ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CUIDADO À CRIANÇA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102410141344


Tatiana Cordeiro Elenice Soares1
Milena Alves Silva2
Andressa Kariolaine Costa Nunes3
Rebecca Disley Mendes da Paz4
Maria Gabryella Baldez e Silva5
Isadora Carvalho Reis6
Lucas Roberto Silva dos Santos7
Aryane Oliveira França Lima8
Flávio Santos Costa9
Carlos Victor de Oliveira Cardoso10
Gabryelle Pereira dos Santos11
Israel Figueirêdo Costa12
Matheus de Andrade Rodrigues13
Patrícia Ellen Silva Coqueiro14
Carleanny Cardoso Reis15
Saffyra Lisandra dos Santos Matos16
Orientadora: Prof.a Ma. Tatiana Elenice Cordeiro Siqueira17


RESUMO

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento que afeta milhões de indivíduos em todo o mundo, incluindo crianças, impactando significativamente a comunicação, a interação social e o comportamento. O objetivo desse estudo é conhecer a atuação do enfermeiro no cuidado à criança com transtorno do espectro autista. O método utilizado foi uma revisão integrativa de literatura, de caráter descritivo. Para realizar a busca nas bases de dados foram definidos como critérios de inclusão: artigos que apresentaram em seu conteúdo, abordagem sobre a atuação dos enfermeiros no cuidado a crianças com TEA, com textos completos e disponíveis, escritos em português, inglês e espanhol e publicados no período de 2019 a 2023. Já como critérios de exclusão: artigos incompletos, duplicados, que tenham sido publicados antes do período estabelecido, nos idiomas diferentes da lista de inclusão e que não se enquadravam na proposta da pesquisa. Foram utilizadas as seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), LILACS, PubMed e BDENF. Foram selecionados 11 artigos que abordaram a atuação dos enfermeiros no cuidado a crianças com TEA. Os resultados mostraram que os enfermeiros desempenham um papel crucial, adaptando ambientes terapêuticos e implementando intervenções baseadas em evidências, mas enfrentam desafios na comunicação e no manejo de comportamentos. Conclui-se que a formação contínua e específica dos enfermeiros é essencial para um cuidado integral e eficaz, e que as instituições de saúde devem desenvolver programas educacionais abrangentes e diretrizes claras para aprimorar a qualidade do cuidado oferecido.

Palavras-chave: Transtorno do Espectro do Autismo. Cuidados de Enfermagem. Crianças.

ABSTRACT

Autism Spectrum Disorder (ASD) is a neurodevelopmental disorder that affects millions of individuals worldwide, including children, significantly impacting communication, social interaction, and behavior. The aim of this study is to understand the role of nurses in caring for children with autism spectrum disorder. The method used was a descriptive integrative literature review. Inclusion criteria for database searches were defined as articles that addressed nurses’ roles in caring for children with ASD, with full texts available in Portuguese, English, or Spanish, published between 2019 and 2023. Exclusion criteria included incomplete articles, duplicates, publications before the specified period, articles in languages other than those included, and those not aligned with the research proposal. The following databases were used: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), LILACS, PubMed, and BDENF. A total of 11 articles were selected that focused on nurses’ roles in caring for children with ASD. Results indicated that nurses play a crucial role in adapting therapeutic environments and implementing evidence-based interventions, though they face challenges in communication and behavior management. It is concluded that continuous and specific training for nurses is essential for comprehensive and effective care. Healthcare institutions should develop comprehensive educational programs and clear guidelines to enhance the quality of care provided.

Keywords: Autism Spectrum Disorder. Nursing Care. Children.

INTRODUÇÃO

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento que afeta milhões de indivíduos em todo o mundo, incluindo crianças, impactando significativamente a comunicação, a interação social e o comportamento. Caracterizado por dificuldades na interação social, comunicação verbal e não verbal, padrões comportamentais repetitivos e restritos e dificuldades em formar e manter relações interpessoais, o autismo representa um desafio tanto para as crianças quanto para suas famílias.1

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 1 em cada 160 crianças tem TEA, tornando-o um problema de saúde pública de grande magnitude. No Brasil, a prevalência é de aproximadamente 1 em cada 100 crianças, representando um desafio considerável para os sistemas de saúde e educação.2

A classificação do TEA evoluiu com a inclusão do espectro no DSM-V, abrangendo desde o Transtorno Autista Clássico até formas menos específicas como o Transtorno de Asperger. Isso permitiu uma categorização mais abrangente das diferentes manifestações do autismo, facilitando a personalização das intervenções conforme as necessidades individuais de cada pessoa no espectro autista.3

