RECICLAGEM DE RESÍDUOS DE OBRAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

RECYCLING OF CONSTRUCTION WASTE IN CIVIL CONSTRUCTION

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202410311105


Eliane Mourão dos Santos1
Isabella Regina Carvalho Amorim2
Vinícius Furtado Cordeiro3


RESUMO

Esta pesquisa aborda a problemática da reciclagem de resíduos provenientes de obras na construção civil, uma questão de crescente interesse devido aos impactos ambientais e econômicos associados à indústria da construção. A revisão de literatura tem como objetivo principal compreender e analisar as diferentes abordagens, tecnologias e práticas relacionadas à gestão desses resíduos, desde sua origem até seu reaproveitamento em novos processos produtivos. A relevância deste trabalho acadêmico reside na sua contribuição para o avanço do conhecimento e práticas relacionadas à gestão de resíduos na construção civil. Ao propor soluções e estratégias para otimizar a reciclagem desses materiais, espera-se um impacto positivo tanto no meio ambiente, através da redução da exploração de recursos naturais e minimização de resíduos, quanto na economia, estimulando a criação de novas oportunidades de negócio e emprego neste setor. A metodologia inclui  uma  revisão  de  literatura,  explorando estudos e práticas existentes. Como resultado, a pesquisa destaca a relevância de investimentos em inovação tecnológica, capacitação profissional e conscientização ambiental para garantir um futuro mais sustentável para a indústria da construção civil.

Palavras-chave: Reciclagem. Construção Civil. Gestão De Resíduos.

ABSTRACT

This research addresses the issue of recycling waste from construction work, an issue of growing interest due to the environmental and economic impacts associated with the construction industry. The main objective of the literature review is to understand and analyze the different approaches, technologies and practices related to the management of this waste, from its origin to its reuse in new production processes. The relevance of this academic work lies in its contribution to the advancement of knowledge and practices related to waste management in construction. By proposing solutions and strategies to optimize the recycling of these materials, a positive impact is expected both on the environment, through reducing the exploitation of natural resources and minimizing waste, and on the economy, stimulating the creation of new business and employment opportunities. in this sector. The methodology includes a literature review, exploring existing studies and practices. As a result, the research highlights the relevance of investments in technological innovation, professional training and environmental awareness to guarantee a more sustainable future for the construction industry.

Keywords: Recycling. Construction. Waste Management.

INTRODUÇÃO

A reciclagem de resíduos provenientes de obras na construção civil emerge como uma área de crescente interesse e relevância no contexto ambiental e econômico. Dentro deste âmbito, os esforços para mitigar os impactos ambientais gerados por essa indústria ganham destaque, principalmente pela sua grande contribuição para a geração de resíduos sólidos.

Nesta revisão de literatura, foram exploradas as diversas abordagens, tecnologias e práticas relacionadas à reciclagem de resíduos de construção civil, com o intuito de compreender as oportunidades, desafios e avanços neste campo (SAMPAIO, 2022).

A delimitação deste estudo se concentra especificamente na análise dos processos de reciclagem de resíduos oriundos de obras na construção civil, abrangendo desde a seleção e separação dos materiais até sua reincorporação em novos ciclos produtivos. Esta delimitação se justifica pela necessidade de entender como práticas sustentáveis podem ser implementadas nesse setor, considerando seu impacto significativo no meio ambiente e na economia.

A problemática central que orienta esta revisão de literatura reside na identificação dos principais desafios enfrentados na gestão e reciclagem de resíduos da construção civil, bem como na busca por soluções viáveis e eficazes para superá-los. A pergunta problema que norteia esta pesquisa é: Como é possível otimizar os processos de reciclagem de resíduos de obras na construção civil, considerando tanto aspectos técnicos quanto econômicos e ambientais?

Dentre as hipóteses levantadas para responder a esta pergunta problema, considera-se que a implementação de tecnologias avançadas de triagem e processamento de resíduos, aliada a políticas públicas e incentivos governamentais, pode viabilizar uma gestão mais eficiente e sustentável dos resíduos da construção civil. Além disso, a conscientização e engajamento dos diversos atores envolvidos no setor são fundamentais para promover uma mudança de paradigma em relação ao tratamento desses materiais.

A relevância deste trabalho acadêmico reside na sua contribuição para o avanço do conhecimento e práticas relacionadas à gestão de resíduos na construção civil. Ao propor soluções e estratégias para otimizar a reciclagem desses materiais, esta pesquisa pode impactar positivamente não apenas o meio ambiente, através da redução da exploração de recursos naturais e minimização de resíduos, mas também a economia, ao promover a criação de novas oportunidades de negócio e emprego neste setor (SILVA M et al., 2021).

A justificativa para o tema da reciclagem de resíduos de obras na construção civil é fundamentada em diversas considerações de ordem ambiental, econômica e social. É crucial destacar o impacto significativo que a construção civil exerce sobre o meio ambiente, sendo uma das principais fontes de geração de resíduos sólidos (TEIXEIRA; CARRILHO, 2020).

Estima-se que esse setor seja responsável por uma parcela considerável dos resíduos urbanos, os quais, quando não gerenciados adequadamente, podem causar poluição do solo, da água e do ar, além de contribuir para a degradação de ecossistemas naturais. Nesse sentido, a reciclagem de resíduos de construção civil surge como uma alternativa promissora para minimizar esses impactos, ao reduzir a necessidade de extração de recursos naturais e o acúmulo de materiais em aterros sanitários (VIEIRA, 2023).

Além dos benefícios ambientais, a reciclagem de resíduos de construção civil também apresenta vantagens econômicas. A reintrodução de materiais reciclados no ciclo produtivo pode gerar economia de recursos, reduzir os custos de matéria-prima e minimizar os gastos com transporte e descarte de resíduos. Ademais, a criação de novas oportunidades de negócio no setor de reciclagem e a valorização de materiais reciclados contribuem para a geração de empregos e o desenvolvimento econômico local (SAMPAIO et al., 2022).

Do ponto de vista social, a implementação de práticas sustentáveis de gestão de resíduos na construção civil pode beneficiar comunidades ao redor das obras, reduzindo os impactos negativos à saúde pública e promovendo a qualidade de vida dos moradores. Além disso, políticas e programas que incentivem a reciclagem de resíduos podem estimular a participação da sociedade civil, promovendo a conscientização ambiental e o engajamento comunitário em prol da sustentabilidade (PINTO, 2022).

Diante dessas considerações, torna-se evidente a relevância e a urgência de se aprofundar no tema da reciclagem de resíduos de obras na construção civil. Este trabalho acadêmico busca contribuir para esse debate, fornecendo subsídios teóricos e práticos que possam orientar a implementação de políticas e práticas mais sustentáveis no setor da construção civil, em benefício do meio ambiente, da economia e da sociedade como um todo.

O objetivo geral foi analisar e compreender os processos de reciclagem de resíduos provenientes de obras na construção civil, buscando identificar oportunidades, desafios e avanços nessa área, com o intuito de propor estratégias e soluções para otimizar a gestão desses materiais. Investigar as tecnologias e práticas existentes para a seleção, separação e processamento de resíduos de construção civil visando sua reciclagem, avaliar o impacto ambiental, econômico e social da reciclagem de resíduos de obras na construção civil, considerando diferentes contextos geográficos e setoriais, identificar políticas públicas, regulamentações e incentivos governamentais que promovam a implementação de práticas sustentáveis de gestão de resíduos na construção civil e sua efetividade na prática e abordar sobre o que diz a legislação brasileira a respeito do tema.

