A IMPORTÂNCIA DOS CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES ONCOLÓGICOS

THE IMPORTANTE OF PALLIATIVE CARE IN ONCOLOGY PATIENTS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102410111355


Luisa Victoria Souza Aguero1
Athos Muniz Braña2


RESUMO

Os cuidados paliativos têm como finalidade desenvolver uma melhor qualidade de vida para o paciente terminal e sua família, por meio do alívio da dor e acolhimento psicossocial, com ênfase em possibilitar ao enfermo uma terminalidade de vida e um processo de luto para a família dignos. Para tanto, o Cuidado Paliativo no Brasil, tornou-se uma especialidade de importância, sendo necessário preparo técnico dos profissionais de saúde para o manejo efetivo de pacientes em fim de vida. Objetivo: Demonstrar a importância dos cuidados paliativos em pacientes terminais, especialmente nos casos oncológicos, e seus desafios para implementação no cenário brasileiro. Além disso, discorrer a respeito da atuação da equipe multiprofissional e a classe médica diante da terminalidade de vida e seus métodos terapêuticos. Método: Realizou-se uma revisão bibliográfica sistemática, que busca discorrer e conscientizar sobre os temas: medicina paliativa, ética dos profissionais de saúde e terminalidade de vida. Resultados: Esse estudo possibilitou apresentar a importância dos cuidados paliativos e a atuação das equipes de profissionais de saúde e médicos, também evidenciou deficiências na formação acadêmica médica a respeito do manejo paliativo, ressaltando a fragilidade de tal temática na sociedade atual.  Conclusão: Percebe-se que a Medicina paliativa é uma área de atuação médica emergente diante do aumento de mortalidade de doenças crônicas-degenerativas, em especial o câncer. Outrossim, é parte da ética dos profissionais de saúde buscar uma relação empática com o paciente e sua família diante do processo de fim de vida além de promover métodos terapêuticos que preservem a qualidade de vida do paciente.

Palavras-chave: cuidados paliativos, qualidade de vida, ética médica, equipe multiprofissional, terminalidade.

ABSTRACT

Palliative care aims to develop a better quality of life for the terminally ill patient and their family, through pain relief and psychosocial support, with an emphasis on enabling the patient to have a dignified end of life and a dignified grieving process for the family. To this end, Palliative Care in Brazil has become an important specialty, requiring technical preparation of health professionals for the effective management of patients at the end of life. Objective: Demonstrate the importance of palliative care in terminally ill patients, especially in oncological cases, and its challenges for implementation in the Brazilian scenario. In addition, discuss the role of the multidisciplinary team and the medical profession in the face of terminality of life and its therapeutic methods.Method: A systematic bibliographic review was carried out, which seeks to discuss and raise awareness about the topics: palliative medicine, ethics of health professionals and end-of-life. Results: This study made it possible to present the importance of palliative care and the performance of teams of health professionals and doctors, it also highlighted deficiencies in medical academic training regarding palliative management, highlighting the fragility of this topic in today’s society.  Conclusion: It is clear that palliative medicine is an emerging area of ​​medical practice given the increase in mortality from chronic degenerative diseases, especially cancer. Furthermore, it is part of the ethics of health professionals to seek an empathetic relationship with the patient and their family during the end-of-life process, in addition to promoting therapeutic methods that preserve the patient’s quality of life.

Keywords: palliative care, quality of life, medical ethics, multidisciplinary team, terminality.

INTRODUÇÃO

O cuidado com a finitude da vida humana é uma questão relevante na atualidade, especialmente para a Medicina, nesse sentido, os cuidados paliativos se baseiam principalmente na compaixão e no cuidado ao enfermo como para seus familiares, em busca de medidas que aliviam o sofrimento, principalmente a dor, e possibilitem enfrentar a morte como um processo natural da vida. É fictícia a pressuposição da plenitude do cuidado e que não há como acolher o paciente que não possui possibilidade de cura, visto que a humanização também está associada à promoção do bem estar1.

