RELAÇÃO ENTRE A NUTRIÇÃO E A SAÚDE MENTAL

RELATIONSHIP BETWEEN NUTRITION AND MENTAL HEALTH

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102410312137


Nadine da Silva e Silva1
Jackson da Silva Ferreira1
Francisca Marta Nascimento de Oliveira Freitas2
Rosimar Honorato Lobo3


RESUMO

O presente estudo teve como objetivo geral examinar a relação entre a dieta e a saúde mental, incluindo o papel dos nutrientes na prevenção e no tratamento de transtornos como ansiedade, depressão e distúrbios alimentares. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura que compila artigos publicados no período de cinco anos, de 2019 a 2024, e que tratem especificamente do tópico em questão, cujo descritores foram depressão, ansiedade, distúrbios alimentares, nutrientes, dieta. Os resultados evidenciaram que há uma relação significativa entre a qualidade da dieta e o estado de saúde mental. Dietas ricas em alimentos processados e pobres em nutrientes estão associadas a um aumento na incidência de sintomas de ansiedade e depressão, enquanto dietas equilibradas, ricas em frutas, vegetais, peixes e grãos integrais, demonstraram reduzir esses sintomas. Além disso, nutrientes específicos como ômega-3, vitaminas do complexo B, vitamina D, magnésio e zinco têm mostrado efeitos benéficos na saúde mental. As intervenções nutricionais podem, portanto, desempenhar um papel complementar importante na prevenção e no tratamento de transtornos mentais, sugerindo que a nutrição deve ser considerada uma parte vital de abordagens terapêuticas integradas.

Palavras-chave: Ansiedade. Depressão. Distúrbios Alimentares. Nutrição. Saúde Mental. 

ABSTRACT

The present study had the general objective of examining the relationship between diet and mental health, including the role of nutrients in the prevention and treatment of disorders such as anxiety, depression and eating disorders. This is an integrative literature review that compiles articles published over a five-year period, from 2019 to 2024, and that specifically deal with the topic in question, whose descriptors were depression, anxiety, eating disorders, nutrients, diet. The results showed that there is a significant relationship between diet quality and mental health status. Diets high in processed foods and low in nutrients are associated with an increased incidence of symptoms of anxiety and depression, while balanced diets rich in fruits, vegetables, fish and whole grains have been shown to reduce these symptoms. Additionally, specific nutrients such as omega-3, B vitamins, vitamin D, magnesium and zinc have shown beneficial effects on mental health. Nutritional interventions can therefore play an important complementary role in the prevention and treatment of mental disorders, suggesting that nutrition should be considered a vital part of integrated therapeutic approaches.

Keywords: Anxiety. Depression. Eating Disorders. Nutrition. Mental health.

1         INTRODUÇÃO

A saúde mental é um aspecto fundamental para a disposição do bem-estar geral da sociedade e dos indivíduos, englobando a capacidade emocional, psicológica e social de lidar com as demandas do dia a dia. Uma vez que, ela influencia como pensamos, sentimos e nos comportamos, além de ajudar na tomada de decisões e na forma como lidamos com o estresse (Esperidião; Saidel; Rodrigues, 2020). 

Desta forma, uma boa saúde mental permite às pessoas realizar seu potencial, lidar com as adversidades normais da vida, trabalhar de forma produtiva e contribuir para suas comunidades. No entanto, fatores como genética, experiências de vida, traumas e até mesmo desequilíbrios químicos podem afetar a saúde mental de uma pessoa. Em um mundo onde as pressões sociais e profissionais são constantes, manter a saúde mental tornou-se um desafio global, exigindo uma abordagem integrativa que inclua prevenção, tratamento adequado e apoio social (Zanello, 2020).

Conforme o Instituto de Psiquiatria (IPq), antes mesmo da pandemia, o Brasil já se destacava como o país com a maior taxa de prevalência de ansiedade, em que, em 2017 cerca de 18 milhões de brasileiros enfrentavam algum tipo de transtorno ligado à ansiedade, representava 9,3% da população. Além disso, a depressão atingia 12 milhões de pessoas no país, tornando-se a maior incidência na América Latina (IPq, 2024).

Dentre os principais problemas mentais estão a depressão, ansiedade e distúrbios alimentares. No contexto brasileiro, a OMS (2017) identifica o país como o terceiro com a maior taxa de prevalência da depressão a nível global, em que afeta 322 milhões de pessoas em todo o mundo e é o principal motivo por trás dos 888 mil suicídios que ocorrem anualmente. Sendo a depressão caracterizada como um distúrbio psiquiátrico, sendo o mais frequentemente encontrado entre os distúrbios do humor, que englobam problemas relativos ao estado emocional em vez de distúrbios cognitivos ou do pensamento (Vicelli, 2018).

