COMPARAÇÕES DE DIFERENTES PROTOCOLOS DE TREINAMENTO RESISTIDO NA FORÇA MUSCULAR EM IDOSOS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202411071550


José Gabriel Amorim Bernardo
Oscar Figueiroa Neto
Orientador: Danilo Mendes de Figueiredo


RESUMO

A prática de atividade física vem sendo cada vez mais importante, principalmente para os idosos, pois está associada à longevidade, a prevenção de doenças causadas no envelhecimento, quedas e autonomia das tarefas do dia a dia. Uma das principais mudanças que ocorrem conforme envelhecemos é a perda da nossa capacidade de realizar muita das vezes tarefas simples do nosso dia-dia e assim interferindo na nossa qualidade de vida, causando enfraquecimento e perda de massa muscular, aumentando o risco de quedas e deixando os idosos cada vez mais dependentes de outra pessoa ou de um aparelho para se locomover. O exercício por meio de protocolos de treinamento de força (TF) e do treinamento resistido (TR) vem se se mostrando bastante eficaz, pois além de retardar o processo natural da vida, previne doenças crônicas, Além de gerar força e potência muscular que são importantes para a autonomia do idoso, em poucas semanas de prática do treinamento de força é possível observar aumento no nível desses fatores. Além de evitar possíveis quedas que é um fator perigoso que ainda vemos em idosos. Então, a prática de exercícios físicos é de suma importância quando o assunto é aumentar o bem-estar e prevenir contra doenças cardiovasculares, o presente estudo tem por objetivo demonstrar e comparar os benefícios dos protocolos de treino.

Palavras chaves: Protocolo, treinamento resistido, força muscular e idosos.

ABSTRACT

The practice of physical activity has been increasingly important, especially for the elderly, as it is associated with longevity, the prevention of diseases caused by aging, falls and autonomy of day-to-day tasks. One of the main changes that occur as we age is the loss of our ability to perform many of the simple tasks of our daily life and thus interfering with our quality of life, causing weakness and loss of muscle mass, increasing the risk of falls and leaving the elderly increasingly dependent on another person or a device to get around. The exercise through strength training (TF) and resistance training (RT) protocols has been proving to be quite effective, because in addition to delaying the natural process of life, it prevents chronic diseases, in addition to generating muscle strength and power that are important for the autonomy of the elderly, in a few weeks of practice of strength training it is possible to observe an increase in the level of these factors. In addition to avoiding possible falls, which is a dangerous factor that we still see in the elderly. So, the practice of physical exercises is of paramount importance when it comes to increasing well-being and preventing cardiovascular diseases, the present study aims to demonstrate and compare the benefits of training protocols.

Keywords: Protocol, resistance training, muscle strength and elderly.

1. INTRODUÇÃO

O envelhecimento humano é caracterizado por um processo de degradação funcional e morfológica progressiva, resultando em um declínio progressivo no desempenho e, eventualmente, na morte (OMS, 1999). Uma das principais alterações associadas ao envelhecimento é a perda da capacidade funcional, o que provoca uma diminuição da autonomia e, consequentemente, da qualidade de vida dos indivíduos. Nesse contexto, a adoção de um estilo de vida fisicamente ativo emerge como uma estratégia eficaz para mitigar as perdas relacionadas ao envelhecimento. O treinamento com pesos (TP) tem sido amplamente recomendado para a população idosa, uma vez que se trata de uma intervenção não farmacológica que oferece benefícios significativos à saúde, incluindo aumento da força e resistência muscular, melhora da flexibilidade, aprimoramento do desempenho funcional, redução do risco de quedas e prevenção de diversas doenças crônico-degenerativas (PINA, 2018).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a expectativa de vida tem aumentado tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento, devido ao envelhecimento acelerado da população. Este fenômeno demanda uma atenção especial à promoção da qualidade de vida dos idosos, com vistas a assegurar seu bem-estar geral (OMS, 2015). Assim, o envelhecimento populacional ocorre de maneira rápida, e a falta de cuidados adequados pode agravar os efeitos adversos do processo de envelhecimento. A prática regular de exercícios físicos, em suas diversas modalidades, contribui para a manutenção da capacidade funcional, permitindo que os idosos envelheçam de forma ativa e mantenham sua independência (THAYNARA, 2021).

