GAME THERAPY AS A TREATMENT METHOD TO REDUCE JOINT STIFFNESS IN PATIENTS AFTER ISCHEMIC STROKE
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202410142255
Felipe Éden Souza de Oliveira1
Alessandra Oliveira Mota2
Alzenilde da Silva Castro3
Bárbarah Correa Jordão4
Christofer Oliveira Ferreira5
Elaine Michele Bentes dos Santos Mota6
Resumo
A Gameterapia é um método inovador na fisioterapia para tratar a rigidez articular em pacientes pós-AVC isquêmico, utilizando jogos interativos para melhorar a mobilidade e funcionalidade. Ela oferece uma alternativa dinâmica aos métodos tradicionais de reabilitação, potencializando os resultados do tratamento. O objetivo é avaliar a eficácia da Gameterapia na redução da rigidez articular e na melhoria da mobilidade em pacientes no pós-AVC isquêmico, focando no papel do fisioterapeuta na implementação deste método e na personalização do tratamento para maximizar os resultados. Este estudo consiste em uma revisão bibliográfica com abordagem quantitativa de caráter exploratório, focando no período de 2018 a 2024 e, o estudo envolveu a seleção de artigos relevantes nas bases de dados Google Acadêmico (Scholar) e Scientific Electronic Library Online (Scielo). Conclua-se, portanto, que a Gameterapia representa uma abordagem inovadora e eficaz na reabilitação de pacientes no pós-AVC isquêmico e, a aplicação personalizada deste método tem demonstrado reduzir a rigidez articular e melhorar a mobilidade, promovendo avanços na força muscular e na funcionalidade geral dos pacientes. A comparação com métodos tradicionais de reabilitação indica que a Gameterapia pode oferecer benefícios adicionais significativos, não apenas em termos de mobilidade articular, mas também na qualidade de vida, assim, o papel do fisioterapeuta na adaptação e implementação da Gameterapia é primordial para maximizar os resultados e oferecer uma alternativa valiosa no tratamento pós-AVC.
Descritores: Fisioterapia. Gameterapia. Método. Tratamento. Pós-AVC isquêmico.
Abstract
Game therapy is an innovative method in physiotherapy to treat joint stiffness in post-ischemic stroke patients, using interactive games to improve mobility and functionality. It offers a dynamic alternative to traditional rehabilitation methods, enhancing treatment results. The objective is to evaluate the effectiveness of game therapy in reducing joint stiffness and improving mobility in post-ischemic stroke patients, focusing on the role of the physiotherapist in implementing this method and in personalizing the treatment to maximize results. This study consists of a bibliographic review with a quantitative approach of exploratory nature, focusing on the period from 2018 to 2024 and, the study involved the selection of relevant articles in the Google Scholar and Scientific Electronic Library Online (Scielo) databases. Therefore, it can be concluded that game therapy represents an innovative and effective approach in the rehabilitation of post-ischemic stroke patients and, the personalized application of this method has been shown to reduce joint stiffness and improve mobility, promoting advances in muscle strength and general functionality of patients. Comparison with traditional rehabilitation methods indicates that Game Therapy can offer significant additional benefits, not only in terms of joint mobility, but also in quality of life. Thus, the role of the physiotherapist in adapting and implementing Game Therapy is essential to maximize results and offer a valuable alternative in post-stroke treatment.
Descriptors: Physiotherapy. Game Therapy. Method. Treatment. Post-ischemic stroke.
INTRODUÇÃO
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico, causado pela obstrução de um vaso sanguíneo que interrompe o fluxo de oxigênio para o cérebro, representa uma das principais causas de incapacitação motora e, entre as complicações decorrentes desse tipo de AVC, a rigidez articular destaca-se como um dos maiores desafios na reabilitação física e, a perda de elasticidade e mobilidade nas articulações afeta diretamente a capacidade do paciente de realizar atividades cotidianas, o que compromete sua independência e qualidade de vida. Dessa forma, a recuperação da mobilidade articular torna-se um objetivo prioritário no tratamento de pacientes no pós-AVC isquêmico (1).
A rigidez articular, presente principalmente nas articulações dos ombros, cotovelos, quadris e joelhos, ocorre devido à combinação de fraqueza muscular e espasticidade, comumente observadas em pacientes após um AVC isquêmico e, essa condição limita a amplitude dos movimentos e gera desconforto, dificultando a execução de tarefas funcionais simples, como levantar um braço ou flexionar um joelho e, para tratar essas limitações, é necessário um programa de Fisioterapia que inclua exercícios que visem ao alongamento, fortalecimento e ganho de mobilidade das articulações comprometidas (2).
A Gameterapia tem sido introduzida como uma estratégia inovadora no tratamento de pacientes com rigidez articular pós-AVC e, essa abordagem envolve o uso de jogos eletrônicos, como os disponibilizados por consoles como o Xbox Kinect e o Nintendo Wii, além de dispositivos de realidade virtual (VR) e, esses sistemas utilizam sensores de movimento que capturam os gestos do paciente, permitindo que ele interaja com o jogo de maneira dinâmica e ativa e, a Gameterapia, por meio desses dispositivos, promove o engajamento do paciente e facilita a realização de exercícios de amplitude articular de forma mais divertida e motivadora (3).
Os jogos utilizados em Gameterapia são especialmente selecionados para favorecer a mobilidade articular e a coordenação motora e, muitos desses jogos exigem movimentos amplos, que envolvem a movimentação dos braços, pernas e tronco, o que auxilia na diminuição da rigidez muscular e na recuperação do controle motor e, a realidade virtual oferece a possibilidade de simular cenários realistas, nos quais o paciente precisa realizar tarefas que exigem precisão e amplitude de movimento e, essa tecnologia proporciona um ambiente controlado, no qual o paciente pode se desafiar, enquanto realiza os movimentos necessários para a reabilitação articular (4).
O papel do fisioterapeuta é crucial durante as sessões de Gameterapia, pois ele ajusta os exercícios de acordo com as necessidades e limitações do paciente e, o fisioterapeuta monitora a evolução do quadro clínico e adapta os jogos, incrementando a dificuldade conforme o paciente apresenta melhora na amplitude dos movimentos e, esse acompanhamento é essencial para garantir que os exercícios realizados nos jogos sejam seguros e eficazes, evitando sobrecargas articulares e possíveis lesões (5).
Ao associar a Gameterapia ao tratamento fisioterapêutico convencional, observa-se não apenas uma melhora na mobilidade articular, mas também um aumento significativo na motivação dos pacientes e, a combinação da prática de exercícios com a tecnologia promove uma abordagem multidisciplinar, que não apenas acelera a recuperação física, mas também proporciona benefícios psicológicos, como a diminuição da ansiedade e o aumento da autoestima e, dessa forma, a Gameterapia se apresenta como uma ferramenta promissora no tratamento de rigidez articular em pacientes no pós-AVC isquêmico, oferecendo uma nova perspectiva para a reabilitação funcional (6).
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Gameterapia tem emergido como uma abordagem inovadora e promissora no tratamento de pacientes que sofreram um Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico, especialmente na recuperação da rigidez articular, que frequentemente afeta a mobilidade e a qualidade de vida desses indivíduos e, o AVC isquêmico é caracterizado pela interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro devido à obstrução de uma artéria, levando à morte de células cerebrais nas áreas afetadas e, esse evento pode causar uma série de complicações motoras e neurológicas, incluindo a rigidez articular, que é uma das principais barreiras à recuperação funcional após o AVC (7).
