USE OF SACUBITRIL FOR THE TREATMENT OF HEART FAILURE WITH REDUCED EJECTION FRACTION
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202410270842
Gabriel Lenoir Bicalho
Orientador: Rodrigo Cesar Carvalho Freitas
Resumo
O desenvolvimento de insuficiência cardíaca se dá inicialmente, por lesão no coração, seja de natureza crônica ou aguda. A alta taxa de morbimortalidade e hospitalização da Insuficiência Cardíaca tem se tornado ao longo dos últimos anos uma preocupação tendo em vista o desafio do seu manejo terapêutico. A inclusão do sacubitril/valsartana no protocolo do tratamento da doença foi uma conquista para um bom prognóstico da doença e tem apresentado bons resultados na redução da taxa de hospitalização. O objetivo é fazer uma revisão narrativa e integrativa sobre o impacto da utilização do Sacubitril/valsartana na redução da taxa de hospitalização dos pacientes com Insuficiência Cardíaca. Trata-se de uma revisão narrativa e integrativa realizada nos bancos de dados Pubmed/Medline, Google Acadêmico, LILACS e SciELO. O conhecimento da fisiopatologia da IC se tornou essencial para o desenvolvimento de estratégias para a farmacoterapia da doença. a farmacoterapia recomendada foi expandida para incluir quatro tipos de medicamentos básicos, também referidos como terapia quádrupla para ICFEr. Entre eles, o Inibidor da Neprilisina e do receptor de Angiotensina II, Sacubitril/valsartana. Apesar do estudo PARADIGM-HF ter apresentado benefício do uso do sacubitril/valsartana sobre o enalapril ainda se faz necessário estudos com abrangência populacional maior em relação ao grau de sintomas mais severos (NYHA classe IV) e com amostras mais representativas à diferentes etnias para avaliação da resposta terapêutica em uma população miscigenada como a do Brasil
PALAVRAS-CHAVE: Insuficiência cardíaca. Conduta do Tratamento medicamentoso;
Resume
The development of heart failure occurs initially due to heart injury, whether chronic or acute. The high rate of morbidity and mortality and hospitalization of heart failure has become a concern over the last few years in view of the challenge of its therapeutic management. The inclusion of sacubitril/valsartan in the treatment protocol of the disease was an achievement for a good prognosis of the disease and has shown good results in reducing the hospitalization rate. The objective is to make a narrative and integrative review of the impact of the use of Sacubitril/valsartan in reducing the hospitalization rate of patients with Heart Failure. This is a narrative and integrative review carried out in the Pubmed/Medline, Google Scholar, Lilacs and SciELO databases. Knowledge of the pathophysiology of HF has become essential for the development of strategies for the pharmacotherapy of the disease. the recommended pharmacotherapy has been expanded to include four types of basic medications, also referred to as quadruple therapy for HFrEF. Among them, the Neprilysin Inhibitor and the Angiotensin II receptor, Sacubitril/valsartan. Although the PARADIGM-HF study showed a benefit of the use of sacubitril/valsartan over enalapril, studies with a larger population scope in relation to the degree of more severe symptoms (NYHA class IV) and with more representative samples of different ethnicities are still needed to evaluate the therapeutic response in a mixed population such as that of Brazil
KEYWORDS: Heart failure. Conduct of Drug Treatment
INTRODUÇÃO
O desenvolvimento de insuficiência cardíaca (IC) se dá inicialmente, por lesão no coração, seja de natureza crônica (ex. hipertensão arterial sistêmica) ou aguda (ex. infarto agudo do miocárdio). Uma vez que o dano ao miocárdio está estabelecido – seja estresse parietal exagerado, alteração de pressões de enchimento e/ou perda de músculo cardíaco – uma cascata de eventos será ativada por mecanismos neuro-humorais, com a finalidade de compensar a redução do débito cardíaco, mas evolui com má adaptação, passando a sobrecarregar o sistema cardiovascular em vários aspectos funcionais. (SCOLARI et al, 2018; COMITÊ COORDENADOR DA DIRETRIZ DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA, 2018)
Por se tratar de uma doença complexa com um conjunto de sinais e sintomas oriundos de diversos fatores, há três maneiras de classificar a Insuficiência Cardíaca. De acordo com a Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda mais recente, a IC pode ser determinada de acordo com a fração de ejeção que se dá pela porcentagem da FEVE (Fração de Ejeção do Ventrículo Esquerdo). A classificação dos pacientes por fração de ejeção tem particular importância, uma vez que eles diferem em relação às suas principais etiologias, às comorbidades associadas e, principalmente, à resposta terapêutica.
