BUILDING MAINTENANCE: ANALYSIS OF MAIN PATHOLOGIES
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202410312102
Carlos Cristovão Gentil Filho1; Lauani Pereira dos Santos2; Ryan Marcos Souza Silva3; Itana de Oliveira Lins4; Marcelo O’Donnell Krause5; Felipe José Estrela Marinho6
RESUMO
Este trabalho aborda as principais patologias na construção civil, com foco na análise de causas, efeitos e soluções para os defeitos que comprometem a durabilidade e a segurança das edificações. O objetivo do estudo é destacar a importância da elaboração de projetos minuciosos, da execução dos processos construtivos seguindo normas técnicas brasileiras e da utilização de manutenção preventiva como fatores essenciais para evitar o surgimento das patologias mais recorrentes identificadas, tais como: trincas, fissuras, rachaduras, infiltrações, carbonatação do concreto e corrosão das armaduras. Como resultado, foi observado que a escolha inadequada de materiais e a falta de mão de obra qualificada são apontados como os fatores mais significativos para o surgimento das patologias elencadas acima. Dessa forma, a manutenção predial se mostra fundamental para garantir que as estruturas alcancem a durabilidade planejada, evitando custos elevados com reparos futuros e garantindo a segurança e funcionalidade das edificações.
Palavras-chave: Patologias na Construção Civil, Manutenção Predial, Infiltrações, Corrosão de Armaduras, Fissuras e Rachaduras.
ABSTRACT
This paper addresses the main pathologies in civil construction, focusing on the analysis of causes, effects and solutions for defects that compromise the durability and safety of buildings. The objective of the study is to highlight the importance of preparing detailed projects, executing construction processes in accordance with Brazilian technical standards and using preventive maintenance as essential factors to avoid the emergence of the most recurrent pathologies identified, such as: cracks, fissures, splits, infiltrations, carbonation of concrete and corrosion of reinforcements. As a result, it was observed that the inadequate choice of materials and the lack of qualified labor are indicated as the most significant factors for the emergence of the pathologies listed above. Thus, building maintenance is essential to ensure that structures achieve the planned durability, avoiding high costs with future repairs and ensuring the safety and functionality of buildings.
Keywords: Construction Pathologies, Building Maintenance, Infiltrations, Reinforcement Corrosion, Cracks and Fractures.
1 INTRODUÇÃO
A indústria da construção civil tem experimentado um crescimento significativo nas últimas décadas, impulsionada pelo desenvolvimento econômico e tecnológico. No entanto, esse setor enfrenta diversos desafios relacionados à durabilidade e segurança das edificações, especialmente devido ao surgimento de patologias construtivas. Essas patologias, que podem incluir trincas, fissuras, infiltrações, carbonatação do concreto e corrosão das armaduras, comprometem a funcionalidade e a segurança das estruturas, além de gerar custos elevados com manutenções corretivas.
Em países em desenvolvimento, como o Brasil, as condições socioeconômicas impulsionaram uma aceleração no ritmo de execução das edificações, o que resultou em um controle menos rigoroso sobre os materiais empregados e os serviços realizados. Esse cenário, somado a fatores como a formação inadequada de engenheiros e arquitetos, políticas habitacionais deficientes e sistemas de financiamento instáveis, tem contribuído para a queda contínua da qualidade das construções. Em alguns casos, é possível encontrar edificações com sérios problemas estruturais ainda antes de serem habitadas. A combinação desses fatores favorece o surgimento de patologias na construção civil (Nobrega, 2019).
É fundamental realizar estudos que direcionem a atenção de construtoras e empreiteiras para as principais anomalias detectadas após a ocupação das edificações, destacando a frequência com que ocorrem. Além disso, pesquisas dessa natureza permitem identificar as causas mais comuns desses problemas e as soluções adequadas, tanto no âmbito da manutenção corretiva quanto da preventiva (Lima; Landim; Rocha, 2017).
Neste contexto, a manutenção predial se torna uma prática essencial para preservar a integridade das edificações, garantindo sua vida útil prolongada e a segurança de seus ocupantes. Este trabalho tem como objetivo analisar as principais patologias encontradas em edificações e propor soluções eficazes para sua prevenção e correção. A pesquisa enfatiza a importância de um planejamento rigoroso e execução conforme as normas técnicas.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Patologias na construção civil
Apesar dos notáveis avanços nos empreendimentos nacionais, a construção no Brasil ainda enfrenta uma série de desafios que afetam diretamente sua qualidade. Esses desafios são resultados de uma combinação de fatores, incluindo a falta de projetos detalhados, investimentos financeiros inadequados, a utilização de materiais de qualidade questionável e a escassez de mão de obra qualificada no setor da construção civil, entre outros. Muitos dos problemas que são identificados nas construções poderiam ter sido evitados se houvesse uma adoção mais ampla de conhecimentos sobre o desempenho dos materiais, dos processos e das técnicas construtivas (Gonzales; Oliveira; Amarante, 2020).
O termo patologia segundo o dicionário da língua portuguesa é: “Qualquer desvio anatômico e/ou fisiológico, em relação à normalidade, que constitua uma doença ou caracterize determinada doença.” Na construção civil pode-se atribuir patologia aos estudos dos danos ocorridos em edificações. A patologia se resume ao estudo da identificação das causas e dos efeitos dos problemas encontrados em uma edificação, elaborando seu diagnóstico e correção (Andrade, 2010).
