ANÁLISE DO MODO VENTILATÓRIO UTILIZADO NA ASSISTÊNCIA DE PREMATUROS E CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL

ANALYSIS OF VENTILATORY MODE USED IN PRETERM AND CLINICAL CHARACTERISTICS OF A NEONATAL INTENSIVE CARE UNIT

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202410102040


Katherine Weschenfelder de Brida1;
Alessandra Bombarda Müller2.


Resumo: A prematuridade é identificada como uma das principais causas de problemas de saúde e óbito em crianças e está diretamente associada a complicações que afetam o desenvolvimento infantil. Dentro das estratégias adotadas pelos fisioterapeutas para cuidar de recém-nascidos, a ventilação não invasiva por pressão positiva tem se destacado, a fim de prevenir a intubação traqueal e o uso da ventilação mecânica invasiva. Este trabalho teve como objetivo identificar a escolha do modo ventilatório utilizado em prematuros que necessitaram suporte respiratório nas primeiras 72h após o nascimento e traçar o perfil clínico-epidemiológico dessa amostra, conforme análise de prontuários. Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal, retrospectivo, de análise quantitativa, por meio de revisão de prontuários. Foram identificados 99 prontuários de bebês prematuros, com prevalência do sexo masculino, parto cesáreo, prematuridade moderada, sem necessidade de intubação, entretanto, uso de ventilação não invasiva por pressão positiva nas primeiras 72 horas após o nascimento, o período mais crítico para a saúde dos prematuros. Foi encontrada forte associação entre idade gestacional e peso ao nascimento (0,665; p≤0,001) e prescrição de cafeína (0,583; p≤0,001), assim como uso de cafeína e apneia (0,976; p≤0,001). Moderadas associações foram observadas entre desfecho clínico e intubação ao nascer (0,395; p≤0,001) e intubação em 72h (0,395; p≤0,001). Ao apontar o uso da pressão positiva contínua não invasiva como estratégia ventilatória protetora desde o nascimento do RNPT, os achados do presente estudo reforçam a necessidade de um acompanhamento fisioterapêutico integrado no manejo inicial destes bebês na UTIN, assim otimizando os cuidados respiratórios e funcionais desses pacientes vulneráveis desde os estágios iniciais de vida. 

Palavras-Chave: Prematuridade; Unidade de Terapia Intensiva Neonatal; Ventilação Não Invasiva.

Abstract: Prematurity is identified as one of the leading causes of health problems and mortality in children. It is directly associated with complications affecting infant development. Among the strategies adopted by physiotherapists for caring for newborns, non-invasive positive pressure ventilation has stood out in preventing tracheal intubation and the use of invasive mechanical ventilation. This study aimed to identify the choice of ventilatory mode used in premature infants requiring respiratory support within the first 72 hours after birth and to outline the clinical-epidemiological profile of this sample based on chart review. This was an observational, cross-sectional, retrospective study employing quantitative analysis through chart review. 99 medical records of premature babies were identified, predominantly male, delivered by cesarean, with moderate prematurity, and without the need for intubation. However, non-invasive positive pressure ventilation was utilized within the critical first 72 hours after birth, a period crucial for premature infants’ health. Strong associations were found between gestational age and birth weight (0.665; p≤0.001), and prescription of caffeine (0.583; p≤0.001), as well as between caffeine use and apnea (0.976; p≤0.001). Moderate associations were observed between clinical outcome and intubation at birth (0.395; p≤0.001), and intubation within 72 hours (0.395; p≤0.001). By highlighting the use of noninvasive continuous positive pressure as a protective ventilatory strategy from birth in very preterm newborns, the findings of this study underscore the need for integrated physiotherapeutic follow-up in the initial management of these babies in the NICU, thus optimizing respiratory and functional care for these vulnerable patients from the earliest stages of life.

Key-words: Premature; Neonatal Intensive Care Unit; Noninvasive Ventilation.

