REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102410280520
Karina Silveira de Castro Namorato
Maria Cecília Pereira Araújo
Fabiana Dantas Meirelles
Gabriela Lourenço Alves Almeida
Lorrany Raicy Costa
Stéphanny Maria Meira
Resumo
As trincas dentárias representam um desafio clínico relevante, especialmente em dentes restaurados com amálgama, material que foi muito utilizado devido à sua resistência e longevidade. Este estudo objetiva explorar a correlação entre a presença de trincas dentárias e restaurações em amálgama, através de um relato de caso clínico. A metodologia incluiu uma avaliação detalhada dos dentes que apresentavam restaurações em amálgama, como observações sobre a queixa principal da paciente, a extensão e direção das trincas, possíveis fatores etiológicos, a vitalidade dos dentes em questão, além da análise do histórico clínico do paciente. No caso relatado, foi identificada uma associação significativa entre as trincas e as restaurações em amálgama, sugerindo que o estresse mecânico gerado por essas restaurações podem contribuir para a propagação de fissuras dentárias. As possíveis implicações clínicas desse caso foram discutidas, considerando as limitações do material restaurador e propondo alternativas que pudessem minimizar a progressão das trincas, como o uso de materiais restauradores resinosos, associando-se às técnicas preventivas. Os dentes 46 e 47 foram radiografados para verificar profundidade das restaurações em amálgama, já orientando a paciente sobre possível necessidade de tratamento endodôntico no dente 47. Em seguida, foi realizada a remoção das restaurações em amálgama dos dentes, fazendo-se necessário o alívio de dor no dente 47 nesta mesma sessão. O dente 46 recebeu o tratamento restaurador na mesma sessão da remoção do amálgama e o dente 47 em uma sessão após a finalização do tratamento endodôntico. Diante do exposto, o diagnóstico precoce das trincas e a seleção adequada do material restaurador são fundamentais para a longevidade das restaurações e para a saúde dental do paciente.
Palavras-chave: Síndrome do Dente Rachado. Dente Rachado. Restauração dentária. Resinas Compostas.
1 INTRODUÇÃO
A “síndrome do dente trincado” descrita por Cameron pela primeira vez, considerada uma fratura de direção incerta que atravessa a estrutura dental, avançando até ligar-se a polpa e o ligamento periodontal (Cameron, 1964; Rivera; Walton, 2008). Ao apresentarem dentes nessas situações, os pacientes tendem a sentir dor ao morder, desconforto ao consumirem alguns alimentos, bebidas frias ou até mesmo uma dor espontânea. Essas características de dor também podem surgir durante movimentos mandibulares excursivos ou ao apertar e/ou ranger os dentes (Signore et al., 2007).
Identificar e realizar o manejo correto diante das trincas é algo desafiador para os dentistas e especialistas em endodontia (Alkhalifah et al., 2017). Sendo assim, é essencial compreender de maneira detalhada a etiologia dessa síndrome, para sua prevenção, diagnóstico e tratamento.
Os fatores que predispõem as trincas são aqueles que intensificam a força sobre os dentes ou que reduzem a capacidade deles resistirem à força mastigatória, como por exemplo: aumento da fadiga dentária, bruxismo do sono, remoção excessiva de tecido dentário, restaurações com materiais metálicos, diferença no coeficiente de expansão térmica. O fato de remover o tecido dental de maneira excessiva durante o preparo da cavidade pode reduzir de maneira significativa a rigidez do dente, sendo capaz de levar ao surgimento de trincas (Li et al., 2021).
No caso das extensas restaurações em amálgama também são rotineiramente acompanhadas de trincas, pois diante do comportamento mecânico desse material em longo prazo sob a ação de uma força, pode causar uma deflexão nas estruturas dentais (Bearn; Sounders; Saunders, 1994). Por conseguinte, faz-se necessário um diagnóstico preciso, lançando mão de métodos complementares, o que ajudará na escolha do melhor tratamento a ser realizado pelo profissional (Alkhalifah et al., 2017).
