NUTRITION IN ONCOLOGICAL DOGS AND THEIR DIETARY MANAGEMENT AS AN ADJUNCT IN TREATMENT OF NEOPLASMS.
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202411052146
Catharina Rocha
Helen Maria Santiago da Silva
Isabela de Oliveira Ramos
Leonardo Keiti Ushimaru
Luiz Eduardo Santana de Meneses
Orientador: Profa. Gislaine Dalazen
Resumo
Esse estudo visa investigar o papel da nutrição como uma ferramenta coadjuvante no tratamento a neoplasias em cães. Neoplasias são uma das principais causas de morbidade e mortalidade em cães e a nutrição adequada visa melhorar a qualidade de vida desses pacientes. Nesta revisão de literatura examinamos a fisiopatologia das neoplasias, necessidades nutricionais específicas e o impacto dos nutrientes no suporte ao tratamento. Além disso, discutimos sobre estratégias dietéticas para melhorar a qualidade de vida do cão, suplementação adequada, maneiras de estimular o consumo alimentar e a importância do monitoramento nutricional durante o tratamento. O cuidado do manejo alimentar de pacientes oncológicos visa promover bem-estar, suprir suas necessidades energéticas e melhorar a resposta ao tratamento, além de prolongar o tempo de vida do paciente. Por meio da revisão de literatura este trabalho oferece informações valiosas sobre como a nutrição pode ser integrada como parte fundamental do manejo de cães com neoplasias.
Palavras-chave: neoplasia; nutrição; mortalidade.
Abstract
This study aims to investigate the role of nutrition as an adjunctive tool in the treatment of neoplasms in dogs. Neoplasms are one of the leading causes of morbidity and mortality in dogs, and adequate nutrition aims to improve the quality of life of these patients. In this literature review, we examine the pathophysiology of neoplasms, specific nutritional needs, and the impact of nutrients on treatment support. Additionally, we discuss dietary strategies to enhance the quality of life of dogs, proper supplementation, ways to stimulate food intake, and the importance of nutritional monitoring during treatment. The dietary management of oncology patients aims to promote well-being, meet their energy needs, improve treatment response, and prolong patient life. Through the literature review, this work provides valuable information on how nutrition can be integrated as a fundamental part of managing dogs with neoplasms.
Keywords: neoplasms; nutrition; mortality.
INTRODUÇÃO
As neoplasias em cães são um grande desafio, tanto para os tutores como para os médicos veterinários, graças a sua complexidade e impacto na qualidade de vida de seus pacientes. A nutrição adequada é de grande importância para o suporte ao tratamento, seja ele cirúrgico, quimioterápico ou radioterapia. Quanto mais senis, mais propensos estão à possibilidade de desenvolverem neoplasias, seja por falhas metabólicas como por algum outro fator externo (CASE, 2011). Mudanças em relação à ingestão de alimentos, metabolismo de nutrientes e requerimento energético, ocorrem em vários pacientes acometidos pelo câncer (CASE et al., 2011). Pesquisas demonstram que a terapia nutricional é a chave para a redução dos efeitos causados pelas mudanças ocorrentes (CASE et al., 2011). Os pacientes oncológicos necessitam de alguns cuidados específicos para sua recuperação e como coadjuvantes no tratamento. Durante o tratamento muitos pacientes podem apresentar efeitos colaterais como náusea, vômito, diarreia, febre, letargia e salivação excessiva. Logo, repouso e ambiente tranquilo são essenciais, além de suporte medicamentoso como antiemético, analgésico e antitérmico, se necessários, fluido e alimentação adequada, palatável e de qualidade. A assistência nutricional ao paciente com câncer objetiva simultaneamente recuperar o estado funcional, normalizar a composição corpórea e os déficits acumulados, garantir o desempenho de sistemas vitais como a capacidade de cicatrização, função imunológica, e auxiliar na qualidade de vida. Existe uma preferência para uma dieta com aporte calórico proveniente de proteínas e gorduras, e não de carboidratos. Carboidratos são a principal fonte de nutrição das células tumorais, portanto, evitando-os, na medida do possível, tem-se também uma diminuição no crescimento tumoral. Sendo assim, o manejo nutricional adequado desempenha um papel fundamental no tratamento de animais acometidos por neoplasias. Assim, começamos a descrever os aspectos gerais, mostrando o contexto em que iremos trabalhar, seguindo então para um tópico mais específico (ex.: contexto científico) até chegar na proposta do trabalho e razão de sua execução (SANTOS, 2021).
