TELEMEDICINA E TELESSAÚDE NO PRÉ-OPERATÓRIO: INOVAÇÕES NO CUIDADO CIRÚRGICO

TELEMEDICINE AND TELEHEALTH IN THE PRE-OPERATIVE SETTING: INNOVATIONS IN SURGICAL CARE

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102410171237


Ilana Maria Brasil Do Espírito Santo[1]
Nilsinelia de Sousa Dias[2]
Juliana Bruna Moreira de Miranda[3]
Silvana Dias Correa[4]
Karyne Vilanova Andrade[5]
Franciele Gonçalves dos Santos[6]
Mila Garcia De Mello Souza Oliveira[7]
Nedson Lechner da Silva[8]
Paulo Alves Bezerra Morais[9]
Patrick Da Silva Gutierres[10]
Flavio Cesar Moura Da Cruz[11]
Sylvia Helena Batista Pires[12]
Deylane De Melo Barros[13]
Paula Fernanda Gomes Privado[14]
Pamela Santos Almagro Da Silva[15]


Resumo

Introdução: A telemedicina e a telessaúde têm desempenhado um papel fundamental na melhoria do cuidado pré-operatório, facilitando o monitoramento remoto e a comunicação entre pacientes e equipes de saúde. Essas inovações ganharam destaque durante a pandemia de COVID-19, promovendo maior acessibilidade e eficiência no atendimento cirúrgico, especialmente em regiões com desafios de acesso. Objetivos: O objetivo deste estudo é avaliar o impacto das tecnologias de telemedicina e telessaúde no cuidado pré-operatório, com foco na melhoria da segurança, eficiência e personalização do atendimento. Método: A pesquisa foi realizada por meio de uma revisão integrativa da literatura, analisando 17 estudos relevantes sobre o uso de telemedicina e telessaúde na fase pré-operatória, com enfoque em monitoramento remoto e comunicação entre profissionais de saúde. Resultados e Discussão: A revisão mostrou que a telemedicina melhora a coordenação entre as equipes de saúde e a personalização do cuidado, reduzindo erros e melhorando a comunicação. O monitoramento remoto foi associado à detecção precoce de complicações e à redução de custos, tornando o cuidado mais acessível e eficiente. Considerações Finais: Conclui-se que a telemedicina e a telessaúde são fundamentais para modernizar o cuidado pré-operatório, promovendo maior segurança, eficiência e economia. Sua expansão é essencial para enfrentar os desafios atuais da assistência cirúrgica, especialmente em regiões de difícil acesso.

Descritores: Telemedicina, Telessaúde, Pré-operatório, Segurança do Paciente, Inovações Tecnológicas, Cuidado Cirúrgico.

Abstract

Introduction: Telemedicine and telehealth have played a key role in improving preoperative care by facilitating remote monitoring and communication between patients and healthcare teams. These innovations gained prominence during the COVID-19 pandemic, promoting greater accessibility and efficiency in surgical care, especially in regions with access challenges. Objectives: The objective of this study is to evaluate the impact of telemedicine and telehealth technologies on preoperative care, focusing on improving safety, efficiency and personalization of service. Method: The research was carried out through an integrative literature review, analyzing 17 relevant studies on the use of telemedicine and telehealth in the preoperative phase, focusing on remote monitoring and communication between healthcare professionals. Results and Discussion: The review showed that telemedicine improves coordination between healthcare teams and personalization of care, reducing errors and improving communication. Remote monitoring has been associated with early detection of complications and reduced costs, making care more accessible and efficient. Final Considerations: It is concluded that telemedicine and telehealth are fundamental to modernizing preoperative care, promoting greater safety, efficiency and savings. Its expansion is essential to face the current challenges of surgical care, especially in difficult-to-access regions.

Descriptors: Telemedicine, Telehealth, Preoperative, Patient Safety, Technological Innovations, Surgical Care.

