UNIVERSITY LIFE AND MENTAL HEALTH: WAYS OF CARING FOR AND PROMOTING THE MENTAL HEALTH OF MEDICAL STUDENTS IN THE ACADEMIC ENVIRONMENT
REGISTRO DOI:10.69849/revistaft/fa10202410282236
Railane Magalhães Ramos1,
Endyel Silveira Soares2,
Sônia Cardoso Moreira Garcia3,
Rhanica Evelise Toledo Coutinho4
RESUMO
O período de transição que o jovem enfrenta ao ingressar no ensino superior é de extrema importância, pois o inicio da vida acadêmica é marcado por grandes desafios que envolvem mudanças, muitas vezes extremas, na vida do estudante, como saída de casa, distância da família e a grande demanda que o ensino superior impõe. Esse nível de cobrança pode ser um fator contribuidor para o desenvolvimento de transtornos mentais como ansiedade, depressão e até mesmo ideações suicidas. É importante ressaltar que a universidade tem um papel importante nessa transição, no acolhimento e direcionamento desses jovens, tanto para prevenção desses quadros, como para promoção da saúde mental e bem-estar dos estudantes de medicina que estão enfrentando algum desses transtornos. O presente trabalho mostrou que a implantação de programas de promoção como apoio psicológico e psicopegagógico, desenvolvimento de habilidades de enfrentamento de estresse e rodas de conversas sobre saúde mental são iniciativas promissoras para a melhora desses quadros e um facilitador do autoconhecimento e autocuidado durante a jornada universitária.
Palavras-chave: Medicina, ansiedade, depressão, suicídio, saúde mental.
ABSTRACT
The transition period that young people face when they enter higher education is extremely important, as the start of academic life is marked by major challenges that involve changes, often extreme in the student’s life, such as leaving home, distance from family and the great demands that higher education imposes. This level of pressure can be a contributing factor to the development of mental disorders such as anxiety, depression and even suicidal ideation. It is important to emphasize that the university plays an important role in this transition, in welcoming and guiding these young people, both to prevent these conditions and to promote the mental health and well-being of medical students who are facing any of these disorders. This study showed that the implementation of promotion programs such as psychological and psycho-pedagogical support, the development of stress coping skills and mental health conversation circles are promising initiatives for improving these conditions and facilitating self-knowledge and self-care during the university journey.
Keywords: Medicine, anxiety, depression, suicide, mental health
INTRODUÇÃO
O ingresso na universidade é um marco de um período de transição com significativa importância para os jovens. Nessa mudança, os estudantes se veem diante de desafios que envolvem a tomada de decisões sobre sua vida pessoal e acadêmica; o ajuste às exigências acadêmicas e à interação com um leque variado de pessoas. Além disso, muitos desses jovens precisam deixar suas famílias pela primeira vez, distanciando-se, assim, de sua rede de apoio (Hernandez-Torrando et al., 2020).
Grande parte dos problemas de saúde mental se desenvolve no início da vida. Segundo Brown (2018), 75% dos casos surgem até os 25 anos de idade, o que nos leva a perceber que esses estudantes se encontram em um período de alto risco para o desenvolvimento de problemas de saúde mental.
Estudantes da área da saúde, com destaque para os acadêmicos de medicina, são mais suscetíveis a problemas de saúde mental devido à natureza estressante do ambiente acadêmico e profissional. A transição para a vida universitária pode ter um impacto drástico no bem-estar psicológico desses alunos. Assim, é essencial fornecer vigilância constante e apoio psicossocial, durante o curso, as expectativas e responsabilidades crescem ao decorrer da graduação, gerando tensões e angústias que afetam significativamente a saúde mental desses universitários (Nogueira et al., 2021).
Com isso, presume-se a importância de compreender as principais dificuldades que os estudantes vivenciam durante esse período, no exercício do seu papel acadêmico universitário, sobretudo para prevenir situações que podem vir a contribuir para o adoecimento desses alunos.