Os problemas patológicos em construções surgem devido a falhas durante a fase de projeto, uso de mão de obra inadequada, aplicação incorreta de materiais ou até pela baixa qualidade dos mesmos (Oliveira, 2013). Nesse contexto, identificar a origem dessas patologias é fundamental para determinar quem é o responsável pelas falhas (Helene, 1992). Como mostrado na figura 1, observa-se que a maioria dessas manifestações patológicas ocorre nas fases iniciais da obra, muitas vezes resultado da falta de investimentos em projetos mais robustos por parte dos proprietários, o que leva a mudanças durante a execução e, consequentemente, a problemas futuros (Vitório, 2003).
Figura 1 – Principais causas patológicas com relação as etapas da edificação.
Fonte: Construção IBDA (2014)
2.1.1 Principais patologias
2.1.1 Trincas e fissuras
Conforme definido na NBR 8802, uma fissura é descrita como uma “ruptura no material sob ação de forças mecânicas ou físico-químicas com uma abertura de até 0,5 mm”. Quando essa abertura excede esse valor, é então classificada como trinca. O quadro 1 apresenta as causas quem levam o surgimento dessas fissuras, é crucial entender os motivos que levam o surgimento.
Quadro 1 – causas para surgimento de fissuras
Recalque de fundação | As fissuras causadas pelo recalque são geralmente inclinadas em direção ao ponto de maior recalque e são desencadeadas pelas tensões de cisalhamento; |
Movimentação térmica | Resultam das variações de temperatura, que causam dilatação e contração do material; |
Sobrecarga ou acumulação de tensões | As estruturas são dimensionadas para suportar determinadas deformações, mas sobrecargas, acumulação de tensões ou infiltrações de água podem provocar o surgimento de fissuras; |
Retração do cimento | A adição excessiva de água ao cimento resulta em retração, reduzindo o volume do concreto. Isso cria tensões de tração que, se forem suficientemente fortes, podem romper o concreto e causar fissuras; |
Deficiências no revestimento | Um revestimento adequado não só protege a estrutura, mas também contribui para sua estabilidade. Portanto, mesmo que todas as possíveis movimentações tenham sido consideradas no projeto, um revestimento mal executado pode levar ao surgimento de fissuras |
Fonte: Mitzsuzaki; Silva; Jesus, 2020
É importante destacar que, inicialmente, é necessário realizar o monitoramento das trincas e fissuras para acompanhar sua evolução e determinar se são trincas ativas ou passivas. As trincas ativas são aquelas que continuam a se movimentar, alterando suas dimensões ao longo do tempo, como mostra a figura 2. Por outro lado, as trincas passivas são aquelas que permanecem estáveis por longos períodos, sem apresentar alterações em suas dimensões, seja em sua forma, largura ou abertura (Dias; Amaral; Amarante, 2020).
Figura 2 – Classificação de fissuras, trincas e rachaduras
Fonte: Dallminas, 2022
2.1.1.2 Rachaduras
As rachaduras costumam ser notáveis, com dimensões consideráveis e profundas, geralmente com uma espessura superior a 3 mm. Em muitos casos, podem resultar em pequenas fissuras na alvenaria, permitindo a entrada de luz, água e ar, o que pode indicar problemas na estrutura de fundação. A gravidade dessas rachaduras é significativa, exigindo atenção imediata. Elas servem como um alerta final de que a estrutura está enfrentando dificuldades e medidas devem ser tomadas (Dias; Amaral; Amarante, 2020).
2.1.1.3 Infiltrações
Existem dois tipos fundamentais de infiltração: aos de origem interna e as de origem externa. As infiltrações internas referem-se a problemas dentro do próprio apartamento ou em unidades vizinhas, como vazamentos em canos. Já as infiltrações externas são geralmente causadas pela ação da chuva e da umidade do solo (Zamboni, 2013).
Independentemente da origem, as infiltrações podem resultar em descascamento das paredes, danos aos revestimentos de parede e piso, deterioração dos tetos de gesso, proliferação de mofo e danos às esquadrias externas (Lonzetti, 2010).
A prevenção e solução das infiltrações podem ser implementadas durante a construção ou reforma de uma casa, onde é essencial garantir a correta aplicação de soluções para o direcionamento adequado e seguro da água. Isso inclui a utilização de proteções químicas e físicas nos revestimentos, visando evitar danos futuros. No mercado, há uma variedade de produtos disponíveis com o propósito de prevenir infiltrações já durante a execução da obra (Hussein, 2013).
2.1.1.3.1 Infiltrações internas
Questões relacionadas à umidade e infiltração podem parecer insignificantes inicialmente, podendo ser consideradas ou não como influenciadoras na construção. No entanto, essa percepção não reflete a complexidade do problema, que pode agravar se não for devidamente tratado ou controlado. É possível identificar e diagnosticar esses problemas tanto durante a fase de instalações, onde podem ocorrer falhas, quanto no processo de impermeabilização (Sabino, 2016).
