RETRATAMETO ENDODÔNTICO COMBINADO COM LASER DE BAIXA INTENSIDADE PARA RESOLUÇÃO DE LESÕES PERIAPICAIS PERSISTENTES: REVISÃO DE LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102410251725


Ricardo Phillipe Couto de Araújo1
Daphne Ramires Tavares Lopes2
Flávia Vanessa Aguiar Gomes3
Thaysa Silva de Paiva4
Diogo Henrique Juliano Pinto de Moura5
Amanda Santos Oliveira do Carmo6
Ádria Maissa dos Santos Oliveira7
Laura Stefanie Salgueiro Botelho8
Nalanda Christine Martins Ramos9
Samara Carrias Caldas10
Aline Noronha Pereira11
Lucas Aquino de Gama12
Everton Renan do Nascimento13
Doriana Juscely Ferreira Alves Valle14
Vitória Thaís da Silva15


Resumo

Introdução: O tratamento endodôntico é uma abordagem comum para casos de infecção persistentes após o tratamento inicial do canal radicular, principalmente quando há lesões periapicais que não respondem positivamente ao tratamento convencional. Nesses casos, a utilização do laser de baixa intensidade (LLLT – Low-Level Laser Therapy) combinada ao retratamento pode promover benefícios adicionais, como propriedades antimicrobianas e auxilia no controle da inflamação, na redução da dor e na melhoria do processo de reparo dos tecidos periapicais, favorecendo a regeneração óssea e o processo de cicatrização. Essa terapia auxilia na eliminação de microrganismos resistentes e na estimulação das células envolvidas nas peças teciduais, aumentando a taxa de sucesso do tratamento endodôntico. Estudos indicam que o laser de baixa intensidade pode ser uma ferramenta eficaz para o manejo de lesões periapicais persistentes, atuando como um adjuvante importante na descontaminação de áreas de difícil acesso e na recuperação funcional. Objetivo: Avaliar o retratameto endodôntico combinado com laser de baixa intensidade para resolução de lesões periapicais persistentes. Metodologia: Esta revisão de literatura foi realizada com base em artigos científicos dispostos nas bases de dados MEDLINE via PubMed (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Para a seleção dos estudos foram utilizados, como critérios de inclusão, artigos que estivessem dentro da abordagem temática, disponíveis na íntegra e de forma gratuita, nos idiomas inglês, português e espanhol. Como parâmetros de exclusão foram retirados artigos duplicados e que fugiam do tema central da pesquisa. Conclusão: Conclui-se que o tratamento endodôntico combinado com o uso de laser de baixa intensidade oferece uma abordagem promissora para a resolução do tratamento endodôntico. A combinação entre o tratamento convencional e o laser auxilia na eliminação de microrganismos resistentes, mas também favorece a regeneração óssea e a recuperação dos tecidos periapicais de forma mais rápida e segura. Dessa forma, o laser pode ser considerado um importante complemento terapêutico para o sucesso de tratamentos endodônticos em casos complexos, aumentando o sucesso dos resultados clínicos e melhorando a qualidade de vida.

Palavras – Chave: Endodontia. Terapia com Luz de Baixa Intensidade. Retratamento.

1. INTRODUÇÃO

A endodontia é uma especialidade odontológica voltada para o estudo da morfologia, fisiologia e patologia da polpa dental e dos tecidos perirradiculares. O tratamento endodôntico, comumente conhecido como tratamento de canal, é um procedimento clínico que visa preservar dentes comprometidos pela inflamação ou infecção da polpa dentária, permitindo a manutenção do dente na cavidade oral. Esse tipo de tratamento se tornou uma alternativa eficaz à extração dentária, proporcionando melhores prognósticos para os pacientes (Carvalho; Monteiro; Santo; Porto, 2020).

A polpa dentária é um tecido conjuntivo composto por nervos, vasos sanguíneos e células especializadas, localizados no interior do dente, nas câmaras pulpares e nos canais radiculares. Quando essa polpa é comprometida por processos patológicos, como cáries profundas, traumas dentários ou fraturas, pode ocorrer inflamação (pulpite irreversível ou não) ou necrose do tecido pulpar. Esse quadro, se não tratado adequadamente, pode evoluir para abscessos periapicais e outras infecções graves ((VALENTIM et al., 2017).

O tratamento endodôntico é indicado para a remoção da polpa inflamada ou necrosada, promovendo o alívio da dor, a descontaminação do sistema de canais radiculares e a preservação do dente na arcada. O procedimento envolve etapas bem definidas, iniciando pela abertura coronária, que permite o acesso ao sistema de canais radiculares. Em seguida, realiza-se o preparo biomecânico, uma fase crucial em que os canais são instrumentados e irrigados com substâncias químicas, como hipoclorito de sódio, para eliminar resíduos pulpares e agentes patogênicos (Costa et al; 2018).