A Gameterapia, utilizando plataformas como Xbox Kinect, Nintendo Wii e dispositivos de realidade virtual (VR), oferece uma solução terapêutica lúdica e altamente interativa e, ao incorporar jogos que requerem movimentos corporais amplos e precisos, a Gameterapia permite que os pacientes trabalhem ativamente na recuperação da amplitude de movimento das articulações afetadas e, os jogos promovem a coordenação motora e a mobilidade de maneira divertida, estimulando o paciente a participar ativamente das sessões de reabilitação, o que pode aumentar a adesão ao tratamento e melhorar os resultados funcionais (3).
Pacientes pós-AVC isquêmico enfrentam desafios físicos significativos, como a rigidez articular, que é causada pela espasticidade e fraqueza muscular, frequentemente observadas após o AVC e, essas complicações afetam a amplitude de movimento, tornando difíceis tarefas funcionais básicas, como levantar os braços ou caminhar e, a Gameterapia busca abordar essas limitações de maneira dinâmica, promovendo exercícios que envolvem grandes grupos musculares e exigem movimentos repetitivos, necessários para diminuir a rigidez articular e melhorar a funcionalidade motora, assim, a Gameterapia se apresenta como uma alternativa ao tratamento convencional, proporcionando estímulos constantes e variados aos pacientes (8).
No contexto da reabilitação, a Fisioterapia desempenha um papel fundamental, e a Gameterapia pode ser integrada como uma ferramenta complementar e, a fraqueza muscular e a rigidez articular, por exemplo, são comumente tratadas por meio de exercícios de alongamento e fortalecimento muscular e, com o auxílio da Gameterapia, o fisioterapeuta pode aplicar esses exercícios de maneira mais envolvente, utilizando os jogos como meio de direcionar os movimentos terapêuticos, dessa forma, os pacientes não apenas realizam os exercícios necessários, mas também são desafiados cognitivamente, o que pode ajudar na recuperação das funções neuromotoras comprometidas pelo AVC (9).
As alterações neurológicas após o AVC, como a espasticidade muscular e a rigidez articular, podem ser tratadas de forma mais eficaz quando há uma abordagem multidisciplinar que combina exercícios convencionais com tecnologia, como a Gameterapia e, ao utilizar consoles que exigem movimentos corporais, a Gameterapia estimula os pacientes a movimentar as articulações afetadas de maneira mais natural e funcional, o que é essencial para a reabilitação e, essa interação ativa entre o paciente e a tecnologia também oferece feedback em tempo real, permitindo que o fisioterapeuta monitore o progresso do paciente e ajuste o nível de dificuldade dos exercícios conforme necessário (10).
A Gameterapia se destaca por proporcionar um ambiente de reabilitação envolvente e altamente motivador, o que é essencial para promover uma recuperação mais rápida e eficiente após um AVC isquêmico e, a personalização dos jogos, ajustada de acordo com as capacidades e necessidades individuais de cada paciente, garante que o tratamento seja adaptado às suas limitações e metas de reabilitação, assim, a Gameterapia, combinada com a intervenção fisioterapêutica tradicional, oferece uma abordagem holística para a recuperação funcional, promovendo tanto a melhora física quanto emocional dos pacientes (11).
Quadro 1: Principais Benefícios da Gameterapia na Reabilitação de Pacientes Pós-AVC isquêmico
Benefícios da Gameterapia | Aplicações na Reabilitação Pós-AVC Isquêmico |
Melhora da Rigidez Articular | Jogos que envolvem movimentos amplos ajudam a reduzir a rigidez articular e aumentar a amplitude de movimento. |
Fortalecimento Muscular | Movimentos repetitivos e desafiadores nos jogos promovem o fortalecimento dos músculos afetados. |
Coordenação Motora | Os jogos exigem precisão e coordenação motora, o que ajuda a recuperar habilidades perdidas. |
Motivação e Adesão ao Tratamento | A natureza lúdica dos jogos aumenta o engajamento do paciente nas sessões de fisioterapia. |
Feedback em Tempo Real | A tecnologia dos consoles fornece feedback imediato, permitindo ajustes no tratamento em tempo real. |
Fonte: Autoral (2024)
A Gameterapia apresenta-se, portanto, como uma ferramenta poderosa e eficiente no tratamento de pacientes que enfrentam rigidez articular após um AVC isquêmico e, ao utilizar uma abordagem que combina fisioterapia convencional com tecnologia avançada, é possível proporcionar uma reabilitação mais dinâmica, adaptada às necessidades individuais e focada na melhora funcional dos pacientes e, o uso de consoles como o Xbox Kinect e dispositivos de realidade virtual promove não só a recuperação física, mas também a autonomia e a confiança do paciente em seu próprio processo de reabilitação, criando um ambiente de tratamento que é ao mesmo tempo desafiador e recompensador (12).
Além disso, a personalização do tratamento, ajustada pelo fisioterapeuta com base no feedback fornecido pelos jogos, garante que o processo de reabilitação seja constantemente monitorado e otimizado e, isso permite que os pacientes alcancem seus objetivos de reabilitação de maneira mais rápida e eficaz, aumentando sua qualidade de vida e sua independência funcional ao longo do tempo, assim, a Gameterapia tem se mostrado uma ferramenta complementar valiosa na fisioterapia, contribuindo para a recuperação holística e personalizada de pacientes no pós-AVC isquêmico (13).
A fisiopatologia do Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico é caracterizado pela obstrução do fluxo sanguíneo para uma determinada região do cérebro, resultando em isquemia e, consequentemente, morte neuronal e, essa condição pode ser causada por diferentes mecanismos, como a formação de coágulos (trombos) em artérias que suprem o cérebro ou a embolização, onde fragmentos de coágulos se desprendem de outras partes do corpo e bloqueiam os vasos cerebrais e, e falta de oxigênio e nutrientes essenciais para a função celular provoca um ambiente hostil, desencadeando uma cascata de eventos bioquímicos e metabólicos que levam à disfunção e morte das células nervosas (14).
A fisiopatologia do AVC isquêmico é complexa e envolve múltiplos fatores, como a desregulação da homeostase iônica, acúmulo de neurotransmissores excitadores, e a ativação de processos inflamatórios e, e despolarização das células neurais provoca uma grande liberação de glutamato, um neurotransmissor excitatório, que, em níveis elevados, resulta em toxicidade para as células e, esse fenômeno é conhecido como excito toxicidade e contribui para a morte neuronal em larga escala, intensificando o dano cerebral (15).
Além dos processos bioquímicos, o AVC isquêmico também está associado a alterações hemodinâmicas e perfusionais e, e obstrução vascular pode levar à formação de áreas de penumbra, onde as células ainda não morreram, mas estão em risco devido à redução do fluxo sanguíneo e, essas áreas são fundamentais para a recuperação funcional, uma vez que o restabelecimento do fluxo sanguíneo pode salvar neurônios que, de outra forma, estariam condenados e, e revascularização rápida, portanto, é determinante para minimizar o impacto do AVC e preservar a função neurológica (16).
O entendimento da fisiopatologia do AVC isquêmico é vital para o desenvolvimento de intervenções terapêuticas e, o manejo do AVC envolve estratégias para restaurar o fluxo sanguíneo, como a administração de trombolíticos, que dissolvem coágulos, e a utilização de dispositivos mecânicos para a remoção dos trombos e, a reabilitação neuropsicológica e fisioterapêutica é fundamental para a recuperação dos pacientes, pois visa restaurar as funções comprometidas e promover a neuroplasticidade, permitindo a adaptação do cérebro ao dano sofrido (17).
