CORTICOSTEROIDS: A STUDY ON THE ADVERSE EFFECTS ONHUMAN HEALTH IN RELATION TO PROLONGED USE AND THE ROLE OF THE PHARMACIST
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202410142149
Sibele Dos Santos Lima1,
Talita Brito De Oliveira2.
RESUMO
Atualmente, os glicocorticoides são amplamente utilizados na medicina para tratar diversas doenças, pois apresentam efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores que proporcionam alívio de sintomas. Os corticosteroides são hormônios naturalmente sintetizados pelo corpo humano, sendo o cortisol o principal entre eles. Esses hormônios desempenham funções cruciais no controle do metabolismo de nutrientes, como carboidratos, proteínas e lipídios, contribuindo para o equilíbrio energético do organismo. Este estudo tem como objetivo examinar os riscos relacionados ao uso prolongado de corticoides, com foco na administração de prednisona em grupos de risco. A metodologia aplicada consiste na avaliação dos riscos associados ao uso de corticosteroides e destaca o papel do farmacêutico na orientação para o uso racional desses medicamentos. O estudo é uma revisão crítica da literatura, adotando uma abordagem descritiva e comparativa baseada em fontes científicas.
Palavras-chave: Glicocorticoides. Pressão Arterial. Diabetes Mellitos. Alteração Fisiológica. Metabolismo.
ABSTRACT
Glucocorticoids are currently used in medicine to cure or treat a variety of diseases, as they have antiinflammatory and immunosuppressive effects that relieve various symptoms. Corticosteroids are hormones naturally synthesized by the human body, the main one being cortisol. These hormones perform important functions, such as controlling the metabolism of nutrients, including carbohydrates, proteins and lipids, which helps the body’s energy balance. This research aims to examine the risks related to the prolonged use of corticosteroids, specifically the administration of prednisone in a group at risk of corticosteroid administration.
The methodology applied addresses the assessment of risks associated with corticosteroid treatment and highlights the role of the pharmacist in guiding the rational use of these drugs. The study is a critical review of the literature, adopting a descriptive and comparative approach, based on scientific sources.
Keywords: Glucocorticoids. Blood pressure. Diabetes Mellitus. Physiological changes. Metabolism.
1. INTRODUÇÃO
Os corticosteroides, descobertos na década de 1940, são amplamente utilizados no tratamento de diversas doenças inflamatórias e imunológicas, como asma, reações alérgicas, dermatites, artrite reumatoide e algumas condições oncológicas (STANBURY & GRAHAM, 1998; DE BOSSCHER et al., 2010). Apesar dos benefícios terapêuticos significativos, o uso desses medicamentos deve ser cauteloso, devido à ampla gama de efeitos colaterais que podem ocorrer durante seu uso prolongado (DE ALMEIDA, 2023).
No entanto, seu uso sistêmico e prolongado está associado a sérios efeitos colaterais, muitos dos quais decorrem de suas ações catabólicas em tecidos mesenquimais. Entre os principais efeitos adversos, destacam-se a atrofia da pele, fraqueza muscular e osteoporose. Esses efeitos limitam o uso específico desses medicamentos, mesmo em casos em que são necessários. (STANBURY & GRAHAM, 1998; DE BOSSCHER et al., 2010). Devido ao alto índice de prescrição de corticosteroides é fundamental conhecer seus possíveis efeitos colaterais para garantir seu uso responsável, priorizando sempre a segurança do paciente e os melhores resultados terapêuticos. (DE ALMEIDA,2023).
Devido a essas possíveis reações adversas, é fundamental a criação de estratégias terapêuticas eficazes, com o intuito de interferir e racionalizar o uso de medicamentos. Essas práticas devem ser realizadas de forma constante entre a população, com o objetivo de reduzir possíveis problemas relacionados ao uso inadequado de medicamentos, refletindo, assim, na melhoria da qualidade da saúde e de vida destas pessoas (OLIVEIRA; CORRADI, 2018).
