CRÉDITO DE CARBONO NO IMPACTO DOS LUCROS DE UMA EMPRESA

CARBON CREDIT ON THE IMPACT OF A COMPANY’S PROFITS

CRÉDITO DE CARBONO EN EL IMPACTO DE LAS GANANCIAS DE UNA EMPRESA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102411071040


Eduarda Lopes Farias1
Gabriel da Silva Araujo2
Gabriel dos Santos Moresco3
Ian Barros de Oliveira2
João Vitor Correia do Nascimento2
Júlia dos Santos Santiago2
Leonardo Lopes Farias2
Luis Higino de Sousa Bisneto4
Sophia Gonçalves Seffair2
Sophia Omena Bryan2


Resumo: Esse artigo buscou relatar i impacto dos lucros de uma empresa influenciado pela adoção de créditos de carbono, a fim de reduzir a emissão de gases de efeito estufa e promover práticas mais sustentáveis. A metodologia aplicada neste artigo ocorreu por meio de uma revisão de literatura, na qual foi necessário um planejamento detalhado e uma abordagem sistemática que assegurassem a abrangência e a precisão dos dados coletados. A coleta de dados foi feita por meio de consultas em bases de dados acadêmicas confiáveis, escolhidas com base em sua relevância para o tema. No caso desta pesquisa, as bases de dados utilizadas incluíram a Web of Science, Scopus e ScienceDirect, por serem fontes amplamente utilizadas em estudos sobre economia, meio ambiente e sustentabilidade corporativa. Essas plataformas oferecem acesso a artigos revisados por pares e garantem uma seleção de alta qualidade de fontes. A base Google Scholar também foi utilizada como uma fonte complementar para encontrar artigos de acesso aberto e literatura cinzenta que poderiam estar fora das bases tradicionais, mas que agreguem valor à pesquisa. Assim, conclui-se que, a adoção de créditos de carbono nas empresas promove transformações significativas em várias dimensões, impactando processos operacionais, governança corporativa, imagem pública e finanças. Empresas que investem em créditos de carbono tendem a reavaliar e otimizar suas operações, incorporando práticas sustentáveis que, a longo prazo, geram economia e novas fontes de receita. Ao fortalecer sua reputação e atrair consumidores e investidores que valorizam a sustentabilidade, essas empresas obtêm uma vantagem competitiva e consolidam um papel positivo na sociedade.

Palavras-chave: Impacto Financeiro Direto; Eficiência De Custos; Mitigação De Riscos.

Abstract: This article sought to report the impact of a company’s profits influenced by the adoption of carbon credits, in order to reduce greenhouse gas emissions and promote more sustainable practices. The methodology applied in this article was based on a literature review, in which detailed planning and a systematic approach were necessary to ensure the comprehensiveness and accuracy of the data collected. Data collection was done through consultations in reliable academic databases, chosen based on their relevance to the theme. In the case of this research, the databases used included Web of Science, Scopus and ScienceDirect, as they are widely used sources in studies on economics, environment and corporate sustainability. These platforms offer access to peer-reviewed articles and ensure a high-quality selection of sources. The Google Scholar database was also used as a complementary source to find open access articles and gray literature that could be outside the traditional databases, but that add value to the research. Thus, it is concluded that the adoption of carbon credits in companies promotes significant transformations in several dimensions, impacting operational processes, corporate governance, public image and finance. Companies that invest in carbon credits tend to reevaluate and optimize their operations, incorporating sustainable practices that, in the long run, generate savings and new sources of revenue. By strengthening their reputation and attracting consumers and investors who value sustainability, these companies gain a competitive advantage and consolidate a positive role in society.

Keywords: Direct Financial Impact; cost efficiency; Risk mitigation.

Resumen: Este artículo buscó reportar el impacto de las utilidades de una empresa influenciadas por la adopción de créditos de carbono, con el fin de reducir las emisiones de gases de efecto invernadero y promover prácticas más sostenibles. La metodología aplicada en este artículo se basó en una revisión de la literatura, en la que fue necesaria una planificación detallada y un enfoque sistemático para garantizar la exhaustividad y precisión de los datos recopilados. La recolección de datos se realizó a través de consultas en bases de datos académicas confiables, elegidas con base en su pertinencia para el tema. En el caso de esta investigación, las bases de datos utilizadas fueron Web of Science, Scopus y ScienceDirect, ya que son fuentes ampliamente utilizadas en estudios sobre economía, medio ambiente y sostenibilidad empresarial. Estas plataformas ofrecen acceso a artículos revisados por pares y garantizan una selección de fuentes de alta calidad. También se utilizó la base de datos Google Scholar como fuente complementaria para encontrar artículos de acceso abierto y literatura gris que podrían estar fuera de las bases de datos tradicionales, pero que agregan valor a la investigación. Así, se concluye que la adopción de créditos de carbono en las empresas promueve transformaciones significativas en varias dimensiones, impactando en los procesos operativos, el gobierno corporativo, la imagen pública y las finanzas. Las empresas que invierten en créditos de carbono tienden a reevaluar y optimizar sus operaciones, incorporando prácticas sostenibles que, a largo plazo, generan ahorros y nuevas fuentes de ingresos. Al fortalecer su reputación y atraer a consumidores e inversores que valoran la sostenibilidad, estas empresas obtienen una ventaja competitiva y consolidan un papel positivo en la sociedad.

