REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202410312130
Araci Loorany Loiola do Nascimento1; Murilo Fernandes Ferreira Chagas2; Ana Paula Oliveira Cardoso3; Leonardo Santiago Fecchio4; Tiago Teixeira Melo5; Flávia Gabriela Rosa6; Orientador: João Bosco Formiga Relvas7
RESUMO
Os pacientes podem ser submetidos ao tratamento endodôntico por muitos motivos, entre eles a presença de cárie extensa que expõe tecido pulpar e fraturas dentárias. O tratamento por sua vez pode gerar em alguns casos, a presença de sintomatologia dolorosa, devido a inúmeros motivos como por exemplo a remoção incorreta da smear layer e injúrias químicas do material irrigador. Para diminuir o desconforto do paciente é possível realizar aplicações técnicas alternativas para o controle da dor pós- operatória como o uso da crioterapia e da laserterapia. O objetivo deste trabalho, em forma de relato de caso, foi mostrar a importância do controle da dor pós-operatória após tratamento endodôntico por meio das técnicas de laserterapia e crioterapia. Foram realizadas pesquisas nos bancos de dados eletrônicos: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientifc Eletronic Library Online (Scielo) e PubMed dos últimos 7 anos (2017 a 2024), além do atendimento da paciente onde foi feita a utilização da crioterapia utilizando soro fisiológico resfriado e foi realizado a laserterapia. Os resultados apresentados foram satisfatórios, pois após 4 sessões realizadas, foi feita a avaliação de dor através do contato por telefone com a paciente nos períodos de 24 horas, 72 horas e após 07 dias, onde foi verificada a resposta de ausência de dor da paciente e sem necessidade de uso de analgésico. O presente trabalho pode concluir que a realização da crioterapia concomitantemente ao uso da laserterapia apresenta uma redução significativa da resposta dolorosa no pós-operatório.
Palavras-chave: Endodontia. Terapia Fotodinâmica. Crioterapia. Laserterapia. Dor Pós-Operatória.
ABSTRACT
Patients may undergo endodontic treatment for many reasons, including the presence of extensive decay that exposes pulp tissue and tooth fractures. The treatment, in turn, can generate, in some cases, the presence of painful symptoms, due to numerous reasons, such as incorrect removal of the smear layer and chemical injuries from the irrigating material. To reduce patient discomfort, alternative technical applications can be used to control post-operative pain, such as cryotherapy and laser therapy. The objective of this work, in the form of a case report, was to show the importance of controlling postoperative pain after endodontic treatment using laser therapy and cryotherapy techniques. Searches were carried out in electronic databases: Virtual Health Library (VHL), Scientifc Electronic Library Online (Scielo) and PubMed for the last 7 years (2017 to 2024), in addition to patient care where cryotherapy was used using serum physiological cold and laser therapy was performed. The results presented were satisfactory, as after 4 sessions, pain was assessed through telephone contact with the patient over periods of 24h, 72h and 7 days, where the patient’s pain-free response was verified and without need of analgesic use. The present study can conclude that performing cryotherapy concomitantly with the use of laser therapy presents a significant reduction in the postoperative pain response.
Keywords: Endodontics. Photodynamic Therapy. Cryotherapy. Laser Therapy. Postoperative Pain.
INTRODUÇÃO
A dor pós-operatória é muito comum e em muitos dos casos inevitáveis os profissionais devem orientar os pacientes de possíveis desconfortos após o tratamento endodôntico. No entanto, os profissionais devem evitar lesões iatrogênicas respeitando o tempo de trabalho, limpeza e obturação, além de respeitar o comprimento de trabalho e a utilização das soluções irrigadoras (Di Spirito et al. 2022)
O elemento dentário em seu interior possui a polpa dentária, que é um tecido conjuntivo especializado, em situação saudável se encontra hermeticamente estéril, mas algumas alterações, cáries, traumas e restaurações profundas, podem causar irritação da polpa causando dores sendo necessário o tratamento endodôntico. Após o tratamento endodôntico a dor pós-operatória se apresenta de 3% a 58% dos pacientes sendo uma apresentação comum. A dor pós-operatória pode ser causada por alguns fatores como: injúria química e presença de smear layer contaminada (Moreira et al. 2017).
A terapia fotodinâmica moderna, mesmo sendo amplamente difundida nos dias de hoje, já é utilizada há mais de 40 anos, essa tecnologia possui alto perfil de segurança e não é necessário monitoramento laboratorial, além do mais, a terapia fotodinâmica faz uso da luz UV que neutraliza as alterações patológicas que causariam um processo inflamatório (Torres et al. 2021).