Assim, a ideia dos cuidados paliativos é excepcionalmente ética no que diz respeito a terminalidade da vida, promovendo o alívio do sofrimento, seja físico ou mental, reafirmando a importância da vida e traduzindo a morte como um processo natural, não antecipando e nem adiando a morte, de modo a acolher o paciente como um todo, em seus aspectos espirituais, físicos e psicossociais1.

Ademais, nos dias atuais a sociedade apresenta uma transição demográfica e epidemiológica, com um emergente aumento de envelhecimento populacional, e associado a isto, um crescente aumento de morbimortalidade de doenças crônico-degenerativas, tais como o câncer. Estima-se que para o ano de 2030 ocorram cerca de 25 milhões de novos casos de câncer2. Além disso, o câncer não apenas ameaça a vida, mas também impõe danos tanto para o paciente como aos seus familiares, causando sofrimentos de cunho físico, emocional e mental.

Mediante a isso, com o aumento da morbimortalidade faz-se necessário uma mudança de foco dos profissionais de saúde para manejo de pacientes terminais, especialmente os pacientes oncológicos. Devido a isso, surgiram os cuidados paliativos, que podem ser exemplificados como uma abordagem que visa melhorar a qualidade de vida de pacientes diante de doenças que ameaçam a vida3. Tais cuidados dependem de uma equipe multiprofissional integrada por médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, em ambiente hospitalar ou domiciliar, com o objetivo do controle de sintomas, sinais e suporte biopsicossocial.

Todavia, os cuidados paliativos ainda são um desafio na saúde pública do Brasil, pois suas estratégias e terapêuticas humanizadas ainda são pouco exploradas pelos profissionais de saúde. Apesar de estar inserida no Sistema Único de Saúde (SUS) desde o final da década de 1990, a medicina paliativa apresenta dificuldades em sua implementação nos três níveis de complexidade do sistema de saúde4, e além disso o Brasil ainda possui deficiência quanto a formação de profissionais e também no fomento de políticas específicas.

Diante do exposto, o presente estudo busca apresentar uma revisão sistemática da literatura cientifica nacional e internacional sobre os desafios da implementação dos cuidados paliativos na assistência a pacientes oncológicos, bem como a atuação da equipe multidisciplinar e em especial o papel do médico, de modo a avaliar a evolução das práticas e condutas dos profissionais de saúde no que tange aos cuidados paliativos, objetivando dar maior destaque ao tema.

MATERIAL E MÉTODO

A presente pesquisa trata-se de uma revisão integrativa da literatura tendo como referência estudos de revisões sistemáticas, revisões integrativas e ensaios clínicos controlados randomizados, previamente elegíveis, seguindo os critérios de inclusão, que discorreram sobre a importância dos cuidados paliativos como terapêutica multiprofissional no paciente oncológico. Considerou-se critérios de exclusão, estudos que registraram os cuidados paliativos ao paciente não oncológico, além de estudos publicados há mais de 30 anos. Realizado uma triagem de artigos publicados em revistas indexadas nas bases de dados SciELO, sendo estes localizados nos periódicos: Revista Saúde e Ciência, Brazilian Journal of Health Review, Revista Nursing, publicações do Instituto Nacional de Câncer (INCA), Cuadernos de Educación y Desarrollo, Palliat Medicine and Hospice Care, Brazilian Journal of Development, Peer Review e Ministério da Saúde.

Durante a primeira fase da produção foi avaliado títulos e resumos para eleger aqueles que se adequam aos critérios de seleção. Os estudos com mais relevância e os que obtiveram dúvidas foram analisados posteriormente. A segunda fase foi a extração de dados dos estudos eleitos, finalizada essa fase foram selecionados 32 (trinta e dois) artigos que farão parte dos resultados e discussões.

Todos os estudos elegíveis foram lidos totalmente e as informações disponíveis no texto foram colhidas de acordo com o desenho do estudo, autor, ano de publicação e as abordagens realizadas ao paciente oncológico.