Palabras clave: Impacto financiero directo; eficiencia de costos; Mitigación de riesgos.

INTRODUÇÃO

O impacto dos lucros de uma empresa pode ser significativamente influenciado pela adoção de créditos de carbono, uma estratégia que visa reduzir a emissão de gases de efeito estufa e promover práticas mais sustentáveis (REISCH, 2021).

Os créditos de carbono funcionam como permissões negociáveis para que uma empresa emita uma determinada quantidade de dióxido de carbono (CO₂) ou outros gases equivalentes, sendo comprados por empresas que têm emissões mais elevadas do que suas metas permitidas. Dessa forma, empresas que investem em práticas sustentáveis, como reflorestamento ou tecnologias de baixo carbono, podem gerar créditos e vendê-los no mercado, o que se torna uma fonte adicional de receita e, potencialmente, aumenta os lucros (DOS SANTOS; DE SOUZA; DE SOUZA, 2016).

Além de gerar receita direta pela venda dos créditos de carbono, a adesão a práticas sustentáveis pode fortalecer a imagem da empresa e atrair consumidores e investidores comprometidos com a sustentabilidade. Com a crescente conscientização sobre as mudanças climáticas, consumidores e acionistas têm priorizado marcas e negócios que demonstram responsabilidade ambiental. Segundo um estudo de mercado, empresas que investem em práticas sustentáveis, como a redução de carbono, tendem a obter maior lealdade dos consumidores e são vistas como menos arriscadas por investidores. Esse reconhecimento se traduz em um impacto positivo nos lucros, já que a preferência do mercado por produtos e serviços sustentáveis aumenta a competitividade da empresa (BRANDÃO, 2024).

O crédito de carbono também proporciona vantagens financeiras a longo prazo, pois empresas que investem em tecnologias e processos de baixo carbono geralmente reduzem custos operacionais, aumentando a eficiência energética e reduzindo o desperdício de recursos. Empresas que adotam esse modelo de negócio sustentável reduzem sua dependência de recursos não renováveis e diminuem a exposição a eventuais regulamentações futuras que possam impor restrições mais severas às emissões de carbono. Como resultado, a redução de custos operacionais aliada a uma estrutura mais sustentável impacta positivamente os lucros a longo prazo, criando um ciclo onde sustentabilidade e lucratividade andam juntas (CAMPOS, NASCIMENTO NETO, 2020).

Além disso, os créditos de carbono representam uma forma de mitigação de riscos para a empresa, especialmente considerando que a regulação ambiental está se tornando mais rigorosa em muitos países. Empresas que não se adaptam podem enfrentar multas, sanções e até mesmo perder oportunidades de negócio em mercados que exigem certificações ambientais. Ao adotar os créditos de carbono, as empresas não apenas se alinham a essas exigências, mas também obtêm uma vantagem competitiva ao anteciparem-se às regulamentações, evitando prejuízos e potencializando os lucros por meio de uma estratégia de adaptação antecipada (BRANDÃO, 2024).

Outro aspecto importante é que a valorização do crédito de carbono no mercado pode beneficiar as empresas que já possuem práticas sustentáveis, especialmente em um contexto global onde a urgência de mitigar os efeitos das mudanças climáticas é cada vez maior. A demanda por créditos de carbono deve aumentar nos próximos anos, o que pode gerar um impacto significativo nos lucros de empresas que possuem créditos excedentes. Nesse cenário, empresas que hoje investem em iniciativas de redução de carbono poderão obter retornos ainda maiores, tornando o crédito de carbono uma estratégia financeiramente atrativa e ambientalmente responsável  (CAMPOS, NASCIMENTO NETO, 2020).