Além disso, patologias e irregularidades também podem surgir devido a falhas no processo de elaboração do projeto, como problemas de comunicação com projetistas de outros sistemas prediais (como estrutural, elétrico, telefônico, ar-condicionado, etc.) e falta de coordenação ou compatibilização com diversos outros subsistemas da construção (como vedação, circulação horizontal e vertical, etc.). Isso evidencia a ausência de um processo de desenvolvimento ordenado de acordo com os princípios consagrados da engenharia simultânea (Fabricio; Melhado, 2002).
2.1.1.3.2 Infiltrações externas
As infiltrações externas ocorrem quando a superfície da estrutura não é adequadamente impermeabilizada, resultando em diversos problemas que vão desde goteiras até manchas e bolor, podendo afetar até mesmo as armaduras da construção. Os problemas decorrentes de infiltração e umidade podem acarretar sérias complicações na funcionalidade e no uso das edificações. O surgimento de mofo, como uma patologia resultante da infiltração, não apenas causa danos estéticos à estrutura, mas também pode desencadear problemas alérgicos nos ocupantes da edificação (Sabino, 2016).
Além das fissuras e do mofo, é comum observar o surgimento de bolhas, manchas e descascamento nas pinturas de paredes, conforme figura 3. Esses problemas podem ter diversas origens, como a aplicação inadequada da tinta, tempo insuficiente de secagem do reboco e excesso de umidade. Ambientes com elevados níveis de umidade, que estão sujeitos a contato frequente com água e recebem pouca luz solar, apresentam maior probabilidade de desenvolver mofo ao longo do tempo. O mofo, altamente prejudicial para a saúde humana, pode se espalhar pelas paredes, pisos e móveis (Hussein, 2013).
Figura 3 – Infiltração
Fonte: Construlider, 2020
2.1.1.4 Carbonatação
A hidratação do cimento resulta, de maneira geral, na formação de silicatos de cálcio hidratado (C-S-H), responsáveis por conferir resistência ao material, e de hidróxido de cálcio (Ca(OH)2), que é o principal agente na criação de um ambiente altamente alcalino (com pH em torno de 13). No caso do concreto armado, essa elevada alcalinidade promove a formação de uma camada passivante ao redor das barras de aço, protegendo-as contra o processo de corrosão. A carbonatação, fenômeno físico-químico que ocorre naturalmente em estruturas de concreto, provoca alterações na microestrutura do material e reduz o pH. Como consequência, esse fenômeno pode despassivar o aço das estruturas de concreto armado, conforme figura 4, possibilitando a corrosão das armaduras (Werle; Kazmierczak; Kulakowski, 2011). A carbonatação é desencadeada pelas reações químicas entre os principais constituintes da atmosfera, como o dióxido de carbono (CO2), e os produtos da hidratação do cimento presentes no líquido intersticial dos poros (Cunha; Helene, 2001). Essa reação ocorre, principalmente, com os íons cálcio presentes na solução aquosa dos poros, em equilíbrio com os produtos da hidratação do cimento (Bary; Sellier, 2004).
Figura 4 – Carbonatação do concreto
Fonte: spot 2020
2.1.1.5 Corrosão de armadura
A corrosão do aço começa em pequenos trechos isolados e rapidamente se espalha de acordo com a figura 5. A armadura atua de forma passiva quando imersa em um ambiente alcalino (básico no concreto) e só sofre alterações caso entre em contato com cloretos, sulfatos e sulfetos, que podem estar presentes no concreto ou ser provenientes do ambiente circundante (Lottermann, 2013).
A corrosão por ataque de carbonatação ocorre de maneira natural e é considerado uma anomalia que, em conjunto com o ataque por cloretos, contribui para a diminuição da durabilidade das estruturas, sendo um fator decisivo no desenvolvimento da corrosão das armaduras (Mazza, 2015). O principal efeito da carbonatação é a diminuição do pH da pasta de cimento do concreto, que passa de valores entre 12 e 14 para valores inferiores a 9 (Silva, 2018).
Figura 5 – Corrosão da armadura
Fonte: EPEC 2022
3 METODOLOGIA
A pesquisa bibliográfica não consiste em uma mera repetição do que já foi dito ou escrito sobre determinado tema, mas sim em uma maneira de abordá-lo de forma inovadora (Lakatos; Marconi, 2003). Para alcançar o objetivo principal deste projeto de pesquisa, foi adotado o método qualitativo e descritivo, considerando a recorrência de manifestações patológicas em nosso cotidiano. Este artigo oferece uma perspectiva sobre essas manifestações, com foco nos tipos mais comuns, buscando reunir informações relevantes sobre o tema e fundamentá-las em artigos científicos e estudos bibliográficos.
A pesquisa bibliográfica é definida como a leitura, análise e interpretação de materiais impressos e digitais, tais como livros, periódicos, documentos mimeografados ou fotocopiados, manuscritos, imagens e mapas (Gil, 2002). Nesse contexto, os dados apresentados foram obtidos a partir de relatos de outros autores, compilados em trabalhos de conclusão de curso e artigos científicos.
1ª Etapa – Foram coletadas informações bibliográficas existentes sobre o tema, com base em artigos científicos, monografias e dissertações.
2ª Etapa – Realizou-se uma leitura aprofundada dessas fontes, selecionando argumentos pertinentes para responder às questões de pesquisa.