Coadjuvante ao tratamento endodôntico, a terapia fotodinâmica pode ser utilizada para o controle biológico, com auxílio do azul de metileno, na eliminação dos microrganismos persistentes, além de fácil uso clínico a utilização da terapia fotodinâmica não desenvolve a resistência biológica (Magri et al. 2023).
A crioterapia vem sendo amplamente empregada na medicina para o controle da dor, no organismo a baixa temperatura causa vasoconstrição, diminui o metabolismo celular, além de inibir os receptores neurais. Na odontologia, especificamente na endodontia, essa técnica é utilizada com uma solução salina resfriada, soro fisiológico 0.9%, como irrigante final gerando um efeito antiinflamatório e analgesia (Nandakumar e Nasim, 2020).
A crioterapia refere-se ao abaixamento da temperatura de um determinado tecido para fins terapêuticos, os egípcios foram os primeiros a utilizar para diminuir a dor e a inflamação. Na endodontia é usado em cirurgias perirradiculares e para minimizar a dor pós operatória. Esse método alternativo de tratamento vem se mostrando eficaz para o controle da dor, sendo possível adotar no cotidiano clínico além de ser uma alternativa barata (Fayyad et al. 2020).
O objetivo deste trabalho, em forma de relato de caso, foi mostrar a importância do controle da dor pós-operatória após tratamento endodôntico por meio das técnicas de laserterapia e crioterapia.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Dor pós-operatória após o tratamento endodôntico.
De acordo com um estudo realizado por Moreira et al. (2017), foi possível analisar que no interior do elemento dentário fica localizado um tecido conjuntivo especializado, a polpa. Por diversos fatores, mesmo protegido pelo esmalte e dentina esse tecido pode sofrer dano, alguns dos fatores danosos são: presença de cárie dentária, traumatismo dento-alveolar e restaurações profundas. Após a contaminação da polpa e periápice por microrganismos é realizado tratamento endodôntico, no entanto, de 3% a 58% dos pacientes podem apresentar dor pós-operatória decorrido do tratamento, a sintomatologia dolorosa pode ocorrer por alguns motivos como trauma devido a instrumentação, contaminação microbiana, injúria química e manutenção da smear layer contaminada. Ainda, durante o processo de obturação quando mal executado pode haver sintomatologia dolorosa devido a composição do material obturador e seu extravasamento.
Segundo Sousa et al. (2021), chegaram a conclusão que a dor pós-operatória é uma consequência possível de ocorrer durante o tratamento endodôntico, agressões químicas, mecânicas, microbiológicas, são fatores corroboradores da inflamação aos tecidos perirradiculares, consequentemente gerando dor. O número de sessões clínicas não indica influência sobre a sintomatologia dolorosa. No presente estudo foi avaliada a dor pós-operatório (DPO) o método utilizado para avaliação da sintomatologia foi a escala analógica visual, com escores de zero a dez, onde a média de respostas obtidas foi em torno de 1,2 e 0,8% de intensidade da dor. Pouco mais da metade dos pacientes relataram ausência deste sintoma. Todavia, foi observado que pacientes mais jovens, tratamento em dentes posteriores e com tempo clínico de sessão superior a 45 minutos demonstraram uma incidência maior de dor.
Kapoor et al. (2023), realizaram um estudo com a finalidade de avaliar a dor pós-operatória, tempo de tratamento e ingestão de analgésicos, os sistemas rotativos foram XP-endo Shaper (XPES), 2Shaper (2S) e ProTaper Gold (PTG). Foram selecionados 144 pacientes e separados em três grupos. Por conseguinte, o ensaio seguiu um protocolo padrão de instrumentação manual para os três grupos, modificando apenas a etapa de instrumentação rotatória. Após o tratamento foi solicitado que os pacientes avaliassem sua dor pós-operatória no período de 24, 48, 72 horas e 7 dias o resultado da média máxima seguiu a seguinte ordem PTG, 2S E XPES. Portanto, a análise das respostas dos pacientes mostrou diferença significativa no período de 24, 48, 72 horas entre XPES e PTG (P<0,001) e 72 horas entre 2S e XPES (P<0,001). No entanto, não foi apresentada diferença significativa entre os grupos na ingestão de analgésicos.