Os critérios para análise foram, a evolução do câncer e seus impactos, cuidados paliativos no paciente oncológicos, equipe multidisciplinar nos cuidados paliativos, papel do médico nos cuidados paliativos, manejo da dor no cuidado paliativo e terminalidade.

A EVOLUÇÃO DO CÂNCER E SEUS IMPACTOS

O que diferem as células cancerígenas das células normais são a sua capacidade de crescimento desordenado e a formação de outras novas células anormais5, sendo assim, as mesmas se dividem de forma agressiva e incontrolável progressivamente, além de possuírem a capacidade de invadir outras estruturas adjacentes.

Dessa forma, o novo estilo de vida da população propicia mais exposição aos fatores de risco do mundo contemporâneo, dentre os principais estão o consumo de álcool, tabagismo, sedentarismo e exposição excessiva à radiação solar6. Assim, o novo perfil de morbimortalidade da geração atual traz as doenças crônico-degenerativas como um novo risco para a população brasileira.

Não obstante a isso, os efeitos do crescimento do câncer causam impacto a nível mundial, colocando-se entre as dez principais causas de morbimortalidade em todo o mundo, durante o período de 2000 a 2019. Além disso, os dados apontam que até o ano de 2030, há uma perspectiva de aumento de 27 (vinte e sete) milhões de novos casos incidentes, acompanhados de uma média de 13 (treze) milhões de mortes no período e 75 (setenta e cinco) milhões de pessoas com diagnóstico de câncer anualmente7.

Sendo assim, o aumento da expectativa de vida acarretou uma mudança do perfil epidemiológico no Brasil nas últimas décadas, introduzindo o câncer como uma das principais doenças não transmissíveis8, se estabelecendo entre as doenças que causam maior impacto na população brasileira.

Mediante a isso, a intensidade pela busca de cura das doenças associado a uma cultura de negação da morte promoveu métodos terapêuticos desnecessários, visto que, muitas vezes o processo patológico é irreversível, tais como: distanásia, uma prática médica que prolonga a vida de um paciente terminal através de meios artificiais e desproporcionais, mesmo quando não há perspectivas de cura, ou seja, realizando procedimentos terapêuticos desnecessários ao paciente terminal sem que haja uma devida reflexão sobre seu benefício. Dessa forma, o paciente muitas vezes é submetido a procedimentos invasivos e intervenções desvantajosas, tendo em vista que o paciente terminal não apresenta melhora clínica de seu quadro9.

Dessa forma, o plano terapêutico que tem a doença como foco esquece de refletir o sofrimento do paciente e de seus familiares, negligenciando o manejo da sintomatologia e demais necessidades do enfermo9. Diante disso, o cuidado paliativo é essencial para a abordagem terapêutica ao paciente sem possibilidade de cura, em especial na oncologia, haja vista que uma grande parte desta especialidade médica não apresenta reversibilidade do quadro patológico e muitas vezes, nem melhora clínica, portanto faz se necessário preservar a manutenção de uma vida qualitativa frente a terminalidade.

Com isso, os cuidados paliativos foram inseridos no SUS no ano de 2013, conforme a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer, de acordo com a Portaria n° 874/2013, onde é garantida a aplicação da assistência paliativa em todos níveis de atenção de saúde, ou seja, na atenção básica, média e alta complexidade com atenção domiciliar, ambulatorial, hospitalar, urgência e emergência10. A partir da publicação desta Portaria foi possível aprimorar a oferta do cuidado e ampliar o acesso aos cuidados paliativos nos serviços de saúde.

Nesse elo, os princípios doutrinários do SUS (universalidade, equidade e integralidade) que constituem ideias filosóficas que implementam e consolidam o conceito do direito à saúde, podem ser associados também ao conceito de cuidado paliativo, a universalidade, diz respeito ao direito de saúde para todos, baseando-se em uma política de proteção e inclusão social, a equidade, originada a partir de igualdade no acesso à saúde para os cidadãos e a integralidade é um dos princípios relativos a pratica de saúde, de modo a observar cada pessoa como um todo indivisível e integrante4.

