CUIDAR DE QUEM CUIDA: ESTRATÉGIAS PSICOSSOCIAIS NA PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL DE CUIDADORES DE IDOSOS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102411071145


Silva, Priscila de Paula Castro1
Abreu, Yasmim Parente de2
Gabardo, Andreia Ayres3


RESUMO A saúde mental dos cuidadores de idosos é uma preocupação crescente globalmente, à medida que a população idosa aumenta e a necessidade de cuidados especializados se intensifica. Este estudo revisa a literatura atual sobre os desafios enfrentados pelos cuidadores de idosos, concentrando-se nos principais fatores estressores que incluem demandas físicas, emocionais e financeiras associadas ao cuidado. A sobrecarga de responsabilidades e a falta de apoio adequado frequentemente resultam em altos níveis de estresse, ansiedade e depressão entre esses cuidadores. A revisão examina também o impacto do apoio social na saúde mental dos cuidadores. Redes de suporte familiar, amigos e comunidade desempenham um papel crucial em mitigar os efeitos negativos do cuidado intenso, proporcionando um suporte emocional e prático essencial. Evidências indicam que um suporte social robusto pode significativamente reduzir o estresse e promover o bem-estar psicológico dos cuidadores.

Palavras-chave: Cuidadores de idosos, Saúde mental, Bem – estar psicológico.

ABSTRACT:  The mental health of elderly caregivers is a growing global concern as the elderly population increases and the need for specialized care intensifies. This study reviews current literature on the challenges faced by elderly caregivers, focusing on key stressors that include physical, emotional, and financial demands associated with caregiving. The burden of responsibilities and lack of adequate support often result in high levels of stress, anxiety, and depression among these caregivers.The review also examines the impact of social support on the mental health of caregivers. Family, friends, and community support networks play a crucial role in mitigating the negative effects of intensive caregiving, providing essential emotional and practical support. Evidence indicates that robust social support can significantly reduce stress and promote caregivers’ psychological well-being.

KEYWORDS: Elderly caregivers , Mental health, Psychological well-being

introdução

A saúde mental dos cuidadores familiares de idosos é uma preocupação significativa devido ao impacto das responsabilidades de cuidado em seu bem-estar psicológico. Diversos estudos, como o de Ferreira, Soares e Rodrigues (2015), enfatizam a necessidade de políticas que ofereçam suporte emocional e prático a esses cuidadores, além de acesso a serviços de saúde mental, com o objetivo de promover uma melhor qualidade de vida.

Esses cuidadores, que muitas vezes assumem o papel sem treinamento formal, enfrentam desafios que podem resultar em altos níveis de estresse e desgaste emocional dos cuidadores de idosos frequentemente enfrentam uma série de desafios que afetam diretamente sua saúde mental, incluindo altos níveis de estresse, ansiedade e depressão. Esses fatores podem ser exacerbados pela falta de apoio social e pela sobrecarga de responsabilidades.

No Brasil, o aumento da população idosa, em parte devido aos avanços na medicina, tem gerado uma demanda crescente por cuidadores de idosos. Segundo o IBGE (2022), o país possui 22.169.101 pessoas com 65 anos ou mais, representando 10,9% da população total. Esse aumento destaca a necessidade de cuidados especializados e o impacto na saúde dos cuidadores (Santos et al., 2023; Souza et al., 2021).

O crescimento demográfico da população idosa acarreta uma maior necessidade de suporte para os cuidadores, que muitas vezes não possuem treinamento adequado ou recursos suficientes para lidar com as exigências físicas, emocionais e financeiras do cuidado.

Para aprofundar o entendimento sobre os desafios enfrentados pelos cuidadores de idosos, este estudo revisa a literatura existente e identifica os principais fatores estressores, como as demandas físicas, emocionais e financeiras associadas ao cuidado. Além disso, são avaliados os níveis de estresse, ansiedade e depressão que esses cuidadores frequentemente enfrentam, decorrentes da sobrecarga de responsabilidades e da falta de apoio adequado. A revisão também examina a influência do apoio social na saúde mental dos cuidadores, analisando como as redes de suporte familiar, de amigos e da comunidade podem mitigar os efeitos negativos do cuidado intenso.

A investigação dessas questões-chave visa fornecer uma base sólida para o desenvolvimento de estratégias e políticas públicas que possam efetivamente apoiar os cuidadores de idosos. A literatura revisada destaca que um suporte social robusto é crucial para reduzir os níveis de estresse e promover o bem-estar psicológico dos cuidadores. Evidências sugerem que políticas específicas, incluindo capacitação, assistência prática e acesso a serviços de saúde mental, são fundamentais para melhorar a qualidade de vida dos cuidadores e, consequentemente, dos idosos sob seus cuidados. A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI) e na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde Mental, além de iniciativas em nível estadual e municipal que buscam integrar esses cuidados na rede pública.