Num estudo realizado por Di Spirito et al. (2022) foi possível concluir que a dor após o tratamento endodôntico é um grave problema de saúde que afeta a qualidade de vida no curto prazo e, às vezes, até no longo prazo. O tratamento de canal radicular é geralmente muito eficaz no alívio da dor dentária quando realizado corretamente. Todavia, foi relatado que um em cada cinco pacientes, em média, que recebem tratamento de canal radicular experimentará uma perturbação grave na sua vida diária devido à dor endodôntica. Visto isso, a terapia endodôntica não se baseia apenas nas consequências biológicas, mas também na minimização do desconforto do paciente. Nesse contexto, o presente estudo finaliza que os pacientes devem sempre ser avisados de que a dor pode ser sentida após o procedimento, e os profissionais devem, além de identificar corretamente a dor odontogênica, diagnosticar suas causas e, se possível, adaptar os procedimentos clínicos de acordo com os achados baseados em evidências.
2.2. A terapia fotodinâmica
No estudo de Torres et al. (2021), afirmaram que além de ser seguro a terapia fotodinâmica é usada em diversas áreas da odontologia como por exemplo na endodontia. A fototerapia funciona através da radiação UV causando neutralização de alterações patológicas que podem vir a gerar um processo inflamatório através da indução de apoptose, modificação do meio de citocinas e imunossupressão. Os efeitos colaterais desse tratamento são poucos, porém com a indicação correta os efeitos podem ser evitados, além disso, ingerir um fotossensibilizador pode causar fototoxicidade, náuseas ou vômitos.
De acordo com relato de caso realizado por Magri et al. (2023) concluíram que o sucesso do tratamento endodôntico está ligado na eliminação completa e redução da microflora patogênica do sistema de canais radiculares e o tratamento endodôntico, com ajuda de fotobiomodulação e terapia fotodinâmica contribuem para melhorar a desinfecção dos canais radiculares, com redução microbiana de 99 a 100%, além de corroborar com baixa toxicidades aos tecidos adjacentes e alta especificidade na ação bactericida. Esse presente estudo também obteve regeneração óssea através da terapia fotodinâmica.
Segundo Barciela et al. (2019), após seu estudo clínico in vivo em dentes unirradiculares com a finalidade de avaliar a sintomatologia da dor pós-operatória em tratamentos endodônticos, foi avaliado dois grupos controle com 24h, 72h e 1 semana após o tratamento, um grupo foi havia sido feito terapia fotodinâmica enquanto no outro apenas o tratamento endodôntico convencional, o resultado do estudo foi que estatisticamente não houve diferenças entre os grupos controle.
Segundo uma revisão sistemática de Anagnostaki et al. (2020), a dor após um tratamento endodôntico pode afligir entre 3 e 58% dos pacientes submetidos ao tratamento, além do mais essa dor pode ser causada por variáveis motivos. Para controlar a dor gerada pela irritação dos tecidos perirradiculares é receitado paracetamol ou anti-inflamatórios não-esteroides. No entanto com o advento da tecnologia e com a terapia fotodinâmica que induz a resposta biológica é possível que seja modular o metabolismo celular e assim alcançando o efeito desejado pela endodontia, o efeito analgésico. Baseado em sua revisão sistemática, os 14 dos 17 artigos analisados obtiveram resultado terapêutico positivo com diferenças significativas entre o tratamento a laser e seu grupo controle.
Constatou-se que na endodontia após o retratamento do canal radicular (RCR) utilizando laser de baixa intensidade Low Level Laser (LLLT) a dor nos primeiros 4 dias reduziu em comparação com o grupo que não utilizou o laser (placebo), porém não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes na dor pós-operatória entre os dois grupos após 5 e 7 dias. O número também de pacientes que fizeram uso de analgésicos foi menor no grupo LLLT do que no grupo placebo (Silva Neto et al. 2020).
De acordo com o estudo de Ledezma, Basualdo e Bersezio (2020), puderam concluir que o laser Er:YAG (2940 ou 2780nm) é o laser mais adequado para uso endodôntico, entretanto, autores afirmam que os efeitos do laser não são superiores às propriedades antimicrobianas do NaOl sozinho, porém que ele pode melhorar a eficiência dessa solução irrigadora, diante disso, foi constatado que o laser é um bom complemento terapêutico na desinfecção do canal radicular, reparo do tecido após a terapia endodôntica e conseguinte a procedimento cirúrgico.