METODOLOGIA
Foi realizada pesquisa a partir de metodologia qualitativa com revisão narrativa da literatura sobre saúde mental de estudantes de medicina e formas de prevenção e promoção à saúde dentro do ambiente acadêmico. Para a referida revisão, os artigos foram selecionados nos bancos de dados da plataforma Pubmed, SCIELO e Google Acadêmico, com os seguintes descritores, “Ansiedade” “Depressão” ‘’Suicídio’’ “Estudante de Medicina” “Saúde Mental”. A seleção inicial foi feita por meio da leitura de títulos e resumos e selecionados para análise todos aqueles que mencionavam problemas de saúde mental enfrentados por estudantes de medicina. A seguir, todos os artigos selecionados foram lidos e selecionados aqueles que continham os critérios de inclusão. Foram selecionados trabalhos na língua portuguesa e inglesa, publicados no período compreendido entre 2015 a 2023, textos completos, revisões de literatura, estudos práticos, trabalhos que atendiam os objetivos previamente definidos e relevância dos estudos relacionados à temática. Foram excluídos os artigos encontrados que não se enquadravam no planejamento de pesquisa previamente estabelecida, que abordaram quaisquer das formas de ansiedade, depressão e suicídios que não em estudantes de medicina, ou aqueles que abordam a temática fora do âmbito acadêmico.
ADAPTAÇÃO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA AOS ANOS INICIAIS DA GRADUAÇÃO
A literatura mostra que o período de transição do ensino médio para o ensino superior é demasiado complexo e envolve desafios significativos para os jovens que iniciam a vida acadêmica, além da exigência de inúmeras habilidades desses alunos para lidar com os desafios e ser bem-sucedido no ambiente universitário (Ramos et al., 2018).
O estudante se vê diante de uma série de dificuldades que precisa enfrentar, como: desafios pessoais, familiares, interpessoais e institucionais. Diversas situações como sair da casa dos pais, mudança nos círculos de amizade, dificuldades em lidar com ausência de afeto, necessidade de aprovação dos pares e demandas impostas pela universidade podem ser importantes estressores para os universitários. Entende-se como fator estressor todo e qualquer evento, seja ele sistemático ou eventual, que desafie os limites e recursos psicológicos do indivíduo (Dias et al.,2019).
De acordo com um estudo realizado pela Retaguarda Emocional Para o Aluno de Medicina, da Santa Casa de São Paulo (REPAM), constituem-se os momentos mais críticos enfrentados pelos alunos: a entrada no curso, que requer toda a adaptação ao novo estilo de vida; o contato com o paciente, que exige do aluno não só o conhecimento teórico, mas também habilidade no relacionamento interpessoal.
Nesse contexto, esses estudantes enfrentam uma formação extremamente exigente e desgastante, na qual eles precisam internalizar inúmeros conhecimentos, dentro de um curto período, aprendendo a lidar com o sofrimento, a morte, e o perfil competitivo de sua formação (Tanaka, 2015).
O PARADIGMA DA PROFISSÃO MÉDICA
A construção social da profissão médica, vista como uma atividade nobre e de doação, salvamento de vidas e de construção de uma carreira de sucesso, geram uma enorme pressão e grande expectativa, muitas vezes distante da realidade, o que acaba por causar frustrações no ingressante do curso de medicina (Conceição et al., 2019).
Ward e Outram (2016) mostram a existência de uma cultura tóxica no meio médico, onde, há um estresse cronificado no exercício da profissão, pela exigência de excelência na prática médica e adoção de conhecimentos infalíveis. Diante disso, médicos e acadêmicos de medicina apresentam elevadas taxas de sofrimento psicológico, esgotamento, distúrbios mentais e até mesmo ideação suicida, quando comparada à população em geral.
Constantemente, esse discurso que o sofrimento faz parte do processo de se tornar médico é reafirmado tanto pela escola médica como pela sociedade, e a naturalização desse processo contribui para o adoecimento psíquico dos estudantes. Com isso, esses estudantes tendem a desenvolver estratégias para driblar o problema tais como negação, isolamento e silêncio sobre o acometimento. Um ciclo vicioso então se forma, fomentando o processo de desordens psíquicas entre os acadêmicos e dificultando ainda mais a interrupção do problema e imposição de mudanças (Conceição, 2019).