Globalmente, a Insuficiência Cardíaca (IC) afeta cerca de 26 milhões de pessoas e a taxa de mortalidade de indivíduos após o diagnóstico da doença é de aproximadamente 50% em 5 anos. No Brasil, a prevalência da IC é de aproximadamente 2 milhões de pacientes, e sua incidência é de aproximadamente 240.000 novos casos por ano. Nos últimos anos, houve inúmeros desenvolvimentos no tratamento da doença e apesar disso, ainda é uma condição prevalente com significativa morbidade e alto custo de recursos e despesas com saúde, tendo em vista que as internações hospitalares são comuns e constituem o custo mais caro no tratamento da insuficiência cardíaca. (CESTARI et al, 2022; PONIKOWSKI, et al, 2014; JONES, et al, 2019; BOZKURT et al, 2021; DAVIS, et al, 2022).
O perfil clínico predominante da doença são os idosos portadores de etiologias diversas, sendo a doença isquêmica a mais comum, com alguma outra comorbidade associada. Entretanto, tem sido observado também o aumento do surgimento da doença em indivíduos adultos entre 30 e 49 anos, isto pode ser justificado por hábitos de vida inadequados como tabagismo, consumo de álcool excessivo e sedentarismo propiciando à exposição a outras doenças crônicas como hipertensão e diabetes que podem ser correlacionados como comorbidades contribuintes para o desenvolvimento da IC, assim a prevenção se destaca como arma importante contra a IC. (GIOLI-PEREIRA et al, 2019; VASAN, ZUO e KALESAN, 2019; CESTARI et al, 2022)
O objetivo é fazer uma revisão narrativa e integrativa sobre o impacto da utilização do Sacubitril/valsartana na redução da taxa de hospitalização dos pacientes com Insuficiência Cardíaca.
A alta taxa de morbimortalidade e hospitalização da Insuficiência Cardíaca tem se tornado ao longo dos últimos anos uma preocupação tendo em vista o desafio do seu manejo terapêutico. A inclusão do sacubitril/valsartana no protocolo do tratamento da doença foi uma conquista para um bom prognóstico da doença e tem apresentado bons resultados na redução da taxa de hospitalização. Acreditamos que as contribuições decorrentes desta pesquisa serão de grande valia para os futuros estudos, visto que no Brasil as pesquisas sobre o uso de sacubril/valsartana ainda são pequenas frente ao cenário mundial
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão narrativa e integrativa realizada nos bancos de dados Pubmed/Medline, Google Acadêmico, Lilacs e SciELO. Para a determinação dos descritores empregados nas estratégias de busca foi utilizado o Medical Subheading Terms (MesH) para a definição das palavras-chaves em inglês, e os Descritores Virtual em Saúde (DeCS) para a definição das palavras-chaves em português e espanhol. Os seguintes descritores: “Insuficiência Cardíaca” AND “Conduta do Tratamento Medicamentoso”; “Heart Failure, Systolic” AND “Medication Therapy Management ” foram pesquisados. Tendo em vista, uma limitação na busca de artigos direcionados ao objetivo do trabalho foi adicionado o descritor OR “sacubitril-valsartan”. Por se tratar de uma descoberta da última década, a busca foi filtrada para artigos escritos em português, espanhol e inglês, e publicados a partir do ano de 2014 tendo em vista que o estudo eixo que impulsionou novos grandes trabalhos e mudanças nas diretrizes terapêuticas mundiais foi publicado nesse ano. Para a inclusão dos estudos foram considerados artigos originais podendo ser estudos observacionais (Transversais, Coorte, Caso-controle, e Relatos de caso) que se referem a pacientes em tratamento da Insuficiência Cardíaca (IC) com Sacubitril + Valsartana ou que já fizeram o uso deste em algum momento da doença. Artigos de revisão, e-mails, editoriais, cartas ao editor, e resumos apresentados em eventos foram excluídos, assim como estudos que não avaliaram o uso de Sacubitril + Valsartana no tratamento da IC. Além disso, foi utilizada a Atualização de Tópicos Emergentes da Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca – 2021 como bibliografia fundamental para embasamento teórico do protocolo atual no país.