A taxa de sucesso de um tratamento endodôntico primário depende de uma série de fatores, como a complexidade anatômica dos canais radiculares, a habilidade do profissional, a qualidade da instrumentação e obturação dos canais e a presença ou ausência de infecção periapical. No entanto, mesmo em condições ideais, pode haver falhas, sendo que estudos indicam que até 30% dos insucessos de tratamentos endodônticos podem necessitar de retratamento ao longo do tempo. Entre as principais causas estão a persistência de micro-organismos nos canais radiculares, fraturas e a presença de canais acessórios não tratados (Lacerda et al. 2016).

No caso do retratamento endodôntico consiste na reintervenção em dentes previamente tratados endodonticamente, mas que apresentam falhas no tratamento inicial, seja por complicações técnicas, persistência de infecção ou novos problemas que comprometem a função e integridade do dente. Esse procedimento busca reestabelecer a saúde periapical e preservar o dente na cavidade oral, evitando a necessidade de extração e mantendo o elemento dentário na cavidade oral.

2 REVISÃO DA LITERATURA

O retratamento endodôntico é indicado quando há sinais e sintomas clínicos de insucesso, como dor, edema, presença de fístulas ou persistência de lesão periapical observada em exames radiográficos. Esses casos exigem uma reabordagem cuidadosa, uma vez que a anatomia radicular pode estar mais complexa, com canais calcificados ou obliterados, e a presença de materiais obturadores anteriores pode dificultar a reinstrumentação dos canais (Estrela, 2009).

O prognóstico do tratamento endodôntico é, em geral, favorável, especialmente quando o diagnóstico e a intervenção são realizados precocemente. A taxa de sucesso de tratamentos endodônticos varia de acordo com diversos fatores, incluindo a complexidade anatômica do dente, o grau de infecção e a qualidade do selamento obturador (Occhi et al., 2011).

Em casos onde o tratamento primário falha, seja por complicações técnicas, como a persistência de bactérias nos canais radiculares ou biológicas, como a subinstrumentação do canal radicular, é possível realizar o retratamento endodôntico, que envolve a remoção do material obturador antigo, a re-limpeza e a re-obturação dos canais. Além disso, a cirurgia perirradicular, como a apicectomia, pode ser indicada em situações de lesões persistentes nos tecidos periapicais, proporcionando uma abordagem cirúrgica para a resolução do problema (Soares; Azevedo, 2016).

O retratamento endodôntico tem sido uma alternativa viável e cada vez mais utilizada para resolver casos de insucesso no tratamento endodôntico primário, especialmente em casos de lesões periapicais persistentes. Essas lesões, que são de origem inflamatória e resultam da infecção de canais radiculares, podem manter-se mesmo após a realização de um tratamento endodôntico convencional, devido a fatores como falha na desinfecção completa do sistema de canais radiculares ou na vedação hermética do canal. Neste contexto, o retratamento endodôntico associado ao uso de tecnologias adjuvantes, como o laser de baixa potência (LBP), surge como uma estratégia promissora para aumentar o sucesso clínico e a resolução de lesões periapicais persistentes (Simões; Catão, 2021).

O principal objetivo do retratamento endodôntico é eliminar ou reduzir a carga bacteriana presente no sistema de canais radiculares, proporcionando condições para que o tecido periapical possa se regenerar. No entanto, mesmo com técnicas avançadas de instrumentação e irrigação, as estruturas anatômicas complexas dos canais, como túbulos dentinários e anastomoses, podem abrigar microrganismos que não são removidos de forma eficaz pelos métodos convencionais. Nesse sentido, o uso do laser de baixa potência tem demonstrado benefícios significativos, devido ao seu efeito antimicrobiano, anti-inflamatório e de estimulação do processo de reparo tecidual (Ree; Schwartz, 2010). 

O processo de retratamento envolve várias etapas importantes. Primeiramente, é necessário remover o material obturador pré-existente, que pode incluir guta-percha, cimentos endodônticos e até pinos intrarradiculares ou núcleos metálicos, frequentemente usados em dentes tratados endodonticamente. A remoção desses materiais pode ser feita com o uso de instrumentos manuais ou rotatórios, além de substâncias químicas solventes, como o eucaliptol ou o clorofórmio. O uso de técnicas ultrassônicas também tem mostrado grande eficácia na remoção de pinos e corpos estranhos dos canais (Zancan  et  al.,  2016).