1 INTRODUÇÃO

A telemedicina e a telessaúde são ferramentas essenciais para o avanço do cuidado em saúde, especialmente no contexto cirúrgico. A telemedicina refere-se ao uso de tecnologias de comunicação para fornecer cuidados médicos à distância, enquanto a telessaúde abrange um espectro mais amplo, incluindo educação e monitoramento remoto de pacientes. Conforme destacado por Rojas e Shaw (2021), essas tecnologias “desempenham um papel crucial na extensão do acesso ao cuidado, especialmente em áreas remotas, melhorando a eficiência e a qualidade do acompanhamento clínico”. A utilização da telemedicina não apenas oferece conveniência para pacientes e profissionais de saúde, mas também contribui para a personalização e o ser humano.

O uso da telemedicina começou a ganhar força nas últimas décadas, com avanços acelerados após a pandemia de COVID-19. Inicialmente aplicada em áreas como psiquiatria e dermatologia, a telemedicina foi gradualmente aplicada em cirurgias para pré-avaliação, planejamento e acompanhamento pós-operatório. Castaneda e Ellimoottil (2021) destacam que “a pandemia acelerou a adoção de consultas virtuais, demonstrando que o uso da telemedicina no acompanhamento pré-operatório é seguro e eficaz”. Esse avanço ajudou avaliações e orientações à distância, deslocamentos e otimizando o ritmo de pacientes e equipes. Além disso, trouxe benefícios como a redução de custos e o aumento da acessibilidade, especialmente em áreas remotas (Rojas & Shaw, 2021; Sabesan,

O uso da telemedicina e telessaúde na área da saúde teve suas raízes nas décadas de 1960 e 1970, quando o sistema começou a ser implementado em regiões remotas, especialmente para atender populações isoladas com pouco acesso a serviços de saúde. Um dos primeiros exemplos de telemedicina ocorreu nos Estados Unidos, com o desenvolvimento do “Space Technology Applied to Rural Papago Advanced Health Care” (STARPAHC), um programa criado em parceria com a NASA para fornecer assistência médica aos povos indígenas nas áreas rurais do Arizona (Novara et al., 2020). Desde então, os avanços tecnológicos, como o surgimento da internet e o acesso mais amplo às comunicações via satélite, permitiram sua expansão.

Nos anos seguintes, os primeiros usos da telemedicina se concentraram principalmente em áreas como psiquiatria e radiologia, devido à sua capacidade de fornecer diagnósticos à distância (Rojas & Shaw, 2021). No entanto, foi apenas nas últimas duas décadas que esse sistema começou a ser amplamente utilizado na preparação cirúrgica e no monitoramento pré-operatório. De acordo com Sabesan (2021), os pioneiros na incorporação dessas tecnologias nas cirurgias foram instituições em regiões com desafios geográficos, como a Austrália e o Canadá, onde as distâncias dificultaram o acesso imediato ao ao atendimento especializado.. Essas instituições pretendem utilizar a telemedicina para consultas pré-operatórias, avaliações de risco e acompanhamento dos pacientes, demonstrando como a tecnologia poderia superar barreiras físicas e melhorar a eficiência e a segurança do processo cirúrgico (Miller & Kaluza, 2022).

A utilização da telemedicina na fase pré-operatória permite que uma equipe multiprofissional de saúde coordenada aperfeiçoe o atendimento dos pacientes de maneira mais integrada. As plataformas de telemedicina facilitam a comunicação entre cirurgiões, anestesistas, enfermeiros e outros profissionais envolvidos no processo cirúrgico. De acordo com Chen et al. (2024), essas tecnologias permitem reuniões virtuais e publicações sobre planos cirúrgicos, avaliações de risco e estratégias de manejo. Isso garante que todos os membros da equipe estejam alinhados quanto às necessidades de do paciente e às etapas do procedimento. A comunicação eficaz promovida pela telemedicina garante que as instruções e configurações sejam específicas e detalhadas de forma colaborativa, evitando o risco de mal-entendidos e erros. Além disso, permite a integração contínua de novos dados e informações, o que resulta em um plano específico mais bem coordenado e personalizado, melhorando assim a eficiência e a segurança d do cuidado pré-operatório, e contribuindo para melhores resultados.

