VEGETARIAN DIET FOR THE TREATMENT OF TYPE 2 DIABETES MELLITUS
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102411081829
Ana Janaina Ramos da Silva¹
Camilly Carneiro Silva²
Caroline Sales Dos Santos³
Dayseane de Moura Davi ⁴
Heloisa Helena Chagas Cajueiro de Freitas⁵
Isabel Nathália Aires Alcântara ⁶
Kélio Morais dos Reis⁷
Maycon Jonas da Silva Bezerra⁸
Resumo
Estima-se que 422 milhões de pessoas em todo o mundo têm diabetes, a maioria dessas pessoas moram em países de baixa e média renda. A dieta vegetariana pode trazer excelentes resultados para tratamento e na prevenção de diversas doenças crônico-degenerativas não transmissíveis, pois apresentam menor teor lipídico, menor teor de colesterol, pressão arterial mais baixa, taxas mais baixas de diabetes tipo 2, menor índice de massa corporal (IMC) e menores taxas de câncer. Objetivo: Identificar os possíveis fatores benéficos da dieta vegetariana para o tratamento do diabetes mellitus tipo 2. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica, com base de dados SciELO (Scientific Eletronic Library Online), PUBMED (Publisher Medline), LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde), Google Acadêmico utilizando idiomas inglês e português. Os descritores utilizados foram: “dieta vegetariana”, “vegetarianismo”, “vegan diet”, “diabetes tipo 2”, “diabetes mellitus” e “type 2 diabetes” com os seguintes operadores booleanos: “AND” e “OR”. Resultados: Foram encontrados estudos que abordavam a temática, porém apenas cinco principais foram selecionados para obter os seguintes resultados. Estes estudos confirmam que a dieta vegetariana colabora de forma positiva no controle da glicemia para indivíduos diabéticos e que demonstram benefícios no controle e tratamento da doença. Conclusão: Diante de tudo que foi analisado, as dietas vegetarianas podem ser usadas como uma estratégia para prevenir o desenvolvimento de DM2 e para tratar o controle glicêmico em diabéticos. Portanto é relevante que se realizem mais estudos com o intuito de beneficiar o tratamento do diabetes tipo 2 através do vegetarianismo.
Palavras-chave: Diabetes. Diabetes Mellitus tipo 2. Dieta Vegetariana.
ABSTRACT
An estimated 422 million people worldwide have diabetes, most of these people live in low- and middle-income countries. A vegetarian diet can bring excellent results for the treatment and prevention of several non-communicable chronic degenerative diseases, as they have lower lipid content, lower cholesterol content, lower blood pressure, lower rates of type 2 diabetes, lower body mass index (BMI) and lower cancer rates. Objective: To identify the possible beneficial factors of a vegetarian diet for the treatment of type 2 diabetes mellitus. Methodology: A literature review was performed using SciELO (Scientific Electronic Library Online), PUBMED (Publisher Medline), LILACS (Latin American and Caribbean Literature on Health Sciences), Google Scholar database in English and Portuguese. The descriptors used were: “vegetarian diet”, “vegetarian”, “vegan diet”, “type 2 diabetes”, “diabetes mellitus” and “type 2 diabetes” with the following Boolean operators: “AND” and “OR”. Results: Studies that addressed the topic were found, but only five main ones were selected to obtain the following results. These studies confirm that the vegetarian diet contributes positively to the glycemic control of diabetic individuals and that they demonstrate benefits in the control and treatment of the disease. Conclusion: In view of all that has been analyzed, vegetarian diets can be used as a strategy to prevent the development of DM2 and treat glycemic control in diabetics. Therefore, it is relevant to carry out more studies in order to benefit the treatment of type 2 diabetes through vegetarianism.
Keywords: Diabetes. Type 2 Diabetes Mellitus. Vegetarian Diet.
