REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202411092104
Ana Vitória De Melo Chagas
Gabriel Henry Pinto De Sousa
José Américo Hermsdorf Tencatti
Orientador: Prof. Esp. Lucas Levi Gonçalves Sobral
RESUMO
O consumo de derivados da Erythroxylum coca pelo ser humano é entendido como uma prática milenar extremamente difundida nas mais diversas sociedades contemporâneas. Hodiernamente, o consumo se dá de forma alastrada e corriqueira, tendo por principal finalidade o resultado eufórico. Nesse sentido, é importante ressaltar que o uso da cocaína acaba por gerar um forte estímulo ao sistema nervoso central de forma somatizada que gera aumento de performance, sensações de euforia, ausência de medo, ansiedade, excitação física, mental e sexual, dentre outras questões fisiológicas. À vista disso, o emprego de tal psicoativo pode acabar por resultar num quadro de intoxicação, ocasionando, em determinados casos até mesmo um desfecho fatal, e seu diagnóstico torna-se de interesse judicial em diversas situações. Este trabalho surge com o intuito de analisar os sinais de intoxicação por cocaína em contexto forense. Para o desenvolvimento do trabalho, será realizada primeiramente uma revisão da literatura sobre as características metabólicas principais na intoxicação por cocaína. Posteriormente, serão referidos os devidos aspectos relevantes ao contexto forense, nomeadamente a distinção dos achados toxicológicos na forma aguda e crônica, e então será feita análise da identificação do consumo e presença de cocaína no organismo através das técnicas da toxicologia prática, por cromatografia associada à espectrometria de massa. Este trabalho tem o intuito de apresentar e enfatizar a importância da análise toxicológica, em contexto forense, aos eventos relacionados à intoxicação por cocaína.
Palavras chave: cocaína; abuso de substâncias; intoxicação; análise forense; toxicologia.
ABSTRACT
The consumption of derivatives from Erythroxylum coca by humans is known as a widespread ancient practice and still made in contemporary societies. Nowadays, its consumption is rampant and common, mainly for its euphoric effects. In this context, it is important to point out that the use of cocaine stimulates the central nervous system, resulting in increased performance, euphoria, fearlessness, anxiety, physical, mental and sexual excitement, among other physiological responses. However, the use of such psychoactive substances can lead to a state of intoxication, which can eventually result in a fatal outcome, and its diagnosis is of judicial interest in several situations. This work aims to analyze the signs of cocaine intoxication in a forensic context. To achieve this, a literature review will be carried out first on the main metabolic characteristics in cocaine intoxication. Afterwards, the relevant aspects of the forensic context, such as distinguishing acute and chronic toxicological findings, will be referred to, followed by an analysis of the identification of cocaine consumption and presence in the human physical structure through practical toxicology techniques, such as chromatography associated with mass spectrometry. This work aims to present and emphasize the importance of toxicological analysis in a forensic context for events related to cocaine intoxication.Keywords: cocaine; substance abuse; intoxication; forensic analysis; toxicology.
1. INTRODUÇÃO
O uso abusivo de substâncias ilícitas está entre os mais graves problemas de saúde pública enfrentados pela civilização ocidental. Dentre essas substâncias, a cocaína se encontra no pódio das substâncias mais consumidas pela população, atingindo o marco de segunda droga ilícita mais utilizada na Europa, no Brasil e nos Estados Unidos (OEDT, 2022; Opayele, et al, 2021; NCDAS, 2020). A cocaína, quimicamente conhecida como benzoilmetilecgonina, é um alcaloide extraído das folhas da Erythroxylum coca, uma planta que tem origem nos Andes e data mais de 4500 anos do seu uso pelos índios da América do Sul, principalmente os incas (Ferreira; Martini, 2001). De forma geral, as formas mais usuais em que a cocaína pode ser encontrada na atualidade são cloridrato de cocaína, um pó de coloração branca que geralmente é administrado por aspiração ou diluído em via intravenosa, e crack, um subproduto da cocaína adaptado para se fumar. Ambas geram forte dependência física do usuário (Dinis-Oliveira et al, 2012).
