COMPLICAÇÕES VASCULARES DO DIABETES: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202411101351


Araújo, Italo Ronny Sales¹;
Chaib, Pollyanna Spíndola Marques¹;
Moita, Antonino Neto Coelho².


RESUMO

O diabetes mellitus é uma doença crônica altamente prevalente que aumenta substancialmente o risco de complicações vasculares, classificadas em macrovasculares, afetando grandes vasos, e microvasculares, envolvendo pequenos vasos. Este estudo tem como objetivo realizar uma revisão integrativa da literatura recente para examinar os mecanismos subjacentes e as estratégias atuais de prevenção e tratamento dessas complicações. As complicações macrovasculares são impulsionadas por fatores como hiperglicemia, dislipidemia e hipertensão, resultando em alta morbidade e mortalidade entre pacientes diabéticos. Já as complicações microvasculares causam danos progressivos a órgãos vitais, como olhos, rins e nervos periféricos. Estudos recentes indicam que o controle glicêmico rigoroso pode retardar a progressão dessas condições, enquanto terapias inovadoras, como os inibidores da SGLT2 e análogos de GLP-1, mostram benefícios tanto no controle glicêmico quanto na redução do risco cardiovascular. Este trabalho enfatiza ainda a importância de melhorar o acesso a cuidados de saúde em regiões de baixa renda, onde o impacto das complicações é agravado pela limitação de recursos. Assim, a prevenção e o manejo eficaz das complicações vasculares no diabetes demandam abordagens combinadas que integrem intervenções farmacológicas e mudanças no estilo de vida, visando à melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

Palavras-chave: Diabetes Mellitus. Complicações Vasculares. Controle Glicêmico

INTRODUÇÃO

O diabetes mellitus é uma condição crônica com alta prevalência mundial, impactando significativamente a saúde pública global. De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF), em 2021, cerca de 537 milhões de adultos viviam com diabetes, e esse número pode ultrapassar 640 milhões até 2030 se as atuais tendências se mantiverem (IDF, 2021). A forma mais comum da doença, o diabetes tipo 2, está intrinsecamente associada ao desenvolvimento de complicações vasculares graves, que afetam tanto grandes vasos (macrovasculares) quanto pequenos vasos (microvasculares).

As complicações vasculares no diabetes são multifatoriais, envolvendo a interação de vários mecanismos patogênicos. A hiperglicemia crônica é o principal fator que contribui para a disfunção endotelial, um precursor da aterosclerose e de outras doenças vasculares. O aumento crônico dos níveis de glicose leva à formação de produtos finais de glicação avançada (AGEs), que se acumulam nas paredes dos vasos sanguíneos e nos tecidos circundantes, promovendo inflamação crônica e espessamento das membranas basais, especialmente em pequenos vasos (GIACCO e BROWNLEE, 2021)

Essas complicações vasculares são a principal causa de morbidade e mortalidade entre os indivíduos com diabetes. Estudos indicam que até 80% dos pacientes diabéticos acabam falecendo devido a complicações cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (GRUNDY et al., 2019). As complicações macrovasculares envolvem artérias de grande calibre e estão fortemente associadas ao processo acelerado de aterosclerose, intensificado pela hiperglicemia crônica, dislipidemia e hipertensão. Segundo a American Heart Association (AHA), pacientes com diabetes têm um risco de infarto do miocárdio semelhante ao de indivíduos sem diabetes, mas que já tiveram um evento cardíaco anterior, o que evidencia o aumento do risco cardiovascular em diabéticos (BECKMAN; CREAGER; LIBBY, 2020).

Já as complicações microvasculares, que incluem retinopatia, nefropatia e neuropatia diabética, afetam vasos de pequeno calibre e causam danos progressivos a órgãos como os olhos, rins e nervos periféricos. A retinopatia diabética, por exemplo, é uma das principais causas de cegueira evitável no mundo, responsável por 1 em cada 3 casos de cegueira (CHEUNG et al., 2020). No que diz respeito à nefropatia diabética, esta se destaca como uma das maiores causas de insuficiência renal crônica, frequentemente levando à necessidade de diálise (THOMAS, 2019). A neuropatia diabética, que afeta os nervos periféricos, está presente em cerca de 50% dos pacientes com mais de uma década de convivência com a doença, frequentemente levando a úlceras nos pés e amputações (CALLAGHAN et al., 2020).

