IMPACTO DA MICROBIOTA INTESTINAL NO DESENVOLVIMENTO DA ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM MULHERES: UMA REVISÃO

IMPACT OF INTESTINAL MICROBIOTA ON THE DEVELOPMENT OF ANXIETY AND DEPRESSION IN WOMEN: AN REVIEW

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202410141639


Adelaide Batista Dantas da Silva1; Diandra Ordones da Silva1; Laura Corrêa Cavalcante Leite1; Francisca Marta Nascimento de Oliveira Freitas2; Rosimar Honorato Lobo3


RESUMO

A microbiota intestinal pode influenciar positiva ou negativamente a saúde humana e hipóteses de influência da microbiota nos transtornos de depressão e ansiedade têm sido levantadas. O objetivo é avaliar o impacto da microbiota intestinal no desenvolvimento da ansiedade e depressão em mulheres. A metodologia trata-se de uma pesquisa bibliográfica exploratória com abordagem de revisão de literatura a partir dos bancos de dados Scielo e Pubmed. Os resultados foram incluídos 61 trabalhos nesta revisão, dentre revisões sistemáticas, meta-análises e estudos em populações. Comprovadamente há uma correlação entre microbiota intestinal e ansiedade e depressão em mulheres. Como resultado, o uso de prebióticos e probióticos vêm sendo administrados em conjunto com a psicoterapia, como terapias complementares para estes transtornos de humor.

Palavras-chave: intestino-cérebro, microbiota, depressão, mulheres, ansiedade

ABSTRACT

The intestinal microbiota can positively or negatively influence human health, and hypotheses regarding the influence of the microbiota on depression and anxiety disorders have been raised. The objective to evaluate the impact of the intestinal microbiota on the development of anxiety and depression in women. The methodology is an exploratory bibliographic research with a literature review approach from the Scielo and Pubmed databases. A total of 61 studies were included in this review, including systematic reviews, meta-analyses, and population studies. There is a proven correlation between intestinal microbiota and anxiety and depression in women. As a result, the use of prebiotics and probiotics have been administered in conjunction with psychotherapy, as complementary therapies for these mood disorders.

Keyword: intestine-brain, microbiome, mental health, women, anxiety

1.  INTRODUÇÃO

O eixo cérebro-intestino tem sido pauta de muitas discussões, pois há evidência de uma comunicação entre as vias neuronal, endócrina, nutricional e imunológica (Salomão et al., 2021). Estudos indicam que a produção de determinadas moléculas pela microbiota intestinal também podem influenciar a neurofisiologia e a saúde mental humana, visto que muitos neurotransmissores do cérebro humano também são produtos metabólicos de microrganismos intestinais (Dinan; Cryan, 2017; Shoubridge et al., 2022). Mais do que isso, a própria co-evolução humana com os microrganismos intestinais pode ter moldado os nossos padrões de comportamento, tais como a escolha da dieta (Dinan et al., 2015; Trevelline; Kohl, 2022).

Além da influência positiva, destaca-se um impacto negativo na saúde mental que pode ser causado pelo microbiota, tendo em vista que o predomínio de microrganismos patogênicos, devido ao desequilíbrio da flora intestinal, aumenta a liberação de toxinas, a inflamação e a permeabilidade do epitélio intestinal, modulando indiretamente o sistema nervoso, sobretudo o parassimpático (Lau et al., 2021). Este desequilíbrio, disfunção ou perturbação da microbiota intestinal, conhecido como disbiose intestinal, pode ser um indicador e fator contribuinte para inúmeras condições adversas, determinadas doenças ou estados de saúde precários (Trevelline; Kohl, 2022).

Alguns dos mais incidentes distúrbios de saúde mental atuais são a depressão e a ansiedade. Estatísticas apontam que 5,8% dos brasileiros sofrem de Transtorno Depressivo e 9,3% de Transtorno de Ansiedade (CNS, 2023).

