URETHRAL PROLAPSE IN AN AMERICAN BULLY: CASE REPORT
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102410201546
Andressa Da Silva Ramin1
Valeria Trombini Vidotto Lemes2
RESUMO
O prolapso uretral é uma condição rara em cães, frequentemente associada a fatores predisponentes como a braquicefalia e a presença de cálculos na bexiga urinária. Este relato de caso descreve a abordagem cirúrgica para o tratamento de um prolapso uretral em um cão da raça American Bully de 8 meses. O diagnóstico foi estabelecido por meio de exame físico, que revelou sangramento ativo e aumento de volume na região peniana, permitindo a passagem de um cateter. O procedimento cirúrgico incluiu a ressecção da porção prolapsada, pexia com fio de nylon 4.0 e orquiectomia, para minimizar a excitação sexual e reduzir o risco de recidivas. Embora o manejo pós-operatório tenha sido rigoroso, foi constatada a recidiva do prolapso após quatro meses, ressaltando os desafios no tratamento dessa afecção. O presente caso reforça a importância do diagnóstico precoce, da avaliação criteriosa e do acompanhamento pós-operatório em cães com prolapso uretral, evidenciando a necessidade de estratégias que reduzam o risco de recorrência e melhorem os desfechos cirúrgicos.
Palavras-chave: Prolapso uretral, Braquicefálicos, Cirurgia, Doenças do sistema urogenital.
1 INTRODUÇÃO
O prolapso uretral é uma condição patológica rara em cães, caracterizada pelo deslocamento do orifício uretral do corpo cavernoso do pênis, resultando na exposição de uma massa arredondada, com coloração variando de avermelhada a arroxeada (Fossum, 2014; Papazoglou; Kazakos, 2002). Embora a etiologia exata não seja completamente compreendida, diversas causas têm sido associadas à sua ocorrência, incluindo cálculos uretrais, traumas, infecções, masturbação, excitação sexual e predisposição genética (Hobson; Heller, 1971; Sinibaldi, 1973).
A condição é mais frequentemente observada em cães machos braquicefálicos jovens, como Bulldogs e Pugs, assim como os produtos de seus cruzamentos, Boston Terrier, American Pit Bull Terrier, Shar Pei e Yorkshire Terrier o que sugere uma predisposição anatômica e genética nessas raças (Hobson; Heller, 1971; Smith, 1998; Fossum, 2014; Kirsch et al., 2002; Bjorling, 2003; Vannini; Birchard, 2005). Acredita-se que a obstrução das vias aéreas superiores, comum nesses cães, possa contribuir para o desenvolvimento do prolapso ao aumentar a pressão intra-abdominal (Kirsch et al., 2002; Papazoglou; Kazakos, 2002).
Os sinais clínicos são geralmente associados à obstrução parcial do trato urinário inferior ou ao sangramento peniano intermitente, manifestando-se por estrangúria, disúria, incontinência urinária e hematúria (Fossum, 2014). Os principais sinais físicos incluem lambedura excessiva do pênis, sangramento prepucial, disúria e a protrusão da mucosa uretral, sendo este último um sinal patognomônico (Fossum, 2014).
O diagnóstico pode ser estabelecido pela observação dos sinais clínicos e pela visualização direta da eversão da mucosa uretral na extremidade do pênis, permitindo a passagem de um cateter através do orifício uretral (Macphail, 2014). Além disso, exames laboratoriais podem revelar a presença de anemia, devido ao sangramento intermitente, e infecção urinária, tornando imprescindível uma avaliação completa que inclua hemograma, leucograma, urinálise e dosagem de microalbuminúria (Marynissen et al., 2017).
O diagnóstico diferencial deve incluir outras patologias que possam provocar sangramento prepucial, garantindo uma avaliação completa e precisa do quadro clínico (Fossum, 2014). Para a exclusão de alterações prostáticas, tumor venéreo, cálculos e anormalidades estruturais da bexiga, uma avaliação detalhada, incluindo exames de imagem como o ultrassom de abdome são essenciais para diferenciar essas condições e garantir um diagnóstico preciso e consequentemente, o manejo adequado do paciente (Marynissen et al., 2017).