As causas e sintomas pós AVC isquêmico e suas alterações neurológicas
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico é uma das principais causas de incapacidades neurológicas no mundo, resultando em danos irreversíveis às células cerebrais devido à interrupção do fluxo sanguíneo, frequentemente causada por aterosclerose ou embolia e, esses eventos desencadeiam uma série de alterações neurológicas que impactam profundamente a funcionalidade e a qualidade de vida dos pacientes, levando a disfunções motoras, cognitivas e emocionais. Sintomas como hemiplegia, afasia, comprometimento da coordenação e alterações sensoriais podem limitar severamente as atividades diárias, exigindo intervenções terapêuticas imediatas para minimizar danos e promover a recuperação (18).
A recuperação após um AVC é influenciada pela gravidade do dano cerebral e pela resposta do paciente às intervenções terapêuticas, sendo essencial uma abordagem multidisciplinar que inclua fisioterapia, terapia ocupacional e suporte emocional, além das complicações motoras, os pacientes também enfrentam distúrbios visuais e sensoriais que comprometem a segurança nas atividades cotidianas e, as questões emocionais, como ansiedade e depressão, muitas vezes recebem menos atenção, mas são críticas para o progresso da reabilitação, necessitando que cuidadores e profissionais de saúde ofereçam apoio psicológico e adaptem os planos de tratamento às necessidades emocionais dos pacientes para promover uma recuperação mais abrangente e sustentável (19).
OS EXERCÍCIOS RELACIONADOS NA FISIOTERAPIA E NA GAMETERAPIA
Os exercícios relacionados à fisioterapia são fundamentais para a reabilitação de pacientes que sofreram um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, pois visam recuperar a função motora, a força e a coordenação e, esses exercícios são adaptados de acordo com o nível de capacidade do paciente e podem incluir atividades de fortalecimento muscular, alongamentos e exercícios de equilíbrio e, o fisioterapeuta utiliza uma abordagem individualizada, avaliando as necessidades específicas de cada paciente e ajustando o programa de exercícios para maximizar os benefícios e minimizar o risco de complicações, como a rigidez articular e a fraqueza muscular (20).
A Gameterapia, uma abordagem terapêutica que utiliza jogos eletrônicos e consoles de videogame, tem se mostrado eficaz na reabilitação de pacientes com AVC e, essa forma de terapia proporciona um ambiente interativo e motivador, facilitando a execução de movimentos repetitivos e precisos, essenciais para a recuperação da mobilidade e, os jogos como os oferecidos pelo Xbox Kinect e Nintendo Wii promovem o engajamento do paciente e podem ser adaptados para trabalhar áreas específicas, como coordenação, agilidade e força e, a natureza lúdica da Gameterapia também ajuda a reduzir a percepção da dor e do esforço, tornando o processo de reabilitação mais agradável e estimulante (21).
Além dos benefícios físicos, os exercícios na fisioterapia e na Gameterapia também contribuem para a recuperação cognitiva e emocional dos pacientes e, durante as sessões de terapia, os pacientes têm a oportunidade de se envolver em atividades que estimulam a concentração, a memória e a tomada de decisões, fatores essenciais para uma reabilitação completa e, a interação social promovida por jogos e exercícios em grupo pode ajudar a combater sentimentos de isolamento e depressão, que são comuns após um AVC, favorecendo a construção de redes de apoio e a troca de experiências entre os participantes (16).
A combinação de exercícios tradicionais de fisioterapia com a Gameterapia cria um ambiente terapêutico inovador, que potencializa a recuperação dos pacientes e, essa abordagem multidisciplinar permite que os profissionais de saúde integrem diferentes métodos de tratamento, ajustando as intervenções às necessidades individuais e promovendo a neuroplasticidade, essencial para a recuperação das funções comprometidas e, a utilização de tecnologias interativas na reabilitação não só melhora os resultados clínicos, mas também aumenta a adesão dos pacientes ao tratamento, tornando a jornada de recuperação mais eficaz e satisfatória (13).
Efeitos da Gameterapia na mobilidade articular, força muscular e funcionalidade geral
A Gameterapia tem se mostrado uma abordagem inovadora e promissora na reabilitação de pacientes pós-AVC isquêmico, especialmente no que diz respeito à rigidez articular e, os pesquisadores têm explorado como essa terapia baseada em jogos eletrônicos pode impactar positivamente a mobilidade articular, a força muscular e a funcionalidade geral dos pacientes (22).
Ao oferecer exercícios terapêuticos que visam aumentar a amplitude de movimento das articulações afetadas, a Gameterapia facilita a realização de atividades cotidianas, permitindo maior independência e autonomia aos pacientes e, essa melhoria na mobilidade não só favorece a execução de tarefas diárias, mas também promove uma maior integração social e emocional, refletindo diretamente na qualidade de vida dos indivíduos (23).
Além de contribuir para a realização de atividades diárias, a Gameterapia desempenha um papel significativo no fortalecimento muscular e, através de jogos eletrônicos interativos, os pacientes são incentivados a realizar exercícios que visam aumentar a força dos músculos enfraquecidos, facilitando a reintegração às atividades sociais e diárias (24).
O protocolo de Gameterapia é estruturado de forma personalizada, iniciando-se com uma avaliação detalhada do paciente, que serve como base para a criação de um plano de tratamento adaptado às suas necessidades e, durante as sessões de fisioterapia, os pacientes participam de atividades terapêuticas que se ajustam progressivamente às suas capacidades, promovendo uma recuperação funcional mais abrangente (18).
Uma das grandes vantagens da Gameterapia é seu ambiente interativo, que torna o processo de reabilitação mais atraente e aumenta a adesão ao tratamento e, essa motivação adicional pode resultar em uma recuperação mais eficaz e satisfatória e, a Gameterapia também permite avaliações contínuas do progresso do paciente, coletando dados objetivos sobre amplitude de movimento e força muscular, além de feedback subjetivo sobre a experiência do paciente e, essa abordagem dinâmica proporciona um ambiente controlado onde os pacientes podem simular situações da vida real, praticando tarefas cotidianas de forma segura e interativa, contribuindo para uma recuperação mais abrangente (25).
A colaboração interdisciplinar é essencial para uma reabilitação completa e integrada. Fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos e outros profissionais de saúde trabalham juntos para oferecer uma variedade de intervenções que visam melhorar a mobilidade articular e reduzir a rigidez e, as estratégias complementares, como terapia manual, exercícios específicos de mobilidade e técnicas de relaxamento, promovem uma recuperação mais eficiente e, o envolvimento ativo dos pacientes em seu processo de recuperação é essencial, pois a adesão ao tratamento e o apoio emocional contínuo aumentam a motivação e o comprometimento com o programa de tratamento (26).
Estratégias de suporte psicossocial, como grupos de apoio e aconselhamento individualizado, também são importantes na recuperação dos pacientes e, esses recursos ajudam a lidar com os desafios emocionais e psicológicos associados ao AVC e à rigidez articular, promovendo um senso de pertencimento e comunidade, essencial para a jornada de recuperação e, a Gameterapia, ao combinar tecnologia avançada com estratégias terapêuticas comprovadas, promove a melhoria da mobilidade articular, força muscular e funcionalidade geral, contribuindo para uma recuperação mais completa e satisfatória (21).
A eficácia da Gameterapia na redução da rigidez articular e na melhoria da qualidade de vida
A Gameterapia tem se destacado como uma abordagem inovadora na reabilitação de pacientes pós-AVC isquêmico, especialmente na redução da rigidez articular e na melhoria da qualidade de vida e, a rigidez articular é uma complicação comum após um AVC, limitando significativamente a mobilidade e funcionalidade dos pacientes e, a Gameterapia, que combina jogos eletrônicos e interfaces interativas, oferece um ambiente seguro e controlado onde os pacientes podem enfrentar desafios terapêuticos, fortalecendo sua confiança e encorajando a persistência na busca por suas metas de reabilitação (21).