Para a Organização Mundial da Saúde, a depressão caracteriza-se por um humor deprimido ou irritável que provoca incapacidades funcionais. Dados da OMS alertam para o agravamento deste quadro no Brasil (CNS, 2023). Entre as pessoas que sofrem com depressão, as mulheres na faixa de 40 anos são as mais afetadas e as maiores consumidoras de medicamentos anti-depressivos (Mazon; Amorim; Brzozowski, 2023).

Já o transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é caracterizado por “preocupações persistentes, excessivas e irrealistas com as coisas cotidianas, sendo essa preocupação de causas multifacetadas, voltada para o futuro, acompanhada por muitos sintomas psicológicos e físicos inespecíficos” (Munir; Takov, 2024).

Diante destas circunstâncias, as mulheres continuam a apresentar um risco maior de desenvolver depressão e ansiedade, sobretudo no período pós-menopausa, influenciado pelas flutuações hormonais intrínsecas, pelas condições contemporâneas da vida urbana e dos conflitos de relacionamentos interpessoais gerados pela sua inserção no mercado de trabalho (Wollersheim, 1993; Zender; Olshansky, 2009). Esta maior predisposição pode também ser influenciada pelo fator etário somado ao gênero (Faravelli et al., 2013).

Entretanto, apesar de sofrerem com os vários sinais e sintomas dos momentos mais importantes de mudanças hormonais, é notável que as mulheres desconhecem ou não identificam a maior parte das alterações hormonais, fisiológicas e emocionais envolvidas nesses processos. Dentre estas alterações fisiológicas, as mudanças na microbiota intestinal podem não ser notadas como fator de risco determinantes e que podem ser modulados (Siddiqui et al., 2022).

Desta maneira, o presente artigo tem como objetivo avaliar o impacto da microbiota na saúde mental de mulheres com idade a partir de 40 anos com ênfase no desenvolvimento da ansiedade e depressão. Através de uma revisão bibliográfica objetivou-se entender o funcionamento do eixo-intestino-cérebro, identificar os fatores no estilo de vida tais como hábitos alimentares, prática de exercícios físicos que influenciam na saúde da mulher, listar os sintomas apresentados na saúde mental que tenham relação com a microbiota intestinal e analisar a importância do uso de medicamentos e suplementos que influenciam na ação da microbiota intestinal.

2. METODOLOGIA

2.1 Tipo de estudo

Este estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica exploratória com abordagem de revisão bibliográfica.

2.2  Coleta de dados

Foram realizadas pesquisas bibliográficas nos bancos de dados Scielo e Pubmed. Na etapa de identificação para o banco de dados Pubmed, foram utilizados os seguintes descritores com operadores booleanos: 1) (gut microbiota) AND (women) AND (depression);

2) (gut microbiota) AND (women) AND (anxiety); 3) (perimenopausal women) AND (gut microbiota); 4) (dysbiosis); 5) (middle aged women) AND (gut microbiota). No Pubmed, os filtros utilizados foram “10 anos”, “revisão sistemática” e “meta-análise”. Para o banco de dados Scielo foram utilizados os seguintes descritores e operadores booleanos: 1) gut microbiota; 2) dysbiosis; 3) depression AND women; 4) anxiety AND women. Os filtros para este último foram “citáveis”, “Ciências da Saúde” e “10 anos”.

Na etapa de triagem, foi feita a leitura do título ou título/resumo para inclusão ou exclusão. Os critérios de elegibilidade foram: preferencialmente revisões sistemáticas, meta-análises ou estudos populacionais mais recentes. Os critérios de inelegibilidade foram: publicações com mais de 10 anos, não citáveis, conteúdo sobre crianças e mulheres jovens, experimentos em modelos animais, ou revisões com amostragem pequena. Também foi feita a identificação e inclusão de poucos estudos e referências por outros métodos e em outras bases de dados, que se mostraram relevantes para o escopo do trabalho. A análise dos dados seguiu conforme o fluxograma 1.

Figura 1. Fluxograma da análise dos dados coletados.