Já a ansiedade trata-se de um estado emocional caracterizado por sentimentos de tensão, preocupação e medo, geralmente associados a situações percebidas como ameaçadoras ou desafiadoras, manifestando-se de diferentes formas, desde sintomas leves, como inquietação e dificuldade de concentração, até sintomas mais intensos, como ataques de pânico e fobias (Lopes et al., 2021). E os distúrbios alimentares, como a anorexia nervosa, bulimia e transtorno de compulsão alimentar, frequentemente estão relacionados com a ansiedade, são marcados por comportamentos alimentares prejudiciais, que podem incluir restrição alimentar extrema, episódios de compulsão e purgação, entre outros, que desencadeiam preocupações com a imagem corporal, estresse e experiências traumáticas (Santos Júnior et al., 2023). 

Nesse viés, considerando a busca por melhorias na saúde mental, a nutrição surge como uma alternativa promissora no fortalecimento psicológico e emocional da população. Através de uma dieta equilibrada e rica em nutrientes essenciais, é possível impactar positivamente o bem-estar mental, atenuando sintomas de ansiedade, depressão e outros transtornos (Torturella et al., 2023). Conforme Barbosa (2020), nutrientes como ácidos graxos ômega-3, vitaminas do complexo B, magnésio e antioxidantes demonstraram efeitos benéficos nas funções cerebrais, sugerindo uma forte correlação entre a qualidade da alimentação e a resiliência mental.

Deste modo, o estudo justifica-se pela sua importância no contexto social, dada a crescente prevalência de transtornos mentais globalmente. A ansiedade e a depressão, por exemplo, estão entre as principais causas de incapacidade, afetando a qualidade de vida, a produtividade e as relações interpessoais (Lamarca, 2023). Distúrbios alimentares, igualmente, têm taxas alarmantes e estão frequentemente associados a desfechos graves, incluindo riscos elevados de morbidade e mortalidade (Anjos et al., 2020). Portanto, a incorporação de estratégias nutricionais pode representar um componente vital em programas de saúde pública destinados a combater a crescente crise de saúde mental, especialmente em contextos póspandêmicos onde as necessidades de recuperação emocional são ainda mais evidentes.

O presente estudo tem como objetivo geral examinar a relação entre a dieta e a saúde mental, incluindo o papel dos nutrientes na prevenção e no tratamento de transtornos como ansiedade, depressão e distúrbios alimentares. E são objetivos específicos: descrever as patologias da depressão, ansiedade e distúrbios alimentares, seus principais sintomas e tratamentos; identificar a relação entre padrões alimentares e a incidência de sintomas depressivos e de ansiedade; e discutir como as intervenções nutricionais (dietas) podem influenciar na melhoria da saúde mental e as patologias mais recorrentes.

2         METODOLOGIA
2.1        Tipo de estudo

Trata-se de uma revisão integrativa com abordagem de revisão de literatura, de acordo com Sousa et al. (2017) é uma metodologia de pesquisa que permite a síntese de estudos científicos, compreendendo a identificação, análise e combinação de resultados de trabalhos previamente publicados com o objetivo de chegar a conclusões sobre o estado atual do conhecimento na área, identificar lacunas na pesquisa existente e fornece uma base sólida para a prática baseada em evidências.

2.2        Coleta de dados

Para este estudo, as fontes de pesquisa escolhidas englobaram as plataformas da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), que incluem MEDLINE (disponível através do PubMed), SCIELO (Scientific Electronic Library Online), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e periódicos da CAPES. Cujo os descritores foram: depressão, ansiedade, distúrbios alimentares, nutrientes, dieta.

Na seleção dos estudos para esta pesquisa, aplicou-se os seguintes critérios de elegibilidade: artigos escritos em português, inglês ou espanhol, publicados no período de cinco anos, de 2019 a 2024, e que tratem especificamente do tópico em questão. Por outro lado, excluiu-se a análise qualquer trabalho que, apesar de estarem dentro do intervalo de tempo estabelecido, não se relacionam diretamente com a temática, além de trabalhos que apresentem conteúdo duplicado em diferentes fontes.