Além de tornar a reabilitação mais envolvente e motivadora, a Gameterapia promove uma maior adesão ao tratamento ao transformar exercícios em atividades interativas e, essa abordagem permite que os pacientes experimentem sucessos progressivos, resultando em benefícios clínicos e funcionais significativos, com isso, a Gameterapia contribui para uma recuperação mais eficaz e satisfatória, ajudando os pacientes a alcançarem seus objetivos de reabilitação e melhorando sua qualidade de vida (22).
A Gameterapia se destaca como uma abordagem de reabilitação personalizada e adaptável, permitindo que os profissionais de saúde ajustem os programas de tratamento conforme as necessidades individuais de cada paciente e, essa flexibilidade não apenas maximiza os resultados a longo prazo, mas também possibilita o monitoramento contínuo do progresso, permitindo ajustes dinâmicos que otimizam os resultados a curto prazo e promovem uma reabilitação sustentável e, com essa abordagem centrada no paciente, a Gameterapia oferece um suporte eficaz para atender às mudanças nas condições e necessidades dos pacientes ao longo do tempo (26).
Além de sua personalização, a Gameterapia combina métodos inovadores com práticas tradicionais, oferecendo uma maneira dinâmica e motivadora de melhorar a mobilidade articular e a funcionalidade em pacientes pós-AVC e, ao incorporar jogos eletrônicos e interfaces interativas, a terapia se torna mais envolvente, incentivando os pacientes a participarem ativamente de suas sessões de reabilitação e, essa abordagem não só melhora a adesão ao tratamento, mas também promove benefícios clínicos significativos, contribuindo para uma recuperação mais eficaz e satisfatória (28).
Quadro 2: Benefícios; Estímulos e Personalização
Benefícios Físicos | Estímulo Psicológico | Personalização e Monitoramento |
– Aumento da mobilidade articular | – Motivação através da diversão e desafios | – Adaptabilidade dos programas de tratamento |
– Incremento da força e resistência muscular | – Redução do estresse e ansiedade | – Acompanhamento do progresso do paciente |
– Aprimoramento da coordenação motora | – Melhoria do humor e bem-estar emocional | – Ajustes conforme necessidade e evolução |
Fonte: Autoral (2024)
A Gameterapia se destaca como uma abordagem inovadora na reabilitação de pacientes pós-AVC, oferecendo uma variedade de jogos e atividades terapêuticas adaptadas às necessidades individuais e, essa modalidade não apenas torna o processo de reabilitação mais atraente e envolvente, mas também maximiza os resultados a longo prazo, contribuindo para uma recuperação mais completa e satisfatória e, com exercícios transformados em desafios divertidos, a Gameterapia estimula a participação ativa dos pacientes, resultando em melhorias significativas na rigidez articular e na qualidade de vida (29).
Além de aumentar a adesão ao tratamento, a abordagem dinâmica da Gameterapia reduz o estigma associado à reabilitação, fazendo com que as atividades terapêuticas sejam vistas como experiências de lazer e, essa mudança de perspectiva incentiva os pacientes a manterem uma rotina consistente de exercícios, fundamental para a recuperação física e emocional após um AVC e, os benefícios clínicos e funcionais da Gameterapia demonstram sua eficácia em promover a independência e a funcionalidade, ajudando os pacientes a reintegrar-se à vida cotidiana (30).
A Gameterapia oferece uma abordagem abrangente que não só aborda as limitações físicas, mas também o bem-estar psicológico dos pacientes e, ao proporcionar intervenções personalizadas e um ambiente terapêutico envolvente, a Gameterapia melhora a qualidade de vida ao promover a recuperação física, além de habilidades cognitivas e sociais e, essa combinação resulta em um processo de recuperação mais eficaz e motivador, essencial para a reintegração dos pacientes às suas atividades diárias (16).
Quadro 3: Benefícios físicos; Benefícios psicológicos e Monitoramento
Benefícios Físicos | Benefícios Psicológicos | Monitoramento |
– Aumento da mobilidade articular | – Motivação através da diversão e desafios | – Adaptabilidade dos programas de tratamento |
– Incremento da força e resistência muscular | – Redução do estresse e ansiedade | – Acompanhamento do progresso do paciente |
– Aprimoramento da coordenação motora | – Melhoria do humor e bem-estar emocional | – Ajustes conforme necessidade e evolução |
Fonte: Autoral (2024)
A Gameterapia emprega jogos eletrônicos e interfaces interativas para auxiliar na reabilitação dos pacientes, com ênfase na melhoria da mobilidade articular e da função muscular e, esta abordagem se destaca por tornar o processo de recuperação mais envolvente e estimulante, encorajando a participação ativa dos pacientes e potencializando a eficácia do tratamento em a gamificação transforma os exercícios em desafios prazerosos (18).
Os jogos terapêuticos na Gameterapia oferecem feedback imediato e visual, facilitando o acompanhamento do progresso e promovendo habilidades motoras, cognitivas e de equilíbrio e, esta abordagem centrada no paciente melhora a autonomia e a qualidade de vida após um AVC. Além disso, a Gameterapia permite a criação de rotinas de exercícios progressivos, respeitando os limites individuais e prevenindo lesões, essencial para uma reabilitação segura e eficaz (22).
A adaptação das rotinas de exercícios permite que os fisioterapeutas ajustem os desafios conforme as necessidades dos pacientes, promovendo um ciclo positivo de motivação e progresso e, a abordagem personalizada maximiza os benefícios terapêuticos e minimiza o risco de sobrecarga, facilitando uma recuperação mais completa e sustentada (28).
As rotinas progressivas estimulam a plasticidade neural, ajudando o cérebro a se adaptar e se reorganizar em resposta a novos estímulos e, esse processo resulta em melhorias significativas na mobilidade, força e coordenação, proporcionando uma base sólida para a recuperação funcional após um AVC e, a Gameterapia oferece uma ferramenta versátil e eficaz para a reabilitação pós-AVC, proporcionando uma abordagem abrangente e personalizada que promove tanto a recuperação física quanto emocional dos pacientes (30).
A atuação do fisioterapeuta na reabilitação de pacientes pós-AVC é fundamental, especialmente com a integração da Gameterapia como método terapêutico e, os fisioterapeutas são responsáveis por avaliar as necessidades específicas de cada paciente e adaptar os programas de tratamento, utilizando jogos eletrônicos e interfaces interativas que tornam a reabilitação mais dinâmica e envolvente (8).
Essa abordagem não só promove a mobilidade articular e o fortalecimento muscular, mas também aumenta a adesão dos pacientes ao tratamento, transformando a recuperação em uma experiência motivadora e interativa e, o conhecimento do fisioterapeuta é essencial para guiar os pacientes em sua jornada de recuperação, monitorando seu progresso e ajustando as atividades conforme necessário (12).
A Gameterapia oferece um ambiente seguro e controlado onde os fisioterapeutas podem estimular a participação ativa dos pacientes, incentivando-os a superar desafios de forma lúdica e, essa interação consiste em ser significativo e vital para restaurar a confiança dos pacientes em suas habilidades físicas e melhorar sua qualidade de vida (16).
