MODELO DE SOBRECARGA DE CORRENTE COM ALARME RESIDENCIAL DE BAIXO CUSTO BASEADO EM ARDUÍNO


ARDUINO-BASED LOW-COST RESIDENTIAL ALARM CURRENT OVERLOAD MODEL

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202410151713


Denis de Araújo Ruiz1
Jonk Jones de Castro Vinente2


Resumo

Dentre as inovações tecnológicas que caracterizam a sociedade contemporânea, destaca-se o segmento da automação industrial, apoiado pela domótica, conceito que diz respeito à agregação de tecnologias aos afazeres rotineiros. Esta automação atua em áreas como segurança e comunicação, gerando mais qualidade de vida aos seus usuários. O estudo apresenta como objetivo geral apresentar um modelo de sobrecarga de corrente com alarme residencial de baixo custo baseado em Arduíno. É um estudo do tipo bibliográfico, explicativo, de natureza qualitativa e embasado numa experiência de prototipagem. Nesta produção textual, são descritos os processos de decisão da aplicação do protótipo, a qual é voltada para evitar a sobrecarga em sistemas elétricos residenciais. Também é descrita a programação básica do Arduino e a lista de materiais para o projeto. Não foi possível proceder com a montagem do protótipo devido ao medidor de corrente não ter chegado a tempo para que este processo acontecesse. O alarme residencial dispara uma mensagem via SMS ao usuário quando os limites de carga forem superados, deixando-o ciente da anormalidade no sistema elétrico residencial.

Após a chegada do medidor de corrente, o protótipo será testado e mediante sua aprovação, será possível gerar uma solução de baixo custo no contexto da automação residencial, tendo como enfoque a prevenção a sobrecargas em sistemas elétricos.

Palavras-chave: Arduíno. Automação Residencial. Sobrecarga.

1. INTRODUÇÃO

Quando se menciona o termo automação residencial, está se fazendo referência a aplicação de tecnologias utilizadas para facilitar a execução de tarefas que antes eram feitas manualmente (CARDOZO & FERREIRA, 2023). Uma das soluções empregadas no campo da automação residencial é a plataforma de prototipagem conhecida como Arduíno, cuja aplicabilidade na automação residencial permite o controle mais assertivo de vários dispositivos, proporcionando mais flexibilidade e praticidade para a residência (SILVA, 2024).

Acontece que a disseminação da automação residencial no Brasil ainda enfrenta algumas barreiras a serem superadas. Isto inclui desde a questão dos custos envolvidos nesta operação até a ausência de profissionais capacitados para atuar neste segmento (HIPÓLITO; SILVA & RAPANELLO, 2018). Por este motivo, uma das situações a serem consideradas no campo da automação residencial diz respeito aos custos envolvidos neste tipo de operação.

De acordo com Martins (2023), os sistemas elétricos representam infraestruturas que se notabilizam pela sua complexidade e elevado investimento, as quais são utilizadas para geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Silva (2019) complementa este pensar ao mencionar que infraestrutura representa todo o aparato essencial para que uma determinada atividade seja desenvolvida.

Esta complexidade que é conexa com os sistemas elétricos faz com que este tipo de infraestrutura demande um funcionamento pautado na eficiência (FERREIRA, 2024). Isto é exemplificado pelo estudo de Cui et al. (2019), o qual diz que o monitoramento de sistemas elétricos pode ocorrer por meio de tarefas computacionais, as quais ao serem operacionalizadas com base nos streamings de dados, permitem que os sistemas elétricos sejam controlados, para fins de detecção de eventos elétricos. Já o estudo feito por Aaalam e Shublanga (2023) também advoga a favor deste monitoramento, com base em Sistemas de Medição de Ampla Área.

Ferreira (2024) explana que os eventos em sistemas elétricos podem ser entendidos como anomalias que podem comprometer o seu respectivo funcionamento. Um destes eventos é a sobrecarga de corrente. Ao estudar sobre o impacto deste tipo de evento sobre a performance de uso de motores elétricos, Soares (2014) elenca os seguintes problemas resultantes desta situação: a) aquecimento dos componentes; b) deterioração dos vernizes de isolamento; c) fuga de corrente entre as fases, e; c) redução da vida útil do equipamento. 

Uma das situações abrangidas pela automação industrial são os sistemas de alarme (SOUSA JÚNIOR, BARBOSA & COSTA JÚNIOR, 2015). Conforme Pereira (2012), uma das dificuldades quanto a aquisição dos tipos de sistemas de alarme existentes diz respeito ao seu respectivo custo, o que reitera a necessidade da criação de soluções de automação residencial que sejam de baixo custo e acessíveis. Assim, o presente estudo se propõe a criar um modelo de sobrecarga de corrente com alarme residencial de baixo custo, tendo o Arduíno como eixo estruturante.

