REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102410261846
Alana Ferreira Mesquita
Amanda Fernandes Gonçalves
Bruna Souza Santos
Filipe Evangelista Silva
Graziella Porfírio Maglio
Jéssica Nonato Ugadin
Joan Brianna Saueia Janampa
Priscila Leite da Silva
Vinicius Silva Rego Barros Roseira
RESUMO
A osteoartrose atinge cerca de 320 milhões de pessoas no mundo. Como é uma doença que perpassa a vida do indivíduo por décadas, diversas intervenções farmacológicas e não farmacológicas ou até mesmo a combinação das duas, o mesmo será submetido. A fisioterapia aquática, sendo a hidroterapia especialmente, pode ser considerada como uma das principais intervenções terapêuticas no tratamento da osteoartrose. Os idosos, principalmente, devido aos efeitos deletérios associados tanto à senescência, e pior, na senilidade, podem beneficiar-se dos efeitos já bem fundamentados na literatura sobre a hidroterapia, levando-os a atingirem uma das principais metas da fisioterapia para esse grupo, autonomia e independência. Esse trabalho teve como objetivo analisar revisões da literatura para elucidar o efeito da hidroterapia nos idosos com osteoartrose no quadril e joelho. A pesquisa realizada utilizou as seguintes bases de dados: PubMed, PEDro e Google Acadêmico e considerou os meses de março do ano de 2014 a março do ano de 2024. Consideramos 10 anos devido a pouca quantidade de trabalhos publicados até o presente momento. Utilizamos os idiomas inglês e português, visando maior abrangência sobre o tema. Foram identificados 139 artigos. Desses, 8 foram utilizados, logo, 131 foram excluídos. Em conclusão, após a intervenção, foram encontrados efeitos benéficos quanto a dor, rigidez articular e funcionalidade, demonstrando que a hidroterapia é uma abordagem fisioterapêutica eficaz no que tange a melhora na qualidade de vida dos idosos com osteoartrose no quadril e joelho.
Palavras-chave: exercícios aquáticos; hidroterapia; osteoartrose; osteoartrose no quadril e joelho; idosos.
ABSTRACT
Osteoarthritis affects about 320 million people worldwide. As it is a disease that permeates the individual’s life for decades, several pharmacological and non-pharmacological interventions or even a combination of the two, will be submitted. Aquatic physiotherapy, especially hydrotherapy, can be considered as one
of the main therapeutic interventions in the treatment of osteoarthritis. The elderly, mainly due to the deleterious effects associated with both senescence and worse, senility, can benefit from the effects already well founded in the literature on hydrotherapy, leading them to achieve one of the main goals of physiotherapy for this group, autonomy and independence. The objective of this study was to analyze literature reviews to elucidate the effect of hydrotherapy on elderly people with osteoarthritis in the hip and knee. The research used the following databases: PubMed, PEDro and Google Scholar and considered the months of March of the year 2014 to March 2024. We considered 10 years due to the small number of studies published so far. We used English and Portuguese, aiming at greater coverage on the subject. A total of 139 articles were identified. Of these, 8 were used, so 131 were excluded. In conclusion, after the intervention, beneficial effects were found in terms of pain, joint stiffness and functionality, demonstrating that hydrotherapy is an effective physical therapy approach in terms of improving the quality of life of elderly people with osteoarthritis in the hip and knee.
Keywords: aquatic exercises; hydrotherapy; osteoarthritis; osteoarthrosis in the hip and knees; Elderly.
1. INTRODUÇÃO
A Osteoartrose é uma doença que se caracteriza pelo desgaste da cartilagem articular e por alterações ósseas, entre elas os osteófitos e é uma doença tão comum que representa de 30 a 40% de todas as consultas em ambulatórios de reumatologia (SBR – Sociedade Brasileira de Reumatologia).
As articulações inflamadas provocam rigidez matinal, fadiga e, com progressão da doença, há destruição da cartilagem articular e os pacientes podem desenvolver deformidades e incapacidades para a realização de suas atividades tanto de vida diária como profissional (MS – Ministério da Saúde).