A toxicidade da cocaína está relacionada, além de outros fatores individuais, à quantidade e a frequência de exposição da substância ao organismo, comprometendo diversos aspectos da fisiologia termorregulatória, cardiovascular, respiratória, renal e neurológica, podendo resultar em morte a depender da dosagem introduzida no organismo. Dentre as características de intoxicação aguda destacam-se a indução de euforia, taquicardia, hipertensão, hipertermia, diaforese, tremores, convulsões, cefaleias, dores abdominais, hiperreatividade muscular, acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico e até falência múltipla de órgãos. As características de intoxicação crônica podem se manifestar com neurodegeneração, envelhecimento cerebral precoce, depressão, danos da vasculatura sanguínea, entre outros (Bravo et al, 2022).
A Toxicologia Forense, ou Toxicologia Médico-Legal, é a parte da Medicina Legal que estuda os cáusticos e venenos, bem como os procedimentos periciais nos casos específicos de envenenamento, a fim de orientar a Justiça a elucidar questões de interesse judicial, como as circunstâncias de dolo, culpa, suicida ou acidental. Aspectos de intoxicação por cocaína tornam-se de peculiar interesse para Toxicologia Forense, principalmente no Brasil, por diversas causas, como: a qualificação de morte violenta as que resultam de intoxicação; a predisposição ao cometimento de crimes devido efeito eufórico no organismo (França, 2017).
O presente estudo buscou elucidar o metabolismo da cocaína no organismo humano, bem como seus efeitos tóxicos agudos e crônicos à luz das técnicas analíticas forenses, sejam elas macroscópicas, como achados externos em mucosas, pele, fâneros e órgãos internos, ou microscópicas, que identificam os resquícios metabólicos, relatando as técnicas para tanto.
O consumo de cocaína corresponde a uma parcela significativa dos casos de intoxicação (Opayele, et al, 2021), principalmente quando versamos sobre o uso recreativo e estimulatório de tal substância. Essa conjuntura torna-se uma preocupação em ascensão não só em viés de saúde pública, mas, também, fortemente relacionado ao contexto forense.
As pesquisas relacionadas aos sinais de intoxicação por cocaína, em via toxicológica, prevalecem em dois aspectos: a toxicologia, ou post mortem, e a de via comportamental. A primeira relaciona-se de forma coincidente à busca por marcadores que ocasionaram o falecimento humano, a partir, fundamentalmente, da quantificação laboratorial. Por outro lado, a via comportamental está relacionada às alterações psicoativas encontradas, e, quando versamos sobre cocaína, temos um salutar estimulante do sistema nervoso central, que ocasiona diversos sinais de contexto forense. Somado a isso, as técnicas analíticas, baseiam-se principalmente na interpretação científica de amostras biológicas, que devem ser ponderadas caso a caso, mas que são sintetizadas, de forma habitual, em coletas de sangue, saliva, urina e de possíveis tecidos lesados.
Portanto, o estudo no campo pertinente dos marcadores biológicos, ocasionados pelo uso da cocaína e de seus derivados em via metabólica, associado ao detalhamento dos evidentes efeitos físicos de tal composto e de suas devidas técnicas de análise em cenário macro e microscópico tornam-se de um campo de grande relevância a ser estudado.
Deste modo, o objetivo geral deste artigo torna-se avaliar os sinais de intoxicação por cocaína e seus derivados, permeando pelos objetivos específicos de detalhar o metabolismo da cocaína em seres humanos, evidenciar os efeitos agudos e crônicos do uso de cocaína e relatar as principais técnicas analíticas forenses, descrevendo achados micro e macroscópicos do uso abusivo de cocaína.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Este estudo consiste em uma pesquisa de revisão bibliográfica do tipo narrativa, com intuito de detalhar o metabolismo da cocaína, evidenciar os efeitos agudos e crônicos do seu uso e relatar as principais técnicas analíticas forenses, de modo a descrever os achados macro e microscópicos do uso abusivo de cocaína. Foi realizada uma busca abrangente utilizando os principais bancos de dados eletrônicos, como PubMed, Scielo e Portal Regional da BVS; onde foram incluídos artigos científicos e doutorado de renomadas universidades publicados nos últimos dez anos, mas não excluindo publicações de grande relevância de anos anteriores, nos idiomas português, espanhol e inglês. Foram também utilizados sites governamentais para inclusão de pesquisa sobre dados epidemiológicos. Os termos de busca que foram inclusos: “abuso de cocaína”, “sinais de intoxicação por cocaína”, “toxicologia forense”, “análise toxicológica” e “amostra biológica”, e seus correlatos na língua inglesa nas referidas ferramentas de busca internacionais. Em decorrência dos temas abordados, foram utilizados também livros de renomada referência sobre medicina forense e toxicologia para extração de conceitos já consolidados pela comunidade científica.