Nesse cenário, o farmacêutico desempenha um papel fundamental na aplicação de estratégias terapêuticas voltadas para o uso racional de medicamentos, em função dos riscos que o uso inadequado pode representar, bem como, seus efeitos adversos (BARBERATO; SCHERER & LACOURT, 2019).
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. Corticoides
Os corticosteroides são hormônios naturalmente sintetizados pelo corpo humano, sendo o cortisol o principal entre eles. Esses hormônios atuam em funções importantes, como o controle do metabolismo de nutrientes, incluindo carboidratos, proteínas e lipídios, o que auxilia no equilíbrio energético do organismo. Eles aumentam a disponibilidade de energia para o corpo, ajudando no enfrentamento de doenças. Além disso, os corticosteroides possuem propriedades anti-inflamatórias e imunossupressoras, o que significa que prejudicam a atividade do sistema imunológico, evitando respostas excessivas aos agentes agressores (UFMG, 2024).
3. PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS DE PREDSIM
3.1. Doenças do Colágeno
As doenças osteomusculares surgem devido a um desequilíbrio entre a regeneração e a degradação da cartilagem articular. Embora esse processo seja parte natural do envelhecimento, fatores como traumas, uso de tabaco, consumo de álcool e sedentarismo podem acelerar o desgaste (GONÇALVES, 2021). A cartilagem articular é formada por 66 a 80% de água e 20 a 34% de sólidos. Dentre os sólidos, a maioria é composta por componentes orgânicos, como o colágeno tipo II e as proteoglicanas, enquanto a parte menor é constituída de componentes inorgânicos, como a hidroxiapatita (REZENDE M, 2007 & MOTA L, 2015). O colágeno é uma proteína fibrilar responsável por proporcionar resistência ao tecido e absorver o impacto das forças a que as articulações diartrodiais estão sujeitas. Com o passar dos anos, essa proteína sofre danos, resultando em redução de sua espessura e força., (CRUZ D.S, 2021).
As doenças osteoarticulares podem ser causadas por diversos fatores, incluindo predisposição genética, envelhecimento, alimentação inadequada, consumo de cigarro e álcool, questões emocionais, sedentarismo e o uso excessivo de tratamentos contínuos. Atividades como exercícios que sobrecarregam os joelhos, subir escadas com frequência, levantar peso, passar longos períodos em pé ou caminhar em terrenos irregulares também podem agravar essas condições (SILVA, 2012 & CRUZ D.S, 2021).
3.2. Desordem Autoimunes
As doenças autoimunes formam um grupo diversificado de condições, cujas causas ainda não são totalmente esclarecidas. Essas doenças envolvem a interação de diversos fatores que regulam importantes processos moleculares e celulares no organismo e no sistema imunológico. Quando essas vias são alteradas, o corpo perde a capacidade de manter a tolerância às suas próprias moléculas. Entre os fatores que evitam essa falha estão variações genéticas, status hormonal, exposição a substâncias externas, infecções, influências epigenéticas (que envolvem a interação entre genes e ambiente), dieta e estresse (ZAAHURM, 2013; BOLON B, 2012).
3.3. Lúpus
Os lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune de natureza sistêmica e episódica, caracterizada por especificidade generalizada dos vasos sanguíneos e do tecido conjuntivo, além da presença de anticorpos antinucleares (ANA), especialmente anticorpos anti-DNA de cadeia dupla. A doença pode se manifestar em qualquer idade, sendo mais comum em mulheres. As causas do LES são consideradas multifatoriais, envolvendo a exposição a fatores ambientais, predisposição genética, infecções virais, como as causadas pelo vírus Epstein-Barr e citomegalovírus, além do uso de medicamentos como sulfas e alguns antiarrítmicos e outros (PUERTA-GÓMEZ, 2008).