3.  RESULTADOS E DISCUSSÃO

Observa-se na tabela 1 os principais impactos que a disbiose intestinal provoca na saúde humana. Revisões sistemáticas e de meta-análise sugerem uma forte correlação entre disbiose intestinal e transtornos alimentares e doenças gastro-intestinais (Carbone et al., 2020; Transeth; Dale; Lied, 2020), processos do envelhecimento como a sarcopenia (Wang et al., 2024), doenças respiratórias como asma (Li et al., 2023), doenças cardiovasculares (Naik et al., 2022; Martins et al., 2024), diabetes (Kunasegaran et al., 2021; Abuqwider et al., 2023; Hamjane et al., 2024), doenças autoimunes (Piccioni et al.; 2022), doenças reumáticas (Wang et al., 2022), cânceres (Huang et al., 2024; Thu et al., 2023).

Dos 94 estudos examinados a partir das bases de dados após a aplicação dos filtros e critérios de inelegibilidade, e das 53 referências identificadas por outros métodos, foram incluídos 74 nesta revisão, dos quais os 18 mais importantes encontram-se na Tabela 1.

Tabela 1 – Impactos da microbiota intestinal no desenvolvimento de depressão e ansiedade em mulheres adultas.

Ademais, outras revisões abrangentes agruparam estudos sobre a relação entre disbiose e a intervenção com probióticos com osteoartrite (Bonato et al., 2022), síndrome da apneia obstrutiva do sono (da Silva et al., 2024), condições alérgicas (Ng et al., 2023), esclerose múltipla (Ordoñez-Rodriguez et al., 2023), fibrose cística (Caley et al., 2023), desregulações endócrinas (Gálvez-Ontiveros et al., 2020), endometriose (Leonardi et al., 2020), síndrome dos ovários policísticos (Guo; Zhang, 2024), gota (Shirvani-Rad et al., 2023), esteato-hepatite (Alam et al. 2024), dores crônicas (Goudman et al., 2024), doença renal crônica (Voroneanu et al. 2023), fibromialgia (Palma-Ordóñez et al., 2024), entre muitas outras correlações microbiota-doenças.

No que diz respeito à saúde mental, a literatura mostra uma relação clara entre depressão, estresse, transtorno do espectro do autismo (TEA), episódios psicóticos, transtornos alimentares, ansiedade e função cerebral e composição da microbiota (Nikolova et al., 2021; Safadi et al., 2022; Grau-Del Valle et al., 2023).

O microbioma gastrointestinal pode ter grande influência no cérebro devido a conexão bidirecional complexa no eixo intestino-cérebro, um complexo permeado por hormônios imunológicos e neurais entre o intestino e o cérebro (Foster et al., 2017). Este complexo microbiota/eixo-intestino-cérebro é formado pelo sistema nervoso central (CNS), que é regido pelos  neurônios  intrínsecos  do  sistema  nervoso  entérico  (ENS),  HPA (hipotálamo-pituitária-adrenal) e a microbiota intestinal, atuando como resposta ao estresse causado por estímulos internos ou externos além de agir na redução de inflamações através de ações diretamente ligadas ao sistema imunológico por meio de neurotransmissores, proteínas e ácidos graxos de cadeia curta também conhecidos como secreção de metabólitos (Foster et al., 2017).

Os principais metabólitos quando o assunto é a ação de psicobióticos são os seguintes neurotransmissores:  a  serotonina,  dopamina,  acetilcolina,  noradrenalina,  ácido gama-aminobutírico (GABA). Logo, estes são considerados neuroativos que possuem uma relação direta com o cérebro do indivíduo. Somado a estes, também existe a produção de citocinas e ácidos graxos de cadeia curta (AGCC): butirato, propionato, lactato e acetato (Allen; Sabir; Sharma, 2021). A serotonina (5-hidroxitriptamina, 5-HT) pode ser identificada em células do trato gastrointestinal (TGI), em plaquetas e no SNC de mamíferos. Vale salientar que serotonina é o neurotransmissor conectado a fatores de contentamento, satisfação alegria e felicidade, além de ser influenciador no processo de crescimento de neurônios agindo na família de proteína conhecidas como neurotrofinas voltadas à sobrevivência, desenvolvimento e função neurais voltadas ao combate do estresse oxidativo, o que impede o envelhecimento do cérebro e assim melhorando a memória tanto recente quanto a memória de médio prazo (Savioli, 2019).