Além de ser degenerativa, causa dor, inchaço e rigidez, afetando a capacidade da pessoa de se movimentar livremente. Afeta toda a articulação, incluindo tecidos ao seu redor. É mais comum nos joelhos, quadris e mãos e muitos fatores podem contribuir para o desenvolvimento da osteoartrose. Alguns incluem história da lesão articular ou o uso excessivo da articulação, idade avançada e excesso de peso. Afeta mais as mulheres do que os homens (OMS – Organização Mundial da Saúde e atualmente não existe cura, apenas opções para o controle dos sintomas e tratamento para prevenir o desenvolvimento e avanço da doença, (FRANCO, 2017).
Baseando-se na idade cronológica, a velhice tem início aos 65 anos nos países desenvolvidos e aos 60 anos nos países em desenvolvimento (OMS, 2005). As mudanças que constituem e influenciam o envelhecimento são complexas. No nível biológico, o envelhecimento é associado ao acúmulo de uma grande variedade de danos moleculares e celulares. Com o tempo, esse dano leva a uma perda gradual das reservas fisiológicas, um aumento do risco de contrair diversas doenças e um declínio geral na capacidade intrínseca do indivíduo. Em última instância, resulta no falecimento. Porém, essas mudanças não são lineares ou consistentes e são apenas vagamente associadas à idade de uma pessoa em anos (OMS, 2015).
Indicadores de envelhecimento da população brasileira aceleraram para níveis recordes, e pessoas com mais de 60 anos ou mais já representam 32 milhões, cerca de 15% da população total (IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No total são 10 milhões de brasileiros diagnosticados com osteoartrose, desses, só 40% realizam o tratamento prescrito pelo médico, além de afastar 7,5% dos trabalhadores (Ministério da Saúde). No mundo, afeta cerca de 302 milhões de pessoas. Como essa doença abrange décadas de vida de um paciente, é provável que este seja tratado com diversas intervenções farmacêuticas e não farmacêuticas, muitas vezes em combinação de ambas (Osteoarthritis Guidelines, 2019).
Sabendo da visão ideal e holística que a fisioterapia deve ter sobre todos os grupos, patologias e condições que afetam direta ou indiretamente o ser humano, a doença em questão é uma das maiores do mundo no que tange a quantidade de pessoas que se afetam por ela. Há dados sobre o seu impacto e surgimento até em adultos jovens, porém, a prevalência aumenta com o avançar da idade e, provavelmente, aumentará no futuro devido ao crescente grupo de idosos (BARTELS, 2016). O envelhecimento saudável impõe não só boa condição física e mental, como também a inclusão social que lhe permita desempenhar tais funções (CARVALHO, 2017).
As atividades realizadas na água, como a hidroginástica, por exemplo, possuem alta aderência nesse grupo, sendo constantemente e até preferencialmente indicada por médicos. As diretrizes internacionais de prática clínica recomendam tratamento conservador como tratamento de primeira linha para pacientes com Osteoartrose (FRANCO, 2017). A fisioterapia aquática proporciona segurança e bons resultados para os idosos, pois, devido às propriedades físicas da água, associado ao acompanhamento do fisioterapeuta, possibilita movimentos e atividades que os beneficiam (CREFITO 15, 2023), aumentando a chance desse grupo manter-se mais ativos socialmente (SANTOS, 2021).
Um dos principais objetivos da fisioterapia nas pessoas com Osteoartrose é diminuir a dor e aumentar a capacidade física (BARTELS, 2016).
Intencionamos com esse trabalho, mostrar que exercícios realizados na água podem proporcionar alívio de dor e relaxamento, principalmente se a piscina for aquecida, além de proporcionar a diminuição da rigidez articular, aumentando a amplitude de movimento no joelho e quadril, melhorando a funcionalidade no idoso.
Outro foco fisioterapêutico em tornar as pessoas ativas com essa patologia é aumentar a força, sendo a resistência da água responsável pela sobrecarga, levando ao fortalecimento muscular (MATTOS, 2016). Buscar controle das articulações do joelho e quadril, a fim de, consequentemente, melhorar controle sensório-motor e estabilidade funcional (BARTELS, 2016), o que é possível devido a resistência da água em todas as direções. A hidroterapia parece apresentar vantagens em comparação com exercícios feitos em solo, pois suas características e propriedades físicas da água (flutuabilidade, empuxo, viscosidade, pressão hidrostática e turbulência), levam ao indivíduo sentir menos carga sobre as articulações, menor dor e mais facilidade para se movimentar, além de prevenir quedas (MATTOS, 2016).
