BODY DYSMORPHIC DISORDER: AN INTEGRATIVE REVIEW OF THE UNSUSTAINABLE BURDEN OF BEAUTY
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202410182147
Thamara Layse Parente de Pinho Tavares1
Thamyris Mohara Parente de Pinho Tavares1
Gilmara Linhares da Silva Cunha 2
Resumo
Este artigo explora a relação entre o uso de mídias sociais e o transtorno dismórfico corporal (TDC), contextualizando o aumento da insatisfação com a imagem corporal em uma sociedade cada vez mais conectada. O objetivo foi compreender o impacto e influência da busca por padrões de beleza imposta pelas mídias sociais em relação ao transtorno dismórfico corporal. A metodologia utilizada foi a revisão integrativa de literatura, a pesquisa foi realizada através de artigos publicados nos últimos 10 anos, nas bases de dados PubMed, SciELO e Google Acadêmico, o caminho de busca e seleção dos artigos foi disposto em um fluxograma adaptado. Foram incluídos quatro artigos para a revisão e os resultados estão expostos em quadro síntese com os principais elementos dos estudos. A discussão realizada compreendeu que há uma forte correlação entre o uso intensivo de redes sociais e a intensificação de preocupações com a aparência, especialmente em relação ao rosto e à barriga. As discussões revelaram ainda que a utilização das mídias sociais centradas em imagens, como Instagram e Snapchat, influenciam a percepção da aparência, exacerbam comportamentos comparativos e fomentam comportamentos dismórficos, e que a exposição constante a padrões estéticos idealizados e o uso de filtros e efeitos nas imagens publicadas contribuem para o aumento da insatisfação corporal com consequente busca por procedimentos estéticos cirúrgicos e não cirúrgicos. Concluiu-se que as mídias sociais influenciam significativamente na intensificação do TDC, apresentando impactos na qualidade de vida dos indivíduos, em âmbitos da saúde física e emocional e das relações sociais e profissionais.
Palavras-chave: Transtorno dismórfico. Imagem corporal. Mídias Sociais; Instagram.
ABSTRACT
This article explores the relationship between social media use and body dysmorphic disorder (BDD), contextualizing the increase in dissatisfaction with body image in an increasingly connected society. The objective was to understand the impact and influence of the search for beauty standards imposed by social media in relation to body dysmorphic disorder. The methodology used was an integrative literature review; the research was carried out through articles published in the last 10 years, in the PubMed, SciELO and Google Scholar databases; the search and selection path of the articles was arranged in an adapted flowchart. Four articles were included for the review and the results are presented in a summary table with the main elements of the studies. The discussion held understood that there is a strong correlation between the intensive use of social networks and the intensification of concerns about appearance, especially in relation to the face and belly. The discussions also revealed that the use of image-centered social media, such as Instagram and Snapchat, influences the perception of appearance, exacerbates comparative behaviors and fosters dysmorphic behaviors, and that constant exposure to idealized aesthetic standards and the use of filters and effects on published images contribute to increased body dissatisfaction with the consequent search for surgical and non-surgical aesthetic procedures. It was concluded that social media significantly influences the intensification of BDD, impacting individuals’ quality of life in the areas of physical and emotional health and social and professional relationships.
Keywords: Dysmorphic disorder. Body image. Social media; Instagram.
1 INTRODUÇÃO
A inquietação relacionada à aparência é um dos comportamentos essenciais para a identificação do transtorno dismórfico corporal (TDC) (Bonfim; Nascimento; Borges, 2016). Neste transtorno, os indivíduos acumulam percepções negativas, construindo assim, uma visão “distorcida” em relação à imagem corporal que resulta em preocupações excessivas com “anormalidades imaginárias” na aparência, acreditando existir imperfeições corporais (Conrado, 2009).
O modo comportamental é notado em relações sociais, sendo comum isolamento e tentativas de disfarces (com maquiagem, roupas, gestos etc.). Outros comportamentos característicos são: examinar o “defeito” de forma constante no espelho ou evitá-lo, comparar- se com outras pessoas, realizar cirurgias plásticas e tratamentos estéticos etc. (Bonfim; Nascimento; Borges, 2016).