A telemedicina tem avançado no monitoramento proativo e personalizado dos pacientes pré-operatórios, permitindo que indicadores básicos sejam acompanhados em tempo real por meio de dispositivos e aplicativos de saúde (Kumar et al., 2023). Esse monitoramento contínuo facilita a detecção precoce de alterações que possam indicar complicações, permitindo ajustes imediatos no tratamento e contribuindo para uma preparação cirúrgica mais segura. Simultaneamente, a telemedicina aprimora a educação e preparação personalizada dos pacientes ao disponibilizar materiais educativos e instruções específicas por meio de plataformas digitais (Houssam et al., 2022). As sessões de esclarecimento virtuais permitem que os pacientes recebam informações adicionais sobre o procedimento e orientações pré-operatórias, diminuindo a ansiedade e aumentando a adesão às recomendações médicas. A integração desses dois aspectos não só melhora a eficácia do cuidado pré-operatório, mas também promove uma abordagem mais informada e segura para a cirurgia, beneficiando tanto a experiência do paciente quanto os resultados do procedimento.

A capacidade de compartilhar dados e discutir planos de tratamento em tempo real por meio de videoconferências e sistemas integrados ajudam a identificar e abordar quaisquer questões antes da cirurgia, promovendo um manejo mais precisa e personalizado. Além disso, essa eficiência eficiente reduz o risco de erros e sobreposições de tratamento, garantindo que todas as necessidades do paciente sejam atendidas de forma holística e bem sincronizadas, o que, por sua vez, contribui para uma experiência pré-operatória mais segura e eficaz. A telemedicina tem revolucionado progressivamente e gestão do cuidado pré-operatório, facilitando a colaboração entre diferentes especialidades envolvidas no tratamento. Miller e Kaluza (2022) destacam que a utilização de plataformas digitais permite uma integração mais eficiente das informações provenientes de diversos profissionais de saúde, o que garante uma abordagem coordenada e abrangente para a preparação cirúrgica

A implementação da telemedicina no cuidado pré-operatório tem mostrado um impacto positivo na redução de complicações e custos associados aos procedimentos cirúrgicos. Estudos revelam que o monitoramento remoto contínuo e a comunicação eficiente com os pacientes permitem a identificação precoce de possíveis problemas, o que reduz significativamente as taxas de complicações pós-operatórias e a necessidade de readmissões hospitalares (Smith et al., 2023). A capacidade de ajustar o tratamento e as recomendações com base em dados atualizados contribui para uma gestão mais eficaz do cuidado, evitando complicações que poderiam resultar em custos adicionais. Além disso, a telemedicina diminui a necessidade de visitas presenciais e deslocamentos, o que não apenas economiza recursos para o sistema de saúde, mas também reduz o bônus financeiro para os pacientes (Kumar et al., 2023). Dessa forma, a telemedicina não apenas melhorou a segurança e a qualidade do atendimento pré-operatório, mas também proporciona uma economia significativa, beneficiando tanto o sistema de saúde quanto os pacientes.

Diante dos desafios crescentes no cuidado pré-operatório, as inovações tecnológicas são mais essenciais do que nunca para garantir a eficácia e a segurança dos procedimentos cirúrgicos. A telemedicina, com suas capacidades de monitoramento remoto, educação personalizada, e eficientemente eficiente, oferece soluções úteis para melhorar a preparação dos pacientes e reduzir complicações. A integração dessas tecnologias não só melhora a qualidade do cuidado, promovendo uma abordagem mais informada e segura, mas também contribui para a redução de custos e a gestão eficiente dos recursos. Assim, no contexto atual, onde a demanda por cuidados de alta qualidade e custos-efetivos é crescente, adotar e expandir essas inovações no pré-operatório é crucial para alcançar melhores resultados e atender às necessidades dos pacientes.