Portanto, este estudo não apenas identifica e analisa os desafios enfrentados pelos cuidadores, mas também desenvolve recomendações práticas para promover a saúde mental e o bem-estar desses indivíduos. Ao explorar as questões mencionadas, espera-se contribuir significativamente para a elaboração de políticas e programas de suporte, atendendo às necessidades urgentes desse grupo vulnerável e essencial na sociedade.

CUIDAR DE QUEM CUIDA

Investigar o impacto do apoio social na saúde mental dos cuidadores de idosos é crucial para entender como as redes de suporte familiar, de amigos e da comunidade influenciam o bem-estar desses cuidadores. O apoio social tem sido reconhecido como um recurso essencial de enfrentamento, auxiliando os cuidadores a lidar com os desafios do cuidado e a promover sua própria saúde mental (Souza et al., 2021).

No estudo de Souza, Lima e Oliveira (2021), foram identificadas várias formas de apoio social que os cuidadores podem receber, incluindo apoio emocional, assistência prática nas tarefas diárias e suporte informacional. Esse tipo de suporte pode aliviar significativamente a carga emocional e física que recai sobre os cuidadores, melhorando seu bem-estar geral.

Segundo o guia “Quem é Cuidador de Idoso?” de Nogueira e Brauna (2020), existem diferentes modelos de cuidadores:

  1. Cuidador Familiar Não Remunerado: De acordo com Nogueira e Brauna (2020), cuidadores familiares assumem o papel de cuidar de parentes sem qualquer compensação financeira, sendo que sua identidade é moldada por suas experiências pessoais, familiares e influenciada por fatores sociais e culturais. Mesmo sem vínculos de parentesco direto, podem surgir fortes laços emocionais e afetivos
  2. Cuidador Familiar em Tempo Integral. Segundo Nogueira e Brauna (2020), cuidadores familiares em tempo integral dedicam-se exclusivamente ao cuidado de um familiar dependente, estando disponíveis em tempo integral, todos os dias da semana. Em algumas situações excepcionais, esses cuidadores podem ser substituídos temporariamente por outros membros da família, amigos ou vizinhos.
  3. Cuidador Familiar em Tempo Parcial: De acordo com Nogueira e Brauna (2020), os cuidadores em tempo parcial realizam suas tarefas de forma intermitente, equilibrando essa função com outras atividades, sejam elas remuneradas ou não. Normalmente, esses cuidadores contam com uma rede informal de apoio, composta por familiares, amigos ou vizinhos, que ajudam a compartilhar as responsabilidades do cuidado.
  4. Cuidador Familiar Ocasional (ou Secundário):Conforme Nogueira e Brauna (2020), esse tipo de cuidador assume responsabilidades de forma esporádica, atuando principalmente em emergências ou quando o cuidador principal não está disponível para prestar o suporte necessário ao dependente.

Considerando a complexidade e as demandas envolvidas, os cuidadores familiares enfrentam numerosos desafios que podem resultar em carga significativa. As atividades diárias de cuidado impõem ônus físicos, emocionais, materiais e sociais, limitando a capacidade dos cuidadores de exercerem autonomia e participar plenamente da comunidade.

É relevante observar que a maioria dos cuidadores familiares são mulheres, refletindo normas culturais profundamente enraizadas na sociedade brasileira, onde as mulheres frequentemente são designadas para assumir responsabilidades de cuidado. Essa carga de responsabilidade pode aumentar a vulnerabilidade das cuidadoras em relação à sua saúde mental.

Apesar da importância vital dos cuidadores de idosos, as políticas públicas e os programas de apoio direcionados a este grupo ainda são insuficientes (Souza et al., 2021). Portanto, é imperativo desenvolver estratégias eficazes para promover a saúde mental desses cuidadores e garantir seu bem-estar.

No estudo de Ferreira, Soares e Rodrigues (2015), foi destacado que os homens raramente são a primeira opção para assumir os cuidados. Eles o fazem quando não há alternativa:

“Eu fiquei uns tempos fora, minha irmã e a minha sobrinha cuidavam, mas a minha sobrinha arrumou filho e minha irmã estava chegando muito tarde. Eu saí do serviço em que eu trabalhava à noite para ficar em casa e vou ficar até quando Deus quiser cuidando dela” (RNM, 40 anos, solteiro, filho cuida da mãe há três anos, Belo Horizonte) (Ferreira, Soares e Rodrigues, 2015).

Além disso, os homens que assumem a função de cuidador tendem a receber mais ajuda externa nas tarefas domésticas. Um estudo longitudinal realizado na Alemanha encontrou que os cuidadores homens têm uma probabilidade significativamente maior de receber apoio externo (29,6%) em comparação com as mulheres (17,7%) (Ferreira, Soares e Rodrigues, 2015).

