RELAÇÃO ENTRE A INGESTÃO ORAL E A CANDIDÍASE ORAL E/OU ESOFÁGICA EM PACIENTES INTERNADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

RELATIONSHIP BETWEEN ORAL INGESTION AND ORAL AND/OR ESOPHAGEAL CANDIDIASIS IN PATIENTS ADMITTED TO A UNIVERSITY HOSPITAL

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202411061702


Mariane dos Santos Ferreira1
Paloma Araújo Lisboa2
Francyelle Vieira da Costa3
Liz Duque Magno4
Isabel Cristina Sabatini Perez Ramos5


Resumo

Introdução: A candidíase oral e/ou esofágica é uma infecção oportunista comum, principalmente, em pacientes hospitalizados. Sua presença muitas vezes está relacionada a sintomas como sensação de queimação e dor durante a mastigação ou deglutição dos alimentos, podendo ocasionar impactos negativos na qualidade de vida do indivíduo. O presente estudo visou correlacionar os níveis de ingestão oral com a presença de candidíase oral e/ou esofágica em pacientes internados em um hospital universitário. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo transversal, no qual foi aplicado o questionário EAT-10 e utilizada a escala FOIS em pacientes adultos acima de 18 anos e idosos internados em um hospital universitário entre maio e outubro de 2023 com diagnóstico de candidíase oral e/ou esofágica. Resultados: Foram analisados dados de quinze pacientes com média de idade de 48,06 anos, 66,67% do sexo feminino, 46,67% internados na Clínica Médica II, 20% com diagnóstico de HIV e 13,34% diagnosticados com outros quadros infecciosos, 66,67% com candidíase oral, 40% usuários de próteses dentárias, sendo a terapia medicamentosa mais utilizada a nistatina seguida do fluconazol, a maioria classificados com FOIS 5 e 86,67% apresentando risco para disfagia no rastreio com o EAT-10. Conclusão: Os dados desta pesquisa mostram a importância da realização de mais estudos na área da fonoaudiologia envolvendo essa temática, considerando o papel do fonoaudiólogo na melhora da qualidade de vida, recuperação do estado nutricional e redução do tempo de internação hospitalar.

Palavras-chave: Candidíase oral. Ingestão alimentar. Transtornos de deglutição. Triagem.

1 INTRODUÇÃO

A candidíase é uma infecção fúngica oportunista causada pelo fungo cândida, sendo a cândida albicans a espécie mais comum. Tal fungo faz parte da microbiota de todos os indivíduos, estando presente na pele, no trato gastrointestinal e geniturinário, e se manifestando de forma mucocutânea, cutânea e sistêmica quando essa microbiota está em desequilíbrio ou quando há comprometimento do sistema imune. Ela é mais comum em crianças e idosos e se manifesta primariamente de forma mucocutânea na região orofaríngea. Seu tratamento é medicamentoso e o fluconazol é o antifúngico mais utilizado para tanto1.

Na literatura diversos estudos correlacionam a candidíase oral e esofágica com a presença de disfagia, de pacientes com HIV a pacientes em tratamento quimio e radioterápico2-4.

A quimioterapia e a radioterapia são consideradas fatores de risco para o surgimento da candidíase oral que, por sua vez, se mostra como agravante da mucosite e da disfagia, sendo sua colonização no trato aerodogestivo superior observada em 70% dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço5.

Mangilli et al.6 correlacionam a presença de candidíase a patologias como o HIV, ressaltando a importância do trabalho fonoaudiológico junto a esses pacientes no que tange à evolução do processo de deglutição. Em seu estudo, as autoras citam como sintomatologias do HIV a dificuldade no transporte do alimento da boca ao esôfago proveniente das afecções em cavidade oral e região faríngea.

Muito se fala sobre a presença de candidíase esofágica em pacientes com HIV, considerados imunossuprimidos, no entanto cada vez mais também é observada a presença de tal patologia em pacientes não-HIV, sendo observados como alguns dos fatores de risco a diabetes mellitus, e o uso prolongado de corticosteróides, de antibióticos e de inibidores da bomba de prótons7.