1.INTRODUÇÃO
O Diabetes Tipo 2 (DM2) é uma Doença Crônica Não Transmissível (DCNT) na qual as células do corpo não reagem à ação da insulina (resistência à insulina), assim como sua produção insuficiente impedem a absorção de glicose no sangue. A quantidade de casos de DM2 aumenta em todo o mundo, a epidemia de obesidade, a adoção de dietas ocidentais e o sedentarismo são as principais causas dessa prevalência (SBD, 2019).
A razão de maior importância da mortalidade prematura em inúmeros países são as complicações advindas da doença, decorrendo em mais de 4 milhões de mortes. Essa configuração se torna um caso de saúde pública global, um desfio a ser seguido (WHO, 2022). As consequências no bem-estar dos indivíduos implicam em falta de capacidade, produtividade diminuída e complicações e morbidades resultantes da DM2 (SBD, 2019).
O Brasil está incluso nesse panorama, é a 5ª população mundial líder em incidência nessa doença, num total de 16,8 milhões com diabetes. Nada obstante, com evidência de aumento até 2030 para 21,5 milhões de brasileiros. Ainda a despeito, cerca de 46% dos habitantes do Brasil são portadores da patologia e desconhecem o fato, conforme a Sociedade Brasileira de Diabetes (IDF, 2021).
Mudanças no estilo de vida garantem o bem-estar para o diabético, além de praticar atividade física, abandonar o tabagismo e limitar o etilismo, ingerir uma alimentação equilibrada incluindo frutas, hortaliças, verduras, cereais integrais, vitaminas e minerais pode promover o controle de peso, normalizar taxas glicêmicas, controlar níveis de colesterol, monitorar a hipertensão arterial e diminuir os riscos de doenças cardíacas (CUPPARI, 2014; SLYWITCH, 2012).
O vegetarianismo exclui todos os tipos de carnes, aves e peixes, assim como seus derivados, podendo ou não utilizar laticínios ou ovos. Esse tipo de dieta inclui o veganismo um tipo de vegetarianismo estrito que retira da alimentação o consumo total de origem animal, tornando-se um estilo de vida, na qual não se utiliza produtos de exploração e crueldade animal (SLYWITCH, 2012).
Padrões alimentares que suprimem ou não incluem comidas de origem animal e centralizam sua alimentação em uma dieta saudável à base de plantas apontam níveis de antioxidantes teciduais superiores em comparação aos onívoros, avaliados pelo estado de vitaminas antioxidantes no plasma ou no soro (vitamina C, vitamina E, b-caroteno). Estas vitaminas antioxidantes, devido ao consumo elevado de frutas, vegetais e nozes, têm contribuído para a saúde de forma positiva e coerentemente relacionadas a uma diminuição do perigo de DM2 (RAUMA; MYKÄNEM, 2000).
Esta revisão bibliográfica foi dirigida utilizando 3 bases de dados, inserindo SciELO (Scientific Eletronic Library Online), PUBMED (Publisher Medline), LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde), bem como a literatura cinzenta (Google Academic).
Os descritores utilizados foram: “dieta vegetariana”, “vegetarianismo”, “vegan diet”, “diabetes tipo 2”, “diabetes mellitus” e “type 2 diabetes” com os seguintes operadores booleanos: “AND” e “OR”.
Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivo identificar os possíveis fatores benéficos da dieta vegetariana para o tratamento da DM2, avaliar o padrão alimentar vegetariano a fim de evitar deficiências nutricionais e atingir as necessidades diárias consumindo uma dieta adequada à base de plantas.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 DIABETES MELLITUS
O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica caracterizada por níveis elevados de glicose no sangue (hiperglicemia) sendo uma das principais causas de morte no mundo. 90% das pessoas são diagnosticadas com diabetes do tipo 2 sendo frequente em adultos (SBD, 2019).
As ilhotas de Langherans são compostas por duas principais células endócrinas situadas no pâncreas que são: as células betas responsáveis pela produção de insulina e as células alfa responsáveis pela secreção de glucagon. (SAPRA; BHANDARI, 2021). A insulina é um hormônio que tem como função metabolizar a glicose para produção de energia. Assim o diabetes é causado pela produção insuficiente de insulina ou quando não consegue utilizar a insulina produzida (MAHAN; RAYMOND, 2018)
Os principais tipos de diabetes mellitus são diabetes tipo 1 (DMT1) conhecido como insulino-depedente, quando o pâncreas não produz insulina decorrente de um defeito do sistema imunológico fazendo com que nossos anticorpos ataquem as células que produzem a esse hormônio (CUPPARI, 2014).