MATERIAIS E MÉTODOS

Conforme o conceito de revisão de literatura, Bem como Lima e Mioto (2007) ressaltam que é uma análise crítica de trabalhos publicados sobre um determinado tema, com o objetivo de sintetizar conhecimentos existentes, identificar lacunas, tendências e proporções futuras de pesquisa, este estudo baseou-se na análise e síntese de trabalhos acadêmicos, relatórios técnicos e legislação pertinentes ao tema da reciclagem de resíduos de obras na construção civil. A pesquisa abrangeu um período de cinco anos, compreendido entre 2020 e 2024, visando incluir as mais recentes descobertas e desenvolvimentos nesta área.

Para a coleta de materiais, foram consultadas diversas bases de dados acadêmicas, tais como PubMed, Scopus, Web of Science e Google Scholar. A seleção dos trabalhos foi realizada utilizando-se palavras-chave relacionadas ao tema, como “reciclagem de resíduos de construção civil”, “gestão de resíduos na construção”, “tecnologias de reciclagem” e similares.

Os critérios de inclusão dos estudos foram definidos previamente, levando em consideração a relevância do conteúdo para os objetivos propostos nesta revisão de literatura. Foram priorizados trabalhos científicos, artigos de revisão, relatórios técnicos e legislação atualizada que abordassem aspectos relacionados à triagem, processamento, impacto ambiental, políticas públicas e práticas de reciclagem de resíduos na construção civil.

A análise dos materiais selecionados foi realizada de forma crítica, identificando informações relevantes, tendências, lacunas de conhecimento e divergências entre os estudos. Os dados foram organizados e sintetizados de acordo com os tópicos de fundamentação teórica propostos, a fim de proporcionar uma visão abrangente e atualizada sobre o estado da arte da reciclagem de resíduos de construção civil.

Por fim, vale ressaltar que esta revisão de literatura  adotou  uma  abordagem  qualitativa, focada na análise interpretativa dos dados coletados, visando fornecer resultados e subsídios para o desenvolvimento de estratégias e soluções que contribuam para a otimização da gestão de resíduos na construção civil.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Tecnologias de triagem e processamento de resíduos na construção civil

A gestão adequada dos resíduos gerados pela indústria da construção civil é uma questão de suma importância no contexto atual, dada a magnitude dos impactos ambientais e econômicos associados a essa atividade. Nesse sentido, as tecnologias de triagem e processamento de resíduos desempenham um papel fundamental na busca por soluções sustentáveis para lidar com esse problema crescente (LIMA; OLIVEIRA, 2023).

As tecnologias de triagem visam separar os resíduos de construção civil de acordo com suas características físicas e composição, permitindo a segregação dos materiais recicláveis dos não recicláveis. Uma das abordagens mais comuns é a utilização de equipamentos como esteiras transportadoras, peneiras vibratórias e separadores magnéticos, que permitem a separação por tamanho, forma e propriedades magnéticas dos materiais.

Segundo Maia (2023) avanços recentes têm sido feitos no desenvolvimento de tecnologias automatizadas de triagem, como sistemas de visão computacional e inteligência artificial, que são capazes de identificar e classificar os resíduos com maior precisão e eficiência. Essas tecnologias prometem não apenas aumentar a taxa de recuperação de materiais recicláveis, mas também reduzir os custos e o tempo necessários para o processo de triagem.

No que diz respeito ao processamento de resíduos, uma das técnicas mais comuns é a trituração e moagem dos materiais para reduzir seu volume e facilitar seu transporte e manuseio. Moinhos de martelo, trituradores de mandíbula e trituradores de impacto são alguns dos equipamentos utilizados para essa finalidade. Além disso, processos de fragmentação mecânica e térmica também podem ser empregados para transformar os resíduos em matéria-prima ou combustível para outros processos industriais.

Um aspecto importante a se considerar no processamento de resíduos é a reciclagem de concretos e argamassas, que representam uma parcela significativa dos resíduos gerados pela construção civil. Diversas tecnologias têm sido desenvolvidas para reciclar esses materiais, incluindo o uso de britadores móveis e plantas de reciclagem de concreto, que permitem a reutilização dos agregados reciclados na produção de novos concretos e argamassas (VENDRAMIN, 2023).

No entanto, apesar dos avanços tecnológicos nessa área, ainda existem desafios a serem superados para tornar a triagem e o processamento de resíduos na construção civil mais eficientes e sustentáveis. Um dos principais desafios é a contaminação dos materiais recicláveis por substâncias nocivas, como tintas, solventes e materiais de isolamento, que podem comprometer a qualidade dos produtos finais e dificultar sua comercialização.

A falta de padronização nos métodos de triagem e processamento de resíduos pode dificultar a interoperabilidade entre diferentes equipamentos e sistemas, prejudicando a eficiência e a escalabilidade das operações de reciclagem (MAIA, 2023). Portanto, é essencial investir em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias mais avançadas e sustentáveis, bem como estabelecer padrões e regulamentações claras para orientar a indústria nesse sentido.

Separação automatizada de materiais recicláveis

A separação automatizada de materiais recicláveis é uma das tecnologias mais promissoras e eficientes no contexto da gestão de resíduos na construção civil. Ela representa um avanço significativo em relação aos métodos tradicionais de triagem manual, oferecendo maior precisão, rapidez e escalabilidade no processo de separação de materiais (PONCIANO et al., 2022).

Essa tecnologia utiliza sistemas automatizados, como sensores ópticos, equipamentos de detecção por infravermelho e máquinas de classificação por tamanho e densidade, para identificar e separar os diferentes tipos de materiais presentes nos resíduos de construção civil. Por meio de algoritmos e software avançados, esses sistemas são capazes de reconhecer e separar uma ampla variedade de materiais, incluindo plásticos, metais, vidros, madeiras e outros materiais recicláveis.

Um dos principais benefícios da separação automatizada de materiais recicláveis é sua capacidade de aumentar significativamente a taxa de recuperação de materiais recicláveis, reduzindo assim a quantidade de resíduos enviados para aterros sanitários e a necessidade de extração de recursos naturais. Além disso, essa tecnologia também ajuda a melhorar a qualidade dos materiais reciclados, reduzindo a contaminação e aumentando seu valor de mercado (NOGUEIRA; FREGNANI; MARTINS, 2023).

Outra vantagem importante da separação automatizada é sua capacidade de aumentar a eficiência e a produtividade das operações de reciclagem. Ao substituir o trabalho manual por processos automatizados, é possível reduzir os custos de mão de obra e aumentar a capacidade de processamento das instalações de reciclagem. Isso resulta em uma redução nos custos operacionais e um aumento na rentabilidade dos negócios de reciclagem.

A separação automatizada de materiais recicláveis também contribui para melhorar as condições de trabalho dos funcionários das instalações de reciclagem. Ao eliminar tarefas repetitivas e potencialmente perigosas, como a separação manual de materiais, essa tecnologia ajuda a reduzir o risco de lesões e doenças ocupacionais entre os trabalhadores (BANDEIRA, 2022).