Em resumo, os créditos de carbono oferecem uma oportunidade única para que as empresas aumentem seus lucros enquanto contribuem para a mitigação das mudanças climáticas. Essa abordagem gera receitas diretas pela venda dos créditos, fortalece a imagem corporativa, reduz custos operacionais, protege a empresa contra riscos regulatórios e cria potencial de valorização de mercado. No contexto atual, onde a sustentabilidade é cada vez mais valorizada, empresas que adotam o crédito de carbono têm a chance de alinhar seus objetivos financeiros com a responsabilidade ambiental, garantindo uma atuação lucrativa e sustentável a longo prazo  (CAMPOS, NASCIMENTO NETO, 2020).

MÉTODOS

Para realizar um estudo sobre “o impacto dos lucros de uma empresa através do crédito de carbono” foi utilizado uma a metodologia de revisão de literatura, na qual foi necessário um planejamento detalhado e uma abordagem sistemática que assegurassem a abrangência e a precisão dos dados coletados.

A revisão de literatura é um método que permite o mapeamento do conhecimento já existente sobre o tema, identificando conceitos-chave, lacunas na pesquisa e tendências que possam enriquecer a compreensão do tópico. Esse tipo de metodologia foi especialmente útil neste tema, do impacto dos créditos de carbono, pois permite consolidar dados teóricos e empíricos de estudos anteriores, oferecendo uma visão integrada do conhecimento existente.

O primeiro passo na metodologia foi definir claramente o escopo da revisão de literatura e estabelecer critérios de inclusão e exclusão dos estudos que foram analisados. Para essa pesquisa, o escopo foi centrado nos impactos econômicos e financeiros dos créditos de carbono para as empresas, o que abrange variáveis como geração de receita por venda de créditos, eficiência de custos, mitigação de riscos regulatórios e fortalecimento da imagem corporativa.

Os critérios de inclusão abrangeram artigos publicados nos últimos dez anos, de fontes reconhecidas e que tratem diretamente de estudos sobre o mercado de créditos de carbono e seus efeitos econômicos, excluindo-se estudos que não enfoquem diretamente o impacto nos lucros ou que sejam apenas normativos, sem análise empírica.

A coleta de dados foi feita por meio de consultas em bases de dados acadêmicas confiáveis, escolhidas com base em sua relevância para o tema. No caso desta pesquisa, as bases de dados utilizadas incluíram a Web of Science, Scopus e ScienceDirect, por serem fontes amplamente utilizadas em estudos sobre economia, meio ambiente e sustentabilidade corporativa. Essas plataformas oferecem acesso a artigos revisados por pares e garantem uma seleção de alta qualidade de fontes. A base Google Scholar também foi utilizada como uma fonte complementar para encontrar artigos de acesso aberto e literatura cinzenta que poderiam estar fora das bases tradicionais, mas que agreguem valor à pesquisa.

O processo de coleta envolveu o uso de palavras-chave e operadores booleanos para refinar as buscas nas bases de dados. Para esta pesquisa, foi utilizado o uso de termos como “carbon credits” AND “corporate profit,” “carbon market” AND “financial impact,” e “sustainability” AND “profitability.” Esse processo ajudou a garantir que os estudos encontrados tratem especificamente dos impactos financeiros do crédito de carbono nas empresas. Após a busca inicial, foi feita uma triagem dos resultados, a partir da leitura dos títulos e resumos, para selecionar os artigos que mais se alinham ao objetivo do estudo.

A fase de extração de dados consistiu em ler integralmente os artigos selecionados e compilar informações relevantes, que podem incluir tanto dados quantitativos, como resultados financeiros e indicadores de rentabilidade, quanto dados qualitativos, como análises sobre percepções de consumidores e investidores sobre empresas sustentáveis. Essa etapa exigiu que os pesquisadores adotassem uma estrutura de organização dos dados, utilizando, por exemplo, planilhas ou software de análise de dados, para categorizar as informações por temas, como “impacto financeiro direto,” “eficiência de custos” e “mitigação de riscos.”

Para assegurar a confiabilidade e a validade do estudo, foi importante realizar uma análise crítica dos artigos escolhidos, considerando fatores como o rigor metodológico dos estudos, o tamanho das amostras e o contexto dos dados. Analisar a metodologia utilizada em cada artigo e avaliar se os resultados são aplicáveis ao contexto atual do mercado de créditos de carbono foi essencial para garantir que o estudo final apresentasse conclusões fundamentadas e coerentes com a realidade empresarial.

Após a extração e organização dos dados, realizou-se a análise dos resultados, comparando os achados dos diferentes estudos e identificando padrões, convergências e divergências entre os artigos. Esse processo de análise comparativa permite uma visão integrada dos principais impactos financeiros dos créditos de carbono, evidenciando tanto os benefícios diretos quanto os possíveis desafios ou limitações observados nas empresas que utilizam essa estratégia.