A etiologia do autismo é multifatorial, envolvendo fatores genéticos, ambientais e neurobiológicos. A idade avançada dos pais, baixo peso ao nascer e exposição fetal a determinados agentes são considerados fatores de risco, embora a causa exata permaneça desconhecida. O diagnóstico precoce de TEA é crucial, permitindo a implementação de intervenções terapêuticas e educacionais adaptadas às necessidades individuais da criança, visando melhorar sua qualidade de vida e desenvolvimento global.4,5

O diagnóstico do TEA é baseado em critérios estabelecidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) e pela Classificação Internacional de Doenças (CID-10). O diagnóstico é feito por profissionais de saúde, como psiquiatras, psicólogos e médicos, que avaliam a presença de sintomas e características do TEA, como a falta de interação social, a comunicação não verbal e a presença de padrões comportamentais repetitivos e restritos.6

As características do TEA demandam intervenções especializadas e adaptadas às necessidades individuais de cada criança. Nesse contexto, a enfermagem assume um papel fundamental no cuidado e na assistência a crianças autistas, atuando desde a avaliação e o diagnóstico até a implementação de intervenções terapêuticas e o acompanhamento das famílias.7

No contexto dessas necessidades complexas, a enfermagem desempenha um papel fundamental no cuidado integral às crianças autistas. Desde a identificação inicial dos sintomas até a implementação de intervenções terapêuticas e educacionais, os enfermeiros são essenciais para oferecer suporte emocional, educacional e prático às famílias. Além disso, sua atuação inclui a coordenação de cuidados interdisciplinares, garantindo uma abordagem integrada e holística para atender às necessidades diversificadas dessas crianças e suas famílias.8

Deste modo, considerou-se relevante realizar o estudo, pois as intervenções de enfermagem desempenham um papel crucial no cuidado a crianças autistas. Este estudo consiste em uma revisão integrativa de literatura, baseada na pergunta norteadora: Qual é a atuação do enfermeiro e quais são as melhores estratégias de intervenção no cuidado a crianças com TEA?

Logo, este estudo se justifica pela necessidade de compreender e otimizar o papel do enfermeiro no cuidado a crianças autistas. A exploração das melhores práticas e estratégias pode melhorar significativamente a qualidade de vida dessas crianças e oferecer suporte adequado às suas necessidades específicas. Ao fornecer insights valiosos para aprimorar as práticas de enfermagem, este estudo contribui para um atendimento mais eficaz e humanizado.

Nesse sentido, este estudo tem como objetivo geral: conhecer a atuação do enfermeiro no cuidado à criança com transtorno do espectro autista.

MÉTODO

Trata-se de um estudo exploratório de caráter descritivo utilizando o método da revisão integrativa para coleta e análise dos dados. A revisão integrativa consiste em um método que reúne os resultados obtidos de pesquisas primárias sobre uma mesma temática, objetivando sintetizar e analisar os dados, a fim de desenvolver uma explicação mais abrangente de um determinado fenômeno e fornecer subsídios para a melhoria da assistência à saúde.9

O estudo descritivo foca na observação, no registro, na análise e na correlação de fatos ou fenômenos, sem intervenção ou manipulação direta dos mesmos.Desta forma, procura-se comparar e explicar sua influência sobre outras variáveis. Para o desenvolvimento desta revisão integrativa foram percorridas seis etapas.10

A primeira etapa foi a elaboração da pergunta norteadora: Qual é a atuação do enfermeiro e quais são as melhores estratégias de intervenção no cuidado a crianças com TEA?

Na segunda etapa, foi feita a busca na literatura de produções processadas por meio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), indexadas nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), PubMed e BDENF (Base Especializada na Área de Enfermagem do Brasil).

A terceira etapa envolveu o período de coleta, que foi realizada de fevereiro a maio de 2024. Foram utilizados os seguintes descritores, seguindo os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e combinados com o operador booleano “AND”:

“Transtorno do Espectro do Autismo”, “Cuidados de Enfermagem” e “Crianças”.

Na quarta etapa foram analisados os critérios de inclusão e exclusão. Os artigos selecionados passaram pelos seguintes critérios de inclusão: artigos que apresentaram em seu conteúdo uma abordagem sobre atuação do enfermeiro no cuidado à criança com TEA, textos completos e disponíveis, escritos em português, inglês e espanhol , e publicados no período de 2019 a 2023. Para os critérios de exclusão: artigos incompletos, duplicados, publicados fora do período estabelecido, e que não se enquadravam na proposta da pesquisa e em idiomas diferentes do português, inglês, e espanhol .