Trituração e moagem de entulhos para reciclagem

No entanto, apesar de seus muitos benefícios, a implementação da separação automatizada de materiais recicláveis enfrenta alguns desafios e limitações. Um dos principais desafios é o custo inicial elevado de aquisição e instalação desses sistemas, que pode ser proibitivo para muitas empresas de reciclagem, especialmente as de pequeno e médio porte. Além disso, a manutenção e o reparo desses sistemas também podem ser caros e complexos, requerendo conhecimentos técnicos especializados.

Outro desafio é a necessidade de adaptar e personalizar os sistemas de separação automatizada para lidar com a grande variedade de materiais presentes nos resíduos de construção civil. Isso requer o desenvolvimento e a implementação de algoritmos e software avançados, bem como a integração de diferentes tipos de sensores e equipamentos de detecção (PONCIANO et al., 2022).

Apesar desses desafios, a separação automatizada de materiais recicláveis continua a ser uma ferramenta poderosa e eficaz na gestão de resíduos na construção civil. Com o avanço da tecnologia e a redução dos custos de implementação, espera-se que essa tecnologia se torne cada vez mais acessível e amplamente adotada, contribuindo assim para a promoção de práticas mais sustentáveis e responsáveis na indústria da construção civil.

A trituração e moagem de entulhos para reciclagem representam uma etapa fundamental no processo de gestão de resíduos na construção civil. Essa prática consiste na fragmentação dos resíduos de construção, como concretos, tijolos, cerâmicas e argamassas, em partículas menores, que podem ser posteriormente reutilizadas na produção de novos materiais de construção ou em outras aplicações (MARQUES et al., 2020).

A principal finalidade da trituração e moagem de entulhos é reduzir o volume dos resíduos e facilitar seu transporte, armazenamento e manuseio. Ao transformar os resíduos em partículas menores, torna-se possível compactá-los de forma mais eficiente e reduzir o espaço necessário para sua disposição final em aterros sanitários. Isso não apenas ajuda a prolongar a vida útil dos aterros, mas também contribui para a preservação do meio ambiente, reduzindo a necessidade de novas áreas de disposição de resíduos.

Santos, Vecchi e Morelato Junior (2022) afirmam que além da redução de volume, a trituração e moagem de entulhos também têm o potencial de transformar os resíduos em matéria- prima secundária, que pode ser utilizada na produção de novos materiais de construção. Por exemplo, os agregados reciclados obtidos a partir da trituração de concretos e argamassas podem ser utilizados na fabricação de novos concretos, blocos de concreto, pavimentos e outros produtos.

Essa prática contribui para a redução da demanda por matérias-primas naturais, como areia, brita e cascalho, que são frequentemente utilizadas na construção civil. Ao substituir parte desses materiais por agregados reciclados, é possível reduzir a exploração de recursos naturais e minimizar os impactos ambientais associados à sua extração e transporte.

De acordo com Gallo e Gaspar (2020) além dos benefícios ambientais, a trituração e moagem de entulhos também oferecem vantagens econômicas. Ao reciclar os resíduos de construção, as empresas podem reduzir os custos de descarte e aquisição de matéria-prima, tornando-se mais competitivas no mercado. Além disso, a produção de materiais reciclados pode gerar novas oportunidades de negócios e empregos na indústria da reciclagem e construção civil.

No entanto, apesar dos benefícios associados à trituração e moagem de entulhos, essa prática enfrenta alguns desafios e limitações. Um dos principais desafios é a contaminação dos resíduos por materiais não recicláveis, como plásticos, metais e materiais de isolamento. Esses materiais podem comprometer a qualidade dos agregados reciclados e dificultar sua utilização em novas aplicações.

Além disso, a qualidade e características dos agregados reciclados podem variar dependendo do processo de trituração e moagem utilizado, bem como da composição dos resíduos de origem (MARQUES et al., 2020). Portanto, é importante realizar uma análise cuidadosa da qualidade dos materiais reciclados e garantir que atendam aos padrões e especificações técnicas exigidos para sua utilização na construção civil.

Uso de equipamentos de separação por densidade para classificação de resíduos

O uso de equipamentos de separação por densidade para classificação de resíduos é uma prática essencial na gestão eficiente dos resíduos na construção civil. Esses equipamentos são projetados para separar os materiais com base em suas densidades específicas, permitindo a segregação dos materiais mais leves dos mais pesados de forma precisa e eficaz (SANTOS, 2020). Um dos equipamentos mais comuns utilizados para essa finalidade é o separador por densidade, que utiliza diferenças na densidade dos materiais para separá-los em frações distintas. O processo de separação por densidade geralmente envolve a utilização de uma corrente de ar ou água para criar um ambiente de flutuação, onde os materiais mais leves tendem a se elevar enquanto os mais pesados afundam. Isso permite a separação dos materiais com base em suas densidades relativas, resultando em uma fração mais leve e outra mais pesada.

Outro equipamento frequentemente utilizado é a mesa dessimétrica, que consiste em uma superfície inclinada sobre a qual os resíduos são depositados. A mesa é submetida a vibrações ou movimentos oscilatórios, o que faz com que os materiais se movam ao longo da superfície de acordo com sua densidade. Isso permite a separação dos materiais com base em suas características físicas e densidades específicas, resultando em frações separadas que podem ser posteriormente recicladas ou descartadas adequadamente (SAMPAIO, 2022, p. 12).

O uso de equipamentos de separação por densidade oferece uma série de vantagens na gestão de resíduos na construção civil. Em primeiro lugar, essa abordagem permite a separação eficiente de uma ampla variedade de materiais, incluindo plásticos, metais, vidros, madeiras e outros materiais recicláveis, tornando possível a recuperação de materiais valiosos que poderiam ser perdidos de outra forma.

Os equipamentos de separação por densidade são capazes de processar grandes volumes de resíduos em um curto período de tempo, o que resulta em uma maior eficiência e produtividade das operações de reciclagem. Isso é especialmente importante em ambientes de alta demanda, onde é necessário processar grandes quantidades de resíduos de forma rápida e eficiente (SANTOS K, 2020).

Outra vantagem importante é a capacidade de separar os resíduos com base em suas características físicas e densidades específicas, o que permite a produção de frações separadas com qualidade e pureza adequadas para reciclagem ou reutilização. Isso contribui para melhorar a qualidade dos materiais reciclados e reduzir a contaminação dos produtos finais, garantindo assim sua aceitação no mercado.

Apesar das vantagens associadas ao uso de equipamentos de separação por densidade, essa abordagem também apresenta alguns desafios e limitações. Um dos principais desafios é a necessidade de ajustar e calibrar os equipamentos para garantir uma separação precisa e eficaz dos materiais. Isso requer conhecimentos técnicos especializados e pode exigir testes e experimentação para determinar as configurações ideais para cada tipo de resíduo.

Segundo Santos (2020) os equipamentos de separação por densidade podem ser caros de adquirir e operar, especialmente para empresas de reciclagem de pequeno e médio porte. Isso pode representar uma barreira à entrada para algumas empresas e limitar a adoção dessa tecnologia em determinadas regiões ou setores.

Desenvolvimento de métodos avançados de reciclagem de concretos e argamassas

O desenvolvimento de métodos avançados de reciclagem de concretos e argamassas tem se mostrado uma área de grande interesse e importância na gestão de resíduos na construção civil. Esses materiais representam uma parcela significativa dos resíduos gerados pela indústria da construção e sua reciclagem adequada pode trazer benefícios ambientais, econômicos e sociais consideráveis (SILVA et al., 2021).