Uma vez que o sistema de canais esteja acessível, a fase de reinstrumentação busca alcançar uma limpeza ainda mais rigorosa, eliminando qualquer resíduo de tecido necrótico, biofilme bacteriano ou material obturador remanescente. Nesse estágio, a irrigação com soluções antimicrobianas, como o hipoclorito de sódio, associada ao uso de EDTA (ácido etilenodiamino tetra-acético) para remoção da smear layer, é essencial para promover a descontaminação completa dos canais (Ricucci  et  al.,  2013).

Uma das grandes dificuldades no retratamento endodôntico é o manejo de complicações anatômicas, como canais radiculares obliterados, calcificações ou curvaturas severas. O uso de magnificação, por meio de microscópios operatórios, tem revolucionado a endodontia moderna, permitindo a visualização de detalhes antes inacessíveis e a localização de canais acessórios ou calcificados que poderiam ter sido negligenciados no tratamento original. A tomografia computadorizada de feixe cônico também tem se mostrado uma ferramenta diagnóstica valiosa, fornecendo imagens tridimensionais que auxiliam na identificação de lesões periapicais persistentes ou de anatomias complexas (Estrela et al., 2014).

Após a reinstrumentação e descontaminação, o passo final é a nova obturação dos canais radiculares. O selamento tridimensional adequado é fundamental para o sucesso do retratamento, uma vez que falhas nessa etapa podem permitir a reinfecção e perpetuar o processo inflamatório periapical. Materiais obturadores termoplastificados ou técnicas de compactação vertical são frequentemente utilizados para garantir um selamento eficiente (Estrela et al.,2014).

A evolução tecnológica na endodontia tem contribuído significativamente para o sucesso do tratamento endodôntico. O uso de localizadores apicais eletrônicos, imagens radiográficas digitais e tomografia computadorizada de feixe cônico, além de sistemas rotatórios e reciprocantes de instrumentação, melhoraram a precisão no diagnóstico e na execução dos procedimentos. Além disso, a magnificação proporcionada pelo uso de microscópios operatórios tem permitido uma visualização mais detalhada dos canais radiculares, especialmente em casos de anatomia complexa (Gorni; Gagliani, 2004).

Em casos onde o retratamento convencional não é suficiente para resolver o quadro clínico, a cirurgia periapical, como a apicectomia, pode ser indicada. Nesse procedimento, realiza-se a remoção do ápice radicular e da lesão periapical associada, seguida do selamento retrográdo do canal. Essa abordagem cirúrgica, embora invasiva, pode ser a única opção para preservar o dente em casos de lesões persistentes (Kaled et al., 2011).

O prognóstico de um retratamento endodôntico é geralmente favorável, dependendo da complexidade do caso e da causa da falha inicial. Fatores como a presença de lesões periapicais extensas, perfurações, fraturas radiculares ou a falta de um bom selamento coronário podem reduzir essas taxas de sucesso. Entretanto, a combinação de técnicas avançadas de diagnóstico e instrumentação, aliadas à experiência clínica do profissional, pode aumentar significativamente as chances de sucesso a longo prazo (Estrela, 2009).

Em termos de complicações, o retratamento endodôntico pode, ocasionalmente, resultar em fraturas radiculares, perfurações ou extrusão de materiais obturadores para além do forame apical. Esses eventos podem comprometer o prognóstico do dente, levando à necessidade de procedimentos adicionais ou, em última instância, à extração.

3 METODOLOGIA

Esta revisão de literatura foi realizada com base em artigos científicos dispostos nas bases de dados MEDLINE via PubMed (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).

Para a seleção dos estudos foram utilizados, como critérios de inclusão, artigos que estivessem dentro da abordagem temática, disponíveis na íntegra e de forma gratuita, nos idiomas inglês, português e espanhol. Como parâmetros de exclusão foram retirados artigos duplicados e que fugiam do tema central da pesquisa. Para busca dos artigos foram utilizadas as palavras-chave: “Endodontia”; “Terapia com Luz de Baixa Intensidade” e “Retratamento”, indexadas aos Descritores em Ciência da Saúde (DeCS).

4 DISCUSSÕES

A busca por terapias coadjuvantes no retratamento endodontico que possam potencializar os resultados clínicos tem levado à investigação de tecnologias como o laser de baixa intensidade (Low-Level Laser Therapy – LLLT) no contexto endodôntico. Esse recurso vem sendo estudado por sua capacidade de promover efeitos biológicos benéficos, como analgesia, anti-inflamação e estimulação da regeneração tecidual, sendo uma estratégia promissora para a resolução de lesões periapicais persistentes (Conselho Regional De Odontologia De São Paulo, 2010).