2.3        Análise de dados

Após a execução das buscas e a seleção dos artigos pertinentes nas bases de dados eletrônicas PubMed, Scielo, LILACS e CAPES, realizou-se a catalogação dos estudos em uma tabela estruturada. Esta tabela incluirá informações como autor(es), ano de publicação, base de dados de origem, objetivos do estudo e principais resultados, fornecendo uma visão da literatura disponível sobre a relação entre a dieta e a saúde mental, incluindo o papel dos nutrientes na prevenção e no tratamento de transtornos como ansiedade, depressão e distúrbios alimentares.

O processo de análise de dados da pesquisa iniciou-se com a identificação de 396 estudos nas bases de dados PubMed, Scielo, LILACS e CAPES. Após a exclusão de artigos anteriores a 2019, restaram 243 estudos para triagem. Destes, 243 foram selecionados, enquanto 168 foram excluídos. Na etapa de elegibilidade, 75 estudos completos foram avaliados, dos quais 45 foram excluídos por não atenderem aos critérios. Finalmente, 30 estudos foram incluídos na análise final, garantindo uma seleção para assegurar a qualidade das conclusões da pesquisa.

Figura 1 – Processo de análise de dados

Fonte: Elaboração Própria (2024).

3         RESULTADOS E DISCUSSÃO

A depressão, a ansiedade e os distúrbios alimentares estão frequentemente interligados, formando um ciclo que pode impactar profundamente a saúde mental. Nesse aspecto, a nutrição adequada surge como uma potencial solução para mitigar esses problemas, uma vez que certos nutrientes são essenciais para a produção de neurotransmissores que regulam o humor, como a serotonina e a dopamina. Além disso, uma alimentação balanceada pode contribuir para a melhoria dos distúrbios alimentares, ao restaurar o equilíbrio nutricional e ajudar na recuperação mental, assim, dietas ricas em ácidos graxos ômega-3, vitaminas do complexo B, magnésio e antioxidantes podem ajudar a reduzir os sintomas de depressão e ansiedade, promovendo um melhor equilíbrio emocional.

3.1        Depressão e Ansiedade

A depressão representa um desafio significativo para a saúde pública global, impactando cerca de 154 milhões de indivíduos mundialmente. Esta doença não apenas compromete o bemestar individual, mas também é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma das principais causas de incapacidade social. As projeções da OMS sugerem um aumento na sua prevalência, indicando que a depressão pode ascender à condição de segunda maior causa de incapacidade em nações em desenvolvimento e a principal em países desenvolvidos na próxima década (Faveri et al., 2021; Silva et al., 2024). 

A gravidade da depressão pode variar consideravelmente, estendendo-se desde condições leves, quase indistintas da normalidade, até quadros severos de depressão. Além do risco elevado de suicídio, pessoas com depressão estão mais suscetíveis a falecer devido a outras condições médicas como doenças cardíacas ou câncer. O Transtorno Depressivo Maior ou depressão, de acordo com o DSM-5, é identificado principalmente por um estado de humor deprimido, sentimentos persistentes de vazio ou uma irritabilidade notável. Estes sintomas emocionais são acompanhados por mudanças somáticas e cognitivas que comprometem substancialmente a funcionalidade do indivíduo em suas atividades cotidianas (American Psychiatric Association, 2013). 

Contudo, é preciso discernir entre períodos normais de tristeza e um transtorno depressivo clínico. Considerando que, a depressão é considerada uma condição médica resultante de uma complexa interação de fatores psicopatológicos e se manifesta de maneiras distintas quanto aos sintomas, intensidade e desfecho esperado. Essa doença é marcada por um humor persistentemente abatido e/ou irritabilidade, associada à anedonia, que é a incapacidade de sentir prazer ou contentamento. Frequentemente, o indivíduo com depressão também relata uma sensação subjetiva de fadiga intensa e falta de energia, podendo apresentar distúrbios de sono e apetite, uma visão pessimista da vida, movimentos lentificados e pensamentos recorrentes de inutilidade ou fracasso (Santos et al., 2021).

Conforme Maia e Dias (2020), a depressão pode afetar o indivíduo em qualquer fase da vida e, embora a incidência seja maior na meia-idade, também aumenta na adolescência e no início da idade adulta. Esses distúrbios variam em gravidade, de leve a muito grave, e geralmente ocorrem ocasionalmente, mas podem ser recorrentes ou crônicos, e as mulheres correm maior risco de depressão, principalmente durante os anos reprodutivos, devido às oscilações hormonais a que estão expostas. Considerando o cenário pós pandemia mundial do Covid-19, a depressão foi uma das doenças mais recorrentes em um cenário de caos, doenças, mortes, solitarismo e afins.