Uma revisão sistemática com meta-análise revelou que idosos fisicamente ativos apresentam risco reduzido de doenças cardiovasculares e mortalidade por todas as causas, além de uma melhora significativa na qualidade de vida (Cunningham et al., 2020). O treinamento resistido (TR) é destacado como uma alternativa viável para a manutenção da composição corporal em idosos (Moreira et al., 2019; Steele et al., 2017).

A utilização de exercícios com pesos em um programa de atividade física estruturado tem se mostrado eficaz na preservação da saúde, no aprimoramento da aptidão física e no tratamento de patologias (Queiroz, 2012). Um estudo recente conduzido na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, envolvendo 78 mulheres idosas, demonstrou que 25 delas manifestaram interesse em participar de um programa de treinamento resistido. Após 16 semanas de treinamento de força, com frequência de três vezes por semana e intensidade entre 60% e 80% da carga máxima (1RM), foram observados aumentos significativos na massa muscular e na força máxima, sugerindo que o treinamento de força é uma estratégia eficaz na reabilitação e prevenção da sarcopenia em mulheres idosas.

Além disso, o treinamento resistido tem se destacado como uma intervenção promissora para aumentar a força, reduzir a gordura corporal e melhorar o desempenho físico, contribuindo para a qualidade de vida ao diminuir a incidência de doenças crônicas (SILVA, 2021).

A relevância desta pesquisa se justifica pela escassez de publicações sobre os protocolos de treinamento direcionados a idosos. O foco neste público se deve à sua maior necessidade de atividades físicas, considerando os prejuízos associados ao envelhecimento e a falta de conhecimento sobre os benefícios das práticas de exercício. Por meio desta revisão bibliográfica, buscamos destacar as melhorias na qualidade de vida proporcionadas por diferentes protocolos de treinamento.

Este estudo se propõe a analisar e comparar dois protocolos de treinamento, investigando suas respectivas contribuições para o ganho de força e resistência muscular em idosos. Através de uma revisão da literatura existente, pretendemos elucidar os benefícios específicos de cada protocolo, fornecendo uma base sólida para a elaboração de programas de exercícios que atendam às necessidades desta população, promovendo um envelhecimento saudável e ativo.

2. REFERENCIAL TEÓRICO 

2.1 Utilidade Do Treinamento De Força E Resistido Para Idosos

Nas últimas décadas, observa-se um aumento significativo na população idosa, tanto no Brasil quanto no mundo, resultando em uma maior expectativa de vida. À medida que o envelhecimento avança, ocorrem diversas perdas fisiológicas, incluindo a diminuição na síntese hormonal, a perda de massa muscular e a redução da força locomotora, o que leva a um estado de fragilidade crescente e, consequentemente, a uma maior demanda por cuidados (LOPES, 2015).

O envelhecimento é um processo irreversível, mas a implementação de intervenções como o treinamento de força e resistência pode ser um recurso eficaz para mitigar as consequências desse processo. Tais modalidades de treinamento são capazes de promover o aumento da força e resistência muscular em idosos, ajudando a prevenir a sarcopenia e outras condições associadas ao envelhecimento. Além disso, os benefícios do treinamento de força incluem a diminuição do risco de doenças crônicas, a melhoria do bem-estar psicológico e o aumento da autoestima. Esse tipo de treinamento também contribui para a eficiência do sistema cardiovascular e respiratório.

Embora o treinamento de força tenha enfrentado críticas, sua popularidade tem crescido, especialmente quando supervisionado por profissionais capacitados. Essa orientação adequada resulta em melhorias significativas na aptidão física, aumento da massa muscular e maior funcionalidade nas atividades diárias dos idosos, além de promover um perfil de saúde mais favorável.

Considerado um dos métodos mais eficazes para o condicionamento físico, o treinamento resistido — que inclui musculação e exercícios com pesos — oferece uma ampla gama de benefícios, especialmente para a população idosa, que frequentemente precisa melhorar sua capacidade cardiovascular para realizar atividades cotidianas. É fundamental ressaltar a importância da individualidade biológica, que deve ser respeitada no planejamento de programas de treinamento. Ajustes personalizados são essenciais para a reabilitação da funcionalidade articular e muscular, contribuindo para a manutenção da qualidade de vida ao longo do envelhecimento (SILVA, 2020).