A reciclagem de concretos e argamassas envolve o processo de triturar, moer e processar esses materiais para produzir agregados reciclados que podem ser utilizados na fabricação de novos concretos, argamassas e outros produtos de construção. O objetivo é reduzir a necessidade de recursos naturais, como areia e pedra britada, e minimizar o volume de resíduos enviados para aterros sanitários.

Uma das principais técnicas de reciclagem de concretos e argamassas é a trituração mecânica, que envolve o uso de britadores e moinhos para quebrar o concreto em pedaços menores. Os materiais triturados são então peneirados para separar os agregados reciclados de outros componentes, como armaduras metálicas e resíduos de argamassa. Esses agregados reciclados podem ser utilizados em diversas aplicações na construção civil, desde a produção de concretos e argamassas até a pavimentação de estradas e pátios (BARBOSA; SOUZA, 2022).

Além da trituração mecânica, têm surgido métodos mais avançados de reciclagem de concretos e argamassas que visam melhorar a qualidade e a eficiência do processo. Um exemplo é o uso de tecnologias de separação por densidade, que permitem a separação dos materiais com base em suas densidades específicas, resultando em frações separadas de agregados reciclados de alta qualidade. Outra técnica promissora é a utilização de  técnicas  de  separação  por  flotação,  que permitem a remoção de contaminantes indesejáveis, como argamassa e materiais orgânicos, dos agregados reciclados.

De acordo com Teixeira e Carrilho (2020) têm sido desenvolvidas técnicas de reciclagem química que permitem a recuperação de cimento e outros materiais aglomerantes a partir de concretos e argamassas reciclados. Esses materiais podem ser reutilizados na produção de novos concretos, reduzindo assim a necessidade de recursos naturais e minimizando o impacto ambiental da indústria da construção.

É importante ressaltar que o desenvolvimento de métodos avançados de reciclagem de concretos e argamassas enfrenta alguns desafios e limitações. Um dos principais desafios é a necessidade de desenvolver técnicas de reciclagem que garantam a qualidade e a durabilidade dos materiais reciclados, de modo a atender às especificações técnicas exigidas para sua utilização na construção civil. Além disso, é necessário superar questões relacionadas à logística e ao transporte dos materiais reciclados, bem como garantir a aceitação do mercado e dos consumidores finais (SILVA et al., 2021).

Apesar desses desafios, o desenvolvimento de métodos avançados de reciclagem de concretos e argamassas oferece oportunidades significativas para promover a sustentabilidade na indústria da construção. Ao reduzir a demanda por recursos naturais, minimizar o volume de resíduos enviados para aterros sanitários e promover a economia circular, esses métodos podem contribuir para a preservação do meio ambiente, o desenvolvimento econômico e social e a melhoria da qualidade de vida das comunidades locais. Assim, investir em pesquisa e inovação nessa área é fundamental para avançar em direção a uma indústria da construção mais sustentável e responsável.

Análise do ciclo de vida dos materiais de construção e seu impacto ambiental

A análise do ciclo de vida dos materiais de construção e seu impacto ambiental é uma abordagem crucial para compreender e mitigar os efeitos negativos da indústria da construção sobre o meio ambiente. Essa análise visa avaliar todas as etapas do ciclo de vida de um material, desde a extração de matérias-primas até o descarte final, levando em consideração os impactos ambientais associados a cada uma dessas etapas (ANTUNES; CHISI, 2021).

Um dos principais aspectos considerados na análise do ciclo de vida dos materiais de construção é a energia incorporada, que se refere à quantidade de energia necessária para extrair, processar, transportar e instalar um material ao longo de seu ciclo de vida. Materiais como o concreto e o aço, por exemplo, têm uma alta energia incorporada devido ao intenso processo de produção envolvido em sua fabricação, o que pode resultar em emissões significativas de gases de efeito estufa e outros poluentes.

Além da energia incorporada, a análise do ciclo de vida também leva em consideração outros impactos ambientais, como o consumo de recursos naturais, a geração de resíduos e a poluição do ar, água e solo. Por exemplo, a extração de areia e pedra britada para a produção de concreto pode causar danos irreparáveis aos ecossistemas naturais, enquanto a produção de cimento é responsável por uma parcela significativa das emissões globais de dióxido de carbono (CO2) (VIEIRAL, 2023).

Diante desses impactos ambientais significativos, torna-se essencial adotar medidas para mitigar os efeitos negativos da indústria da construção sobre o meio ambiente. Uma abordagem comum é a utilização de materiais alternativos de baixo impacto ambiental, como materiais reciclados, materiais de origem renovável e materiais de baixa energia incorporada. Por exemplo, o uso de madeira certificada de florestas sustentáveis pode reduzir significativamente as emissões de CO2 associadas à produção de concreto e aço.

Estratégias de design sustentável, como o uso de técnicas de construção passiva e o aproveitamento de recursos naturais renováveis, podem minimizar o consumo de energia e recursos naturais ao longo do ciclo de vida de um edifício. Isso inclui a utilização de materiais de isolamento térmico de alta eficiência, a orientação adequada do edifício em relação ao sol e o uso de sistemas de captação de água da chuva e energia solar (LIRA; ASSIS, 2020).

Outra estratégia importante é a implementação  de  práticas  de  construção  e demolição sustentáveis, que visam reduzir a geração de resíduos e promover a reciclagem e reutilização de materiais. Isso inclui a separação e reciclagem de resíduos de construção, a desmontagem seletiva de edifícios e o uso de materiais modulares e removíveis que facilitam a reutilização em futuras construções.

É importante ressaltar que a análise do ciclo de vida dos materiais de construção não se limita apenas aos impactos ambientais, mas também considera aspectos econômicos e sociais. Por exemplo, a escolha de materiais de construção sustentáveis pode resultar em economias significativas de custos ao longo do ciclo de vida de um edifício, enquanto a adoção de práticas de construção socialmente responsáveis pode promover a inclusão e o bem-estar das comunidades locais.

Avaliação dos impactos ambientais associados à extração e produção de materiais convencionais

A avaliação dos impactos ambientais associados à extração e produção de materiais convencionais é um aspecto fundamental na análise do ciclo de vida dos materiais de construção. Esses materiais, como o concreto, o aço, o alumínio e o vidro, são amplamente utilizados na indústria da construção, mas sua produção pode gerar uma série de impactos ambientais significativos (PINTO, 2022).

Um dos principais impactos ambientais associados à extração de materiais convencionais é a degradação dos ecossistemas naturais. A extração de minerais, como areia, pedra britada e minério de ferro, muitas vezes envolve a remoção de grandes áreas de vegetação e a alteração do relevo do terreno, resultando na perda de habitats naturais, erosão do solo e degradação da biodiversidade.

Além disso, a extração de materiais convencionais também pode levar à contaminação do solo, água e ar devido à liberação de substâncias tóxicas e poluentes durante o processo de extração e beneficiamento.   Por exemplo, a produção de cimento, um dos principais componentes do concreto, é uma fonte significativa de emissões de dióxido de carbono (CO2) e outros gases de efeito estufa, contribuindo assim para as mudanças climáticas e a poluição do ar (RIBEIRO, 2020, p 5).

Outro impacto ambiental significativo associado à produção de materiais convencionais é o consumo de recursos naturais não renováveis, como minerais e combustíveis fósseis. A extração e processamento desses materiais requer uma quantidade significativa de energia e água, contribuindo para a escassez de recursos naturais e o esgotamento de ecossistemas frágeis.