A fisiopatologia das neoplasias em cães ocorre pelo acúmulo de alterações que ocorrem no DNA ao longo da vida, pode ocorrer por mutações genéticas, desregulação do nível celular, também pode ser influenciado por fatores ambientais como estilo de vida, exposição ao sol, exposição a agentes químicos, medicamentos, fatores hormonais, obesidade, fatores imunológicos e outros exercem influência significativa no desenvolvimento de tumores. Os genes que sofrem essa alteração são os oncogenes e os genes supressores do tumor, como por exemplo o p53 que repara as células quando há algum dano. Necessidades nutricionais específicas em cães com neoplasias. Pacientes oncológicos precisam de uma ingestão de nutrientes adequados para que não favoreça o crescimento do tumor, e contribua para uma sobrevida maior do paciente (SANTOS, 2021).
Alguns estudos já comprovaram que o consumo de carboidratos está relacionado ao crescimento das células tumorais já que estas se alimentam principalmente por glicose anaeróbica consequentemente produzindo lactato a grande maioria dos tumores utiliza esse método de obtenção de energia, em contrapartida apresentam uma deficiência por obtenção de energia por glicose aeróbica e oxidação de lipídeos. Portanto, para um paciente oncológico o ideal é que suas fontes de energia sejam de proteínas e gorduras ao invés do carboidrato. Além disso, alimentos mais proteicos e com maior concentração de gordura são bastante palatáveis, e portanto, fazem com que os animais ingiram maior quantidade de alimento altamente calórico, o que auxilia no tratamento (WITHROW, 2013). O tumor em crescimento requer uma grande quantidade de aminoácidos para síntese proteica o que pode resultar em uma perda significativa de massa magra já que afeta a reserva proteica do organismo do paciente (WITHROW, 2013).
A arginina um aminoácido essencial é benéfico para o tratamento oncológico pois promove a cicatrização de feridas e o reparo de tecidos, devido a sua participação na síntese de colágeno (BITENCOURT, 2020). A arginina é convertida em ornitina em uma reação metabólica conhecida como a via da ureia, a ornitina é um intermediário na síntese de prolina e lisina, que são para a formação de cadeias de proteínas de colágeno, após a produção de prolina e lisina, esses aminoácidos são hidroxilados em seus grupos amino e sofrem para a conversão em hidroxiprolina e hidroxilisina, essas moléculas se incorporam à cadeia de aminoácidos durante a síntese do tropocolágeno, que é a estrutura precursora do colágeno (BITENCOURT, 2020). A glutamina tem função essencial no tratamento pois pode ajudar a preservar a massa muscular, especialmente em situações de perda de peso e caquexia, que são comuns em pacientes oncológicos (SANTOS, 2023). A glutamina é essencial para o processo de síntese de proteínas pois é fonte de nitrogênio para a síntese de aminoácidos, que são incorporados nas cadeias polipeptídicas durante o processo de síntese de proteínas (COELHO et al., 2018; SANTOS, 2023). Dito isso é preferível uma dieta com calorias vindas de 30 a 50% de proteína de boa qualidade como carnes magras e peixes por exemplo, também é interessante a suplementação com BCAA visto que pode auxiliar no balanço do nitrogênio correto. O paciente oncológico normalmente conta com uma grande perda de gordura corporal, tanto pela diminuição da ingestão de alimentos, como também pela diminuição da lipogênese e aumento da lipólise, essa mudança metabólica ocorre pelas citocinas produzidas pelos tumores, por isso é de extrema importância ofertar gorduras de boa qualidade ao paciente (SANTOS, 2023).