Ao concluir a análise, foi importante sintetizar os principais insights da literatura e identificar áreas que requerem pesquisas adicionais. Muitas vezes, as revisões de literatura revelam lacunas importantes, como a falta de estudos em setores específicos ou a necessidade de mais dados longitudinais sobre os efeitos dos créditos de carbono no longo prazo. Dessa forma, o estudo pôde sugerir direções futuras para a pesquisa, contribuindo para o desenvolvimento do conhecimento acadêmico sobre o tema.

Por fim, a metodologia de revisão de literatura aplicada a esse estudo sobre o impacto dos lucros através dos créditos de carbono envolveu uma série de etapas bem definidas, que incluem a definição do escopo, a coleta de dados em bases acadêmicas confiáveis, a extração e análise crítica dos dados, e a síntese dos resultados. Esse método possibilitou uma compreensão aprofundada do tema e permitiu que os pesquisadores oferecessem uma análise fundamentada, útil tanto para o meio acadêmico quanto para empresas interessadas em entender melhor os efeitos financeiros das práticas sustentáveis.

RESULTADOS E DISCUSSŌES

Contextualização do Crédito de Carbono

O crédito de carbono surgiu como uma resposta ao crescente desafio das mudanças climáticas, que resultam, em grande parte, da emissão descontrolada de gases de efeito estufa (GEE), especialmente o dióxido de carbono (CO₂). Esse conceito foi oficialmente instituído pelo Protocolo de Quioto, em 1997, durante uma conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, onde foram definidos mecanismos para a redução das emissões globais de carbono. O objetivo principal do crédito de carbono é estabelecer um sistema que permita a compensação de emissões de GEE, incentivando a redução das emissões totais e promovendo práticas empresariais mais sustentáveis (BRANDÃO, 2024).

Cada crédito de carbono corresponde a uma tonelada de CO₂ que uma empresa ou país evitou emitir ou retirou da atmosfera através de práticas sustentáveis, como reflorestamento ou uso de fontes de energia renováveis. Esse sistema cria um mercado global onde empresas e governos podem comprar e vender créditos de carbono, incentivando uma economia de baixo carbono e gerando um fluxo financeiro para projetos de sustentabilidade. Dessa forma, países e empresas que têm dificuldade em reduzir suas emissões podem comprar créditos de carbono de outros que têm excedente, equilibrando suas responsabilidades ambientais (DOS SANTOS; DE SOUZA; DE SOUZA, 2016).

O conceito de crédito de carbono está diretamente relacionado ao princípio de “poluidor-pagador”, que sugere que aqueles que emitem gases poluentes devem arcar com o custo ambiental de suas atividades. Assim, o mercado de créditos de carbono busca equilibrar as responsabilidades ambientais, tornando a redução de emissões financeiramente vantajosa para empresas que adotam práticas de sustentabilidade. Esse modelo tem se mostrado eficaz para promover a inclusão de empresas no combate às mudanças climáticas, ao mesmo tempo em que oferece uma forma de compensação para aquelas que investem em tecnologias limpas e eficiência energética  (CAMPOS, NASCIMENTO NETO, 2020).

O mercado de créditos de carbono é dividido em duas vertentes principais: o mercado regulado e o mercado voluntário. O mercado regulado, estabelecido pelo Protocolo de Quioto e pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, estabelece limites de emissões obrigatórios para países e empresas em certos setores, exigindo que eles compensem suas emissões através de créditos de carbono. Já o mercado voluntário envolve empresas e organizações que, embora não sejam obrigadas a compensar suas emissões, optam por comprar créditos de carbono como parte de suas estratégias de responsabilidade social e ambiental (ALMEIDA, 2023).

No Brasil, o mercado de créditos de carbono tem ganhado importância, principalmente devido ao potencial do país para desenvolver projetos de compensação ambiental, como reflorestamento e proteção de florestas nativas. A Amazônia, por exemplo, representa uma fonte significativa para a geração de créditos de carbono, dado seu papel fundamental na absorção de CO₂ e na preservação da biodiversidade. Empresas brasileiras e internacionais têm investido em projetos de conservação no Brasil, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas e promovendo o desenvolvimento sustentável (ALMEIDA, 2023).

Os créditos de carbono também desempenham um papel importante na estratégia corporativa e no posicionamento de marca, especialmente à medida que cresce a conscientização do consumidor sobre a importância da sustentabilidade. Empresas que investem em créditos de carbono e reduzem suas emissões são frequentemente vistas de forma mais positiva pelos consumidores, o que pode gerar vantagem competitiva e fortalecer a fidelidade à marca. Além disso, o mercado de créditos de carbono abre uma nova fonte de receita para empresas que adotam práticas de baixo carbono e desenvolvem projetos de compensação ambiental (DOS SANTOS; DE SOUZA; DE SOUZA, 2016).