Além dos impactos ambientais diretos, Rodrigues (2021 enfatizam que a produção de materiais convencionais também pode gerar uma série de impactos indiretos ao longo de sua cadeia de suprimentos. Por exemplo, o transporte de materiais da mina ou fábrica até o local de construção pode resultar em emissões adicionais de gases de efeito estufa e poluição do ar devido ao uso de veículos pesados e combustíveis fósseis.

Diante desses impactos ambientais significativos, torna-se essencial avaliar e mitigar os efeitos negativos da extração e produção de materiais convencionais na indústria da construção. Uma abordagem comum é a utilização de técnicas de produção mais eficientes e sustentáveis, como o uso de energias renováveis, o uso de materiais reciclados e a implementação de práticas de gestão ambiental.

Estratégias de economia circular, como a reciclagem e reutilização de materiais, podem ajudar a reduzir a demanda por materiais convencionais e minimizar o impacto ambiental associado à sua produção. Por exemplo, a reciclagem de concretos e argamassas pode reduzir significativamente a necessidade de extração de recursos naturais e a emissão de gases de efeito estufa associada à produção de cimento (PINTO, 2022).

Outra abordagem importante é a promoção do uso de materiais de construção alternativos, como materiais de origem renovável, materiais de baixa energia incorporada e materiais reciclados. Por exemplo, o uso de madeira certificada de florestas sustentáveis pode substituir o concreto e o aço em algumas aplicações, reduzindo assim a demanda  por  materiais  convencionais  e promovendo a sustentabilidade na indústria da construção.

Políticas públicas e legislação relacionadas à gestão de resíduos na construção civil

As políticas públicas e legislação relacionadas à gestão de resíduos na construção civil desempenham um papel fundamental na promoção da sustentabilidade e na redução do impacto ambiental dessa indústria. O setor da construção civil é um dos principais geradores de resíduos sólidos em todo o mundo, sendo responsável por uma parcela significativa dos resíduos enviados para aterros sanitários e pela degradação do meio ambiente. Portanto, a implementação de políticas públicas e legislação específica se faz necessária para lidar com essa questão de forma eficaz (FONSECA et al., 2021).

Uma das principais políticas públicas adotadas em muitos países é a implementação de planos de gestão de resíduos na construção civil. Esses planos estabelecem diretrizes e metas para a redução, reutilização e reciclagem de resíduos gerados durante obras e demolições. Eles também promovem a adoção de práticas sustentáveis de construção e a utilização de materiais de baixo impacto ambiental.

Além disso, Matos (2021) destaca que muitos países têm adotado legislação específica para regulamentar a gestão de resíduos na construção civil. Essa legislação estabelece padrões e diretrizes para o manejo adequado dos resíduos, incluindo a coleta, transporte, armazenamento e disposição final. Ela também impõe penalidades para empresas que não cumprem as regulamentações ambientais e promove incentivos fiscais e financeiros para aquelas que adotam práticas sustentáveis.

Um exemplo de legislação comum é a exigência de elaboração de Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) para obras de grande porte. Esses planos detalham as medidas que serão adotadas para minimizar a geração de resíduos, promover a reciclagem e destinação adequada dos resíduos gerados durante a execução da obra. Além disso, muitas legislações estabelecem metas de reciclagem e reutilização de resíduos na construção civil, incentivando a adoção de práticas sustentáveis por parte das empresas do setor.

Outra abordagem comum adotada por políticas públicas é a criação de incentivos econômicos para a reciclagem e reutilização de resíduos na construção civil. Isso pode incluir subsídios para empresas que investem em equipamentos de reciclagem, isenção de taxas de descarte para materiais recicláveis e incentivos fiscais para a utilização de materiais reciclados em novas construções (JESUS; SANTOS, 2023).

Além das políticas públicas e legislação específica, a conscientização e educação também desempenham um papel fundamental na promoção da gestão sustentável de resíduos na construção civil. Campanhas de conscientização dirigidas a empresas, profissionais da construção e consumidores podem ajudar a aumentar a compreensão sobre os impactos ambientais da construção civil e incentivar a adoção de práticas mais sustentáveis.

Análise de normas e regulamentos voltados para o gerenciamento de resíduos na construção civil em diferentes países

A análise de normas e regulamentos voltados para o gerenciamento de resíduos na construção civil em diferentes países revela a diversidade de abordagens e estratégias adotadas para lidar com essa questão em âmbito global. Essas normas e regulamentos são essenciais para promover práticas sustentáveis e responsáveis na gestão de resíduos na construção civil e garantir a proteção do meio ambiente (RODRIGUES, 2022).

Em muitos países, as normas e regulamentos relacionados à gestão de resíduos na construção civil são estabelecidos por agências governamentais responsáveis pela proteção ambiental e pelo desenvolvimento urbano. Essas normas geralmente definem diretrizes para a coleta, transporte, armazenamento, reciclagem e disposição final de resíduos de construção e demolição, bem como estabelecem metas e requisitos específicos para o setor.

Por exemplo, Como citado por Vieira (2022), em países como Estados Unidos e Canadá, são estabelecidas normas e regulamentos pela Environmental Protection Agency (EPA) e Environment  Canada,  respectivamente.  Essas agências governamentais estabelecem padrões para a gestão de resíduos na construção civil, incluindo a exigência de elaboração de Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) e metas de reciclagem e reutilização de materiais.

Da mesma forma, na União Europeia, são adotadas diretivas e regulamentos específicos para a gestão de resíduos na construção civil, como a Diretiva de Resíduos de Construção e Demolição (RCD), que estabelece metas de reciclagem e reutilização de resíduos na construção civil e promove a adoção de práticas sustentáveis por parte dos países membros.

Além das normas e regulamentos governamentais, existem também iniciativas e certificações voluntárias que incentivam as empresas e profissionais da construção civil a adotarem práticas sustentáveis de gestão de resíduos. Um exemplo é o Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), um sistema de certificação internacional que reconhece edifícios e empreendimentos que atendem a critérios de sustentabilidade, incluindo a gestão eficiente de resíduos (CARVALHO, 2023).

No entanto, apesar dos avanços na regulamentação da gestão de resíduos na construção civil em muitos países, ainda existem desafios e lacunas a serem superados. Um dos principais desafios é a falta de fiscalização e aplicação das normas e regulamentos existentes, o que muitas vezes resulta em práticas inadequadas de gestão de resíduos e impactos ambientais negativos.

A falta de conscientização e educação sobre a importância da gestão sustentável de resíduos na construção civil continua a ser um obstáculo para a adoção de práticas mais responsáveis pelo setor. É fundamental promover a conscientização e capacitação dos profissionais da construção civil sobre as melhores práticas de gestão de resíduos e os benefícios ambientais, econômicos e sociais associados a elas (RODRIGUES, 2022).

A análise de normas e regulamentos voltados para o gerenciamento de resíduos na construção civil em diferentes países destaca a importância de medidas regulatórias e incentivos para promover a sustentabilidade nesse setor. Ao estabelecer padrões claros e metas ambiciosas para a gestão de resíduos, é possível reduzir significativamente o impacto ambiental da construção civil e promover práticas mais sustentáveis e responsáveis em todo o mundo.