O ômega 3 vem sendo estudado como coadjuvante e prevenção no tratamento a neoplasias, o mesmo não pode ser sintetizado pelo organismo por isso é importante que seja ofertado na alimentação, boas fontes de ômega 3 são os peixes e linhaça (SANTOS, 2023). Alguns mecanismos pelos quais os ácidos graxos n-3 podem modificar o processo de carcinogênese foi proposto: supressão da biossíntese dos eicosanoides derivados do ácido araquidônico, o que resulta em alteração da resposta imunológica às células tumorais e modulação da inflamação; impacto na proliferação celular, no apoptose, na disseminação de metástases e na angiogênese; na expressão gênica e nas vias de transdução de sinais, levando a mudanças no metabolismo celular, crescimento e diferenciação das células; aumento ou diminuição da produção de radicais livres etc. Evidências sugerem que esses lipídios alterem as funções celulares modulando a estrutura e função de domínios lipídicos específicos dentro da membrana plasmática (SIDDIQUI, 2000). Os ácidos graxos ômega-6 contribuem de forma negativa nos processos neoplásicos. Em um trabalho onde foi realizado a indução experimental de câncer de mama em ratas, o suplemento com ômega 6 resultou em uma maior formação de metástases e crescimento tumoral nos animais quando comparado com os que tiveram a suplementação com ômega 3 (CARCIOFI; BRUNETTO 2009; DE SANTIS, 2012.). Há evidências de que as células tumorais têm dificuldade em metabolizar as gorduras para a obtenção de energia, além de retardar o crescimento do tumor e diminuir a intolerância a glicose e perdas do tecido adiposo, concluímos que é preferível uma dieta rica em gorduras como uma fonte de obtenção de energia para o paciente, além de ser mais palatável e mais fácil de ser ofertada (BITENCOURT, 2020).
O papel fundamental dos nutrientes ao suporte oncológico é suprir as necessidades de energia ao paciente e dos nutrientes essenciais, podendo assim evitar doenças segundas secundárias A dieta adequada como já mencionada pode trazer inúmeros benefícios para o paciente e facilitar o tratamento, entretanto, a dieta também pode afetar negativamente o tratamento oncológico se não for adequadamente planejada e supervisionada. Alguns erros como o uso inadequado de suplementos nutricionais como o excesso de vitamina A e ferro podem gerar uma sobrecarga hepática ou o excesso de vitamina D e cálcio que podem causar uma sobrecarga renal, ambos órgãos que já estão sobre uma pressão intensa devido a doença e o tratamento (SANTOS, 2021). A avaliação do estado nutricional é de extrema importância para garantir o bem-estar e a qualidade de vida dos pacientes. Esses pacientes frequentemente apresentam, perda de peso, caquexia, anorexia e sarcopenia. A avaliação conta com histórico e exames físicos realizados pelo médico veterinário a fim de verificar massa corpórea, exames laboratoriais como eritrograma, leucograma e avaliação de albumina e glicose sérica (BITENCOURT, 2020).
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA
O objetivo deste estudo foi discutir e realizar uma revisão bibliográfica sobre a nutrição em cães oncológicos e seu manejo alimentar como coadjuvante no tratamento a neoplasias. O número de casos de neoplasias em cães tem aumentado, especialmente em animais com mais de 7 anos de idade, uma tendência que preocupa veterinários e tutores de animais de estimação em diversos países (BITENCOURT, 2020). Também ocorreram avanços nos procedimentos de cuidado, possibilitando que diversos animais diagnosticados com alguma neoplasia tenham a oportunidade de atingir a cura completa e desfrutar de uma maior qualidade de vida e tempo de vida prolongado. As neoplasias em animais de diversas espécies podem ser afetadas por diversos elementos, como predisposição genética, contato com substâncias cancerígenas no meio ambiente, alimentação e hábitos de vida (SIDDIQUI, 2000).
Oferecer uma alimentação equilibrada para cachorros e gatos durante o início da enfermidade, assim como durante o tratamento e a recuperação, é crucial para obter resultados positivos. Isso porque muitos animais com câncer sofrem mudanças substanciais na sua capacidade de se alimentar, no seu metabolismo e nas suas necessidades energéticas. O propósito principal desta pesquisa é apresentar uma análise completa sobre a alimentação adequada como parte essencial do cuidado de cães com neoplasias, buscando aprimorar o bem-estar e os resultados clínicos destes pacientes (SANTOS, 2021).