Na quinta etapa, para extrair os dados dos artigos selecionados, todos os estudos foram lidos criteriosamente em sua íntegra e selecionados por atenderem rigorosamente aos critérios de inclusão, e seus conteúdos foram julgados suficientemente esclarecedores e pertinentes para fazerem parte do presente estudo.

Na sexta etapa da revisão integrativa, a análise dos dados ocorreu de forma organizada e crítica. À medida que se realizava a leitura aprofundada dos conteúdos, foram incluídos aqueles que contemplavam a proposta da presente revisão. Identificou-se o título, autores, ano, tipo de estudo e principais resultados, onde os dados foram distribuídos na forma de quadros.Os artigos estudados na presente pesquisa estão apresentados em quadros (contendo título, autores/ano, tipo de estudo e principais resultados).

Com relação aos aspectos éticos legais, por se tratar de uma revisão integrativa, não foi necessário submissão e avaliação por parte do Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos, em conformidade com a Resolução nº 466 de 12 de dezembro de 2012 do Ministério da Saúde11,12 .A utilização das publicações neste estudo está de acordo com a Lei nº 9.610/9813, que regula os direitos autorais e dá outras providências.

Em uma primeira busca, foram encontrados 165 artigos, utilizando os descritores nas bases de dados. Após a filtragem, aplicando os critérios, restaram 33 artigos. Ao ler título e resumo, foram selecionados 16 artigos para leitura na íntegra. No entanto, 3 artigos foram excluídos devido à página da revista não está mais disponível e 2 foram excluídos pois não se relacionava ao tema. Assim, ao final, foram selecionados 11 artigos para compor a revisão integrativa, conforme o processo apresentado na Figura 1.

Figura1 – Processo de seleção dos artigos para revisão integrativa da atuação do enfermeiro no cuidado à criança com transtorno do espectro autista. São Luís – MA, 2024.

Fonte: Silva, MA (2024)

RESULTADOS E DISCUSSÃO

No quadro a seguir, serão apresentados os resultados detalhados das análises realizadas nos estudos selecionados. Esses resultados proporcionarão um panorama abrangente e aprofundado dos principais temas abordados nesta revisão, oferecendo informações importantes para a compreensão e discussão dos dados coletados.

QUADRO 1: Apresentação dos 11 artigos científicos para revisão Integrativa sobre a atuação do enfermeiro no cuidado à criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA), São Luís – MA, Brasil, 2024.