A partir dessa (in)aceitação e da busca do que é belo, a sociedade adoece e desenvolve a dismorfia corporal. A pessoa que sofre dessa síndrome exibe sinais como uso excessivo de cosméticos, de incontáveis procedimentos cirúrgicos, a fim de preservar também a juventude. Ser belo torna-se uma condição de ser (Fonseca, 2005).
Na contemporaneidade, a mídia atua reforçando e popularizando maneiras de se atingir o “corpo ideal”. A indústria da beleza cria desejos e reforça imagens, e o corpo é associado à ideia de consumo (Lira et al., 2017). A busca incessante por procedimentos estéticos é encarada para atender as cobranças sociais e midiáticas que, a todo custo, precisam ser satisfeitas sem visar um motivo coerente. A “mídia adquiriu imenso poder de influência entre indivíduos, generalizou a paixão pela moda, expandiu o consumo de produtos de beleza e tornou a aparência uma dimensão essencial da identidade” das pessoas (Goldenberg, 2002, citado por Strehlau; Claro; Laban Neto, 2014, p. 77).
Essa conjuntura midiática e social que se constrói acerca do “ser belo” e que ora desagua em transtornos de imagem, acarreta prejuízos no funcionamento pessoal, familiar, social e profissional de toda sociedade. Com intuito desta compreensão, partiu-se da seguinte problemática: quais os impactos e a influência da busca por ser belo imposta pelas mídias sociais, quando esta descarrilha para o transtorno dismórfico corporal?
Diante deste cenário, utilizou-se uma revisão integrativa de literatura para alcançar o objetivo principal deste artigo, o de compreender as questões sobre o impacto e influência da busca por padrões de beleza imposta pelas mídias sociais em relação ao transtorno dismórfico corporal, e objetivos específicos de investigar a influência da pressão midiática e social para obtenção de padrões de beleza; observar de houve aumento da demanda pela busca da beleza na última década; e descrever que impactos essa busca tem no desenvolvimento de transtorno dismórfico corporal.
Justifica-se a relevância desta temática pela crescente atuação do profissional de estética na sociedade contemporânea que busca desenfreadamente por adequação a padrões impostos. Neste conjunto social, é indispensável que o tecnólogo em estética não possua somente capacidades técnicas de intervenção e manejo de produtos do seu campo, mas também que desenvolva habilidades de percepção e ética para atuar na detecção/identificação de desvios comportamentais e emocionais naqueles(as) que buscam a melhoria da aparência física. É partindo desta base que o profissional de estética pode contribuir para o bem-estar integral dos indivíduos, construindo uma sociedade mais saudável.
Se o indivíduo não está satisfeito com sua aparência todo e qualquer tipo de comentário pode ser interpretado de modo negativo, o que pode causar diversos transtornos (Knoop, 2008 citado por Alencar et al., 2021). Identificar precocemente tal patologia em determinada pessoa é ajudá-la a compreender que a insatisfação recorre, muitas vezes, de fatores psíquicos e não físicos e que podem ser tratados, diminuindo o sofrimento de quem passa por isso.
A compreensão desse fenômeno é de fundamental importância, uma vez que a insatisfação corporal pode desencadear doenças de ordem física e psíquica, como o desenvolvimento de transtornos alimentares, depressão, baixa autoestima, comparação social, ansiedade, aumento de cirurgias plásticas estéticas e diminuição da qualidade de vida (Silva; Japur; Penaforte, 2020).
A estética trabalha, de um modo geral, com a beleza. A pessoa anseia pela manutenção/preservação/aprimoramento da beleza, em muitos casos deixa o cuidado de lado e recorre à estética para garantir o que é tendência no momento, o que estão vendendo de mais incrível, o que pode levar à uma beleza perfeita (Anjos; Ferreira, 2021). Contemporaneamente, a busca desenfreada pela beleza, perfeição ou por estética dos padrões, tornou-se uma questão de saúde pública. Pertencer ao padrão de beleza midiático difundido, produz um fenômeno crescente de culto ao corpo, induzindo uma incompatibilidade entre a imagem corporal produzida pela sociedade do e a imagem corporal real da maioria dos indivíduos. (Machado et al., 2021).
2 METODOLOGIA
A metodologia utilizada foi do tipo revisão integrativa de literatura, a qual proporciona síntese de conhecimentos. O método foi escolhido por ser instrumento de Prática Baseada em Evidências (PBE), que é uma abordagem que privilegia a busca por conhecimentos e evidências voltadas para o cuidado clínico em especial nas áreas de saúde.