Estudos recentes apontam para a importância do controle rigoroso da glicemia como um meio eficaz de retardar a progressão dessas complicações. A UK Prospective Diabetes Study (UKPDS) demonstrou que a redução dos níveis de hemoglobina glicada (HbA1c) pode diminuir significativamente o risco de complicações microvasculares e retardar o avanço das complicações macrovasculares (HOLMAN et al., 2019). Além disso, novas abordagens terapêuticas, como os inibidores da SGLT2 e os análogos de GLP-1, têm se mostrado promissoras não só para o controle glicêmico, mas também na redução do risco de eventos cardiovasculares (ZINMAN et al., 2020).

Embora muito já tenha sido estudado sobre o impacto do diabetes nas grandes e pequenas artérias, a rapidez com que as complicações se manifestam, juntamente com o aumento global da prevalência do diabetes, demanda uma atualização constante da literatura. Além disso, ainda há espaço para o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas e preventivas que possam melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Este artigo, ao reunir e analisar os estudos mais recentes, visa contribuir com essa discussão e fornecer subsídios para novas pesquisas e estratégias clínicas.

Diante da gravidade e impacto das complicações vasculares em pacientes diabéticos, este estudo propõe uma revisão integrativa da literatura recente, buscando examinar as complicações vasculares do diabetes, seus mecanismos subjacentes e as estratégias mais atuais para sua prevenção e tratamento.

METODOLOGIA

Este estudo é uma revisão integrativa de literatura, que permite a inclusão de estudos para oferecer uma compreensão abrangente das complicações vasculares associadas ao diabetes mellitus. O processo de seleção dos estudos foi conduzido conforme o protocolo PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). O fluxograma PRISMA ajuda a documentar de maneira clara o número de estudos identificados, incluídos e os critérios para exclusão, permitindo transparência no processo de revisão.

Os critérios de inclusão e exclusão para este estudo foram definidos com o objetivo de garantir a relevância e a qualidade dos dados. A escolha pela revisão integrativa justifica-se pela sua capacidade de sintetizar diferentes tipos de estudos, desde revisões sistemáticas até ensaios clínicos, ampliando a compreensão sobre o tema de interesse, identificando áreas onde há consenso científico e onde ainda há necessidade de maior investigação. Foram incluídos estudos publicados entre 2020 e 2024, que abordam complicações vasculares macrovasculares e microvasculares em pacientes diabéticos, estudos realizados em humanos e que sejam revisões sistemáticas, ensaios clínicos, ou estudos observacionais, além de textos completos que estavam disponíveis em inglês ou português. Foram excluídos artigos que não forneceram dados originais ou revisões sistemáticas, publicações em formatos de carta ao editor, comentários ou editoriais e estudos que não abordam diretamente as complicações vasculares.

As bases de dados selecionadas para a revisão foram PubMed, Scopus e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde). As palavras-chave aplicadas incluíram termos como “diabetes mellitus”, “complicações vasculares”, “doenças macrovasculares”, “doenças microvasculares”, utilizando operadores booleanos para combinar e refinar as buscas.

Inicialmente, foram encontrados 2.554 estudos através da pesquisa em bases como PubMed, Scopus, e BVS. Após a remoção de duplicatas, 1.847 artigos foram submetidos à triagem. Desses, 1.772 artigos foram excluídos após a leitura dos títulos e resumos por não abordarem diretamente as complicações vasculares ou não atenderem aos critérios de inclusão, como a abordagem de diabetes tipo 1 ou gestacional. Setenta e cinco artigos foram então selecionados para a revisão de texto completo. Destes, 68 foram excluídos por não fornecerem dados suficientes ou por não se enquadrarem nos critérios de inclusão final, como revisões de literatura não sistemáticas ou estudos de populações não relevantes. Finalmente, sete estudos foram incluídos na análise final, com o fluxograma a seguir ilustrando o processo de seleção desde a busca nas bases de dados até a inclusão final de estudos para análise.

Figura 01 – Fluxograma PRISMA com a estratégia de busca realizada na pesquisa

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados encontrados estão detalhados na tabela a seguir:

Tabela 01 – Principais resultados encontrados em cada estudo incluído.