Em relação aos aspectos éticos o presente estudo, por ser relato de experiência, não será submetido à avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa de acordo com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), porém todos os preceitos éticos estabelecidos serão respeitados no que se refere a zelar pela legitimidade das informações, privacidade e sigilo das informações, quando necessárias, tornando os resultados deste relato públicos.
RESULTADOS E DISCURSÕES
O conhecimento da fisiopatologia da IC se tornou essencial para o desenvolvimento de estratégias para a farmacoterapia da doença. Atualmente visando diminuir o grau de morbimortalidade e índice de hospitalização dos pacientes com Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Reduzida (ICFEr), a farmacoterapia recomendada foi expandida para incluir quatro tipos de medicamentos básicos, também referidos como terapia quádrupla para ICFEr. Entre eles, o Inibidor da Neprilisina e do receptor de Angiotensina II, Sacubitril/valsartana. Entretanto, acredita-se que a falta de adesão terapêutica e a subdosagem de medicamentos para ICFEr sejam os principais contribuintes para as altas taxas contínuas de mortalidade e hospitalizações por insuficiência cardíaca. (MARCONDES-BRAGA et al, 2021; MCDONALD et al, 2021; GREENE et al .,2018).
A partir dos resultados do estudo PARADIGM-HF, 2014, surgiram diversos estudos para avaliar a troca de IECA/BRA para o sacubitril/valsartana nos pacientes com ICFEr com resultados que demonstram benefícios e redução de hospitalização, conforme demonstrado na tabela 1.
Tabela 1: Resumo principais estudo sobre uso de sacubitril/valsartana
OBRA | TIPO DE ESTUDO | OBJETIVO | RESULTADO |
Sacubitril/valsartan in advanced heart failure with reduced ejection fraction: rationale and design of the LIFE trial. Mann, et al . 2020 | Randomizado | Relatar desenho do ensaio clínico LIFE (LCZ696 em IC Avançada), que testou a hipótese de que o tratamento com S/V melhoraria os níveis de peptídeo natriurético pró-tipo B N-terminal (NT-proBNP) e resultados clínicos. | O uso de S/V demonstrou benefícios clínicos entre pacientes com ICFEr com sintomas leves a moderados. As evidências com relação à segurança, tolerabilidade e eficácia de S/V em pacientes com IC avançada são limitadas. |
Comparative effectiveness of sacubitril-valsartan versus ACE/ARB therapy in heart failure with reduced ejection fraction. Tan, et al . 2020 | Coorte | Comparar a eficácia do sacubitril/valsartana e do inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA)/ bloqueador do receptor de angiotensina (BRA) na insuficiência cardíaca (IC) sistólica. | Sacubitril/ valsartana foi associado a menores riscos de morte e hospitalização em comparação com ECA/ BRA em uma coorte heterogênea de pacientes com IC sistólica. |
Angioedema with sacubitril/valsartan: trial-level meta-analysis of over 14,000 patients and real-world evidence to date. DANI, et al . 2021 | Meta-análise | Identificar taxas de angiodema, comparar os riscos com outros inibidores do sistema renina-angiotensina. | As taxas de angioedema com sacubitril/ valsartana são relatadas como baixas em ECRs e na prática clínica do mundo real. O angioedema representa uma pequena proporção do total de eventos adversos relatados na prática clínica. |