Como não há recuperação espontânea, a correção do prolapso depende da viabilidade e extensão da porção protrusa. As opções terapêuticas incluem a redução manual com sutura em bolsa de tabaco se a mucosa não estiver necrosada, a redução da protrusão seguida de uretropexia, ou a ressecção cirúrgica com anastomose (Kirsch et al., 2002; Macphail, 2014). A orquiectomia bilateral é recomendada para reduzir a excitação sexual e ereções, minimizando assim o risco de recidivas (Macphail, 2014).
As principais complicações pós-operatórias incluem edema devido à manipulação, sangramento associado à micção ou excitação, que pode durar de dois a sete dias, automutilação e recidivas (Vannini; Birchard, 2005). Em geral, a recidiva do prolapso uretral está associada à micção ou excitação, podendo ser necessário sedar o cão ou utilizar um colar elisabetano para prevenir automutilação no período pós-cirúrgico. Embora a reincidência seja incomum, caso ocorra, a repetição do procedimento cirúrgico é indicada (Fossum, 2014).
Considerando a baixa incidência do prolapso uretral, o relato de casos clínicos é fundamental para aprimorar a compreensão da condição, assim como das opções terapêuticas disponíveis. O presente relato tem por objetivo descrever o caso de um cão da raça American Bully, macho, com 8 meses de idade, detalhando o quadro clínico, os exames complementares realizados, a técnica cirúrgica empregada e os resultados obtidos, incluindo a recidiva do prolapso.
2 RELATO DE CASO
Um cão da raça American Bully, macho, não castrado, com 8 meses de idade, foi admitido no hospital veterinário devido a sangramento na região peniana e aumento de volume local, observado pelo tutor nos últimos dois dias. O tutor também relatou que a área afetada apresentava mudança na coloração, tornando-se mais escura. O animal mantinha apetite normal.
No exame físico inicial, observou-se mucosas oculares e gengivais normocoradas, tempo de preenchimento capilar (TPC) de 2 segundos, temperatura corporal de 38,2°C, e ausculta cardíaca e pulmonar sem alterações. A inspeção do pênis revelou uma alteração de coloração e aumento de volume, com presença de uma formação arredondada de aproximadamente 2 cm no ápice, de coloração escura (figura 1).
1: Prolapso uretral durante exame físico na admissão.
Fonte: Acervo do pesquisador.
Não havia sangramento ativo no momento do exame, e nenhuma outra alteração foi identificada no restante do pênis. Entretanto, diante do relato do tutor sobre sangramento significativo, optou-se pela internação do paciente para monitoramento e realização de exames complementares, incluindo hemograma completo, avaliação das funções renal e hepática, e ultrassonografia abdominal.
Durante a internação, o animal apresentou episódios de sangramento intenso associados a momentos de agitação. A urina estava concentrada, e as fezes se mantinham normais. O paciente não demonstrava sinais aparentes de dor. O hemograma revelou anisocitose e leucocitose, com contagem de leucócitos de 18,34 mil/mm³ (referência: 6-17 mil/mm³) e eritrócitos de 4,66 milhões/mm³ (referência: 5,1-8,5 milhões/mm³). A fosfatase alcalina estava elevada, com valor de 212 U/L (referência: 10-96 U/L).
Foi realizado o teste rápido 4DX (Idexx), com resultado não reagente para Anaplasma platys, Borrelia burgdorferi, Ehrlichia canis e Dirofilaria immitis. Na urinálise, observou-se pH 6, presença de cristais, leucócitos e bactérias. A análise microscópica identificou cristais de fosfato triplo (figura 2).
Figura 2: Análise da microscopia urinária.
A ultrassonografia revelou linfonodo esplênico aumentado. A bexiga apresentava formato habitual, com repleção adequada e discreta quantidade de cristais, mas sem sinais de litíase. O baço encontrava-se significativamente aumentado, ultrapassando o polo caudal do rim esquerdo, porém com ecotextura normal (figura 3).