Diabetes do tipo 2 (DM2) conhecido como insulino não dependente, quando o organismo não consegue utilizar de forma adequada a insulina para controlar a glicemia (SBD, 2019). No diabetes tipo 2 os sintomas são variáveis incluindo hiperglicemia, cansaço, micção frequente e sede excessiva (MAHAN; RAYMOND, 2018). O DM pode ser diagnosticado por: glicemia plasmática em jejum ≥126 mg/dl, glicemia ao acaso ≥200mg/dl, TTGO (teste de intolerância à glicose) após1 hora ≥ 209mg/dl, TTGO após 2 horas ≥ 200 mg/dl, HbA1c (hemoglobina glicada) ≥6,5% (ADA, 2024; RODACKI, 2024).
Muitos fatores são responsáveis pela complicação do diabetes como o rápido envelhecimento da população, a urbanização e o estilo de vida com a dieta inadequada, o sedentarismo e o consumo de tabaco e álcool, elevando assim os índices de mortalidade (MARCHETTI; DA SILVA, 2020).
Sendo um problema de saúde pública mundial estima-se que 422 milhões de pessoas em todo o mundo têm diabetes, a maioria dessas pessoas moram em países de baixa e média renda, esse número deve exceder para 640 milhões até o ano de 2040. Uma pessoa morre de diabetes a cada 5 segundos. De acordo com o Atlas da Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), 21,5 milhões de brasileiros serão acometidos pela doença até 2030 (WHO, 2020; PAPATHEODOROU, 2017; IDF 2021).
O diabetes mal controlado pode levar a complicações crônicas que se desenvolvem ao longo do tempo e são proporcionais à exposição à níveis elevados de glicose. As principais complicações apresentam: macroangiopatia, nefropatia, neuropatias diversas (ROSA; CUERVO, 2019).
Os medicamentos para controlar o nível glicêmico só podem ser alcançados com a injeção de insulina ou por via oral. O uso desses medicamentos nem sempre será necessário a longo prazo, mas mudanças no estilo de vida podem trazer resultados satisfatórios. (SBD, 2022; ANDRADA, 2011).
Recomenda-se para pacientes diabéticos ao aporte calórico e de macronutrientes, sendo a recomendação proteica de origem animal e vegetal de 15,0% a 20,0% do Valor Calórico Total (VCT), ou atualmente, 0,8g a 1g de proteína/Kg de peso corporal (CARNEIRO et.al, 2014).
Sobre a gordura total, com ingestão máxima de 30,0% do VCT, determinando o limite de gordura saturada a menos de 7,0% do VCT; os ácidos graxos poli-insaturados até 10% do VCT e os monoinsaturados completando de maneira mais individualizada; colesterol recomenda-se a ingestão menor que 200 mg/dia (IMASCT, 2000; CARNEIRO, 2014).
Após definir as quantidades de proteínas e lipídios. É recomendado consumo diário de carboidratos que são entre 45,0% a 60,0% do VCT, sendo sacarose até 10,0%, frutose não adicionada aos alimentos e fibra alimentar de no mínimo 20g/dia ou 14g/1.000 kcal (CUPPARI, 2019; CARNEIRO, 2014).
Mudanças no estilo de vida garantem o bem-estar para o diabético além de praticar atividade física, uma alimentação equilibrada incluindo frutas, hortaliças, verduras, cereais integrais, vitaminas e minerais pode promover o controle de peso, normalizar taxas glicêmicas, controlar níveis de colesterol, hipertensão arterial e diminuir os riscos doenças cardíacas (CUPPARI, 2014; SLYWITCH, 2012).