Consoante Zanella (2013), os problemas de pesquisa comumente são apresentados na forma de pesquisa, o que pressupõe o esforço do investigante em buscar respostas a essa indagação. Assim, o problema de pesquisa é: de que forma o Arduíno pode ser utilizado para fins de elaboração de um protótipo voltado para prevenir sobrecargas em sistemas elétricos?

O objetivo geral do estudo é apresentar um modelo de sobrecarga de corrente com alarme residencial de baixo custo baseado em Arduíno. Para o alcance deste objetivo geral, foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos:

– Abordar sobre automação residencial;

– Descrever a definição, características e aplicabilidades da plataforma Arduíno de prototipagem, e;

– Criar um protótipo referente ao modelo de sobrecarga de corrente com alarme residencial de baixo custo baseado em Arduíno

O estudo se justifica por dois motivos. O primeiro deles é teórico e visa ser uma contribuição ao estado da arte sobre a aplicabilidade do Arduíno no campo da engenharia. O segundo fator que motivou o estudo é prático, de maneira que este tema é de interesse do pesquisador, o qual já vem observando a pertinência do Arduíno em diferentes segmentos de atuação, inclusive no que se refere à automação industrial.

2. ARDUINO: CONCEITUAÇÃO E CARACTERÍSTICAS

Pode-se considerar que o nome Arduíno é utilizado para se referir a uma placa do tipo hardware open source, cujo protótipo se notabiliza pela facilidade quanto ao seu uso (MOCÓ, 2020). Os sensores do Arduíno captam os informes diretamente do ambiente e os transmitem por meio de sinais elétricos, processo esse que pode ocorrer tanto de forma analógica, com a oscilação de valores por conta da variação de grandeza de análise, ou por vias digitais, com padrões binários de dados na coleta de dados, sendo que apenas dois valores são representativos para entrada e saída (FERREIRA, 2020).

Enfatiza-se que o desenvolvimento da plataforma Arduíno se deu na Itália, mais precisamente no ano de 2005, com o seu uso sendo feito inicialmente por alunos de design em projetos voltados para a arte, a robótica e a interatividade (MARTINS, 2015). O nome Arduíno é referente a um bar italiano, o qual era frequentado tanto por professores como também por alunos (McROBERTS, 2011). 

A ideia principal da utilização do Arduíno era propiciar aos alunos uma forma menos complexa para o desenvolvimento de projetos. O que aconteceu é que o Arduíno alcançou patamares elevados de sucesso, com os primeiros projetos sendo vendidos, o que desencadeou o aumento na produção destes projetos, o que ocorreu muito por conta da facilidade no seu manuseio aliado ao baixo custo (McROBERTS, 2011).

Depreende-se que o público-alvo do Arduíno é basicamente formado por hobbistas, designers e artistas, os quais fazem a utilização desta plataforma para fins de criação de objetos interativos (LIMA, 2013). O Arduíno representa uma placa voltada para a feitura de prototipagem (SILVA et al., 2024), sendo o seu código aberto, o qual permite que os seus usuários tenham a devida liberdade para criarem seus projetos, sejam eles de caráter mais simples, como também robôs. Por sua vez, o estudo de Mocó (2020) diz que por meio dos protótipos do Arduíno, os seus usuários podem elaborar projetos que vão desde ligar um LED até mesmo promover o comando de drones via piloto automático.

Dentre as principais características do Arduíno, o estudo feito por Banzi (2012) elenca os seguintes aspectos:

– IDE (Integrated Development Environment): base do Arduíno, sendo o seu ambiente de manuseio considerado como satisfatório por conta de sua usabilidade;

– Programação por cabo USB: esta característica dispensa a utilização de portas seriais;

– Ambiente multiplataforma: o uso do Arduíno pode ocorrer tanto no sistema Windows, como também Lynux e Macintosh;

– Baixo custo: uma placa Arduíno pode custar entre US$ 43 e US$ 111 dólares3 e a substituição de chips danificados pode custar em torno de US$ 4 dólares;

– Fonte aberta: pode-se proceder com o download do Arduíno, bem como a aquisição dos seus respectivos componentes, com o usuário podendo fazer suas criações sem a obrigatoriedade do pagamento de licenças;

– Pode ser utilizado por iniciantes: pessoas que nunca tiveram contato com a plataforma Arduíno podem realizar seus projetos, contando com uma comunidade ativa de suporte em caso de eventuais dúvidas.

