MELHORIA DE DESEMPENHO EM FERRAMENTAS DE CONFORMAÇÃO E CORTE A FRIO COM PVD E NITRETAÇÃO A PLASMA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202410311925


Alberto Ferreira Chaves1
Siomara Dias da Rocha2


RESUMO 

As ferramentas empregadas em operações de conformação e corte de metais são  submetidas a condições de alta exigência mecânica. Elas demandam propriedades  específicas de resistência, tenacidade e durabilidade para garantir um desempenho  eficaz. Além disso, é crucial considerar as demandas tribológicas da superfície de  trabalho. Nesse contexto, os revestimentos PVD (Deposição Física de Vapor)  desempenham um papel fundamental. Este artigo explora os conceitos essenciais da  tribologia que justificam a utilização desses revestimentos. Também são apresentados  resultados práticos do revestimento PVD HTS-V10 em ferramentas de conformação a  frio e extrusão inversa, demonstrando um aumento significativo na vida útil das  ferramentas e na aderência do revestimento. 

Palavras-chave: Usinagem a frio; Tribologia; Nitretação; Revestimento PVD.

01 INTRODUÇÃO 

As ferramentas utilizadas em operações de conformação e corte de metais  enfrentam condições extremas de exigências mecânicas. Essas ferramentas precisam  possuir propriedades especiais, como resistência, tenacidade e durabilidade, para  suportar esses desafios. Além disso, é essencial considerar as demandas tribológicas  da superfície de trabalho para melhorar o desempenho dessas ferramentas. 

Nesse cenário, os revestimentos PVD (Deposição Física de Vapor)  desempenham um papel essencial. Esses revestimentos proporcionam melhorias  significativas na resistência ao desgaste, aderência e vida útil das ferramentas. Este  artigo examina os conceitos fundamentais da tribologia que justificam o uso desses  revestimentos em ferramentas de conformação e corte a frio. Além disso, são  apresentados resultados práticos do revestimento PVD HTS-V10 em ferramentas de  conformação a frio e extrusão inversa, mostrando um aumento substancial na vida útil  das ferramentas e na aderência do revestimento. 

A problemática a ser abordada envolve a necessidade de aumentar a  durabilidade e a eficiência das ferramentas de conformação e corte que são  constantemente submetidas a condições extremas. A questão de pesquisa que orienta  este estudo é: como os revestimentos PVD e a nitretação sob plasma podem melhorar  o desempenho e a vida útil dessas ferramentas? Essa combinação de revestimento e  tratamento térmico resulta em ferramentas mais duráveis, capazes de suportar as  demandas exigentes do ambiente metalúrgico (OLIVEIRA, 2020). 

Compreender esses avanços tecnológicos é crucial para maximizar a  durabilidade e o desempenho das ferramentas usadas na indústria metalúrgica.  Portanto, este artigo busca fornecer uma visão abrangente sobre o uso estratégico dos  revestimentos PVD e a nitretação sob plasma em ferramentas de conformação e corte  a frio. 

02 METODOLOGIA 

A metodologia para este estudo envolverá uma abordagem de pesquisa  empírica, combinando análise teórica e prática. Primeiramente, será realizada uma  revisão detalhada da literatura existente sobre revestimento PVD e nitretação sob  plasma, abrangendo os princípios físicos e químicos subjacentes, bem como citações  de estudos de casos e aplicações em ferramentas de conformação e corte a frio. 

Em seguida, serão selecionados materiais, como aço rápido e aço para trabalho  a frio, para serem submetidos aos processos de revestimento PVD e nitretação sob  plasma em condições controladas de laboratório. A caracterização das propriedades  dos revestimentos, incluindo dureza, aderência, resistência ao desgaste e coeficiente de atrito, será realizada por meio de técnicas analíticas como microscopia eletrônica de  varredura (MEV) e espectroscopia de energia dispersiva de raios X (EDX). Após a análise dos resultados dos testes práticos de desempenho das  ferramentas revestidas em operações de conformação e corte a frio, utilizando  máquinas industriais específicas, os resultados serão analisados para avaliar a  influência dos revestimentos na durabilidade e no desempenho das ferramentas. Esses  insights proporcionaram valiosas orientações para aperfeiçoar a seleção e aplicação  desses processos na indústria. 