Contudo, apesar dos avanços nos últimos anos, o país ainda é carente de centros médicos que disponibilizam dos serviços de cuidados paliativos, de modo que, ainda são insuficientes para atender a demanda populacional brasileira e para assegurar a qualidade de vida e dignidade da morte dos pacientes, sendo um dos principais obstáculos, o déficit de profissionais capacitados no Brasil, visto que a abordagem dos Cuidados Paliativos ainda é desconhecida de modo geral11.

CUIDADOS PALIATIVOS NO PACIENTE ONCOLÓGICO TERMINAL

No ano de 2007, A Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçou seus esforços em relação aos cuidados paliativos de forma ativa nos pacientes diagnosticados com o câncer, principalmente em relação aos casos com estágios mais avançados da doença, aqueles que possuem pouca probabilidade de cura, implementando um tratamento diferenciado cujo objetivo é melhorar a qualidade de vida do paciente nos pacientes em fim de vida, que portam doenças crônico-degenerativas que ameacem a vida, por meio de tratamento para alívio da dor e dos sintomas, buscando dar suporte psicossocial e espiritual ao enfermo8.

Conforme o conceito aponta, o objetivo do tratamento é acolher o paciente e sua família possibilitando uma melhor qualidade de vida nos momentos finais do tratamento, principalmente nos casos irreversíveis da doença8.

Nesse sentido, o cuidado paliativo deve ser realizado desde o diagnóstico da doença, promovendo o alívio da dor e de outros sintomas, tratando o processo da vida e da morte como um caminho natural, integrando aspectos psicológicos e espirituais dentre os demais cuidados ao paciente, de modo a oferecer suporte que possibilite ao paciente viver ativamente enquanto ainda possível, possibilitando a melhor qualidade de vida até o momento de sua morte, oferecendo um acolhimento que auxilie os familiares durante o processo da doença e posteriormente no apoio ao momento de luto9.

É evidente a importância dos cuidados paliativos para pacientes terminais diagnosticados por doenças crônico-degenerativas, incluindo os pacientes oncológicos, promovendo uma estratégia de tratamento com ênfase no cuidado humanizado10. Ademais, é necessário destacar que a dor do paciente oncológico não se limita apenas a dor física gerada pelos efeitos da doença, decorrentes do período em que se encontra enfermo. Mas também, é necessário estar atento para a dor psicológica, diante do estado emocional que o paciente terminal se encontra, visto que seu estado clínico e o decorrente processo de morte propiciam um maior estresse psicológico nestes pacientes11. Além disso, o medo e a preocupação entre os familiares geram também sofrimento psicológico para o paciente, todavia, fazendo o uso correto das técnicas de comunicação interpessoal implementadas pelos profissionais de saúde que utilizam os cuidados paliativos, é possível minimizar a angústia dos pacientes que estão passando por este processo.

Mediante a isso, os componentes dos cuidados paliativos no paciente oncológico consistem no alivio da dor por meio da identificação precoce do diagnóstico da doença, com o uso de drogas como os opioides no suporte a dor, apoio psicológico através dos demais profissionais que compõem a equipe multidisciplinar de saúde, fornecendo uma atmosfera de comunicação aberta e honesta entre a equipe médica e o paciente e sua família, com empatia e compaixão no envolvimento da família durante o tratamento, disponibilizando o acesso na tomada de decisões no que se refere ao manejo clínico12.

ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR NOS CUIDADOS PALIATIVOS

A equipe médica que aborda os cuidados paliativos é formada por um conjunto de profissionais da saúde que atuam de maneira integrada, composta por profissionais variados como médico, enfermeiro, psicólogo, assistente social, técnico de enfermagem, além da assistência religiosa conforme a crença pessoal de cada paciente, com o intuito de promover cuidados específicos e variados aos pacientes terminais, sobretudo oncológicos, e seus familiares durante o tratamento5.

A assistência ao paciente terminal deve ser integral amparando-o em suas vulnerabilidades físicas, mentais, sociais e espirituais13, o que demonstra a importância da delegação das responsabilidades entre os profissionais integrados no manejo dos cuidados paliativos, compartilhando conhecimentos e estratégias com ênfase em promover uma boa abordagem multidisciplinar no paciente em fim de vida.