TítuloAutores/AnoTipo de estudoPrincipais Resultados
 
A1
Percepções e desafios da equipe de enfermagem frente à hospitalização    de crianças com transtornos autísticosOliveira ACA et al. 201914Estudo descritivo, exploratório, de abordagem qualitativaOs profissionais de enfermagem que participaram do estudo expressaram sentir- se despreparados para fornecer assistência adequada a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), citando a falta de conhecimento e experiência como principais obstáculos. A necessidade urgente de formação profissional específica foi enfatizada como um desafio significativo. Além disso, foi destacada a importância da dependência da família, especialmente das mães, no cuidado das crianças com TEA. A comunicação com as crianças autistas foi descrita como difícil, e os profissionais expressaram a necessidade de desenvolver estratégias para lidar com comportamentos agressivos. A infraestrutura hospitalar também foi identificada como uma limitação para a assistência, sublinhando a necessidade de espaços privativos e ambientes lúdicos para melhor atender às necessidades das crianças com TEA. Adicionalmente, a foi reconhecida as estratégias eficazes no tratamento dessas crianças,           sugerindo possibilidades   promissoras para complementar o cuidado oferecido.
A2Vivências familiares na descoberta do Transtorno do Espectro Autista:Bonfim TA et al. 202015Estudo qualitativo, descritivoO estudo revela que a vivência dos familiares no processo de diagnóstico e início do tratamento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é marcada por dois momentos  distintos. Inicialmente, há o período anterior ao diagnóstico, durante o qual os pais ou a escola começam a perceber comportamentos atípicos nas crianças, como dificuldade de interação social, isolamento em atividades grupais, retrocesso na linguagem e habilidades sociais. As  mães frequentemente   têm dificuldade em identificar esses primeiros sinais, às vezes interpretando-os  como características pessoais da criança ou normais para a idade.Para a área da enfermagem e saúde, o estudo destaca a necessidade de estratégias de cuidado direcionadas às famílias, baseadas em intervenções de enfermagem familiar que reconheçam a família como unidade de cuidado. Isso inclui a promoção   do empoderamento das famílias para enfrentar os desafios associados ao TEA, melhorando assim a qualidade de vida das crianças e de suas famílias. A enfermagem também pode contribuir para uma assistência mais integrada e articulada, envolvendo políticas públicas que fortaleçam a rede de atenção psicossocial e sua integração na atenção primária, essencial para garantir um suporte adequado ao longo do ciclo de vida da criança com TEA e suas  necessidades específicas.
A3Cuidados de enfermagem   a pacientes pediátricos com transtornos do espectro do autismo: uma pesquisa transversal  de percepções e estratégiasMahoney WJ et al. 202116Estudo descritivo e transversalOs resultados destacam-se os seguintes dados relacionados à atuação do enfermeiro no cuidado à criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA): muitos profissionais de enfermagem demonstraram conhecimento preciso das características do TEA, indicando uma base sólida de entendimento   sobre   as necessidades específicas das crianças com TEA. Por outro lado, uma parte significativa dos  participantes relatou possuir estratégias adequadas para cuidar de crianças com TEA no hospital, revelando uma lacuna na implementação de estratégias específicas de cuidado para essa população. A eficácia autorrelatada no cuidado de crianças com TEA correlacionou-se significativamente com o uso de um  maior   número   de estratégias,  sugerindo   que enfermeiros que utilizam mais estratégias tendem a se sentir mais eficazes nesse cuidado. Além  disso,    equipes   de enfermagem que têm interação frequente com crianças com TEA ou que possuem formação anterior relataram utilizar mais estratégias,   ressaltando    a importância do   treinamento específico e da colaboração interprofissional       para desenvolver  abordagens   de cuidado   mais    eficazes   e personalizadas.      Esses resultados      destacam   a necessidade    contínua    de treinamento e desenvolvimento de competências específicas para enfermeiros que cuidam de crianças com TEA, além da importância da adaptação de estratégias    conforme     as necessidades  individuais  de cada criança.
A4O conhecimento da equipe de enfermagem acerca dos transtornos autísticos em crianças à luz da teoria do cuidado humanoSoeltl SB et al. 202117Estudo descritivo, de abordagem qualitativaOs resultados do estudo destacam a abordagem da equipe de enfermagem em relação aos Transtornos do Espectro Autista (TEA), utilizando a Teoria do Cuidado Humano de Jean Watson como referencial  teórico. Entrevistaram-se  dez profissionais de enfermagem, incluindo quatro enfermeiros, um técnico de enfermagem e cinco auxiliares   de enfermagem, dos quais oito tinham experiência prévia com crianças com TEA. O estudo revelou quatro categorias principais, cada uma com duas subcategorias, derivadas dos processos clínicos caritas adaptados  da  Teoria  do Cuidado Humano. Essas categorias incluíram cuidado baseado em valores humanístico-altruístas, cultivo da sensibilidade para si e para o outro, valorização da expressão de sentimentos e relacionamento interpessoal, e promoção do ensino- aprendizagem intrapessoal e interpessoal. Um ponto crucial discutido foi a necessidade de uma  abordagem individualizada no cuidado das crianças com  TEA, reconhecendo suas características únicas e necessidades específicas. Os profissionais enfatizaram a importância de desenvolver uma sensibilidade empática e calorosa para estabelecer relações de confiança com essas crianças e suas famílias. Além disso, identificou-se uma lacuna significativa na formação acadêmica dos profissionais de enfermagem, com relatos de abordagens superficiais ou insuficientes sobre TEA durante a formação inicial, o que foi visto como um obstáculo para oferecer uma assistência de qualidade e adaptada às necessidades das crianças com TEA.