Conforme Giulland et al. (2022), os sintomas que caracterizam a depressão incluem:

sensação contínua de inquietação ou uma lentidão notável no comportamento psicomotor; estado de humor deprimido que predomina durante a maior parte do dia, quase todos os dias; variações significativas no apetite, que podem levar ao aumento ou à diminuição da ingestão alimentar; alterações significativas no peso corporal que não estão associadas a dietas, podendo ser um ganho ou uma perda de peso notável; sentimento persistente de cansaço ou uma falta de energia quase diária; perturbações no padrão normal de sono, seja insônia ou hipersonia; capacidade reduzida de pensar ou concentrar-se, ou indecisão, que é constante e afeta as atividades diárias; perda de interesse ou prazer significativo em quase todas ou todas as atividades que antes eram agradáveis; sentimentos persistentes de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada; dificuldade para pensar com clareza, confusão mental, ou uma incapacidade de permanecer focado; pensamentos frequentes sobre a morte, não apenas medo de morrer, mas ideias persistentes de suicídio sem um plano específico, ou uma tentativa de suicídio ou formulação de um plano específico para cometer suicídio.

Embora a depressão seja descrita como um transtorno de humor, existem quatro grupos comuns de sintomas: emocionais (como tristeza e anedonia), cognitivos (incluindo negatividade na autopercepção, sensação de desesperança e problemas com concentração e memória), motivacionais (caracterizados pela diminuição da vontade de agir ou persistir) e físicos (envolvendo mudanças no apetite e padrões de sono, fadiga e um aumento na percepção de dor e desconforto). Não é necessário que todos os sintomas estejam presentes para o diagnóstico de depressão, mas a presença de múltiplos sintomas, especialmente se forem intensos, reforça a possibilidade da condição (Barbosa et al., 2021).

Os fatores genéticos e hereditários também desempenham um papel na depressão, que pode ser precipitada por um desequilíbrio bioquímico no cérebro. O tratamento usualmente envolve medicamentos, e pode ser complementado com psicoterapia em alguns casos (Rufino et al., 2018). 

O tratamento efetivo de um episódio depressivo começa com um diagnóstico preciso e a identificação de quaisquer outras condições médicas ou psiquiátricas que possam estar presentes (Vicelli, 2018). Ademais, Rufino et al. (2018), enfatizaram que o objetivo do tratamento da depressão é melhorar a qualidade de vida do paciente, diminuir as hospitalizações, prevenir o suicídio, reduzir a recorrência de episódios depressivos e garantir a adesão ao tratamento com o mínimo de efeitos colaterais. Portanto, a estratégia de tratamento deve ir além da prescrição de antidepressivos. 

De acordo com Vicelli (2018), a abordagem farmacológica deve ser apoiada por uma forte aliança terapêutica, envolvimento da família e suporte social, considerando a tolerância do paciente aos efeitos colaterais, o custo dos medicamentos e as preferências do paciente. Com o suporte de uma equipe multiprofissional, outras opções de tratamento, como psicoterapia e acompanhamento, devem ser avaliadas para um plano de cuidado holístico e personalizado.

Já a ansiedade transcende a experiência comum de nervosismo ou preocupação que indivíduos podem sentir ocasionalmente. Nos transtornos de ansiedade, esses sentimentos são intensificados e persistentes, muitas vezes surgindo sem um gatilho identificável. Eles são caracterizados por uma preocupação excessiva e expectativa apreensiva que são desproporcionais em relação à situação real e dificultam o funcionamento diário (Lopes et al., 2021). 

Conforme Silva, Sousa e Neto (2023), essa condição patológica pode manifestar-se sob várias formas, incluindo o Transtorno de Ansiedade Generalizada, Transtorno de Pânico, Transtorno de Ansiedade Social, entre outros, cada um com seus próprios critérios diagnósticos específicos e perfis de sintomas.

Os sintomas físicos dos transtornos de ansiedade frequentemente envolvem o sistema nervoso autônomo, responsável pelas respostas involuntárias do corpo. Isso pode incluir palpitações cardíacas, sudorese, tremores, tontura e desconforto gastrointestinal. Essas sensações físicas são muitas vezes acompanhadas por dificuldades respiratórias, como sensações de falta de ar ou sufocamento, que podem elevar ainda mais o nível de ansiedade do indivíduo, criando um ciclo vicioso de desconforto e medo (Silva; Sousa; Neto, 2023).