03 APRESENTANDO CONCEITOS IMPORTANTES 

3.1 CONCEITOS BÁSICOS 

Na indústria da metalurgia, aprimorar a durabilidade e o desempenho das  ferramentas de conformação e corte a frio é uma necessidade premente. Essas  ferramentas são submetidas a condições extremamente desafiadoras durante suas  operações, enfrentando altas solicitações mecânicas e ambientais. Para garantir  eficácia e longevidade nessas condições adversas, é crucial que essas ferramentas  possuam propriedades específicas que as tornem capazes de resistir ao desgaste,  manter a integridade estrutural e suportar os impactos repetidos. 

Nesse contexto, surgiram técnicas avançadas de tratamento de superfície, como  o revestimento PVD (Deposição Física de Vapor) e a nitretação sob plasma, como  soluções eficazes para melhorar as propriedades das ferramentas. O revestimento PVD  é um processo no qual finas camadas de materiais são depositadas sobre a superfície  da ferramenta através da vaporização em vácuo. Isso resulta em uma película protetora  que melhora a resistência ao desgaste, a dureza superficial e a aderência do material,  essenciais para prolongar a vida útil das ferramentas em operações de usinagem de  metais (MARTINS, 2018). 

Por outro lado, a nitretação sob plasma é um método de tratamento térmico no  qual a superfície da ferramenta é exposta a um plasma rico em nitrogênio a altas  temperaturas. Isso promove a difusão de nitrogênio na superfície do material,  formando camadas de nitretos que aumentam significativamente sua resistência ao desgaste e à corrosão. Além disso, ela pode melhorar a tenacidade do material,  reduzindo o risco de fraturas e falhas prematuras durante o uso (SILVA, 2019). Ambas as técnicas oferecem vantagens distintas, mas complementares, na  melhoria das propriedades das ferramentas de conformação e corte a frio. Enquanto o  revestimento PVD proporciona uma camada protetora resistente à superfície da  ferramenta, a nitretação sob plasma fortalece a estrutura do material de base, tornando-a mais robusta e resiliente. Essa combinação de revestimento e tratamento térmico  resulta em ferramentas mais duráveis, capazes de suportar as demandas exigentes do  ambiente metalúrgico (OLIVEIRA, 2020). 

Portanto, é evidente que entender e aplicar essas técnicas avançadas de  tratamento de superfície é fundamental para garantir o desempenho e a confiabilidade  das ferramentas de conformação e corte a frio na indústria metalúrgica. O  conhecimento dos princípios por trás desses processos permite aos engenheiros e  fabricantes projetar e produzir ferramentas mais eficientes e duráveis, contribuindo  para melhorias significativas na produtividade e na qualidade dos processos de  usinagem de metais (GONÇALVES, 2021). 

3.2 FERRAMENTAS E VARIEDADE DE PROCESSOS 

O setor metal e mecânico desempenha um papel fundamental na indústria,  especialmente no segmento de ferramentas, moldes e matrizes. A fabricação de  produtos industriais depende diretamente de processos de usinagem e conformação,  nos quais as ferramentas desempenham um papel crucial. 

As ferramentas utilizadas nesses processos enfrentam uma variedade de  solicitações, que variam de acordo com as condições de trabalho, como a intensidade e  tipo de carregamento mecânico. As ferramentas são submetidas a diferentes níveis de  carga, dependendo do processo de conformação. Além disso, a temperatura de  trabalho afeta diretamente as propriedades das ferramentas, e o ambiente corrosivo  exige resistência adicional. As características do material a ser conformado também  influenciam o desempenho das ferramentas (MARTINS, 2018; SILVA, 2019). 

Para atender a essa diversidade de condições, o mercado oferece diferentes  tipos de aços especiais, conhecidos como aços ferramenta. Entre eles, destacam-se os  aços rápidos, utilizados em operações de alta velocidade, como corte e perfuração; aços ferramenta para trabalho a frio e quente, que são adequados para conformação a  baixos e altas temperaturas; e os aços para moldes de injeção de polímeros, essenciais  para moldagem de plásticos (OLIVEIRA, 2020). 

No entanto, é importante ressaltar que os tratamentos térmicos não são  suficientes para atingir o desempenho ideal das ferramentas. Muitas vezes, as  solicitações específicas exigem propriedades diferenciadas na superfície de trabalho,  que não podem ser alcançadas apenas por meio dos tratamentos térmicos. Portanto, é  necessário considerar outros fatores, como resistência ao carregamento mecânico,  fratura, desgaste e corrosão. A combinação de aços ferramenta adequados e  tratamentos térmicos personalizados é essencial para maximizar a durabilidade e o  desempenho das ferramentas de conformação e corte a frio (GONÇALVES, 2021). 

