgésicos não opióides, anti-inflamatórios não esteroides (AINES) e antibióticos. | Esses fármacos podem levar a reações cutâneas graves que acometem pele, mucosa e órgãos internos, resultantes do mecanismo de hipersensibilidade do tipo IV, tardio, e incluem a síndrome de stevens-johnson (SJS), necrólise epidérmica tóxica. |
Lays Barros De Faria (et al) – 2020 | Automedicação entre os estudantes de medicina Analgésico, AINES, antialérgico, anti-histamínico. | Os estudantes quando questionados sobre o conhecimento acerca dos efeitos colaterais da automedicação, 90,7% (n=205) dos participantes afirmaram conhecer os possíveis efeitos; e 9,2% (n=21) relatam terem pouco ou nenhum conhecimento sobre os potenciais riscos de efeitos colaterais do medicamento. |
Nayara Landim Rangel (et al) – 2018 | Intoxicação medicamentosa em crianças | Os fatores que predispõem a um maior risco de intoxicação entre as crianças são: a prescrição médica inadequada, a automedicação, erros de administração, associados ao fato das crianças possuírem maior facilidade de adquirir doenças necessitando de um maior consumo de medicamentos. |
Aline Teixeira Lopes, 2022. | Medicamentos para cefaleia e gastralgia. Neosaldina®, Lisador® e Omeprazol. | O omeprazol, pode impactar negativamente na biodisponibilidade de outros fármacos, deficiência de vitamina B12, inibição da bomba de prótons, aumento do nível de gastrina sérica e surgimento de neoplasias. Uso Neosaldina® e Lisador®, apresentam dipirona na sua composição, e pode levar à agranulocitose (supressão da formação de glóbulos brancos, em particular dos granulócitos). |
Leonardo de Souza Silva (et al) – 2018. | Sibutramina, diuréticos, para fins estéticos, entre jovens. | A sibutramina atua através da inibição de noradrenalina e serotonina, o que induz a sensação de saciedade. Seus efeitos colaterais mais comuns incluem como boca seca, cefaléia, dores nas costas. |
Bruna Vitória da Silva, 2021. | Prevalência da automedicação em mulheres: analgésico, AINES antialérgico, fitoterápicos anticoncepcionais, antibiótico e antidepressivo. | Causas da automedicação foram: gripe, dores em geral, desconfortos abdominais, febre, contracepção, ansiedade, insônia e outros. Durante a gestação, percebeu-se que 71 mulheres declararam que haviam mudado de hábitos, o que representa 34% das participantes, porém 91,1% das que já estiveram ou estão grávidas. |
Lucas dos Reis Viana (et al) – 2020. | Automedicação: Fármacos antiobesidade (anfepramona) | Utilização de produtos emagrecedores através da automedicação, aumentando assim, o risco de desenvolvimento de transtornos alimentares e a permanência no estilo de vida sedentário, favorecendo outras doenças. |
Stefany Joaquina Sousa Farias – 2022. | As classes farmacológicas mais utilizadas são os analgésicos (não opióides e opióides), anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), benzodiazepínicos, relaxantes musculares e antidepressivos tricíclicos. | Os participantes com disfunção temporomandibular dolorosa se mostraram mais propensos à automedicação. Isso pode retardar aparecimento de doenças, desenvolvimento de gastrite, reações alérgicas entre outros. |
Sandra Larissa Freitas dos Santos, 2018. | Automedicação em Gestantes de Alto Risco: AINEs | AINEs na gestação, têm sido associados, com frequência, à vasoconstrição do ducto arterioso fetal, hipertensão arterial pulmonar persistente no recém nascido e inibição da agregação plaquetária, alteração de homeostasia, perdas fetais, baixo peso ao nascer e alterações glomerulares, além disso eles têm sido relacionados a casos de enterocolite. |
Sylas Rhuan Pereira Soares da Silva Portácio, 2022. | Vitamina A em gestantes. Medicamentos teratogênicos. | Os suplementos de vitamina A em grandes doses administradas no início da gravidez podem causar problemas de malformação fetal (teratogenicidade). |
Samanta Bárbara Vieira de Oliveira (et al) – 2018 | Fármacos mais usados por idosos, relaxantes musculares e anti-inflamatórios não esteroidais − AINES, medicamentos para o sistema nervoso, antipirético e antiácidos. | Relaxantes musculares podem induzir efeitos anticolinérgicos, sedação e aumento do risco de fraturas. AINES tem risco potencial de sangramento gastrintestinal ou de úlcera. Analgésicos, antitérmicos e antirreumáticos não opiáceos estão relacionados com internações de idosos por intoxicação. A flunarizina induz parkinsonismo com o uso prolongado. |