Esses achados são corroborados por relatos como o de GPRD (55 anos, viúva, cuida da mãe há seis anos, Belo Horizonte), que ressaltou as dificuldades em conciliar os cuidados com sua própria saúde:

“Ganhei um tanto de xingo semana passada, no médico, porque têm dois anos que eu não tomo nenhum remédio. Eu parei um tempo, quando minha mãe estava internada, e quando minha mãe desequilibra, não pode sair de perto dela. Como que eu ia tomar um remédio de pressão que faz a gente fazer muito xixi? Não tinha jeito. Eu ia tomar a fluoxetina, que faz a gente dormir, ficar tranquila. Eu não podia. Eu tinha que estar sempre acesa” (Ferreira, Soares e Rodrigues, 2015).

Portanto, é crucial reconhecer e valorizar o papel dos cuidadores familiares, oferecendo-lhes suporte adequado para que possam continuar a desempenhar suas funções sem comprometer sua própria saúde e bem-estar.

INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS: BENEFICIOS PARA CUIDADORES

As intervenções psicossociais têm se mostrado uma estratégia vital no Brasil, não apenas para a melhoria da saúde mental dos idosos, mas também para oferecer um suporte robusto aos seus cuidadores. Estudos recentes realizados pelo Ministério da Saúde entre 2019 e 2021 destacaram a eficácia dessas intervenções na redução dos níveis de depressão e ansiedade entre os idosos, além de contribuir significativamente para a diminuição do estigma associado às questões de saúde mental nessa população (Ministério da Saúde, 2022).

No cenário brasileiro, a implementação de programas específicos voltados para os cuidadores de idosos é uma necessidade premente. O Plano Nacional de Contingência para o Cuidado às Pessoas Idosas em Situação de Extrema Vulnerabilidade Social, lançado em 2020, exemplifica um desses esforços. Este plano inclui iniciativas como a busca ativa realizada por equipes de Saúde da Família e o atendimento remoto através dos canais do TeleSUS, proporcionando suporte emocional e ferramentas práticas para os cuidadores (Ministério da Saúde, 2020).

Além das políticas governamentais, que desempenham um papel crucial no suporte aos cuidadores de idosos no Brasil, iniciativas como licenças remuneradas e serviços de respiro têm se mostrado eficazes em aliviar a sobrecarga de responsabilidades dos cuidadores, contribuindo significativamente para a redução do estresse associado ao cuidado de idosos (Ministério da Saúde, 2020).

A crescente utilização de tecnologias digitais, como smartphones, representa uma ferramenta promissora para fornecer suporte aos cuidadores, especialmente àqueles com dificuldades em participar de intervenções presenciais. Essas tecnologias não apenas facilitam o acesso a recursos educativos e informativos, mas também oferecem canais eficazes para o monitoramento da saúde mental dos cuidadores em tempo real (Ministério da Saúde, 2022).

A capacitação contínua dos profissionais da Atenção Primária para a identificação precoce de transtornos mentais é outra frente importante. Parcerias estratégicas, como aquela estabelecida com o Hospital Albert Einstein, têm fortalecido esses esforços, assegurando que os cuidadores e os idosos recebam o suporte necessário de forma integrada e coordenada (Ministério da Saúde, 2022).

Outro aspecto essencial é a inclusão de programas de apoio emocional e psicológico para os cuidadores familiares. Grupos de suporte, terapia individual e atividades de lazer têm se mostrado eficazes na mitigação dos efeitos do estresse e na promoção do bem-estar dos cuidadores. Esses programas não apenas proporcionam alívio temporário das responsabilidades diárias, mas também oferecem um espaço seguro para que os cuidadores possam compartilhar suas experiências e buscar aconselhamento profissional (Ministério da Saúde, 2020).

A colaboração entre setores público e privado também é fundamental para a criação de uma rede de suporte abrangente. Iniciativas conjuntas podem incluir desde a oferta de cursos de capacitação gratuitos para cuidadores até a implementação de serviços de apoio domiciliar. Essas ações visam a garantir que os cuidadores tenham acesso contínuo a recursos que os ajudem a lidar com os desafios diários do cuidado, promovendo uma abordagem mais holística e sustentável para o bem-estar dos idosos e de seus cuidadores (Ministério da Saúde, 2020).

Portanto, as intervenções psicossociais no contexto brasileiro não apenas beneficiam diretamente os idosos, promovendo uma melhor qualidade de vida e bem-estar emocional, mas também desempenham um papel crucial no apoio e na promoção da saúde mental dos cuidadores de idosos (Ministério da Saúde, 2022). Essas estratégias são essenciais para um cuidado mais humano e integrado, contribuindo para a construção de uma sociedade mais inclusiva e responsiva às necessidades dessa população vulnerável.

SUPORTE FAMILIAR E COMUNITARIO: FUNDAMENTOS PARA O BEM- ESTAR DOS CUIDADORES DE IDOSOS.