Avaliação da eficácia das políticas de incentivo à reciclagem de resíduos de obras

A avaliação da eficácia das políticas de incentivo à reciclagem de resíduos de obras é crucial para entender como essas medidas estão contribuindo para a promoção da sustentabilidade na construção civil. Ao longo das últimas décadas, governos e instituições têm implementado uma variedade de políticas com o objetivo de aumentar a reciclagem de resíduos de obras, visando reduzir a quantidade de materiais enviados para aterros sanitários, minimizar o consumo de recursos naturais e mitigar os impactos ambientais associados à construção civil (SILVA, 2021).

Uma das políticas mais comuns é a imposição de metas de reciclagem e reutilização de resíduos de obras. Essas metas estabelecem porcentagens mínimas de resíduos que devem ser reciclados ou reutilizados em novas obras, incentivando as empresas do setor a adotarem práticas de gestão de resíduos mais sustentáveis. A avaliação da eficácia dessas metas geralmente envolve o monitoramento do cumprimento das metas estabelecidas e a análise dos resultados alcançados ao longo do tempo.

Outra política comum é a criação de incentivos econômicos para a reciclagem de resíduos de obras. Isso pode incluir subsídios financeiros para empresas que investem em equipamentos de reciclagem, isenção de taxas de descarte para materiais recicláveis e incentivos fiscais para a utilização de materiais reciclados em novas obras. A avaliação da eficácia desses incentivos geralmente envolve a análise do impacto financeiro das medidas de incentivo e seu efeito na quantidade de resíduos reciclados (CARVALHO, 2023).

Algumas políticas visam promover a conscientização e educação sobre a importância da reciclagem de resíduos de obras. Isso pode incluir campanhas de conscientização dirigidas a empresas, profissionais da construção e consumidores, bem como a inclusão de programas de educação ambiental nas escolas e universidades. A avaliação da eficácia dessas políticas geralmente envolve a análise do nível de conscientização e compreensão sobre a reciclagem de resíduos de obras entre os diferentes públicos- alvo.

No entanto, apesar dos esforços para promover a reciclagem de resíduos de obras, ainda existem desafios significativos a serem superados. Um dos principais desafios é a falta de infraestrutura adequada para a coleta, triagem e processamento de resíduos de obras. Muitas vezes, as empresas do setor enfrentam dificuldades para encontrar locais de reciclagem próximos e acessíveis, o que dificulta a implementação de práticas de reciclagem eficazes (CANUTO, 2022).

A falta de padronização e regulamentação na gestão de resíduos de obras pode dificultar a implementação de políticas de reciclagem. Muitas vezes, as empresas do setor enfrentam uma variedade de regulamentações e requisitos técnicos diferentes em diferentes jurisdições, o que pode tornar difícil a implementação de práticas de reciclagem consistentes e eficazes em toda a cadeia de suprimentos.

Legislação pertinente

A legislação pertinente a resíduos sólidos e construção civil desempenha um papel fundamental na gestão ambiental e sustentável desses materiais. A indústria da construção é uma das principais geradoras de resíduos sólidos em todo o mundo, e a forma como esses resíduos são gerenciados pode ter um impacto significativo no meio ambiente e na qualidade de vida das comunidades (GOMES et al., 2021).

Em muitos países, a legislação relacionada a resíduos sólidos e construção civil abrange uma variedade de aspectos, desde a coleta e transporte de resíduos até sua disposição final. Uma das principais leis nesse sentido é a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), implementada no Brasil em 2010. Essa política estabelece diretrizes para a gestão integrada de resíduos sólidos em todo o país, incluindo resíduos gerados pela construção civil.

No âmbito da PNRS, a gestão de resíduos da construção civil é regulamentada pela Resolução CONAMA 307/2002, que estabelece diretrizes e critérios para o licenciamento ambiental de atividades relacionadas à gestão de resíduos da construção civil. Essa resolução define, por exemplo, os procedimentos para o licenciamento de áreas de transbordo e triagem de resíduos da construção civil e para a instalação de usinas de reciclagem desses materiais (BRASIL, 2002).

Em muitos países, existem leis específicas que estabelecem metas e diretrizes para a reciclagem e reutilização de resíduos da construção civil. Por exemplo, a Diretiva de Resíduos da União Europeia estabelece metas ambiciosas para a reciclagem de resíduos da construção civil e promove a adoção de práticas sustentáveis por parte dos países membros (NISTARDA; MARQUES; HASSUI, 2023).

Outra questão regulamentada pela legislação é a destinação final dos resíduos da construção civil. Muitos países têm leis que proíbem ou restringem o descarte de resíduos da construção civil em aterros sanitários, incentivando a reciclagem, reutilização e tratamento desses materiais. No Brasil, por exemplo, a Lei nº 12.305/2010 estabelece a política nacional de resíduos sólidos e proíbe o descarte de resíduos da construção civil em aterros sanitários (BRASIL, 2010).

Além das leis nacionais, também existem iniciativas regionais e locais que regulamentam a gestão de resíduos da construção civil. Muitas cidades e estados implementam leis e programas específicos para incentivar a reciclagem e reutilização de resíduos da construção civil e para promover práticas sustentáveis no setor.

Segundo Freire et al. (2023) apesar dos avanços na regulamentação da gestão de resíduos da construção civil, ainda existem desafios a serem superados. Um dos principais desafios é garantir a fiscalização e o cumprimento das leis existentes. Muitas vezes, as empresas do setor enfrentam dificuldades para cumprir as regulamentações ambientais devido à falta de fiscalização e à complexidade das leis.

Outro desafio é promover a conscientização e educação sobre a importância da gestão sustentável de resíduos da construção civil. É fundamental envolver empresas, profissionais da construção e comunidades locais na promoção de práticas sustentáveis e responsáveis no setor.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O quadro abaixo resume autores e títulos de artigos e anos de publicação. Destacam-se vários estudos. Dentro deste contexto, Para fins de inclusão e exclusão dos artigos os mesmos compreendem o período de publicação do ano de 2020 a 2024.