4. PREDSIM
A prednisona e a prednisolona são medicamentos classificados como antiinflamatórios esteroides ou corticosteroides. Ambos exercem potente efeito antiinflamatório1 e imunossupressor, o que lhes remete ao uso em várias situações clínicas. Entre elas: doenças reumáticas, doenças inflamatórias intestinais, algumas neoplasias malignas, insuficiência e hiperplasia suprarrenal, doenças imunopáticas e condições alérgicas, asma, desordem sistema respiratório (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017; EBSCO, 2017; KLASCO, 2017).
A prednisolona é um esteroide sintético com propriedades principalmente glicocorticoides, que reproduz algumas das funções dos glicocorticoides endógenos. No entanto, certos efeitos só são observados quando administrados em doses terapêuticas elevadas. Os efeitos farmacológicos associados às suas propriedades glicocorticoides incluem o estímulo da gliconeogênese, aumento do armazenamento de glicogênio hepático, inibição da utilização de glicose, atividade anti-insulínica, maior catabolismo proteico, aumento da lipólise, estímulo à síntese e armazenamento de gordura, além de aumento da taxa de filtração glomerular, resultando em maior excreção de urato, sem alteração na excreção de creatinina, e maior eliminação de cálcio (DA COSTA, 2024).
Os efeitos farmacológicos da prednisolona, devido às suas propriedades glicocorticoides, incluem: estimulação da gliconeogênese, aumento do armazenamento de glicogênio no fígado, inibição do uso da glicose, ação anti-insulínica, intensificação do catabolismo proteico, aumento da lipólise, promoção da síntese e armazenamento de gordura, elevação da taxa de filtração glomerular, resultando em maior excreção urinária de urato (sem alteração na excreção de creatinina) e aumento da excreção de cálcio (COSTA,2024).
5. DETERMINANTES QUE INFLUENCIAM NA AUTOMEDICAÇÃO CORTICOIDES/PREDSIM
A automedicação pode ser influenciada por carências e hábitos culturais da sociedade, além das percepções e atitudes populares em relação aos medicamentos. É comum que os corticoides sejam usados sem prescrição em crianças com menos de 12 anos e em idosos com mais de 65 anos. Isso é preocupante, pois a pele dessas faixas etárias é mais frágil, aumentando o risco de efeitos adversos tópicos e outros problemas relacionados aos possíveis riscos (TORRES, 2011 apud PARREIRA, 2017).
6. PRINCIPAIS FATORES DE RISCO PARA O USO DE CORTICOIDES
6.1. Pressão Alta
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é definida pela elevação da pressão sanguínea nas artérias, o que força o coração a trabalhar mais do que o normal. Embora seja uma condição crônica e sem cura, ela pode ser controlada por meio de tratamentos contínuos, afetando especialmente a população idosa. De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, aproximadamente um em cada quatro adultos no país tem hipertensão, e a prevalência pode atingir 61% entre pessoas com 65 anos ou mais (QUEIROZ, 2020).
6.2. Diabetes Melittus tipo 2
As mudanças fisiológicas associadas ao envelhecimento, que afetam o aumento da prevalência do diabetes mellitus (DM), são observadas no pâncreas, a glândula responsável pela secreção de insulina, que passa por significativo, tais como, redução de massa e estreitamento dos ductos, que acabam refletindo em alterações funcionais notáveis. As alterações estruturais e secretórias acometem uma redução da secreção de insulina, o que explica a redução da sensibilidade periférica a esse hormônio. Assim, o idosos apresentam maior suscetibilidade a diabetes mellitus tipo 2 (FREITAS & PY, 2013 apud RIBEIRO, 2020).
O diabetes tipo 2 é o mais comum entre os idosos, resultado de uma maior resistência à ação da insulina nas células. Esse processo envolve a captação de hormônios pelas células, levando ao aumento dos níveis de glicose no sangue, conhecido como hiperglicemia (SANTOS, 2012 apud RIBEIRO, 2020).