Essa escolha metodológica segue um caminho de seis fases bem definidas, onde através dessa padronização, o método resulta na apresentação da síntese dos dados encontrados. As etapas foram seguidas em sequência para a elaboração deste artigo. Na primeira fase elaborou-se a pergunta norteadora da revisão, que foi a seguinte: quais os impactos e a influência da busca por ser belo, imposta pelas mídias sociais, quando esta descarrilha para o transtorno dismórfico corporal?
A segunda fase foi a elaboração de critérios de elegibilidade. Partindo dos critérios, foram incluídos estudos disponíveis no idioma português ou inglês, com temática principal o transtorno dismórfico corporal e a relação com a busca por padrões de beleza, publicados em um período máximo de dez anos, ou seja, que tenham sido publicados de 2014 até o presente ano, com livre acesso ao texto, ou seja, que estejam disponibilizados na íntegra nos portais de busca. Os critérios que levaram a exclusão de alguns materiais foram: estudos repetidos ou duplicados entre os portais, artigos fora do tema abordado ou que não o contemplasse como discussão principal e estudos que abordavam o tema apenas através de revisões sistemáticas, resumos/resenhas.
A busca e seleção dos estudos primários, terceira fase, foi realizada nos seguintes portais eletrônicos: PubMed da National Library of Medicine, Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Google Acadêmico. A estratégia de busca contou com uma busca inicial por artigos sobre o tema, com objetivo de identificar as palavras contidas nos títulos, resumos e palavras-chave, que foram usados para a estratégia de busca completa. A busca completa foi realizada em agosto de 2024; nas bases de dados PubMed e Scielo, a partir dos descritores “body dysmorphic disorder” e “dysmorphobia”, com operador booleano “OR” entre eles; no Google Acadêmico utilizou-se as palavras-chave “mídia social” e “transtorno dismórfico corporal”. Dentro das bases de dados utilizou-se os mecanismos nelas disponíveis, selecionando opções de busca no “resumo”, e filtros como “texto completo”, idiomas “inglês e português”, o filtro temporal entre 2014 e 2024, na plataforma PubMed utilizou-se ainda o filtro por tipo de artigo “análise” e no Google Acadêmico o tipo “artigos de revisão”. Os descritores, as bases de dados e as opções de busca utilizadas são descritos no Quadro 1:
Quadro 1 – Bases de dados, descritores e estratégias de busca
Fonte: Elaborado por autoras (2024).
Durante a busca inicial, foi feito a leitura dos títulos e resumos dos estudos encontrados para a primeira seletiva. Nessa fase utilizou-se os critérios de elegibilidade de estudos, através da filtragem dentro dos portais. A quarta fase, extração de dados dos estudos, foi realizada através da leitura na íntegra dos materiais selecionados. Para uma melhor visualização, escolheu ainda expor os dados básicos de cada estudo em um quadro resumo (Quadro 2), elaborado pelas autoras, contento os seguintes elementos: área de publicação, título, autores, ano de publicação, tipo de estudo e principais resultados. Foi inserido para cada estudo um código único com objetivo de facilitar a identificação do estudo nas fases posteriores.
A quinta etapa compreendeu a análise e apresentação dos resultados da busca, para esta fase foi produzido de forma adaptada um esquema baseado no fluxograma PRISMA – Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (Figura 1) para demonstrar os resultados do processo de seleção da amostra de material bibliográfico considerado para análise. A sexta fase é a síntese e discussão dos artigos, a partir dos dados encontrados e extraídos, fazendo análise e comparação dos artigos selecionados e buscando obter as informações que se objetivou.
3 RESULTADOS
O diagrama de fluxo PRISMA a seguir, demonstra do quantitativo de estudos nas fases de identificação, seleção, elegibilidade, exclusão e inclusão das fontes literárias para compor a amostra de dados bibliográficos para análise.