De acordo com os fundamentos dos cuidados paliativos13, é essencial que a equipe multiprofissional promova um vínculo condizente com o paciente terminal e sua família. Dessa forma, os integrantes da equipe devem construir um plano terapêutico que seja mais adequado para o paciente assistido, visando a melhor qualidade de vida possível.

Logo, é de extrema importância que a equipe multiprofissional tenha conhecimento prévio acerca dos cuidados paliativos, apresentando questões sobre a finitude da vida e princípios éticos que orientem esses cuidados9. Devido ao melhor embasamento desses profissionais durante o debate, é possível adotar uma postura coerente ao paciente terminal, elaborando um plano terapêutico adequado à sua situação clínica.

Durante a fase de progressão da doença, os pacientes e seus familiares não estão preparados para enfrentarem o diagnóstico de uma doença terminal, e neste momento surgem diversas reações emocionais como medo, ansiedade e tristeza. Portanto, a família se torna a principal fonte de apoio do paciente, além disso, o suporte da equipe multidisciplinar é imprescindível estabelecendo formas de comunicação, possibilitando a criação de um vínculo entre a equipe, paciente e família, estabelecendo confiança e proporcionando uma melhor assistência humanizada ao paciente, com práticas que vão além do habitual, abrangendo também cuidados psicossociais14.

Portanto, é de extrema importância estabelecer estratégias de comunicação para realizar um cuidado efetivo, promovendo apoio emocional ao paciente. Visto que, nesse momento de fragilidade o paciente em fase terminal passa por conflitos existenciais. Logo, através da comunicação com o profissional de saúde de maneira adequada, por meio de um processo de atenção e de escuta ativa, que possibilite um amparo emocional, contribuindo para o fortalecimento do vínculo e confiança15.

Convém enfatizar que a prática adequada da comunicação verbal e não verbal é uma medida terapêutica essencial para os pacientes terminais, visto que ameniza o estresse psicológico dos mesmos e também de seus familiares, permitindo compartilhar a angústia. Portanto, independente da capacidade verbal do paciente, é dever da equipe de saúde ouvi-lo, identificando suas necessidades, para então suprir suas demandas, garantindo um plano terapêutico eficaz, através da empatia e atendimento humanizado15.

Nesse sentido, conforme o Código de Ética dos Profissionais da Enfermagem16, é dever do profissional de saúde assistir o paciente e sua família proporcionando qualidade de vida, desde o momento do nascimento, durante a vida, na morte e durante seu luto, aos pacientes que enfrentam doenças terminais irreversíveis. Diante disso, o profissional de saúde deve ser respeitoso ao tratar com a vida do paciente, promovendo cuidados paliativos, minimizando o sofrimento e acolhendo-o para uma morte digna. Nessa toada, os enfermeiros também se tornam peça fundamental para a equipe multiprofissional dos cuidados paliativos, visto que são os responsáveis por acompanharem o cotidiano do paciente, podendo estabelecer um vínculo de confiança e humanismo.

De igual forma, a psicologia possui papel fundamental na equipe multiprofissional17,visto que há um grande sofrimento vivenciado tanto pelo paciente terminal como para seus familiares, oferecendo dessa forma, uma escuta qualificada e por meio disso contribuindo para as vivências associadas a aceitação da doença, conflitos dentro da família e a terminalidade.

De igual modo, é necessário ressaltar a importância da fisioterapia na assistência paliativa, que tem o objetivo de minimizar o sofrimento do paciente, exercendo um papel importante em reduzir o risco de complicações, contribuindo para um aumento da qualidade de vida, assim, assegurando a dignidade do paciente. Dessa maneira, o fisioterapeuta desempenha técnicas que o tornam peça chave na promoção da saúde e qualidade de vida ao paciente terminal9, devendo administrar os cuidados em harmonia com outros profissionais da equipe, com o foco principal em promover o bem estar do paciente.