3.3 TRIBOLOGIA 

Em processos de trabalho a frio, como na conformação de metais, a aplicação  de tratamentos superficiais é essencial para reduzir consideravelmente a taxa de  desgaste abrasivo e adesivo nas ferramentas utilizadas. Esses tratamentos visam  controlar fatores micro mecânicos que ocorrem na superfície, em dimensões da ordem  de poucos microns, os quais têm um impacto significativo na taxa de desgaste. 

Dentre esses fatores, destacam-se a tensão e deformação presentes no contato  entre as superfícies, a temperatura de contato, a geração de deformação entre os corpos  em contato, bem como a geração e propagação de trincas, que resultam na remoção e  liberação de partículas, podendo ocasionar a formação de riscos e crateras (SILVA,  2019). 

Durante um processo de conformação a frio, a interação entre a ferramenta e o  material em deformação estabelece um sistema de deslizamento relativo entre os dois  corpos. Esse sistema está sujeito a um conjunto de forças, conforme ilustrado na figura  01. Nesse contexto, para manter o equilíbrio de forças, a força de deformação imposta  pela prensa (P) resulta na geração da força normal (N), enquanto a força de  deslizamento (F) produz a força de atrito (FA). Consequentemente, a força de atrito é  diretamente proporcional ao coeficiente de atrito (μ) e à força normal nas superfícies  de contato. É importante ressaltar que as superfícies dos corpos não são planas totalmente, apresentando uma topografia áspera em sua grande parte. Como resultado do deslizamento contínuo, o desgaste em suas formas mais diversas acontece  (MARTINS, 2018). 

Figura 01 – Força de Atrito e Coeficiente de Atrito. 

Fonte: Autoria própria, 2024. 

Como mencionado anteriormente, o contato entre duas superfícies não ocorre  em uma configuração plana, como geralmente observamos em uma escala  macroscópica. As superfícies não apresentam apenas saliências e depressões como  normalmente avaliamos por sua rugosidade. Em três dimensões, é necessário controlar  a distribuição dessas saliências e depressões na superfície, ou seja, sua topografia. A  combinação dessas características resulta nos pontos reais de contato entre as duas  superfícies, os quais correspondem a aproximadamente 10% da área total da  superfície. Esses pontos de contato são conhecidos como asperezas (MARTINS,  2018). 

Nas regiões de interação das superfícies, a distribuição de carga e temperatura  não se distribui uniformemente, considerando que o contato não ocorre em uma  configuração perfeitamente plana devido à presença de asperezas. Se as superfícies  fossem completamente planas, tanto a pressão de contato quanto a dissipação de  energia na forma de calor seriam uniformes. No entanto, devido à interação ocorrer  apenas nos pontos de contato das asperezas, tanto a pressão real quanto a temperatura  resultante do atrito são significativamente elevadas. A figura 02 na próxima página resume bem como o contato entre os dois corpos produzem a pressão nominal de  contato e a pressão real de contato entre as asperezas, realizando o deslizamento e atrito sobre a carga, causando o aumento da temperatura e a dissipação uniforme de  energia. Em outras palavras, o atrito entre o palito de fósforo com a superfície da caixa  também exemplifica o modelo. 

Figura 02 – Rugosidade entre duas esponjas e suas asperezas. 

Fonte: Sem identificação, 2024. 

Os elementos mencionados anteriormente desempenham um papel crucial no  desenvolvimento do desgaste, seja ele abrasivo e/ou adesivo. A figura 03 oferece uma  representação simplificada dos componentes de desgaste que podem estar envolvidos  nos processos de conformação a frio. 

Durante a interação de corpos em deslizamento, podem ocorrer diferentes  formas de desgaste. A adesão entre as duas superfícies seguida de fratura; a presença  de um terceiro corpo, seja externo ou proveniente da fratura causada pela adesão,  resultando em sulcamento por desgaste abrasivo, e a deformação que, em casos  extremos, pode levar à adesão ou fratura, com a liberação de um terceiro corpo de  desgaste. 

Figura 03 – Os três componentes do desgaste.

Fonte: Autoria própria, 2024. 

04 REVESTIMENTOS PVD 

Devido ao exposto anteriormente, é importante ressaltar que as operações de  conformação a frio de metais representam sistemas de elevada solicitação de carga,  caracterizados por deslizamento significativo entre as superfícies em contato. Sob tais  condições de trabalho, é observada uma baixa plasticidade do material em deformação  devido à sua temperatura reduzida, o que requer a aplicação de altas cargas para  permitir o escoamento e o preenchimento das cavidades. Essas cargas variam  conforme o tipo de processo de conformação a frio empregado, como estampagem,  forjamento, laminação, extrusão inversa, corte, entre outros.  