Por ser uma doença que afeta, em sua grande maioria os idosos, é comum que essa prática seja em grupo, o que permite a socialização, além disso, há poucos efeitos adversos também, o que aumenta a aderência fazendo com que efeitos a médio e longo prazos sejam mais facilmente alcançados. Esse estudo tem como objetivo analisar o efeito da hidroginástica nos idosos com osteoartrose no joelho e quadril e demonstrar os benefícios da mesma nesse grupo em específico.
2. METODOLOGIA
Esse trabalho utilizou a revisão sistemática como metodologia, sendo essa muito difundida pelos profissionais da saúde. A pesquisa realizada utilizou as seguintes bases de dados: PubMed, PEDro e Google Acadêmico, buscando amplas evidências científicas consistentes sobre o referido tema. Consideramos o espaço de 10 anos, sendo os meses de março do ano de 2014 a março do ano de 2024, devido a poucos estudos publicados sobre essa temática. Utilizamos os idiomas inglês e português, visando maior abrangência sobre o tema. A estratégia escolhida utilizou as seguintes palavras-chaves: “hidroginástica”, “exercícios aquáticos”, “hidroterapia”, “osteoartrose”, “osteoartrose no quadril e joelho” e “idosos”, associado ao booleano AND apenas para o PubMed. Visando verificar a hipótese desse trabalho, o tema escolhido foi: o efeito da hidroterapia em idosos com osteoartrose no joelho e quadril.
Os trabalhos incluídos foram publicados de forma gratuita, no idioma proposto previamente e, em alguns destes, utilizou-se tabelas para mostrar os achados dos demais autores dentro da intervenção/conduta analisada.
Foram selecionados artigos que houvessem apenas condutas relacionadas à intervenção com exercícios aquáticos e/ou hidroterapia, comparando com grupo controle e considerando outras abordagens, como exercícios feitos em solo também, que tivessem supervisão, onde o público alvo são idosos, sem restrição de sexo e com osteoartrose no joelho e quadril, com intenção de reabilitação, além de detalhes da intervenção, objetivos, resultados e desfecho, e, com base em dados oficiais.
Foram selecionadas referências oficiais no que se referem às estatísticas, dados, informações e conceitos, como IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), OMS (Organização Mundial da Saúde), SBR (Sociedade Brasileira de Reumatologia), MS (Ministério da Saúde) e diretrizes, como ACR (American College of Rheumatology).
Foram excluídas pesquisas que não citaram a patologia escolhida, além de pacientes cuja idade não fosse focada no idoso, bem como a osteoartrose apresentando-se em outras regiões do corpo (como mãos e coluna, por exemplo), além de excluir trabalhos como resumos de congressos, monografias, teses e dissertações e estudos feitos com animais. Os trabalhos que tinham grupos de sujeitos mistos (osteoartrite e outras condições que tenham influência na força e/ou funcionalidade) também foram excluídos.
3. RESULTADOS
Foram identificados 139 artigos. Desses, 8 foram utilizados, logo, 131 foram excluídos com base nos critérios que listamos anteriormente. A média de idade dos participantes foi de 67 anos, sendo as mulheres sua grande maioria (mais de 70% dos casos), onde 48 anos e 85 anos foram a menor e a maior idade, respectivamente. Os participantes tinham o diagnóstico clínico de osteoartrose no joelho ou no quadril ou em ambos, através de critérios médicos (por radiografia, por exemplo) e/ou de acordo com as diretrizes da American College of Rheumatology. Todos os artigos consideraram a hidroterapia como principal intervenção, alguns artigos realizaram, como conduta comparativa, exercícios em solo/terrestres, além de grupo controle (sem e com intervenção). O período de intervenção dos estudos variaram de 4 (quatro) a 52 (cinquenta e duas) semanas, com frequência de 2 a 5 vezes semanais e com duração de 30 a 60 minutos em cada sessão. A temperatura média da piscina nos estudos foi de 32° graus. BARTELS utilizou os itens dor, incapacidade e qualidade de vida como critérios avaliativos, aplicados antes e imediatamente após a intervenção, sendo alguns deles o WOMAC (Western Ontario McMaster Universities Osteoarthritis Index), VAS (Visual Analog Scale), SF-36 (36-Item Shortorm Health Survey), Qualidade de bem-estar e outras escalas. Em relação à intervenção, a mesma utilizou estudos