Por conseguinte, os cuidados paliativos são um conjunto de atos multiprofissionais que tem como foco o controle dos sintomas físicos e mentais, além do paciente terminal sua família também deve ser acolhida pela equipe. Nesse momento, o tratamento não possui mais a finalidade de curar o paciente, uma vez que a doença já está em fase irreversível, ou seja, a partir desse momento, a atuação da equipe de saúde é redirecionada para prestar os cuidados paliativos, com o objetivo de ofertar uma melhor qualidade de vida para o paciente em fim de vida18.

PAPEL DO MÉDICO NO CUIDADO PALIATIVO

No cenário atual do Brasil, é possível observar uma deficiência na área da educação no que diz respeito à aplicação dos cuidados paliativos na grade educacional da formação dos profissionais da área da saúde, cujo tema muitas vezes não é abordado durante a formação acadêmica dos novos profissionais que ingressam no mercado de trabalho, além disso, o tema não é referido como propedêutica do paciente. Dessa maneira, não há uma disciplina específica voltada para os cuidados paliativos, ou seja, o contato dos estudantes de medicina e demais cursos da área da saúde com a temática está restrita à abordagem em palestras ou por atividades extracurriculares19.

Em consequência disso, a medicina no Brasil, durante um longo período, concentrou seu foco no tratamento da doença e não no paciente como um todo, no aspecto geral da saúde, devido a isso, a nova geração de médicos foi formada com o objetivo de tratar as desordens orgânicas e não o paciente doente, gerando assim, uma ilusão que a medicina é capaz de curar todas as doenças, idealizando os casos de mortes como um fracasso profissional19.

Por essa razão, a discussão do tema na grade acadêmica é fundamental para a inserção dos cuidados paliativos no país, bem como para realizar os atendimentos ao público de forma eficiente. Sendo assim, é necessário a implementação desse tema na formação acadêmica dos profissionais de saúde e em especial no curso de medicina11, objetivando capacitar profissionais sensibilizados e treinados para receber pacientes em fim de vida.

Nesse ponto, o médico se enquadra como um dos principais pilares da equipe multidisciplinar no cuidado paliativo20, pois, é ele quem faz o diagnóstico precoce da doença, aborda o paciente e sua família, coordena a equipe especializada estabelecendo um plano de suporte para o bem estar do paciente, cuidando de suas dores físicas e emocionais durante seu traspasse.

Sendo assim, deve haver uma hierarquia na equipe de saúde para execução do tratamento, sendo o médico responsável pela função decisiva dentro do grupo. Além disso, ele também coordena e expõe o feedback entre os profissionais, o paciente e a família21. Logo, é de suma importância que os profissionais mantenham um bom diálogo com a equipe e a família do paciente, pois eles também esperam receber do médico informações do diagnóstico e prognóstico da doença.

Portanto, conforme o Código de Ética Médica22, o assunto “Relação com pacientes e familiares”, recomenda-se que o médico ofereça todos os cuidados paliativos à disposição, partindo de uma visão humanista do profissional de saúde, o médico deve estar orientado para acolher este paciente, analisando toda sua integralidade, sem realizar ações terapêuticas desnecessárias e infrutíferos, garantindo a vontade do paciente e sua dignidade de vida durante todo o processo da morte.

MANEJO DA DOR NO CUIDADO PALIATIVO

O cuidado paliativo tem como um dos principais objetivos o controle da dor e do sofrimento do enfermo, pois são condições clínicas associadas diretamente ao fim da vida, e consequentemente implicam no funcionamento físico e emocional do paciente e também de seus familiares23. Dessa forma, é crucial a identificação precoce do diagnóstico da doença, de modo a analisar adequadamente o manejo efetivo da dor.

Dessa maneira, as dores vivenciadas pelo paciente oncológico podem ser das mais variadas, como a dor física devido ao curso da doença terminal, dor psicológica incluindo a depressão e a ansiedade pelo estresse gerado pela condição clínica, além da dor por influência social, que se deve ao isolamento do paciente, a falta de prazer em realizar atividades e pela angústia visível da família23.