2.2 Influência Do Exercício Na Longevidade Em Idosos

O exercício físico desempenha um papel significativo no processo de longevidade para os idosos, promovendo a busca por atividades físicas que resultam em maior independência, autoestima e bem-estar. A prática de atividade física nessa faixa etária está diretamente ligada à longevidade e à diminuição do risco de morbidade. Especificamente, a atividade física na terceira idade está associada à prevenção de doenças crônicas, como as cardiovasculares, à prevenção de quedas e à promoção da autonomia nas tarefas do dia a dia (CIVINSKI, 2020).

Os benefícios da prática de exercícios físicos para os idosos são amplos e incluem a melhora do equilíbrio, o aumento da velocidade de marcha, a manutenção ou o aumento da densidade óssea, além do controle de peso e da redução da gordura corporal. Em termos fisiológicos, a atividade física contribui para o controle da pressão arterial, do diabetes, e dos níveis de colesterol, reduzindo o LDL (colesterol ruim) e aumentando o HDL (colesterol bom). Além disso, o exercício ajuda a diminuir o risco de demência senil vascular.

Do ponto de vista psicossocial, a prática regular de exercícios físicos resulta em um aumento da autoestima e do humor, além de reduzir o risco de depressão, estresse e ansiedade. Ela também pode auxiliar no controle da dependência química e na diminuição do uso de medicamentos, melhorar a qualidade do sono e proporcionar momentos de recreação e socialização.

Ao se exercitarem de forma estruturada, os idosos tendem a experimentar um aumento na energia e na confiança para realizar suas atividades cotidianas de forma autônoma, o que, por sua vez, eleva sua autoestima. A prevenção de quedas se destaca como uma preocupação central, visto que a perda de aptidão física aumenta o risco de quedas ao longo do tempo. A fraqueza muscular, comum entre os idosos, torna-os mais vulneráveis a quedas, limitando suas atividades diárias. A inatividade física e a falta de condicionamento físico resultam na diminuição das capacidades físicas, levando a déficits funcionais que afetam a execução de tarefas diárias.

O exercício físico é crucial na prevenção de quedas e das lesões associadas, promovendo o aumento da massa muscular e prevenindo a sarcopenia, uma condição caracterizada pela perda involuntária de massa muscular que frequentemente ocorre com o envelhecimento (CIVINSKI, 2011).

2.3 A Utilização Do Exercício Físico No Ganho De Força E Aumento Da Resistência Em Idosos

O envelhecimento é um processo contínuo que se inicia no nascimento, intensificando-se a partir de determinada idade e tornando-se mais perceptível. Entre as alterações visíveis, destacam-se mudanças na pele, que se torna mais fina e ressecada, além do aparecimento de cabelos brancos, que tendem a ficar mais frágeis e propensos à queda. As alterações fisiológicas incluem a diminuição do débito e da frequência cardíaca, o aumento da pressão arterial, e a perda de massa muscular e densidade óssea (MARCHI NETTO, 2004).

Uma das consequências mais significativas da idade avançada é a sarcopenia, caracterizada pela perda de força muscular devido à redução da massa muscular. As sequelas da sarcopenia estão bem documentadas e constituem uma preocupação de saúde pública para a população idosa. Entre os efeitos do envelhecimento, incluem-se a diminuição do gasto energético em repouso e durante a atividade física, o aumento da gordura corporal e a redução da sensibilidade à insulina (HUNTER; McCARTHY et al., 2004).

Conforme Oliveira (2015), o envelhecimento da população deve ser visto como uma conquista da sociedade moderna, mas é fundamental que esse processo seja acompanhado pela preservação da autonomia dos idosos. A prática regular de exercícios físicos é essencial para mitigar os efeitos adversos que surgem com o avanço da idade, especialmente o aumento das doenças crônicas não transmissíveis. Entre os benefícios da atividade física regular, destacam-se o controle da dor em idosos, a melhoria do equilíbrio e da estabilidade postural, fatores que podem reduzir o risco de quedas, frequentemente responsáveis por complicações significativas nessa população (PEDRINELLI et al., 2009).