A presença do fisioterapeuta durante as sessões de Gameterapia garante que os exercícios sejam realizados de maneira adequada, evitando lesões e otimizando os resultados terapêuticos, desse modo, a contribuição do fisioterapeuta é relevante não apenas para a recuperação física, mas também para o bem-estar emocional e psicológico dos pacientes, promovendo uma reintegração mais eficaz à vida cotidiana (24).
Gameterapia como método de tratamento para redução de rigidez articular em pacientes no Pós-AVC isquêmico
A Gameterapia representa uma abordagem inovadora na reabilitação pós-AVC, utilizando uma variedade de interfaces de jogos e aparelhos eletrônicos para promover a recuperação física e cognitiva dos pacientes e, entre as tecnologias mais comuns estão os consoles de videogame, como Xbox Kinect e Nintendo Wii, que permitem a interação com os jogos por meio de gestos corporais, dispensando controladores físicos e, essa interação baseada em movimento proporciona uma experiência imersiva e dinâmica, estimulando a mobilidade e a coordenação motora de forma divertida e envolvente (4).
Além dos consoles de videogame, os dispositivos de Realidade Virtual (VR) estão ganhando destaque na Gameterapia e, esses dispositivos oferecem ambientes virtuais tridimensionais que simulam atividades do mundo real e, utilizando óculos de VR e controladores de movimento, os pacientes participam de simulações que facilitam o treinamento de habilidades motoras e cognitivas específicas, tornando a reabilitação mais eficaz e personalizada e, a tecnologia emergente da realidade virtual proporciona uma experiência de tratamento mais imersiva e adaptada às necessidades individuais dos pacientes (8).
Os dispositivos de controle de movimento, como sensores e acelerômetros, são frequentemente integrados na Gameterapia para monitorar e registrar os movimentos corporais dos pacientes e, esta tecnologia oferece feedback em tempo real sobre o desempenho do paciente, permitindo ajustes precisos nos programas de reabilitação e, a integração desses dispositivos aumenta o envolvimento do paciente e a eficácia do tratamento, promovendo, desse modo, uma recuperação mais completa e satisfatória (18).
A Gameterapia utiliza aplicativos e jogos para dispositivos móveis, como smartphones e tablets, permitindo que pacientes realizem exercícios de reabilitação em casa e, essa prática incentiva a continuidade do tratamento e a autogestão da condição pós-AVC, com opções diversificadas que atendem às preferências e necessidades individuais e, a variedade de interfaces oferece experiências terapêuticas distintas, permitindo a personalização dos programas de reabilitação conforme as capacidades e objetivos dos pacientes e, essa flexibilidade aumenta a eficácia do tratamento e torna a reabilitação mais envolvente, ajudando os pacientes a se manterem ativos e a obter melhores resultados (23).
JUSTIFICATIVA
A atuação do fisioterapeuta no tratamento do AVC isquêmico é fundamental para a recuperação funcional dos pacientes, uma vez que esses profissionais são responsáveis por avaliar e reabilitar as disfunções motoras, cognitivas e sensoriais resultantes da lesão cerebral e, por meio de uma abordagem personalizada, o fisioterapeuta desenvolve um plano de intervenção que visa melhorar a mobilidade, a força e a coordenação, utilizando técnicas específicas como a terapia manual, exercícios terapêuticos.
A Gameterapia e, essa intervenção é primordial para minimizar as complicações secundárias, como a rigidez articular e a perda da amplitude de movimento, permitindo que os pacientes retomem gradualmente suas atividades diárias e aumentem sua independência.
Além das habilidades técnicas, o fisioterapeuta desempenha um papel vital na educação e no suporte emocional do paciente e de sua família durante o processo de reabilitação e, o profissional orienta sobre a importância da adesão ao tratamento e a implementação de estratégias para superar desafios, contribuindo para a motivação e o engajamento do paciente na sua recuperação.
O trabalho colaborativo com outros profissionais de saúde, como terapeutas ocupacionais e psicólogos, enriquece a abordagem multidisciplinar, proporcionando um atendimento integral que considera não apenas as limitações físicas, mas também as necessidades emocionais e sociais do paciente, promovendo assim uma recuperação mais eficaz e sustentável.
OBJETIVOS
Geral:
- Avaliar a eficácia da Gameterapia na redução da rigidez articular e na melhoria da mobilidade em pacientes no pós-AVC isquêmico, focando no papel do fisioterapeuta na implementação deste método e na personalização do tratamento para maximizar os resultados.
Específicos:
- Analisar como a Gameterapia pode ser ajustada e aplicada por fisioterapeutas para atender às necessidades específicas de pacientes com rigidez articular no pós-AVC, incluindo a seleção e adaptação de jogos e exercícios;
- Investigar os efeitos da Gameterapia na redução da rigidez articular, na melhora da força muscular e na funcionalidade geral dos pacientes pós-AVC, através de avaliações clínicas e funcionais antes e depois da intervenção;
- Comparar os resultados obtidos com a Gameterapia em relação aos métodos tradicionais de reabilitação, destacando as melhorias na mobilidade articular e na qualidade de vida dos pacientes e evidenciar a eficácia clínica e funcional da Gameterapia neste contexto.
MÉTODO
Este estudo consiste em uma revisão bibliográfica com abordagem quantitativa de caráter exploratório, focando no período de 2018 a 2024 e, o estudo envolveu a seleção de artigos relevantes nas bases de dados Google Acadêmico (Scholar) e Scientific Electronic Library Online (Scielo), com um total de 85 artigos identificados inicialmente e, cesses, foram incluídos 30 artigos que atendiam aos critérios estabelecidos e 10 artigos foram considerados diretamente relevantes, por sua abordagem detalhada e consistente sobre o tema.
A revisão visa analisar detalhadamente a literatura existente sobre a aplicação da Gameterapia na reabilitação de pacientes pós-AVC com rigidez articular e, para aprofundar a análise e garantir uma cobertura mais abrangente do tema, será incorporada uma seleção adicional de dez artigos, que serão escolhidos entre estudos de casos, ensaios clínicos randomizados, estudos epidemiológicos e aplicações de métodos, com foco específico em Gameterapia e fisioterapia no contexto pós-AVC isquêmico. Artigos de revisão bibliográfica não serão utilizados para a tabela de resultados.
A inclusão dos novos artigos será baseada na relevância direta para a Gameterapia como método de tratamento e no impacto observado sobre a rigidez articular em pacientes pós-AVC isquêmico e, serão considerados apenas estudos que apresentem evidências práticas e metodológicas detalhadas, excluindo trabalhos que não se encaixem nos critérios de aplicação direta e avaliação de resultados clínicos e funcionais.
Essa abordagem metodológica permitirá uma análise mais robusta e atualizada, proporcionando uma base sólida para o desenvolvimento de protocolos terapêuticos que integrem a Gameterapia na reabilitação de pacientes pós-AVC com rigidez articular e, a inclusão de novos dados e evidências reforça a relevância do estudo e contribui para a construção de recomendações práticas para especialistas na área.