Em virtude de algumas manifestações da candidíase oral e/ou esofágica terem como sintomatologia sensação de queimação e dor na cavidade oral, na região faríngea e esofágica, é comum que os pacientes acometidos por ela apresentem redução da ingestão oral e dificuldades na mastigação ou deglutição de alguns alimentos e consistências. Com isso, o fonoaudiólogo poderá atuar junto a esses pacientes no gerenciamento e adaptação da dieta a fim de propiciar conforto e uma via oral segura8.

A candidíase em região orofaríngea pode ser uma das causas da disfagia mecânica, por muitas vezes estar associadas a lesões em região de cavidade oral, faringe e esôfago, afetando assim o trajeto do alimento da boca até o estômago.

Nesse sentido existem alguns instrumentos que podem ser usados no para rastrear as queixas relacionadas à deglutição, como é o caso do Eating Assessment Tool (EAT-10) que é um instrumento de autoavaliação do risco de disfagia e sintomas9;10. Outra ferramenta importante é a Functional Oral Intake Sacale ou Escala Funcional de Ingestão por Via Oral – FOIS que é utilizada para descrever o nível de ingestão oral quanto ao tipo e quantidade da dieta, considerando as necessidades de cada paciente11.

A partir disso, este estudo teve como objetivo correlacionar as queixas de deglutição por meio do EAT-10 e os níveis de ingestão oral através da escala FOIS com a presença da candidíase oral e/ou esofágica em pacientes adultos e idosos internados em um hospital universitário.

2 METODOLOGIA 

Trata-se de uma pesquisa descritiva transversal, realizada no setor de internamento de um hospital universitário e aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe sob o número de parecer 67125623.1.0000.5546.

Foram considerados como critérios de inclusão pacientes adultos acima de 18 anos e idosos, capazes de se comunicarem por meio da fala ou da comunicação alternativa, internados nos setores de Clínicas Médicas I e II, e Oncohematologia de um hospital universitário entre maio e outubro de 2023, com diagnóstico médico ou odontológico de candidíase oral e/ou esofágica, e que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). E foram excluídos pacientes com idade abaixo de 18 anos, incapazes de responder ao questionário EAT-10, e que não assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Os pacientes que se enquadravam nos critérios de inclusão foram identificados por meio da checagem diária de prontuários ou da notificação da equipe assistencial do hospital, e a partir disso abordados para explicação da pesquisa, consentimento formal e coleta de dados.

Foram colhidos em prontuário eletrônico dados de identificação dos participantes como nome completo, idade, sexo, escolaridade e diagnósticos, sendo esses registrados em formulário próprio de anamnese.

Em seguida, o paciente foi convidado a responder um questionário de autoavaliação da disfagia e sintomas. O Eating Assessment Tool (EAT-10) é um questionário composto por dois itens abertos e dez afirmativas nas quais o paciente indicará através da numeração o quanto a afirmativa referida é um problema para ele, sendo 0 considerado que não é um problema e 4 que é um problema muito grande, atingindo uma pontuação total de 40. Foi considerado com risco para disfagia o paciente com pontuação final igual ou maior que 39;12 .

Posteriormente foi realizada a classificação do nível de ingesta oral, a partir da dieta nutricional prescrita, por meio da escala de ingestão oral (FOIS) a fim de verificar dados referentes à ingestão oral desses pacientes. A Functional Oral Intake Sacale ou Escala Funcional de Ingestão por Via Oral – FOIS é composta por 7 itens, a saber: 1. Nada por via oral; 2. Dependente de via alternativa com mínima via oral de alimento ou líquido; 3. Dependente de via alternativa com consistente via de alimentação/líquido; 4. Via oral total em uma única consistência; 5. Via oral total com múltiplas consistências, mas com necessidade de preparo especial ou compensações; 6. Via oral total com múltiplas consistências, mas sem necessidade de preparo especial ou compensações, porém com restrição para alguns alimentos; e 7. Via oral total sem restrições11.

No ítem 1 se enquadram os pacientes que apresentam disfagia grave, no ítem 2 aqueles com quadro de disfagia moderado-grave, no ítem 3 com quadro de disfagia moderada, no 4 os pacientes com disfagia leve-moderada, no ítem 5 com disfagia leve, no 6 aqueles com deglutição funcional e no ítem 7 se enquadram aqueles que apresentam deglutição normal.