Elegibilidade do “mundo real” para sacubitril/ valsartana em pacientes não selecionados com insuficiência cardíaca: dados do registro sueco de insuficiência cardíaca. SIMPSON, et al . 2021 | Coorte | Avaliar elegibilidade de pacientes com IC-FER para tratamento com sacubitril/ valsartana, de acordo com os critérios utilizados no PARADIGM-HF, no Registro Sueco de Insuficiência Cardíaca (SwedeHF). | Entre 34 e 76% dos pacientes sintomáticos com IC-FER em uma população do “mundo real” são elegíveis para tratamento com sacubitril/valsartan, dependendo da dose de base de IECA/BRA. A razão mais comum para a inelegibilidade é um baixo nível de peptídeo natriurético. |
Outcome Benefits Seen With 1 Year of Optimized Sacubitril/ Valsartan for the Treatment of Systolic Heart Failure Managed by Pharmacists in a Cardiology Practice. Ann Pharmacother DAVIS & POGGI, 2022 | Revisão retrospectiva de prontuários de pacientes com ICFEr em uso de sacubitril/valsartana de 7 de julho de 2015 a 1º de janeiro de 2018. | Investigar as taxas de hospitalização por todas as causas e hospitalização por IC (hHF) e alterações em marcadores substitutos classificação Funcional da NYHA FC para pacientes com ICFEr na terapia com receptor de angiotensina-inibidor de neprilisina (ARNi) | O uso no mundo real de sacubitril/ valsartana otimizado em uma clínica farmacêutica foi associado à redução da prevalência de todas as causas e ICh durante o primeiro ano de terapia com ARNi. |
Sacubitril/Valsartan: Neprilysin inhibition 5 Years after PARADIGM-HF DOCHERTY, et al. 2020 | Revisão de dados obtidos através do estudo PARADIGM -HF/ 2014. | analisa o entendimento atual dos efeitos do sacubitril/ valsartana e destaca os desenvolvimentos esperados nos próximos 5 anos, incluindo possíveis novas indicações de uso. | Sacubitril/valsartana é uma terapia eficaz, segura e econômica que melhora a qualidade de vida e a longevidade em pacientes com ICFEr crônica e reduz a internação hospitalar. |
The effect of LCZ696 (sacubitril/ valsartan) on amyloid-β concentrations in cerebrospinal fluid in healthy subjects LANGENICKEL, et al. 2015. | Estudo duplo-cego, randomizado, de grupos paralelos, controlado por placebo | Avaliar a penetração do neprisilina na barreira hematoencefálica e os efeitos potenciais do Sacubitril/valsartana nas concentrações de isoformas Aβ no LCR em voluntários humanos saudáveis. | O LCZ696 não causou alterações nos níveis de isoformas Aβ agregáveis no LCR (1-42 e 1-40) em comparação com o placebo, apesar de atingir concentrações de LBQ657 no LCR suficientes para inibir a neprilisina. |
Effect on the Quality of Life of Patients with Heart Failure and Reduced/Preserved Ejection Fraction Using Sacubitril/Valsartan Huang et al . 2023 | Metanálise | Revisar a melhora na qualidade de vida com sacubitril/valsartan em pacientes com IC e fração de ejeção (FE) reduzida/preservada a partir de ensaios clínicos prospectivos. | o sacubitril/ valsartan pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes quando comparados com outros estudos |
Wollmann e seus colaboradores (2024) ressaltam embora diversas opções de tratamento estejam disponíveis para pacientes com ICFEr, a adição de novos agentes continua sendo essencial para melhorar o prognóstico e controlar a doença de forma eficaz. De acordo com as diretrizes de 2022 da AHA/ACC/HFSA, existem quatro medicamentos recomendados para o tratamento da ICFEr, incluindo inibidores do receptor de angiotensina/neprilisina (ARNIs), inibidores do cotransportador sódioglicose2 (SGLT2), moduladores de sGC e ativadores de miosina. Sacubitril/valsartana, um inibidor do receptor de angiotensina/neprilisina, demonstrou redução no risco de morte cardiovascular e hospitalização por IC, além de melhora dos sintomas em pacientes com ICFEr. Apesar dos vários regimes medicamentosos, as taxas de mortalidade permaneceram altas entre os pacientes com ICFEr.