que envolvessem todos os tipos de exercícios realizados em piscina coberta terapêutica/aquecida (por exemplo, força, amplitude de movimento e aeróbicos). FRANCO utilizou os mesmos itens avaliativos que BARTELS, diferindo no EQ-VAS, que mensura a qualidade de vida e no teste de caminhada de seis minutos (m). Na intervenção, FRANCO realizou da seguinte forma: aquecimento, ADM (Amplitude de movimento) de membros inferiores, exercícios de fortalecimento, equilíbrio, coordenação e condicionamento cardiovascular geral, utilizando flutuadores, tornozeleiras e variações de velocidade para aumentar a resistência, progressivamente. O programa considerou também a educação da paciente, ou seja, informar sobre a importância dos exercícios na gestão de sua condição. MATTOS, em sua revisão, avaliou a força muscular e a funcionalidade, utilizando questionários, testes de caminhada (considerando a distância, tempo e velocidade) e o TUGT (Timed Up and Go Test), já a força muscular foi avaliada tanto por meio de testes indiretos (como sentar e levantar de uma cadeira), como por dinamometria isocinética, teste isométrico dos membros inferiores em dinamômetro e teste de preensão manual, além de considerar o item dor, por meio de questionários como o EVA (Escala Visual Analógica). Nessa revisão, o grupo de exercícios aquáticos usou um protocolo que foi composto por fortalecimento muscular para membros superiores, inferiores e tronco, exercícios aeróbicos de caminhada e deslocamento na água, treinamento de alta intensidade na esteira aquática, exercícios de perturbação de equilíbrio, deslocamentos e movimentos em apoio unipodal e alongamento. No grupo de exercícios em solo foi realizado protocolos semelhantes em ambos os meios, sendo exercícios de fortalecimento dos músculos dos membros superiores e inferiores, alongamento, exercícios aeróbicos de caminhada e bicicleta em solo. No grupo controle que teve alguma intervenção, foram feitos exercícios em casa, exercícios de hidroterapia feitos em imersão na água em posição sentada e atividades no computador. WALLER, considerou a dor, funcionalidade e qualidade de vida auto-relatada, além do componente mental como critérios avaliativos, como WOMAC, HAQ (Health Assessment Questionnaire). VAS, ADL (Activities of Daily Living), TUGT, entre outras. Referente à conduta, foram propostos exercícios de fortalecimento para todo o corpo, ADM, flexibilidade, coordenação, equilíbrio, treinamento aeróbico, finalizando com relaxamento ou desaquecimento. Por fim, SONG utilizou a dor, a qualidade de vida e a disfunção articular para examinar o efeito da hidroterapia, sendo medidas pelas escalas EVA, WOMAC e KOOS (Knee Lesion and Osteoarthritis Outcome Score). Quanto à intervenção, foram realizados exercícios de força, exercícios aeróbicos, caminhada, caminhada nórdica, exercícios de natação, saltos, corrida, cinesioterapia com baixa frequência e alongamentos, com utilização de halteres e com a água numa profundidade que variava na altura do peitoral e da cintura, a depender do estudo.
CARVALHO menciona que os aspectos referentes ao estilo de vida dos idosos, como habitação, saúde, educação, cultura, lazer, alimentação, nível sócio-econômico, interação social, atividade intelectual, autocuidado, suporte familiar, religiosidade, entre outros, demandam preocupação e necessitam de melhora, pois há uma relação direta e indireta, não somente com a osteoartrose, mas também com as demais patologias comuns aos idosos.
Deve-se readaptar a atividade realizada na hidroterapia de acordo com o estágio da doença e do estágio geral do paciente, sendo importante salientar a recomendação de que os exercícios para esse grupo devem ser de moderado a baixo impacto, onde a hidroterapia encaixa-se devido às suas características, tanto na prevenção, como no tratamento. APARECIDA mostra três técnicas que podem ser usados em programas terapêuticos para cada tipo de paciente, a primeira é a de Halliwick, que por ser multidisciplinar e ter a finalidade de ensinar pessoas com inabilidades físicas e mentais a nadar, foca nas habilidades do paciente ao invés das limitações e constitui-se de um programa de dez pontos, envolvendo algumas aprendizagens, cujo objetivo é levar o paciente a dar uma resposta adequada para a situação que estiver vivenciando.