Por outro lado, o crédito de carbono enfrenta desafios, como a verificação e a padronização das práticas de compensação, o que pode comprometer sua credibilidade (REISCH, 2021). Para que o sistema funcione corretamente, é necessário que existam critérios rígidos para a certificação dos projetos e a emissão de créditos. Esses critérios buscam assegurar que os créditos de carbono realmente representam uma redução nas emissões de GEE, evitando fraudes e práticas ineficazes. O desenvolvimento de padrões internacionais e nacionais para a certificação de créditos de carbono tem sido essencial para garantir a confiabilidade do mercado.

A valorização dos créditos de carbono no mercado global também é influenciada por políticas governamentais e acordos internacionais, como o Acordo de Paris de 2015, que fortaleceu os compromissos de redução de emissões e ampliou as metas para os países signatários. O Acordo de Paris impulsionou a expansão do mercado de créditos de carbono, incentivando nações e empresas a desenvolverem estratégias de mitigação de carbono e promovendo a colaboração internacional no combate às mudanças climáticas. Esse tipo de incentivo governamental é fundamental para que o mercado de créditos de carbono continue crescendo e desempenhando um papel relevante na economia mundial (BRANDÃO, 2024).

No contexto corporativo, o crédito de carbono representa uma oportunidade para as empresas não apenas mitigarem seus impactos ambientais, mas também gerarem lucro. Empresas que desenvolvem projetos de compensação podem vender os créditos de carbono gerados, transformando suas práticas sustentáveis em uma fonte de receita. Esse incentivo financeiro faz com que o crédito de carbono seja visto não apenas como uma obrigação ambiental, mas como uma estratégia de negócios que fortalece a sustentabilidade e a rentabilidade (REISCH, 2021).

Em síntese, o crédito de carbono representa um importante mecanismo para o enfrentamento das mudanças climáticas, promovendo a redução das emissões de GEE e incentivando práticas sustentáveis. No entanto, para que esse sistema seja efetivo, é necessário que haja transparência, regulamentação e incentivo governamental para estimular tanto o mercado regulado quanto o voluntário. Dessa forma, o crédito de carbono contribui para a transição para uma economia de baixo carbono, ajudando empresas a se adaptarem a um mercado cada vez mais orientado para a sustentabilidade (REISCH, 2021).

Adoçāo do Crédito de Carbono nas Empresas

A adoção de créditos de carbono pelas empresas representa uma mudança significativa na forma como elas se relacionam com o meio ambiente e com suas operações internas. Este mecanismo, que permite a compensação de emissões de gases de efeito estufa (GEE) mediante a aquisição de créditos correspondentes a reduções de emissões em outros setores, tem um impacto considerável na gestão corporativa, nos resultados financeiros e na percepção da marca. Com a crescente pressão por práticas sustentáveis e as mudanças climáticas se tornando uma preocupação central para governos e sociedade, empresas em todo o mundo estão adotando os créditos de carbono como parte de suas estratégias para reduzir a pegada de carbono e alinhar-se às expectativas de um mercado cada vez mais consciente (DOS SANTOS; DE SOUZA; DE SOUZA, 2016).

Uma das principais mudanças que ocorrem com a adoção do crédito de carbono é a revisão das práticas operacionais e produtivas. Empresas precisam avaliar suas fontes de emissão, o que muitas vezes leva à implementação de tecnologias mais eficientes e à reestruturação de processos para reduzir o consumo de energia e insumos. Segundo estudos, essa revisão de práticas gera uma maior eficiência energética, resultando em economia de custos operacionais, uma vez que tecnologias de baixo carbono tendem a ser menos dispendiosas a longo prazo. A redução de custos associada à eficiência operacional é, portanto, um benefício direto da adoção de práticas sustentáveis (BRANDÃO, 2024).

Além da mudança nos processos operacionais, a adoção de créditos de carbono impacta a governança corporativa. Empresas que optam por essa estratégia frequentemente passam a incorporar políticas de sustentabilidade em seus planos de longo prazo, integrando métricas ambientais aos indicadores de desempenho e colocando a responsabilidade ambiental no mesmo patamar que as metas financeiras. Essa adaptação exige um novo enfoque na liderança e na cultura organizacional, estimulando uma mentalidade voltada para a sustentabilidade em todos os níveis da empresa. A inclusão de critérios de sustentabilidade na governança corporativa torna a empresa mais atraente para investidores que valorizam práticas éticas e sustentáveis (ALMEIDA, 2023).