METODOLOGIA
A avaliação do estado nutricional de cada paciente com câncer pelo médico veterinário é de suma importância, engloba histórico e exame físico, nos quais pode-se observar alterações de massa muscular e de estoque de gordura e perda de peso, e avaliação laboratorial, que deve conter eritrograma, leucograma e avaliação de albumina e glicose sérica. A resolução da caquexia paraneoplásica se daria idealmente pela remoção completa da neoplasia, nos casos em que esta é possível, o que infelizmente, não são todos. Portanto, a instituição de suporte dietético para tentar minimizar a caquexia dos pacientes oncológicos é extremamente importante para evitar a perda de peso, aumentar a tolerância do organismo às diversas modalidades de tratamento oncológico e melhorar a imunidade e qualidade de vida (BARREIRA, 2002, HAND et al., 2010; CARCIOFI; BRUNETTO; PEIXOTO, 2016; SANTOS, 2022)
Os níveis de carboidratos na alimentação de cães e gatos com neoplasias não deve exceder 25% do total, sendo recomendados níveis de calorias e gorduras de 25 a 40% da matéria seca, 5% de ômega-3 e 30-45% de proteína para cães e 40 a 50% para gatos, e fibras cerca de 2,5% da matéria seca (CARCIOFI; BRUNETTO; PEIXOTO 2016; HAND et al., 2010). Além das quantidades de cada nutriente, deve-se também calcular a necessidade energética de manutenção (NEM) para animais saudáveis e acrescentar 20 a 50% de energia total para os pacientes oncológicos, devido ao aumento do requerimento energético destes (CARCIOFI; BRUNETTO; PEIXOTO, 2016; HAND et al., 2010). É de suma importância monitorar o consumo pelo paciente, pois muitos cães e gatos com caquexia para neoplásica apresentam inapetência (CARCIOFI; BRUNETTO; PEIXOTO, 2016; JOHANNES; MUSSER, 2019)
As tentativas de estimular a alimentação incluem: aquecer a comida, oferecer refeições menores com maior frequência, alimentação saborosa e aromática, em ambiente calmo, além de tratar náuseas, vômito e constipação (ESPER; HALB, 2005; FREEMAN, 2012). Estimulantes de apetite também são indicados, tais como ciproeptadina ou mirtazapina (CASE et al., 2011; JOHANNES; MUSSER, 2019). Quando estas tentativas não são eficazes, e os animais não ingerem alimento por três a sete dias, ou apresentem perda de mais de 10% do peso em uma ou duas semanas, é indicado a alimentação forçada com seringa ou a colocação de tubos de alimentação para terapia dietética enteral, seja por sonda nasogástrica, sonda esofágica ou sonda gástrica, a fim de amenizar a caquexia do câncer, pois torna possível a alimentação assistida, com a utilização de alimentos hipercalóricos diluídos em água (CARCIOFI; BRUNETTO; PEIXOTO, 2016; VAIL;THAMM; LIPTAK, 2019) . A alimentação enteral é a primeira opção para manutenção da alimentação se o trato gastrointestinal do animal estiver funcional, mas caso não seja possível, a nutrição parenteral, realizada por via endovenosa, é indicada para pacientes oncológicos com alta probabilidade de remissão, durante o pós-operatório de cirurgias gastrointestinais ou anorexia induzida por quimioterapia (CARCIOFI; BRUNETTO; PEIXOTO, 2016; VAIL; THAMM; LIPTAK, 2019; SANTOS 22). Pode-se também incluir nutracêuticos, como vitaminas antioxidantes (C e E), flavonoides, vitamina D, ácidos graxos, os quais diminuem os efeitos para neoplásicos e desequilíbrios metabólicos decorrentes da neoplasia e do tratamento desta (DAVI et al., 2010; SILVA et al., 2020).
RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS
A alimentação é crucial no tratamento dos cães com neoplasias malignas. Quando um animal apresenta esse quadro, é comum a falta de apetite ou a sua diminuição, isso pode ser devido ao desconforto que traz ao animal, como dores e náusea (LIMA, 2022). Segundo o Hospital Veterinário Vitta de Bicho (2021), se o pet ficar mais de 3 dias sem comer, recomendam a utilização de sondas para alimentação, verificar o uso e ajustes de antibióticos, ante eméticos e anti-inflamatórios, mas nunca deixar de procurar um médico veterinário para possíveis sinais clínicos como a perda de peso constante, assim comprometendo a qualidade de vida do animal e muitas vezes irreversível, por isso a necessidade do acompanhamento contínuo a um nutrólogo.
A caquexia é uma síndrome multifatorial, também conhecido como um tipo específico de desnutrição proteico calórica associada a tumores malignos, principalmente no Trato Gastrointestinal (TGI), dividida em 3 fases: pré-clínica, clínica e fase final (FERREIRA, 2024). Na primeira fase (pré-clínica), temos ausência de sinais clínicos (SC) com alterações bioquímicas, como aumento do lactato, insulina, entre outros; sua segunda fase apresenta sinais clínicos, como anorexia, perda de pesa (PP), letargia etc, mas na sua última fase continua PP, balanço nitrogenado negativo (nitrogênio excretado é maior que o ingerido) devido a jejum ou inanição prolongada (“fome crônica”) (anorexia, processo de envelhecimento etc.), hipoalbuminemia. Essa é uma das principais causas a serem monitoradas durante o tratamento (FERREIRA, 2024). O tratamento pode desencadear anorexia quanto a intervenção farmacológica, como o Dexorrubicina (antraciclina), medicamento utilizado na quimioterapia com forte espectro contra o câncer, matando as células tumorais diretamente no seu DNA impedindo que consigam se regenerar (International Myloma Foundatio Latin America, 2024).
O suporte nutricional no tratamento requer a necessidade da alimentação voluntária utilizando dietas palatáveis (caseira ou industrial) ou palatabilizantes (creme de leite), enteral (sonda nasofágica, sonda esofágica ou sonda gástrica) ou parental (administração de nutrientes por via intravenosa), havendo uma alimentação rica em gorduras (energia) e proteínas, mas pobre em carboidratos e uma baixa de CHO (hiperlactacidemia – excesso de ácido lático no sangue) durante o tratamento (FERREIRA, 2024). Ômega-3: Mostra ação tumoricida seletiva, ameniza a acidose lática, reduz a produção de citocinas IL1-a, IL1-b, IL2a, TNF-a, diminui a degradação proteica, mas uma resposta de maior tempo de sobrevida e qualidade de vida (FERREIRA, 2024). Arginina: Demonstra efeitos benéficos no tratamento com boa cicatrização, mecanismos de defesa antitumoral e aminoácido obrigatório presentes na Ração (FERREIRA, 2024). Glutamina: Auxilia a reduzir a depleção (perda de elementos fundamentais do organismo) muscular (redução do catabolismo proteico associado com a caquexia no câncer) (FERREIRA, 2024).
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
A crescente importância da oncologia na medicina veterinária é inegável, impulsionada pelo aumento da expectativa de vida dos animais de companhia. Com o envelhecimento, os animais se tornam mais suscetíveis ao desenvolvimento de neoplasias, seja por falhas metabólicas ou exposição a fatores externos. As mudanças metabólicas decorrentes do câncer exigem uma abordagem nutricional específica para minimizar os efeitos adversos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Os cuidados durante o tratamento são essenciais, incluindo repouso, medicamentos para alívio dos sintomas e uma dieta adequada, preferencialmente com baixo teor de carboidratos para limitar o crescimento tumoral . Assistência nutricional não apenas visa a recuperação funcional, mas também contribui para a normalização da composição corporal e o suporte dos sistemas vitais, promovendo assim uma melhor qualidade de vida para os pacientes oncológicos. Portanto, é crucial que os profissionais veterinários estejam preparados para diagnosticar, tratar e oferecer suporte adequado aos animais afetados, garantindo assim uma melhor qualidade de vida para os nossos companheiros.
REFERÊNCIAS
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