2.2 VEGETARIANISMO
O vegetarianismo exclui todos os tipos de carnes, aves e peixes e seus derivados, podendo ou não utilizar laticínios ou ovos. O vegetarianismo inclui o veganismo, que é a prática de não utilizar produtos de exploração animal (SLYWITCH, 2012).
Os principais tipos de vegetarianismo são classificados: Ovolactovegetarianismo: consome ovos, leite e laticínios; lactovegetarianismo: consome leite e laticínios; ovovegetarianismo: consome ovos na sua dieta; vegetarianismo estrito: não consome nenhum produto de origem animal, O vegetarianismo inclui o veganismo um tipo de vegetarianismo estrito que exclui o consumo de origem animal na dieta e não utiliza produtos de exploração e crueldade animal (PEDRO, 2010; SLYWITCH, 2012).
De acordo com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE) 14% da população brasileira afirma ser vegetariana, apresentado por aproximadamente 30 milhões de pessoas. Cerca de 67% declaram ser ovolactovegetarianos, 22% vegetarianos estritos, 10% lactovegetarianos, e 1% ovovegetarianos (IBOPE, 2018; KÖHLER; DONEDA, 2020; DONENA, 2021).
São muitos os motivos que levam os indivíduos a aderir uma dieta vegetariana. Motivos que estão associados à saúde, à religião, à ética, aos direitos dos animais, econômia e ao meio ambiente (COUCEIRO et al, 2008).
Decerto algumas religiões têm como o vegetarianismo um componente básico para que os indivíduos se tornem mais aptos e encorajados a amar Deus e todas as suas criaturas. Os Hindus, Jainistas, Adventistas do Sétimo dia e Budistas são exemplos de religiões que praticam o vegetarianismo (RODRIGUES, 2005).
Vegetarianos declaram crueldade e injustiça a matança e o sofrimento dos animais para o consumo dos humanos. Também declaram que o ser humano não tem o direito de manipular e destruir a natureza, enquanto outros aderem a dieta como forma de contribuir na redução da fome mundial, considerando um quarto da população sofre por falta de acesso à alimentação (PROCTOR; CARTER; CORNISH, 2013; SCHUCK; RIBEIRO, 2018)
Fatores ambientais e econômicas contribuem para a adoção do vegetarianismo. Grande parte do desmatamento da Amazônia tem como causa na produção de carnes, ovos e laticínios. Os vegetarianos acreditam que estas deveriam ser utilizadas para lavoura, na produção de alimentos saudáveis, assim, mais pessoas se alimentariam, reduzindo a fome dos indivíduos e também a poluição, visto que os produtores de carne estão entre os mais poluidores de água. (SVB, 2022).
Segundo a Academia de Nutrição e Dietética declara que dietas vegetarianas bem planejadas são nutricionalmente adequadas e podem oferecer benefícios à saúde auxiliando na prevenção e tratamento de doenças e também são seguras para todas as fases do ciclo da vida (CRAIG, 2010; MELINA et al, 2016).
Portanto, a maior preocupação associada a adoção de uma alimentação vegetariana é a inadequação de alguns nutrientes na dieta ovolactovegetariana que são ferro, zinco, e ômega-3 e na dieta vegetariana estrita os nutrientes que requerem mais atenção são a vitamina B12 e o cálcio (SLYWITCH, 2012; ANDRADE,2018;).
A deficiência de ferro causa anemia ferropriva. Para melhorar a biodisponibilidade do ferro na alimentação recomenda-se combinar a ingestão de alimentos ricos em ferro com a vitamina C na mesma refeição. É importante que se evite combinar a ingestão do ferro com o cálcio, caseínofosfopeptideos e polifenóis na mesma refeição (COLLINGS et al, 2013; KÖHLER; DONEDA, 2020;).
O zinco atua em várias funções do corpo, como, percepção do paladar, reprodução celular, crescimento, visão, imunidade e cognição. Suas fontes alimentares são: castanhas, leguminosas, cereais integrais e vegetais folhosos, como, espinafre e couve (KREY et al, 2017).