O método dos Anéis de Bad Ragaz, é usado internacionalmente para reeducação muscular, fortalecimento, alongamento espinhal, relaxamento e inibição do tônus na água, além de proporcionar também fazer uso de exercício em cadeia cinética fechada em ambiente seguro. E a respeito do método Watsu, teve início com o trabalho em pacientes imersos em piscina morna, com a aplicação de alongamentos e movimentos do shiatsu zen. Utilizaram-se conceitos da medicina oriental, sendo de grande aceitação por pessoas portadoras de distúrbios neuromusculares e musculoesqueléticos. DOS SANTOS, além de citar as técnicas anteriores (Halliwick, Watsu e Bad Ragaz), diz que as intervenções de exercícios aquáticos foram todas estruturadas de forma diferente, sendo descritos como exercícios focados em força, resistência, equilíbrio, alongamento, exercícios aeróbicos aquáticos, incluindo saltos, corridas, chutes, torções, polichinelos e degraus laterais. Também há uma combinação de peso corporal: aqua-fitness, aqua-jogging com peso corporal, hidroterapia, acqua-fitness resistido ao aqua-jogging.
4. TABELA DE ESTUDOS
Autor/Ano | Objetivos do Estudo | Principais Resultados | Considerações Finais |
Bartels, M.E. et. al., 2016 | Avaliar os efeitos do exercício aquático para pessoas com osteoartrose de joelho e/ou quadril em comparação com nenhuma intervenção | Houve uma pequena melhora a curto prazo em comparação com o controle da dor. Melhora na qualidade de vida | Há evidências de qualidade moderada de que, o exercício aquático pode ter efeitos pequenos de curto prazo e clinicamente relevante para a dor e incapacidade física |
Franco, M.R. et. al., 2017 | Aplicar a evidência da revisão sistemática de Bartels a uma paciente com osteoartrose no joelho, utilizando exercícios aquáticos | Após a intervenção, houve melhora nos itens avaliados, sendo eles: dor, função, qualidade de vida, força muscular e flexibilidade em MMII | Os exercícios aquáticos provavelmente ajudaram os pacientes com osteoartrose de joelho e quadril imediatamente após o término do programa |
Matos, F. et. al., 2016 | Avaliar e comparar os efeitos do programa de exercícios aquáticos na força muscular e na funcionalidade de pessoas com osteoartrose | Foram encontrados efeitos benéficos do exercício aquático na funcionalidade. Porém dos cinco estudos que avaliaram a força muscular, apenas dois verificam o efeito positivo dos exercícios aquáticos | Observou-se que os exercícios aquáticos podem ser eficientes na melhora da funcionalidade e no aumento da força muscular, desde que, seja bem estruturados com intensidade e sobrecarga controlada e progressiva |
Waller, B. et. al., 2014 | Realizar uma revisão sistemática com meta-análise para determinar o efeitos dos exercícios aquáticos terapêuticos nos sintomas e na função associada à osteoartrose de MMII | Houve efeito significativo na dor, função auto-relatada e funcionalidade física. Além disso, foi observado um efeito significativo na rigidez e na qualidade de vida | O exercício aquático terapêutico é eficaz no manejo dos sintomas associados à osteoartrose de MMII |
Autor/Ano | Objetivos do Estudo | Principais Resultados | Considerações Finais |
Song, J. A. et. al., 2022 | Examinar artigos publicados em coreano e inglês mais recentes para avaliar quantitativamente e qualitativamente o efeito de intervenções baseadas em exercícios aquáticos na dor, qualidade de vida e na disfunção articular entre os pacientes com osteoartrose | Houve uma redução de dor no grupo de exercícios aquáticos em comparação com o grupo controle. O grupo foi eficaz na redução de dor em comparação ao grupo de exercícios terrestres. o Mesmo verifica a relação entre qualidade de vida e disfunção articular | Para pacientes com osteoartrose, as intervenções baseadas em exercícios aquáticos são eficaz para diminuir a dor e disfunção articular assim como a melhora na qualidade de vida |
Dos Santos, M. B. et. at., 2021 | Realizar uma revisão sistemática para evidenciar os efeitos benéficos da fisioterapia aquática em idosos com osteoartrose de joelho | Houve uma melhora na redução da dor, alívio de tensão muscular e de ansiedade | O exercício aquático é eficaz no tratamento e na redução de dor para pacientes com osteoartrose |
Carvalho, A. E. et. al., 2017 | Evidenciar os benefícios das atividades aquáticas no tratamento de doenças reumáticas, como a osteoartrose, em pacientes idosos | O Exercício físico desempenha um papel crucial na qualidade de vida de pacientes com osteoartrose, ajudando a minimizar e prevenir sua progressão | Os estudos demonstraram que a atividade física em ambiente aquático, mostra-se eficaz na melhora da qualidade de vida da pessoa idosa |