2 MÉTODO

Este artigo apresenta uma revisão integrativa destinada a explorar e sintetizar as inovações e melhores práticas relacionadas à telemedicina e telessaúde no contexto pré-operatório. A revisão integrativa é uma abordagem metodológica que combina dados de estudos teóricos e empíricos, oferecendo uma visão abrangente e detalhada sobre o impacto dessas tecnologias no cuidado cirúrgico. Esse método é especialmente útil para avaliar como as inovações tecnológicas melhoraram a eficiência, a segurança e a gestão dos cuidados pré operatorio.

A busca por estudos para esta revisão foi realizada em Agosto de 2024, utilizando diversas bases de dados especializadas. As bases consultadas incluíram o Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) via PubMed, a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), e a Base de Dados em Enfermagem (BDENF) via Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Além disso, foram consultados também o Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL) e o Google Acadêmico.

Na etapa inicial da revisão, foi realizada uma seleção rigorosa para identificação de estudos que atendessem aos critérios de inclusão estabelecidos para o tema de telemedicina e telessaúde no pré-operatório. Dois revisores independentes examinaram os títulos e resumos dos artigos para avaliar sua pertinência ao contexto do estudo cirúrgico. Quando os resumos não forneceram informações suficientes ou estavam ausentes, os textos completos dos artigos foram analisados ​​para garantir a conformidade com os critérios de inclusão. Qualquer divergência entre os revisores foi resolvida por consenso, com a participação de um terceiro revisor, garantindo a objetividade e a precisão na seleção dos estudos.

Para a gestão e organização das referências bibliográficas relacionadas à telemedicina e telessaúde no pré-operatório, utilizou-se o software Mendeley, que possibilitou uma revisão sistemática dos materiais selecionados. Em seguida, foi realizada uma seleção detalhada dos dados com o auxílio de uma ferramenta adaptada especificamente para este propósito. Esta etapa envolveu a coleta minuciosa de informações sobre os autores, período de estudo, ano de publicação, país de origem, metodologias empregadas, características das amostras científicas e as principais contribuições de cada pesquisa incluída na revisão. Este processo forneceu uma análise abrangente e precisa das inovações e práticas emergentes na área, permitindo uma compreensão aprofundada das contribuições da telemedicina e telessaúde.

A análise dos dados coletados foi realizada para sintetizar e interpretar as evidências sobre o impacto da telemedicina e telessaúde no pré-operatório. Os dados foram organizados por temas comuns, como a eficácia das tecnologias, a melhoria na melhoria do cuidado e a redução de custos e complicações. Essa análise permitiu identificar padrões e avaliar a qualidade das evidências, oferecendo uma visão crítica das inovações tecnológicas e seu papel na otimização do cuidado pré-operatório.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A revisão dos estudos analisados revelou que a telemedicina e a telessaúde têm revolucionado o cuidado pré-operatório, especialmente após a pandemia de COVID-19. De acordo com Castaneda e Ellimoottil (2021), a implementação de consultas pré-operatórias virtuais mostrou-se altamente eficaz, permitindo uma avaliação completa do paciente sem a necessidade de deslocamento. Isso não apenas aperfeiçoou o tempo das equipes de saúde, mas também trouxe maior conveniência para os pacientes, principalmente aqueles em áreas remotas. A eficiência dessas plataformas virtuais contribui para a redução de atrasos nos agendamentos cirúrgicos e para a melhoria da comunicação entre os profissionais de saúde.

Além disso, o monitoramento remoto dos pacientes durante a fase pré-operatória tem desempenhado um papel fundamental na identificação precoce de potenciais complicações. Estudos como o de Kumar et al. (2023) demonstram que o acompanhamento contínuo de indicadores clínicos por meio de dispositivos de telessaúde permite ajustes no tratamento em tempo real, resultando em uma preparação cirúrgica mais segura. Esse acompanhamento proativo foi relacionado à redução significativa de complicações pós-operatórias e hospitalizações. É realmente incrível ver como as inovações tecnológicas podem promover uma maior segurança para os pacientes!