A biodisponibilidade do zinco é menor na dieta vegetariana pois alguns vegetais fonte deste nutriente são ricos em fitato assim prejudicando sua absorção. As proteínas e a vitamina C podem aumentar biodisponibilidade deste mineral. (HUNT, 2003; ANDRADE,2018).
Os vegetarianos propendem à níveis sanguíneos mais baixos de ômega-3 e seu consumo pode ser aumentado por meio das sementes oleaginosas, como nozes e linhaça. Presente nas membranas celulares e retina e reduz o risco de doenças cardiovasculares e outras doenças crônicas é responsável pelo desenvolvimento e manutenção do cérebro (SLYWITCH, 2012).
As bebidas vegetais fortificadas com cálcio são opções para substituir o leite de vaca. Sua biodisponibilidade de origem vegetal contém teor de oxalato, fitato e fibra dos alimentos, porém mesmo contendo essas substâncias, (SILVA et al, 2015) Vegetais de coloração verde, como repolho chinês, brócolis, couve, quiabo, nabo, entre outros, fornecem cálcio com alta biodisponibilidade. Tanto a deficiência de cálcio e quanto também de vitamina D são capazes de resultar osteoporose.
A B12 (cobalamina) é uma vitamina hidrossolúvel, é sintetizada por bactérias. Esta vitamina é o único nutriente que se encontra ausente na dieta vegetariana estrita. Para os indivíduos que seguem a dieta, recomenda-se a ingestão de alimentos fortificados e de suplemento alimentar. A falta dessa vitamina pode causar anemia megaloblástica e transtornos neurológicos. (KOHL; DONEDA,2021; SLYWITCH, 2012).
As proteínas atingem as recomendações diárias de acordo com uma variedade de vegetais, cereais e leguminosas. Assim, todos os aminoácidos essenciais e a retenção de nitrogênio são atendidos de maneira adequada, sem precisar de consumo proteico complementar. (MELINA; CRAIG; LEVIN ,2016).
A dieta vegetariana pode alcançar excelentes resultados para tratamento e na prevenção de diversas doenças crônico-degenerativas não transmissíveis, pois apresentam menor teor lipídico, menor teor de colesterol, pressão arterial mais baixa, taxas mais baixas de diabetes tipo2, menor índice de massa corporal (IMC) e menores taxas de câncer (CRAIG et al., 2009).
2.3 DIETA VEGETARINA E DIABETES MELLITUS TIPO 2
Os benefícios desta dieta sobre as doenças crônicas não-transmissíveis (DCNTs) pode estar associada pela presença de vitaminas antioxidantes, como vitamina E, vitamina C, b-caroteno e flavonoide, como também o ácido fólico, ácido linolênico e fibras encontrados em frutas e vegetais. Como a oxidação do LDL colesterol é interessante na patogênese da aterosclerose, onde a vitamina E, vitamina C, b-caroteno e flavonoides previnem essa oxidação (CARNEIRO, 2014).
Os vegetarianos apontam níveis de antioxidantes teciduais superiores em comparação aos onívoros, avaliados pelo estado de vitaminas antioxidantes no plasma ou no soro (vitamina C, vitamina E, b-caroteno). Essas vitaminas antioxidantes devido ao consumo elevado de frutas, vegetais e nozes tem contribuído para a saúde de forma positiva e por meio de muitos componentes dietéticos e vários mecanismos protetores, incluindo a defesa antioxidante (RAUMA; MYKANEM, 2000).
Estudos observacionais de coorte comprovam que a prevalência e incidência de DM2 são consideravelmente menores em pacientes vegetarianos estritos do que em onívoros. Mesmo que o IMC destes pacientes foi menor, a diferença de risco para DM2 mantém-se o mesmo quando o IMC é ajustado (ROCHA, 2021).
A ingestão de proteína animal aumenta a resistência à insulina, contudo, as dietas vegetarianas podem ser usadas como uma estratégia para prevenir o desenvolvimento de DM2 e para melhorar o controlo glicémico em quem já sofre de DM2 (RIBEIRO, 2019).