INTRODUÇÃO

Segundo o Ministério da Saúde do Brasil (2022), anualmente, ocorrem aproximadamente 340 mil nascimentos prematuros. Isso se traduz em uma média de pelo menos 930 nascimentos antes do tempo a cada dia, ou seja, cerca de seis bebês nascem prematuros a cada intervalo de 10 minutos. A prematuridade é definida como o nascimento que acontece antes de completar 37 semanas de gestação, categorizada em prematuridade moderada (de 32 a 37 semanas de idade gestacional), prematuridade acentuada (de 28 a 31 semanas de idade gestacional) e prematuridade extrema (menos de 28 semanas de idade gestacional) (Bortoleto et al., 2020).

O processo de desenvolvimento humano tem seu início durante a fase intrauterina, considerada o período de construção estrutural. A partir da quinta semana de Idade Gestacional (IG), já começam a se formar os sistemas nervoso, digestivo, circulatório e respiratório. Até a décima terceira semana de IG, já é possível observar o surgimento de algumas estruturas físicas como membros, olhos, boca, nariz e ossos. Nas semanas subsequentes, se inicia o desenvolvimento de habilidades motoras e sensoriais, e por volta das 40 semanas, todos os órgãos estão completamente formados, preparando o feto para um nascimento adequado (Júnior et al., 2015).

A prematuridade é identificada como uma das principais causas de problemas de saúde e óbito em crianças. Ela está diretamente associada a complicações que afetam o desenvolvimento neurológico e respiratório infantil. Atualmente, as mortes neonatais constituem aproximadamente 70% de todos os óbitos ocorridos durante o primeiro ano de vida, e a atenção adequada prestada aos recém-nascidos prematuros (RNPT) é um dos principais desafios para a redução da taxa de mortalidade infantil no país, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (2022).

Os problemas respiratórios são frequentes em RNPT devido à sua imaturidade, tornando o suporte ventilatório, tanto invasivo quanto não invasivo, uma necessidade crucial. O fisioterapeuta na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) desempenha um papel essencial nesse contexto (Teles et al., 2018), porque mantém a permeabilidade das vias aéreas da criança, previne complicações respiratórias, melhora a limpeza do muco e previne o acúmulo de secreções. Também inicia e ajusta o suporte ventilatório para aliviar o trabalho respiratório do bebê e auxilia a preservação e restauração das funções do sistema respiratório (Oliveira et al., 2019).

Além do desempenho do fisioterapeuta em relação às funções respiratórias do RNPT, o profissional também é essencial no tratamento da função motora desta população, auxiliando na modulação do tônus, nos movimentos passivos, nas posturas, realizando posicionamento terapêutico, mobilizações e estimulação tátil cinestésica. O objetivo da fisioterapia motora para o prematuro hospitalizado é diminuir os atrasos no desenvolvimento neurocognitivo e motor, incrementar a capacidade funcional e, por consequência, melhorar a qualidade de vida (Theis et al., 2016; Silva et al., 2010; Amaral et al., 2022).

A atuação do fisioterapeuta, em colaboração com a equipe da unidade de terapia intensiva, tem o papel de otimizar o ambiente para os neonatos, por meio da aplicação de técnicas que visam estimular a percepção vestibular, visual e tátil, respeitando os limites de tolerância individual de cada RNPT. Além disso, a implementação de programas de posicionamento e a redução de estímulos prejudiciais são estratégias empregadas para fomentar uma atividade motora e comportamental saudável. Essas práticas desempenham um importante papel na mitigação das possíveis disfunções do desenvolvimento em prematuros submetidos a internações prolongadas, contribuindo para proporcionar condições mais propícias ao desenvolvimento adequado desses bebês (Theis et al., 2016; Silvia et al., 2010; Amaral et al., 2022).

A Ventilação Mecânica Não Invasiva (VNI) é uma abordagem de ventilação mecânica que não requer o uso de uma via aérea artificial, como traqueostomia ou tubo orotraqueal. Ela é uma opção de tratamento para diversas condições clínicas, incluindo crises asmáticas moderadas e graves, Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), pneumonia, edema agudo de pulmão cardiogênico (EAP), exacerbação da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), bem como para situações pós-operatórias e após a extubação de ventilação mecânica (VM) (Adam et al., 2017).