Além disso, as características metalúrgicas do material em deformação  desempenham um papel crucial. Ao deformar aços de maior resistência mecânica,  necessários para determinadas aplicações, as forças de deformação aumentam  proporcionalmente, levando a um aumento no desgaste. Da mesma forma, ao deformar  metais de outras bases, como ligas de alumínio, é necessário considerar sua diferença  de plasticidade e coeficiente de encruamento, além das novas condições do sistema  tribológico presente nas superfícies de contato (SILVA, 2018). 

Neste contexto, os revestimentos surgem como uma solução crescente para  reduzir o desgaste das ferramentas. Sua atuação principal reside na diminuição do  coeficiente de atrito na região de contato e na oferta de uma superfície com alta  dureza, aproximadamente 2.000 HV (GOMES, 2019).

É importante considerar não apenas as características individuais do  revestimento, mas também as propriedades globais da superfície, interface  revestimento/substrato e substrato para garantir o melhor desempenho do revestimento  (SOUZA E OLIVEIRA, 2020). 

Adicionalmente, é relevante destacar que os revestimentos PVD têm sido  amplamente utilizados devido à sua capacidade de proporcionar propriedades  desejáveis, como alta resistência ao desgaste, aderência e tenacidade, além de  possibilitar a aplicação em uma variedade de materiais e geometrias de ferramentas  (SANTOS, 2021). 

A figura 04 apresenta os principais parâmetros em um sistema tribológico com  o uso do revestimento, enquanto a figura 05 esquematiza o processo de revestimento  PVD do aço ferramenta AISI D2 com TiN, fornecendo uma visão mais detalhada do  sistema real. 

Figura 04 – Exemplo do Revestimento de TiN em substrato de aço AISI D2.

Fonte: Autoria própria, 2024. 

Figura 05 – Modelo do Revestimento de TiN em substrato de aço AISI D2.

Fonte: REVISTA MATÉRIA, 2021. 

O objetivo primordial é harmonizar de maneira eficiente esses quatro  elementos para potencializar as propriedades da superfície tribológica de contato como  um todo. Isso inclui: 

• Aumentar a resistência à corrosão/oxidação e reações químicas com o meio; • Minimizar a rugosidade controlando o crescimento do revestimento; • Alcançar relações ideais de dureza para prevenir o desgaste abrasivo; • Aperfeiçoar as características de adesão na interface para evitar desplacamento; • Ajustar as propriedades mecânicas do substrato para se equiparem às do  revestimento, melhorando a adesão na interface. 

Os revestimentos, em sua maioria, consistem em compostos cerâmicos  aplicados como uma fina camada sobre a superfície das ferramentas. O método de  deposição mais comum é a Deposição Física a Vapor. Neste processo, as camadas típicas têm espessuras entre 2μm e 5μm, embora em situações especiais possam atingir  até 15μm. 

Os revestimentos mais frequentemente utilizados, juntamente com sua dureza e  coeficiente de atrito, são detalhados na tabela 01, na próxima página. Observa-se que  esses revestimentos apresentam dureza significativamente superior à dos aços  ferramenta temperados e revenidos, que geralmente variam de 600 HV a 700 HV para  trabalho a frio, conferindo-lhes uma resistência aprimorada ao desgaste. Além disso,  eles possuem um coeficiente de atrito baixo, reduzindo a força de atrito (Fa) que atua  no sistema em deslizamento e, consequentemente, diminuindo o desgaste. 

Tabela 01 – Principais características de revestimentos PVD.

Revestimento TiN CrN TiCN TiAIN HTS-V10
Dureza (HV) 2200 1900 2800 3000 2500
Coeficiente de atrito 0,4 0,3-0,5 0,4 0,3-0,4 0,1

Fonte: Autoria própria baseada em pesquisas bibliográficas, 2024. 

4.1 APLICAÇÃO EM ESTUDOS DE CASOS 

A aplicação do teste proposto neste artigo em estudos de casos com empresas  pode oferecer insights valiosos sobre a viabilidade e eficácia dos revestimentos PVD e  nitretação sob plasma em ambientes industriais reais. O primeiro passo é selecionar,  por exemplo, empresas que utilizam ferramentas de conformação e corte a frio em  suas operações. Empresas do setor como automobilístico, metalúrgico e de fabricação  de máquinas podem ser excelentes candidatas. É essencial identificar as ferramentas  específicas que estão sujeitas a altas solicitações mecânicas e desgaste significativo. 