3ª Etapa – Foi elaborado um artigo científico com a inclusão de argumentos e citações dos autores, com o objetivo de resolver a problemática proposta.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Reparo de patologia
As patologias serão detectadas durante a inspeção, e, com base nos dados obtidos, será elaborada a matriz GUT. A cada anomalia identificada serão atribuídos pesos conforme os critérios de gravidade, urgência e tendência, possibilitando a definição de prioridades para a realização dos reparos necessários (Nazario, 2011).
De acordo com Lichtenstein (1985), o processo de reparo de problemas patológicos é dividido em três fases principais apresentado no quadro 2:
Quadro 2 – processo de reparo de patologias
Coleta de informações | Consiste em reunir os dados essenciais para compreender as manifestações patológicas e identificar suas possíveis causas; |
Análise do problema | Envolve o estudo das manifestações patológicas para correlacioná-las com as causas e os efeitos identificados; |
Definição do procedimento | Refere-se à seleção das soluções adequadas para tratar as patologias diagnosticadas. |
O estudo preliminar da manifestação patológica deve priorizar a obtenção de informações detalhadas para identificar a causa, considerando fatores. De acordo com Thomaz (1989), nessa fase de coleta de dados, é essencial realizar uma análise aprofundada da estrutura, com o suporte de profissionais tecnicamente qualificados.
É imprescindível agrupar as informações obtidas, priorizando as mais relevantes e construindo uma cronologia até o surgimento do problema estudado.
4.1.1 Trincas, fissuras e Rachaduras
4.1.1.1 Recuperação de elementos fissurados em alvenaria de vedação
Segundo Sahade (2005), o procedimento convencional para o reparo de fissuras desse tipo começa com a abertura de sulcos retangulares, cuja largura pode variar entre 20 mm e 5 cm, e a profundidade entre 5 mm e 10 mm, posicionados centralmente em relação à fissura. O propósito dessa etapa é embutir o sistema de reparo no substrato, de modo que ele não fique visível no revestimento ou na pintura. A figura 6 apresenta um exemplo de sulco retangular em alvenaria, com 5 cm de largura e 5 mm de profundidade, já vedado.
Figura 6 – Sulco retangular de 5 cm de largura e 5 mm de profundidade já vedado
Fonte: Sahade 2005.
Em algumas situações, o substrato não se encontra em boas condições e pode se deteriorar durante o processo de abertura dos sulcos, tornando necessário o preparo de uma camada de regularização. Essa camada tem a função de nivelar a base, proporcionando uma superfície adequada e com boa aderência para a aplicação da camada subsequente. Geralmente, a regularização é realizada com argamassa de cimento e areia média, em proporções de 1:3 ou 1:4 (Sahade, 2005). A figura 7 demonstra uma base preparada para a aplicação da camada de regularização.
Figura 7 – Base desagregada para produção de camada de regularização
Fonte: Sahade, 2005
Adicionalmente, recomenda-se a aplicação de uma camada de dessolidarização para evitar a aderência entre a camada de regularização e a de recuperação, com o objetivo de impedir a concentração de tensões na área fissurada (Sahade, 2005). A camada de dessolidarização é essencial em casos em que a fissura se estende até o revestimento, pois, ao distribuir as tensões no elemento, contribui para reduzir as tensões que atuam no revestimento (Thomaz, 1989). Segundo Sahade (2005), essa camada pode ser implementada utilizando materiais como esparadrapo, fita de polipropileno, gaze, fita crepe ou tela de poliéster, conforme ilustrado na figura 8.
Figura 8 – Tela de poliéster com bandagem central que pode ser utilizada em camada de dessolidarização
Fonte: Sahade, 2005
A camada de recuperação, em si, tem como função acomodar as deformações presentes no sistema de recuperação (Lordsleem Junior, 1997). Dependendo dos materiais utilizados, essa camada pode permitir ou restringir o movimento da fissura, proporcionando elasticidade à superfície para permitir sua movimentação livre ou tornando-a rígida para impedir tal movimento (Thomaz, 1989).
Para permitir o movimento da fissura, podem ser empregadas ferramentas de dessolidarização mencionadas anteriormente, como pinturas elásticas, juntas de movimentação e selagem. Por outro lado, para restringir a fissura, podem ser utilizadas telas metálicas, armaduras de reforço, argamassa armada, fibras de vidro e grampeamento (Thomaz, 1989).
Finalmente, deve-se aplicar a camada de acabamento, cuja finalidade é integrar visualmente o reparo com o revestimento existente ao redor da fissura (Lordsleem Junior, 1997). Além de sua função estética, o acabamento, seja por pintura ou revestimento em argamassa, também atua na proteção da camada de recuperação contra agentes intempéricos.
4.1.1.2 Recuperação de fissuras ativas na alvenaria
É possível tentar a recuperação de fissuras superficiais ativas em alvenarias de vedação utilizando o próprio sistema de pintura. Para isso, deve-se incorporar uma tela fina de náilon ou polipropileno, com aproximadamente 10 cm de largura, à pintura, juntamente com a aplicação de tinta elástica à base de acrílico, em 6 a 8 demãos (Thomaz, 1989).
No entanto, Thomaz (1989) alerta que esse método não é o mais eficaz, e, sempre que viável, a recuperação de trincas ativas deve ser realizada com selantes flexíveis à base de poliuretano, silicone ou materiais equivalentes. O procedimento a ser seguido é semelhante ao descrito anteriormente.