Dentro das estratégias adotadas pelos fisioterapeutas para cuidar de recém-nascidos, a VNI tem se destacado. Ela pode ser oferecida de duas maneiras: por meio da Pressão Positiva Contínua em Vias Aéreas (CPAP – Continuous Positive Airway Pressure) ou Ventilação por Pressão Positiva Intermitente (VPP), utilizando interfaces como máscaras nasais, máscaras faciais ou prongas. A VNI pode ser administrada como Terapia de Expansão Pulmonar (TEP) ou como suporte respiratório (Vieira, Souza, 2017).

Estudos atuais sugerem que a VNI pode ser a primeira opção de suporte ventilatório em casos selecionados, a fim de prevenir a intubação traqueal e o uso da VM. A VNI apresenta diversas vantagens quando comparada à VM, tais como menor risco de pneumonia associada à ventilação mecânica, redução das chances de trauma nas vias aéreas superiores e disfunções das cordas vocais após a extubação. Além disso, permite a manutenção da comunicação e nutrição do paciente e reduz a necessidade de sedação, minimizando o risco de fraqueza muscular adquirida e diminuindo o tempo de ventilação mecânica. Atualmente, a VNI é reconhecida como a abordagem inicial de suporte ventilatório para casos de insuficiência respiratória aguda em crianças e lactentes (Lins, Duarte, Andrade, 2019). Nessa perspectiva, a utilização da VNI modo pressão contínua (CPAP) tem sido mais indicada quando comparada à ventilação mecânica invasiva logo após o nascimento de RNPT, pois está associada a menores danos ao processo de desenvolvimento do bebê.

Este trabalho tem como meta analisar os modos ventilatórios utilizados na assistência de bebês prematuros em uma UTIN de alta complexidade de um hospital de referência na assistência desta população na cidade de Porto Alegre, RS. Estudos estimam que 10% dos nascimentos mundialmente são prematuros e, de acordo com as planilhas mais recentes do DATASUS, no Brasil, foram identificados como nascidos-vivos prematuros 303.477 crianças no ano de 2022. No Estado do Rio Grande do Sul, foram registrados 15.560 nascidos pré-termo no mesmo período (DATASUS, 2023). O painel de monitoramento de nascidos vivos em 2023 no município de Porto Alegre apresentou 1722 partos prematuros, de acordo com o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC, 2023).

Dessa forma, os objetivos deste trabalho foram identificar a escolha do modo ventilatório utilizado em RNPT que necessitaram suporte respiratório nas primeiras 72h após o nascimento e traçar o perfil clínico-epidemiológico dessa amostra, conforme análise de prontuários.

MÉTODO

Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal, retrospectivo, de análise quantitativa, no qual foram analisados prontuários de bebês nascidos no Hospital Santa Clara da Santa Casa de Misericórdia, antes de 37 semanas de idade gestacional, que atenderam aos critérios de inclusão e exclusão do estudo. A amostra, não probabilística, foi formada por 100 prontuários de bebês prematuros que receberam assistência ventilatória nas primeiras 72h de vida e estiveram hospitalizados na UTIN entre os meses de janeiro e dezembro do ano de 2023.

O Centro de Neonatologia Dr. Sergio Pilla Grossi, do Hospital Santa Clara da Santa Casa de Misericórdia, possui 36 leitos hospitalares. Estudos prévios relatam como média do número de dias de internação entre os bebês prematuros 35 dias, e taxas de até 20% dos RNPT com necessidade de assistência ventilatória (Klumb et al., 2022, Barbosa et al., 2021). A elegibilidade para a participação no estudo foi guiada pelos seguintes critérios: 1) inclusão: prontuários de RNPT de ambos os sexos, com necessidade de assistência ventilatória nas primeiras 72h de vida e 2) exclusão: prontuários de RNPT que vieram a óbito no período de até 72h após o nascimento.