No estudo realizado por Vilas-Boas et al. (2021), foi possível avaliar a terapia fotodinâmica em paciente com periodontite apical sintomática (PAS), neste estudo foi avaliado pacientes que tiveram dor moderada ou maior, sendo dividido em dois grupos controle (GC) e grupo intervenção (GI) sendo que ambos foram submetidos ao mesmo tratamento químico-mecânico com a diferença que o GI teve a utilização do azul de metileno 150uM e laser com comprimento de onda de 660nm, foi solicitado que avaliassem novamente o grau da dor após 24h, 72h e 1 semana após o tratamento. Portanto, o resultado obtido foi que a terapia fotodinâmica apresenta resultado positivo no tratamento da PAS, principalmente nas primeiras 24h onde o GI apresentou a maior diminuição do nível de dor, enquanto após 72h ou 1 semana não houve diferença significativa. Ressalta-se ainda que em qualquer intervalo de tempo a diminuição da dor do GI foi maior que no grupo controle.
No estudo de Souza et al. (2021), foram analisados quatro grupos de pacientes com o objetivo de avaliarem a dor pós-operatória em dentes molares com periodontite apical assintomática (PAA) de dentes molares, o preparo químico-mecânico dos canais radiculares foi feito com clorexidina a 2%, enquanto a instrumentação dos canais foi feita de acordo com o limite apical definido para cada grupo, além disso, Nos grupos com terapia fotodinâmica (TFD) foi utilizado azul de metileno a 0,01% com laser de baixa potência com 100mW de potência. Ainda, com a finalização do tratamento os pacientes foram avaliados de acordo com a dor pós-operatória no período de 24, 48, 72 e 1 semana após o fim do tratamento, foram ainda receitados analgésicos e pedido que fossem contados o número de comprimidos ingeridos. Logo, os resultados mostraram que para PAA em molares não houve diferença estatística significativa para TFD ou a convencional, quanto ao número de analgésicos ingeridos o resultado foi o mesmo, contudo, nas primeiras 24h os grupos com TFD apresentaram maior diminuição da dor pós-operatória.
De Oliveira et al. (2018), realizaram um estudo que destacou o Manejo não cirúrgico de um retratamento endodôntico combinada com terapia fotodinâmica com uma extensa lesão periapical crônica nos dentes 11 e 12. Os canais radiculares foram irrigados com solução de azul de metileno a 0,01% como fotossensibilizador, sendo usado em um tempo de pré-irradiação de 3 minutos. Seguidamente, a irradiação com laser foi realizada usando um diodo de laser vermelho (comprimento de onda = 660 nm); potência = 100 mW; diâmetro da ponta = 30mm; energia = 18 J; densidade de energia = 660 J/cm²; modo de emissão contínua). O controle do exsudato foi visado sendo utilizada a pasta de hidróxido de cálcio como medicamento intracanal, com duas reposições. Foi confirmado o sucesso do retratamento endodôntico acompanhado em 24 meses.
Segundo Elafifi-Ebeid et al. (2023), é importante para a endodontia o controle da dor após o tratamento, sendo um bom sinal clínico e de conforto para o paciente, utilizando da tecnologia para conseguir um bom controle da dor, hoje, existem estudos avaliando a utilização da laserterapia para o controle da infecção bacteriana nos condutos dentários, porém poucos são os que se referem a sua relação com o controle da dor pós-operatória. Portanto, em sua revisão com diversos tipos de laser entre eles diodo e Er: YAG, houve diferentes respostas, tanto em eficácia quanto com ao tempo de uso.
Segundo Lima, Braitt e Porto (2023), concluíram em seu estudo que a atuação preventiva sobre as lesões perirradiculares e o tratamento com laserterapia demonstram resultados significativos. Com base em autores foi constatado após um experimento com terapia fotodinâmica em microrganismos patogênicos como Enterococcus faecalis em fase planctônica que a terapia convencional aplicada de modo individual reduz a bioluminescência bacteriana cerca de 90%, já em PDT 95%, enquanto o método combinado com azul de metileno(25g/ml) 98%. Visto isso, o objetivo proposto é que seja identificada qual o estágio mais adequado para aplicação da técnica em lesões perirradiculares e seus diferentes estágios.
2.3. A crioterapia
A medicina tem feito uso da crioterapia para tratar a dor e o pós-operatória, essa técnica tem sido introduzida lentamente no meio odontológico principalmente para o controle da dor de cirurgias no meio bucal. Esse método de tratamento age através da vasoconstrição, causando a queda da resposta sináptica, causando um efeito analgésico no local aplicado, em geral a crioterapia é realizada entre a temperatura te 2°C e 4°C e é deixado na região por pelo menos 5 minutos. Os resultados da crioterapia são positivos e vem se mostrando um método de controle da dor alternativo eficaz e barato (Nandakumar e Nasim, 2020).