Primeiramente, deve-se abrir o sulco na fissura e limpar cuidadosamente a parede, removendo toda a poeira gerada durante a abertura. Recomenda-se a utilização de aberturas em formato de “V” para fissuras com pouca movimentação, e sulcos retangulares para fissuras com movimentação acentuada, com dimensões variando conforme mencionado anteriormente (Thomaz, 1989). A figura 9 apresenta, à esquerda, os sulcos abertos nos formatos “V” e retangular, e à direita, os sulcos vedados com selante flexível; as medidas das cavidades estão indicadas em milímetros
Figura 9 – Recuperação de fissura ativa com abertura de sulcos e preenchimento com selante flexível.
Fonte: Thomaz 1989
É fundamental que os selantes utilizados não apresentem retração significativa devido à evaporação e que possuam características tixotrópicas (Thomaz, 1989). Tixotropia refere-se à propriedade de certos géis de se liquefazerem quando submetidos a calor ou força mecânica, retornando ao seu estado original assim que a solicitação é interrompida (Costa, 2006).
Dessa maneira, a recuperação será capaz de absorver as tensões na área fissurada, evitando a progressão da patologia. Thomaz (1989) ressalta que, em casos em que as fissuras ativas apresentam movimentação intensa, é necessário adicionar ao sulco retangular, previamente aberto e limpo, uma membrana de separação, como fita crepe ou gaze.
Entre os métodos mais comuns de reabilitação e reforço de paredes de alvenaria está o uso de pintura acrílica. Esse processo envolve a abertura de um sulco em formato de “V”, com cerca de 2 cm de largura e 1 cm de profundidade, na área da fissura. Após isso, aplica-se um selante flexível, como silicone ou poliuretano, no interior do sulco. Para finalizar, são aplicadas cinco ou seis demãos de tinta acrílica pura para o acabamento. Contudo, essa solução é recomendada apenas quando a fissura não apresentar uma movimentação significativa (Zanzarini, 2016).
4.1.1.3 Recuperação de elementos de alvenaria fissurados no encontro com elementos estruturais
Fissuras em edificações de concreto armado frequentemente surgem nas alvenarias de vedação, tornando a recuperação dessas fissuras uma tarefa comum. Como discutido anteriormente, a alvenaria é menos rígida em comparação com o esqueleto estrutural das edificações. Na ausência de juntas de movimentação entre esses componentes, a alvenaria pode servir como uma válvula de alívio para as tensões no elemento estruturante.
Quando ocorre o destacamento de paredes revestidas na junção entre pilar e alvenaria, uma solução viável para reparar a fissura é a instalação de uma tela metálica leve na argamassa de assentamento (Thomaz, 1989). Para isso, é necessário remover o revestimento e a argamassa existentes, aplicar uma nova camada de argamassa e assentar a tela metálica de forma que ela se estenda cerca de 20 cm para cada lado do pilar, conforme ilustrado na figura 10.
Figura 10 – Tela metálica fixada no contato pilar/alvenaria utilizada para recuperação de elemento fissurado.
Fonte: Thomaz 1989
Para fixar a tela na alvenaria, recomenda a utilização de pregos ou grampos metálicos. Após a fixação, deve-se chapiscar a área da alvenaria e do pilar expostos. Em seguida, aplica- se uma argamassa de baixo módulo de elasticidade, com a proporção sugerida de 1:2:9 (Thomaz, 1989).
O objetivo do uso de telas metálicas é estabilizar o sistema de recuperação, absorvendo as forças aplicadas e evitando sua movimentação. A capacidade das telas metálicas de absorver deformações contribui para manter a integridade do sistema reparado e prevenir a reocorrência das fissuras (Lordsleem Junior, 1997).
4.1.2 Infiltrações
Nas construções civis, a água pode penetrar nos espaços vazios de determinados materiais sólidos, que podem ser classificados em dois grupos distintos. O primeiro grupo, por sua vez, trata das infiltrações que ocorrem de dentro para fora, decorrentes de vazamentos na rede hidráulica, os quais são provocados por instalações inadequadas, uso de materiais impróprios ou ausência de revestimentos adequados para áreas úmidas. O segundo grupo referese à infiltração proveniente do exterior, causada por fatores como precipitação, umidade, tipo de solo ou ação de águas subterrâneas. No caso das infiltrações é necessário um processo de identificação da origem e causa da patologia, geralmente associada à falha ou ausência de impermeabilização adequada (NBR 9575).
4.1.2.1 Infiltrações internas
4.1.2.1.1 Infiltração interna por falhas hidráulicas e sanitárias
O uso de materiais hidráulicos e sanitários de qualidade comprovada e procedência confiável, como tubos, conexões, torneiras, chuveiros, ralos e entre outros, é essencial para garantir a durabilidade e o desempenho adequado das instalações. A escolha de produtos com reconhecida qualidade e fabricados por empresas de confiança minimiza o risco de falhas e desgastes precoces conforme ilustrado na figura 11. Além disso, é fundamental contar com mão de obra qualificada para a execução e o manuseio desses materiais. Profissionais capacitados asseguram a correta instalação, evitando erros de execução que possam comprometer o funcionamento e a segurança do sistema hidráulico. Dessa forma, a combinação de materiais de excelência, profissionais experientes e projetos bem dimensionados é a chave para garantir o sucesso e a longevidade das instalações (Gnipper; Mikaldo, 2007).