Na Figura 1, exemplifica-se o Arduíno com um modelo de placa cuja estrutura possui wi-fi integrado.

Figura 1: Modelo de Arduíno MKR 1010 com wi-fi integrado

Fonte: Mocó (2020).

Conforme explanado por Cardozo e Ferreira (2023), nas versões mais simples do Arduíno, a estrutura básica é formada por um microcontrolador Atmel AVR, sendo suportada por uma linguagem de programação em C/C++, conforme se pode ver na Figura 2.

Figura 2: Exemplo de linguagem de programação em C/C++

Fonte: Cardozo & Ferreira (2023).

Soma-se a estas características o fato de o Arduíno ao ser equipado com luzes, alto-falantes, módulos adicionais conhecidos como Shields e outros circuitos integrados, tem-se aí os componentes para a existência de um cérebro programável, o qual pode ser usado para controle de um dado sistema (Martins, 2016). Mocó (2020) complementa ao dizer que com as evoluções dos modelos de Arduíno, versões mais aperfeiçoadas desta placa estão disponíveis no mercado, promovendo melhores experiências de usabilidade aos seus respectivos usuários. 

No que se refere a sua aplicabilidade, o Arduíno pode ser utilizado para diversas finalidades. Um exemplo a ser mencionado diz respeito ao estudo feito por Monteiro, Carvalho e Santos (2023), o qual fez uso do Arduíno de forma combinada com a programação Phyton e redes neurais com vistas a criação de soluções tecnológicas inteligentes. Outro campo de aplicação do Arduíno é o da educação, cuja aplicabilidade é exemplificada pelo estudo feito por Martins (2016), o qual descreveu o seu trabalho com Arduíno para fins de uso no ensino de eletrodinâmica, mais precisamente junto a uma turma do terceiro ano do ensino médio.

Numa linha de raciocínio semelhante, o estudo empreendido por Ferreira (2020) se dedicou à utilização do Arduíno nas aulas de Física, mais precisamente para fins didáticos quanto ao uso de resistores. Por sua vez, Mocó (2020) utilizou o Arduíno para o estudo de termodinâmica, mais precisamente por meio de uma estação meteorológica do tipo experimental.

2.1 Automação Residencial

Conforme o estudo de Rocha (2019), o segmento de automação residencial vem se expandindo, seja pela entrada de indústrias não tradicionais neste mercado, seja pela democratização da tecnologia, a qual permitiu a existência de produtos mais baratos, com recursos pouco explorados anteriormente. Pode-se considerar que o termo automação residencial diz respeito a aplicabilidade de tecnologias que são integradas ao âmbito das casas, de maneira que isso propicie maiores patamares de segurança, conforto e praticidade (MURATORI & DAL BÓ, 2011).

A abordagem referente à automação residencial abarca um conceito denominado como domótica. Este verbete é a junção da palavra Domus, a qual quer dizer casa, e o termo Robótica, o qual se refere a tornar processos que até então eram manuais operacionalizados de forma automática (SOUSA, 2011). O advento da domótica se deu diante da necessidade da redução do esforço, bem como a elevação da praticidade em atividades rotineiras, numa dimensão em que as pessoas que fazem uso da domótica passam a ter maior qualidade de vida (ZAMBONATO et al., 2022).  

É correto frisar que a domótica é um reflexo do que a literatura nomeia como Sociedade 5.0, a qual conforme Achmad (2021), é fortemente impactada pelos avanços tecnológicos e pela internet. Desta forma, isto representa a agregação de tecnologias para a feitura de atividades do cotidiano, propiciando maior facilidade no que tange a sua execução (DARÉ & GAMBARATO, 2021).

Na interpretação de Sousa (2011), para a prática da domótica, as seguintes arquiteturas são disponíveis:

– Arquitetura Baseada em Automação – ABA: se caracteriza por ser linear no configurado, e;

– Automação Baseada em Comportamento – ABC: conhecida também como domótica inteligente, sendo adaptável a uma determinada rotina de utilização.

Dentre os campos de aplicabilidade da automação industrial, pode-se mencionar: a) conforto; b) gestão energética; c) conforto, e; d) segurança (CARDOZO; FERREIRA, 2023). Os avanços percebidos no campo da domótica no Brasil podem ser explicados pela democratização no uso de sistemas conectados e smart devices. Soma-se a isso a entrada de organizações como Apple, Google e Amazon, isto faz com que os dispositivos roteadores se tornem mais robustos, o que, por conseguinte, facilita a conectividade entre os dispositivos, o que contribui para a existência de sistemas integrados de automação residencial (ROCHA, 2019).