7. EFEITOS ADVERSOS Á SAÚDE
Os glicocorticoides (GC) podem causar diversos efeitos adversos, especialmente quando administrados em altas doses ou por longos períodos. Embora sejam uma das terapias mais eficazes para tratar diversas doenças, o recebimento dos efeitos colaterais sistêmicos tem levado muitos profissionais a considerar alternativas. Compreender as possíveis complicações do uso de GC a médio e longo prazo, assim como as estratégias para reduzi-las, pode ajudar os profissionais a escolherem a droga adequada, bem como a via de administração, dose e forma de tratamento (SCHEIBEL., et al., 2017).
Durante o tratamento prolongado com glicocorticóides (GC), é importante estar atento à possível perda de massa óssea, o que pode aumentar o risco de fraturas. Recomenda-se um monitoramento anual da densidade mineral óssea, além da suplementação de cálcio e vitamina D. O crescimento longitudinal em crianças também pode ser significativamente afetado, e devese adotar medidas para minimizar esse impacto, como o uso de uma dose única pela manhã, redução do tempo de tratamento, associação com outros medicamentos ou o uso de pulsoterapia com metilprednisolona, reduz ou suspende o uso de GC oral, especialmente durante a puberdade (PADEH, 2017).
Ao longo da com corticosteroides, é necessário ficar atendo a ingestão de menor quantidade de sódio e uma dieta adequada poderão ser úteis no controle da pressão arterial, das estrias cutâneas e da hipercolesterolemia. Avaliação oftalmológica pelo risco de catarata subcapsular ou glaucoma e da glicemia deverá ser lembrada (CHROUSOS, 2017).
8. ATENÇÃO E ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
O Uso Racional de Medicamentos (URM) é uma das principais diretrizes da Política Nacional de Medicamentos (PNM) e da Política Nacional de Assistência Farmacêutica (Pnaf). Nos últimos anos, essa questão tem ganhado destaque tanto no cenário nacional quanto no internacional. Para que o URM seja efetivamente promovido, é crucial que informações imparciais e livres de conflitos de interesse sobre os medicamentos sejam amplamente disseminadas, facilitando sua implementação por governos e pela sociedade (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021).
O Ministério da Saúde (2021), destaca-se o papel essencial da Assistência Farmacêutica na promoção do Uso Racional de Medicamentos (URM), por meio de uma abordagem multiprofissional, intersetorial e transversal. Esse processo enfrenta desafios importantes, devido à complexidade das necessidades de saúde da população e à diversidade dos modelos de gestão e financiamento dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse cenário, o Comitê Nacional para Promoção do Uso Racional de Medicamentos desempenha um papel orientador, com o objetivo de fortalecer o SUS, que representa uma conquista significativa para a sociedade brasileira
Segundo o Conselho Federal de Farmácia – CFF, (2023), essa regulamentação oferece benefícios como a ampliação do acesso aos medicamentos e um controle mais eficaz dos gastos relacionados à assistência à saúde. Nesse contexto, a atuação do farmacêutico é destacada como uma das principais estratégias para promover o uso consciente de medicamentos, sendo fundamental na educação da população sobre os riscos da automedicação. A prática profissional do farmacêutico visa, acima de tudo, beneficiar o paciente. (CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA, 2023; MARTINS, 2019; ANDRADE et al, 2023). Com isso, o farmacêutico tem um papel fundamental no acompanhamento da terapia de corticoides, pois esses medicamentos são frequentemente indicados para o tratamento de diversas doenças, e é importante conscientizar a população sobre os possíveis efeitos adversos que podem surgir devido a vários fatores, como predisposição genética, envelhecimento, alimentação elétrica, tabagismo, consumo de álcool, questões emocionais, sedentarismo e o uso prolongado de tratamentos contínuos (SILVA, 2012; CRUZ D.S, 2021).
No entanto, a Assistência Farmacêutica só pode ser realizada de maneira adequada por um profissional qualificado para essa função. Nesse contexto, o farmacêutico assume um papel central na implementação de estratégias que promovam o uso racional de medicamentos, devido aos riscos associados ao uso incorreto. Além disso, a atuação do farmacêutico é essencial para garantir a qualidade da Assistência Farmacêutica, o que impacta diretamente na eficiência dos sistemas de saúde e no sucesso dos tratamentos medicamentosos. (BARBERATO; SCHERER & LACOURT, 2019).