Portanto, é importante destacar a abordagem farmacológica para o alivio da dor, sendo recomendado no tratamento o uso de opioides para pacientes oncológicos avançados, pois são os fármacos mais eficazes e disponíveis para o tratamento da dor de escala moderada a intensa no país. No entanto, mesmo com evidências científicas que indicam o uso de opioides para o controle da dor, cerca de 75% da população mundial carecem de acesso a esses fármacos24.

Além disso, a falta de comunicação honesta entre o paciente e os profissionais de saúde ocasionam o controle inadequado da dor, por ser um assunto sensível e geralmente atrelado ao medo e angústia25. Devido a isso, é importante estabelecer um meio de comunicação aberta para avaliar opções de tratamento efetivos para o bem estar do paciente.

Nesse sentido, ainda há a barreira do preconceito com a utilização desse tipo de medicamentos nos tratamentos de dores crônicas, visto que ainda há muitos estigmas relacionados ao risco de vício dos pacientes ao uso desses fármacos, ocasionando no manejo inadequado da dor23.

Para isso, diversas abordagens podem ser utilizadas para tratar a dor em pacientes oncológicos, entre intervenções farmacológicas e não farmacológicas. O uso de analgésicos é a base para o tratamento, como os anti-inflamatórios não esteroides até os opioides, combinado a terapias complementares como terapia ocupacional e psicológica, com o intuito de melhorar a qualidade de vida do paciente em cuidados paliativos25.

TERMINALIDADE

Nos tratamentos de doenças crônico-degenerativas, a terminalidade é definida quando não há mais a possibilidade de cura do paciente e o seu fim de vida se torna próximo, devido a isso os profissionais da área da saúde devem estar preparados para implementarem de forma adequada os cuidados paliativos aos pacientes que se encontram nesse estágio, amenizando o sofrimento e permitindo uma morte digna. Portanto, o avanço dos cuidados paliativos depende de forma direta da iniciativa da equipe multidisciplinar, transmitindo ao paciente e sua família, a ideia que a morte também faz parte do ciclo natural da vida26.

Assim, durante o processo de terminalidade, o paciente oncológico enfrenta a fase avançada e irreversível da doença, com o aumento do catabolismo decorrente da ação de citocinas, especialmente interleucinas (IL-1 e IL-6) e pelo fator de necrose tumoral (TNF)27. Consequentemente, promovendo a perda de massa gorda e posteriormente de massa magra, evoluindo para caquexia e diminuição da energia vital e, por fim, ocasionando a falência dos órgãos.

Para tanto, o temor da terminalidade integra vários aspectos, como o medo de ser deixado sozinho, de estar distante de quem ama e do desconhecimento da vida pós-morte. Além disso, a angústia é maior quando pacientes jovens enfrentam esse processo. Sendo assim, é natural do ser humano buscar a religião como amparo para enfrentar a morte como um processo natural, nos cuidados paliativos a espiritualidade é uma forma de ajuda para que os pacientes encarem suas angústias, proporcionando acolhimento e fé28.

Logo, o sofrimento da família para aceitar o processo de terminalidade é uma das principais causas que leva a distanásia28. Essa causa pode estar relacionada a diversos motivos, como a dificuldade da família em compreender a morte, a falta de comunicação entre a equipe de saúde e a família, bem como a incessante busca pela cura da doença.

Em contrapartida, os princípios da ortotanásia consistem em respeitar o momento adequado para a morte, e respeitar o ciclo de vida. Não apressa nem adia o processo da morte. Portanto, tem como objetivo a não utilização de medidas desnecessárias e com enfoque em diminuir o sofrimento do paciente e familiares28.

Todavia, discutir sobre a morte é considerado um tabu na sociedade, sendo um assunto costumeiramente evitado devido à associação a situações negativas. Por consequência, levando a dificuldade do paciente em aceitar o processo natural da morte, portanto, deve-se sensibilizar esse tema para que facilite debates que envolvam discussões sobre a morte29.