Outro aspecto importante é o fortalecimento da imagem corporativa. No cenário atual, em que consumidores e investidores priorizam empresas que demonstram responsabilidade ambiental, a adoção de créditos de carbono pode ser um diferencial competitivo. Empresas que investem na redução de emissões e no mercado de carbono são frequentemente vistas de forma mais positiva, o que fortalece a reputação e amplia a fidelidade dos clientes. Segundo uma pesquisa recente, consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos e serviços de empresas sustentáveis, e investidores veem essas empresas como opções de menor risco e com maior potencial de crescimento (REISCH, 2021).

No entanto, a adoção do crédito de carbono também traz desafios. A necessidade de monitoramento constante das emissões e de conformidade com as certificações pode representar um custo adicional, especialmente para empresas de pequeno e médio porte. Além disso, o mercado de créditos de carbono ainda enfrenta barreiras, como a falta de padronização e a variação dos preços dos créditos, o que pode dificultar o planejamento financeiro e a previsibilidade dos custos. Esses desafios exigem que as empresas desenvolvam estruturas internas de monitoramento e controle, que podem incluir a criação de equipes dedicadas à sustentabilidade e ao gerenciamento de carbono (ALMEIDA, 2023).

A adoção do crédito de carbono também afeta a relação das empresas com a comunidade e com o meio ambiente. Empresas que investem em projetos de compensação, como reflorestamento e preservação de ecossistemas, contribuem diretamente para a conservação ambiental e a redução dos efeitos das mudanças climáticas. Esses projetos podem gerar benefícios sociais, como a criação de empregos e a melhoria da qualidade de vida em comunidades locais. Assim, a responsabilidade ambiental passa a ser um ativo social, promovendo o fortalecimento das relações entre a empresa e a sociedade, além de reforçar o papel da empresa como um agente de mudança positiva (CARBALLO-PENELA; OMARI, 2016).

Outro impacto importante é o incentivo à inovação. A necessidade de reduzir emissões leva as empresas a buscar alternativas tecnológicas e práticas inovadoras para reduzir sua pegada de carbono. Esse impulso pela inovação pode resultar em novos produtos e processos que, além de serem mais sustentáveis, oferecem uma vantagem competitiva. A inovação sustentável se torna, assim, uma fonte de valor agregado, pois possibilita que as empresas se diferenciem no mercado e respondam às demandas de um consumidor cada vez mais consciente (DOS SANTOS; DE SOUZA; DE SOUZA, 2016).

A integração dos créditos de carbono nas operações empresariais também promove a cooperação com outras empresas e setores. Muitos projetos de compensação de carbono são realizados em parceria com organizações e instituições de diversos segmentos, o que estimula o compartilhamento de práticas e o desenvolvimento de uma rede colaborativa para a sustentabilidade. A cooperação intersetorial possibilita que as empresas alcancem metas de redução de carbono de maneira mais eficaz, além de fortalecer as relações com parceiros comerciais e criar oportunidades de aprendizado conjunto(BRANDÃO, 2024).

Do ponto de vista financeiro, os créditos de carbono podem representar uma nova fonte de receita para empresas que conseguem reduzir suas emissões além das metas estabelecidas. Empresas que possuem créditos excedentes têm a possibilidade de vendê-los no mercado de carbono, o que gera um retorno financeiro direto. Essa oportunidade de geração de receita transforma a sustentabilidade em um ativo econômico, agregando valor ao negócio e incentivando as empresas a investirem continuamente em práticas de redução de carbono (REISCH, 2021).

A adoção de créditos de carbono também impacta a conformidade regulatória, pois muitas nações estão implementando legislações mais rígidas quanto à emissão de GEE. Empresas que antecipam essas exigências e adotam créditos de carbono se alinham com os requisitos legais de diferentes mercados, evitando penalidades e multas. Além disso, o alinhamento com normas ambientais facilita a entrada em novos mercados e aumenta a competitividade, já que muitos países exigem certificações ambientais para importar produtos e serviços (DOS SANTOS; DE SOUZA; DE SOUZA, 2016).

No longo prazo, a incorporação dos créditos de carbono contribui para a resiliência da empresa diante das mudanças climáticas e das flutuações do mercado. Empresas que adotam práticas sustentáveis e adaptam suas operações às exigências ambientais têm maior capacidade de enfrentar crises e de se adaptar a novas demandas (MIGDADI; OMARI, 2019).