Um aspecto crucial observado na revisão foi o impacto econômico positivo da telemedicina no contexto cirúrgico. Conforme relatado por Smith et al. (2023), a redução de visitas presenciais e deslocamentos não apenas diminuiu os custos operacionais do sistema de saúde, mas também aliviou o ônus financeiro dos pacientes. Essa economia, aliada à maior acessibilidade aos cuidados, é um dos fatores que tornam a telemedicina uma estratégia altamente viável e sustentável para o futuro dos cuidados pré-operatórios. São avanços que realmente fazem a diferença!

No que diz respeito à educação dos pacientes, a telessaúde também se destacou ao fornecer materiais educativos e orientações personalizadas sobre os procedimentos cirúrgicos. Houssam et al. (2022) apontam que sessões de esclarecimento virtuais aumentaram a adesão dos pacientes às recomendações médicas, reduzindo a ansiedade pré-operatória. Esse fator é essencial para a melhoria dos resultados cirúrgicos, já que um paciente mais informado e confiante tende a seguir melhor as orientações médicas, o que é fantástico para otimizar o processo de recuperação.

Outro ponto significativo observado foi à capacidade da telemedicina de facilitar a colaboração interdisciplinar entre os profissionais de saúde. Segundo Miller e Kaluza (2022), plataformas digitais possibilitam uma troca de informações mais rápida e eficaz entre cirurgiões, anestesistas e outros membros da equipe, garantindo uma abordagem coordenada e personalizada para cada paciente. Essa colaboração garante que todos estejam alinhados quanto às necessidades do paciente, reduzindo o risco de erros e otimizando o planejamento cirúrgico.

Por fim, a implementação de tecnologias de telemedicina no cuidado pré-operatório mostrou-se eficaz na redução de complicações e na melhoria dos resultados cirúrgicos. Estudos como o de Sabesan (2021) confirmam que o monitoramento remoto contínuo permite a detecção precoce de problemas, enquanto a comunicação eficiente entre as equipes multiprofissionais garante um atendimento mais ágil e preciso. A telemedicina, sem dúvida, está se tornando uma aliada poderosa na busca por um cuidado cirúrgico de alta qualidade, seguro e acessível para todos. Que avanço extraordinário para a medicina!

4 CONCLUSÃO

Os resultados desta revisão confirmam que a telemedicina e a telessaúde representam avanços significativos no cuidado pré-operatório, especialmente ao melhorar a acessibilidade, a eficiência e a segurança do processo cirúrgico. O uso dessas tecnologias facilita a integração de equipes multiprofissionais e a personalização do cuidado, permitindo que os profissionais de saúde coordenem melhor suas atividades. Como demonstrado por Castaneda e Ellimoottil (2021), a implementação de consultas virtuais pré-operatórias não só aperfeiçoou o tempo das equipes de saúde, mas também trouxe conveniência e segurança aos pacientes. Esses avanços são particularmente importantes para populações que vivem em áreas remotas, onde o acesso a cuidados especializados pode ser limitado.

Outro avanço notável da telemedicina é a sua capacidade de monitorar proativamente os pacientes durante a fase pré-operatória. O monitoramento remoto contínuo, conforme destacado por Kumar et al. (2023), permite a detecção precoce de complicações, o que possibilita intervenções imediatas e, consequentemente, uma maior segurança para o paciente. A capacidade de ajustar o tratamento com base em dados em tempo real promove uma preparação cirúrgica mais segura e eficaz, corroborando os objetivos desta pesquisa de evidenciar como a tecnologia pode melhorar os resultados clínicos em cirurgias.

Além disso, a telemedicina tem mostrado um impacto econômico positivo no atendimento pré-operatório. A redução de custos, tanto para os sistemas de saúde quanto para os pacientes, foi comprovada em diversos estudos, como o de Smith et al. (2023), que apontam para uma economia significativa com a diminuição de deslocamentos e consultas presenciais. Essa abordagem não apenas reduz o ônus financeiro, mas também amplia o alcance dos cuidados de saúde, tornando-os mais acessíveis para um número maior de pessoas, o que é um fator essencial para a sustentabilidade dos sistemas de saúde no longo prazo.