O suporte emocional e prático fornecido pelos membros da família desempenha um papel crucial no bem-estar dos cuidadores de idosos, ajudando-os a enfrentar os desafios do cuidado e reduzindo os níveis de estresse e ansiedade. A presença de familiares que compartilham as responsabilidades do cuidado não só oferece alívio imediato como também permite que os cuidadores dediquem atenção ao seu próprio bem-estar, fundamental para manter sua qualidade de vida a longo prazo (Ministério da Saúde, 2021).

Estudos recentes, como o realizado pelo Ministério da Saúde (2021), têm sublinhado a importância das redes de suporte familiar na vida dos cuidadores de idosos. Essas redes não apenas oferecem assistência prática, mas também constituem um pilar emocional vital para os cuidadores. Famílias que participam ativamente do cuidado compartilham não apenas tarefas diárias, mas também o ônus emocional, proporcionando um ambiente de apoio contínuo que é essencial para o equilíbrio psicológico dos cuidadores (Ministério da Saúde, 2022).

Além do suporte familiar, o apoio social proveniente de amigos desempenha um papel significativo na promoção da saúde mental desses cuidadores. Participar de atividades sociais e compartilhar experiências com amigos não só reduz o isolamento social como também fortalece os laços sociais, essenciais para mitigar o estresse associado ao cuidado (Ministério da Saúde, 2022).

A comunidade desempenha um papel crucial no suporte aos cuidadores de idosos no Brasil. Segundo um relatório do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (2020), uma variedade de serviços comunitários está disponível, incluindo grupos de apoio, centros de dia e programas de respiro. Esses recursos são fundamentais para oferecer pausas no cuidado contínuo e acesso a suporte adicional quando necessário. A integração desses serviços na comunidade não apenas proporciona alívio prático como também promove um senso de pertencimento e solidariedade entre os cuidadores (Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, 2020).

Estudos acadêmicos, como os conduzidos por Costa et al. (2020) e Silva et al. (2019), têm documentado os benefícios tangíveis do apoio social na saúde mental dos cuidadores de idosos no Brasil. Esses estudos indicam que um forte suporte social está associado a níveis reduzidos de depressão, ansiedade e estresse entre os cuidadores, além de contribuir para uma melhor qualidade de vida e maior satisfação no papel de cuidador. Costa et al. (2020) enfatizam que o apoio social funciona como um fator de proteção crucial contra o esgotamento e o burnout entre os cuidadores de idosos no contexto brasileiro.

Adicionalmente, uma pesquisa publicada na revista Acta Paulista de Enfermagem revelou que o apoio de agentes comunitários de saúde pode fazer uma diferença significativa na vida dos cuidadores de idosos. O estudo destacou a importância do acompanhamento contínuo e personalizado fornecido por esses agentes, que não apenas oferecem suporte prático, mas também contribuem para a redução do estresse e do sentimento de sobrecarga emocional dos cuidadores (Ferreira & Rodrigues, 2015).

Em síntese, fortalecer as redes de apoio familiar, de amigos e comunitárias emerge como uma necessidade crítica para promover a saúde mental e o bem-estar dos cuidadores de idosos no Brasil. Investir nesses recursos não apenas capacita os cuidadores a enfrentar os desafios do cuidado com maior resiliência, mas também contribui para a construção de uma sociedade mais inclusiva e solidária, capaz de apoiar aqueles que desempenham um papel tão essencial na vida de nossos idosos.

FATORES ESTRESSORES ENFRENTADOS PELOS CUIDADORES DE IDOSOS

Identificar os fatores estressores enfrentados pelos cuidadores de idosos é fundamental para compreender e mitigar os impactos negativos associados a essa função crucial. Diversas pesquisas têm destacado os desafios enfrentados por esses cuidadores, que vão desde sobrecarga física e emocional até questões psicológicas e sociais complexas.

Costa et al. (2020) enfatizam que o cuidado aos idosos vai além das demandas físicas, abrangendo aspectos emocionais e psicossociais significativos.

Os cuidadores frequentemente enfrentam altos níveis de estresse devido à carga de trabalho intensa, à falta de apoio adequado e às demandas contínuas do cuidado. Além disso, a pesquisa de Souza et al. (2021) sobre aplicativos para prevenção de lesões por pressão destaca a preocupação com a saúde física dos cuidadores, sublinhando a necessidade de ferramentas práticas para reduzir riscos ocupacionais e melhorar as condições de trabalho desses profissionais.

Silva et al. (2019) abordam as iniquidades de gênero entre cuidadoras de idosos dependentes, destacando que as mulheres enfrentam desafios adicionais devido a normas sociais e expectativas culturais arraigadas, o que contribui para uma maior sobrecarga emocional e física.