Figura 3: Imagens ultrassonográficas do abdome.
Diante dos achados no exame físico, sinais e sintomas e exames de imagens, optouse por submeter o cão a uma intervenção cirúrgica para a correção do prolapso uretral e orquiectomia.
A cirurgia foi realizada no dia 27 de junho de 2024. Iniciou-se com uma ampla tricotomia na região do saco escrotal, bem como a tosa dos pelos do prepúcio. Procedeuse então à inserção de uma sonda uretral de calibre 6, seguida da inserção de agulhas hipodérmicas 25G (25×0,7 mm) transversalmente à sonda. A incisão foi realizada com bisturi número 11 ao redor da sonda, e a base do prolapso uretral foi suturada com pontos simples separados utilizando fio de nylon 4-0 (figura 4).
O animal permaneceu internado por dois dias após o procedimento, mantendo a sonda uretral durante esse período. Após a remoção da sonda, o paciente continuou apresentando sangramento por aproximadamente 20 dias, embora em menor quantidade.
Figura 4: Imagens da sutura uretral durante o procedimento cirúrgico.
Fonte: Acervo do pesquisador.
Após três meses da intervenção cirúrgica, o paciente retornou para consulta de acompanhamento. Durante a avaliação, observou-se boa evolução clínica, com o animal estável (figura 5). Não houve recorrência de sangramentos ou complicações relacionadas ao procedimento.
O exame físico geral foi satisfatório, e o tutor relatou que o cão se encontra em bom estado geral, sem sinais de desconforto ou alterações no comportamento.
Figura 5: Imagem da uretra após 3 meses do procedimento cirúrgico.
Fonte: Acervo do pesquisador.
Após quatro meses da realização do primeiro procedimento cirúrgico, o tutor retornou com o animal à clínica devido à recidiva do prolapso uretral, observando-se novamente a protrusão da mucosa na extremidade do pênis (figura 6). Diante dessa recorrência, foi discutida a necessidade de uma nova intervenção cirúrgica, que já está agendada para a próxima semana, visando corrigir definitivamente a condição e evitar futuras complicações.
Figura 6: Recidiva de prolapso uretral.
Fonte: Acervo do pesquisador.
3 DISCUSSÃO
Neste trabalho, foi descrita a abordagem cirúrgica para a correção de prolapso uretral em um cão da raça American Bully, com 8 meses de idade. De acordo com Bichard (1998), essa afecção é considerada rara e ocorre com maior frequência em cães braquicefálicos. No entanto, isso diverge dos dados apresentados em um estudo em que apenas 16% dos 30 animais estudados eram braquicefálicos e apresentaram prolapso uretral (Sánchez Riquelme et al., 2019). Em um estudo retrospectivo observou-se um maior número de casos de prolapso uretral em cães braquicefálicos, seguido pela raça Yorkshire com idade média dos animais de aproximadamente 3 anos (Carr et al., 2015). Esses achados contrastam com o caso descrito neste relato, que envolve um filhote com menos de um ano de idade.
Diversos fatores influenciam o desenvolvimento do prolapso uretral, incluindo genética, presença de cálculos na bexiga urinária e excitação sexual (Fossum, 2002; Bjorling, 2007; Lopes, 2012). O animal em questão, um American Bully, apresentou alguns desses fatores predisponentes, uma vez que se trata de um cão braquicefálico e foi diagnosticado com cálculos na bexiga urinária (Figura 2).
O desenvolvimento do prolapso uretral em cães é influenciado por uma série de fatores predisponentes, entre os quais se destacam a genética, a presença de cálculos na bexiga urinária e a excitação sexual (Fossum, 2002; Bjorling, 2007). Esses fatores são particularmente relevantes no contexto de raças braquicefálicas, que, devido à sua conformação anatômica, apresentam um risco aumentado para diversas condições urológicas (Lopes, 2012). No caso em questão, o American Bully, além de ser uma raça braquicefálica, foi diagnosticado com cálculos na bexiga urinária, o que é um importante fator de risco para o desenvolvimento do prolapso uretral (Fossum, 2002).