RESULTADOS
Autores/Ano | Tipo de Estudo | Características da Amostra | Tipos de Intervenção | Principais Variáveis Analisadas | Resultados Significativos |
SCHUSTER-AMFT, C. et al.2018. | Ensaio clínico randomizado e controlado multicêntrico, de grupos paralelos, os pacientes pelo menos 6 meses após o início do AVC foram alocados em um grupo experimental (treinamento baseado em realidade virtual) ou em um grupo controle que recebeu terapia convencional (16×45 minutos em 4 semanas). | 54 pacientes elegíveis. | 22 pacientes foram alocados no grupo experimental e 32 no grupo controle (3 desistências). Os pacientes do grupo experimental e controle melhoraram: o teste de caixa e bloco teve uma média de 21,5±DP 16 na linha de base para uma média de 24,1±DP 17 no acompanhamento; O Inventário de Atividades de Braço e Mão de Chedoke-McMaster significa 66,0±DP 21 na linha de base para significar 70,2±DP 19 de acompanhamento. Uma análise de intenção de tratar não encontrou diferenças entre os grupos. | Desfecho primário: Teste de Caixa e Bloco), função bimanual do membro superior (Inventário de Atividade de Braço e Mão de Chedoke-McMaster) e alterações subjetivas percebidas (Escala de Impacto do AVC). | Os pacientes do grupo experimental e controle mostraram efeitos semelhantes, com a maioria das melhorias ocorrendo nas primeiras duas semanas e persistindo até o final do período de acompanhamento de dois meses. Os pacientes que estavam menos prejudicados (intervalo de 18 a 72 do Teste de Caixa e Bloco) apresentaram maiores melhorias em favor do grupo experimental. Esse resultado pode sugerir que o treinamento baseado em realidade virtual pode ser mais aplicável para esses pacientes do que para pacientes com comprometimento mais grave. |
ÖGÜN, MN. et al.2019. | Estudo controlado randomizado e controlado e duplo-cego. | Os pacientes foram divididos aleatoriamente em grupos VR (n = 33) e controle (n = 32). | O grupo VR recebeu 60 minutos do programa de reabilitação imersiva de RV da extremidade superior e o grupo controle recebeu 45 minutos de terapia convencional e 15 minutos de um programa de RV simulado. A reabilitação consistiu em 18 sessões de terapia, três dias por semana, durante seis semanas. | Em ambos os grupos VR e controle, todos os parâmetros, exceto o PASS, melhoraram com o tempo. No entanto, os resultados do teste t independente mostraram que todos os escores FMUE, ARAT, FIM e PASS foram significativamente maiores no grupo VR em comparação com o controle (p < 0,05). | A reabilitação imersiva de RV pareceu ser eficaz na melhoria da função da extremidade superior e das habilidades de autocuidado, mas não melhorou a independência funcional. |
NOROUZI-GHEIDARI, N.et al.2020. | Um ensaio clínico randomizado piloto de dois braços simples-cego. | Nove sujeitos da intervenção e nove indivíduos do grupo controle completaram o estudo. | As medidas de desfecho utilizadas para eficácia clínica foram: (1) função motora da UE (medida pela Avaliação de Fugl-Meyer-UE (FMA-UE) e pelo teste Box and Block (BBT)); (2) estado de saúde autor referido (medido pela Escala de Impacto do AVC (SIS)); e (3) medida autor relatada do uso de UE (medida pelo Registro de Atividade Motora (MAL)). Estes foram medidos em três momentos: Pré (linha de base) ou T0, pós-intervenção ou T1 e acompanhamento de 4 semanas ou T2 para ambos os grupos. | O grupo intervenção teve pelo menos duas sessões extras por semana, com duração média de 44 min por sessão e sem eventos adversos graves (quedas, tontura ou dor). As medidas de eficácia mostraram melhorias estatisticamente significativas nas atividades da vida diária (ou seja, MAL-QOM (registro de atividade motora-qualidade do movimento) e nos domínios mobilidade e físico do SIS (escala de impacto do AVC) com diferença média de 1,0%, 5,5% e 6,7% entre o grupo de intervenção e controle, respectivamente) no pós-intervenção. | O uso da tecnologia de exergaming de realidade virtual como adjuvante da terapia tradicional é viável e seguro na reabilitação pós-AVC e pode ser benéfico para a recuperação funcional dos membros superiores. |
JONSDOTTIR, J. et al.2021. | Este foi um estudo de controle randomizado. | Trinta e quatro pacientes ambulatoriais com AVC crônico (idade média de 55 anos, DP 13,7) participaram. | O protocolo HEAD VR foi administrado em duas fases consecutivas: Fase I na clínica (ClinicHEAD) consistindo em 4 semanas de 12 sessões supervisionadas de reabilitação HEAD (45 min), incluindo tarefa motora, cognitiva e dupla para todos os participantes; A Fase II em casa (HomeHEAD) consistiu em 60 sessões das mesmas atividades de RV, 5 vezes/semana durante 3 meses. Todos os participantes do ClinicHEAD foram alocados (proporção 1:2) para continuar com a reabilitação domiciliar tele monitorada (HH, N = 11) ou para seguir os cuidados habituais (UC, N = 23). A avaliação cega foi realizada no início do estudo, após o ClinicHEAD, após 3 meses de HomeHEAD e aos 3 meses de acompanhamento. | O protocolo HEAD foi viável com boa adesão tanto na fase ClinicHEAD (92%) quanto na fase HomeHEAD (89%), juntamente com boa percepção de satisfação do sistema. | O protocolo HEAD VR foi viável na tele reabilitação clínica e domiciliar para pessoas na fase crônica após o AVC. Na clínica, a abordagem foi eficaz no aumento das habilidades motoras e cognitivas e, em casa, foi eficaz na manutenção da mobilidade funcional a longo prazo, indicando sua utilidade na continuidade do cuidado. |
AIN, QUl. et al.2021. | Ensaio clínico randomizado de braço paralelo. | Cerca de 85 pacientes foram selecionados para recrutamento no estudo. Cinquenta e seis pacientes que atenderam ao critério estabelecido foram divididos em dois grupos: o grupo de treinamento Xbox Kinect (n = 28) e o grupo de treinamento físico (n = 28). Houve seis desistências por motivos pessoais e problemas de transporte. A análise final incluiu 50 participantes. | Os participantes receberam uma intervenção por seis semanas. O grupo experimental recebeu treinamento de reabilitação baseado em treinamento do Xbox Kinect para extremidades superiores, juntamente com a terapia de exercícios convencional, enquanto o grupo de controle ou grupo de treinamento de exercícios recebeu apenas terapia de exercícios convencionais para treinar a função dos membros superiores. A duração da intervenção foi a mesma para ambos os grupos de intervenção. | Houve diferenças significativas dos escores pré e pós-intervenção de FMA-UE e BBT (p < 0,001) em ambos os grupos, enquanto nenhuma diferença foi observada para MOCA (valor de p XKTG 0,417, valor de p ETG 0,113). No seguimento de seis semanas, houve diferenças significativas entre os dois grupos no escore total da FMA-UE (p < 0,001), movimento volitivo dentro das sinergias (p < 0,001), punho (p = 0,021), mão (p = 0,047), preensão (p = 0,006) e coordenação/velocidade (p = 0,004), favorecendo o grupo de treinamento do Xbox Kinect. | Os resultados indicam que o uso repetitivo da extremidade superior hemiparética pelo treinamento de reabilitação de membros superiores baseado no Xbox Kinect, além da terapia convencional, tem um potencial promissor para melhorar a função motora do membro superior em pacientes com AVC. |