Quadro 1: Resultado da pesquisa

NomeTítuloAno
Antunes, Lucas Niehuns; Ghisi, EnedirAnálise do ciclo de vida energético de edificações: atualização do estado da arte2021
Bandeira, Beatriz Machado dos SantosSimulação de sistema de coleta seletiva automatizada para descarte de materiais de metal e plástico2022
Barboza, Denise dos Santos Marães; Souza, Gabriel da Silva MachadoReutilização e gestão de resíduos sólidos da construção civil Reuse and management of solid waste from civil construction2022
Canuto, Gabriel LimaAvaliação do potencial de uso de agregados reciclados na fabricação de paver por empresas de pré-moldado na cidade de Fortaleza, Ceará2022
Carvalho, Johnata Matheus Alves deA reciclagem de resíduos da construção civil e a geração de créditos de carbono: revisão teórica, atualidades e perspectivas2023
Fonseca, Maria Júlia Martiniano et alPanorama da gestão e gerenciamento dos resíduos da construção civil no município de são carlos-sp no contexto legislativo2021
Freire, Kledenilson Vicente Pessoa et alCartilha: gerenciamento de resíduos sólidos na construção civil2023
Gallo, Franklin Cláudio; Gaspar, Geisla Aparecida Maia GomesUTILIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL: ensaios comparativos de resistência entre agregados minerais e produtos reciclados2020
Gomes, Carla Pinheiro et alImpacto Ambiental e Gerenciamento de Resíduos Sólidos Advindos da Construção Civil no Brasil: Uma Revisão de Literatura/Environmental Impact and Solid Waste Management Arising from Civil Construction in Brazil: A Literature Review2021
Jesus, Fabiana Santos de; Santos, Kailane Santiago dosGestão de resíduos da construção civil: panorama da produção científica no Brasil sob a ótica da economia circular2023
Lima, Felipe Reis Duarte de; Oliveira, Tamires Cristina Fondelo deProcessos de reciclagem de resíduos da construção civil classe A na Grande São Paulo2023
Lima, T. C. S; Mioto, R. C. T.Procedimentos metodológicos na construção do conhecimento científico: a pesquisa bibliográfica2007
Lira, Julia; Assis, AndréInventário de ciclo de vida do cimento brasileiro: meta-análise de dados nacionais2020
Maia, Ornella Veronica TonelliCircularidade no Processamento de Resíduos de Construção e Demolição: um Estudo de Caso2023
Marques, Henrique Fernandes et alReaproveitamento de resíduos da construção civil: a prática de uma usina de reciclagem no estado do Paraná2020
Mattos, Edgard SouzaPanorama estadual das políticas públicas e indicadores dos serviços de manejo e gestão dos resíduos de construção civil2021
Nistarda, Claudemilson; Marques, Juliana Renata; Hassui, Karina MiyukiReaproveitando os resíduos sólidos gerados pela construção civil: piso drenante e concreto ciclópico2023
Nogueira, Luiz Henrique Gomes; Fregnani, Luigi Palmigiano; Martins, Gabriel GalatiSistema de inspeção automatizada utilizando inteligência artificial aplicada na reciclagem de garrafas de vidro2023
Pinto, Carolina da Conceição FerreiraAvaliação do ciclo de vida de uma malha com base em algodão convencional versus algodão reciclado e comparação das suas caraterísticas de qualidade2022
Ponciano, Katia Regina et alProcesso de separação de materiais recicláveis: ampliando a visão para os colaboradores de materiais recicláveis2022
Ribeiro, Inês Soraia BritesAvaliação do Ciclo de Vida de elemento de proteção rodoviária produzido com reutilização de borracha de pneu2020
Rodrigues, Juliana Martins VidinhaAnálise comparativa da emissão de CO2 decorrentes dos sistemas construtivos: alvenaria de blocos cerâmicos e Insulated Concrete Forms (ICF)2021
Rodrigues, Thais Cristina dos ReisGerenciamento de resíduos em uma obra habitacional de médio porte na cidade de Uberlândia-MG: análise e proposição de melhorias2022
Sampaio, Carlos Hoffmann et alUtilização de jigues a ar na concentração de resíduos de construção e demolição2022
Santos Junqueira, Tiago Guilherme; Vecchi, Daniel; Júnior, Romildo MorelatoMétodos de deposição final e reciclagem de resíduos de construção e demolição (RCD)2022
Santos, Kauê LopesResíduos de equipamentos eletroeletrônicos na Macrometrópole Paulista: Normas e técnicas à serviço da logística reversa2020
Santos, Viviane Lopes Gschwenter dosBeneficiamento em jigue hidráulico para melhoria da qualidade dos agregados graúdos de resíduos de construção e demolição (RCD) utilizados em concretos2020
Silva, José Douglas dos Santos Siqueira et alAnálise de práticas eficazes no gerenciamento de resíduos da construção civil em canteiro de obras: proposta de um manual2021
Silva, Maria Flávia Borges da et alEstudo de técnicas de reciclagem do poliestireno expandido: uma revisão sistemática e uma proposta de reaproveitamento2021
Teixeira, Amanda; Carrilho, Débora Cristina De DeusGerenciamento de resíduos sólidos na construção civil: estudo de caso de edificações residenciais unifamiliares2020
Vendramim, Julia Maria CarmonaProposta de gestão remota de resíduos da construção civil em edificações2023
Vieira, Gledsa AlvesDesenvolvimento e análise do comportamento de solo tratado com polímero orgânico: propriedades mecânicas, microestruturais e análise de ciclo de vida2023
Vieira, Lucas TitoPlanos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos: análise dos processos de gerenciamento de resíduos da construção civil2022

Fonte: Própria autora (2024).

A pesquisa sobre a gestão de resíduos sólidos na construção civil é um campo vasto e diversificado, abordando uma série de questões relacionadas à sustentabilidade ambiental, economia circular e legislação pertinente. Autores como Barboza e Souza (2022) destacam a importância da reutilização e gestão adequada dos resíduos sólidos gerados pela construção civil, enfatizando a necessidade de políticas e práticas eficazes nesse sentido. Da mesma forma, autores como Freire et al. (2023) discutem a importância do gerenciamento adequado dos resíduos sólidos na construção civil, fornecendo orientações práticas por meio de uma cartilha voltada para esse fim.

Além disso, autores como Lima e Oliveira (2023) analisam os processos de reciclagem de resíduos da construção civil na região da Grande São Paulo, destacando os desafios e oportunidades associados a essa prática. Outros autores, como Maia (2023), exploram estudos de caso específicos, como o da circularidade no processamento de resíduos de construção e demolição, fornecendo insights importantes sobre estratégias e técnicas eficazes nesse contexto.

No que diz respeito à legislação, autores como Mattos (2021) oferecem uma análise detalhada das políticas públicas relacionadas ao manejo e gestão de resíduos da construção civil em nível estadual, destacando a importância da regulamentação adequada para promover práticas sustentáveis no setor. Autores como Santos et al. (2020) abordam a questão da logística reversa de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos na Macrometrópole Paulista, destacando a importância das normas e técnicas para promover o retorno desses materiais ao ciclo produtivo.

Outros autores, como Jesus e Santos (2023), investigam o panorama da produção científica sobre gestão de resíduos da construção civil no Brasil, sob a ótica da economia circular, fornecendo uma visão abrangente das tendências e desafios nesse campo. Já autores como Teixeira e Carrilho (2020) realizam estudos de caso específicos, analisando o gerenciamento de resíduos sólidos em edificações residenciais unifamiliares e fornecendo insights valiosos sobre as práticas adotadas nesse contexto.

Além disso, Bandeira (2022) exploram simulações de sistemas de coleta seletiva automatizada para o descarte de materiais de metal e plástico, destacando a importância da inovação tecnológica no manejo de resíduos. Essas abordagens tecnológicas têm o potencial de otimizar processos e aumentar a eficiência na separação e reciclagem de materiais, contribuindo para uma gestão mais eficaz dos resíduos sólidos na construção civil.

Gallo e Gaspar (2020) conduzem ensaios comparativos de resistência entre agregados minerais e produtos reciclados, demonstrando a viabilidade técnica e as vantagens da utilização de resíduos sólidos da construção civil em aplicações construtivas. Essas pesquisas contribuem para a validação e adoção de novas práticas sustentáveis no setor.

Ademais, Santos Junqueira, Vecchi, e Júnior (2022) discutem métodos de deposição final e reciclagem de resíduos de construção e demolição, apresentando alternativas para a destinação responsável desses materiais. A análise desses métodos é essencial para garantir a eficiência e a sustentabilidade das práticas de gerenciamento de resíduos na construção civil.