De acordo com a revisão sistemática de Sadaf, Ahmad e Onakpoya (2020), em endodontia podem ser utilizadas soluções irrigadoras refrigeradas para realizar a crioterapia, que é um método de tratamento a frio. O objetivo desta revisão sistemática foi avaliar a eficácia da crioterapia no tratamento da dor pós-operatória após tratamento endodôntico. Portanto, foram analisados 8 estudos com um total de 810 pacientes. Então, o panorama mostra que a crioterapia é uma excelente opção para controle da dor no pós-operatório, principalmente após as primeiras 6 e 24 horas, pois após 48 horas ou 1 semana não houve diferença significativa.
Segundo Fayyad et al. (2020), em seu artigo de revisão, o tratamento a frio conhecido também como crioterapia, consiste na troca de calor do meio mais quente para o mais frio. Esse método de tratamento hoje é usado em diferentes áreas da odontologia, dentre elas a endodontia. Essa técnica pode ser usada em tratamentos endodônticos e cirurgias perirradiculares, com intuito da redução da resposta pós-operatória como a dor e a resposta inflamatória. Entende-se que a exposição ao frio e a redução da temperatura resulta na diminuição da condução nervosa causando um efeito analgésico, diminuindo a dor no pós-operatório além de neutralizar o efeito rebote causado pelo vasoconstritor de anestésicos locais. Portanto, a crioterapia possui resultados positivos que o torna um método complementar de baixo custo para a rotina clínica.
Segundo Pauletto et al. (2020), utilizar a crioterapia como método de controle da dor pós-operatória se dá devido ao fato de as baixas temperaturas causar uma vasoconstrição local e consequentemente um efeito analgésico devido a liberação de mediadores químicos da dor. A endodontia faz-se uso dessa técnica durante a irrigação final com solução salina a 2,5°C que são deixados no canal por pelo menos 5 minutos. A resposta da revisão de literatura mostrou que o uso da técnica é efetiva no controle da dor após o tratamento endodôntico, porém ainda é necessário estudos para investigar possíveis efeitos nocivos, tornando o procedimento seguro e previsível.
Foi definido no presente estudo que o alargamento foraminal parece favorecer a dor pós-operatório, todavia a agitação de substância irrigante com dispositivos automatizados, manutenção da potência apical e a crioterapia intracanal apresentaram efeitos positivos. Em diagnósticos com periodontite apical a técnica da crioterapia pode ser mais eficaz. Em relação a dor pós-operatória foi determinado segundo Santos et al. (2021), que o uso de corticosteroides em seguida do tratamento de canal de canal radicular após 6, 12 e 24 horas foi classificado como o melhor tratamento para redução da dor. Conforme citado pelos autores a pré medicação oral também é capaz de reduzir os sintomas pós-operatórios ao tratamento de canal radicular não cirúrgico, sendo o piroxicam ou a prednisolona a pré-medicação de escolha.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
No que se refere a revisão bibliográfica, foi realizado o levantamento bibliográfico dos últimos 7 anos nos sites de busca científicos a seguir descritos: Scielo, BVS e PubMed, utilizando como descritores em português: endodontia, terapia fotodinâmica, crioterapia, laserterapia e dor pós-operatória como as principais fontes de pesquisa. E descritores em inglês: endodontics, therapy photodynamics, cryotherapy, post operative pain.
Para este caso clínico foram adotados os alguns critérios de inclusão, sendo eles: 1) ter sido publicado no período de 2017 a 2024; 2) o assunto descrito ser pertinente ao objeto do estudo; 3) objetivo claro e ser fiel ao estudo realizado.
Nas bases consultadas foram encontrados um total de 110 artigos. Os artigos incluídos nesta revisão de literatura foram selecionados após a adoção dos critérios de inclusão citados, sendo que após a análise metodológica, foram utilizados 19 trabalhos.
4. RELATO DE CASO CLÍNICO
Paciente F.B.F de 42 anos, gênero feminino, compareceu a clínica odontológica do Centro Universitário São Lucas, para atendimento odontológico na primeira consulta foi realizado anamnese, exame clínico e radiográfico. No exame radiográfico (Figura 1) verificou-se a necessidade de tratamento endodôntico no dente 32 devido a presença de uma lesão periapical, o mesmo já possuía o acesso coronário prévio e medicação intracanal de Formocresol.