Lesões periapicais resultam de processos infecciosos ou inflamatórios associados ao sistema de canais radiculares e podem ser mantidas ou exacerbadas por falhas no tratamento endodôntico inicial, como a inadequada descontaminação dos canais radiculares ou o insuficiente selamento do sistema de canais. Nesses casos, o retratamento endodôntico convencional visa a remoção dos agentes etiológicos, a limpeza e a re-obturação do sistema de canais. No entanto, mesmo após um retratamento tecnicamente correto, algumas lesões periapicais podem persistir devido à complexidade anatômica do dente, à presença de biofilmes bacterianos resistentes ou à inflamação crônica dos tecidos periapicais (Estrela et al.; 2014).

O laser de baixa intensidade tem sido proposto como uma terapia complementar no retratamento endodôntico devido às suas propriedades fotobiomoduladoras. Diferente dos lasers de alta potência, que são utilizados para corte e remoção de tecido, o LBP atua em nível celular, promovendo efeitos que podem acelerar o processo de cicatrização e modular a resposta inflamatória. Estudos têm demonstrado que a aplicação do laser de baixa intensidade em áreas periapicais pode reduzir a inflamação local, aumentar a vascularização, promover a proliferação de fibroblastos e osteoblastos e, potencialmente, acelerar a reparação óssea (Schaeffer et al, 2019).

No contexto do retratamento endodôntico, o laser de baixa intensidade pode ser utilizado de diferentes formas. Um de seus usos mais estudados é a aplicação intracanal, após a limpeza e desinfecção do sistema de canais radiculares, com o objetivo de complementar a ação antimicrobiana e promover a bioestimulação dos tecidos periapicais. A energia luminosa emitida pelo laser é absorvida pelos tecidos, estimulando mitocôndrias celulares e aumentando a produção de ATP, o que, por sua vez, acelera os processos regenerativos e modula a resposta inflamatória (Lopes et al., 2019).

Após o retratamento endodôntico, a inflamação periapical é um dos principais fatores que pode dificultar a cicatrização adequada. Os efeitos anti-inflamatórios do laser de baixa potência são particularmente relevantes em casos de lesões periapicais persistentes, onde a inflamação crônica pode dificultar a reparação tecidual. A redução da síntese de mediadores inflamatórios, como prostaglandinas e citocinas pró-inflamatórias, combinada com o estímulo à produção de substâncias anti-inflamatórias, contribui para a diminuição da dor e resolução de processos inflamatórios de longa duração. Além disso, o laser de baixa intensidade tem sido associado à analgesia, o que pode ser um benefício adicional para pacientes que apresentam dor pós-operatória após o retratamento (Simões; Catão, 2021).

O efeito antimicrobiano do laser de baixa intensidade também tem sido investigado no retratamento endodôntico, embora os resultados sejam variáveis. Embora o laser de baixa intensidade não seja considerado um substituto para a irrigação com substâncias químicas antimicrobianas tradicionais, como o hipoclorito de sódio, alguns estudos sugerem que sua aplicação pode reduzir a carga bacteriana em biofilmes presentes no interior dos canais radiculares. Quando combinado com técnicas convencionais de irrigação e desinfecção, o laser pode aumentar a eficácia do retratamento na eliminação de micro-organismos patogênicos. Do ponto de vista microbiológico, o LBP tem a capacidade de reduzir a carga bacteriana no interior dos canais radiculares, atuando de forma complementar aos métodos de desinfecção química e mecânica. A luz laser interage diretamente com os microrganismos, alterando sua membrana celular e impedindo sua proliferação (Schaeffer et al., 2019)

Outra área de aplicação do laser de baixa intensidade é o tratamento cirúrgico de lesões periapicais persistentes, como na apicectomia. Em muitos casos, quando o retratamento endodôntico convencional não é suficiente para eliminar uma lesão periapical, é necessário recorrer à cirurgia para remoção da lesão e do ápice radicular. O laser de baixa intensidade pode ser aplicado tanto no leito cirúrgico quanto nas áreas periapicais para acelerar a cicatrização óssea e dos tecidos moles, além de controlar a inflamação e a dor pós-operatória. Evidências indicam que a aplicação do laser pode reduzir significativamente o tempo de cicatrização óssea após a apicectomia (Garcez et al., 2015).