Há também o uso dos assistentes pessoais, tais como Amazon Alexa e Google Home. A utilização deste tipo recurso permite que lâmpadas sejam acesas, bem como programar a temperatura em aparelhos inteligentes de ar condicionado (ZAMBONATO et al., 2022). Conforme explanado por Cardozo e Ferreira (2023), norte-americanos são pioneiros quanto ao uso de módulos inteligentes, os quais eram utilizados em automação residencial, sendo a sua utilização para transmissão de dados para a rede elétrica uma de suas características.

Conforme Rovari (2012), estes sistemas se tornaram mais robustos por conta da agregação de computadores e internet, o que, por conseguinte, gerou a evolução para o uso integrado de tecnologias a partir da criação de sistemas. Rovari (2012) prossegue, mencionando que no Brasil um dos gargalos existentes com relação a automação residencial é a falta de mão-de-obra qualificada para lidar com as tecnologias pertinentes a este segmento de atuação.

3. METODOLOGIA 

Um dos eixos estruturantes do estudo diz respeito à pesquisa bibliográfica. Conforme Zanella (2013) e Gil (2019), a prática deste tipo de método consiste na consulta junto a materiais publicados anteriormente, tais como livros, artigos e dissertações considerados pertinentes para o embasamento de uma produção científica. É também um estudo do tipo explicativo, o que segundo Sampaio (2022) diz respeito a busca por explicações para os fenômenos existentes, concentrando-se nos porquês relacionados a uma determinada problemática.

A natureza do estudo é qualitativa, o que segundo Minayo (2015) consiste na análise do contexto social no qual os fenômenos estudados acontecem. O estudo também consiste num processo de prototipagem. Tanto Silva (2019) como Nascimento-e-Silva (2020) esclarecem que os protótipos são versões ainda não finalizadas dos produtos, de maneira que a partir do momento em que a qualidade destes protótipos é comprovada em testes de performance, isto credencia estes artefatos a serem vistos como produtos. Silva et al. (2024) reiteram a magnitude dos testes de protótipo, enfatizando que eles são importantes para a detecção de problemas que podem ser retificados para fins de aprimoramento destes materiais.

No caso específico deste estudo, são descritos o campo de aplicação do protótipo, bem como sua programação específica e a lista de materiais necessários para sua montagem. Por conta de um problema de logística, um dos itens que integram esta lista, mais precisamente o medidor de corrente (BREDA; MEDEIROS; ARAÚJO, 2019), o que impossibilitou a montagem do protótipo, processo esse que será realizado posteriormente ao fechamento desta produção textual.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

O estudo aqui apresentado representa a descrição de um processo de prototipagem. Conforme Silva (2019), os protótipos são versões ainda não acabadas de produtos, os quais podem ser retificados até que sua qualidade e pertinência sejam atestados. No caso específico deste estudo, o que se buscou foi a criação de um protótipo de baixo custo focalizado em um alarme residencial, sendo essa uma opção inteligente no campo da automação e da domótica (CARDOZO & FERREIRA, 2023).

A primeira situação trabalhada na prototipagem foi o enfoque do problema a ser trabalhado na investigação científica. Neste sentido, optou-se pela questão da segurança, o que segundo Rocha (2019) é uma das vertentes de aplicabilidade das soluções existentes em automação residencial. Conforme Nascimento-e-Silva (2020), a geração de protótipos é motivada para a solução de problemas, de maneira que a sua respectiva efetividade se mostra como resposta para alguma situação adversa. O alarme residencial com Arduíno tem por intuito proteger os sistemas elétricos de eventuais sobrecargas (SOARES, 2014). O modelo de Arduíno escolhido para a feitura do protótipo foi o Uno, conforme se pode ver na Figura 3.

Figura 3: Arduíno UNO R3 SMD CH340

Fonte: Eletrônica Omega (2024).

O passo seguinte consistiu na definição da lista dos itens necessários ao desenvolvimento do protótipo. Os materiais utilizados foram:

– Sensor de corrente Ac 100a Não Invasivo Sct – 013-000 Arduíno;

– Display LCD 16 x 2 com interface I2C;

– Módulo GSM para envio de SMS;

– Buzzer (alarme sonoro);

– Push Buttons (Botões de ajuste de limite);

– Resistores, fios e Case para acomodação dos componentes.