Ademais, Pinheiro (2022) discorre que, cognitivamente, a ansiedade distorce a percepção da realidade e pode levar à ruminação, ou seja, a reflexão excessiva sobre as preocupações. Os indivíduos afetados podem ter dificuldade em concentrar-se e tomar decisões, e frequentemente antecipam o pior cenário possível, conhecido como catastrofização. Essas preocupações não são facilmente controláveis e podem tornar-se obsessivas, consumindo grande parte do pensamento e energia do indivíduo, o que afeta negativamente a capacidade de lidar com as tarefas diárias.

Emocionalmente, Silva, Silva e Barros (2021) enfatizam que, a ansiedade é acompanhada por um sentimento contínuo de inquietação e tensão. Os afetados podem se sentir constantemente “no limite’, com uma sensação de que algo ruim está prestes a acontecer. Esse estado de hipervigilância pode resultar em uma rápida exaustão emocional, pois o indivíduo permanece em um estado elevado de alerta, mesmo na ausência de perigo iminente. Além disso, a ansiedade pode coexistir com outros transtornos de humor, como a depressão, complicando ainda mais o quadro clínico.

A abordagem terapêutica para a ansiedade envolve tanto intervenções psicoterapêuticas quanto farmacológicas. Técnicas de terapia cognitivo-comportamental são comumente empregadas para ajudar os pacientes a reconhecer e modificar padrões de pensamento e comportamento disfuncionais. Além disso, medicamentos como ansiolíticos e antidepressivos podem ser prescritos para ajudar a regular a química cerebral e aliviar os sintomas, e ainda, a alimentação, consegue melhorar os eventos do indivíduo (Rocha; Myva; Almeida, 2020).

3.2        Distúrbios alimentares

Os distúrbios alimentares são condições complexas que se caracterizam por graves perturbações no comportamento alimentar e uma obsessão com o peso e a forma do corpo. Entre as condições mais conhecidas estão a anorexia nervosa, a bulimia nervosa e o transtorno de compulsão alimentar periódica. Estes são distúrbios mentais reconhecidos que podem ter consequências perigosas para a saúde física e mental, e requerem abordagens de tratamento especializadas (Santos Júnior et al., 2023).

Confome Santos, Almeida, Anjos (2023), a anorexia nervosa é marcada por uma restrição alimentar extrema que leva à perda de peso significativa e a um medo intenso de ganhar peso, muitas vezes acompanhado de uma distorção da imagem corporal. Pessoas com anorexia tendem a ter uma visão distorcida de seus corpos, vendo-se como sobrepesos mesmo quando estão perigosamente abaixo do peso. A condição pode levar à desnutrição crônica com riscos de danos a órgãos vitais e até mesmo a morte.

A bulimia nervosa envolve ciclos recorrentes de compulsão alimentar (comer grandes quantidades de comida em um curto período de tempo) seguidos de comportamentos compensatórios como vômitos autoinduzidos, uso excessivo de laxantes ou diuréticos, jejum ou exercício excessivo. Esses episódios de compulsão e purgação podem causar sérias complicações gastrointestinais, desequilíbrios eletrolíticos e problemas dentários devido à exposição frequente ao ácido estomacal (Sgarbi et al., 2023).

O transtorno de compulsão alimentar periódica é semelhante à bulimia em que envolve episódios recorrentes de compulsão alimentar, mas sem os comportamentos compensatórios regulares. Indivíduos com este transtorno frequentemente experimentam sentimentos de vergonha, culpa e angústia em relação aos seus hábitos alimentares, o que pode levar ao ganho de peso e está frequentemente associado à obesidade (Santos et al., 2023).

De acordo com Ghadie et al. (2020), os distúrbios alimentares envolvem uma interação entre fatores genéticos, psicológicos, socioculturais e ambientais. Pressões sociais para se encaixar em padrões de beleza idealizados podem exacerbar a preocupação com o peso e a forma do corpo, particularmente entre os jovens. Questões de autoestima, perfeccionismo e controle podem também desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento desses transtornos.

Silva e Gomes (2023) discorrem que, o tratamento dos distúrbios alimentares geralmente requer uma abordagem multidisciplinar, incluindo terapia psicológica, nutricional e, às vezes, medicação. Além disso, a restauração do peso e a normalização dos padrões alimentares são metas primárias do tratamento nutricional. Contudo, dada a complexidade dos distúrbios alimentares e o potencial de consequências graves, a detecção precoce e a intervenção são fundamentais.  