Estudos clínicos têm demonstrado que o uso combinado do retratamento endodôntico com o laser de baixa potência resulta em uma maior taxa de sucesso na resolução de lesões periapicais persistentes em comparação com o retratamento convencional. Em termos de aplicação clínica, a utilização do LBP durante o retratamento endodôntico é uma técnica relativamente simples e de fácil adaptação na prática odontológica. O laser é aplicado diretamente no interior dos canais radiculares após a instrumentação e irrigação convencional, em sessões que podem variar de acordo com o tamanho da lesão periapical e a resposta do paciente. A combinação dessas duas abordagens proporciona uma desinfecção mais eficaz e uma aceleração no processo de reparo, resultando em melhores desfechos clínicos e radiográficos (Asnaashari et al., 2017)

Os estudos sobre o uso do laser de baixa intensidade no retratamento endodôntico para resolução de lesões periapicais persistentes, embora promissores, ainda necessitam de maior padronização em termos de parâmetros de aplicação, como a dose de energia, o tempo de exposição e o comprimento de onda ideal.  É importante ressaltar que, embora os resultados sejam promissores, o uso do LBP deve ser considerado como uma terapia adjuvante, e não como substituto das técnicas convencionais de tratamento endodôntico.

5      CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS

O retratamento endodôntico combinado com laser de baixa potência representa uma abordagem inovadora e eficaz para a resolução de lesões periapicais persistentes, proporcionando benefícios como modulação inflamatória, aceleração da cicatrização tecidual do tecido periapical e potencial ação antimicrobiana. Embora ainda seja necessário aprofundar as pesquisas para estabelecer protocolos clínicos mais consistentes, o laser de baixa intensidade já desponta como uma terapia complementar promissora para a resolução de lesões periapicais persistentes, oferecendo aos pacientes uma abordagem menos invasiva e mais eficaz para o controle de infecções e a recuperação da saúde periapical.

REFERÊNCIAS

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1 Formado no curso superior de Odontologia pela Universidade Estácio de Sá (UNESA) – Campus Recife, Recife – PE, Brasil. E-mail: ricphillipe@gmail.com;

2 Discente do curso superior de Odontologia do Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (UNIFAMAZ) – Campus Belém, Belém – PA, Brasil. E-mail: daphneramires7@gmail.com;

3 Formada no curso superior de Odontologia pela Universidade de Pernambuco (FOP) – Campus Camaragibe, Recife – PE, Brasil. E-mail: flaviavaguiarg@gmail.com ;

4 Discente do curso superior de Odontologia do Centro Universitário Facex (UNIFACEX) – Campus Capim Macio, Natal – RN, Brasil. E-mail: thaysasilvadepaiva3@gmail.com;

5 Discente do curso superior de Odontologia do Centro Universitário Vida Cristã (UNIFUNVIC) – Campus Pindamonhangaba, Pindamonhangaba – SP, Brasil. E-mail: diogohjmoura@gmail.com;

6 Discente do curso superior de Odontologia pela Universidade Federal Sergipe (UFS) – Campus Universitário Professor Antônio Garcia Filho, Lagarto – SE, Brasil. E-mail: amanda.santosoliveirac@gmail.com;

7 Discente no curso superior de Odontologia pelo Centro Universitário Fibra (FIBRA) – Campus Belém, Belém – PA, Brasil. E-mail: adriamaissa1204@gmail.com;

8 Formada no curso superior de Odontologia do Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (UNIFAMAZ) – Campus Belém, Belém – PA, Brasil. E-mail: laurab.odonto@outlook.com;

9 Discente do curso superior de Odontologia do Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (UNIFAMAZ) – Campus Belém, Belém – PA, Brasil. E-mail: nanacmramos@gmail.com;

10 Discente do curso superior de Odontologia do Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (UNIFAMAZ) – Campus Belém, Belém – PA, Brasil. E-mail:caldassamara72@gmail.com;

11 Discente do curso superior de Odontologia do Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (UNIFAMAZ) – Campus Belém, Belém – PA, Brasil. E-mail: aline.noronha.24@gmail.com;

12 Discente do curso superior de Odontologia pela Universidade Federal Sergipe (UFS) – Campus Universitário Professor Antônio Garcia Filho, Lagarto – SE, Brasil. E-mail: lucasaquino453@gmail.com;

13 Discente do curso superior de Odontologia pela Universidade Potiguar (UNP) – Campus Salgado Filho, Natal – RN, Brasil. E-mail: renannascimento9927@gmail.com;

14 Discente do curso superior de Odontologia pela Universidade Potiguar (UNP) – Campus Salgado Filho, Natal – RN, Brasil. E-mail: doriana.alvesvalle2@gmail.com;

15 Discente no curso superior de Odontologia pela Universidade Maurício de Nassau (UNINASSAU) – Campus Mossoró, Mossoró – RN, Brasil. E-mail: vitoriathais944@gmail.com.