FIGURA 1 – Radiografia periapical elemento dental 32
Fonte: Arquivo pessoal
Na primeira sessão do tratamento endodôntico, com o auxílio da radiografia inicial foi achado o comprimento aparente do dente (CAD) de 21mm, foi realizada a técnica anestésica, com o bloqueio de campo do nervo mentoniano mais infiltrativa localizada com um tubete de mepivacaína 2% com epinefrina 1:100000, em seguida foi removido o selamento coronário provisório, realizando o acesso coronário com as brocas 1012 e 3082, e com o auxílio de uma sonda exploradora foi feita a remoção do isotape e algodão presentes. Logo após, foi feito isolamento absoluto, com dique de borracha, com grampo n°212 sendo feito o vedamento do lençol de borracha com cianoacrilato (Loctite Super Bonder), após o isolamento foi feita a neutralização do formocresol com hipoclorito de sódio a 2,5% (Asfer), na sequência foi iniciada a primeira fase de instrumentação do canal radicular no comprimento provisorio de trabalho (CPT) de 17mm com as limas manuais K File de 1a série (Dentsply Sirona) e instrumentos rotatórios Protaper Gold (Dentsply Sirona), sendo feita irrigação com hipoclorito de sódio a 2,5% (Asfer) a cada troca de limas. Para instrumentação foi utilizada a sequência #08, #10, #15, #20, #25, Sx e S1. Para prosseguir a segunda fase foi feita odontometria eletrônica com auxilio do Motor E-Connect S com localizador integrado (MKLIFE) sendo identificado o comprimento real de trabalho (CRT) de 20mm e dado início a segunda fase do preparo biomecânico com as limas #15, #20, #25, S1 e S2, finalizando a instrumentação na terceira fase com as limas F1 e F2.
Com a finalização da terceira fase do preparo biomecânico foi feito o processo de irrigação final com hipoclorito, EDTA (deixado no conduto por 3 minutos) e soro fisiológico 0,9% resfriado a aproximadamente 4,5°C (Figura 2). Para realização da laserterapia (Figura 3), foi feito o preenchimento do canal radicular com azul de metileno Chimiolux 0,01% – DMC®, onde esse produto ficou em repouso por 2 minutos para penetração nos túbulos dentinários e sua ativação foi realizada com laser Therapy EC – DMC®, com as seguintes especificações: Vermelho com 660 nm ± 10 nm – semicondutor InGaAlP, infravermelho com 808 nm ± 10 nm – semicondutor AlGaAs, Potência 100 mW ± 20% de potência, dosimetria em Joules (1,2,3,4,6 e 9J), bivolt, Bateria: Li-íon 3,7V 18650 com circuito de proteção. Com auxílio de ponteira de fibra óptica foi feito movimentos elípticos durante 90 segundos.Após a aplicação do laser foi realizada a remoção do azul de metileno com abundante irrigação com hipoclorito de sódio 2,5% e soro fisiológico 0,9% resfriado a aproximadamente 4,5°C.
FIGURA 2 – Termômetro mostrando 4,5°C FIGURA 3 – Realização da terapia fotodinâmica
Fonte: Arquivo Pessoal Fonte: Arquivo Pessoal
Para realizar a colocação da medicação intracanal (MIC) de Pasta Holland, composta por 2 porções de Hidróxido de cálcio P.A. (Biodinâmica), 1 porção de Idofórmio (Biodinâmica) e 6 gotas de Propileniglicol. O canal foi seco com cones de papel, e para a introdução da MIC foi utilizada a lêntulo da cor vermelha em baixa rotação. Logo após, foi feita o vedamento do canal com Isotape (TDV) e restauração provisória com cimento de ionômero de vidro (Maxxion R – FGM).
FIGURA 5 – Radiografia periapical da medicação de pasta holland
Fonte: Arquivo pessoal
Na segunda sessão, após 15 dias, foi realizada a técnica anestésica e feito o isolamento absoluto, foi realizada a remoção do selamento coronário provisório juntamente com isotape. Logo após, foi feita a remoção da MIC (Pasta holland) com ponta de ultrassom e seringa de irrigação abundante com Hipoclorito de sódio a 2,5%, e soro resfriado a 4,5°. Logo após, foi feita a secagem do conduto com cânula de aspiração com capillary tips e cones de papel F2. Logo em seguida foi feito a prova do cone de guta percha e radiografia de comprovação, onde foi observado um desvio do cone de guta percha F2 (Dentsply Sirona) para a parede distal do terço apical da raiz (Figura 6), possivelmente realizado no momento da remoção da MIC com a reinstrumentação excessiva do canal radicular, após constatado o desvio o canal foi preenchido novamente com a MIC (Pasta holland).