Para efeito de exemplificação, a Figura 4 exibe um dos itens demandados para a criação do protótipo, mais precisamente, o display LCD 16 x 2 com interface I2C.

Figura 4: Display LCD 16 x 2 com interface I2C

Fonte: Robótica Educacional Arducore (2024).

Tomada esta decisão, o passo seguinte consistiu na programação do Arduino, a qual está destacada no Apêndice A. Nestas primeiras definições, buscou-se definir as funções de cada pino da placa Arduíno. Conforme Mocó (2020), uma das situações a serem definidas na prototipagem é a tarefa a ser executada por cada pino da placa Arduíno. Por sua vez, Martins (2016), relata que uma das funcionalidades da plataforma de prototipagem Arduíno diz respeito a sua facilidade de uso. Com relação a programação do Arduíno, foram trabalhados os seguintes parâmetros:

– Leitura do Sensor de Corrente: a conexão do sensor ao pino analógico do Arduíno mensura o valor de corrente, o que então é convertido para um valor utilizável;

– Display LCD: neste equipamento são exibidos tanto o valor da corrente atual como também o limite configurado de corrente;

– Botões de ajuste: são usados dois botões, os quais podem ser utilizados tanto para aumentar como também diminuir o limite de corrente;

– Alarme e envio de mensagem: quando a corrente ultrapassar o limite, o buzzer é ativado, com uma mensagem enviada ao módulo GSM para um número de telefone pré-definido;

Buzzer: representa o alerta sonoro para notificação com relação a sobrecarga.

No Apêndice 1, está disponível a programação completa do Arduíno. Por sua vez, A Figura 5 exibe alguns dos materiais utilizados para a feitura do alarme residencial.

Figura 5: Materiais para a construção do alarme residencial

Fonte: Organizado pelos autores (2024).

Cumpre mencionar que até o fechamento desta produção textual, o medidor de corrente ainda não havia chegado, pois a sua respectiva aquisição foi feita pela internet, via e-commerce (COSTA et al., 2021). Assim, isto acabou inviabilizando a montagem do protótipo (SILVA, 2019). Após a chegada deste componente, será possível proceder com os testes, os quais conforme Silva et al. (2024), são necessários para que se possa vislumbrar a sua respectiva qualidade e pertinência.

Com a montagem do protótipo e sua respectiva aprovação nos testes de desempenho conforme sugestionado por Silva (2019), espera-se gerar uma solução de automação residencial de baixo custo, a qual visa alertar com relação a sobrecargas em sistemas elétricos (FONSECA, 2023). Assim, o protótipo representará uma contribuição no segmento da domótica, podendo evitar acidentes por choque elétrico, elevação na temperatura de componentes elétricos ou danificação de aparelhos eletrodomésticos (FERREIRA, 2024).

5. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo apresentou como objetivo geral apresentar um modelo de sobrecarga de corrente com alarme residencial de baixo custo baseado em Arduíno. No transcurso da pesquisa, foi possível perceber que o nascedouro do Arduíno se deu na Itália há quase 20 anos, sendo essa uma plataforma voltada para a prototipagem de projetos, sejam eles de natureza simples ou complexa. Dentre os muitos campos de aplicação dessa tecnologia, destaca-se a sua aplicabilidade no campo da automação residencial, segmento este cujo embasamento se dá no campo da domótica, ou dito de forma mais específica, a robótica aplicada nas residências.

No caso deste estudo, a prototipagem foi direcionada para prevenção a sobrecargas em sistemas elétricos residenciais. Foi possível proceder com a definição do campo de aplicação do protótipo, bem como a definição dos materiais e a respectiva programação básica do projeto no Arduíno. Com a chegada do medidor de corrente, o protótipo será testado e mediante sua aprovação, tem-se aí uma solução de baixo custo a ser utilizada no âmbito da automação industrial.


3Conforme consulta no site da Amazon disponível no seguinte link: https://www.amazon.com.br/s?k=placa+ardu%C3%ADno&adgrpid=1139095040476274&hvadid=71193608811504&hvbmt=bp&hvdev=c&hvlocphy=147844&hvnetw=s&hvqmt=p&hvtargid=kwd-71194161735821%3Aloc-20&hydadcr=15548_13561405&tag=msndesktopsta-20&ref=pd_sl_3du1nbaif5_p

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1Discente do Curso Superior de Engenharia Elétrica da Faculdade Nilton Lins. e-mail: daraujoruiz@gmail.com
2Docente do Curso Superior de Engenharia Elétrica da Faculdade Nilton Lins. e-mail: jonk.vinente@uniniltonlins.edu.br