3.3        Intervenções Nutricionais

As intervenções nutricionais representam um conjunto de estratégias e ações planejadas com o objetivo de melhorar o estado nutricional de indivíduos ou populações, promovendo assim a saúde e prevenindo doenças. Tais intervenções são fundamentais em diversos contextos, desde o tratamento de condições clínicas específicas até a promoção de uma alimentação saudável em comunidades (Pires; Gomes; Araújo, 2024). 

Nesse contexto, Fauro et al. (2022) discorre que, a avaliação nutricional é o ponto de partida para qualquer intervenção nutricional, permitindo identificar indivíduos ou grupos que estão em risco de desnutrição ou que já apresentam algum grau de comprometimento nutricional. Para Alves e Donha (2023), essa avaliação envolve a coleta de dados antropométricos (como peso, altura e índice de massa corporal), bioquímicos (exames de sangue, por exemplo), clínicos (avaliação de sintomas físicos de deficiências nutricionais) e dietéticos (análise da ingestão alimentar). Com essas informações, é possível desenvolver um plano de intervenção personalizado, que atenda às necessidades específicas do indivíduo ou da população alvo.

A avaliação dietética é um dos pilares da avaliação nutricional. Utiliza métodos como o recordatório alimentar de 24 horas, que pede ao indivíduo para relatar tudo o que consumiu no último dia. Outras ferramentas incluem o Questionário de Frequência Alimentar (QFA), que analisa o consumo de alimentos em um período mais extenso, e o diário alimentar, que registra a ingestão alimentar por vários dias. Essas técnicas ajudam a entender os hábitos alimentares e a qualidade da dieta do indivíduo (Veiga et al., 2020).

A avaliação antropométrica segue como uma técnica fundamental, incluindo a medição de peso, altura, circunferência da cintura e quadril, além das dobras cutâneas. Essas medidas são utilizadas para calcular o Índice de Massa Corporal (IMC) e avaliar a distribuição de gordura corporal e a composição corporal geral, fornecendo uma visão clara do estado físico relacionado à saúde do indivíduo (Alves; Cavalcante, 2022).

Na avaliação bioquímica, são analisadas amostras biológicas como sangue e urina para verificar os níveis de nutrientes e outros indicadores bioquímicos. Este componente reflete diretamente o estado nutricional e pode detectar potenciais deficiências ou excessos de nutrientes que não são visíveis apenas com a avaliação dietética ou antropométrica (Araújo et al., 2024).

Conforme Araújo et al. (2024), a importância da avaliação nutricional estende-se além do diagnóstico. Ela é essencial para a detecção precoce de problemas nutricionais, permitindo intervenções eficazes e oportunas. Além disso, cada indivíduo possui necessidades nutricionais únicas, e a avaliação nutricional ajuda a personalizar as recomendações dietéticas. Através da avaliação contínua, é possível monitorar o progresso e fazer ajustes necessários, o que é crucial para a prevenção de doenças e para a promoção da saúde pública. 

Ademais, dentro do contexto das intervenções nutricionais têm-se a suplementação e fortificação de alimentos. De acordo com Barroso et al. (2022), em situações onde a deficiência de nutrientes é comum e não pode ser corrigida apenas com a alimentação regular, a suplementação e a fortificação de alimentos são intervenções essenciais. A suplementação envolve a oferta de nutrientes específicos, como vitaminas e minerais, em forma de cápsulas, comprimidos ou líquidos. Já a fortificação refere-se ao processo de adicionar nutrientes a alimentos comuns, como a adição de ferro ao arroz ou de iodo ao sal. Ambas as estratégias têm mostrado sucesso na redução de deficiências nutricionais em larga escala, particularmente em populações vulneráveis.

Os principais objetivos da suplementação são: prevenir e tratar deficiências nutricionais específicas: Por exemplo, a suplementação de ferro é crucial para prevenir e tratar a anemia ferropriva, especialmente em mulheres grávidas e crianças; apoiar grupos com necessidades nutricionais especiais, que inclui gestantes, idosos, pessoas com doenças crônicas, atletas, e aqueles em dietas restritivas que podem se beneficiar da suplementação para atender às suas necessidades nutricionais; e melhorar os resultados de saúde em longo prazo, como suplementos como o ácido fólico que servem durante a gravidez para prevenir defeitos no tubo neural em recém-nascidos (Ildefonso; Domingos, 2022).