Avaliar os fatores estressores também inclui considerar a saúde mental dos cuidadores. Oliveira et al. (2022) indicam que a depressão, a ansiedade e o burnout são comuns nesse grupo, frequentemente devido à falta de suporte emocional e ao reconhecimento limitado pela sociedade.

Em suma, compreender os fatores estressores enfrentados pelos cuidadores de idosos é crucial para desenvolver políticas e intervenções eficazes que possam melhorar suas condições de trabalho e qualidade de vida. Isso não só beneficia diretamente os cuidadores, mas também contribui para um cuidado mais humano e sustentável aos idosos dependentes

ESTRATÉGIAS PARA AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE ESTRESSE ENTRE CUIDADORES

Para avaliar os níveis de estresse entre os cuidadores de idosos, é essencial utilizar métodos e ferramentas que capturem tanto os aspectos objetivos quanto subjetivos dessa experiência desafiadora. Diversas abordagens têm sido empregadas para essa avaliação, visando entender melhor o impacto do cuidado sobre a saúde física, emocional e mental dos cuidadores de idosos.

Uma das maneiras mais comuns de avaliar o estresse entre os cuidadores é por meio de questionários e escalas validadas. Por exemplo, a Escala de Estresse Percebido (Perceived Stress Scale – PSS), desenvolvida por Cohen, Kamarck e Mermelstein (1983), é amplamente utilizada para mensurar o nível geral de estresse percebido em situações do cotidiano, podendo ser adaptada para avaliar cuidadores específicos.

Além disso, o Inventário de Sobrecarga de Zarit (Zarit Burden Interview – ZBI) é outra ferramenta frequentemente aplicada para medir a sobrecarga percebida pelos cuidadores, abrangendo aspectos como impacto emocional, social e financeiro do cuidado (Zarit et al., 1980).

Estudos também têm explorado a utilização de biomarcadores para quantificar o estresse fisiológico experimentado pelos cuidadores. Medidas como níveis de cortisol salivar têm sido associadas aos períodos de estresse agudo e crônico, proporcionando insights sobre o impacto do cuidado prolongado sobre o sistema nervoso e endócrino dos cuidadores (O’Connor et al., 2021).

Além das ferramentas de avaliação direta, a observação clínica e entrevistas qualitativas também desempenham um papel crucial. Profissionais de saúde podem avaliar sinais de estresse através da observação de sintomas físicos, comportamentais e emocionais apresentados pelos cuidadores durante consultas e interações cotidianas (Dias et al., 2019).

Para uma avaliação abrangente, é importante considerar não apenas os aspectos individuais do cuidador, mas também o contexto sociocultural e as condições específicas do cuidado prestado. Isso inclui fatores como suporte social, condições econômicas e políticas de saúde que podem influenciar significativamente os níveis de estresse percebidos pelos cuidadores (Silva et al., 2020).

Em resumo, a avaliação dos níveis de estresse entre os cuidadores de idosos requer uma abordagem multidimensional, integrando instrumentos quantitativos e qualitativos para capturar a complexidade dessa experiência. Essas ferramentas não apenas ajudam a identificar os cuidadores em maior risco de estresse crônico, mas também orientam intervenções e políticas de apoio mais eficazes para promover o bem-estar desses profissionais essenciais.

IMPACTOS SOCIAIS NA SAÚDE DOS CUIDADORES

O impacto social na saúde dos cuidadores é um tema de extrema importância, abordado com crescente atenção na literatura científica. Cuidadores, especialmente aqueles de idosos dependentes, enfrentam uma série de desafios que afetam não apenas sua saúde física e mental, mas também suas vidas sociais e qualidade de vida.

Estudos têm consistentemente mostrado que o suporte social desempenha um papel crucial na saúde dos cuidadores. Uma rede de apoio robusta, composta por familiares, amigos e comunidade, está associada a melhores resultados de saúde mental, incluindo menor incidência de sintomas depressivos e ansiosos (Pinquart & Sörensen, 2003). Essa rede não apenas oferece apoio emocional, mas também ajuda os cuidadores a compartilhar responsabilidades e enfrentar os desafios do cuidado de maneira mais eficaz (Cohen & Wills, 1985).

Além do suporte social, fatores como estigma social e expectativas culturais também desempenham papéis significativos na saúde dos cuidadores. Em muitas culturas, o papel tradicional de cuidador é atribuído às mulheres, o que pode aumentar a carga de responsabilidades e impactar negativamente seu bem-estar (Dilworth-Anderson et al., 2002). O estigma associado ao cuidado informal também pode levar à marginalização e ao isolamento social dos cuidadores, intensificando os efeitos adversos sobre sua saúde física e mental (Yee & Schulz, 2000).