Silvia Regina Secoli (et al) – 2019. | Medicamentos como dipirona, polivitamínicos, diclofenaco e ácido acetilsalicílico. Medicamentos potencialmente inapropriados (MPI), como dexclorfeniramina, bisacodil, escopolamina, carisoprodol, diazepam, naproxeno, sulfato ferroso, piroxicam, orfenadrina, ticlopidina, óleo mineral, difenidramina, cimetidina, estrogênios, amitriptilina e clorpropamida. | Na tendência relativa à prática de automedicação, evidencia-se redução marcante entre 2006 e 2010. A média de medicamentos consumidos na modalidade de automedicação apresentou tendência à elevação. Entre os 20 medicamentos prevalentes nos períodos averiguados, verificou-se tendência de aumento entre os polivitamínicos, bisacodil, paracetamol e carisoprodol. |
Wesley Soares de Melo (et al) – 2019. | Prevalência de automedicação entre idosos acolhidos em um centro-dia | Os idosos foram caracterizados como sendo em maioria do sexo feminino, de origem rural. A automedicação esteve presente em 53,8% da população, e a maioria fazia uso de medicamentos sem prescrição por achar que o problema não era grave. O sintoma mais citado pelos idosos que justificava a automedicação foi a cefaléia. |
Ezequiel Cássio Gusmão (et al) – 2018. | Anti-inflamatórios e analgésicos. | Apesar de ser um risco comprovado à saúde, a automedicação ainda permanece como uma prática rotineira pela maioria dos idosos. O uso regular de medicamentos requer avaliação constante dos riscos à saúde, especialmente no que tange às intoxicações, doenças secundárias e interações medicamentosas. |
Stefanny Moreira Alves Brazil (et al) – 2023. | Medicamentos isentos de prescrição, medicamentos complementares ou alternativos, medicamentos de prescrição não prescrito recomendado pelo Farmacêutico vendedor, medicamentos de prescrição adquiridos com receitas vencidas e não recarregáveis, sobras de medicamentos de receitas antigas, medicamentos prescritos oferecidos por familiares e amigos. | Os idosos do município de Itapemirim/ES praticam diferentes formas de automedicação que envolvem prescrição, não prescrição e medicamentos fitoterápicos e complementares. Os determinantes do comportamento de automedicação performance, identificados neste estudo, incluem uma variedade de fatores que são consistentes com as estruturas que formam a intenção comportamental e o comportamento no modelo TPB (teoria do comportamento planejado). Isso inclui atitudes do paciente, convivência com a doença, ambientes hostis, sistema de saúde capacitado e outras pessoas influentes. |
Bruna Maciel Buzon (et al) – 2019. | Analgésico, anti-inflamatório e antibiótico. | Facilidades para se adquirir medicação, junto ao alívio rápido, falta de promoções preventivas, são algumas situações que levariam a grande procura pela prática de automedicação, o abuso de medicamentos, e a carência de informações, e o longo tempo de tratamento, podem trazer alguns distúrbios cardiovasculares, renais e hepáticos. Os fármacos mais utilizados pelos idosos são os analgésicos. |
Clodevan Silva Carvalho (et al) – 2018. | Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) | A dor é um fator determinante para uso dos AINEs, e complicações comuns como dor de cabeça e coluna, têm sido os maiores motivos para a procura do fármaco. Sabendo que o uso exacerbado e de forma indiscriminada, podem desencadear distúrbios gastrointestinais, não só por interação medicamentosa, pois sua maioria possui doença crônica e faz uso de algum medicamento contínuo, como também pelos efeitos indesejáveis, como apresentado no estudo, o que favorece ao decréscimo na qualidade de vida. |
Lima (et al) – 2019. | Analgésicos e antitérmicos. | A automedicação em crianças menores de dois anos é relevantemente praticada no dia a dia e geralmente ocorre sob a responsabilidade das mães, em sua maioria, em situações de febre ou dor, seja por conhecimento próprio ou orientado por um profissional de saúde. As medicações mais utilizadas foram os analgésicos ou antitérmicos, com o intuito de aliviar o sofrimento físico dessas crianças em tempo hábil, antes mesmo de procurar um atendimento por um profissional de saúde. |
Fernando Aucco Marim, 2021. | Antitérmicos | Elevada taxa de automedicação em crianças de 0 a 5 anos, sendo as mães as principais responsáveis, usando principalmente antitérmicos. Prática influenciada pela falsa impressão de que os sintomas são simples e que os medicamentos não causam prejuízo à saúde das crianças. A indicação dos fármacos é realizada por parentes ou amigos, que muitas vezes não conhecem os riscos de cada medicação. |