Entretanto, por mais que uma trinca possa ser detectada clinicamente, é complicado prever até aonde ela vai, já que não existe um método preciso para determinar o estágio de progressão da trinca (Rivera; Williamson, 2003; Tan et al., 2006). Essa situação sempre foi um desafio para os dentistas, pois o prognóstico pode ser incerto, podendo até levar à necessidade de extração do dente (Berman; Kuttler, 2010; Toure et al., 2011.
Visto que, se a “síndrome do dente trincado” não for diagnosticada e tratada adequadamente, os sintomas podem se agravar de forma irreversível, com a fratura avançando e eventualmente afetando a polpa (Ricucci et al., 2015). Diante disso, o objetivo deste estudo foi trazer um relato de caso realizado em uma Clínica Odontológica particular na cidade Montes Claros, Minas Gerais, sobre as trincas em dentes com extensas restaurações em amálgama.
2 REVISÃO DA LITERATURA
Historicamente, a síndrome do dente trincado foi associada à colocação de incrustações de “ouro macio” (ouro classe I), que eram ajustadas à cavidade de forma física utilizando um martelo (Lynch CD; McConnell RJ, 2002). Hoje em dia, a etiologia inclui forças excessivas aplicadas a um dente saudável ou forças fisiológicas aplicadas a um dente enfraquecido. Diante disso, podemos citar acidentes mastigatórios, ação repentina de morder um objeto rígido com força excessiva, trauma por interferências oclusais, parafunção. procedimentos restauradores associados ao preparo cavitário, relação à cúspide fossa profunda e contração de estresse do material restaurador. (Lynch CD; McConnell RJ, 2002; Hasan S, Singh K, Salati N, 2015; Banerji S, Mehta S, Millar B).
Essa síndrome também pode ocorrer em dentes não restaurados devido às alterações no desenvolvimento dentário, como a fusão incompleta de áreas de calcificações. Além disso, fatores variados como a ciclagem térmica, corpo estranho e instrumentos odontológicos como as canetas de alta rotação também são considerados fatores teológicos dessa condição (Lynch CD; McConnell RJ, 2002).
Dentes que sofreram procedimentos restauradores como grandes restaurações de amálgama nos molares mandibulares apresentam maior chance de desenvolverem a síndrome do dente trincado (Li, F. et al., 2021). A aplicação de pressões de condensação excessivas, a expansão de certas ligas de amálgama de qualidade inferior quando expostas à umidade, a colocação de pinos retentivos e a utilização de restaurações compostas extensas sem o cuidado adequado com a técnica incremental podem predispor à formação de fraturas. Isso ocorre porque a contração de polimerização gera forças de tração na estrutura do dente, aumentando o risco de fraturas (Li, F. et al., 2021; Hasan S, Singh K, Salati N, 2015).
A síndrome do dente trincado apresenta sintomas variados, como desconforto prolongado, dor aguda ao morder ou ao consumir alimentos frios, e “dor de rebote” após a liberação da pressão ao mastigar (Hasan S, Singh K, Salati N, 2015). Outros fatores, como alimentos açucarados, ranger de dentes e movimentos mandibulares, podem agravar a dor. Nem sempre os pacientes conseguem identificar o dente afetado, e a sensibilidade ao calor pode estar ausente. Microvazamentos de toxinas bacterianas podem causar pulpite crônica assintomática, e fissuras profundas podem gerar sintomas pulpares e periodontais (Signore et al., 2007).
O diagnóstico precoce é fundamental para evitar a progressão para fraturas graves e necessidade de tratamentos mais invasivos. No entanto, a identificação pode ser difícil, pois os sintomas podem ser confundidos com outras condições, como doenças periodontais, pulpite reversível, hipersensibilidade dentinária, e até dores orofaciais de origem neural ou psiquiátrica (Hasan S, Singh K, Salati N, 2015).