Os principais objetivos da fortificação são: aumentar o consumo de nutrientes essenciais em larga escala, pois ao adicionar nutrientes a alimentos básicos, a fortificação pode melhorar o estado nutricional de uma grande parte da população de maneira eficaz e econômica; combater deficiências nutricionais públicas;  e ,elhorar a saúde pública sem alterar os hábitos alimentares existentes: A fortificação é uma maneira de melhorar a ingestão de nutrientes sem exigir que as pessoas mudem significativamente seus padrões dietéticos usuais (Cabral et al., 2024).

Deste modo, a educação nutricional é uma ferramenta utilizada para mudar comportamentos alimentares e promover a saúde. Essa intervenção envolve ensinar as pessoas sobre os princípios de uma alimentação saudável, a importância dos diversos nutrientes, como interpretar rótulos de alimentos, e como preparar refeições equilibradas e nutritivas. A educação nutricional pode ser realizada em diferentes ambientes, como escolas, locais de trabalho, hospitais e através de campanhas de saúde pública. O objetivo é capacitar as pessoas a fazerem escolhas alimentares informadas, que contribuam para a manutenção da saúde e prevenção de doenças (Sousa; Souza, 2022).

Conforme Seleri, Borga e Werner (2023), um dos principais objetivos da educação nutricional é aumentar o conhecimento sobre alimentos e nutrientes. Ao educar as pessoas sobre diferentes tipos de alimentos, seus nutrientes essenciais, e o papel que esses nutrientes desempenham no corpo, é possível criar uma base sólida para decisões alimentares informadas. Entender como diferentes nutrientes afetam a saúde física e mental é essencial para escolher alimentos que suportem o bem-estar geral.

Outro objetivo significativo da educação nutricional é promover habilidades para uma alimentação saudável. Isso inclui ensinar indivíduos a planejar refeições equilibradas, interpretar rótulos nutricionais e preparar alimentos de maneira saudável. Essas habilidades são cruciais para que as pessoas possam aplicar seus conhecimentos sobre nutrição na vida diária, facilitando a adesão a um estilo de vida saudável de forma prática e sustentável (Ferreira et al., 2020).

De acordo com Carvalho e Araújo (2022), a educação nutricional visa influenciar atitudes e crenças positivas em relação à alimentação. Muitas vezes, as escolhas alimentares são influenciadas por percepções culturais, familiares e sociais. Ao abordar essas crenças e atitudes, a educação nutricional pode ajudar as pessoas a desenvolver uma relação mais saudável com a comida, percebendo-a não apenas como fonte de prazer ou conforto, mas como um pilar fundamental para uma vida saudável.

Por fim, um objetivo crucial da educação nutricional é motivar mudanças comportamentais sustentáveis. A finalidade não é apenas informar, mas também inspirar as pessoas a modificar seus hábitos alimentares de maneira duradoura. Através de técnicas motivacionais e suporte contínuo, a educação nutricional encoraja indivíduos a adotar e manter hábitos que promovam saúde a longo prazo, contribuindo para a prevenção de doenças e a melhoria da qualidade de vida (Reis, 2023).

Em conclusão, as intervenções nutricionais devem ser adaptadas às necessidades e contextos específicos onde são aplicadas, sendo essenciais para promover a saúde, prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida das populações. A cooperação entre diferentes setores e disciplinas é fundamental para o sucesso dessas intervenções, garantindo um impacto positivo e sustentável na saúde pública (Tomazella; Hirakawa, 2023).

A relação entre nutrição e saúde mental é amplamente estudada e discutida por diversos autores, cada um trazendo perspectivas únicas sobre como a alimentação pode influenciar o bem-estar psicológico. Guerreiro e Charneca (2021) conduziram uma pesquisa bibliográfica que destaca a nutrição como uma possível estratégia de prevenção primária para distúrbios depressivos. Segundo eles, a dieta pode não apenas reduzir a incidência de depressão, mas também ajudar no controle de comorbidades associadas, como obesidade, diabetes mellitus e doenças cardiovasculares. Além disso, eles enfatizam a importância da modulação da microbiota intestinal, utilizando probióticos e prebióticos, como forma de melhorar a saúde mental.

Firth et al. (2019) realizaram uma meta-revisão de meta-análises de ensaios clínicos randomizados, investigando a eficácia e segurança dos suplementos nutricionais no tratamento de distúrbios mentais. Os resultados indicam que esses suplementos são eficazes e seguros, trazendo benefícios significativos para a saúde mental. Essa abordagem sugere que a suplementação nutricional pode ser uma ferramenta valiosa no tratamento de condições mentais, oferecendo uma alternativa ou complemento às intervenções farmacológicas tradicionais.