A5Indicadores  para triagem do transtorno do espectro autista e sua aplicabilidade na consulta de puericultura: conhecimento    das enfermeirasPitz ISC et al. 202118Pesquisa descritiva, qualitativaAs enfermeiras participantes da pesquisa demonstraram diferentes níveis de compreensão sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), algumas definindo-o como um transtorno neurológico ou uma condição que afeta a interação social e comportamental das crianças. Algumas  enfermeiras enfrentaram dificuldades em descrever especificamente o conceito e as causas do TEA. Elas reconheceram a importância da triagem precoce para o diagnóstico e tratamento do TEA, utilizando estratégias como observação direta da criança, escuta atenta aos relatos dos pais e avaliação dos         marcos             de desenvolvimento conforme a caderneta  da  criança.  No entanto, não relataram o uso de instrumentos específicos de triagem para TEA no dia a dia; geralmente, encaminham casos suspeitos a especialistas. Os desafios enfrentados pelas enfermeiras ao cuidar de crianças com TEA incluem dificuldades na abordagem e comunicação com a criança, bem como o manejo de comportamentos desafiadores durante as consultas. A falta de treinamento específico sobre TEA durante a formação acadêmica e a necessidade de educação continuada foram destacadas como áreas de preocupação. Durante o estudo, foi mencionado o uso do Instrumento de Rastreio de Desenvolvimento Infantil (IRDI) para a triagem de sinais de TEA durante consultas de puericultura. As enfermeiras relataram que, apesar de algumas dificuldades iniciais devido ao desconhecimento prévio do instrumento, a aplicação do IRDI foi útil para sistematizar a avaliação e garantir a observação de aspectos importantes do desenvolvimento infantil. Foi consenso entre as enfermeiras a importância de protocolos padronizados e de fácil aplicação para a triagem de TEA, além da necessidade de treinamentos e capacitações contínuas. A implementação de diretrizes específicas e fluxogramas no serviço de saúde foi vista como crucial para melhorar a triagem precoce e o cuidado das crianças com TEA. Por fim, o diagnóstico precoce foi enfatizado como fundamental para proporcionar intervenções oportunas e melhorar o prognóstico das crianças com TEA. O papel das enfermeiras na atenção primária, através das consultas de puericultura, foi destacado como essencial na identificação precoce de sinais  de   TEA  e   no encaminhamento para diagnósticos           e       tratamentos especializados.
A6Eficácia      da intervenção baseada em evidências sobre habilidade social e comunicação entre crianças com transtorno do espectro do autismoMinolin TM et al. 202219O          estudo descrito, prospectivo       não randomizadoCom base nas descobertas deste estudo, ficou evidente que as estratégias de Comunicação por Troca de Figuras (PECS) e o Programa de Intervenção Individualizada (PII) são eficazes para melhorar a socialização e a comunicação em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O grupo experimental que      recebeu          essas intervenções apresentou melhorias estatisticamente significativas nos escores de habilidades sociais (SRR) e de comunicação (SLC) em comparação ao grupo controle. Embora o estudo não tenha detalhado o papel específico do enfermeiro, intervenções baseadas em evidências como PECS e PII geralmente envolvem uma abordagem multidisciplinar, na qual enfermeiros desempenham um papel crucial ao oferecer suporte direto aos pacientes e suas famílias. A implementação competente dessas estratégias por enfermeiros pode contribuir significativamente para o bem- estar geral e o desenvolvimento                  das habilidades  sociais  e  de comunicação em crianças com TEA.
A7Percepções sobre o cuidado de enfermagem em mães de crianças com transtornos do espectro do autismoCalisto- Moreira et al. 202220Estudo qualitativo descritivo, de natureza exploratória, com abordagem fenomenológicaOs resultados relacionados à atuação do enfermeiro no cuidado à criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem ser extraídos da seguinte forma: mães e cuidadores destacaram a importância da capacidade dos enfermeiros em criar vínculos terapêuticos com as crianças com TEA, percebendo a qualidade do cuidado através da empatia, atenção dedicada e tempo investido durante os exames de saúde infantil. Enfermeiros que implementaram estratégias adaptadas para crianças com TEA foram valorizados pelos cuidadores, incluindo o uso de materiais              didáticos, ambientação adequada dos espaços de atendimento e ajustes nos tempos de espera, facilitando a qualidade do cuidado prestado. Por outro lado, houve relatos de mães sobre dificuldades devido à falta de preparo dos enfermeiros no manejo de crianças com TEA, mencionando problemas na comunicação, falta de empatia percebida e desafios na criação de vínculo terapêutico. As mães expressaram a necessidade de maior educação e treinamento especializado para enfermeiros que cuidam dessa população, enfatizando a importância de uma abordagem mais sensível e informada.