A seleção dos estudos que contemplaram esta pesquisa foi realizada com base em critérios predefinidos de inclusão e exclusão. Foram incluídos estudos que contemplem de forma detalhada os objetivos propostos. Estudos com amostras não humanas e estudos com foco exclusivo em aspectos psicológicos foram excluídos.
Dados relevantes foram então extraídos e organizados em categorias temáticas, contendo título, tipo de estudo, autor(es), ano e resumo acerca dos temas selecionados. Esses dados foram então sintetizados e apresentados de forma descritiva e qualitativa, fazendo com que fosse possível uma análise do tema proposto.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os principais metabólitos da cocaína em destaque na toxicologia forense são a benzoilecgonina (BZE) e o éster metílico de ecgonina (EME), detectados no sangue e excretados na urina, sendo a BZE o alvo para triagem. Outro metabólito ativo, formado pela ação de enzimas hepáticas P450, é a norcocaína, resultante da N-desmetilação do grupo amina terciário. A administração recreativa de cocaína, principalmente por inalação, facilita a absorção rápida pela corrente sanguínea. A cocaína tem uma meia-vida plasmática curta de cerca de 1 hora, e seis vezes após sua meia-vida, apenas pequenas quantidades são detectáveis no sangue. O cocaetileno (CE), metabólito da cocaína quando se é utilizado ao consumir concomitantemente etanol, tem meia-vida mais longa e é detectável por algumas horas a mais que a cocaína original, mas menos que a BZE, que tem meia-vida de aproximadamente 5 horas (Jones, 2019).
A cocaína atua no organismo como uma amina simpatomimética de ação indireta, aumentando a disponibilidade de neurotransmissores no espaço sináptico próximo aos receptores adrenérgicos ou dopaminérgicos. Classificada como um inibidor de recaptação do tipo I, a cocaína impede a recaptação de noradrenalina e dopamina da fenda sináptica para o terminal pré-sináptico, resultando em um aumento na concentração desses neurotransmissores nesse local. Esse aumento da disponibilidade de dopamina é responsável pela resposta eufórica associada ao uso da cocaína, estando também vinculado ao mecanismo de dependência. A cocaína gera um efeito eufórico estimulante, promovendo sentimentos de autoconfiança, sociabilidade e aceleração do pensamento, com a característica sensação de “estar alto”. Contudo, à medida que o efeito eufórico diminui, surgem sentimentos de ansiedade, acompanhados por uma sensação de perda de autoconfiança, medo e irritabilidade, levando o indivíduo a buscar uma nova dose (Ching, 2023; Jones, 2019), e o uso crônico parece alterar a fisiologia dos transportadores de dopamina, necessitando de doses maiores para reproduzir efeito semelhante (Siciliano; Fordahl; Jones, 2016).
Da mesma forma, o cocaetileno (CE) também possui os mesmos efeitos estimulantes psicoativos, bloqueando a recaptação de dopamina, intensificando a atividade neuronal pós-sináptica. O CE e a cocaína parecem ser equipotentes como estimulantes centrais, contudo a meia-vida plasmática mais longa do CE, comparada à cocaína, contribui para prolongar os efeitos dopaminérgicos prazerosos. Isso pode explicar a tendência dos dependentes de cocaína em consumir álcool durante o abuso da droga (Helander; Villén; Signell, 2023). Além disso, estudos indicam que o CE é um bloqueador mais potente dos canais de sódio cardíacos do que a cocaína, aumentando o risco de efeitos cardiovasculares adversos associados ao uso de cocaína (Jones, 2019).
A intoxicação aguda por cocaína pode desencadear uma variedade de sintomas que afetam o sistema nervoso central e outros órgãos. Inicialmente, os indivíduos podem apresentar ansiedade, agitação, inquietação e tremores. A elevação da temperatura corporal (hipertermia), taquicardia e hipertensão são comuns, acompanhadas por episódios de convulsões, hiperreflexia e psicose (Ching, 2023; Jones, 2019; Bardale, 2011).