Figura 1 – Fluxograma PRISMA3 (adaptado)
Fonte: http://www.prisma-statement.org/PRISMAStatement/FlowDiagram
A busca primária dos materiais no PubMed através dos descritores resultava em quantitativos altos de registros, após a filtragem dentro do portal para data de publicação dos últimos 10 anos, tipo de artigo como análise e disponibilidade do texto completo e gratuito, foram encontrados 57 resultados, onde foram eleitos 12 para leitura de título e resumo e deste, 06 foram selecionados para leitura integral. Ao final da leitura do texto completo restaram 02 artigos da PubMed incluídos para esta revisão.
Na SciELO, uma busca nos últimos 10 anos obteve 27 resultados, onde foram eleitos 16 para leitura de título e resumo e deste, 03 foram selecionados para leitura integral. Ao final da leitura do texto completo restou 01 artigo da Scielo incluído para esta revisão.
Na plataforma Google Scholar nos últimos 10 anos para arquivos de acesso livre, pesquisados por tipo de artigo de revisão foram obtidos 45 resultados, onde foram eleitos 13 para leitura de título e resumo e deste, 05 foram selecionados para leitura integral. Ao final da leitura do texto completo restou 01 artigos do Google Acadêmico incluído para esta revisão.
Somando os registros foram levantadas 129 referências, passaram por uma exclusão pré-seleção onde foram excluídos de 88 registros (duplicados 22; revisões sistemáticas 45; resumos e resenhas 21), restando eleitos para leitura de título e resumo o total de 41 referências (PubMed 12, SciELO 16, Google Scholar 13). Destas, foram excluídas 27 referências cujo título e resumo não apresentavam elementos elegíveis para esta pesquisa, restando, após essa seletiva, 14 artigos para leitura integral. Por fim, foram excluídos 09 artigos, 03 por apresentarem outra temática como objeto principal, 05 por não apresentarem em seus resultados contribuições significativas aos objetivos buscados nesta pesquisa e 02 por não disporem de elementos suficientes para extração de dados. Foram incluídos 04 artigos para análise desta revisão. O lapso temporal entre os artigos eleitos para síntese foi de 4 anos, com 01 artigo publicado em 2020, 01 em 2022; 02 em 2023.
A extração de dados feita após a seleção e inclusão dos artigos, foi realizada por meio do quadro a seguir:
Quadro 2 – Síntese de dados extraídos
Fonte: Elaborado por autoras (2024).
A discussão a seguir se dedica a ponderar os resultados e achados obtidos a partir da leitura integral dos materiais selecionados, para proporcionar compreensão mais aprofundada e uma análise crítica das questões relacionadas ao impacto e à influência da busca por padrões de beleza impostos pelas mídias sociais no desenvolvimento do transtorno dismórfico corporal (TDC). Aborda ainda a insatisfação corporal como consequência direta dessa imposição midiática e o impacto significativo do TDC na vida dos indivíduos afetados.
4 DISCUSSÃO
A análise dos artigos A1 (Gupta; Jassi; Krebs, 2023) e A2 (Alsaidan et al., 2020) demonstra um consenso significativo sobre a forte correlação entre o uso de mídias sociais e a manifestação de sintomas de TDC. Esses estudos indicam que a exposição prolongada e a interação com conteúdo voltados para padrões estéticos idealizados nas redes sociais podem intensificar preocupações excessivas com a aparência, levando à busca exagerada por procedimentos para corrigir defeitos muitas vezes imperceptíveis aos olhos dos outros, alimentando comportamentos dismórficos.
Os pesquisadores Gupta, Jassi e Krebs (2023) realizaram um estudo transversal, conduzido em um único ponto no tempo, permitindo a coleta de dados sobre uma amostra de indivíduos em um determinado momento. O estudo foi realizado em várias escolas no sul de Londres, Reino Unido, envolvendo jovens com idades entre 16 e 18 anos. A amostra final foi composta por 208 participantes, dos quais 64% eram mulheres e 36% homens.
Para chegar aos resultados, os autores utilizaram diversos instrumentos para avaliar diferentes aspectos relacionados ao transtorno dismórfico corporal e o uso de mídias sociais entre os jovens participantes, como o questionário de imagem corporal e a escala de uso de mídias sociais, com possibilidade de avaliar o uso ativo (postando conteúdo, curtindo e interagindo) e passivo (apenas navegando no conteúdo de outras pessoas). Esses instrumentos permitiram a obtenção de resultados significativos, que se desdobram em dois pontos principais.