Principais Tipos De Projetos De Plantação De Árvores No Negócio De Carbono

Os projetos de plantação de árvores no contexto do negócio de carbono têm ganhado destaque como uma estratégia eficaz para compensar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e mitigar as mudanças climáticas. Esses projetos, ao capturarem dióxido de carbono (CO₂) da atmosfera, contribuem para a geração de créditos de carbono, que podem ser comercializados no mercado voluntário ou regulado de carbono. Diferentes tipos de projetos de plantação têm objetivos e impactos específicos, variando em função da espécie de árvore utilizada, do tipo de terreno, dos métodos de plantio e da gestão florestal. Conhecer os principais tipos de projetos é fundamental para entender como cada um contribui para a sustentabilidade e para o mercado de carbono (BRANDÃO, 2024).

Um dos tipos mais comuns de projetos de plantação de árvores é o reflorestamento, que consiste em restaurar áreas degradadas ou desmatadas com espécies nativas. O reflorestamento não apenas contribui para a captura de CO₂, mas também para a recuperação da biodiversidade local, uma vez que plantas e animais típicos daquela região tendem a retornar. O reflorestamento tem um impacto significativo em termos ecológicos, pois ajuda a evitar a erosão do solo, a preservar nascentes e a restaurar o equilíbrio dos ecossistemas, além de capturar carbono. Esse tipo de projeto é frequentemente adotado em regiões tropicais, onde a floresta natural possui alta capacidade de absorção de carbono (MIGDADI; OMARI, 2019).

Outro tipo de projeto importante é o de florestamento, que envolve o plantio de árvores em áreas onde originalmente não havia vegetação florestal. Ao contrário do reflorestamento, o florestamento ocorre em regiões que não foram previamente desmatadas, mas que apresentam potencial para a criação de novas florestas. Esses projetos são comuns em terrenos de baixa produtividade agrícola ou áreas improdutivas, permitindo que terras subutilizadas contribuam para a mitigação das emissões. Além da captura de CO₂, o florestamento pode trazer benefícios econômicos para comunidades locais ao criar oportunidades de emprego e promover o desenvolvimento sustentável  (CAMPOS, NASCIMENTO NETO, 2020).

Os projetos de agroflorestas, que combinam o cultivo de árvores com a produção agrícola, são uma abordagem inovadora no mercado de carbono. Esse modelo permite que agricultores integrem árvores com culturas agrícolas ou criações de animais, promovendo a diversificação e o uso sustentável do solo. A agrofloresta oferece uma série de benefícios, como a recuperação do solo, a conservação da água e a promoção da biodiversidade, ao mesmo tempo que aumenta a captura de carbono. Além disso, segundo Almeida (2021), esses projetos são mais atraentes para pequenos produtores, pois garantem uma fonte de renda adicional e contribuem para a segurança alimentar (DOS SANTOS; DE SOUZA; DE SOUZA, 2016).

Os projetos de plantio de espécies comerciais, como o eucalipto e o pinus, são populares por sua rápida taxa de crescimento e alta capacidade de captura de carbono. Esses projetos são frequentemente desenvolvidos com o objetivo de gerar madeira, celulose e outros produtos florestais, sendo uma fonte de matéria-prima sustentável. Apesar das controvérsias sobre o impacto ambiental dessas monoculturas, esses projetos podem ser geridos de forma sustentável, e a rápida captura de carbono compensa, em parte, os potenciais impactos ambientais. Brandão (2024) destaca que, ao serem manejados corretamente, esses projetos contribuem para a captura de carbono enquanto atendem a demandas industriais.

Projetos de recuperação de manguezais também fazem parte do negócio de carbono, especialmente em áreas costeiras e tropicais. Os manguezais são ecossistemas de alta capacidade de sequestro de carbono, conhecido como “carbono azul”, que se armazena no solo e na vegetação. A restauração desses ecossistemas traz benefícios adicionais, como a proteção contra erosão costeira, a conservação da biodiversidade marinha e a promoção da pesca sustentável. A recuperação de manguezais é uma estratégia particularmente eficaz em termos de captura de carbono e conservação ecológica, além de beneficiar diretamente as comunidades costeiras (REISCH, 2021).

Os projetos de sequestro de carbono por árvores em áreas urbanas também têm ganhado popularidade, especialmente em cidades que buscam melhorar sua qualidade ambiental. O plantio de árvores em áreas urbanas não apenas contribui para a captura de carbono, mas também ajuda a reduzir as ilhas de calor, melhorar a qualidade do ar e oferecer espaços verdes para a população. Migdadi; Omari (2019) afirmam que as árvores urbanas desempenham um papel importante na redução da temperatura das cidades e na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, promovendo um ambiente mais saudável e agradável para os moradores.