Para diagnosticar, o dentista deve obter o histórico do paciente e realizar um exame clínico detalhado, utilizando técnicas como sondagem nas margens do dente restaurado, escavação exploratória, sondagem periodontal, aplicação de corantes (como azul de metileno), testes de vitalidade e mordida, radiografias, transiluminação e análise microscópica para detecção de trincas (Yu M. et al. 2022).
3 METODOLOGIA
Trata-se de um caso clínico, em que a paciente C. A. O., do genêro feminino, 42 anos, sem alterações sistêmicas, procurou atendimento em uma Clínica Odontológica particular na cidade de Montes Claros – Minas Gerais, com a queixa principal de “dor ao mastigar na região inferior do lado direito e que gostaria de trocar as restaurações escuras que tinha nos dentes dessa região”.
Durante o exame clínico, observou-se a presença de restaurações extensas em amálgama nos dentes 46 e 47, com a presença de trincas dentárias (Fig. 1), possivelmente contribuindo para a dor relatada. O exame radiográfico realizado após o exame clínico não revelou lesão periapical, mas evidenciou restauração profunda em amálgama no dente 47 (Fig. 2).
Figura 1. Restaurações em amálgama dente 46 e 47, com presença de trincas.
Fonte: Arquivos dos autores.
Figura 2. Raio X periapical inicial.
Fonte: Arquivos dos autores.
No teste de vitalidade ao frio, a paciente respondeu positivamente nos dentes 46 e 47, com uma resposta exacerbada e prolongada no dente 47. O diagnóstico clínico indicou a necessidade de intervenção nos dentes 46 e 47. Para o dente 46, recomendou-se a substituição da restauração em amálgama devido às trincas observadas, prevenindo futuras complicações. Para o dente 47, além da troca da restauração em amálgama, foi planejado tratamento endodôntico para remover o tecido pulpar inflamado.
Diante do exposto, foi necessário a seguinte intervenção clínica (Fig. 3): remoção das restaurações em amálgama dos dentes 46 e 47 (Fig. 3A, 3B, 3C); alívio da dor no dente 47 (Fig. 3D); proteção da entrada dos canais com teflon; após o alívio de dor e condicionamento seletivos do esmalte com ácido fosfórico a 35%, utilizando o condicionador Ultra-Etch™ & Opal™ Etchpor 30 segundos (Fig. 3E) e remoção com jato de água por um minuto; em seguida a aplicação do sistema adesivo Clearfil SE Bond (Kuraray) de forma ativa e fotopolimerizado por 20 segundos, utilizando o aparelho fotopolimerizador Valo Cordless Grand 3200 (Ultradent, EUA) na potência de 1000 mW/cm² (Fig. 3F); restauração direta em resina composta no dente 46 e restauração em resina composta prévia ao tratamento endodôntico no dente 47 (Fig. 3G, 3H) a ser finalizado em uma sessão posterior. Paciente finalizou o tratamento endodôntico em uma clínica particular e retornou para finalizar a restauração direta em resina composta do dente 47. Raio x final após restauração direta em resina composta do dente 47 (Fig. 4).
Figura 3. Sequência clínica. (Fig. 2A, 2B, 2C) remoção das restaurações em amálgama dos dentes 46 e 47; (Fig. 2D) alívio de dor no dente 47; (Fig. 2E) proteção da entrada dos canais com teflon após o alívio de dor e condicionamento seletivo do esmalte com ácido fosfórico a 37% por 30 segundos; (Fig. 2F) aplicação do sistema adesivo Clearfil SE Bond (Kuraray); (Fig. 2G, 2H) restauração direta em resina composta no dente 46 e restauração em resina composta prévia ao tratamento endodôntico no dente 47.
Fonte: Arquivos dos autores.
Figura 3. Raio x final após restauração direta em resina composta do dente 47.
Fonte: Arquivos dos autores.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
As trincas presentes nos dentes são condições complexas e com causas multifatoriais, incluindo estresse oclusal, desgastes excessivos nos dentes, que frequentemente são exacerbadas por fatores estruturais como restaurações inadequadas, que se não tratadas podem evoluir comprometendo a integridade dentária (Li et al., 2021; Rivera; Walton, 2008).