ANSIEDADE, DEPRESSÃO E SUICÍDIO ENTRE ALUNOS DE MEDICINA
O curso de medicina é tradicionalmente reconhecido pelo alto nível de exigência e pela sua dificuldade, o que demanda dos alunos uma dedicação extrema, além de resistência física e emocional. O alto custo de universidades particulares também é um ponto que somado à carga horária e grade curricular extensa, aumenta a pressão que este e aluno sofre: o primeiro do ponto de vista familiar, o último gerando um superdimensionamento do curso (Santos et al., 2018).
Com isso, esse alto nível de cobrança, frustração e esgotamento pode ocasionar o desenvolvimento de transtornos mentais, como ansiedade, depressão e síndromes, como burnout. Segundo Santos et al., 2018, é observada a auto-exigência, perfeccionismo e obsessão como sendo um traço de personalidade do estudande de medicina, associando este perfil a distúrbios, tais como automedicação, alcoolismo e uso de outras drogas e, por fim, maior propensão ao suicídio (Santos et al., 2018).
O estado ansioso surge no momento em que o aluno não consegue mais lidar com as adversidades, trazendo sentimento de impotência, chegando a seu próprio limite. Esses estudantes ansiosos, estudam muito e dormem muito pouco, não possuem tempo livre e acabam perdendo a oportunidade de se relacionar com seus amigos e família. Por fim, é relatada a sensação de fracasso, devido ao fato das atividades acadêmicas e ocupacionais se tornarem um peso, gerando insatisfação e podendo o quadro ansioso caminhar para a depressão (Santos, 2018).
Segundo Sol et al. (2022) os estudantes de medicina possuem maiores chances de apresentar sintomas associados à depressão ao decorrer do curso, quando comparado ao estudante de outras graduações e jovens adultos da mesma idade, podendo alcançar cerca de 50% dos acadêmicos de medicina. Além disso, posterior ao ingresso na universidade, ocorrem atividades de rotina que podem impactar o estado emocional do aluno, como as aulas de anatomia em cadáveres (Soeiro et al., 2022).
Como condição estigmatizada, a depressão pode causar sentimento de culpa, medo e vergonha aumentando os sentimentos de isolamento e solidão. Isso também ocorre por uma compreensão errônea de que é um sinal de fraqueza ou vulnerabilidade. Para mais, muitos alunos se sentem pressionados por expectativas construídas socialmente de que, para serem bons médicos, necessitam tolerar o estresse e a tensão imposta na graduação (Soeiro et al., 2022).
O suicídio adquire paulatinamente significativa expressão no ensino sobre saúde, com prevalência em diversos cursos de graduação, mas que se destaca em estudantes da área medica (Soeiro et al., 2021).
O estudo feito por Brito e Silva (2021) com estudantes de cursos de medicina do estado de Goiás, distribuídos em todos os anos da graduação, mostrou os seguintes dados: dos 865 entrevistados, 349 disseram sentir ansiedade diariamente; 227 afirmaram possuir sintomas de depressão diariamente. Outros 250 relataram possuir qualidade de sono ruim ou péssima, e 476 relataram apresentar pelo menos um desses 3 sintomas (Tabela 1).
Tabela 1. Sintomas de ansiedade e depressão em alunos de Medicina
Fonte: Brito e Silva (2021)
Um estudo realizado por Santos et al. (2018) em alunos de medicina do Centro Universitário apontou que 76% desses alunos fazem uso de álcool como forma de relaxamento. Mostrou também a alta incidência de alunos que fazem uso de medicação neuroestimulante para aumento da concentração e rendimento nos estudos, na maioria dos casos, sem prescrição médica. Outros 40% afirmaram fazer uso de cannabis ou calmantes para dormir (Gráfico 1).