9. METODOLOGIA
9.1. Tipo De Estudo e Fonte de Dados
Trata-se de um estudo direcionado a revisão sistemática de literatura, que segue as instruções do formulário “Preferred Reporting Items for Systematic reviews and MetaAnalyses” (PRISMA). A metodologia aplicada de bibliográficas que abordam a avaliação dos grupos de risco para o tratamento de corticosteroides e destacar o papel do farmacêutico na orientação para o uso racional desses medicamentos. O estudo é uma revisão crítica da literatura, adotando uma abordagem descritiva e comparativa, com base em fontes científicas. Foi utilizado como fonte de dados bibliografias referente ao uso de corticoides, especificamente a prednisolona, detalhes sobre os efeitos adversos na saúde humana em relação ao uso prolongado será descrito ao logo da pesquisa.
9.2. Base De Dados
A base de dados utilizada, foi estruturada por meio de acesso ao Capes nos bancos de dados PubMed e SCIELO (Scientific Eletronic Libray Online), Google Acadêmico, além da utilização de livros com complementação da busca no acervo da biblioteca setorial da Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO).
9.3. Descritores
Foi utilizado descritores pré-definidos, “Glicocorticoides” “Pressão Arterial”, “Diabetes Mellitos” “Alteração Fisiológica” “Metabolismo”. Nos artigos avaliados, sobrepomos as referências mais citadas e consequentemente de maior relevância acadêmica.
9.4. Critérios De Inclusão
Para os critérios de inclusão, foram selecionados literaturas e artigos em língua portuguesa publicados no período de 2017 a 2024, que oferecessem informações sobre o tema do trabalho.
9.5. Critérios De Exclusão
Quanto aos critérios de exclusão, foram eliminados artigos sugeridos pelos bancos de dados semelhantes àqueles já lidos ou sem relação com tema em questão. Foram analisados, respetivamente, os títulos, os resumos e posteriormente o texto completo para dar seguimento à escolha dos artigos que constam nesta revisão.
10. RESULTADOS
10.1. Alterações Fisiológicas
O uso prolongado de corticoides pode gerar diversos efeitos adversos à saúde, como alterações fisiológicas significativas. Esses medicamentos afetam o metabolismo dos carboidratos, promovendo o aumento da gliconeogênese hepática e atuando como antagonistas da insulina nos tecidos periféricos, o que pode resultar em hiperglicemia devido à menor captação de glicose pelo músculo e tecido adiposo. No metabolismo proteico, os corticoides inibem a síntese de proteínas e aumentam o catabolismo, levando a um balanço nitrogenado negativo e à redução da massa muscular. Além disso, no metabolismo lipídico, altas doses de corticoides podem elevar os níveis de VLDL e LDL. (NAYAK et al., 2017).
Há estudos que indicam que o uso prolongado de corticoides pode acarretar o desenvolvimento de catarata subcapsular posterior, glaucoma com risco de danos ao nervo óptico e aumentar a probabilidade de infecções oculares secundárias causadas por fungos ou vírus (COSTA, 2024).
Em doses elevadas, assim como doses regulares, podem resultar em aumento da pressão arterial, retenção de sal e água, além de maior excreção de potássio. Esses medicamentos também intensificam a eliminação de cálcio. Em alguns casos, recomenda-se uma dieta com baixo teor de sódio e suplementação de potássio durante o tratamento com corticosteroides. Esses efeitos são menos comuns com corticosteroides sintéticos, exceto em doses elevadas (COSTA,2024).