Manifestações sensoriais incluem alucinações auditivas ou visuais, além de uma peculiar alteração da sensação tátil conhecida como sintoma de Magnan, onde a pessoa sente que pequenos insetos estão rastejando em sua pele (formicação). Outros sintomas oftalmológicos podem incluir midríase e, em casos mais graves, cegueira devido à oclusão da artéria retiniana resultante da vasoconstrição (Bardale, 2011).
Complicações sérias do envenenamento agudo por cocaína abrangem desde edema pulmonar até rabdomiólise. Além disso, podem ocorrer eventos isquêmicos, como isquemia intestinal, dor abdominal e colite. O risco de eventos cardiovasculares é significativo, incluindo isquemia ou infarto do miocárdio devido ao vasoespasmo da artéria coronária. Complicações neurológicas graves, como hemorragia intracraniana, compreendendo hemorragia subaracnóidea, hemorragia intracerebral ou enfarte, também são possíveis (Catanese, 2017; Bardale, 2011).
Quanto aos achados post mortem, alguns estudos destacaram desafios na distinção entre overdose e exposição crônica com base nos metabólitos, pois estes podem se acumular ao longo do tempo (Nedahl; Johansen; Linnet, 2019). Contudo, achados conhecidos de autópsia podem ser sinais de asfixia, ulceração e perfuração de septo nasal em casos de uso crônico, cicatrizes nos locais de injeção, endocardite infecciosa como sequela de injeções, necrose hepática especialmente em fumantes de pasta de coca, e também pode-se evidenciar infarto de miocárdio (Turillazzi, 2017). Microscopicamente, infiltrados linfocíticos, necrose coagulativa das fibras miocárdicas e proliferação íntima (Catanese, 2017; Bardale, 2011).
Acerca da quantificação de cocaína e seu principal metabólito, BZE, um estudo feito na Suécia (Jones; Holmgren, 2014) demonstra que a análise forense em amostras de sangue pode ser realizada por meio de cromatografia gasosa associada à espectrometria de massa (GC-MS). O processo inicia-se com a extração em fase sólida utilizando colunas Bond Elute Certify, seguida pela adição de padrões internos rotulados com deutério. A cromatografia gasosa separa os componentes da amostra, e a espectrometria de massa identifica cocaína e BZE por meio de massas específicas, portanto a verificação da presença destas substâncias é feita utilizando fragmentos de massa específicos. Esse método combina técnicas precisas de extração, cromatografia e espectrometria de massa para garantir a detecção sensível e a quantificação precisa de cocaína e BZE em amostras forenses de sangue.
Estudos realizados no Brasil utilizando cromatografia líquida de alta eficiência em usuários de cocaína identificaram, além de cocaína e seu metabólito BZE, adulterantes como cafeína, fenacetina, diltiazem e hidroxizina, revelando dados preocupantes em que os problemas relacionados ao abuso de cocaína não se resumem aos seus efeitos isoladamente, mas aos de suas impurezas também (Silva et al, 2019; Sena, 2017).
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A avaliação dos sinais de intoxicação por cocaína e seus derivados revela uma complexidade intrínseca aos efeitos desta substância no organismo humano. Desde os metabólitos primários, como a benzoilecgonina (BZE) e o éster metílico de ecgonina (EME), até os efeitos neurofarmacológicos da cocaína, este estudo destaca a variedade de respostas fisiológicas e psicológicas desencadeadas pelo consumo dessa droga.
A interação do cocaetileno (CE) com o álcool, sua influência nos canais de sódio cardíacos e a detecção forense dessas substâncias acrescentam nuances importantes ao entendimento do perfil toxicológico. Além disso, a associação de impurezas identificadas em estudos brasileiros revela que os riscos relacionados ao abuso de cocaína vão além dos efeitos isolados da droga. Os sintomas agudos, complicações severas e achados post mortem destacam os impactos devastadores da intoxicação aguda por cocaína, ressaltando a necessidade contínua de pesquisa e abordagens integradas na compreensão e mitigação dos efeitos e uso dessa substância.
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