A telessaúde também desempenha um papel fundamental na educação e no preparo dos pacientes para o procedimento cirúrgico. As plataformas de telessaúde permitem o acesso a materiais educativos e sessões de esclarecimento, o que, como apontado por Houssam et al. (2022), reduz a ansiedade e melhora a adesão dos pacientes às orientações médicas. Isso é crucial para garantir um melhor resultado pós-operatório, já que pacientes mais bem informados estão mais propensos a seguir as recomendações de cuidados pré e pós-operatórios, promovendo, assim, uma recuperação mais rápida e eficaz.

Portanto, a implementação de tecnologias de telemedicina e telessaúde no cuidado pré-operatório é um passo fundamental para enfrentar os desafios atuais na área da saúde. Como demonstrado por Sabesan (2021), esses avanços tecnológicos não apenas otimizam a gestão dos cuidados, mas também promovem uma maior segurança, eficiência e qualidade no atendimento cirúrgico. Diante dos benefícios destacados, é evidente que o futuro do cuidado cirúrgico passa pela ampliação e incorporação dessas tecnologias, que continuarão a transformar a forma como os pacientes são preparados e acompanhados ao longo de suas jornadas cirúrgicas.

REFERÊNCIAS

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CHARLES, BL, “Telessaúde em Cirurgia: Melhorando os Cuidados Pré e Pós-Operatórios“, American Journal of Surgery ,

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SMITH, AC, Thomas, E., Snoswell, CL, et al., “Telessaúde para emergências globais: implicações para a doença do coronavírus 2019 (COVID-19)”, Journal of Telemedicine and Telecare , vol.

TANAKA, MJ, Oh, LS, Martin, SD, et al., “Telemedicina na era da COVID-19: a visita pré-operatória virtual”, HSS Journal , vol. 16, no.


[1]Mestra em Ciências e Saúde pela UFPI. Enfermeira Assistencial – HU UFGD/EBSERH. e-mail: ilanabrasyl76@gmail.com

[2]Enfermeira Especialista em Oncologia pela FAMART. e-mail: nilisnelia@gmail.com

[3]Enfermeira Assistencial – HU UFPI/EBSERH. e-mail: juliana.brunna@hotmail.com

[4]Mestre em Psicologia da Saúde pela UCDB – Campo Grande. Enfermeira Intensivista – HU UFGD/EBSERH. e-mail: enfsildiascorrea@gmail.com

[5]Fisioterapeuta Assistencial Na Maternidade Chateubriand MEAC/UFC – EBSERH. e-mail: karyne.andrade@ebserh.gov.br

[6]Enfermeira Assistencial – HU UFGD/EBSERH. e-mail: frangonçalvesst@gmail.com

[7]Enfermeira Assistencial – HU UFPI/EBSERH. e-mail: m.garciamello1981@gmail.com

[8]Enfermeiro Assistencial – HU UFGD/EBSERH. e-mail: nedson.lechner@hotmail.com

[9]Cirurgião Geral e Cirugião do Aparelho Digestivo. e-mail: paulo.morais@ebserh.gov.br

[10]Pedagogo Especialista Em Psicopedagogia Clinica e Institucional pela Faculdade Candido Mendes. e-mail: patrickgutierres@yahoo.com.br

[11]Técnico de Enfermagem – HU UFGD/EBSERH. e-mail: flacemocruz@gmail.com

[12]Enfermeira Assistencial – HU UFPI/EBSERH. e-mail: sylvia.pires@hotmail.com

[13]Enfermeira Assistencial – HU-UFPI/EBSERH. e-mail: lanemelob@gmail.com

[14]Enfermeira Assistencial – HC-UFPR/EBSERH. e-mail: paula.privado.1@ebserh.gov.br

[15]Enfermeira Assistencial HUFGD/EBSERH. e-mail: pamelaalmagro87@gmail.com