3. MÉTODOS

Para obter os resultados e respostas acerca da problematização apresentada neste trabalho, foi feita uma análise de revisão bibliográfica, pesquisando pelos sites Conscientiae Saúde, Scielo saúde pública, Revista brasileira de prescrição e fisiologia do exercício, Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, entre outros. Através da plataforma periódicos capes e google acadêmico, utilizamos o boleando AND para especificar a busca combinada com as palavras chaves; protocolo, treinamento resistido, força muscular e idosos. Os critérios de inclusão e exclusão utilizados para a definição da amostra foram: artigos nacionais, publicados nos últimos 5 anos, no período de 2018 até 2022, que abordassem os temas citados acima.

As pesquisas bibliográficas aconteceram entre os meses de maio e junho de 2022, onde analisamos diversos temas para escolher o que melhor se adequa ao artigo. Após selecionar diversos artigos para servirem de inspiração em nosso TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) , limitamos nossas escolhas para selecionar apenas os mais relacionados à nossa defesa, para que assim, pudéssemos torná-la mais direta e trazermos um melhor resultado.

Para detalhar as informações que utilizamos, organizamos uma tabela com os dados contidos nos artigos, tal tabela descreve o título, autor, formação, IES (Instituição de Ensino Superior), ano, quais e região.

Utilizamos a plataforma periódicos capes da seguinte forma, primeiro foi necessário analisar a quantidade geral dos arquivos para que pudéssemos selecionar os que mais se enquadram ao nosso tema, foram encontrados um total de 275 artigos, após refinarmos a busca para artigos publicados de 2018 a 2022 e somente artigos em português para obter resultados mais recente e valorizar mais e avaliar a qualidade da produção científica brasileira, diminuísse o número para 37 artigos, após lidos os resumos, 21 artigos não corresponderam com o tema foram excluídos, e por fim os últimos artigos da busca foram lidos por inteiro. 

Além disso, também serão buscadas dissertações de mestrado na BDTD (Biblioteca de Teses e Dissertações) com um limite de artigos publicados nos últimos 5 anos. Através do termo AND, serão combinadas as palavras protocolos, treinamento resistido, força muscular e idosos.

Tabela 1 – Distribuição dos artigos localizados, excluídos e selecionados.

Tabela 2 – Distribuição dos artigos localizados, excluídos e selecionados.

Fonte: Autores (2024)

Ao realizar essa pesquisa foram encontrados 277 documentos, após uma leitura minuciosa e a análise de todos os documentos foram selecionados 16 dos 277, onde 11 (68%) deles são artigos de revistas e 5 (32%) são trabalhos de conclusão de curso (TCC).

Tabela 3 – Artigos encontrados na BDTD (Biblioteca de teses e dissertações)

Tabela 4 – Artigos encontrados na BDTD (Biblioteca de teses e dissertações)

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO  

Para melhor compreensão da discussão a seguir, a Tabela 5 apresenta um resumo feito após a leitura completa dos artigos selecionados, com intuito de facilitar uma melhor construção da defesa de nosso trabalho.

Foram encontrados na pesquisa 275 artigos, desses, 37 foram selecionados, após a leitura dos mesmos, compreendemos que apenas 16 se adequariam ao trabalho.

Tabela 5 – Resumo dos Artigos selecionados na pesquisa

Fonte: Autores (2024)

Tabela 6 – Estudos selecionados com ano de publicação, título, resultados e periódico dos artigos – 2018 a 2022:

Através de estudos com idosos de ambos os sexos, foram feitos programas de treinamento de força usando cargas ondulatórias e variações lineares e ambos os modelos trazem bastante eficiência para aumento de força em idosos (SANTANA, 2020).