A serotonina, um metabólico oriundo do aminoácido triptofano, é produzida, mais especificamente 95% dela, no intestino sendo secretada pelas células enteroendócrinas e possuindo uma importante representatividade na comunicação entre o Sistema Nervoso Entérico (SNE) e o Sistema Nervoso Central (SNC), onde o Sistema Nervoso Entérico (SNE) pode trabalhar independentemente e conseguir manter sinapses com o Sistema Nervoso Central (SNC) por meio do nervo vago (Da Silva; Verruck, 2021).

O GABA, ácido gama-aminobutírico, apesar de ser formado a partir do glutamato que é um neurotransmissor excitatório, possui a função de neurotransmissor que atua como um redutor da excitabilidade neuronal. Níveis baixos de GABA estão associados a ansiedade generalizada, esquizofrenia, transtorno do espectro autista e transtorno depressivo maior (Allen; Sabir; Sharma, 2021).

As aminas biogênicas, como a dopamina e noradrenalina, são derivadas do aminoácido tirosina e são neurotransmissores com funções significativas no Sistema Nervoso Central (SNC) tais como emoções, a cognição, resposta ao estresse, sistema de recompensa, processamento da memória e aprendizagem. Já a acetilcolina é um neurotransmissor excitatório primário produzido no Sistema Periférico (SP) e no Sistema Nervoso Central (SNC), tendo influência na plasticidade sináptica e reflexos na função cognitiva (Del Toro-Barbosa et al., 2020).

Quanto aos ácidos graxos de cadeia curta, segundo Da Silva e Verruck (2021): os ácidos graxos de cadeia curta são produzidos a partir do consumo de carboidratos não digeríveis e absorvidos no intestino delgado, sendo fermentados por bactérias. A quantidade e o tipo desses carboidratos consumidos, principalmente fibras, podem modificar o microbioma e a produção dos tipos de ácidos graxos, no entanto, o acetato, propionato e butirato são encontrados mais abundantemente.

A diminuição da riqueza da microbiota e da produção de butirato por ela parece promover uma inflamação que pode ser uma parte da fisiopatologia subjacente ao Transtorno Bipolar (Sublette et al., 2021). Muitos estudos também sugerem que uma disbiose em crianças com TEA que pode influenciar o desenvolvimento e a gravidade da sintomatologia do TEA (Iglesias-Vázquez et al., 2020). Em pacientes com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) também tiveram alterações no microbioma intestinal em comparação com controles saudáveis, embora haja alta heterogeneidade dos estudos (Wang et al., 2022). Encontra-se também muitos estudos investigando se a diversidade da microbiota intestinal e a disbiose podem estar envolvidas na patologia da epilepsia (Arulsamy et al., 2020), doença de Parkinson (Kleine-Bardenhorst et al., 2023) e doença de Alzheimer (Jemimah et al., 2023).

Partindo de um enfoque maior nos Transtornos de Depressão e Ansiedade, no âmbito da saúde mental feminina, os 18 mais importantes estudos e revisões sobre a correlação entre microbiota e depressão/ansiedade, levando em conta características específicas dependentes do sexo foram incluídas nesta revisão (Tabela 1).

Sabe-se que um dos principais mecanismos que justificam a correlação entre microbiota intestinal e depressão/ansiedade é o aumento de moléculas pró-inflamatórias que causam uma neuroinflamação (Paiva; Duarte-Silva; Peixoto, 2020). A microbiota intestinal pode influenciar a saúde mental diretamente (por meio dos nervos vagais) ou indiretamente (por metabólitos circulantes no sangue derivados do intestino ou do microbioma (Sonali et al., 2022).