Entretanto, as dietas veganas com menor teor de gordura e índice glicêmico são mais eficientes comparada a dietas convencionais para o tratamento do diabetes tipo 2. Portanto é importante estar atento as recomendações para o consumo adequado de nutrientes para evitar deficiências nutricionais, tais como, vitamina B12, vitamina D e Cálcio (Soares, 2018).
A prevalência do Diabetes Mellitus tipo 2 e o vegetarianismo é de 2,9% para os veganos, e para os onívoros aumenta 7,6%. O Índice de Massa Corporal (IMC) apresenta uma diferença de 5 unidades entre vegetarianos e onívoros, oferecendo maior proteção em ambientes onde existem alimentos com alto teor calórico disponível. (FERREIRA, 2012).
Consumo maior de vegetais, alimentos integrais, legumes e nozes diminuem o risco de diabetes e resistência à insulina, assim auxiliando no controle glicêmico de pacientes normais ou insulino-resistentes (ANDRADE, 2018; SILVA MARTINS, 2019).
3.METODOLOGIA
O propósito deste estudo consistiu em analisar dietas vegetarianas para o tratamento do diabetes Mellitus tipo 2. Trata-se de uma pesquisa por estudo de caso de caráter descritivo e abordagem qualitativa, com análise de caso único.
A pesquisa foi realizada em um contexto teórico que busca compreender a relação entre a dieta vegetariana e a prevenção de diabetes mellitus do tipo 2. O público-alvo do estudo foram pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2. Foi realizada uma revisão bibliográfica, com base de dados SciELO (Scientific Eletronic Library Online), PUBMED (Publisher Medline), LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde), Google Acadêmico utilizando idiomas inglês e português. Não foram utilizados instrumentos de coleta de dados primários, como questionários ou entrevistas. A coleta de dados foi realizada exclusivamente por meio de análise de literatura. Dentre todas as buscas foram encontrados 30 estudos, sendo selecionado 15 para discorrer sobre esse estudo.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Após a realização de uma pesquisa bibliográfica, foram incluídos nesta revisão trabalhos que abordam a dieta vegetariana no tratamento do diabetes mellitus. Embora diversos estudos tenham sido identificados, apenas 6 principais foram selecionados para a análise dos resultados. Todos os seis estudos confirmaram que a dieta vegetariana contribui de maneira positiva para o controle glicêmico em indivíduos diabéticos, demonstrando benefícios tanto no controle quanto no tratamento da doença.
Segundo Rosa e Cuervo (2019), os artigos analisados foram organizados da seguinte maneira: ingestão dietética, na qual houve aumento do consumo de carboidratos e fibras, redução no consumo de proteínas e sem alterações significativas no consumo de gorduras, porém com redução no consumo de gorduras saturadas nos participantes dos grupos experimentais; peso corporal, com alguns artigos demonstrando a redução significativa no peso dos participantes que adotaram a dieta vegetariana estrita; controle glicêmico, com melhoria nos níveis de HbA1C dos que seguiram a dieta vegetariana estrita; lipídios plasmáticos menores; prevalência e incidência de DM2 menores entre vegetarianos.
Além disso, constatou-se que a diminuição do risco de DM2 e controle em indivíduos que aderem a dieta vegetariana é pelo motivo de menor consumo de alimentos de origem animal e inclusão de mais vegetais, cereais integrais e fibras (RIBEIRO, 2019).
Um estudo indicou que dietas vegetarianas de baixo índice glicêmico e baixo teor de gordura apresentaram benefícios significativos no controle e tratamento da doença. No entanto, estes resultados podem ser discutíveis visto que à falha no controle do uso de medicamentos para diabetes e baixa adesão às dietas (SOARES, 2018).