Torturella et al. (2023) exploraram a relação entre dietas ricas em polifenóis e vitaminas e seus efeitos no humor, estresse e neuroinflamação. Eles identificaram que tais dietas estão associadas a uma redução do risco de declínio cognitivo e que a adesão à dieta mediterrânea pode oferecer um efeito protetor contra transtornos mentais, incluindo a depressão. Além disso, o consumo regular de frutas e verduras foi associado à redução do risco de déficit cognitivo e demência, destacando a importância de uma alimentação rica em nutrientes para a manutenção da saúde mental.

Silva (2023) conduziu uma pesquisa de campo na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) em Campina Grande, onde avaliou o impacto de uma alimentação saudável na mitigação dos efeitos colaterais de medicamentos utilizados no tratamento de sofrimentos psíquicos. Sua pesquisa sugere que uma nutrição adequada pode melhorar a sintomatologia associada a esses sofrimentos e destaca a importância da nutrição sustentável como um fator crucial para a segurança alimentar e nutricional a longo prazo.

Malloy-Diniz et al. (2020) contribuíram para a discussão com um estudo de caso que examina o papel da restrição calórica e dos exercícios físicos na melhora da resposta imunológica e na redução das complicações associadas à COVID-19. Eles também discutem como essas práticas podem prevenir alterações no peso e contribuir para uma melhor saúde mental, especialmente em populações de baixa renda, que são mais suscetíveis aos riscos da má nutrição. Assim, enfatizam a necessidade de profissionais de saúde ajudarem na adaptação de rotinas alimentares e de exercícios para promover o bem-estar mental.

Em síntese, a literatura mostra que a nutrição desempenha um papel múltiplo na saúde mental, atuando tanto na prevenção quanto no tratamento de distúrbios mentais. Melo et al. (2023) discorrem que, a abordagem holística que integra dieta, suplementação e estilo de vida saudável emerge como uma estratégia eficaz para promover o bem-estar mental e físico. Esses estudos reforçam a necessidade de políticas de saúde pública que incentivem práticas alimentares saudáveis e sustentáveis, visando melhorar a qualidade de vida e a saúde mental das populações.

4         CONCLUSÃO

Com base na pesquisa realizada, podemos concluir que há uma relação significativa entre a dieta e a saúde mental, destacando-se o papel dos nutrientes na prevenção e tratamento de transtornos como ansiedade, depressão e distúrbios alimentares. Ao descrever as patologias envolvidas, constatou-se que a depressão, a ansiedade e os distúrbios alimentares possuem sintomas variados e complexos, incluindo tristeza persistente, preocupação excessiva e comportamentos alimentares disfuncionais, respectivamente, com tratamentos que vão desde intervenções psicoterapêuticas a farmacológicas.

Na análise da relação entre padrões alimentares e sintomas de depressão e ansiedade, observou-se que dietas ricas em alimentos processados e pobres em nutrientes essenciais estão associadas a um aumento na incidência desses sintomas. Por outro lado, padrões alimentares que incluem alta ingestão de frutas, vegetais, peixes e grãos inteiros estão ligados a uma redução nos sintomas depressivos e ansiosos. O que sugere que a qualidade da dieta pode influenciar diretamente o bem-estar mental.

Finalmente, ao discutir as intervenções nutricionais, a pesquisa indica que dietas equilibradas e ricas em nutrientes como ômega-3, vitaminas B e D, e minerais como magnésio e zinco, podem ter efeitos benéficos significativos na saúde mental. Essas intervenções nutricionais não apenas ajudam na melhoria dos sintomas, mas também podem atuar de maneira preventiva, reduzindo o risco de desenvolvimento de patologias mentais mais recorrentes. Assim, a integração de estratégias nutricionais deve ser considerada como parte de abordagens holísticas no tratamento e prevenção de transtornos mentais.

REFERÊNCIAS  

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1 Graduandos do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: nadinesilvasz@gmail.com; jackson.05112002@gmail.com 

2 Orientadora do TCC, Doutora em Biotecnologia pela Universidade Federal do Amazonas. Docente do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: francisca.freitas@fametro.edu.br 

3 Coorientadora do TCC, Mestrando em Educação pela Universidade Federal do Amazonas, Especialista em Psicopedagogia. Docente do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: rosimar.lobo@fametro.edu.br