Figura1: Relação do uso de drogas entre acadêmicos de medicina
Fonte: Santos et al. (2018)
Há uma fragilidade psicológica que culmina em déficits pessoais e interpessoais. Em um curso designado a cuidar dos outros, a carência de condições para o autocuidado reflete a necessidade de buscar a compreensão do sofrimento psíquico como válvula a fim de auxiliar a esses estudantes (Brito Júnior; Coelho; Serpa Junior, 2022).
AS BARREIRAS NA BUSCA POR APOIO PSICOLÓGICO ENTRE OS ESTUDANTES DE MEDICINA
Os fatores estressantes expostos no presente estudo, associados, fazem dos estudantes universitários uma população mais vulnerável às questões de saúde mental, quando comparado com outros jovens adultos, o que implica uma maior necessidade de cuidados profissionais. Porém, é observada uma certa relutância por parte de alguns alunos em buscar ajuda profissional (Denson, 2017).
Apesar do aumento da procura por serviço de aconselhamento psicológico, apenas um terço dos alunos com algum problema de saúde mental chegam a esses centros de apoio, estando os mesmos mais propensos a buscarem ajuda de amigos ou familiares do que os serviços formais (Brown, 2018).
Ainda, de acordo com Brown (2018), alguns estudantes de medicina relataram medo da estigmatização, colocando à prova sua aptidão para a prática médica, por estarem “mentalmente inaptos”. Porém, a estigmatização não foi vista como a maior causa de relutância entre os estudantes universitários, sendo observado como a maior barreira o fato de dos alunos quererem lidar com suas questões por conta própria (autogestão do problema), ou até mesmo por alegarem que o estresse é normal na universidade.
No estudo Cage et al. (2018) apontam que a falta de conhecimento sobre os serviços de aconselhamento disponíveis pode ser um fator que dificulta o acesso, pois a maioria dos estudantes sequer sabe onde requerer esse apoio. Outro aspecto significativo observado pelos autores é o fato de estudantes não buscarem apoio por não acreditarem que necessitam de tratamento, mesmo que tenham um risco elevado de suicídio.
O PAPEL DAS UNIVERSIDADES NO APOIO AO BEM-ESTAR MENTAL DOS ESTUDANTES
É evidente que é um dever das universidades apoiar e garantir tanto a segurança como o bem-estar de todos os discentes. Esse apoio é essencial para o cumprimento do papel central da instituição de ensino, ao proporcionar experiências acadêmicas de alta qualidade e, com isso, trazer resultados positivos à formação desses estudantes (Baik, 2019).
Atualmente, o aconselhamento é a forma de intervenção que apresenta maior consistência no ambiente acadêmico, com alguns resultados significativos. Porém, a capacidade de oferta desse serviço para um grande número de estudantes é limitada e, por isso, não pode ser vista como uma intervenção de primeira linha dentro dos institutos de ensino superior (Brown, 2018).
Dado que uma parte significativa dos alunos vai experenciar problemas de saúde mental durante o seu tempo de formação, e levando em consideração que, até os dias atuais, grande parte dos estudos têm se voltado para prevalência de transtornos psicológicos e pouco se fala sobre as medidas que esses institutos deveriam tomar para reduzir os fatores que contribuem para o surgimento desses problemas, Baik (2022) questiona como as universidades podem garantir e proporcionar ambientes de cuidado e promoção da saúde mental dos universitários.
A implantação de serviços de bem-estar e saúde mental dentro dessas universidades, certamente beneficia alunos que passam por situações de estresse, ansiedade e depressão. Além disso, a adoção de estratégias para o bem-estar dos estudantes inclui recomendações para uma gestão mais inclusiva dos problemas de saúde mental, desenvolvimento de políticas de apoio, melhor acessibilidade e até mesmo a formação de uma rede de apoio entre os pares (Carter, 2017).