Aparecida, C. J. et. al., 2018 | Realizar revisão bibliográfica para evidenciar o benefícios da hidroterapia e comparação com exercícios em solo terrestre nos pacientes com osteoartrose proporcionando independência funcional | Houve melhora na marcha, dos grupos que realizaram fisioterapia aquática em comparação com os grupos que praticaram em solo terrestre | A hidroterapia atuou na melhoria e reabilitação em pacientes idosos com osteoartrose, contribuindo para a melhora da qualidade de vida |
5. DISCUSSÃO
O objetivo desta revisão foi analisar revisões da literatura para elucidar o efeito da hidroterapia nos idosos com osteoartrose no quadril e joelho e verificou-se que a hidroterapia foi capaz de melhorar a dor, a funcionalidade e a qualidade de vida. A temperatura da água foi um item importante, visto que fora correlacionada à diminuição da dor com a hipótese da ação conjunta da água quente e da flutuabilidade nos mecanorreceptores e termorreceptores ou no efeito por aumentar o fluxo sanguíneo, e assim, diminuir as moléculas sinalizadoras responsáveis pela ativação dos nociceptores, BARTELS e FRANCO.
De acordo com APARECIDA, no sistema termorregulador, mantendo a água aquecida, a terapia diminuirá a sensibilidade da fibra nervosa rapidamente e, a dor é diminuída por meio da sensibilidade da fibra nervosa lenta. Quando há exposição prolongada, ocorre a dilatação dos vasos sanguíneos, que aumentará o aporte de sangue periférico e elevará a temperatura muscular, consequentemente, aumentará o metabolismo em geral. No que se refere ao sistema nervoso, o calor brando traz a redução da sensibilidade das terminações sensitivas, pois quando os músculos se aquecem pelo sangue, diminui-se o tônus e relaxam. SANTOS diz que a temperatura adequada proporciona benefícios, e quando há a manutenção do calor na água, ameniza a sensibilidade da fibra nervosa rápida e a exposição prolongada diminui a dor através da sensibilidade da fibra nervosa lenta. Para SONG, a temperatura da água e características como pressão e ondas da água, relaxam os músculos e acalmam as terminações nervosas, reduzindo a dor. A temperatura das piscinas variaram entre 30°C e 36°C, BARTELS, SONG, FRANCO e WALLER, já para MATTOS, APARECIDA e SANTOS, o termo usado quanto à temperatura da piscina foi ‘aquecida’, não dando maiores detalhes em números.
As propriedades hidrodinâmicas/físicas da água (densidade, flutuação, pressão hidrostática e viscosidade) foram usadas como argumento para a melhora da dor, função, rigidez em todos os artigos, seja direta ou indiretamente, com mais ou menos detalhes. Além da flutuabilidade citada por BARTELS, a mesma menciona que a pressão hidrostática leva a uma diminuição de edema periférico, e possivelmente a uma diminuição da atividade simpática, diminuindo a dor, gerando maior motivação das pessoas com dores crônicas, como é o caso da patologia desta revisão. Ainda sobre a pressão hidrostática, BARTELS afirma que aumenta o volume de pré-carga de sangue no ventrículo direito, levando a um maior volume sistólico e, com isso, a uma menor frequência cardíaca. No entanto, esse aumento pode ser perigoso para pessoas com problemas cardíacos. Os exercícios aquáticos, em comparação com exercícios feitos em solo, em relação ao efeito na capacidade aeróbica observado, podem ser alcançados com um menor esforço, ou seja, realizar exercícios aquáticos demanda menos esforço para alcançar os mesmos limiares que os exercícios feitos em solo, podendo aumentar a aderência no público idoso, BARTELS. Alguns aspectos relacionados à hidrodinâmica são importantes, pois proporcionam aos indivíduos que se exercitam uma sensação de diminuição do peso corpóreo, liberação das articulações, bom funcionamento do sistema termorregulador, melhor irrigação (por ativar artérias, veias e capilares), promove ainda o envolvimento da maioria dos grupos musculares, aumentando o tônus muscular, auxiliando ainda mais nos idosos, na movimentação das articulações, na flexibilidade, da diminuição da tensão articular (baixo impacto), na força, na resistência, nos sistemas cardiovascular e respiratório, no relaxamento, na diminuição das tensões mentais, entre outros, CARVALHO. Outro aspecto importante é a diminuição do medo de cair durante a prática e também, para pessoas com excesso de peso, proporciona mais conforto devido aos itens relacionados anteriormente, BARTELS.