Lago e colaboradores (2023) relatam que o estudoPA-RADIGM-HF (2014), o estudo mais importante para esclarecer uso da Sacubitril/ valsartana, foi suspenso da forma pré-matura ao observar que S/V reduziu a mortalidade cardiovascular (20%), súbita (20%), por IC (21%) ou total (16%) e a hospitalização por IC (21%) além do enalapril, que até então se considerava o fármaco de referência no tratamento do IC.
Frente a novas tecnologias, o FDA está considerando o uso de novos dispositivos para tratamento de IC tais como o Terapia de ressincronização cardíaca (TRC), segundo Lemos e colaboradores (2024) seja útil e recomendada para pacientes com ICFER, existem dados limitados sobre sua eficácia em pacientes com IC avançada – como, por exemplo, classe IV da NYHA –, representando menos de 10% dos casos.
O tratamento da insuficiência cardíaca é abordado de maneira multifacetada, as diretrizes de tratamento enfatizam a necessidade de estratégias embasadas em evidências para otimizar os resultados dos pacientes. Entre as medidas farmacológicas destacam-se os inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), os bloqueadores do receptor de angiotensina II (BRA), os betabloqueadores, os antagonistas dos receptores de mineralocorticoides e os diuréticos, como a furosemida, para controle de edema e sobrecarga de volume. Paralelamente, as medidas não farmacológicas incluem restrição de sódio na dieta, restrição hídrica, exercícios físicos supervisionados, controle do peso e aconselhamento para evitar o consumo excessivo de álcool e tabaco (Caldas et al, 2022; Fernandes et al, 2019; Portela et al, 2023, ADORNO, et al, 2024).
Buendia e colaboradores, (2024) afirmar que Pacientes com insuficiência cardíaca (IC) apresentam uma alta carga de sintomas e têm uma das atividades físicas mais baixas medidas em todas as doenças crônicas. Apesar das orientações da FDA e da introdução de muitas novas tecnologias vestíveis concebidas especificamente para monitorizar a mobilidade, a comunidade científica continua a debater-se com o desafio de identificar as tecnologias mais abordagem adequada para medir a função física.
Considerações finais
Apesar do estudo PARADIGM-HF ter apresentado benefício do uso do sacubitril/valsartana sobre o enalapril ainda se faz necessário estudos com abrangência populacional maior em relação ao grau de sintomas mais severos (NYHA classe IV) e com amostras mais representativas à diferentes etnias para avaliação da resposta terapêutica em uma população miscigenada como a do Brasil. Além disso, a necessidade da equipe multiprofissional para colaborar no sucesso do tratamento da IC visto que pode ser bem complexo e demanda muitas especialidades bem como orientação e educação ao paciente. Uma abordagem holística, centrada no paciente, que inclui educação, suporte psicológico, modificação de estilo de vida e monitoramento contínuo, é crucial para melhorar resultados clínicos e fortalecer a parceria entre médicos e pacientes. Investir em pesquisa, prevenção e cuidados integrados pode levar a avanços significativos na luta contra a insuficiência cardíaca, beneficiando a saúde e a qualidade de vida em todo o mundo.
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