RESULTADOS
Através da utilização de artigos científicos para a elaboração desta pesquisa bibliográfica, pôde-se definir que os problemas de saúde mental dos estudantes de medicina dentro do ambiente acadêmico têm tomado proporções expressivas, o que traz à luz a constante necessidade de observação dos fatores determinantes e condicionante do desencadeamento dos quadros ansiosos, depressivos e ideação suicida dentro dessa população.
Dessa maneira, foram utilizados recursos bibliográficos e científicos para nos debruçarmos sobre os fatores desencadeantes e toda a repercussão negativa e limitante na trajetória dos estudantes que passam por um dos quadros supracitados em algum momento da graduação. Para isso, utilizou-se 45 artigos, dentre os quais, 10 foram utilizados na elaboração dos resultados.
Tabela 2: Análises dos artigos
Autor/Ano | Título | Local de publicação/ Idioma | Conteúdo |
ANTÚNEZ, et al. (2021) | Rodas de conversa na universidade pública durante a pandemia covid-19: educação e saúde mental. | Revista Construção Psicopedagógica. Português. | O artigo aborta a importância da atuação de rodas de conversa dentro do ambiente acadêmico. Participaram do estudo 250 estudantes de graduação e pós-graduação, professores e funcionários de qualquer gênero e idade com vínculo à Universidade de São Paulo. A partir disso notasse a importância dessa atividade a fim de fortalecer relações, entender o sentimento do outro, praticar a escuta e como resultado maior melhor a saúde mental desse público. |
BEUTLER; CLARKIN (2014). | Systematic Treatment Selection: Toward Targeted Therapeutic Interventions | Inglês. | O livro aborta a integração e a prescrição sistemática de intervenções voltadas a saúde mental associada ao perfil de cada paciente e suas queixas. |
MACHADO et al. (2020). | Saúde mental de estudantes universitários em moçambique: experiências de uma roda de conversa | Revista Trabalho (En) Cena. Português | O Estudo retrata uma roda de experiência com a realização de rodas de conversa entre estudantes de ambos os sexo na Universidade Publica Moçambicana. O artigo ressalta como essa pratica impacta de forma positiva a saúde mental dos estudantes e sua vivencia como um todo dentro do ambiente acadêmico. |
MURAKAMI, K. et al (2018). | Atuações de um centro educacional e psicológico junto a estudantes universitários. | Revista Brasileira de Orientação Profissional. Português. | O artigo descreve o funcionamento e a importância da criação de Centro de Apoio Educacional e Psicológico nas Universidades. Ressalta como os mesmo tendem a auxiliar estudantes a lidarem com os múltiplos desafios que o ensino superior pode gerar. |
OLIVEIRA; SILVA, (2018). | A Psicologia na promoção da saúde do estudante universitário | Revista Psicologia Diversidade e Saúde. Português | Este estudo identificou e analisou as práticas desenvolvidas por psicólogos nos serviços de apoio estudantil das universidades públicas federais de Minas Gerais. Dezenove psicólogos participaram do estudo qualitativo e forneceram respostas. O o papel do psicólogo no atendimento aos alunos e na contribuição para a saúde mental dos estudantes. |
RAMOS, F. P. et al (2018). | Oficina de Controle de Ansiedade e Enfrentamento do Estresse com Universitários | Revista do Programa de Pós-graduação em psicologia da universidade de santa cruz do sul. Português. | O estudo avaliou os níveis ansiedade e de estresse de universitários antes e após a participação dos mesmos em oficinas de controle de ansiedade e de enfrentamento do estresse. As oficinas foram avaliadas de forma positiva desenvolvendo autoconhecimento e autocontrole ocasionado pelo apoio social recebido pelos participantes. |
SOUZA; FAVARIN ; SCORSOLINI-COMIN. (2021) | Estratégias grupais para promoção de saúde em universitários. | Educação UFSM/ Português. | O artigo caracteriza os estudos científicos sobre atividades em grupos, realizadas como forma de promoção e prevenção da saúde mental em universitários. Os estudos com comparação pré e pós-teste demonstraram benéfico na maioria das intervenções em grupo. |