Alguns idosos não treinados geralmente procuram a prática de exercícios físicos após uma recomendação médica para fortalecimento ou qualidade de vida, o estudo demonstrado por (DA SILVA, 2020) cita que o treinamento de força e resistido não só traz melhoria no ganho de força e qualidade de vida, mas também na promissora intervenção para ganhos de potência, diminuição de gordura corporal, melhoria de desempenho físico em atividades esportivas e a diminuição de incidência de diversas doenças crônicas. Essas doenças crônicas podem acarretar no processo de envelhecimento seguidos de uma diminuição gradual da massa livre e de gordura (MLG) e da gordura subcutânea, que ocasiona acúmulo de gordura abdominal trazendo diversos riscos para os órgãos internos (chiu e  colaboradores, 2018), outro fator que vemos no envelhecimento é a inatividade física, com o aumento da idade a inatividade física é reconhecida como um dos principais fatores de risco para sobrepeso, obesidade e doenças não transmissíveis (DNTs) e as doenças crônicas. Uma pesquisa com duração de 12 semanas, com duas sessões semanais e duração de 50 minutos cada, Avaliando a composição corporal dos idosos antes e após o Treinamento resistido, foi apresentado que o protocolo de TR de 12 semanas apresentou resultados significativos no IMC, IC e RCQ em idosas (ALEXANDRE, 2020). 

Um estudo de campo intervencional (DA PAZ, 2019), prospectivo e quantitativo; incluindo 10 mulheres entre 60 e 75 anos. Avaliou-se a Circunferência Abdominal, Pressão Arterial Sistólica, Pressão Arterial Diastólica, HDL-colesterol, glicemia de jejum e triglicerídeos. Os exercícios resistidos foram positivos para a PAS de mulheres com SM. Apesar da diminuição do tempo de execução do Teste AVD-Glittre. É necessário desenvolver estratégias para reduzir os fatores de riscos da SM e a incapacidade funcional na população idosa, pois esse é um indicador de como a condição de saúde impacta a realização de atividades físicas diárias.

O treinamento com exercício resistido (ER) é amplamente recomendado para aumento de força e massa muscular em idosos. O ER também é um possível estímulo para melhorar funções cognitivas (FC), mas o melhor protocolo para esse fim não é conhecido, o protocolo de ER mais eficiente para aumentar a FC em idosos e identificou-se um efeito benéfico em potencial do CB-RFS sobre a FC (não significante). Desta forma, o exercício resistido de CB parece estimular a melhora aguda da função cognitiva em idosos saudáveis, provavelmente devido à alteração ideal da modulação autonômica induzida pelo exercício (SARDELI, 2018). 

A partir de uma série de testes e programas em idosos, foi visto que o ER (Exercício resistido) e o TF (Treinamento de força) tem um fator de suma importância na intervenção das perdas que causa o processo de envelhecimento, verificando que o índice de capacidade funcional tem melhorado, reduzindo o tempo de resposta e aumento do débito cardíaco (SARDELI, 2018). A flexibilidade, tarefas funcionais, resistência muscular e carga de treino foram verificados, apresentando resultados significativos em flexibilidade, Efeito do tempo para tarefa funcional, resistência muscular e carga de treino, constatando que o TP (Treinamento com peso) é efetivo para a melhora da tarefa funcional, da resistência muscular e da carga de treino (PINA, 2018). Então, a prática de exercício físico atua como Fator bastante significativo para os idosos, trazendo benefícios para uma melhor qualidade de vida.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após uma revisão bibliográfica, chegamos à conclusão que o treinamento resistido (TR) é amplamente recomendado para o aumento da força e massa muscular em idosos, e o treinamento de força (TF) traz uma melhora na aptidão física, ajuda no aumento da massa muscular, permite maior funcionalidade tornando o corpo mais forte e resistentes para as atividades cotidianas dos idosos.

Dos dois protocolos apresentados, ambos apresentam resultados significativos e são benéficos na força e no aumento da resistência do idoso. Além de aprimorar o físico, o idoso também apresenta maior independência, aumentando sua autoestima e bem-estar, Além da Redução da pressão arterial, controle das diabetes. melhoria da capacidade cardiorrespiratória, redução de colesterol, controle do peso (reduzindo problemas articulares), são exemplos de problemas comuns na terceira idade que são controlados com a prática de Treinamento. Dos estudos apresentados todos se mostraram proveitosos para os idosos, é possível afirmar que a prática de exercícios em ambos os protocolos de treinos TR (Treinamento Resistido) e TF (Treinamento de Força) São bastante eficazes com a população idosa, tornando os idosos mais ativos, resistente a quedas além de deixá-los independentes.

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