A8Percepção dos pais frente à assistência enfermagem   de crianças com transtorno do espectro autista (TEA)Pires JSG et al. 202221Pesquisa de corte transversal,O artigo apresenta resultados de uma pesquisa sobre a atuação do enfermeiro no cuidado a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os principais achados incluem a maior prevalência do TEA em meninos em comparação com meninas, com uma proporção de 4:1. A mãe foi identificada como a principal figura a perceber comportamentos diferenciados na criança. O diagnóstico geralmente ocorre entre 2 e 4 anos de idade, destacando a importância do diagnóstico precoce. A qualidade do atendimento pós-diagnóstico foi avaliada como boa por uma parte significativa dos participantes. O papel do enfermeiro no cuidado ao TEA foi considerado importante. Além disso, a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) foi vista como fundamental para o cuidado dessas crianças. Esses resultados destacam a relevância do diagnóstico precoce, do cuidado adequado e da participação ativa do enfermeiro  no  suporte  às crianças com TEA.
A9Diagnósticos e intervenções enfermagemMagalhães JM et    al. 202222Estudo exploratório  e descritivo, comEnfermeiros desempenham um papel crucial na identificação de sinais e sintomas de TEA, utilizando entrevistas com os pais para coletar dados sobre o desenvolvimento psicomotor da criança. Essas informações são essenciais para montar projetos terapêuticos personalizados e monitorar o progresso da criança ao longo do tratamento. Enfermeiros ensinam habilidades sociais às crianças com TEA, facilitando sua interação com outras crianças e o comportamento adequado em diferentes contextos. Isso inclui ensinar regras, limites, compreender emoções e encontrar alternativas   para comportamentos agressivos ou autolesivos. A orientação dos pais é crucial para o sucesso do tratamento das crianças com TEA. Enfermeiros asseguram que pais, escola e demais envolvidos estejam alinhados, proporcionando uma abordagem integrada e coesa. Enfermeiros enfrentam desafios significativos, como resultados de tratamento lentos e eventuais regressões, exigindo paciência e positivismo. Também é desafiador manter a motivação e a integração da família no tratamento. A formação prática diária é essencial para enfermeiros que cuidam de crianças com TEA, dada a insuficiência de formação específica na graduação, especialmente em cuidados infantis.Enfermeiros utilizam diagnósticos de enfermagem que abrangem déficits no autocuidado,  como alimentação, higiene pessoal e socialização, e implementam intervenções que incentivam a autonomia da criança, utilizam estratégias lúdicas para facilitar o autocuidado e envolvem a família para promover a independência da criança nas atividades diárias.
A10Validade e viabilidade do uso da Lista de Verificação Modificada para Autismo em Crianças,   RevisadaZheng, RM et al. 202323Estudo observacional prospectivoOs enfermeiros desempenharam um papel crucial na implementação e administração da triagem utilizando o M-CHAT-R/F em clínicas de atenção primária. Eles foram responsáveis por administrar a ferramenta de triagem e conduzir entrevistas de           acompanhamento, demonstrando competência ao responder às dúvidas dos cuidadores. Apesar de inicialmente    alguns enfermeiros terem considerado o tempo necessário para a triagem e o equilíbrio com outras  responsabilidades clínicas como não ideais, houve uma significativa melhora na percepção da praticidade da triagem na segunda rodada. Isso reflete a importância do treinamento adequado que os enfermeiros receberam, resultando não apenas   em  uma implementação eficaz da triagem, mas também em um aumento no conhecimento adquirido sobre o TEA após a utilização  da  ferramenta  de triagem.
A11Assistência       do enfermeiro(a)       a crianças       e adolescentes       com transtorno do espectro autistaJerônimo TG et al. 202324Pesquisa qualitativa, exploratória, descritivaOs enfermeiros que atendem crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) destacam várias práticas fundamentais. Eles enfatizam a importância de adaptar o ambiente físico para promover interações sociais e o desenvolvimento  de habilidades sociais. Além disso, a orientação contínua aos familiares e cuidadores é crucial para garantir a eficácia do tratamento, assegurando a consistência dos cuidados entre casa, escola e Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Os enfermeiros desempenham um papel crucial na observação e coleta de dados sobre o comportamento das crianças com TEA, essenciais para desenvolver planos terapêuticos individualizados. Enfrentam desafios significativos, como o desenvolvimento lento e desarticulado das crianças com TEA, e a complexidade em articular o cuidado com a família   e   o   sistema educacional.   Existe   uma demanda clara por mais formação específica para lidar com crianças com TEA, dado que a formação atual muitas vezes é adquirida na prática e não formalmente. A criação e manutenção de um ambiente terapêutico são fundamentais para o cuidado integral das crianças com TEA, incluindo atenção à comunicação, organização do ambiente e apoio          aos familiares/cuidadores. Enfermeiros         utilizam ferramentas de avaliação como o Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-Chat) e os Indicadores Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil (IRDI) para  monitorar o progresso  das   crianças e planejar      intervenções adequadas. A continuidade do cuidado  requer  práticas colaborativas       entre profissionais  da   saúde e educação, visando assegurar a qualidade de vida e bem-estar das crianças e suas famílias.