FIGURA 6 – Cone de guta percha com desvio
Fonte: Arquivo pessoal
Na terceira sessão, após 15 dias, foi a técnica anestésica e isolamento absoluto unitário, e feita a remoção da restauração provisória juntamente com o isotape. Com uma seringa de irrigação, pontas navitips e soro resfriado a 4,5°C foi feita remoção total da MIC anteriormente presente no canal radicular, seguido da secagem do conduto com cânula de aspiração com capillary tips e cone de papel absorvente F2. Com o canal devidamente seco foi aplicada uma nova medicação intracana, a Bio-C® TEMP (Angelus), sendo aplicada com micro-motor com auxílio de uma broca lentulo (Figura 7). Após a aplicação foi feita selagem do canal com isotape, seguido da restauração provisória com resina fluida e resina composta, pois o intervalo da consulta foi de 30 dias.
FIGURA 7 – Radiografia periapical da MIC de BIO-C
Fonte: Arquivo pessoal
Na quarta sessão, após 30 dias, foi feita a técnica anestésica, e em seguida se deu início ao isolamento absoluto, e com uma broca 1012 foi removida a resina composta presente. Para a remoção da MIC foram utilizados a irrigação abundante de hipoclorito de sódio a 2,5% (Asfer) e uso da Lima Manual K File #25, posicionada mesialmente de modo que permanecesse MIC onde estava presente o desvio. Após a remoção da medicação foi feita uma irrigação com soro fisiológico 0.9% resfriado a aproximadamente 4,5°C onde foi deixado por cerca de 3 minutos. Em seguida foi feita a secagem no conduto com cones de papel e com cânula de aspiração com capillary tips, após foi iniciado a prova do cone principal F2 que foi radiografado (Figura 9) e se mostrou bem adaptado ao conduto e para obturação foi utilizado o cimento obturador MTA-FILLAPEX da Angelus. A técnica de obturação utilizada foi a de cone único, ou seja, com o próprio cone inserimos o cimento obturador no interior da canal e após posicionado o cone foi feita uma nova radiografia (Figura 8) que mostra bem adaptado, então com uma lamparina e com calcador de Paiva foi feito o corte do cone. Para finalizar a sessão foi feita a limpeza da cavidade com Álcool 70% e bolinha de algodão, removendo todo excesso de material indesejado, assim sendo feita restauração provisória com ionômero de vidro fotopolimerizável. Após, foi realizada a radiografia final (Figura 9) para confirmar a obturação do canal radicular. Posteriormente foi feita a restauração definitiva com a blindagem do canal radicular e Resina Composta.
FIGURA 8 – Prova do cone. FIGURA 9 – Radiografia Final
Fonte: Arquivo Pessoal. Fonte: Arquivo Pessoal.
No que se refere a avaliação da dor pós-operatória, após as 4 sessões do tratamento endodôntico, foi feito contato com a paciente nos intervalos de dor em 24 horas, 72 horas e após 1 semana. A dor foi registrada numa escala numérica e de descrição verbal, como ausência de dor, dor leve, dor moderada ou dor severa e pontuação de 0 a 3, foram atribuídos a cada tipo de dor, baseada na Escala Visual Analógica: 0. Ausência de dor ou desconforto; 1. dor leve: sente a dor mas nenhum remédio (analgésico) é necessário; 2. dor moderada: sente a dor e não se sente bem, mas consegue desenvolver as atividades diárias; 3. dor severa : sente a dor e já não é capaz de executar qualquer tipo de atividade, e sente necessidades para se deitar e descansar (analgésicos tiveram pouco ou nenhum efeito no alívio da dor). A dor foi registrada como ausência de dor ou desconforto após os procedimentos e sem necessidade do uso de analgésicos.
Após um período 2 meses foi realizada a radiografia periapical de proservação (Figura 10), a paciente não relatou qualquer sintomatologia e quando feito o teste de percussão vertical, o teste respondeu de forma negativa.