Figura 11 – Vazamento sanitário
Fonte: HIGITEC,2022
4.1.2.1.2 Infiltração interna por condensação
A condensação, resultante da precipitação do vapor de água, é um fenômeno recorrente no cotidiano, sendo praticamente inevitável, especialmente em ambientes como banheiros e cozinhas conforme observado na figura 12. As manifestações dessa patologia podem ser temporárias ou permanentes, dependendo do grau de exposição ao fator causador. Durante períodos de maior umidade, como em épocas chuvosas, é comum o surgimento de fungos, os quais podem representar riscos à saúde (Cechinel; Vieira; Mantelli, 2009).
Figura 12 – Infiltração por condensação
Fonte: Energyshield, 2021
Esse tipo de infiltração é especialmente preocupante, pois tende a penetrar mais profundamente nos poros de materiais como o gesso e outros revestimentos, o que facilita o desenvolvimento de mofo. Uma solução potencial para mitigar essa patologia é a melhoria da ventilação dos ambientes, uma vez que a circulação de ar adequado pode ajudar a reduzir a umidade e, consequentemente, a proliferação de fungos (Neves, 2021).
A patologia ocorre devido à falta de ventilação adequada ou à ventilação insuficiente, o que resulta em paredes geralmente mais frias do que o ambiente externo (Rodrigues; Santos 2022). A umidade gerada cria condições favoráveis para o surgimento de mofo e manchas, além de representar riscos à saúde. A ausência de uma ventilação eficiente não só compromete o bem- estar dos moradores, provocando maus odores, ar abafado, problemas respiratórios e o aparecimento de mofo, como também pode causar danos nos sistemas construtivos das edificações (Bauermann, 2018).
4.1.2.1.3 Infiltração interna por áreas úmidas
As áreas úmidas demandam especial atenção durante o processo construtivo, pois são mais expostas ao contato com a água em comparação com outras partes da edificação, como cozinhas, banheiros, áreas de serviço e sacadas. Essas regiões estão sujeitas a umidade frequente, seja devido à lavagem constante ou à exposição direta à chuva.
Para prevenir problemas como umidade e infiltrações, é fundamental adotar um procedimento minucioso que ofereça maior proteção e uma intervenção duradoura nesses ambientes, assegurando assim o conforto dos moradores e evitando a necessidade de reparos futuros (Silva; Sales, 2013).
A impermeabilização correta e eficiente das áreas úmidas é uma medida preventiva que protege contra possíveis danos causados por infiltração, como o surgimento de bolor, manchas, fissuras e até o desprendimento de revestimentos (Vedacit, 2012).
Uma área que demanda especial cuidado é o box do banheiro apresentado na figura 13, sendo um dos locais mais propensos ao surgimento de infiltrações (Vedacit, 2012). Além de estar exposto ao vapor gerado pelo chuveiro, o box também é constantemente sujeito ao contato direto com a água.
Figura 13 – Infiltração no banheiro
Fonte: Martec, 2022
Por isso, é essencial impermeabilizar adequadamente tanto o piso quanto as paredes da área de banho, bem como os ralos. Essa medida preventiva é crucial para evitar infiltrações que podem comprometer a estrutura, gerando problemas como bolor, descolamento de revestimentos e danos estruturais (Souza; Fonseca, 2018).
4.1.2.2 Infiltrações externa
4.1.2.2.1 Cobertura
Quando os problemas de infiltração estão relacionados aos telhados e lajes, é comum que a patologia se manifeste no teto. No entanto, ela também pode ocorrer na parte superior das paredes. O telhado é o principal elemento de estanqueidade de uma cobertura, e a utilização de materiais de baixa qualidade, aliada à aplicação inadequada de técnicas construtivas, pode comprometer a eficiência da edificação, resultando em goteiras e infiltrações (Diniz, 2023)
Além disso, a manutenção regular das calhas é de extrema importância. A limpeza periódica das calhas evita o acúmulo de detritos e o consequente entupimento, que pode agravar problemas de infiltração. No caso de construções sem telhado, como em lajes expostas, é fundamental verificar e manter a impermeabilização em boas condições, garantindo a proteção contra infiltrações e prolongando a durabilidade da estrutura. Manutenções preventivas são essenciais para evitar danos maiores e garantir a eficiência da edificação ao longo do tempo (Verçoza, 1991).
Para a impermeabilização de lajes, é comum a utilização de materiais flexíveis, devido às variações térmicas a que essas estruturas estão sujeitas. O uso de membranas flexíveis, destacando sua fácil aplicação no local e a vantagem de não possuir emendas em vãos menores (Cristiano 2018). O uso de mantas asfálticas para lajes superdimensionadas, que devem ser escolhidas conforme o desempenho do lote, levando em consideração as características específicas de serviço (Hussein, 2013).
Após a execução do processo de impermeabilização, deve ser realizado o ensaio de estanqueidade. Esse ensaio consiste em distribuir uma lâmina d’água sobre toda a superfície da laje, que deverá permanecer por um período de 72 horas, sem que ocorra qualquer infiltração ou vazamento (NBR 9574:2008).