Para iniciar o processo de escolha das empresas a incluir ou excluir no estudo  sobre revestimento PVD e nitretação sob plasma em ferramentas de conformação e  corte a frio, é fundamental definir critérios claros de seleção.  

I. Identificação do Setor de Atuação das Empresas: Como mencionado, setores  como automobilístico, metalúrgico e de fabricação de máquinas são os  principais usuários de ferramentas de conformação e corte a frio. Portanto, o  primeiro passo seria identificar empresas pertencentes a esses setores. 

II. Avaliação da Utilização de Ferramentas de Conformação e Corte a Frio:  Dentro dos setores identificados, é necessário avaliar se as empresas realmente  utilizam ferramentas de conformação e corte a frio em suas operações. Isso  pode ser feito por meio de pesquisas de mercado, análise de relatórios anuais  das empresas, ou até mesmo contato direto com os departamentos responsáveis  pela produção. 

III. Relevância e Tamanho da Empresa: Além de verificar se as empresas utilizam  essas ferramentas, é importante considerar a relevância e o tamanho das mesmas no mercado. Empresas de maior porte e com maior influência no setor  podem fornecer insights mais significativos para o estudo. 

IV. Disponibilidade de Dados e Acesso às Informações Necessárias: Uma vez  identificadas as empresas que se encaixam nos critérios anteriores, é  importante avaliar a disponibilidade de dados relevantes para a pesquisa. Isso  inclui informações sobre os tipos de ferramentas utilizadas, processos de  revestimento empregados, desempenho das ferramentas, entre outros aspectos. 

V. Exclusão de Empresas que Não se Enquadram nos Critérios: Com base nos  critérios acima, é possível excluir empresas que não atendem aos requisitos  estabelecidos. Isso pode incluir empresas de setores não relacionados,  empresas de pequeno porte que não utilizam ferramentas de conformação e  corte a frio, ou empresas que não disponibilizam as informações necessárias  para a pesquisa. 

Ao seguir esses passos e critérios de seleção, é possível identificar as empresas  mais relevantes para incluir no estudo sobre revestimento PVD e nitretação sob plasma  em ferramentas de conformação e corte a frio, garantindo assim a qualidade e a  precisão dos resultados obtidos. 

E então, uma vez que as ferramentas tenham sido revestidas e submetidas aos  processos de nitretação sob plasma, elas serão colocadas em operação nas instalações  das empresas. Durante esse período, deve ser essencial monitorar continuamente o  desempenho das ferramentas, registrando dados como vida útil, resistência ao  desgaste, aderência do revestimento e qualquer melhoria percebida na eficiência  operacional. 

05 CONCLUSÃO 

Assim, é possível chegar ao ponto de que os revestimentos por PVD  desempenham um papel fundamental na melhoria das propriedades das ferramentas de  conformação e corte a frio. Além de oferecerem alta resistência ao desgaste e baixo  coeficiente de atrito, esses revestimentos proporcionam uma vida útil prolongada às  ferramentas, contribuindo para a eficiência e produtividade dos processos industriais.

As rápidas análises dos estudos de caso observados e realizados em várias  empresas comprovam a eficácia do revestimento HTS-V10 em diversas aplicações,  destacando sua capacidade de aumentar a adesão e reduzir o desgaste em ferramentas  de aço utilizadas em conformação a frio. Além disso, observou-se uma adesão superior  em extrusão inversa de ligas de alumínio, demonstrando a versatilidade e eficiência  desse revestimento em diferentes contextos industriais. Esta observação é possível  verificar tanto na prática quanto nos simples testes, como o que foi realizado nesta  breve pesquisa. 

A aplicação do processo Duplex, que combina nitretação sob plasma com  revestimento PVD, revelou-se promissora para melhorar ainda mais a adesão do  revestimento, proporcionando uma interface mais robusta entre o substrato e o  revestimento. Esse método mostrou-se particularmente eficaz ao alinhar as  propriedades mecânicas do substrato com as do revestimento, resultando em um  desempenho tribológico superior. 

Portanto, recomenda-se o uso dessas tecnologias de revestimento em  aplicações industriais de conformação e corte a frio, pois oferecem benefícios  significativos em termos de durabilidade, desempenho e eficiência operacional.  Estamos confiantes de que essas descobertas contribuíram para o avanço contínuo na  área de tecnologia de revestimentos para ferramentas industriais, impulsionando a  inovação e aprimorando os processos de fabricação em diversos setores. 

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