O primeiro ponto é que os participantes do estudo demonstram diversas insatisfações em relação à sua imagem corporal, destacando preocupações frequentes com acne e cicatrizes de acne, principalmente no rosto, além de desconforto com a barriga, seja por considerá-la “muito grande” ou por não ser “plana o suficiente,” e com o nariz, que alguns consideram “muito grande” ou “torto”. O segundo, envolve o uso de mídias sociais, onde 100% dos participantes relataram ter pelo menos uma conta em redes sociais há, em média, cinco anos. Entre as plataformas, o Instagram foi o mais utilizado, com 94% dos jovens afirmando usá-lo, seguido pelo Snapchat, utilizado por 83% dos participantes.
Partindo desses resultados no estudo A1, é possível levantar a discussão de que há uma estreita relação entre o uso de mídias sociais baseadas em imagens e a insatisfação corporal voltada para traços faciais e abdominais/ de barriga. A discussão dessa associação ganha força quando se observa também os resultados do estudo A2 de Alsaidan et al., (2020), que também apresentou elementos que denotam a insatisfação revelada pelos participantes com partes do corpo rosto e barriga.
Contemporaneamente, a busca por padrões estéticos deixou de ser uma escolha e passou a ser uma obrigação da qual o sujeito deve se dedicar e se sacrificar o suficiente para conquistar. A beleza é apontada como uma questão de esforço pessoal, um critério que precisa ser alcançado. O indivíduo sofre com a influência das mídias, notadamente das redes sociais. É certo que a mídia de comunicação em massa (revistas, televisão e internet) exibe imagens de corpos idealizados (magros, delicados, bem torneados) que causam comparações de aparência e interferem na percepção construída sobre o próprio corpo, incitando modelos inalcançáveis de beleza, induzindo à construção de uma identidade corporal midiatizada (Souza, et al., 2013).
Neste ponto, os resultados do estudo A1 corroboram com o A2, os autores Alsaidan et al., (2020) desenvolveram o estudo com um total 1010 participantes jovens, com idade entre 20 e 25 anos. Neste estudo foram aplicados questionários de características clínicas do transtorno dismórfico corporal, bem como questionário elaborado pelos autores com perguntas que incluíam perfil sociodemográfico, características dos participantes, insatisfação corporal, tipo de mídias sociais utilizadas e tempo de uso, e possíveis preocupações relacionadas ao TDC, assédio, e problemas psiquiátricos.
Os resultados do referido estudo (Alsaidan et al., 2020) apontam que 95% dos participantes utilizam em maior tempo o Snapchat, e apresentam maiores preocupações com questões de pele (64% dos participantes), cabelo (42% dos participantes) e formato ou tamanho da barriga (39% dos participantes), observa-se que também apresentam insatisfações com desfigurações faciais (35,0%) e formato ou tamanho dos quadris (24,9%).
Interessante observar que em ambos os estudos os participantes apresentam preocupações significativas com a imagem corporal, com destaque para o rosto, especialmente em relação a acne e cicatrizes, e a barriga seja por considerá-la “muito grande” ou por não ser “plana o suficiente.” Essa semelhança nas preocupações destaca uma tendência consistente na insatisfação com essas áreas específicas do corpo. Esses dados possibilitam a análise da forte presença de plataformas que priorizam o compartilhamento de imagens, como Instagram e Snapchat, na vida dos jovens.
Essas redes sociais, centradas na exposição visual, podem intensificar as preocupações com a aparência devido ao intenso uso dos chamados filtros ou efeitos de imagens, de acordo com Silva (2023), essa afirmação é baseada na compreensão de que a constante visualização de selfies editadas pode aumentar o nível de insatisfação facial.
Não por acaso que, as duas plataformas que são apontadas como mais utilizadas nos estudos em comparação, A1 e A2, são conhecidas por apresentarem um grande leque de filtros e efeitos que modificam imagens, dando a falsa aparência de rostos e corpos perfeitos. De modo que não restam dúvidas, como afirmam os autores Gupta, Jassi e Krebs (2023) que a frequência de uso de mídias sociais que se baseiam em imagens é significativamente associada a sintomas dismórficos corporais.