Título do ArtigoAutores/anoPeriódico publicadoPrincipais achados
Lipid variability and microvascular complications: systematic review and meta-analysisKarimi et al, 2024BMC Endocrine DisordersO estudo explorou a associação entre variabilidade lipídica e risco aumentado de complicações microvasculares em pacientes diabéticos. Os autores destacaram que a variabilidade do LDL, HDL e triglicerídeos é um preditor significativo de complicações como nefropatia e neuropatia.
Diabetic nephropathy and cardiovascular risk: A comprehensive reviewSilva et al. 2021Clinical DiabetesO estudo faz uma revisão sobre a nefropatia diabética e a sua ligação com o aumento do risco cardiovascular, destacando o uso de inibidores da ECA e BRAs para retardar a progressão da doença.
Complications of diabetes in low-income countries: an updated reviewMendes et al, 2022PLOS Global Public HealthO estudo revisou as complicações do diabetes em países de baixa e média renda, destacando a prevalência elevada de complicações macro e microvasculares devido à falta de controle glicêmico adequado e ao acesso limitado a cuidados de saúde.
Macrovascular and microvascular complications of diabetes mellitus in low-income populations: a reviewCosta et al. 2023Diabetes Research and Clinical PracticeEste estudo revelou que a prevalência de complicações macro e microvasculares é elevada em populações de baixa renda, especialmente em regiões com acesso limitado a cuidados de saúde. O artigo destacou que até 40% dos pacientes recém-diagnosticados já apresentavam complicações como retinopatia e nefropatia.
Prognostic models of diabetic microvascular complications: a systematic review and meta-analysisSaputro et al, 2021Systematic ReviewsEste estudo faz uma revisão sistemática dos modelos prognósticos para complicações microvasculares, incluindo retinopatia e nefropatia diabética. A pesquisa analisa mais de 70 estudos, abrangendo mais de 1 milhão de pacientes, e avalia a acurácia dos modelos utilizados para prever complicações microvasculares com base em fatores como duração do diabetes, níveis de HbA1c, pressão arterial e outros fatores de risco. Os modelos mostraram bom desempenho em prever as complicações microvasculares com alto nível de validação interna e externa.
Protecting the Kidneys: Update on Therapies to Treat Diabetic NephropathyDavis et al, 2022Clinical DiabetesEste estudo revisou a nefropatia diabética e sua conexão com o risco cardiovascular elevado, apontando a importância da triagem precoce para microalbuminúria como uma estratégia para retardar o desenvolvimento de insuficiência renal.
Prevalence of microvascular and macrovascular complications of diabetes in newly diagnosed type 2 diabetes in low-and-middle-inco me countries: A systematic review and meta-analysisAikaeli et al, 2022PLOS Global Public HealthEste estudo revisou as complicações do diabetes, tanto macrovasculares quanto microvasculares, em países de baixa e média renda. Ele apontou que a prevalência dessas complicações é exacerbada pela falta de acesso a cuidados de saúde adequados e pelo controle glicêmico insuficiente, resultando em diagnósticos tardios e em complicações mais graves nos estágios iniciais da doença.
Complicações Macrovasculares


Os estudos selecionados fornecem uma visão abrangente das complicações macrovasculares associadas ao diabetes tipo 2, com uma ênfase particular nas intervenções terapêuticas e nas disparidades regionais. Por exemplo, Mendes et al. (2022) e Costa et al. (2023) indicam uma prevalência elevada de complicações macrovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC), particularmente em regiões de baixa e média renda. Esses estudos sugerem que a falta de acesso adequado a cuidados de saúde e o diagnóstico tardio são fatores que aumentam a mortalidade e a morbidade nessas populações. No entanto, enquanto Mendes et al. (2022) destacam o impacto das condições socioeconômicas na saúde vascular, Silva et al. (2021) focam nas intervenções farmacológicas que podem ser eficazes na redução do risco de eventos cardiovasculares.

Os inibidores da SGLT2 e os análogos de GLP-1 têm demonstrado efeitos protetores não apenas no controle glicêmico, mas também na redução de complicações macrovasculares, como mostrado por Silva et al. (2021) e também confirmado no estudo Saputro et al (2021). Ambos os estudos indicam que a redução dos eventos cardiovasculares com essas terapias é particularmente significativa em pacientes que já apresentam alto risco cardiovascular, como aqueles com histórico prévio de infarto do miocárdio ou AVC. A comparação entre esses estudos mostra que, embora as terapias farmacológicas tenham evoluído, há uma necessidade de ações mais abrangentes, como programas de triagem mais eficazes, especialmente em regiões de baixa renda.

Complicações Microvasculares

As complicações microvasculares, como retinopatia, nefropatia e neuropatia diabética, estão entre as mais prevalentes e debilitantes para os pacientes com diabetes. O estudo de Karimi et al. (2024), que investigou a variabilidade lipídica como fator de risco, mostrou uma relação clara entre a instabilidade dos níveis de LDL, HDL e triglicerídeos e o aumento do risco de nefropatia e neuropatia. Esses resultados são apoiados por Davis et al. (2021), que demonstrou que intervenções precoces, como o uso de inibidores da ECA e bloqueadores dos receptores da angiotensina (BRA), podem retardar a progressão da nefropatia diabética. Isso revela que, embora a variabilidade lipídica seja um fator importante, a gestão rigorosa dos níveis glicêmicos e a pressão arterial também são essenciais na prevenção dessas complicações.