10.2. Hiperglicemia Causada Por Glicocorticoides
A hiperglicemia causada por glicocorticoides (GC) pode se manifestar logo nas primeiras semanas, geralmente a partir de segunda. Ela é identificada pelo aumento dos níveis de glicose no sangue, especialmente da glicemia pós-prandial, sendo um dos principais sinais de diabetes causados por GC. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento dessa condição incluem obesidade, idade avançada, predisposição genética e inflamação crônica. Além disso, tabagismo, hipertensão arterial e níveis elevados de hemoglobina glicada também são apontados como fatores de risco (NAKAMURA et al., 2021). Devido a isso pacientes com fatores de risco, como idade avançada, obesidade e histórico de diabetes mellitus gestacional, têm maior probabilidade de desenvolver hiperglicemia durante o tratamento com corticoides (HIRSCH; & PAUW, 2017).
10.3. Alterações na Pressão Arterial Sistêmica
Entre os principais efeitos adversos do uso de corticosteroides sistêmicos estão a indução de diabetes mellitus, hipertensão arterial, osteoporose, miopatias, maior suscetibilidade a infecções, doença péptica, alterações psicológicas, problemas oculares, ganho de peso, síndrome de Cushing e sintomas de insuficiência adrenal (especialmente quando há interrupção abrupta após uso prolongado) (NASCIMENTO, et al., 2022). A hipertensão arterial causada pelo uso prolongado de glicocorticoides (GCs) exógenos afeta cerca de 20% dos pacientes. Esse aumento da pressão arterial eleva o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, o que pode resultar em uma duplicação das taxas de mortalidade por cardiopatia isquêmica e acidente vascular cerebral (NASCIMENTO. et al., 2022).
10.4. Síndrome De Cushing
Os glicocorticoides são produzidos na zona fasciculada da glândula adrenal sob o controle do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA), enquanto os mineralocorticoides são sintetizados na zona glomerulosa, em resposta à ativação do sistema renina-angiotensinaaldosterona (SRAA), à hipovolemia ou à hipercalemia. A produção diária de cortisol no organismo varia entre 5 mg/m² e 10 mg/m², podendo aumentar até 100 mg/m² sob situações de estresse (MORGAN, HASSAN-SMITH & LAVERY, 2020). A Síndrome de Cushing (SC) é um dos maiores desafios da Endocrinologia atualmente, caracterizada por um conjunto de anormalidades clínicas resultantes de níveis cronicamente elevados de cortisol ou corticoides no organismo. Os sintomas incluem face arredondada (face em lua), acúmulo excessivo de gordura no tronco, fácil formação de hematomas e membros desproporcionalmente finos.
A produção excessiva de hormônios adrenocorticotróficos (ACTH), frequentemente causada por adenomas hipofisários, é uma das causas orgânicas mais comuns da doença de Cushing, sendo essa condição uma decorrência secundária dessa neoplasia (GUIGNAT & BERTHERAT, 2008; CHABRE, 2014). No entanto, o tratamento deve ser orientado pela causa subjacente da síndrome, considerando também o diagnóstico baseado no histórico de uso de corticoides ou em concentrações séricas elevadas de corticoides (CHAUDHRY & BHIMJI, 2018).
Gráfico: Principais Efeitos Adversos Relacionados ao Uso Prolongado de Corticoides
Fonte: Dados adaptados de Nakamura et al., 2021 e Nascimento et al., 2022, que investigaram os efeitos adversos dos glicocorticoides em pacientes sob tratamento prolongado.
11. DISCUSSÕES
Embora a prednisona proporcione benefícios terapêuticos, é essencial que seu uso seja consciente e supervisionado. Orientações adequadas aos pacientes são fundamentais, pois o uso prolongado de corticoides pode acarretar diversos problemas de saúde. Nesse sentido, os farmacêuticos desempenham um papel vital ao fornecer conselhos sobre medidas preventivas, tanto farmacológicas quanto não farmacológicas, que podem aliviar os sintomas de processos inflamatórios e outras condições. Como profissionais de saúde, os farmacêuticos são essenciais para garantir a segurança no uso de medicamentos, especialmente em resposta às alterações no estado de saúde dos pacientes (CRISÓSTOMO, 2015).