Pesquisas compararam a eficiência da dieta ovolactovegetariana e da dieta onívora, juntamente com a prática de exercícios físicos, no controle glicêmico, demostrando que a dieta vegetariana apontou maior percentagem de participantes a diminuírem a dose de medicação. A inclusão de exercícios físicos anaeróbicos por doze semanas após o início da terapia nutricional foi mantida por doze semanas adicionais. Observou-se também que antes da atividade física a acumulação de gordura subcutânea e visceral reduziram nos dois grupos. Contudo, após a inclusão do exercício físico, a HbA1C e a acumulação de gordura subcutânea diminuíram nos vegetarianos, mas nos onívoros a acumulação de gordura visceral tem-se aumentado. Portanto, a associação do exercício anaeróbio e da dieta ovolactovegetariana, é capaz de controlar a glicemia em diabéticos (KAHLEOVA et al., 2011).
Para mais, nos estudos utilizados no artigo de Long et al., (2023) foram selecionados 27 estudos com 9.053 participantes, as pesquisas duraram de 6 dias a 24 meses onde houve a adesão de uma dieta vegetariana combinada à intervenção de exercícios aeróbicos, apresentando níveis significativamente mais baixos de glicose plasmática e insulina em jejum.
Uma revisão sistemática e meta-análise mostra que dos 477 estudos identificados, seis completam os critérios de inclusão (n=255, idade média de 42,5 anos). O consumo de dietas vegetarianas foi relacionado a uma diminuição significativa na HbA1c [−0,39 ponto percentual; intervalo de confiança de 95% (IC), -0,62 a -0,15; P=0,001; I 2 = 3,0; P para heterogeneidade = 0,389], e uma diminuição não significativa na concentração de glicose no sangue em jejum (-0,36 mmol/L; IC 95%, -1,04 a 0,32; P = 0,301; I 2 =0; P para heterogeneidade = 0,710), comparado com o consumo de dietas de comparação, ou seja, o consumo da dieta vegetariana está relacionado a melhor controle glicêmico (YOKOYAMA et al., 2014).
Quadro 1– Artigos encontrados na literatura sobre Dieta vegetariana para o tratamento do Diabetes Mellitus tipo 2.
Autor/ Ano | Títulos | Objetivos | Resultados | Conclusões |
Rosa e Cuervo (2019) | Os benefícios da alimentação vegetariana no diabetes mellitus tipo 2 | Identificar os benefícios da alimentação vegetariana no diabetes mellitus tipo 2 (DM2). | Redução significativa no peso, controle glicêmico, dos que seguiram a dieta vegetariana estrita; lipídios plasmáticos menores; prevalência e incidência de DM2 menores entre vegetarianos. | As dietas vegetarianas são eficazes para diminuir e controlar a glicemia plasmática, auxiliar no controle e redução de peso e no perfil lipídico em pacientes com DM2. |
Ribeiro (2019) | Dieta vegetariana e diabetes tipo 2 | Estudar o efeito que as dietas vegetarianas têm no risco e controle do DM2, e quais são as razões que explicam os efeitos encontrados. | Diminuição do risco de DM2 e um melhor controle glicêmico em vegetarianos, devido ao menor consumo de alimentos de origem animal e maior consumo de alimentos de origem vegetal, menor concentração de ferro e maior ingestão de cereais integrais e de fibra. | Conclui-se que adotar uma dieta vegetariana prevenir e controlar a DM2 e que a redução do consumo de alimentos de origem animal e aumento do consumo de alimentos de origem vegetal, substituindo cereais refinados por cereais integrais, reduzindo o risco de DM2. |
Soares (2018) | Alimentação vegetariana na prevenção e controle do diabetes Tipo 2: uma revisão narrativa | Conhecer o impacto da dieta vegetariana na prevenção e controle desta patologia, observando evidências de validade e discutir sua eficácia | Mostram que, dietas vegetarianas de baixo índice glicêmico e baixo teor de gordura apresentaram benefícios significativos no controle e tratamento da doença. No entanto, tais resultados podem ser questionáveis devido à falha no controle do uso de medicamentos para diabetes e baixa adesão às dietas. | Uma dieta vegetariana com baixo índice glicêmico e de teor de gordura pode ser promissora, porém, pesquisas mais especificas são necessárias. |