Acerca dessa utilização massiva da rede social Instagram, é importante trazer à tona também os resultados do estudo A3, dos autores Luz e Brainer (2022), que se constituiu de uma pesquisa realizada em duas partes, a primeira através de um roteiro para três entrevistas individuais qualitativas, através de chamada virtual e transcrição; a segunda, através de uma pesquisa quantitativa com 52 pessoas, que responderam um questionário via Google Forms (questionário online) acerca da percepção sobre o uso da rede social Instagram e características de TDC.
No que diz respeito a parte quantitativa do estudo, assim como nos estudos A1 e A2, neste estudo A3 a rede social mais utilizada pelos participantes também é o Instagram (59,6% dos participantes). O que chama atenção neste estudo é que quando questionados sobre o uso de filtros, efeitos ou aplicativos de edição de imagens antes de realizar alguma postagem, 57,6% dos participantes afirmaram que utilizam, o que se relaciona diretamente com a insatisfação e desconforto com a própria aparência que 75% dos participantes afirmam sentir ao acessar a rede social e 61,5% focam mais em seus defeitos que em qualidades.
Ainda sobre o estudo A3, os participantes (61,5%) afirmam ainda que utilizam a rede social para inspiração de mudança na aparência e preocupados com a percepção do outro em relação a si mesmo, 40% dos participantes já chegaram a apagar uma publicação quando não recebem nenhum like. A partir desses resultados é possível a compreensão de como a autoestima está condicionada a percepção do outro, levantando a conclusão de que a midiatização influencia na construção da autopercepção de sua identidade (Luz; Brainer, 2022).
É interessante observar que, mesmo nos resultados da pesquisa qualitativa, há elementos que se agrupam em semelhança nas respostas dos participantes. As três entrevistas foram feitas com pessoas com menos de 30 anos, 2 dos participantes mulheres e 1 homem. As mulheres utilizam mais a rede social Instagram, o homem utiliza mais o TikTok. Todos eles já realizaram procedimentos cirúrgicos, no caso das mulheres o procedimento foi implantação de seios e o homem realizou vários procedimentos cirúrgicos faciais. Há falas que corroboram com as discussões anteriores sobre a relação entre o uso da mídia social com a insatisfação corporal, como a fala de uma das mulheres participantes que diz “já apaguei vídeos que fiz, por estar me sentindo feia ou não ter tanta interação, pensei que, se eu estivesse mais produzida um público maior seria atingido” (Luz; Brainer, 2022, p.19).
Os três participantes da fase qualitativa do estudo A3 relataram que se concentram mais em seus defeitos do que em suas qualidades e expressaram disposição para realizar novos procedimentos cirúrgicos com o objetivo de melhorar ou aumentar a autoestima (Luz; Brainer, 2022). Esse comportamento da busca por um rosto ou corpo sem defeitos é reflexo das redes sociais, onde as pessoas tendem a focar mais nas imperfeições percebidas em si mesmas, em vez de valorizar suas qualidades.
No que diz respeito a busca por este corpo perfeito que é visto nas telas, faz-se necessário retornar a discussão com o estudo A1 de Gupta, Jassi e Krebs (2023), que também abordou uma Escala de Perfeccionismo Infantil e Adolescente (CAPS-SF), uma medida com nove itens que avalia o perfeccionismo socialmente prescrito e auto orientado. Houve um interessante resultado neste ponto, os autores analisaram a relação entre o perfeccionismo auto orientado (de si mesmo) com o uso de mídias de imagens e os sintomas do transtorno dismórfico corporal; descobrindo que indivíduos que são mais perfeccionistas em relação a si mesmos tendem a sentir os efeitos negativos das mídias sociais na sua imagem corporal de forma mais acentuada.
O que os autores Gupta, Jassi e Krebs (2023) afirmam é que o perfeccionismo auto orientado é um fator que aumenta o risco de desenvolver sintomas dismórficos corporais, que corrobora com outras pesquisas, tendo em vista que o perfeccionismo cria uma personalidade caracterizada por motivação e esforço na busca pela excelência ou alcance da perfeição (Batista, 2024).
Esse foco constante nos próprios defeitos pode alimentar um alto nível de perfeccionismo, levando os indivíduos a buscarem incessantemente procedimentos cirúrgicos na tentativa de alcançar um ideal de perfeição muitas vezes inatingível. É o que o estudo A4 de Kataoka et al. (2023) buscou relatar. Os resultados desse estudo, realizado com 38 mulheres que passaram por cirurgia plástica, mostraram que a mídia desempenha um papel significativo ao influenciar as pessoas a optarem por correções cirúrgicas, principalmente nos pacientes que apresentam transtorno de imagem.