No relato de caso exposto, os dentes apresentavam trincas, restaurações extensas em amálgama e sintomatologia dolorosa. No entanto, com a correta indicação dos tratamentos, incluindo intervenção endodôntica e substituição das restaurações comprometidas, foi possível preservar os elementos dentários, resultando na manutenção da função e da integridade estrutural dos dentes em cavidade oral, com prognóstico favorável.
As trincas que envolvem apenas o esmalte têm sua origem na superfície oclusal e geralmente é causada por forças oclusais ou pela variação térmica, tendem a serem assintomáticas (Berman; Kuttler, 2010).
Udoye e Jafarzadeh, assim como Roh e Lee, relataram que as rachaduras dentárias são mais frequentes em pacientes entre 30 e 50 anos (Roh, 2006; Udoye; Jafarzadeh, 1976). Enquanto outros estudos indicam que as fissuras são mais comuns em indivíduos que já passaram da meia-idade (Cameron, 1976; Rosen, 1982). Supõe-se que a incidência de fissuras em pacientes mais idosos seja atribuída à diminuição da elasticidade da dentina (Udoye; Jafarzadeh, 2009; Rosen, 1976).
Alguns estudos revelaram que a maior prevalência dessas trincas é em dentes posteriores e que os molares inferiores são os mais predispostos a fraturar (Yang et al., 2017) (3). O presente relato de experiência corrobora com os resultados desses estudos. Critérios para diagnósticos mais claros, com o intuito de diferenciar trincas de fraturas completas, permitem intervenções precoces, prevenindo danos maiores (Ellis, 2001). Métodos diagnósticos eficazes incluem exames clínicos detalhados e técnicas radiográficas, além de métodos adicionais como a transiluminação com luz e tintas contrastantes para melhorar a visualização das fraturas (Signore et al., 2007; Ricucci et al., 2015).
No que diz respeito ao tratamento, as resinas compostas diretas têm se mostrado uma opção eficaz para restaurar dentes com fraturas longitudinais. Estudos indicam que as resinas oferecem uma solução conservadora que restaura a integridade dentária, com ou sem sintomatologia (Opdam et al., 2008).
A escolha das resinas compostas diretas permite um tratamento menos invasivo e mais rápido, quando comparado a outras opções como coroas ou onlays que mostram resultados clínicos positivos a longo prazo. Deve ser levando em consideração que a escolha do tratamento deve ser avaliada diante da extensão da trinca e dos sintomas do paciente, e que se restaurado precedentemente é observado uma maior taxa de sucesso (Alkhalifah et al., 2017; De Toubes et al., 2022). Entretanto, é observado que restaurações de coroa total são fortemente indicadas, principalmente em situações de envolvimento pulpar (Zhang et al., 2024).
Assim, dentes que apresentam trincas sem acometimento pulpar, tendem a ter um prognóstico mais favorável (Yang, 2017). Entretanto, se realizado um diagnóstico preciso e o tratamento adequado for executado, independente do dente ter recebido o tratamento endodôntico ou não, o prognóstico torna-se favorável em longo prazo (Alkhalifah et al., 2017; De Toubes et al., 2022). Considerações finais: a “síndrome do dente trincado” representa um desafio clínico, exigindo diagnóstico precoce e tratamento adequado visando evitar futuras complicações. O uso de técnicas restauradoras modernas e tratamentos endodônticos eficazes têm mostrado bons resultados na preservação e longevidade dos dentes afetados. Mas, ainda há muita controvérsia sobre qual opção de tratamento restaurador tem a maior taxa de sucesso.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A “síndrome do dente trincado” representa um desafio clínico, exigindo diagnóstico precoce e tratamento adequado visando evitar futuras complicações. O uso de técnicas restauradoras modernas e tratamentos endodônticos eficazes têm mostrado bons resultados na preservação e longevidade dos dentes afetados. Mas, ainda há muita controvérsia sobre qual opção de tratamento restaurador tem a maior taxa de sucesso.
6 REFERÊNCIAS
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