Na revisão realizada por APARECIDA, demonstra que as propriedades físicas da água influenciam também no sistema imunológico, que por aumentarem o número de leucócitos, melhoram as condições tróficas, além de proporcionar um ambiente agradável, possibilitando a socialização. SANTOS e CARVALHO mencionam que a prática da hidroterapia atinge aspectos psicossociais, promovendo um ambiente relaxante, convívio social e benefícios emocionais. Em suma, as propriedades físicas agem em pacientes idosos com doenças reumáticas, como a osteoartrose.
As revisões de BARTELS e FRANCO tiveram achados semelhantes, em que a hidroterapia tem um efeito clinicamente relevante, pequeno, de curto prazo e que os resultados sugerem uma qualidade moderada de evidência de que o exercício aquático é melhor do que nenhuma intervenção para reduzir a dor, incapacidade e aumentar a qualidade de vida relatada pelos pacientes em pessoas com osteoartrose no joelho e quadril após um programa de exercícios aquáticos. BARTELS, considerando uma análise geral, relata que o efeito imediato do exercício aquático mostra resultado preciso e consistente. Em comparação com o grupo controle, a dor e a incapacidade física para os praticamente de exercícios aquáticos, apresentaram uma média de 5 pontos menor em uma escala de 0 a 100 e para a qualidade de vida, houve uma média de 7 pontos maior na mesma escala. Conclui-se que o exercício aquático pode ser considerado como a primeira parte do programa para introduzir pessoas à prática. Já no estudo de FRANCO, houve melhora na flexão ativa de joelhos quando comparada com a avaliação inicial e maior sensação de segurança para caminhar longas distâncias sem apresentar sintomas. Finaliza dizendo que o E.A. provavelmente ajudará os pacientes com OA em joelho e quadril imediatamente após o programa de tratamento e pode ser visto como uma opção alternativa de tratamento no curto prazo para o manejo desta patologia.
Na revisão de SONG, obtiveram efeitos benéficos na dor, função articular e qualidade de vida, onde o grupo exercícios aquáticos, quando comparado ao grupo controle, a dor reduziu significativamente. O exercício aquático foi mais eficaz do que o exercício feito em solo. Quanto à qualidade de vida, descobriu-se que a duração das intervenções de exercícios aquáticos influencia no seu efeito, sendo que o escore da mesma aumenta à medida que o tempo de intervenção também aumenta. Apesar de a intervenção ser temporária, é necessário que seja contínua para pacientes com osteoartrose. Conclui afirmando que a terapia aquática é eficaz na redução de dor e na melhoria da função articular e qualidade de vida em pacientes com osteoartrose. E que pode ser usada não apenas com medicamentos, mas também com outras intervenções não farmacêuticas e não cirúrgicas, como exercícios em solo, terapia manual e modalidades físicas. WALLER, afirma que exercícios aquáticos são uma opção de tratamento eficaz para o manejo dos sintomas e déficits funcionais na osteoartrose de membros inferiores em comparação com nenhum tratamento. Os efeitos dessa terapia na dor foram pequenos, porém significativos e na função auto-relatada foram comparáveis aos alcançados com exercícios no solo ou com uso de paracetamol e anti-inflamatórios não esteroides. Não foi observado efeito na força muscular, o que levou a questionar se a intensidade aplicada foi baixa ou insuficiente para gerar mudanças positivas. Na qualidade de vida o efeito foi pequeno, mas semelhante aos outros achados na literatura, justificando devido ao tipo de medida avaliativa. Conclui-se que o exercício aquático é uma opção de treinamento de primeira linha, no entanto, a investigação do efeito que o E.A. causa nessa população em situação clínica, é necessário utilizar desenhos de estudo pragmáticos e amostras grandes. MATTOS, afirma não haver consenso sobre o efeito do exercício aquático e aumento da força muscular. Quando testado e comparado o exercício aquático e exercício em solo, o último citado foi melhor em ganho de força muscular, pois o controle de incremento da sobrecarga pode ser feito de forma mais objetiva. Considera o ganho de força muscular, se bem usada, às propriedades hidrodinâmicas da água, onde a estratégia usada nos estudos foi de aumentar a área projetada para membros inferiores e a velocidade de execução de movimento ampliando a resistência oferecida pela água. Houve ganho de mobilidade e funcionalidade nos programas de exercício aquático que controlaram algumas variáveis, como duração do estudo, frequência semanal e tempo da intervenção. Menciona, ainda, que exercícios físicos promovem benefícios mais significativos em pessoas mais idosas e com maior comprometimento funcional. Finaliza sugerindo intervenções de E.A. com duração mínima de seis semanas, que contemplem exercícios de fortalecimento muscular e aeróbico, podendo ser efetivas no aumento da força muscular e na melhoria da funcionalidade de pacientes com OA.