Em vista disso, torna-se evidente a importância de formar uma comunicação entre o médico e o paciente terminal e sua família ou cuidadores, por meio deste vínculo possibilitando uma participação ativa no cuidado do enfermo. Nesse contexto, a comunicação efetiva é de extrema importância para manejar o paciente na terminalidade. Deve-se ressaltar que seja compartilhada todas as informações disponíveis, de forma empática e de linguagem acessível ao entendimento familiar respeitando o tempo de compreensão, visto que o processo do morrer relaciona-se com sentimentos e anseios que não podem ser avaliados somente do ponto de vista racional30.

Portanto, é dever da equipe de saúde identificar sinais e sintomas que sinalizam a morte iminente, e explicar aos familiares o processo de fim de vida para que possa possibilitar uma despedida final27. Neste momento, os manejos devem ser voltados para o controle adequado dos sintomas, evitando tratamentos prolongados e desnecessários.

Logo, diante da irreversibilidade da doença e a evolução inevitável para a morte, as medidas terapêuticas devem possibilitar um processo de fim de vida digno e confortável para o paciente e seus familiares, nessa situação a morte se torna um desfecho previsto e não deve ser empregado medidas desnecessárias para o seu combate31.

Diante disso, a Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde assegura aos pacientes o direito de escolher o local de morte, designação de representante e também a possibilidade de recusa de tratamento. Portanto, é de suma importância ter ciência da percepção dos pacientes com sua saúde31.

Na fase terminal, é dever da equipe de saúde proporcionar um acolhimento adequado ao paciente através dos cuidados paliativos, seguindo os princípios de uma visão holística do ser humano, incluindo os aspectos psicológicos, sociais e espirituais individuais32.Além disso, garantindo um processo de morte digno e respeitoso, que é direito de qualquer cidadão.

Logo, o apoio familiar também é necessário durante a terminalidade do paciente, visto que a presença do familiar auxilia no decurso da fase final, minimizando o sofrimento e a ansiedade e possibilitando despedidas finais32.O pilar familiar é um dos principais alicerces para a assistência ao paciente terminal.

Sendo assim, o valor da vida transcende do ser humano, englobando seus aspectos sociais, espirituais, físicos e psicológicos, complementando sua individualidade com a sociedade, sendo essencial para a bioética. Assim, os cuidados paliativos são fundamentais na visão holística do paciente, investindo em ações para a resolução de problemas, sejam eles mentais, sociais ou físicos. Nesse sentindo, no momento final de vida o tratamento torna-se essencial para o conforto e alivio do sofrimento do paciente32.

CONCLUSÃO

Partindo do pressuposto que o câncer é uma patologia terminal em diversos casos, o manejo do cuidado paliativo é reconhecido como plano terapêutico fundamental para melhorar a qualidade de vida dos pacientes que enfrentam a terminalidade de vida. Logo, o cuidado se preocupa com os aspectos físicos, emocionais e espirituais do paciente, visto que o câncer não impõe apenas o sofrimento físico ao paciente, mas também promove danos emocionais a si e a seus familiares que vivenciam todo o progresso da doença e o processo de luto.

Assim, o presente estudo evidenciou a importância de implementar o tratamento de casos oncológicos terminais através dos cuidados paliativos ao paciente durante o estágio da terminalidade, por meio de uma equipe multiprofissional que promova o bem-estar, acolhendo os familiares na transição do luto e viabilizando o menor sofrimento dos envolvidos, através da escuta qualificada, manejo adequado de dor e plano terapêutico eficaz. Por fim, mediante a terminalidade de vida, as condutas terapêuticas devem dar enfoque na qualidade de vida do indivíduo, preservando sua autonomia e dignidade, amparando suas dores físicas e emocionais e assim, garantindo a dignidade humana.

REFERÊNCIAS

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1 Acadêmica de Medicina. Centro Universitário Uninorte, Rio Branco, AC, Brasil.

2 Médico especialista em acupuntura e dor, Centro Universitário Uninorte, Rio Branco, AC, Brasil.

*Autor correspondente: luisasouzaguero@hotmail.com