Outra abordagem são os projetos de sistemas silvipastoris, que combinam árvores com a criação de gado, permitindo que produtores rurais diversifiquem suas atividades e aumentem a captura de carbono. Esses sistemas ajudam a mitigar os impactos ambientais da pecuária, uma das atividades econômicas mais intensivas em emissões de GEE. A integração de árvores reduz a pressão sobre florestas nativas e melhora a qualidade do solo e da pastagem, contribuindo para uma produção mais sustentável. Além disso, esses sistemas podem aumentar a rentabilidade das propriedades, pois agregam valor por meio da captura de carbono  (CAMPOS, NASCIMENTO NETO, 2020).

Os projetos de conservação de florestas são igualmente relevantes para o mercado de carbono, pois envolvem a proteção de áreas florestais já existentes contra o desmatamento. Esse tipo de projeto não inclui o plantio de novas árvores, mas foca na proteção e manejo sustentável das florestas nativas, impedindo que sejam convertidas em áreas agrícolas ou urbanas. A conservação de florestas é uma estratégia crucial para a captura de carbono, pois evita a liberação de CO₂ armazenado no solo e nas árvores, mantendo os ecossistemas em equilíbrio (CARBALLO-PENELA; OMARI, 2016).

Em resumo, os principais tipos de projetos de plantação de árvores no negócio de carbono incluem reflorestamento, florestamento, agroflorestas, monoculturas de espécies comerciais, recuperação de manguezais, arborização urbana, sistemas silvipastoris e conservação de florestas. Cada tipo de projeto possui características específicas, adaptadas ao contexto ambiental e econômico onde são implementados. A escolha entre esses projetos depende de fatores como o objetivo de captura de carbono, as condições do solo e a viabilidade econômica, mas todos contribuem para a mitigação das mudanças climáticas e a promoção de um desenvolvimento sustentável (BRANDÃO, 2024).

Esses projetos demonstram como o mercado de carbono pode integrar a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico, promovendo práticas que beneficiam tanto as empresas quanto o meio ambiente (DOS SANTOS; DE SOUZA; DE SOUZA, 2016).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A adoção de créditos de carbono nas empresas promove transformações significativas em várias dimensões, impactando processos operacionais, governança corporativa, imagem pública e finanças. Empresas que investem em créditos de carbono tendem a reavaliar e otimizar suas operações, incorporando práticas sustentáveis que, a longo prazo, geram economia e novas fontes de receita. Ao fortalecer sua reputação e atrair consumidores e investidores que valorizam a sustentabilidade, essas empresas obtêm uma vantagem competitiva e consolidam um papel positivo na sociedade. Contudo, os desafios incluem os custos de implementação e as oscilações no mercado de créditos, que exigem estratégias bem estruturadas para maximizar os benefícios. Conclui-se que a adoção de créditos de carbono representa uma oportunidade tanto para contribuir com a preservação ambiental quanto para agregar valor econômico e social, fortalecendo a resiliência das empresas frente às exigências de um mercado em constante mudança.

AGRADECIMENTOS E FINANCIAMENTO

Os autores da pesquisa agradecem à Faculdade Santa Teresa pelo suporte institucional e pela infraestrutura disponibilizada, que foram essenciais para a realização deste estudo. Agradecemos especialmente aos professores e colegas da faculdade, cujas contribuições e incentivo ao longo do processo enriqueceram nosso trabalho e fortaleceram nosso compromisso com a pesquisa acadêmica. Ressaltamos que este estudo foi realizado sem financiamento, e sua execução foi possível graças ao apoio e ao compromisso da comunidade acadêmica da Faculdade Santa Teresa com o desenvolvimento do conhecimento científico.


REFERÊNCIAS

ALMEIDA, YKRD. Crédito de carbono no Brasil: análise dos impactos econômicos e estratégias regulatórias para o fortalecimento do mercado. 2023.

BRANDÃO, YG. Contabilidade ambiental em empresas agroindustriais: uma revisão da literatura sobre a contabilização de crédito de carbono e seus desafios. 2024.

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DOS SANTOS, MB, DE SOUZA, KCAB; DE SOUZA, SCA. Considerações sobre as linhas de Crédito de Carbono no Brasil. Revista Direito Ambiental e Sociedade, 2016, 6(2).

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1 Universidade Nilton Lins, Manaus-Amazonas. *E-mail: eduardafarias2000@hotmail.com.

2 Faculdade Santa Teresa, Manaus-Amazonas. *E-mail: Sophia.manaus@hotmail.com.