FIGURA 10 – Radiografia periapical da MIC de BIO-C
Fonte: Arquivo pessoal
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
No caso apresentado, foram propostas técnicas para a diminuição da dor pós-operatória com a utilização de técnicas de laserterapia e crioterapia. De acordo com Anagnostaki et al. (2020), em seus estudos mostraram que mesmo existindo um “padrão ouro” na endodontia o número de taxas de falhas relatadas e dor pós-operatória são altas e com a utilização da terapia fotodinâmica aconteceu uma melhora significativa na dor pós-operatória. Enquanto, Fayyad et al. (2020), diz que que a exposição ao frio e a redução da temperatura resulta na diminuição da condução nervosa causando um efeito analgésico, diminuindo a dor no pós-operatório. Além disso, a combinação das duas técnicas se mostrou efetiva diminuindo a sintomatologia da dor e muitas vezes até anulando.
Em relação ao uso da terapia fotodinâmica, de acordo com os estudos de Magri et al. (2023), sua utilização contribui para a diminuição do número de bactérias presente, auxiliando na desinfecção dos canais radiculares, diminuindo as ações anti-inflamatórias dos tecidos adjacentes resultando na diminuição da dor pós-operatória.
No estudo realizado por Ledezma, Basualdo e Bersezio (2020), afirmaram que apesar da laserterapia apresentar um ótimo efeito antimicrobiano, no entanto sua capacidade antimicrobiana não é superior a do hipoclorito de sódio sozinho, contudo essa técnica serve como um ótimo complemento para o tratamento endodôntico auxiliando na diminuição do número de bactérias e consequentemente a dor pós-operatória.
No que se refere à crioterapia, que acontece através do uso da irrigação dos canais radiculares com soro a baixa temperatura, para Pauletto et al. (2020), utilizar a crioterapia como método de controle da dor pós-operatória se dá devido ao fato de as baixas temperaturas causarem uma vasoconstrição local e consequentemente um efeito analgésico devido a liberação de mediadores químicos da dor. A mais comum solução irrigadora usada para a crioterapia no tratamento endodôntico é o soro fisiológico 0.9%, porém Nandakumar e Nasim (2020), realizaram um estudo onde foi utilizado hipoclorito de sódio para a terapia criogênica e as análises mostraram que o grupo tratado com essa técnica apresentou favorável para a diminuição da dor pós operatória.
A utilização combinada da laserterapia e da crioterapia pode unir a capacidade do controle bacteriano e diminuição do efeito inflamatório da terapia fotodinâmica como descrito por Magri et al. (2023), com a capacidade de vasoconstrição e efeito analgésico causado pela crioterapia como dito por Pauletto et al. (2020). Dessa forma, mais conforto e com baixa queixa de dor no pós-operatório e excluindo o paciente dos 3% a 58%, Moreira et al. (2017), daqueles que sentem desconforto após o tratamento endodôntico.
6. CONCLUSÃO
A partir dos estudos realizados para a finalização deste trabalho, pode-se constatar que o controle da dor pós-operatória após o tratamento endodôntico com o auxílio da terapia fotodinâmica, concomitantemente a utilização da crioterapia, os resultados apresentados foram satisfatórios, pois após 4 sessões realizadas, foi feita a avaliação de dor através do contato por telefone com a paciente nos períodos de 24 horas , 72 horas e 1 semana, onde foi verificada a resposta de ausência de dor da paciente e sem necessidade de uso de analgésico, mostrando a redução da resposta inflamatória e bom controle bacteriano intracanal, dessa forma resultando na ausência da dor após as sessões.
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1Acadêmica do curso de Odontologia do Centro Universitário São Lucas – Porto Velho. E-mail: loiolaaraci@gmail.com;
2Acadêmico do Curso de Odontologia do Centro Universitário São Lucas – Porto Velho. E-mail: muffchagas@hotmail.com;
3Acadêmica do curso de Odontologia do Centro Universitário São Lucas – Porto Velho. E-mail: anapaula-2008.2@hotmail.com;
4Acadêmico do Curso de Odontologia do Centro Universitário São Lucas – Porto Velho. E-mail: tiago.tmelo@outlook.com;
5Acadêmico do Curso de Odontologia do Centro Universitário São Lucas – Porto Velho. E-mail: leonardosantiago739@gmail.com;
6Professora do curso de Odontologia do Centro Universitário São Lucas – Porto Velho. E-mail: flavia.rosa@saolucas.edu.br
7Orientador e Professor do curso de Odontologia do Centro Universitário São Lucas – Porto Velho e Professor do curso de Pós-graduação em Endodontia SOEP – FACSete. E-mail: joao.relvas@saolucas.edu.br