HERNANDEZ, A. et al.2022. | Estudo controlado randomizado. | Um total de 51 participantes com AVC crônico foram randomizados para tratamento (n = 26, 51%; Sistema Jintronix) ou tratamento padrão (n = 25, 49%; programa doméstico padronizado do kit do Programa Suplementar de Braço Repetitivo Graduado). | Os participantes foram avaliados no início (antes), imediatamente após a intervenção (depois) e no acompanhamento (4 semanas). A medida de desfecho primário foi a Avaliação de Fugl-Meyer para UE (FMA-UE). As medidas de resultados secundários incluíram a Escala de Impacto do AVC e uma versão resumida do Registro de Atividade Motora-14. O número de sessões autor relatado foi registrado para o grupo de tratamento padrão. | Um total de 9 participantes no grupo de tratamento atingiu ou superou a diferença mínima clinicamente importante nas pontuações para o FMA-UE, com 7 (78%) deles tendo função basal baixa ou moderada do braço, em comparação com 3 (33%) participantes no grupo de tratamento padrão. Além disso, 56% (9/16) dos participantes do grupo de tratamento que se envolveram ativamente com o sistema alcançaram a diferença clinicamente importante mínima para o FMA-UE, em comparação com nenhum para os 0% (0/10) participantes menos ativos. | Esses achados sugerem que o treinamento de UE para sobreviventes de AVC crônico usando reabilitação virtual em sua casa pode ser tão eficaz quanto um programa de exercícios domiciliares padrão-ouro e que aqueles que mais usaram o sistema alcançaram a maior melhora na função da ENP, indicando sua relevância para ser incluído como parte dos serviços de reabilitação contínuos. |
ZAK, M. et al.2022. | Estudo controlado randomizado. | Um total de 60 idosos residentes na comunidade (acima de 75 anos de idade) foram recrutados para o protocolo do estudo. | Divididos aleatoriamente em quatro grupos de estudo de tamanhos iguais (VR, CVR, OCULUS e o grupo de programa clássico (OTAGO), e as sessões de fisioterapia foram realizadas nas casas dos sujeitos por 3 semanas, 3 vezes por semana, por 30 minutos em cada grupo. | O uso de um ambiente de realidade virtual (RV) no manejo fisioterapêutico de idosos residentes na comunidade melhorou sensivelmente o desempenho funcional individual, especialmente em termos de equilíbrio estático. O gerenciamento da fisioterapia auxiliado por soluções de tecnologia de RV oferece uma alternativa viável aos regimes fisioterapêuticos tradicionais (por exemplo, programa OTAGO) para melhorar o desempenho funcional individual. | A solução SALAS DE REABILITAÇÃO ABRANGENTE DE REALIDADE VIRTUAL (VRCRR) projetada de forma inovadora pode ajudar na busca de um programa complexo de fisioterapia individualmente dentro do próprio ambiente doméstico. |
HUANG, Q. et al.2022. | Estudo controlado randomizado e simples-cego. | 40 indivíduos designados aleatoriamente para o grupo imVR ou controle (alocação 1:1), cada um recebendo reabilitação 5 vezes por semana durante 3 semanas. | Os indivíduos do grupo imVR receberam RV imersiva e reabilitação convencional, enquanto os do grupo de controle receberam apenas reabilitação convencional. | As análises de intenção de tratar (ITT) e por protocolo (PP) demonstraram a eficácia da reabilitação de UE baseada em imVR no AVC subagudo. O escore FMA-UE foi significativamente maior no grupo imVR em comparação com o grupo controle no pós-intervenção (diferença média: 9,11, IC 95% (1,57-16,64); p = 0,019 (ITT); 12,46, IC 95% (4,56 -20,36); p = 0,003 (PP)) e no seguimento (diferença média: 11,47, p = 0,020 (ITT); 18,85, IC 95% (6,01-31,69); p = 0,006 (PP)). | A reabilitação baseada em imVR é uma ferramenta de reabilitação eficaz que pode melhorar a recuperação das capacidades funcionais da UE de pacientes com AVC subagudo quando adicionada ao tratamento padrão. Essas melhorias estão associadas a reorganizações cerebrais distintas em dois pontos de tempo pós-AVC. Os resultados do estudo beneficiarão futuros pacientes com AVC e podem fornecer um novo e melhor método de reabilitação do AVC. |
ANWAR, N. et al. 2022. | Ensaio clínico randomizado cego para avaliador. | 74 participantes com seu primeiro AVC crônico foram incluídos e reabilitados em um ambiente clínico. | O método de loteria foi usado para designar aleatoriamente os pacientes para o grupo VR (n = 37) ou para o grupo de fisioterapia de rotina (n = 37). | O grupo de RV recebeu uma sessão de 1 hora de treinamento de RV por 3 dias da semana durante 6 semanas, e o grupo de fisioterapia de rotina recebeu diferentes exercícios de alongamento e fortalecimento. As ferramentas de medição de resultados foram a Escala de Equilíbrio de Berg para equilíbrio e a escala de Avaliação de Fugl-Meyer (extremidade superior) para avaliação sensório-motora, dor articular e amplitude. A avaliação foi feita no início do tratamento e após as 6 semanas de intervenção. | O estudo foi concluído por 68 pacientes. Uma diferença significativa entre os dois grupos foi encontrada no escore da Escala de Equilíbrio de Berg (P<,001), Avaliação de Fugl-Meyer para função motora (P=0,03) e Avaliação de Fugl-Meyer para dor articular e amplitude articular (P<,001); no entanto, não foi observada diferença significativa (P = 0,19) na Avaliação de Fugl-Meyer para a sensação da extremidade superior. |
OLIVEIRA, MJFR. 2023. | Trata-se de um estudo observacional, clínico, transversal, de caráter quantitativo, que testou e comparou uma plataforma de jogo de baixo custo desenvolvida para o treinamento de equilíbrio de pacientes pós AVC com testes funcionais. | Para o projeto piloto, foram recrutados 4 (quatro) indivíduos saudáveis, de ambos os gêneros, para direcionar o ajuste e aprimorar a plataforma desenvolvida. | Para o projeto piloto tivemos um n = 4, observando seus desempenhos com suas respostas da SUS, é possível perceber que esse desempenho no jogo influenciou diretamente nas suas respostas sobre a usabilidade da plataforma. Quanto à pesquisa definitiva, tivemos um n = 8, maioria masculina (62,5%), idade média de 60,88 ± 11,67 anos, maioria sofreu um AVC isquêmico (62,5%) com o hemicorpo esquerdo comprometido (75%) com um tempo de 6,75 ± 4,33 anos de lesão. | Foram encontradas correlações significativas entre idade e a pontuação feita na “Game Balance” (Pearson’s ρ =-0,743; p valor = 0,035), também entre os pontos e o tempo de atividade na plataforma (Pearson’s ρ =-0,738; p valor = 0,037) e entre o equilíbrio dos membros na plataforma e a escala de Rankin (Pearson’s ρ =-0,745; p valor = 0,034). | Encontramos algumas relações entre as variáveis do dispositivo e as condições físicas da população selecionada. |
DISCUSSÃO
O estudo (4) comparou treinamento em realidade virtual com terapia convencional em pacientes com AVC isquêmico, envolvendo 54 participantes em um ensaio clínico randomizado. Divididos entre realidade virtual e terapia convencional, ambos grupos passaram por sessões de 45 minutos durante 4 semanas. Avaliações de destreza e função do membro superior, usando o Teste de Caixa e Bloco e o Inventário de Atividade de Braço e Mão de Chedoke-McMaster, não mostraram diferenças significativas entre os grupos. No entanto, pacientes com comprometimento motor moderado se beneficiaram mais com a realidade virtual, indicando que esse método pode ser mais eficaz para pacientes com menos limitações motoras.
Conforme (8) avaliou, a eficácia da realidade virtual (VR) imersiva na reabilitação de extremidades superiores em pacientes com AVC isquêmico, usando um ensaio clínico randomizado e duplo-cego com 65 pacientes. O grupo VR imersiva recebeu 60 minutos de reabilitação por sessão, enquanto o grupo controle teve 45 minutos de terapia convencional e 15 minutos de VR falsa. Após 18 sessões em 6 semanas, ambos os grupos melhoraram, exceto na Avaliação de Desempenho de Habilidades de Autocuidado (PASS). No entanto, o grupo VR mostrou escores significativamente melhores em FMUE, ARAT, FIM e PASS (p < 0,05), indicando maior eficácia da VR imersiva na função da extremidade superior e habilidades de autocuidado, mas com impacto limitado na independência funcional.