MENEZES DOS ANJOS; CAMELO, (2019). | Satisfação com os estudos, cansaço emocional e estratégias de enfretamento em estudantes universitários em Manaus | Revista INFAD de Psicología. International Journal of Developmental and Educational Psychology. Português. | O estudo correlaciona satisfação com os estudos, estratégias de enfrentamento e exaustão emocional entre estudantes. Os resultados ressaltam que as estratégias mais empregadas pelos participantes do estudo foram planejamento, enfrentamento ativo, religião e apoio emocional e que estudantes com autoestima elevada ficam mais satisfeitos com os estudos e vivenciam menos exaustão emocional. |
CUNHA (2001). | Manual da versão em português das Escalas Beck | Casa do Psicólogo/ Português/ BR | O manual trata de uma lista de 20 itens que constituem a descrição de sentimentos e pensamentos relacionados à desesperança. Nessa avaliação, os indivíduos respondem aos itens indicando o grau de concordância com cada afirmação. A escala varia da pontuação 0, onde se descorda totalmente a 3 onde concorda totalmente com a afirmação. |
LIPP (2005). | Manual do Inventário de Sintomas de Stress para adultos de Lipp. | Casa do psicólogo/ Português/ BR | Este trabalho teve por objetivo submeter o Inventário de Sintomas de Stress em adultos a um estudo de validação. Foi feita a aplicação do ISS-I nas crianças e de um questionário nos profissionais. |
Fonte: Autoria própria
Programa de Orientação e Aconselhamento Psicológico
Em 1990 foi criado o centro de apoio educacional e pedagógico (CAEP), dentro de uma instituição pública, a partir da observação de demandas pela comissão de graduação da instituição, sobre a saúde mental dos estudantes de medicina. Inicialmente, as discussões para a implantação desse serviço intensificaram ao constatar a necessidade de atenção às dificuldades emocionais que esses alunos vivenciavam durante o curso (Murakami, 2018).
Hoje, esses serviços de apoio ao estudante universitário existem em diversas instituições de ensino superior no Brasil e no mundo. Eles contam com profissionais das áreas de educação ( psicopedagogos e pedagogos), na assistência social, na área da saúde mental (psicólogos e psiquiatras) e profissionais da saúde (médicos e dentistas) (Murakami, 2018).
Psicólogos atuantes desses serviços acreditam que a contribuição de sua atuação para a educação se dá por meio de intervenções institucionais, no atendimento dos estudantes, na escuta psicológica, projetos desenvolvidos em grupos e na promoção da qualidade de vida dessa população. De maneira geral, todas essas formas de contribuição estão intimamente relacionadas e devem ser consideradas em seu conjunto, a fim de trazer impacto positivo no sistema educacional (Oliveira; Silva, 2018).
Com isso, entendemos que essas ações de assistência e promoção da saúde do universitário devem promover articulação com o ensino, tendo como finalidade aumentar a sua eficácia, uma vez que todos que buscam uma educação de qualidade têm como um grande desafio promover um espaço educativo eficiente na promoção de saúde para essa comunidade acadêmica, e o profissional psicólogo se tornam fundamental para alcançar essa conquista (Oliveira; Silva, 2018).
Programa de Desenvolvimento de Habilidades de Enfrentamento da Ansiedade e Estresse
Ramos et al. (2018), descreveu em seu trabalho, uma proposta de oficina de controle da ansiedade e enfrentamento do estresse baseada nos princípios na clínica comportamental. A oficina contava com oito sessões, mais duas sessões de coleta de dados, uma ao fim do primeiro encontro e a segunda ao final dos oito encontros.
A coleta de dados foi realizada através de um “Questionário de dados Sociodemográficos (QDS)” ( Beutler e Clarkin (2014); Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp – ISSL (Lipp, 2005); e Inventário de Ansiedade Beck – BAI (Cunha, 2001). A oficina foi realizada no âmbito do projeto de extensão “Serviço de atenção psicológica ao graduando da Universidade Federal do Espírito Santo”.