Jéssica Gama da Silva, 2018. | Dipirona, paracetamol, xaropes expectorantes. | Familiares cuidadores realizam a automedicação sem prescrição médica. Prática que apresenta riscos como os efeitos hepatotóxicos. Sentem medo ao se deparar com a febre e o alívio com a automedicação é um incentivador. Outra estimulação seria a dificuldade do acesso a atendimento. |
Rozana Maria Da Silva, 2022. | Analgésico e antitérmico. | Os pais antes de automedicar buscam informação do medicamento ou possuem prescrição antiga e aderem ao tratamento. Uso principalmente de analgésico e antitérmico, pela facilidade de compra. Uma minoria apresentou reação alérgica, mas é importante se manter alerta. |
Luma Paulino dos Santos, 2023. | Analgésico, descongestionante nasal, anti-inflamatório antiespasmódico, anti gases, antitussígenos, antialérgicos e antibióticos. | Alto índice de automedicação na faixa etária de 0 a 3 anos, oferecendo risco principalmente no primeiro ano de vida. As principais condições clínicas de saúde que motivaram a automedicação pediátrica neste estudo: febre, cólicas, tosse, vômito, alergia, inflamação de garganta e dores em geral. |
Kassiely Klein, 2020. | Paracetamol, ibuprofeno e dipirona. | As principais situações ou agravos à saúde que levaram a prática da automedicação foram a gripe/resfriado, dor de garganta e respectivamente a tosse. A maioria dos medicamentos utilizados para praticar a automedicação são adquiridos em estabelecimentos farmacêuticos privados. Os familiares/cuidadores relataram o receio de automedicar as crianças quando recém-nascidos (RN), porque consideram-nos frágeis. |
Vitoria Vilas Boas da Silva Bomfim, 2023. | Analgésico/antipirético (paracetamol e ibuprofeno), xaropes, gotas nasais, pastilhas, anti-histamínicos. | A automedicação controlada pode trazer riscos à saúde das crianças, pois elas estão em fase de desenvolvimento e seus corpos podem reagir de maneira diferente aos fármacos em comparação aos adultos. A automedicação pode causar efeitos colaterais, medicamentosas prejudiciais e atraso no diagnóstico e tratamento de condições de saúde subjacentes. |
Emilia da Silva Pons, 2022. | Automedicação em crianças de 0–12 anos no Brasil: um estudo de base populacional. | A prevalência de automedicação no manejo de condições agudas foi elevada nas crianças brasileiras amostradas na PNAUM (Pesquisa Nacional sobre o acesso, utilização e promoção do uso racional de medicamentos no Brasil), com destaque para o manejo de sintomas comuns nessa faixa etária, como dor, febre, resfriado e rinite alérgica. |
Lucas Gomes Baldacci, 2022. | Dipirona e paracetamol. | A despeito do alto grau de conhecimento acerca da segurança do uso de medicamentos, a automedicação foi praticada em 50% dos casos. A dificuldade de acesso ao tratamento odontológico foi apontada pela maioria como justificativa. A prática da automedicação foi associada à odontologia, ao uso contínuo de medicamentos e a hábitos familiares de automedicação. |
Ana Flavia Vieira Brandolim, 2023. | Dipirona, paracetamol, loratadina, amoxicilina, prednisona, expectorante e pantoprazol. | Como fatores para a automedicação destaca-se já possuir a medicação, receitas prescritas anteriormente, praticidade e automedicação anterior com melhoras. Sintomas que motivaram a automedicação são febre, dor, resfriado e alergia. |
Andressa Larissa Dias Müller de Souza, 2020. | Analgésicos, antipiréticos e anti-inflamatórios, os antipiréticos e anti espasmódicos, e os antianêmicos. | A maioria das crianças usaram medicamentos, parte das mães praticaram a automedicação. A oferta foi mais frequente entre mães com maior escolaridade, multiparidade e que frequentaram mais consultas de puericultura. Os fármacos mais utilizados foram para os sintomas de febre, dor, choro intenso, cólica abdominal e suplementação de ferro. |
3.2.2 Antibióticos
Tendo em vista o cenário atual da sociedade em relação à automedicação, uma das classes que tem sido extremamente utilizada são os antibióticos. Ademais, a autora Ana Flavia Vieira Brandolim (2023) relata em seu trabalho que a principal medicação antimicrobiana utilizada pela população sem prescrição médica para dores de garganta mais intensas é a amoxicilina.