Após a coleta foram elencados dados como necessidade de avaliação fonoaudiológica complementar, necessidade modificação da consistência da dieta, necessidade de fonoterapia ou ausência de demandas fonoaudiológicas.

3 RESULTADOS  

Foram entrevistados e colhidos dados de prontuário de 15 pacientes internados em um hospital universitário entre maio e outubro de 2023 e diagnosticados com candidíase oral e/ou esofágica pelo médico ou pelo cirurgião dentista. Desses pacientes 66,67% eram do sexo feminino e 33,33% do sexo masculino, com média de idade de 48,06 anos. Em relação à clínica de origem, 46,67% encontravam-se internados na enfermaria Clínica Médica II, 20% com diagnóstico de HIV, 13,34% com outros diagnósticos infecciosos e 13,34% com diagnósticos pneumológicos; 33,33% estavam internados na enfermaria de oncohematologia, 26,66% com diagnósticos oncológicos e 6,66% com diagnóstico hematológico; e 20% se encontravam na enfermaria Clínica Médica I, 13,34% diagnosticados com problemas dermatológicos e 6,66% cardiológicos. Tais dados podem ser observados na tabela 1. 

No que tange à localização da candidíase foram observados 66,67% de casos de candidíase oral, 20% de candidíase oral associada à esofágica, e 13,33% de candidíase esofágica, sendo a terapia medicamentosa mais utilizada nos pacientes deste estudo a nistatina, seguida do fluconazol.

Os dados da triagem fonoaudiológica, obtidos por meio de formulário de anamnese e da aplicação do EAT-10 e da escala FOIS, estão ilustrados na tabela 2.

Tabela 2 – Dados da triagem fonoaudiológica

Em relação a condição dentária, 40% dos participantes eram usuários de próteses dentárias. Quando perguntados sobre o seu problema para se alimentar as queixas mais referidas pelos pacientes foram dor e ardência em cavidade oral.

Acerca da pontuação do EAT-10, 86,67% dos participantes apresentaram risco para disfagia. Já em relação a escala FOIS, 73,34% foram classificados com FOIS 5, 13,33% com FOIS 6, 6,66% com FOIS 4 e 6,66% com FOIS 7. Desses sujeitos, 93,33% necessitaram de intervenção fonoaudiológica dentro da unidade hospitalar.

4. DISCUSSÃO

Esta pesquisa encontrou 66,67% de casos de candidíase em sujeitos do sexo feminino, dado também observado na literatura. Hu et al.13, em seu estudo de caracterização da candidíase oral e o perfil de espécies de cândida em pacientes com doenças da mucosa oral, encontraram uma prevalência de candidíase oral em pacientes do sexo feminino. Também Krikelli et al.14, observaram maior prevalência de pessoas do sexo feminino, com proporção de 41:56.

No que tange à patologia de base, diversos estudos13;15;16citam a alta recorrência da candidíase em pacientes imunossuprimidos, considerando o fato dessa se tratar de uma doença oportunista. Pereira et al.17 encontraram em seu estudo relação entre a candidíase e as doenças hematológicas, referindo como fatores de risco o tempo prolongado de internamento, o tratamento antibiótico terapêutico, uso de medicamentos imunossupressores, as neoplasias, a quimioterapia, radioterapia, intubação e uso de cateter. Tais dados corroboram com os achados da presente pesquisa, na qual foi encontrado um maior número de pacientes com HIV e outras doenças infecciosas e de pacientes com diagnósticos oncohematológicos.

Disfagia, odinifagia e dor retroesternal são alguns dos sintomas da candidíase esofágica embora essa também possa apresentar-se de maneira silenciosa, dificultando assim o seu diagnóstico18. Essa dificuldade para diagnosticar a candidíase esofágica poderia justificar o fato de que em nosso estudo a maioria dos pacientes possuíam diagnóstico de candidíase oral no momento da coleta.