Kahleova, H. et al (2011) | A dieta vegetariana melhora a resistência à insulina e os marcadores de estresse oxidativo mais do que a dieta convencional em indivíduos com diabetes tipo 2 | Comparar os efeitos de dietas vegetarianas com restrição calórica e dietas convencionais para diabéticos, isoladamente e em combinação com exercícios sobre a resistência à insulina, gordura visceral e marcadores de estresse oxidativo em indivíduos com diabetes tipo2. | Um aumento na sensibilidade à insulina foi significativamente maior no grupo experimental do que no grupo controle. A redução da gordura visceral e subcutânea foi maior no grupo experimental do que no grupo controle. A adiponectina plasmática aumentou e a leptina diminuiu no grupo experimental, sem alteração no grupo controle. Vitamina C, superóxido dismutase e glutationa reduzida aumentaram no grupo experimental | Uma dieta vegetariana com restrição calórica teve maior capacidade de melhorar a sensibilidade à insulina em comparação com uma dieta diabética convencional ao longo de 24 semanas. A maior perda de gordura visceral e melhorias nas concentrações plasmáticas de adipocinas e marcadores de estresse oxidativo com essa dieta podem ser responsáveis pela redução da resistência à insulina. |
Yokoyama, Y et al. (2014) | Dietas vegetarianas e controle glicêmico no diabetes: uma revisão sistemática e meta-análise | Associar as dietas vegetarianas e melhorias no controle glicêmico no diabetes tipo 2 | O consumo de dietas vegetarianas foi associado a uma redução significativa na HbA1c | O consumo de dietas vegetarianas está associado a um melhor controle glicêmico no diabetes tipo 2 |
Long et al. (2023) | Efeitos de uma dieta vegetariana combinada com exercícios aeróbicos no controle glicêmico, resistência à insulina e composição corporal: uma revisão sistemática e meta-análise. | Avaliar os efeitos de uma dieta vegetariana combinada com exercício aeróbico no controle glicêmico, na resistência à insulina e na composição corporal. | Dos 27 estudos foram apresentados para meta-análise. A combinação dos estudos incluídos na meta-análise mostrou uma diferença média para avaliação do modelo de homeostase da resistência à insulina, glicemia de jejum, circunferência da cintura e índice de massa corporal. | Os participantes que adotaram uma dieta vegetariana combinada com intervenção de exercícios aeróbicos apresentaram níveis significativamente mais baixos de glicemia de jejum e insulina e melhoraram a composição corporal em comparação aos participantes pré-intervenção. |
5. CONCLUSÃO
Diante de tudo que foi analisado, as dietas vegetarianas podem ser usadas como uma estratégia para prevenir o desenvolvimento do diabetes mellitus tipo 2 e para tratar o controle glicêmico em diabéticos.
Dietas vegetarianas bem planejadas são saudáveis e adequadas para indivíduos durante todos os estágios do ciclo da vida, incluindo gravidez, lactação, infância, adolescência e para atletas. Levando em consideração o crescimento da mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis. São bem aceitos, quanto outras dietas para diabetes melhorando o peso corporal, fatores de risco cardiovascular, sensibilidade à insulina, níveis de hemoglobina glicada, marcadores de estresse oxidativo.
Os padrões alimentares vegetarianos são capazes de reduzir a necessidade de medicamentos para diabetes. Sendo uma dieta que não oferece perigo, mas necessita de acompanhamento nutricional e o monitoramento dos níveis séricos de vitaminas e minerais para que, se for preciso, seja feita a suplementação desses nutrientes e assim evitar carências nutricionais. Portanto é relevante que se realizem mais estudo com o intuito de beneficiar o tratamento do diabetes tipo 2 através do vegetarianismo.
6 REFERÊNCIAS
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ANDRADA, N. C. et al. Diabetes Mellitus Tipo 2: Prevenção. Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, v. 23.
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CARNEIRO, Angélica Cotta Lobo Leite et al. O impacto da dieta vegetariana na prevenção da diabetes mellitus tipo 2. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, v. 9, n. 3, p. 681-706, 2014.
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