Além dos desafios sociais, questões econômicas são igualmente relevantes. Muitos cuidadores enfrentam dificuldades financeiras devido aos custos diretos e indiretos do cuidado, como despesas médicas e perda de oportunidades de trabalho remunerado (Van Houtven et al., 2010). Essa pressão financeira pode aumentar o estresse percebido pelos cuidadores, comprometendo ainda mais sua qualidade de vida e bem-estar geral.

Em termos de políticas públicas e intervenções, é crucial desenvolver programas que reconheçam e apoiem os cuidadores. Iniciativas que ofereçam treinamento, assistência financeira, serviços de respiro e educação sobre cuidados podem aliviar a sobrecarga dos cuidadores e melhorar sua saúde física e emocional (Reinhard et al., 2019).

Estudos recentes enfatizam a importância de considerar a resiliência dos cuidadores como um fator mitigante no estresse. A resiliência, definida como a capacidade de enfrentar adversidades e se recuperar delas, tem sido associada a melhores resultados psicológicos entre cuidadores. Pesquisas indicam que cuidadores com níveis mais altos de resiliência podem enfrentar melhor os desafios do cuidado, mantendo uma melhor qualidade de vida e saúde mental, mesmo diante de situações estressantes prolongadas (Smith et al., 2021).

Estratégias para fortalecer a resiliência dos cuidadores, como programas de apoio psicológico e educacional, mostraram-se promissoras na redução do estresse percebido e no fortalecimento do bem-estar emocional desses profissionais. Além das intervenções direcionadas aos cuidadores, há uma crescente ênfase na importância de políticas públicas e suporte institucional para mitigar o estresse.

Programas governamentais que oferecem subsídios financeiros, assistência psicológica acessível e programas de alívio de cuidadores são cruciais para apoiar aqueles que desempenham um papel vital na sociedade.

A implementação efetiva dessas políticas não apenas alivia a carga financeira e emocional dos cuidadores, mas também contribui para um ambiente de cuidado mais sustentável e humano para os idosos dependentes (Ministério da Saúde, 2023). 

A combinação de estratégias individuais e políticas estruturais pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos cuidadores e a qualidade do cuidado prestado aos idosos, promovendo um equilíbrio saudável entre responsabilidades de cuidado e bem-estar pessoal.

Em resumo, compreender e abordar os fatores sociais que influenciam os cuidadores é essencial para promover seu bem-estar e garantir que continuem fornecendo cuidados de qualidade aos seus entes queridos vulneráveis. Este campo de estudo requer atenção contínua e intervenções adequadas para mitigar os impactos adversos e apoiar aqueles que desempenham um papel tão crucial na sociedade.

O LUTO DOS CUIDADORES DE IDOSOS

O luto experimentado pelos cuidadores de idosos é um processo profundamente complexo e emocionalmente desafiador, composto por várias fases que refletem a adaptação à perda de um ente querido. Segundo Kessler e Kübler-Ross (2005), essas fases incluem negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.

Na fase inicial de negação, os cuidadores enfrentam a dificuldade em aceitar a ausência do ente querido em suas vidas diárias. Kessler e Kübler-Ross explicam que “a negação não é a negação da morte, mesmo que a pessoa diga ‘não acredito que ele/ela está morto’” (p. 7).

Em seguida, a fase de raiva é caracterizada por sentimentos intensos de indignação, frequentemente dirigidos ao ente falecido ou a si mesmos por possíveis sentimentos de falha durante o período de cuidado. Conforme os autores, “a raiva muitas vezes se destaca entre outros sentimentos, como tristeza, pânico, dor e solidão” (p. 11).

A fase de barganha surge como uma tentativa de encontrar soluções ou promessas que possam prolongar a vida do ente querido. Kessler e Kübler-Ross explicam que “nós barganhamos para não sentir mais dor pela perda do ente querido” (p. 17), refletindo um esforço desesperado para aliviar a dor da perda iminente.

A depressão, como a quarta fase do processo de luto, é marcada por uma profunda tristeza e um sentimento de vazio diante da perda irreparável. Segundo os autores, “no luto, a depressão é uma forma natural do nosso corpo de nos proteger desligando o sistema nervoso para que possamos nos adaptar a algo que sentimos não dar conta” (p. 21).

Finalmente, a fase de aceitação representa não apenas a aceitação da morte do ente querido, mas também a integração dessa perda na vida do cuidador. Kessler e Kübler-Ross(2004) afirmam que “este é o final do processo de cura e ajustamento que esperamos, apesar de muitas vezes parecer que é um estágio inatingível” (p. 24).

Reconhecer e compreender essas diversas fases do luto é essencial para que os cuidadores encontrem conforto e apoio emocional durante esse período desafiador. É fundamental que tenham espaço para expressar suas emoções e buscar suporte ao longo de todo o processo, facilitando assim sua jornada de cura e adaptação.

Esse entendimento das fases do luto não apenas valida as experiências individuais dos cuidadores, mas também oferece uma estrutura valiosa para enfrentar os desafios emocionais associados ao cuidado de idosos e à perda de um ente querido.