A presença de cálculos urinários pode contribuir para a obstrução do trato urinário inferior, levando a um aumento da pressão intra-abdominal durante a micção e, consequentemente, favorecendo a eversão da mucosa uretral (Kirsch et al., 2002; Papazoglou; Kazakos, 2002). Essa relação é apoiada pela literatura, que indica que a obstrução urinária é um fator comumente associado a lesões urogenitais em cães (Fossum, 2014; Lopes, 2012). Além disso, a excitação sexual, que pode ser exacerbada em machos não castrados, está diretamente ligada ao aumento da vascularização e da pressão na região peniana, potencializando o risco de prolapso uretral (Macphail, 2014).
Nesse contexto, a combinação dos fatores genéticos associados à braquicefalia e a presença de cálculos na bexiga urinária no American Bully deste estudo não apenas esclarece a predisposição do animal ao prolapso uretral, mas também enfatiza a necessidade de uma abordagem holística no diagnóstico e manejo dessas condições.
Durante o exame físico do animal, foram observados sinais clínicos sugestivos de prolapso uretral, incluindo sangramento ativo e aumento de volume na região peniana, com a presença de um orifício central que permitiu a passagem fácil de um cateter. Esses achados são típicos da condição e estão em consonância com os descritos na literatura, o que possibilitou o diagnóstico definitivo e a seleção da técnica cirúrgica apropriada (Macphail, 2014). Para estabelecer um diagnóstico diferencial, foram solicitados exames complementares, e a urinálise revelou a presença de cristais de fosfato triplo, que são frequentemente associados a condições urológicas em cães, como infecções e obstruções urinárias (Marynissen et al., 2017). Além disso, o hemograma apresentou alterações significativas, com a ureia em 46,66 mg/dL, anisocitose e leucocitose e fosfatase alcalina, 212,01 U/L (valores de referência: 10-96 U/L).
Os resultados laboratoriais reforçam as observações de autores que mencionam a possibilidade de anemia decorrente de sangramentos intermitentes, como é frequentemente o caso em pacientes com prolapso uretral (Fossum, 2014). A detecção de valores elevados levanta preocupações sobre outras condições sistêmicas que podem estar associadas ao quadro clínico apresentado. A realização do teste para hemoparasitas (4Dx) foi uma medida prudente, pois permite descartar doenças concomitantes que podem complicar ainda mais o prognóstico do paciente.
Essa abordagem abrangente para a investigação diagnóstica não só assegura que o tratamento seja direcionado adequadamente, mas também melhora o prognóstico, permitindo um manejo mais eficaz das condições subjacentes que possam impactar a saúde do animal (Fossum, 2014). Em suma, esses achados destacam a importância de uma investigação diagnóstica rigorosa em casos de prolapso uretral, onde múltiplos fatores podem estar interligados, afetando o bem-estar geral do paciente (Macphail, 2014).
O procedimento cirúrgico adotado para a correção do prolapso uretral consistiu em uma abordagem técnica cuidadosa, iniciando com a sondagem usando uma sonda número 6 e a inserção de uma agulha 25×0,7 em um ângulo transversal. Esse método é apoiado pela técnica descrita por Hobson e Heller (1971), que enfatiza a importância de posicionar a agulha em ângulo perpendicular para evitar a retração da uretra, um aspecto crucial para o sucesso da cirurgia. A ressecção da porção prolapsada foi seguida pela pexia, utilizando fio de nylon 4.0 para promover a anastomose, além da realização da orquiectomia, que é uma prática recomendada para minimizar a excitação sexual e, assim, reduzir o risco de recidiva.