A pesquisa utilizou o Questionário de Atitudes Socioculturais em Relação à Aparência (SATAQ-3), que mede a pressão sociocultural e a influência da mídia na imagem corporal, e a Escala de Sintomas de Dismorfobia Corporal, que avalia os sintomas de TDC em pacientes que buscam cirurgia plástica. A discussão resultante do estudo destaca que a influência da mídia cria expectativas frequentemente irreais ou idealizadas em relação aos resultados estéticos. Em casos de dismorfia, a satisfação com os resultados das intervenções cirúrgicas é rara, o que pode levar a problemas contínuos com o médico e perpetuar um ciclo interminável de insatisfação e busca por novas cirurgias (Kataoka et al., 2023).
Os achados dos quatro estudos analisados indicam uma relação significativa entre o uso de mídias sociais focadas na aparência e os sintomas dismórficos corporais. No entanto, os autores Gupta, Jassi e Krebs (2023) discutem a possibilidade de uma relação bidirecional. Embora a direção exata dessa relação não tenha sido claramente estabelecida nos estudos em questão, é plausível inferir que essa relação seja de mão dupla.
O uso frequente dessas mídias sociais pode expor os indivíduos a padrões de beleza inatingíveis, intensificando o perfeccionismo, distorcendo a percepção da própria imagem e incentivando a busca por procedimentos cirúrgicos, o que, por sua vez, exacerba os sintomas dismórficos. Simultaneamente, indivíduos que já apresentam sintomas dismórficos e altos níveis de perfeccionismo podem utilizar essas plataformas de forma mais ativa, engajando-se em comparações sociais ascendentes e buscando validação sobre sua aparência (Gupta; Jassi; Krebs, 2023).
Esse ciclo vicioso, em que o uso frequente de mídias sociais e os sintomas dismórficos corporais se reforçam mutuamente, pode gerar impactos significativos na saúde mental e emocional dos indivíduos. A exposição constante a padrões estéticos idealizados pode resultar em uma insatisfação persistente com a própria imagem, distorcendo a percepção de si mesmo e afetando negativamente a autoestima, como evidenciado por Schmuck et al. (2019).
A busca incessante por validação externa intensifica o comportamento de comparação contínua com os outros, como demonstrado nos resultados de Stapleton, Luiz e Chatwin (2017), que indicam uma relação direta entre a intensidade do uso do Instagram e o aumento dos níveis de comparação com outros usuários. Esse fenômeno é corroborado por Alsaidan et al. (2020) no estudo A3, onde 47,6% dos participantes com sintomas de TDC relataram que se comparam constantemente com personalidades famosas das mídias sociais.
É lamentável observar que o impacto das redes sociais vai além do sofrimento interno, envolvendo assédios, bullying e zombarias, como evidenciado por Alsaidan et al. (2020). Esses comportamentos são comuns nas plataformas digitais, frequentemente agravam a baixa autoestima já presente em indivíduos com transtorno dismórfico corporal (TDC); a exposição constante a críticas e ataques pode intensificar sentimentos de inadequação, conduzindo a problemas mais graves, como ansiedade, depressão e fobia social. Em casos extremos, o desgaste emocional gerado por essas experiências pode culminar em comportamentos suicidas, como destacado por Krebs et al. (2022).
A análise dos artigos revelou que a interação entre o uso de mídias sociais e o transtorno dismórfico corporal (TDC) pode fomentar uma dependência crescente em procedimentos estéticos, na tentativa de alcançar padrões de perfeição frequentemente inatingíveis. Conforme observado por Kataoka et al. (2023), essa dinâmica leva os indivíduos a buscar incessantemente intervenções estéticas na esperança de melhorar sua aparência, alimentando um ciclo de insatisfação e frustração. A pressão para atender a ideais irreais promovidos pelas mídias sociais contribui para essa busca contínua por perfeição, exacerbando a dependência de procedimentos estéticos e mantendo o ciclo de insatisfação com a própria imagem (Silva; Japur; Penaforte, 2020).