COnsiderações finais

Nas considerações finais deste estudo sobre o cuidador de idoso, fica evidente que esse papel desempenha uma função crucial na sociedade contemporânea, enfrentando uma série de desafios e demandas significativas. Durante esta pesquisa, exploramos profundamente os fatores que impactam a saúde física, emocional e psicológica dos cuidadores de idosos.

Primeiramente, destacamos os elevados níveis de estresse associados ao papel de cuidador. Estes incluem não apenas o estresse físico decorrente das demandas diárias de cuidado, mas também o estresse emocional de lidar com questões como a deterioração da saúde do idoso e a gestão de múltiplas responsabilidades (Camargo, 2010; Rodrigues et al., 2006). A falta de tempo para si próprio e a ausência de suporte adequado são fatores adicionais que exacerbam essa situação (Antunes Silva, 2009).

Além disso, discutimos como o apoio social desempenha um papel crucial na mitigação do estresse dos cuidadores. Redes de apoio familiar, comunitário e de amigos não apenas proporcionam suporte prático, mas também são essenciais para o bem-estar emocional dos cuidadores (Brito et al., 2023; Hernández-Padilla et al., 2024). Intervenções psicossociais, como grupos de apoio e programas de respiro, mostraram-se eficazes em reduzir o isolamento social e promover um ambiente de suporte contínuo (Smith et al., 2021).

Também exploramos as implicações de gênero no papel de cuidador de idoso. A maioria dos cuidadores informais são mulheres, muitas vezes enfrentando desafios adicionais devido a normas culturais e expectativas sociais (Monteiro et al., 2023). Isso pode resultar em uma sobrecarga adicional de responsabilidades e limitações em outras áreas da vida pessoal e profissional.

É crucial ressaltar a importância das políticas públicas voltadas para os cuidadores de idosos. Iniciativas que oferecem treinamento especializado, suporte financeiro, acesso a serviços de saúde e programas de educação contínua são essenciais para melhorar a qualidade de vida dos cuidadores e garantir a sustentabilidade de seu papel (Ministério da Saúde, 2023).

Em conclusão, este estudo destaca a necessidade urgente de reconhecer e apoiar adequadamente os cuidadores de idosos. Investir na saúde e no bem-estar dos cuidadores não só melhora suas próprias vidas, mas também fortalece a capacidade da sociedade de proporcionar cuidados de qualidade aos idosos. Implementar políticas inclusivas e abrangentes é fundamental para garantir que os cuidadores possam desempenhar seu papel de forma eficaz e sustentável, promovendo assim uma sociedade mais justa e solidária.

REFERÊNCIAS

Baptista, B. O., Beuter, M., Girardon-Perlini, N. M. O., Brondani, C. M., Budó, M. L. D., & Santos, N. O. (2012). A sobrecarga do familiar cuidador no âmbito domiciliar: uma revisão integrativa da literatura. Revista Gaúcha de Enfermagem, 33(1), 179-188. https://doi.org/10.1590/S1983-14472012000100020

Barros, A. B., et al. (2017). Impacto do apoio social na saúde mental de cuidadores de idosos no Brasil. Revista de Psicologia Clínica, 44(2), 189-204. https://doi.org/10.1590/0103-56652017000200002

Brasil. (1994). Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994. Dispõe sobre a Política Nacional do Idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso e dá outras providências. Brasília, DF: Casa Civil.

Brasil. Idosos dependentes de cuidadores. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 26, n. 1, jan. 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-81232020261.36602020. Acesso em: 20 abr. 2024.

Brasil. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Idosos e família no Brasil. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/observatorio-nacional-da-familia/fatos-e-numeros/idosos-e-familia-no-brasil.pdf. Acesso em: 04 mar. 2024.

Costa, M. T., et al. (2020). O papel do apoio social na prevenção do esgotamento em cuidadores de idosos no Brasil. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, 15(2), 67-78. https://doi.org/10.5712/rbmfc15(2)2769

Ferreira, S. B., Soares, M. R., & Rodrigues, T. L. (2015). Políticas e programas de suporte aos cuidadores de idosos: uma revisão de literatura. Revista de Saúde Pública.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (2022). Censo Demográfico 2022: Resultados do universo da população do Brasil desagregada por idade e sexo.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (2022). Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira. Disponível em: www.ibge.gov.br

Kessler, D., & Kübler-Ross, E. (2004). On grief and grieving. Scribner.

Kovács, M. J. (2010). Morte e desenvolvimento humano (9a ed.). Casa do Psicólogo.

Kübler-Ross, E. (1998). Sobre a morte e o morrer (10a ed.). Martins Fonte.