Na primeira sessão, foi realizado acolhimento dos participantes pelos terapeutas que frisavam a importância dos universitários terem buscado este auxílio. A partir disso, foi realizada uma dinâmica com pequenos grupos onde, com o auxílio de cartolinas, os acadêmicos escreviam o que acreditavam ser a diferença entre estresse e ansiedade.
Os encontros que se sucederam abordavam dinâmicas e atividades como: Identificar as fontes de estresse e ansiedade; desenvolvimento de técnicas de relaxamento passivo; ensaios comportamentais mediante situações de estresse vivido pelos participantes; discussão sobre a importância de uma boa alimentação e prática de atividade física na prevenção do estresse e ansiedade
A oitava e última sessão foi marcada por uma dinâmica, realizada pelos terapeutas, de avaliação da oficina a qual fizeram parte, onde os acadêmicos eram solicitados a compartilhar suas percepções, positivas e negativas, sobre a oficina. O encontro foi finalizado com confraternização do grupo com um lanche, seguido da entrega dos certificados de participação.
Os resultados dos questionários utilizados mostraram que 90,9% dos participantes apresentaram sintomas de estresse e ansiedade no primeiro dia da oficina. Esse percentual foi reduzido para 72,75%, de acordo com o questionário aplicado ao final da oficina. A oficina foi avaliada positivamente, tanto em função da promoção do autocontrole e autoconhecimento, como pelo apoio social relatado pelos participantes (RAMOS et al., 2018).
Rodas de Conversa Sobre Saúde Mental na Universidade
Roda de conversa é definida como um instrumento metodológico que tem como finalidade compartilhar pontos de vistas de um grupo sobre os demais variados assuntos, sendo gerais ou específicos, debruçando-se no exercício de reflexão mútua (Machado et al., 2020).
Cada roda de conversa é uma experiência única, que ocorre através da interação dos participantes, e mediada por um coordenador. No ambiente acadêmico, em especial quando os membros são estudantes e os coordenadores são do corpo docente, é importante observar se lhes é assegurado o direito de exercício livre da fala, ou de liberdade para que os mesmos se expressem (Machado et al., 2020).
De acordo com Antúnez et al. (2020), essas experiências compartilhadas trazem a sensação de pertencimento a um grupo, pertencimento a uma comunidade que pode sofrer e não ter medo de expressar esse sofrimento, sem que isso seja encarado como uma fraqueza, mas sim traz a possibilidade de desenvolver potenciais de resiliência quanto à condição humana. A oportunidade de conversar sobre esses assuntos que tocam o íntimo de cada participante possibilita a expressão de assuntos que também podem ser vividas por outros, tornando essa experiência pessoal uma comum a muitos outros.
No estudo abordado por Machado et al. (2020), as rodas de conversas no ambiente acadêmico tiveram como motivação o discorrer sobre três temas ligados à saúde mental dentro desse ambiente : aspectos interpessoais, administrativos, sobre o modo de organização das disciplinas ministradas e do próprio curso e aspectos estruturais, relacionados às condições de estudo que a instituição de ensino oferece.
A participação dos estudantes nessas atividades não só permite que os mesmos compartilhem seus próprios pontos de vistas sobre determinadas questões, mas também pode proporcionar uma experiência de empatia em relação aos demais participantes, sendo uma ferramenta importante no exercício de sua profissão (Machado et al., 2020).
De forma geral, fica evidenciada a importância da intervenção dessa modalidade para a melhora da saúde mental dos universitários. Além disso, cabe salientar que essa atividade grupal apresentar um custo benefício conveniente para as instituições de ensino, as quais, de maneira geral, não possuem profissionais de saúde mental suficientes para atender a crescente demanda nesse ambiente (Souza; Savarin; Scorsolini-Somim, 2021).