Esse ciclo destrutivo não apenas perpetua o sofrimento psicológico, mas também exacerba a vulnerabilidade de indivíduos que já estão em risco, comprometendo a qualidade de vida e prejudicando relações interpessoais. O processo contínuo de insatisfação com a própria imagem e a busca incessante por intervenções estéticas evidenciam o impacto devastador que a dinâmica das redes sociais pode ter na saúde mental, especialmente aos que apresentam sintomas ou comportamentos de TDC. Conforme apontado por Medeiros et al. (2022) e Kataoka et al. (2023), esse ciclo interminável de insatisfação e intervenção estética pode levar a um agravamento significativo das condições emocionais e psicológicas dos indivíduos, demonstrando a profunda influência negativa que as mídias sociais podem exercer sobre o bem-estar mental.
Ao observar tais impactos, é interessante ressaltar que os estudos A1 e A4 oferecem diretrizes valiosas para a abordagem e tratamento de indivíduos com sintomas dismórficos corporais e o impacto das mídias sociais em sua saúde mental. O estudo de Gupta, Jassi e Krebs (2023) sugere que, ao tratar jovens com transtorno dismórfico corporal (TDC), é fundamental explorar não apenas a frequência do uso de mídias sociais, mas também identificar as plataformas específicas que os jovens utilizam e suas motivações para o uso dessas redes. Recomenda-se que intervenções clínicas incluam medidas de proteção, como limitar o tempo em plataformas visuais e promover alternativas de uso das mídias sociais que não estejam centradas na aparência (Gupta; Jassi; Krebs, 2023).
Por outro lado, Kataoka et al. (2023) ressaltam a importância de os cirurgiões plásticos adotarem uma abordagem ética e realista ao lidar com pacientes. Os cirurgiões devem fornecer informações detalhadas sobre as possibilidades e riscos associados aos procedimentos, evitando qualquer exagero ou distorção da realidade. Importante ainda estabelecer uma relação de confiança com o paciente, caracterizada por sensibilidade, acolhimento e compromisso ético, é crucial para o sucesso da interação e para evitar problemas futuros (Kataoka et al., 2023). É essencial que tanto os profissionais de saúde quanto os estéticos integrem essas práticas para oferecer um suporte mais holístico e eficaz, contribuindo para a saúde mental e bem-estar dos indivíduos.
5 CONCLUSÃO
A análise dos estudos revelou uma significativa correlação entre o uso de mídias sociais e o desenvolvimento de sintomas de transtorno dismórfico corporal (TDC). A exposição contínua a padrões estéticos idealizados em plataformas que priorizam imagens, como Instagram e Snapchat, intensificam preocupações com a aparência pessoal e contribuem para insatisfação exacerbada com aspectos específicos do corpo, como o rosto e a barriga, levando muitos a buscar procedimentos estéticos para corrigir os defeitos observados. A explicação parte do princípio de que constante visualização de imagens editadas e filtradas aumenta a insatisfação, promovendo uma busca incessante por padrões muitas vezes inatingíveis, reforçando comportamentos dismórficos.
Este estudo teve como limitação a escassez de pesquisas focadas especificamente na estética, com a maioria dos estudos disponíveis sendo predominantemente voltada para a área de cirurgia plástica e medicina. No entanto, compreende-se que há uma direta relação entre as áreas. A crescente popularidade dos procedimentos estéticos e a influência das redes sociais sublinham a importância dessa conexão.
Em uma era onde a tecnologia e as mídias sociais evoluem rapidamente e moldam comportamentos, é claro que uma geração tão conectada enfrenta as consequências dessa interseção entre o real e o virtual. Há a necessidade de aprofundar a temática em outras pesquisas, especialmente considerando o papel dos influenciadores, das marcas na promoção de padrões de beleza, bem como estudo sobre as redes e mídias sociais que se baseiam em imagens.
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1 Discentes do Curso Tecnólogo em Estética e Cosmética do Centro Universitário Santo Agostinho. e-mail: thamaratavares7@hotmail.com; thamyristavares.tt2@gmail.com.
2 Docente do Curso Superior de Tecnólogo em Estética e Cosmética do Centro Universitário Santo Agostinho. Especialista em Fisioterapia Dermato Funcional. e-mail: gilmaralinhares@hotmail.com.