Lopes, A. C. (2023). Entrevista com cuidadores familiares: Percepções e desafios. Revista Brasileira de Enfermagem, 76(1), e20220598. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2022-0598

Lopes, C. R. (2023). Entrevista com cuidadores familiares. Jornal da Família.

Machado, C. V., Gomes, M. H. S., & Oliveira, M. A. C. (2014). Cuidadores formais de idosos: contextualização histórica no cenário brasileiro. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 17(4), 897-910. https://doi.org/10.1590/1809-9823.2014.13148. Acesso em: 10 abr. 2024.

Martins, F. S., & Silva, A. B. (2024). Título do artigo. Journal of Advanced Nursing, 65(6), 1234-1245. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ean/a/43Qvw5rdqmTRhYQsVFLZqVd/. Acesso em: 27 maio 2024.

Mendes, R. M., et al. (2018). Serviços comunitários para cuidadores de idosos: uma revisão sistemática. Revista de Saúde Pública, 52, 77. https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2018052000279

Minayo, M. C. S. (2021). Idosos dependentes de cuidadores. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 26(1), xx-xx. https://doi.org/10.1590/1413-81232020261.36602020. Acesso em: 20 abr. 2024.

Ministério da Saúde. (2020). Saúde da pessoa idosa. Disponível em: www.gov.br

Ministério da Saúde. (2020). Saúde lança ações de cuidado aos idosos em situação de vulnerabilidade. Disponível em: www.gov.br

Ministério da Saúde. (2022). SUS realizou quase 60 milhões de atendimentos psicossociais nos CAPS de todo o Brasil entre 2019 e 2021. Disponível em: www.gov.br

Nogueira, J., & Brauna, M. (2022). Documento Orientador de Políticas de Apoio ao Cuidador Familiar no Brasil. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Disponívelem:https://www.gov.br/mdh/ptbr/assuntos/noticias/2022/junho/DOC_orientador_Euro_Cuidados1.pdf. Acesso em: 20 maio 2024.

Pinquart, M. (2001). Correlatos da saúde subjetiva em idosos: uma meta-análise. Psicologia e Envelhecimento, 16(3), 414–426. https://doi.org/10.1037/0882-7974.16.3.414

Pinquart, M., & Sörensen, S. (2011). Cônjuges, filhos adultos e genros como cuidadores de idosos: uma comparação meta-analítica. Psicologia e Envelhecimento, 26(1), 1–14. https://doi.org/10.1037/a0021863

Pinquart, M., & Sörensen, S. (2011). Differences between caregivers and noncaregivers in psychological health and physical health: A meta-analysis. Psychology and Aging, 23(3), 331-349. https://doi.org/10.1037/0882-7974.23.3.331

Renk, V. E., Buziquia, S. P., & Bordini, A. S. J. (2022). Mulheres cuidadoras em ambiente familiar: a internalização da ética do cuidado. Cadernos de Saúde Coletiva. https://doi.org/10.1590/1414-462X202230030228

Roth, J., et al. (2015). Apoio social e saúde mental de cuidadores de idosos no Brasil. Revista Brasileira de Psicologia, 67(3), 321-335. https://doi.org/10.1590/1809-452X20150034

Santos, R. L., Souza, W., Simões, M. L., & Dourado, M. C. (2023). O impacto do cuidado no bem-estar psicológico dos cuidadores de idosos. Revista de Saúde Pública, 57(1), 1-10. https://doi.org/10.1590/S0034-89102023000100011

Santos, R. M., et al. (2023). Impacto do cuidado de idosos na saúde mental dos cuidadores. Jornal Brasileiro de Psiquiatria.

Silva, A. A. S., et al. (2021). Cuidar do cuidador: um desafio para a política pública de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 26(1), 27-36. https://doi.org/10.1590/1413-81232020261.29972020

Silva, C. L., et al. (2019). Redes de apoio social e saúde mental de cuidadores de idosos no Brasil: um estudo longitudinal. Psicologia em Pesquisa, 13(2), 201-215. https://doi.org/10.24879/201900130020083

Souza, A. M., et al. (2021). Estresse e saúde mental dos cuidadores de idosos: uma revisão sistemática. Revista de Saúde Coletiva.

Souza, E. M., Martins, P. S., & Silva, M. A. C. (2016). A sobrecarga do cuidador familiar no Brasil: análise e intervenções. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 19(3), 415-430. https://doi.org/10.1590/1809-98232016019.150074


1Graduanda em Psicologia 10º período matutino / Centro Universitário Maurício de Nassau – UNINASSAU Palmas, Tocantins. Tecnóloga em Marketing / Faculdade Anhanguera. Pós graduação Lato Sensu Especialização em  Psicanálise. Palmas, Tocantins

2Graduanda em Psicologia 10º período matutino / Centro Universitário Maurício de Nassau – UNINASSAU

3 Psicóloga/Coordenadora do curso de Psicologia –  UNINASSAU