4.1.2.2.2 Eflorescência
Silva e Sales (2013) definem as eflorescências como depósitos de sais que se formam na superfície das paredes, resultantes da migração desses sais, trazidos pela umidade do interior para o exterior da estrutura, tornando-se visíveis à medida que se acumulam. Por outro lado, as criptoflorescências, embora decorram do mesmo processo e pela mesma causa, distinguem-se das eflorescências por formarem grandes cristais de sais que se fixam no interior da parede ou da estrutura, ao invés de se manifestarem na superfície.
As manchas de coloração branca que surgem em paredes e pisos são um tipo de patologia que afeta materiais porosos, como concreto, argamassa, tijolo, pedra e cerâmica, prejudicando a estética das edificações. Segundo Souza (2008), essa manifestação se dá pela migração de sais até a superfície durante o processo de evaporação da água, solidificando-se ao entrar em contato com o dióxido de carbono presente no ar, resultando em manchas visíveis quando a edificação está exposta à umidade. A presença desses sais na construção ocorre simultaneamente devido à utilização de insumos contaminados, à água e à pressão hidrostática.
Para prevenir a ocorrência desse tipo de problema, é fundamental que, na fase de projeto, seja feita a escolha de materiais de construção com menor permeabilidade, além da implementação de um sistema adequado de impermeabilização (Bauermann, 2018).
Conforme Bauermann (2018), para eliminar eflorescências em situações em que essa patologia já está presente conforme figura 14, recomenda-se esfregar a área afetada com uma escova de aço, seguida pela limpeza com água corrente. Se a utilização de produtos químicos for necessária, deve-se optar por aqueles que não causem danos à superfície.
Figura 14 – eflorescência
Fonte: Doctor pool, 2023
4.1.2.3 Uso de impermeabilização
É fundamental utilizar a impermeabilização apropriada, conforme quadro 3, para cada situação na construção e manutenção de uma edificação, a fim de combater infiltrações, tanto internas quanto externas. Essa prática é essencial para prevenir o surgimento de patologias que possam comprometer a integridade da estrutura e a saúde dos ocupantes.
De acordo com a NBR 9575/2010, a impermeabilização visa proteger as construções dos efeitos prejudiciais de fluidos e seus derivados, utilizando um conjunto de elementos e componentes. A norma também destaca que, em geral, a impermeabilização consiste em um conjunto de camadas, cada uma com funções específicas.
Conforme Righi (2009), “quanto maior o atraso no planejamento e na execução do processo de impermeabilização, mais elevado será o custo, podendo chegar a ser até 15 vezes maior se realizado após o surgimento do problema, quando o usuário final já estiver ocupando o imóvel.” Com um planejamento adequado, o investimento necessário para a impermeabilização de uma edificação representa entre 1% a 3% do custo total da obra apresentado na figura 15.
Figura 15 – gráfico de custo em obra
Fonte: Manual Técnico Impermeabilização de Estruturas – VEDACIT (2010, p. 6)
Quadro 3 – Classificação dos sistemas impermeabilização pela ABNT NBR 9575/2010:
Fonte: Vasconcelos (2015).
4.1.3 Carbonatação do concreto
A carbonatação do concreto é um processo físico-químico que ocorre quando o dióxido de carbono (CO2) presente na atmosfera penetra nos poros do concreto e reage com produtos
resultantes da sua hidratação, como o hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) e o silicato de cálcio hidratado (C-S-H), formando carbonato de cálcio (CaCO3) e gel de sílica. As equações que descrevem esse processo são apresentadas na literatura (ROSTAMI et al., 2012).
Inicialmente, o concreto apresenta um ambiente altamente alcalino, com pH em torno de 13, devido à elevada concentração de Ca(OH)2 gerada pela hidratação dos silicatos de cimento e álcalis presentes. Essa alta alcalinidade cria uma camada passivante ao redor das barras de aço, protegendo-as da corrosão. À medida que o CO2 se infiltra, ocorre a formação de CaCO3 e água, resultando na diminuição do Ca(OH)2 e no aumento gradual do conteúdo de CaCO3. Como o carbonato de cálcio é facilmente lixiviado, o concreto se torna um ambiente com menor pH, reduzindo sua alcalinidade e comprometendo a camada passivante do aço, que se torna suscetível à corrosão (Lu et al., 2018; Monteiro et al., 2012; QIU, 2020; Werle; Kazmierczak; Kulakowski, 2011).
Embora a carbonatação não cause danos imediatos ao desempenho do concreto e, em alguns casos, até melhore sua resistência à compressão (Chi; Huang; Yang, 2002), o problema surge quando a frente de carbonatação alcança a armadura. Isso resulta na despassivação do aço, expondo-o diretamente ao oxigênio e à água, o que propicia sua corrosão (Ann et al., 2010).
4.1.4 Corrosão da armadura
O processo de corrosão resulta na formação de óxidos e hidróxidos de ferro, que ocupam entre três e dez vezes mais volume do que a armadura original, ainda não corroída, dentro do concreto. Essa expansão gera tensões internas superiores a 15 MPa. O esforço radial nas barras de aço causa fissuras no concreto. Essas fissuras, que se desenvolvem de forma paralela às barras corroídas, são classificadas como fissuras progressivas ativas, pois aumentam à medida que o processo corrosivo avança. O aumento contínuo dessas fissuras provoca o desplacamento do concreto, expondo ainda mais as barras de aço à corrosão (Cascudo, 1997)
Para evitar esse problema, é necessário garantir que a camada de concreto seja suficientemente espessa para proteger a armadura de aço contra a exposição direta à atmosfera. A espessura deve ser ajustada de acordo com a agressividade do ambiente local. É importante ressaltar que, como mencionado anteriormente, a deterioração do concreto aumenta a probabilidade de exposição e subsequente corrosão da estrutura de aço.