Foi observado que 40% dos participantes eram usuários de próteses dentárias. Acerca disso Jerônimo16 e Rai et al.19 trazem que o uso de próteses dentárias, sejam elas parciais ou totais, podem levar ao aparecimento da candidíase oral devido à sua capacidade de acúmulo de microrganismos orais oriundos de fatores como os microtraumas gerados pelo atrito diário na mucosa, o contato contínuo com esses microorganismos, a higiene oral precária e o mal ajuste das próteses.

Os pacientes apresentaram queixas de engasgos, dor e ardência em cavidade oral, redução da ingestão alimentar, aumento da sensibilidade, dormência ao movimentar a língua, sensação de bolo parado na garganta e sensação de secura bucal, sendo alguns desses sintomas também observados por Poisson et al.20. Os autores encontraram relação entre a disfagia e a candidíase com a hipofunção salivar e a perda de pares oclusores posteriores. A presença da candidíase pode estar acompanhada de dificuldades na mastigação e deglutição e essas dificuldades, por sua vez, impactam na redução da ingestão alimentar. Também Jerônimo16 cita a disfagia, dificuldades respiratórias, a glossodinia, a queimação oral, o desconforto local e as alterações de paladar como sintomatologias da candidíase oral.

No que se refere à terapia medicamentosa, nosso estudo observou predominância do uso da nistatina e do fluconazol, corroborando com os achados da literatura que trazem que o tratamento da candidíase é realizado com agentes antifúngicos, sendo eles tópicos ou sistêmicos. Alguns dos agentes utilizados em casos menos invasivos são a nistatina, o miconazol, a anfotericina B e o clotrimazol. Já nos casos de intolerância ou ausência de respostas aos tópicos podem ser utilizados o fluconazol, o itraconazol e o miconazol19. No estudo de Krikelli et al.14 todos os pacientes que faziam uso de medicamento antifúngico apresentaram melhoras das queixas relacionadas à candidíase.

A candidíase pode levar o paciente a um quadro de disfagia mecânica, dificultando o transporte do alimento da cavidade oral até o estômago. Na presença dessa alteração da biodinâmica da deglutição é papel do fonoaudiólogo avaliar e realizar o gerenciamento da dieta por via oral8.

Nesse sentido, existem diferentes triagens e escalas que podem ser usadas nas populações com risco de disfagia, como o Instrumento de Autoavaliação da Alimentação (EAT-10) e a Escala Funcional de Ingestão Oral (FOIS) utilizadas nesse estudo. Além do uso desses instrumentos para o rastreio da disfagia, é necessária a atuação multiprofissional e uma avaliação complementar para a confirmação diagnóstica, sendo o treinamento funcional, as manobras de compensação e a adaptação da consistência da dieta algumas das estratégias utilizadas na reabilitação da disfagia21.

5 CONCLUSÃO

Com base nos resultados desta pesquisa, foi possível observar que os sintomas da candidíase oral e/ou esofágica interferem diretamente nas funções de mastigação e deglutição.

A partir disso é importante destacar a necessidade de mais estudos que façam uma análise direta entre a patologia de base do paciente e o agravamento da disfagia, e que discutam a relação entre a ingestão oral e a disfagia com as afecções em boca, faringe e esôfago em diferentes populações, considerando a existência de poucas pesquisas na área da fonoaudiologia brasileira e a importância do papel do fonoaudiólogo na melhora da qualidade de vida, recuperação do estado nutricional e redução do tempo de internação hospitalar.

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1 Fonoaudióloga, Especialista em Saúde do Adulto e do Idoso pelo Hospital Universitário de Sergipe – HU/UFS e-mail: fono.marianeferreira@gmail.com
2 Fonoaudióloga, Especialista em Saúde do Adulto e do Idoso pelo Hospital Universitário de Sergipe – HU/UFS e-mail: palomafonoufs@gmail.com
3 Fonoaudióloga, Especialista em Audiologia pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia – CFFa e-mail: francyelle.vieira21@hotmail.com
4 Fonoaudióloga, Mestre em Saúde Coletiva pelo Instituto de Saúde Coletiva – ISC UFBA e-mail: liz.magno@ebserh.gov.br
5 Fonoaudióloga, Doutora em Neurociências pela Universidade de São Paulo e-mail: isabel.ramos@ebserh.gov.br