Fonte: Silva, MA (2024)

Os resultados dos estudos analisados revelam diversos aspectos fundamentais sobre a atuação dos enfermeiros no cuidado a crianças com TEA, destacando tanto os desafios enfrentados quanto as estratégias de intervenção implementadas.

Os enfermeiros ressaltam a importância de criar um ambiente adequado para crianças com TEA, adaptando o espaço físico para promover a interação social e o desenvolvimento de habilidades sociais (A11). As práticas incluem ensinar regras, limites, e formas de lidar com comportamentos agressivos ou autoagressivos (A9). Essas adaptações são essenciais para garantir um ambiente terapêutico que facilite a comunicação e o desenvolvimento da criança.22,24

A orientação contínua aos familiares e cuidadores é um componente crucial da assistência, ajudando a alinhar práticas entre casa, escola e centros de atenção psicossocial (CAPS) para garantir a continuidade do cuidado (A9,A11). A formação de um vínculo terapêutico e a empatia são aspectos destacados, com as mães e cuidadores valorizando enfermeiros que demonstram atenção dedicada e tempo investido (A7,A8).20-22,24

A observação e coleta de dados sobre o comportamento das crianças com TEA são funções críticas desempenhadas pelos enfermeiros. Esses dados são usados       para   desenvolver projetos        terapêuticos individualizados, utilizando instrumentos como o Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT) e os Indicadores Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil (IRDI) (A5,A11). A implementação da triagem com ferramentas como o M-CHAT-R/F nas clínicas de atenção primária demonstrou ser eficaz, com enfermeiros relatando sentir-se capacitados para responder às dúvidas dos cuidadores após treinamento (A10).18,23,24

Os enfermeiros enfrentam vários desafios no cuidado a crianças com TEA, incluindo a dificuldade de comunicação com a criança, manejo de comportamentos desafiadores e a necessidade de formação específica. A falta de formação acadêmica adequada foi um obstáculo mencionado por diversos estudos, sendo necessário um treinamento contínuo e especializado (A1,A4). A dependência da família, especialmente da mãe, e a necessidade de criar estratégias para lidar com comportamentos agressivos também foram destacados como desafios importantes (A1).14,17

A formação insuficiente durante a graduação é uma preocupação recorrente, com a maioria dos enfermeiros adquirindo experiência prática no dia a dia, muitas vezes sem uma educação formal adequada na área infantil (A4, A9). A necessidade de capacitação contínua é enfatizada para melhorar a prática clínica e garantir intervenções eficazes, destacando-se a importância de uma abordagem humanística e individualizada no cuidado de saúde (A4).17,22

O diagnóstico precoce do TEA é crucial para proporcionar intervenções oportunas e melhorar o prognóstico das crianças. A atuação dos enfermeiros na atenção primária é significativa na identificação precoce de sinais de TEA e no encaminhamento para diagnósticos e tratamentos especializados (A5). A triagem precoce e a implementação de protocolos padronizados são vistas como essenciais para melhorar a qualidade do cuidado (A8,A10).18,21,23

Os enfermeiros utilizam diversas intervenções e estratégias para promover a autonomia e melhorar as habilidades sociais e de comunicação das crianças com TEA. Intervenções baseadas em evidências, como a Comunicação por Troca de Figuras (PECS) e o Programa de Intervenção Individualizada (PII), mostraram ser eficazes para melhorar a socialização e a comunicação (A6). Estratégias específicas, como o uso de materiais didáticos e ajustes nos tempos de espera, foram valorizadas pelos cuidadores (A7).19,20

A promoção de habilidades sociais e comunicativas é central no cuidado a crianças com TEA. Os enfermeiros desenvolvem atividades que incentivam a interação e a comunicação, como jogos estruturados e exercícios de rotina que facilitam a compreensão das regras sociais e a expressão de necessidades e emoções (A9). Técnicas de comunicação alternativa, como o uso de dispositivos de comunicação aumentativa, também são empregadas para melhorar a interação e a participação da criança nas atividades diárias.22

A colaboração com outros profissionais de saúde e educação é essencial para fornecer um cuidado holístico e coordenado. Enfermeiros trabalham em conjunto com psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e educadores para criar planos de tratamento abrangentes que abordam as diversas necessidades das crianças com TEA (A11). Essa abordagem multidisciplinar garante que todos os aspectos do desenvolvimento da criança sejam considerados e tratados de maneira integrada.24

O suporte emocional e psicológico para as famílias é uma parte vital do cuidado, ajudando-as a lidar com o estresse e a ansiedade associados ao diagnóstico e manejo do TEA. Enfermeiros fornecem aconselhamento, apoio emocional e recursos para grupos de suporte, ajudando as famílias a se sentirem menos isoladas e mais capacitadas para cuidar de seus filhos (A7).20