A manifestação inicial da corrosão do aço em estruturas de concreto armado é o aparecimento de fissuras e manchas de coloração marrom-avermelhada, decorrentes do processo corrosivo em estágio inicial (Marcelli, 2007). A ferrugem nas armaduras se desenvolve de fora para dentro, provocando uma redução gradual da seção do aço. Esse processo resulta na diminuição da capacidade de resistência da armadura devido à redução da área de aço disponível (Souza; Ripper, 1998).
Conforme Helene (1986), em casos de corrosão das armaduras, é possível recuperar a estrutura danificada utilizando mão de obra especializada, visto tratar-se de um procedimento delicado. São três etapas para o reparo:
- Limpeza rigorosa da peça e remoção do concreto danificado e da ferrugem da barra: A remoção do concreto danificado deve ser profunda o suficiente para eliminar o concreto degradado e a camada alcalina ao redor das novas barras de aço. A profundidade mínima do corte deve ser de 2 cm ou igual ao diâmetro da barra, e a extensão deve assegurar a completa remoção da oxidação sem comprometer o elemento estrutural. Dependendo da degradação, pode haver perda da capacidade estrutural, sendo necessário o escoramento ou macaqueamento. Esse corte exige mão de obra especializada e acompanhamento técnico de engenheiro. Após a retirada do concreto deteriorado, devem ser realizados jatos de areia, ar comprimido e água para limpar a superfície.
- Análise da seção transversal da barra e comparação de resistência: Na inspeção da armadura corroída, admite-se geralmente uma perda de até 10% da seção de aço, sem comprometer a resistência. Se a redução da seção comprometer a capacidade de carga, pode-se utilizar emenda por transpasse, adicionando novas barras à estrutura, quando esta permitir. Esse método é o mais adequado quando há espaço para a inserção das barras de reforço (Marcelli, 2007). Caso o transpasse não seja viável, outras soluções incluem luvas mecânicas ou emendas com solda (Souza; Ripper, 1998).
- Reconstrução do cobrimento: Marcelli (2007) classifica o restauro em duas categorias: superficial localizado ou abrangente e profundo. Para cada tipo de reparo, existem materiais específicos, como grautes, argamassas poliméricas e adesivos epóxi, conforme a situação. O fundamental no reparo é garantir boa aderência entre o concreto antigo e o novo, evitar a retração por secagem e assegurar alta resistência.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A conclusão deste trabalho ressalta a importância fundamental da manutenção predial na preservação da durabilidade, segurança e funcionalidade das edificações. As patologias construtivas, como trincas, fissuras, infiltrações e corrosão das armaduras, afetam significativamente a integridade das estruturas e, quando não tratadas de forma preventiva, podem resultar em elevados custos de reparo e riscos à segurança dos ocupantes.
As patologias podem ser entendidas como falhas ou defeitos que surgem em diversos elementos construtivos, resultantes de uma combinação de fatores, como falhas de projeto, execução inadequada, uso de materiais de baixa qualidade, falta de mão de obra qualificada e ausência de manutenção. Essas falhas afetam não apenas a estética, mas, principalmente, a funcionalidade e a segurança das edificações.
A manutenção predial, realizada de maneira contínua e preventiva, é essencial para identificar e corrigir falhas em seus estágios iniciais, evitando o agravamento das patologias e prolongando a vida útil das construções. Este trabalho destaca que o seguimento de normas técnicas, o uso de materiais de qualidade e a contratação de profissionais qualificados são fatores determinantes para minimizar a ocorrência dessas patologias e assegurar que as edificações permaneçam funcionais e seguras ao longo do tempo. Portanto, a manutenção predial não é apenas uma medida corretiva, mas uma estratégia preventiva indispensável para garantir a integridade, evitar degradações prematuras, promover a segurança e durabilidade da estrutura e o bem-estar dos ocupantes.
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1Discente do curso de Engenharia Civil da Faculdade de Ilhéus, Centro de Ensino Superior, Ilhéus/Bahia e e-mail: carlosgenttil@hotmail.com
2Discente do curso de Engenharia Civil da Faculdade de Ilhéus, Centro de Ensino Superior, Ilhéus/Bahia e e-mail: lauany2003@hotmail.com
3Discente do curso de Engenharia Civil da Faculdade de Ilhéus, Centro de Ensino Superior, Ilhéus/Bahia e e-mail: ryanphonesilva@icloud.com
4Docente do curso de Engenharia Civil, co-orientadora da Faculdade de Ilhéus, Centro de Ensino Superior, Ilhéus/Bahia e e-mail: Ittanalins@gmail.com
5Docente do curso de Engenharia Civil, co-orientador do TCC da Faculdade de Ilhéus, Centro de Ensino Superior, Ilhéus/Bahia e e-mail: krausefisico@gmail.com
6Docente do curso de Engenharia Civil, orientador da Faculdade de Ilhéus, Centro de Ensino Superior, Ilhéus/Bahia e e-mail: felipeestrela84@yahoo.com.br