Além disso, o estudo de Costa et al. (2023) destacou que até 40% dos pacientes recém-diagnosticados com diabetes tipo 2 em regiões de baixa renda já apresentam retinopatia diabética no momento do diagnóstico, um dado alarmante que revela a falha na detecção precoce da doença. O contraste entre os achados de Karimi et al. (2024) e Costa et al. (2023) indica que, embora as intervenções farmacológicas sejam eficazes, há uma necessidade crítica de melhorar os sistemas de saúde para identificar precocemente as complicações microvasculares, especialmente em populações vulneráveis.

Comparação entre Intervenções Farmacológicas e Mudanças de Estilo de Vida

Um tema recorrente entre os estudos revisados é a ênfase nas intervenções farmacológicas para o controle das complicações vasculares. Embora estudos como os de Silva et al. (2021) e Saputro et al (2021) tenham demonstrado a eficácia de novos medicamentos na redução de complicações macro e microvasculares, há uma lacuna evidente na literatura sobre o impacto das mudanças no estilo de vida, como dieta e atividade física. Aikaeli et al (2022), que revisou a prevalência de complicações em países de baixa e média renda, destacou que, embora o uso de medicamentos seja crucial, as intervenções baseadas em mudanças de comportamento podem ter um impacto significativo na redução de complicações a longo prazo.

É importante notar que a maioria dos estudos focou predominantemente em intervenções farmacológicas e pouco abordou o papel de estratégias preventivas baseadas em estilo de vida, como mostrado nos dados de Aikaeli et al (2022). Isso sugere que, para populações de baixa renda, as barreiras ao acesso a medicamentos devem ser abordadas em conjunto com campanhas de conscientização sobre hábitos saudáveis. Em termos comparativos, Karimi et al. (2024) e Mendes et al. (2022) revelaram que a prevenção das complicações microvasculares e macrovasculares exige uma abordagem combinada, que inclui tanto a intervenção medicamentosa quanto a mudança de hábitos de vida.

Lacunas na Literatura e Necessidades de Pesquisa Futura

Embora os estudos revisados ofereçam uma visão detalhada das complicações vasculares do diabetes, há algumas lacunas claras. Primeiro, muitos dos estudos, como os de Silva et al. (2021) e Saputro et al (2021), focam predominantemente nas populações de países de alta renda, onde o acesso a tratamentos avançados está disponível. No entanto, Aikaeli et al (2022) e Costa et al. (2023) mostram que as regiões de baixa e média renda continuam a ter uma alta prevalência de complicações, e esses pacientes muitas vezes enfrentam desafios para acessar tratamentos eficazes. Além disso, há uma falta de estudos longitudinais que acompanhem a progressão das complicações ao longo de várias décadas, o que limitaria a compreensão sobre como intervenções preventivas podem ser aplicadas ao longo da vida de um paciente.

A comparação entre esses estudos sugere que futuras pesquisas devem focar em dois pontos críticos: primeiro, a implementação de estratégias de prevenção e triagem em estágios mais iniciais da doença, como sugerido por Mendes et al. (2022) e Costa et al. (2023); e segundo, estudos longitudinais que avaliem o impacto das intervenções a longo prazo. Isso pode incluir tanto intervenções farmacológicas quanto baseadas em estilo de vida, especialmente em populações mais vulneráveis, onde o controle do diabetes ainda é um desafio significativo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Portanto, as conclusões principais desta revisão são: a importância de uma abordagem integrada no manejo das complicações vasculares do diabetes, envolvendo tanto controle glicêmico rigoroso quanto a gestão dos fatores de risco cardiovascular e lipídico; a necessidade de ampliar o acesso a tratamentos em regiões de baixa e média renda; e a urgência de mais estudos que investiguem o impacto de intervenções preventivas e a longo prazo. Para mitigar o impacto devastador dessas complicações, a pesquisa futura deve focar em intervenções preventivas mais abrangentes e em abordagens de tratamento personalizadas para as populações mais vulneráveis.

REFERÊNCIAS

AIKAELI, J. et al. Prevalence of microvascular and macrovascular complications of diabetes in newly diagnosed type 2 diabetes in low-and-middle-income countries: A systematic review and meta-analysis. PLOS Global Public Health, v. 6, n. 3, p. 122-130, 2022.

BECKMAN, J. A.; CREAGER, M. A.; LIBBY, P. Diabetes and atherosclerosis: epidemiology, pathophysiology, and management. Journal of the American College of Cardiology, v. 75, n. 12, p. 2952-2972, 2020.

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¹Acadêmico de Medicina da Faculdade de Tecnologia de Teresina (CET)
²Professor da Faculdade de Tecnologia de Teresina (CET)