De acordo com (13), a segurança e viabilidade do uso de exergames de realidade virtual, como o sistema Jintronix, como complemento à terapia tradicional para sobreviventes de AVC. Em um ensaio clínico piloto, 18 participantes foram divididos entre grupo intervenção, que recebeu sessões adicionais de exergaming, e grupo controle. O grupo intervenção teve sessões extras de 44 minutos, sem eventos adversos graves. Os resultados mostraram melhorias significativas nas atividades diárias (MAL-QOM) e nos domínios de mobilidade e físico da Escala de Impacto do AVC (SIS). Concluiu-se que o exergaming é uma intervenção segura e viável, com benefícios na recuperação funcional dos membros superiores.
Do ponto de vista (14), o impacto do treinamento com Xbox Kinect em combinação com exercícios de fisioterapia em pacientes com AVC. Em um ensaio clínico randomizado com 56 participantes, os grupos foram divididos entre o Xbox Kinect e a fisioterapia convencional. Ambos os grupos mostraram melhorias nas avaliações de Fugl-Meyer para Extremidade Superior (FMA-UE) e no Teste de Caixa e Bloco (BBT), mas o grupo Xbox Kinect teve resultados superiores em função motora, incluindo movimento volitivo, preensão, coordenação e velocidade (p < 0,001). Não houve diferenças significativas nas funções cognitivas entre os grupos. O estudo conclui que o Xbox Kinect pode melhorar a função motora do membro superior em pacientes com AVC.
A investigação de (18), sugere a viabilidade e eficácia da abordagem Human Empowerment Aging and Disability (HEAD) para reabilitação motora e cognitiva em pacientes com AVC crônico. Trinta e quatro participantes passaram por duas fases: ClinicHEAD (12 sessões supervisionadas em 4 semanas) e HomeHEAD (60 sessões tele monitoradas ao longo de 3 meses). Os resultados mostraram alta adesão (92% na clínica e 89% em casa) e satisfação com o sistema. ClinicHEAD melhorou significativamente a mobilidade funcional (TC2, p = 0,02) e a cognição (MoCA, p = 0,003). Após 3 meses, os pacientes que seguiram o HomeHEAD mantiveram melhor a mobilidade funcional em comparação ao grupo de cuidados habituais. O protocolo HEAD foi viável e eficaz na continuidade do cuidado pós-AVC.
A análise de (20), avaliou a eficácia da reabilitação de extremidade superior (UE) com Realidade Virtual Imersiva (imVR) em pacientes com AVC subagudo. Em um ensaio randomizado com 40 participantes, o grupo imVR recebeu reabilitação imersiva e convencional, enquanto o grupo controle apenas reabilitação convencional. Os resultados mostraram melhorias significativas nos escores de Fugl-Meyer (FMA-UE) e no Índice de Barthel (IB) no pós-intervenção e no acompanhamento de 12 semanas, com reorganizações cerebrais associadas à recuperação motora. O estudo concluiu que a imVR é uma ferramenta eficaz para melhorar a função motora e funcional dos membros superiores em pacientes com AVC subagudo.
O estudo de (21) avaliou o impacto da realidade virtual (VR) na fisioterapia de idosos com mais de 75 anos. Sessenta participantes foram divididos em quatro grupos (VR, CVR, OCULUS e OTAGO), e as sessões de Fisioterapia ocorreram em suas casas por 3 semanas. Os resultados mostraram que o grupo OTAGO teve melhor desempenho na marcha (POMA G), enquanto o grupo OCULUS apresentou melhores resultados em equilíbrio estático e no teste TUG. O uso da VR mostrou-se eficaz na melhoria do desempenho funcional, especialmente no equilíbrio, oferecendo uma alternativa viável aos métodos tradicionais de Fisioterapia.
A observação do (22) investigou a eficácia da reabilitação baseada em realidade virtual (VR) em comparação com um programa de exercícios domiciliares para sobreviventes de AVC crônico. Cinquenta e um participantes foram divididos entre o grupo VR e o grupo de tratamento padrão. Os resultados mostraram que não houve diferenças estatísticas significativas entre os grupos, mas ambos apresentaram melhorias na função da extremidade superior (FMA-UE) após a intervenção. Os participantes que usaram o sistema VR com maior frequência apresentaram maior melhora na função do braço, sugerindo que a reabilitação virtual pode ser uma opção eficaz para continuidade dos cuidados domiciliares.
A comparação de (23) foi sobre os efeitos do treinamento em realidade virtual (VR) com a fisioterapia de rotina no equilíbrio e função sensório-motora de pacientes com AVC crônico. Setenta e quatro pacientes foram divididos em dois grupos, recebendo 6 semanas de treinamento em VR ou fisioterapia convencional. Os resultados mostraram melhorias significativas no equilíbrio (Escala de Equilíbrio de Berg) e função motora (Avaliação de Fugl-Meyer) no grupo VR em comparação com o grupo de fisioterapia, mas não houve diferença significativa na sensação do membro superior. O estudo concluiu que o treinamento em VR pode ser uma alternativa eficaz para aumentar a capacidade funcional de pacientes com AVC.
Em suma, (24) avaliou a eficácia da plataforma de jogo “Game Balance” para pacientes pós-AVC, comparando seu desempenho com testes funcionais tradicionais. No estudo, 12 indivíduos participaram, sendo 4 saudáveis e 8 pacientes pós-AVC. O “Game Balance” foi testado quanto à usabilidade e à correlação com escalas clínicas como MEEM, FAC, mCTSIB, NIHSS, mRS e Fugl-Meyer. Resultados mostraram correlações significativas entre a pontuação na plataforma e variáveis como idade, tempo de atividade e equilíbrio dos membros, indicando que o jogo pode refletir aspectos do estado físico dos pacientes. O estudo conclui que há relações entre as variáveis do dispositivo e as condições físicas dos pacientes selecionados.
CONCLUSÃO
Tendo em vista os aspectos mencionados, a Gameterapia representa uma abordagem inovadora e eficaz na reabilitação de pacientes no pós-AVC isquêmico e, a aplicação personalizada deste método tem demonstrado reduzir a rigidez articular e melhorar a mobilidade, promovendo avanços na força muscular e na funcionalidade geral dos pacientes. A fisioterapia aliada com o método da utilização da Gameterapia pode oferecer benefícios adicionais significativos, não apenas em termos de mobilidade articular, mas também na qualidade de vida, assim, o papel do fisioterapeuta na adaptação e implementação da Gameterapia é primordial para maximizar os resultados e oferecer uma alternativa valiosa no tratamento pós-AVC.
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1 Orientador; Graduado em Fisioterapia; especialista em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapias Manuais;
2Graduanda em Fisioterapia da Universidade Paulista (UNIP); UP21123413
3Graduanda em Fisioterapia da Universidade Paulista (UNIP); UP21115304
4Graduanda em Fisioterapia da Universidade Paulista (UNIP); UP21104889
5Graduando em Fisioterapia da Universidade Paulista (UNIP); UP21120806
6Graduanda em Fisioterapia da Universidade Paulista (UNIP); UP21123016
Os autores declaram não haver conflitos de interesse
Universidade Paulista – Curso de Fisioterapia – Manaus – AM – 2024