Muitos estudos associam a ocorrência de uma diversidade microbiana reduzida em grupos acometidos com estes transtornos, com presença de Lachnospiraceae mais baixas em relação aos controles e maior abundância de Proteobacteria, Prevotella/Prevotellaceae e Bacteroides (Simpson et al., 2020). Estas prevalências de alguns táxons em relação a outros causa perfis microbianos específicos associados a indivíduos com transtornos alimentares, ansiedade e depressão. Como exemplo, o aumento de Enterobacteriaceae, de Ruminococcus gnavus, Fusobacteria, Escherichia, Shigella, estão associados à maior gravidade da ansiedade (Navarro-Tapia et al., 2021).

Quando se trata da população feminina, a influência dos hormônios sexuais e da fisiologia feminina deve ser levada em consideração. Estudos apontam que os perfis inflamatórios e microbianos nos transtornos de humor, como depressão e ansiedade, são sexualmente dimórficos e que as mulheres podem ser mais sensíveis aos efeitos da neuroinflamação do que os homens (Audet, 2019; Shobeiri et al., 2022; Kim et al., 2023).

As ocorrências de depressão e ansiedade nas mulheres podem, com mais frequência iniciar-se no período pré-natal, puerpério, perimenopausa e menopausa: todos períodos de grandes mudanças hormonais. Desta forma, deve ser considerado nos atendimentos da saúde da mulher os potenciais probióticos como novas terapias independentes ou adjuvantes, ou seja, estratégias de modulação do microbioma intestinal via dieta ou suplementação (Siddiqui et al., 2022).

Xie e colaboradores (2024), observaram em uma população de gestantes chinesas que a depressão no período pré-natal estava associada a alterações na microbiota intestinal, e a produção microbiana de ácidos graxos de cadeia curta e de 5-hidroxitriptamina (5-HT) disponível no plasma. Observaram também que quanto maior a abundância de Candidatus soleaferrea, menor era o risco de depressão pré-natal, e quanto menor a disponibilidade do neurotransmissor 5-HT no plasma, maior era o risco de depressão pré-natal (Xie et al., 2024).

Ainda, em uma população de gestantes holandesas, foi observado que a microbiota fecal de mães com menor ansiedade era caracterizada por maiores abundâncias relativas dos gêneros Eubacterium e Oscillospira, enquanto as mães com maior ansiedade pré-natal apresentaram   maiores   abundâncias   relativas   de   gêneros   das famílias Peptostreptococcaceae e Peptococcaceae (Hechler et al., 2019).

Um estudo com uma população de mulheres grávidas do Brasil (712 participantes) observou que a prevalência de depressão era maior entre as mulheres que consumiam pouquíssimos vegetais, ao passo que a prevalência de ansiedade estava associada à baixa ingestão de leguminosas (Paskulin et al., 2017), o que sugere que modular a microbiota também significa alterar os pré-bióticos e as dietas que beneficiam a saúde da microbiota.

A modulação da microbiota também pode ser benéfica para o período pós-parto e a amamentação. Um estudo clínico com 200 mães lactentes da Itália avaliou que a suplementação de multivitamínicos com probióticos contendo Limosilactobacillus reuteri PBS072 e Bifidobacterium breve BB077 melhorou significativamente o humor das mães, a qualidade da amamentação e o choro do bebê (Vicariotto et al., 2023). Sobre este assunto, Halemani e colaboradores (2023) levantaram em uma revisão sistemática 16 estudos que convergiam para comprovação de que a suplementação de probióticos (Lactobacillus spp. e Bifidobacterium spp.) pode reduzir a ansiedade e depressão em gestantes e, através da amamentação, melhorar a microbiota intestinal também dos filhos, reduzindo a duração do choro, distensão abdominal, cólica abdominal e diarreia. O consumo de Lactobaccilus spp. está associado a uma melhora dos níveis de ansiedade e estresse no pós-parto tanto em humanos quanto em outras fêmeas animais (Lew et al., 2019; Lonstein et al., 2024).