De acordo com Brunton, L.L. et al. (2019), essa medicação pertence à classe dos antibióticos β-lactâmicos – penicilinas. Esse fármaco apresenta como estrutura o anel β-lactâmico e, como mecanismo de ação, tem a capacidade de inibir a síntese da parede celular bacteriana, composta por peptidoglicanos, que conferem estabilidade mecânica rígida para a bactéria, permitindo sua perpetuação no organismo. O peptidoglicano é constituído de cadeias de glicano, que consistem em filamentos lineares de dois aminoaçúcares alternados (N-acetilglicosamina e ácido N-acetilmurâmico) e unidos por meio de ligações cruzadas de cadeias peptídicas, concluídas por uma transpeptidação, que ocorre fora da membrana celular.
Os antibióticos β-lactâmicos inibem essa última etapa da síntese dos peptidoglicanos, presumivelmente por acetilação da transpeptidase, por clivagem da ligação CO-N do anel β-lactâmico, sendo alvo dos fármacos às proteínas de ligação às penicilinas (PLP), como a transpeptidase (Golan et al., 2014).
Uma das formas da bactéria criar resistência à classe medicamentosa é quando as PLP sofrem alguma mutação, por meio de recombinação homóloga entre os genes das PLP, levando a uma menor afinidade dos fármacos às proteínas. Assim, perde-se o alvo terapêutico e não se consegue impedir de maneira eficaz a formação do peptideoglicano (Brunton, L.L. et al., 2019).
A população que utiliza em grande escala essa classe medicamentosa é, principalmente, composta por estudantes. Em sua grande maioria, eles compreendem que isso poderia levar à formação de bactérias mais resistentes, porém não entendem o mecanismo, de acordo com Osman Kamal (2022) e Bruna Maciel (2019).
Segundo Santos (2022) outro efeito adverso importante seria as reações alérgicas, elas acontecem principalmente pelos produtos gerados pela degradação das penicilinas, como por exemplo o ácido penicilóico. As penicilinas devem ser administradas com cautela, o que não acontece na automedicação, pois podem levar a choque anafilático (hipersensibilidade tipo I), reações do tipo doença do soro (causando urticária, febre, edema articular, comprometimento respiratório, entre outros sintomas), uma variedade extensa de exantemas cutâneos, febre e lesões orais (Katzung et al., 2022).
3.2.3. Antiácidos/omeprazol/pantoprazol.
Os antiácidos são amplamente utilizados para combater sintomas de azia, indigestão e refluxo ácido. Eles atuam neutralizando o ácido clorídrico do estômago, contendo substâncias alcalinas como carbonato de cálcio, bicarbonato de sódio, hidróxido de alumínio ou hidróxido de magnésio, que reagem com o ácido para formar água e outras substâncias, aumentando o pH estomacal e aliviando os sintomas (Golan et al., 2014).
O uso indiscriminado de antiácidos, especialmente aqueles contendo alumínio, pode levar à constipação, pois o alumínio relaxa o músculo liso e atrasa o esvaziamento gástrico, resultando em prisão de ventre. Por outro lado, antiácidos contendo magnésio podem acelerar a motilidade gastrointestinal devido ao seu efeito osmótico, atraindo água e estimulando a motilidade gástrica (Ramires et al., 2022; Golan et al., 2014; Brunton, L.L. et al., 2019).