A atuação em serviços clínicos, principalmente em situações autolimitadas, fortalece a profissão e contribui para mitigar os riscos associados à automedicação, é importante implementar políticas públicas e iniciativas educativas que incentivem o uso racional de medicamentos, substituindo práticas alternativas por prescrições profissionais e garantindo maior eficácia nos tratamentos. Por fim, é importante ressaltar que os glicocorticoides devem ser indicados apenas para pacientes com diagnósticos definidos. Em casos duvidosos, seu uso não deve ser recomendado, a fim de evitar o mascaramento de doenças graves, o que dificultaria o diagnóstico e o tratamento precoce, como em situações de leucemias e infeções, colocando a vida do paciente (ORAY, 2016; C. BEAUPERE, 2021 & PAREDES, 2016).
No entanto, a Assistência Farmacêutica só pode ser realizada de maneira adequada por um profissional qualificado para essa função. Nesse contexto, o farmacêutico assume um papel central na implementação de estratégias que promovam o uso racional de medicamentos, devido aos riscos associados ao uso incorreto. Além disso, a atuação do farmacêutico é essencial para garantir a qualidade da Assistência Farmacêutica, o que impacta diretamente na eficiência dos sistemas de saúde e no sucesso dos tratamentos medicamentosos. (BARBERATO; SCHERER & LACOURT, 2019).
12. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Embora a prednisona proporcione benefícios terapêuticos, é essencial que seu uso seja consciente e supervisionado. Orientações adequadas aos pacientes são fundamentais, pois o uso prolongado de corticoides pode acarretar diversos problemas de saúde. Nesse sentido, os farmacêuticos desempenham um papel vital ao fornecer conselhos sobre medidas preventivas, tanto farmacológicas quanto não farmacológicas, que podem aliviar os sintomas de processos inflamatórios e outras condições. Como profissionais de saúde, os farmacêuticos são essenciais para garantir a segurança no uso de medicamentos, especialmente em resposta às alterações no estado de saúde dos pacientes.
A atuação em serviços clínicos, principalmente em situações autolimitadas, fortalece a profissão e contribui para mitigar os riscos associados à automedicação, é importante implementar políticas públicas e iniciativas educativas que incentivem o uso racional de medicamentos, substituindo práticas alternativas por prescrições profissionais e garantindo maior eficácia nos tratamentos. Por fim, é importante ressaltar que os glicocorticoides devem ser indicados apenas para pacientes com diagnósticos definidos. Em casos duvidosos, seu uso não deve ser recomendado, a fim de evitar o mascaramento de doenças graves, o que dificultaria o diagnóstico e o tratamento precoce, como em situações de leucemias e infeções, colocando a vida do paciente.
O farmacêutico desempenha um papel crucial no acompanhamento da terapia com corticoides, já que esses medicamentos são amplamente prescritos para tratar diversas condições de saúde. É essencial que a população seja conscientizada sobre os potenciais efeitos adversos, que podem ser influenciados por fatores como predisposição genética, envelhecimento, dieta inadequada, tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo e o uso prolongado dessas medicações. Os principais fatores de risco para complicações incluem obesidade, idade avançada, predisposição genética e inflamação crônica. Além disso, hábitos como fumar, hipertensão arterial e níveis elevados de hemoglobina glicada também aumentam os riscos, reforçando a importância do acompanhamento contínuo por parte do farmacêutico para garantir um tratamento seguro e eficaz.
Diante dos potenciais reações adversas, torna-se essencial desenvolver estratégias terapêuticas eficazes para regular e otimizar o uso de medicamentos. Essas práticas devem ser continuamente aplicadas à população, com o objetivo de minimizar os problemas decorrentes do uso inadequado de fármacos, promovendo, assim, uma melhoria significativa na qualidade de saúde e de vida das pessoas.
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1Discente do Curso Superior de Farmácia da Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO) e-mail: Bellasantos50@gmail.com
2Docente do Curso Superior de Farmácia da Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO). Mestre em Bioquímica (UNINORTE). e-mail: Talita.Oliveira@fametro.edu.br