As estratégias de cuidado familiar em enfermagem reconhecem a família como unidade central, promovendo seu empoderamento para enfrentar desafios do TEA. Enfermeiros desempenham um papel crucial ao melhorar a qualidade de vida das crianças com TEA e suas famílias, adaptando os cuidados ao longo dos diferentes estágios de vida. A implementação de políticas públicas eficazes é fundamental para integrar melhor a assistência às pessoas com TEA na rede de saúde, especialmente no SUS e na atenção primária (A2).15

Pesquisas indicam que enfermeiros são amplamente reconhecidos por sua importância no cuidado ao TEA, destacando seu papel crucial (A8). A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é considerada imprescindível para o cuidado de crianças com TEA, enfatizando a necessidade de protocolos estruturados para melhorar o atendimento (A8). Embora os profissionais demonstrem conhecimento preciso das características do TEA, nem todos relatam possuir estratégias adequadas para cuidar dessas crianças em ambiente hospitalar (A1,A3). A eficácia percebida no cuidado correlaciona-se positivamente com o uso de um maior número de estratégias, sugerindo que a implementação adequada de práticas pode melhorar significativamente o cuidado oferecido às crianças com TEA (A1,A3).14,16,21

Os estudos analisados sublinham a importância de uma abordagem integral e intersetorial, envolvendo profissionais da saúde e educação, para garantir a qualidade de vida e bem-estar das crianças/adolescentes e suas famílias (A9,A11). A formação contínua e específica para o cuidado de crianças com TEA é essencial para melhorar a prática clínica de enfermagem e garantir intervenções eficazes. A implementação de diretrizes específicas e fluxogramas no serviço de saúde é vista como fundamental para melhorar a triagem precoce e o cuidado das crianças com TEA (A5,A10).18,22-24

Além disso, a integração de tecnologias e ferramentas digitais no cuidado a crianças com TEA pode facilitar a comunicação e o monitoramento contínuo do desenvolvimento das crianças, permitindo ajustes rápidos nas estratégias de intervenção conforme necessário (A6). Programas de educação continuada e treinamentos específicos devem ser desenvolvidos para equipar os enfermeiros com as habilidades e conhecimentos necessários para lidar com as complexidades do TEA.19

Os resultados obtidos nesses estudos colaboram diretamente com pesquisas recentes que enfatizam o papel vital dos enfermeiros no cuidado a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Autores como dos Santos e Souza (2021)25, Santos e Gomes et al. (2022)26, e Santos (2023)27 destacam a necessidade premente de enfermeiros bem treinados para criar ambientes terapêuticos adaptados, realizar triagens precoces e implementar intervenções baseadas em evidências, como a Comunicação por Troca de Figuras (PECS). Além disso, esses estudos ressaltam a importância da colaboração multidisciplinar para fornecer cuidado abrangente e eficaz às crianças com TEA e suas famílias. A convergência dessas evidências sublinha a importância contínua da formação especializada e do suporte emocional às famílias, elementos cruciais para melhorar significativamente a qualidade de vida desses indivíduos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo investigou o papel dos enfermeiros no cuidado de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), destacando sua importância desde a triagem precoce e diagnóstico até o suporte emocional e intervenção multidisciplinar, na promoção de ambientes terapêuticos adaptados e na implementação de estratégias de intervenção personalizadas. No entanto, desafios como a complexidade da comunicação e o manejo de comportamentos desafiadores ressaltam a necessidade urgente de formação contínua e específica para capacitar enfermeiros nesse contexto. Recomenda-se que instituições de saúde invistam em programas educacionais abrangentes que incluam tanto aspectos técnicos quanto habilidades interpessoais, visando melhorar a qualidade do cuidado oferecido e fortalecer o suporte emocional às famílias.

Além disso, é fundamental desenvolver diretrizes claras e protocolos padronizados que facilitem a triagem precoce, diagnóstico preciso e implementação de intervenções baseadas em evidências. Isso não apenas garante abordagens mais eficazes no manejo do TEA, mas também promove colaboração estreita entre profissionais de saúde e educação. Sugere-se também a integração de tecnologias digitais para facilitar a comunicação e o monitoramento contínuo do desenvolvimento das crianças, permitindo ajustes rápidos e personalizados nas estratégias de cuidado conforme necessário. Essas medidas são essenciais para assegurar que cada criança com TEA receba cuidado holístico e integrado, promovendo seu bem-estar e qualidade de vida ao longo de seu desenvolvimento.

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