Já para as mulheres a partir dos 40 anos, que se aproximam do período perimenopausal e menopausal, algumas particularidades se sobressaem nesse grupo. A perimenopausa é uma fase com 5 vezes maior propensão para o surgimento de transtornos de humor, sobretudo a depressão; e na perimenopausa e na pós-menopausa, existe um risco aior de reaparecimento de Transtorno Depressivo Maior (TDM) em mulheres com história prévia da doença (Zangirolami-Raimundo et al., 2023). Transtornos de ansiedade também são muito comuns nessa faixa etária, e associam-se ao estado de menopausa das mulheres, à renda familiar, ao nível de escolaridade e à percepção do envelhecimento (Kiskac; Rashidi; Kiskac, 2024).

Com relação ao Transtorno de Depressão Maior (TDM) em mulheres parece haver uma correção com a composição da microbiota: os filos Bacteroidetes, Proteobaeteria e Fusobacteria foram muito enriquecidos em pacientes com TDM, enquanto os filos Firmicutes e Actinobacteria foram consistentemente maiores em indivíduos saudáveis (Chen et al., 2021). Estudos com indivíduos ansiosos também apresentaram correlação com a composição da microbiota: indivíduos com ansiedade parecem ter menor diversidade alfa e as mulheres ansiosas podem possuir menor abundância relativa do gênero Prevotella (Tae; Kim, 2024).

As flutuações hormonais típicas desta fase da vida também podem gerar sintomas indesejáveis que desencadeiam ainda mais alterações de humor e o uso de probióticos e psicobióticos, bem como alimentos fermentados, pode melhorar o humor em mulheres de meia-idade e mais velhas (Zidan et al., 2024).

Um dos sintomas indesejáveis mais recorrentes em mulheres no período perimenopausal e menopausal, que pode ser desencadeador de estresse, ansiedade e depressão, é a enxaqueca. Um estudo observou que a suplementação com inulina, um pré-biótico que pode modular a microbiota, diminuiu a ocorrência e intensidade das enxaquecas, melhorando a qualidade de vida das mulheres (Vajdi; Khorvash; Askari, 2024).

4.  CONCLUSÃO

As evidências coletadas apontam uma significativa correlação entre a composição da microbiota intestinal com efeitos na saúde mental humana. Uma das explicações é que o microbioma, através da barreira intestinal e sua permeabilidade, promove sinalizações moleculares com metabólitos microbianos através do eixo intestino-cérebro. No caso das mulheres, deve ser levado em consideração também a influência dos hormônios sexuais e a fisiologia feminina, pois os perfis inflamatórios e microbianos nos transtornos de humor, como depressão e ansiedade, são sexualmente dimórficos e as mulheres são mais sensíveis aos efeitos da neuroinflamação do que os homens. Essa sensibilidade pode ser mais acentuada em determinados períodos da vida da mulher, que merecem maior atenção: período pré-natal, puerpério, perimenopausa, menopausa e pós-menopausa.

Evidências indicam muitos resultados positivos da modulação da microbiota intestinal nestas fases da vida da mulher, sejam estratégias de modulação do microbioma intestinal via dieta ou via suplementação. Uma dieta pré-biótica, rica em vegetais e especialmente em leguminosas, pode melhorar os quadros ansiosos e depressivos. Ademais, a suplementação com prebióticos, probióticos ou psicobióticos isolados podem ser administrados em conjunto com a psicoterapia farmacológica, como terapias complementares para os transtornos psíquicos, produzindo melhoras no humor, nos níveis de estresse, na neuroinflamação, e nos níveis de ansiedade e depressão.

Desta forma, o cuidado da saúde do eixo intestino-cérebro contribui para sanar alguns sinais e sintomas associados à saúde psicológica da mulher, melhorando significativamente a qualidade de vida.

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1 Graduando(a) do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: adelaide.batista@gmail.com, diandraordones2022@hotmail.com, lauraccleite@outlook.com.br
2 Orientadora do TCC, Doutora em Biotecnologia pela Universidade Federal do Amazonas. Docente do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: francisca.freitas@fametro.edu.br
3 Co-orientadora do TCC. Especialista em psicopedagogia e Docente do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: rosimar.lobo@fametro.edu.br