No estudo de CARVALHO, o E.A. é uma das modalidades mais indicadas para idosos com OA e que quanto mais ativa é a pessoa, menos limitações ela possui, pois promove a proteção da capacidade funcional, além de uma menor necessidade de medicamento. Considera que o treinamento físico deve ser readaptado periodicamente, levando em consideração o grau de inflamação articular, aumento de edema, aumento da fadiga, os danos mecânicos, a presença de derrame articular, as condições dos músculos, o estado geral do paciente, bem como sua condição cardiorrespiratória. É possível modificar o curso evolutivo da doença, diminuir dor e rigidez das articulações, melhorando os movimentos, a capacidade geral do paciente e a qualidade de vida. De acordo com, APARECIDA, há indicações da hidroterapia para vários tipos de reabilitação e patologias, como nos pacientes que sofrem de OA em quadril e joelho.
Nesse aspecto, há redução do impacto e do peso que a água proporciona, sendo possível, ainda, fortalecer os músculos, pois proporciona auxílio à movimentação, sustentação articular e resistência. Outro dado importante é que os exercícios na água podem ser realizados em três dimensões, que não se realizam em solo, estimulando-se a percepção visual, auricular, via proprioceptores cutâneos e calor. Sobre a capacidade funcional dos idosos com osteoartrose, os que se submeteram à fisioterapia aquática, tiveram resultados satisfatórios na redução de tempo de marcha usual, marcha rápida e subida e subida de escadas, enquanto os que se submeteram à fisioterapia terrestre, a melhora do tempo referiu-se a descer escadas. Entretanto, aqueles que não realizaram nenhuma intervenção terapêutica, não tiveram melhora. Contudo, a água, como terapia, é um modo mais seguro para o fortalecimento, visto não aumentar o atrito da articulação, diferentemente dos exercícios realizados em solo. Para SANTOS, a redução da dor é um dos maiores benefícios da hidroterapia, além de ter boa aceitação, reduzir carga corporal, melhorar a função física e a capacidade aeróbica. Prossegue dizendo que melhora a velocidade e qualidade da deambulação, pois os exercícios aquáticos proporcionam melhora na reabilitação. As intervenções foram estruturadas de forma diferente, sendo focadas em força, resistência, equilíbrio e alongamento, além de aeróbicos, como: chutes, torções, polichinelos e degraus laterais.
Por fim, uma dificuldade vista na maioria dos estudos dessa revisão foi da ausência de protocolos fixos e/ou oficiais, que, embora o AMERICAN COLLEGE OF RHEUMATOLOGY tenha em sua recomendação exercícios aquáticos, sendo estes, geralmente abrangendo aspectos de exercícios aeróbicos e exercícios para melhorar a amplitude de movimento articular, em um ambiente de baixo impacto, não há orientação quanto aos aspectos específicos de sua aplicação, como a dose, frequência, intensidade, entre outros. O que afetou a qualidade e o resultado das intervenções, logo, os resultados das mesmas, como relatado por WALLER e SONG, por exemplo.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos que a hidroterapia promove benefícios para pessoas com osteoartrose no quadril e joelho no que tange a dor, rigidez articular, incapacidade física e funcional, além da melhora da qualidade de vida, sendo uma opção válida tanto para prevenção de agravos, como para tratamento, podendo até diminuir o uso de medicamentos analgésicos. No entanto, são necessários mais estudos que investiguem intervenções melhor desenhadas no que concerne a protocolos oficiais e com mais amostras.
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