DISCUSSÃO
Os Estudantes de medicina estão notavelmente vulneráveis a problemas que tangem a saúde mental, sendo uma questão crescente no ambiente acadêmico. As evidências dos estudos indicam que questões como ansiedade depressão e ideação suicida afetam o bem estar desse aluno, sua qualidade se vida e possuem um impacto negativo significativo em seu desempenho acadêmico. A intensidade da grade curricular, aliada a expectativas pessoais, demandas sociais, corroboram para o agravamento dos aspectos da saúde mental dos acadêmicos. Essa realidade ressalta a importância de implementar estratégias de prevenção e promoção de saúde mental dentro do ambiente acadêmico e como as mesmas podem mitigar essa problemática, melhorando o bem estar dos alunos e otimizando seu desempenho na formação profissional.
Os achados de Oliveira & Silva (2018) ressaltam que o aconselhamento psicológico não se limita ao auxilio de questões emocionais, mas também desempenha papel fundamental no apoio a toma de decisões acadêmicas desses estudantes. Papel esse que é crucial no curso de medicina considerando sua intensidade e competitividade, onde os estudantes frequentemente lidam com altos níveis de estresse e incerteza sobre seu futuro profissional, como a escolha da residência.
Esses programas, ao gerarem uma comunicação entre as atividades de ensino e apoio psicológico como proposto por Murakami (2018), possuem capacidade para reduzir o impacto de questões emocionais que podem surgir ou se potencializar durante a graduação em medicina. A integração de educadores, psiquiatras, psicólogos, possibilita uma perspectiva abrangente sobre às necessidade dos alunos, aspecto sinalizado por Oliveira & Silva (2018).
O plano de enfrentamento desempenha um papel de extrema importância no manejo dos desafios que tangem a saúde mental dos acadêmicos de medicina. Segundo Menezes e Camelo (2019), as estratégias de enfrentamento incluem planejamento, apoio emocional, aceitação e reinterpretação positiva, que são fundamentais para lidar com situações estressantes. O planejamento, por exemplo, permite que os estudantes analisem as adversidades e busquem soluções eficazes, contribuindo para sua realização acadêmica e profissional.
Ponto esse observado nas oficinas de enfrentamento de estresse, relatadas por Ramos et al. (2018), bem como a técnica de Rodas de Conversa, abordada no estudo de Machado et al. (2020), onde participantes foram encorajados a analisar e compreender seus motivos de estresse, falar sobre suas angústias e desenvolver estratégias para enfrentar suas fontes estressoras. Esses números obtidos nos estudos corroboram com a eficácia dessas intervenções, confirmando que estratégias bem desenvolvidas possuem resultados favoráveis na saúde mental dos estudantes.
As práticas discutidas possuem um impacto significativo na redução dos níveis ansiedade e estresse dos estudantes de medicina. As universidades, ao incluírem essas estratégias de enfrentamento, estarão proporcionando uma melhor vivencia acadêmica, além de preparar os estudantes para os desafios emocionais que enfrentarão em suas carreiras profissionais, como destaca Oliveira & Silva (2018).
CONCLUSÃO
O presente estudo reforçou uma preocupação existente e já evidenciada há algumas décadas. Essa preocupação gira em torno do maior índice de sintomas depressivos e ansiosos na comunidade acadêmica, no curso de medicina. O estudo identificou também os principais fatores que podem desencadear esses quadros, desde o início da graduação até os anos finais.
Foram observados também alguns impeditivos na busca por ajuda, por parte dos alunos que estão enfrentando algum tipo de sofrimento mental, como medo do estigma, sensação de incapacidade perante seus colegas, normalização do sofrimento como parte da jornada do estudante de medicina e, por fim, a tentativa de lidar com seus problemas por conta própria.
Porém, os estudos expostos no presente trabalho mostram que há formas variadas e eficazes de se promover um ambiente de cuidado integral à saúde mental dessa população que se encontra em situação de vulnerabilidade dentro do ambiente acadêmico.
Portanto, fica evidente que as instituições de ensino superior necessitam se comprometer com o desenvolvimento do estudante, não só no âmbito educacional e curricular, mas com assistência integral, durante essa etapa tão importante na formação de futuros profissionais médicos.
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