O paciente permaneceu internado por 2 dias para observação pós-cirúrgica e manutenção da sonda. Esta foi mantida com o intuito de possibilitar uma proteção inicial à sutura da anastomose, principalmente no contato inicial do fio cirúrgico com a urina do paciente Atallah et al. (2013). No entanto, o cão conseguiu remover a sonda de forma espontânea no segundo dia, resultando em um episódio de sangramento leve. Após a alta, o tutor relatou uma quantidade significativa de sangue, que diminuiu gradativamente até a completa resolução no 16º dia.
Estes achados estão em conformidade com as observações de Vannini e Birchard (2005), que indicam que sangramentos podem ocorrer por até sete dias após o procedimento. A remoção dos pontos foi realizada 40 dias após a cirurgia, momento em que foi notado um leve aumento de volume na região, que se resolve rapidamente no dia seguinte.
Contudo, o surgimento de recidiva do prolapso quatro meses após a cirurgia destaca a complexidade do manejo dessa condição e a necessidade de um monitoramento contínuo. Essa recidiva, conforme indicado na literatura, pode ser influenciada por múltiplos fatores, incluindo a anatomia do paciente e a persistência de fatores predisponentes, como a braquicefalia e a excitação sexual (Fossum, 2002; Macphail, 2014). Assim, este relato ilustra a importância de um manejo pós-operatório rigoroso e da utilização de abordagens adicionais para prevenir a recidiva em casos semelhantes.
Os tutores do animal receberam orientações específicas sobre os cuidados pósoperatórios, incluindo a manutenção do uso de roupa cirúrgica e um colar elisabetano, ambos essenciais para prevenir a automutilação e proteger a área operada. A medicação prescrita para manejo da dor e controle da inflamação incluiu tramadol, dipirona, prednisolona e amitriptilina. Essas medicações visam proporcionar alívio da dor, controlar a inflamação e reduzir a excitação, fatores que podem contribuir para a recidiva do prolapso (Fossum, 2014). Além disso, foi recomendado o uso de soro fisiológico para a limpeza da área operada, juntamente com a aplicação de pomada ginecológica, visando promover uma adequada cicatrização e minimizar o risco de infecção.
Durante o acompanhamento pós-operatório, um achado incomum foi o aumento significativo do baço, identificado em um exame ultrassonográfico. Esse aumento, que pode ser decorrente de uma resposta inflamatória ou outra condição subjacente, foi monitorado com acompanhamentos mensais nos dois primeiros meses, seguidos de exames trimestrais. Felizmente, o diâmetro esplênico se manteve dentro dos limites normais, o que é um indicativo positivo de que a condição não evoluiu para um quadro mais severo. O monitoramento contínuo é crucial, pois permite a detecção precoce de quaisquer alterações que possam impactar a saúde do animal e assegura que intervenções adicionais possam ser realizadas, se necessário. Assim, o cuidado pós-operatório e a vigilância regular são fundamentais para garantir a recuperação completa e o bem-estar do paciente.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O relato de caso apresentado destaca a relevância da abordagem cirúrgica para a correção do prolapso uretral em cães, uma afecção rara que, apesar de sua baixa incidência, requer atenção especial na prática clínica veterinária. A escassez de casos documentados na literatura enfatiza a importância de relatos como este, que contribuem para a compreensão das particularidades e desafios associados ao diagnóstico e tratamento dessa condição em cães braquicefálicos, como o American Bully.
Além disso, o estudo ressalta a necessidade de exames complementares para descartar outras patologias concomitantes e identificar a causa primária da afecção. A realização de uma avaliação diagnóstica abrangente não só melhora o prognóstico do paciente, mas também orienta o manejo adequado, promovendo um cuidado mais eficaz e direcionado, beneficiando tanto o animal quanto seu tutor.
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1 Graduada e Medicina Veterinária. Pós-graduanda em Cirurgia de Cães e Gatos (pós-graduação lato sensu) da Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais de São Paulo – ANCLIVEPA-SP. e-mail: andressa_ramin@hotmail.com
2 Doutora em Ciências da Cirurgia pela Universidade Estadual de Campinas.