É importante destacar a relevância dos estudos de avaliação do ciclo de vida, como os conduzidos por Antunes e Ghisi (2021) e Pinto (2022), que analisam o impacto ambiental de diferentes materiais e processos construtivos. Essas análises permitem uma compreensão abrangente dos aspectos ambientais associados à construção civil e ajudam a identificar oportunidades para reduzir o consumo de recursos naturais e minimizar os impactos ambientais.

Marques et al. (2020) e Vieira (2022) exploram o reaproveitamento de resíduos da construção civil, destacando a importância da implementação de usinas de reciclagem e ações para incentivar a reciclagem e reutilização desses materiais. Essas iniciativas são essenciais para reduzir a quantidade de resíduos enviados para aterros sanitários e promover uma economia circular no setor.

Gomes et al. (2021) e Rodrigues (2021) abordam o impacto ambiental e o gerenciamento de resíduos sólidos na construção civil, oferecendo uma revisão da literatura e insights sobre as práticas eficazes de gestão de resíduos. Esses estudos fornecem uma base sólida para o desenvolvimento de políticas e estratégias de gestão de resíduos mais eficientes e sustentáveis.

Sampaio et al. (2022) destacam a utilização de jigues a ar na concentração de resíduos de construção e demolição como uma estratégia eficaz para o gerenciamento desses materiais. Por sua vez, Santos Junqueira, Vecchi e Júnior (2022) discutem métodos de deposição final e reciclagem de resíduos de construção e demolição (RCD), evidenciando a importância de abordagens sustentáveis nesse contexto.

Já Santos (2020) analisa os resíduos de equipamentos eletroeletrônicos na Macrometrópole Paulista, ressaltando a relevância das normas e técnicas para a logística reversa desses materiais. Enquanto isso, Santos et al. (2020) abordam o beneficiamento em jigues hidráulicos para a melhoria da qualidade dos agregados graúdos de RCD utilizados em concretos, apresentando uma alternativa para a gestão desses resíduos.

Silva et al. (2021) realizam uma análise de práticas eficazes no gerenciamento de resíduos da construção civil em canteiros de obras, propondo um manual que pode contribuir para uma abordagem mais eficiente e sustentável nesse contexto. Em um estudo semelhante, Silva et al. (2021) exploram técnicas de reciclagem do poliestireno expandido, oferecendo uma revisão sistemática e uma proposta de reaproveitamento desse material.

Teixeira e Carrilho (2020) investigam o gerenciamento de resíduos sólidos na construção civil por meio de um estudo de caso de edificações residenciais  unifamiliares,  fornecendo  insights importantes para a prática. Por outro lado, Vendramim (2023) propõe uma gestão remota de resíduos da construção civil em edificações, apresentando uma alternativa inovadora para o manejo desses materiais.

Por fim, Vieira (2023) analisa o comportamento de solo tratado com polímero orgânico, destacando aspectos mecânicos, microestruturais e de ciclo de vida desse material. Enquanto isso, Vieira (2022) examina os planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos, com foco na análise dos processos de gerenciamento de resíduos da construção civil. Esses estudos fornecem contribuições importantes para a compreensão e melhoria da gestão de resíduos sólidos na construção civil.

CONCLUSÃO

A pesquisa revelou a complexidade e a importância desse tema para a sustentabilidade ambiental e econômica. Ao analisar diversas abordagens, tecnologias e práticas relacionadas à gestão desses resíduos, foi possível compreender os desafios enfrentados nesse setor e identificar possíveis soluções para otimizar os processos de reciclagem.

Uma das principais conclusões é a necessidade de integração de tecnologias avançadas de triagem e processamento de resíduos, juntamente com políticas públicas e incentivos governamentais, para promover uma gestão mais eficiente e sustentável. Além disso, fica evidente a importância do engajamento de todos os atores envolvidos na cadeia produtiva da construção civil, desde os produtores até os consumidores finais. É fundamental que as empresas do setor adotem práticas sustentáveis em suas operações e que os governos implementem políticas que incentivem a redução, reutilização e reciclagem de resíduos, visando não apenas a preservação do meio ambiente, mas também o desenvolvimento econômico e social.

Portanto, a pesquisa destaca a relevância de investimentos em inovação tecnológica, capacitação profissional e conscientização ambiental para garantir um futuro mais sustentável para a indústria da construção civil. A pesquisa ressaltou a necessidade de uma abordagem integrada, considerando não apenas aspectos técnicos, mas também econômicos e sociais. A implementação de estratégias que valorizem a economia circular, promovendo a redução do desperdício e o aproveitamento máximo dos recursos disponíveis, emerge como uma alternativa promissora.

Outro ponto relevante é a importância da educação ambiental e da conscientização da sociedade sobre a importância da reciclagem de resíduos na construção civil. A mudança de mentalidade e hábitos de consumo é essencial para garantir a eficácia das políticas e práticas adotadas nesse sentido. Por fim, destaca-se a necessidade de monitoramento e avaliação constante dos resultados obtidos, a fim de identificar pontos de melhoria  e  ajustar  as  estratégias  conforme necessário. A construção de indicadores de desempenho e a realização de avaliações de impacto ambiental são ferramentas fundamentais nesse processo.

AGRADECIMENTOS

REFERÊNCIAS

ANTUNES, Lucas Niehuns; GHISI, Enedir. Análise do ciclo de vida energético de edificações:: atualização do estado da arte. encontro nacional de conforto no ambiente construído, v. 16, p. 1253-1262, 2021.

BANDEIRA, Beatriz Machado dos Santos. Simulação de sistema de coleta seletiva automatizada para descarte de materiais de metal e plástico. 2022.

BARBOZA, Denise dos Santos Marães; SOUZA, Gabriel da Silva Machado. Reutilização e gestão de resíduos sólidos da construção civil Reuse and management of solid waste from civil construction. Brazilian Journal of Development, v. 8, n. 5, p. 41404-41426, 2022.

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FREIRE, Kledenilson Vicente Pessoa et al. Cartilha: gerenciamento de resíduos sólidos na construção civil. Revista Mangaio Acadêmico, v. 8, n. 4, p. 4- 10, 2023.

GALLO, Franklin Cláudio; GASPAR, Geisla Aparecida Maia Gomes. UTILIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL: ensaios comparativos de resistência entre agregados minerais e produtos reciclados. 2020.

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TEIXEIRA, Amanda; CARRILHO, Débora Cristina De Deus. Gerenciamento de resíduos sólidos na construção civil: estudo de caso de edificações residenciais unifamiliares. 2020.

VENDRAMIM, Julia Maria Carmona. Proposta de gestão remota de resíduos da construção civil em edificações. 2023.

VIEIRA, Gledsa Alves. Desenvolvimento e análise do comportamento de solo tratado com polímero orgânico: propriedades mecânicas, microestruturais e análise de ciclo de vida. 2023.

VIEIRA, Lucas Tito. Planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos: análise dos processos de gerenciamento de resíduos da construção civil. 2022.


1 Primeira Titulação:
Bacharel em Ciências Contábeis Afiliação Institucional: Universidade Norte do Paraná
Segunda Titulação: Graduando em Engenharia Civil
Afiliação Institucional:FIMCA – UNICENTRO

2 Titulação: Graduando em Engenharia Civil
Afiliação Institucional: FIMCA –
UNICENTRO

3 Titulação: Graduação em Engenharia de Petróleo
Afiliação Institucional: Universidade Estácio de Sá, UNESA, Rio De Janeiro.