Além dos antiácidos, existem outras medicações mais potentes para aliviar sintomas de acidez ou tratar doenças como a doença do refluxo gastroesofágico e úlceras pépticas. Entre essas medicações estão os Inibidores da Bomba de Prótons (IBPs) H+, K+-ATPase gástrica, que necessitam de um meio ácido para serem ativados e se ligarem covalentemente a grupos sulfidrila de cisteínas na H+, K+-ATPase, inativando irreversivelmente a bomba. Isso impede a formação de ácido clorídrico no estômago pelas células parietais, aliviando os sintomas. A secreção de ácido só retorna após a síntese e inserção de novas moléculas da bomba na membrana luminal, proporcionando uma supressão prolongada da secreção ácida (Brunton, L.L. et al., 2019).
Entre as medicações mais conhecidas dos inibidores da bomba de prótons temos, omeprazol, pantoprazol, lansoprazol, esomeprazol (Brunton, L.L. et al., 2019).
Entretanto, o uso prolongado de IBPs pode causar problemas renais, como a nefropatia intersticial, que se acredita ser uma reação imunomediada semelhante a uma reação alérgica, onde o corpo reconhece componentes do medicamento como antígenos, desencadeando uma resposta imunológica que resulta em inflamação renal, segundo Anderson Luiz Salgado (2019).
Além disso, Aline Teixeira (2022) relata que pode ocorrer uma redução na absorção de vitamina B12 (cianocobalamina) como consequência do uso de inibidores de bomba de próton. Está vitamina precisa de um ambiente gástrico ácido para ser absorvida, pois a acidez auxilia na conversão de pepsinogênio em pepsina para retirar a vitamina dos alimentos ingeridos, isso é essencial para a absorção da vitamina posteriormente com ajuda com fator intrínseco, que é crucial para o desenvolvimento e manutenção do sistema nervoso (Aires, Margarida, 2018).
3.2.4. Outros Medicamentos
Segundo Araújo (2020) outra classe de medicamentos relevantes dentro do tema automedicação são os hipnóticos e sedativos, principalmente os benzodiazepínicos como por exemplo o clonazepam, nitrazepam, diazepam, alprazolam, midazolam, entre outros. Essas substâncias são utilizadas com o intuito de acalmar e estimular a sonolência facilitando o início e a manutenção do sono, elas atuam também reduzindo a ansiedade, relaxando a musculatura e ainda apresentam atividade anticonvulsivante (Brunton, L.L. et al., 2019).
De acordo com Golan et al (2014) as benzodiazepinas são moduladores alostéricos positivos dos receptores GABAa ou seja potencializam a regulação do canal quando se tem GABA, esses fármacos se ligam a um único sítio desses receptores que apresentam diversas subunidades (a1, a2, a3 ou a5 e uma Y) resultando em um aumento de influxo de Cl-.
Segundo o autor Araújo (2020) o uso indevido das benzodiazepinas trás consigo muitos efeitos adversos, em doses hipnóticas esses medicamentos causam sensações de tontura, falta de coordenação motora, aumento do tempo de reação, comprometimento de funções mentais, amnésia anterógrada e confusão. Por conta desses efeitos colaterais o indivíduo terá comprometimento para realização de certas atividades, como por exemplo conduzir veículos (Brunton, L.L. et al., 2019).
Já a ingestão de forma exacerbada de benzodiazepínicos faz com que se desenvolva tolerância e com isso pode-se observar uma diminuição da eficácia dos mesmos. Acredita-se que a tolerância a esses fármacos acontece por meio da diminuição de receptores GABAa nas sinapses (Golan et al., 2014).
3.3 Conclusão
Em conclusão, a automedicação representa uma prática amplamente disseminada no Brasil, com graves consequências para a saúde pública. O uso inadequado de medicamentos, sem a orientação de um profissional de saúde, pode levar a problemas como resistência antimicrobiana, desenvolvimento de doenças graves e efeitos adversos significativos.
Além disso, a automedicação pode mascarar sintomas, dificultando diagnósticos precisos e eficazes. A conscientização sobre os riscos associados e a promoção de práticas seguras de uso de medicamentos são essenciais para diminuir esses perigos. Portanto, é imprescindível a consulta a um profissional de saúde antes de qualquer tratamento medicamentoso, garantindo a segurança e a eficácia terapêutica.
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³Pós-doutora em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Universidade Cesumar (UNICESUMAR). Endereço: Av. Guedner, 1610, Jardim Aclimação, Maringá – PR, CEP: 87050-900. E-mail: emilene.ferreira@docentes.unicesumar.edu.br