A coleta de dados foi iniciada somente após anuência e aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Santa Casa de Misericórdia (parecer número 6.761.6980). Após o envio da extração fornecida pela equipe de tecnologia de informação do hospital, as coletas foram realizadas de forma presencial pela pesquisadora, em dia e horário agendado previamente com a equipe, no período entre abril e junho de 2024.

As informações foram buscadas nos prontuários de internação em UTIN no ano de 2023, observando os critérios de inclusão e exclusão, e a partir disso, foi preenchida uma planilha de excel, identificando as variáveis do estudo. No prontuário foram observadas as seguintes variáveis obstétricas: sexo; tipo de parto; motivo da cesárea; posição do feto; número de consultas pré-natal e idade gestacional; e as variáveis perinatais: peso ao nascimento; índice de APGAR no primeiro e quinto minuto de vida; intubação nas primeiras 72 horas de vida; ventilação por pressão positiva (VPP) ao nascer; uso de CPAP; alterações nos exames de imagens; uso de surfactante; administração de cafeína; oxigenioterapia suplementar; apneia e o desfecho clínico.

Após a coleta, os dados foram agrupados, sintetizados e organizados de forma esquematizada no software RStudio com os seguintes pacotes “dplyr”, “base”, “datasets”, “graphics”, “grDevices”, “methods”, “stats”, “utils”. Foi considerada a significância estatística se p<0,05. Os dados categóricos foram apresentados em valores absolutos e percentuais. Dados quantitativos foram apresentados em mediana e intervalos interquartílicos ou média e desvio padrão. A presença de associação foi testada através do teste Qui-Quadrado de Pearson ou pelo teste Exato de Fisher quando os pressupostos para o primeiro não fossem cumpridos. A força da associação dos dados categóricos foi testada por meio do teste V de Cramer, com resultados entre 0 e 1 que representam, quando valores menores que 0,2, uma associação fraca; se valores entre 0,3 e 0,6, uma associação moderada e quando valores acima de 0,6, uma associação forte.

RESULTADOS

Foram identificados 110 prontuários de bebês que nasceram antes de 37 semanas no período estipulado para o estudo, e destes, após análise dos critérios de elegibilidade, 10 prontuários foram excluídos por: (a) óbito antes de 72h de vida (n= 9) e (b) dados incompletos no prontuário (n= 1), totalizando 100 prontuários.

A distribuição do sexo não foi semelhante na amostra de prematuros: 59 bebês eram meninos. O parto cesáreo foi o mais prevalente (69%), com 79 casos de posição cefálica do feto. O número de consultas de pré-natal foi categorizado em “Menos que 3 consultas”, “Entre 3 e 8 consultas” e “Mais que 8 consultas”, e foi encontrada a mediana de seis consultas. A idade gestacional classificada como prematuridade moderada (32-37 semanas) foi a mais encontrada (n=67), com média de peso ao nascimento de 1887,47 gramas, considerado bebê de baixo peso.

Dos 100 prontuários analisados, 60% (n=60) não necessitaram intubação ao nascimento, e 35 bebês necessitaram em até 72h. Entretanto, 74 (74%) bebês necessitaram VNI (CPAP) desde o parto, e 86 casos em algum momento durante as primeiras 72 horas de internação. A tabela 1 apresenta as variáveis investigadas:

Tabela 1. Descrição da amostra (n= 100)

Legenda: DP (desvio padrão); VPP (ventilação por pressão positiva); CPAP (pressão positiva contínua em vias aéreas).

A tabela 2 apresenta associações estatisticamente significativas observadas entre a idade gestacional e as diferentes variáveis:

Tabela 2. Associação entre as variáveis com a idade gestacional (n= 100)

Teste exato de Fisher e Teste V de Cramer.

Ao correlacionar outras variáveis, foi encontrada associação estatisticamente significativa e forte entre a administração de cafeína e presença de apneia (p < 0,001, V de Cramer = 0,976), e moderada associação entre desfecho clínico e intubação ao nascer (p < 0,001, V de Cramer = 0,395) e desfecho clínico e intubação em 72h (p < 0,001, V de Cramer = 0,395), todas testadas por meio do teste Qui-Quadrado de Pearson, uma vez que se tratava de dados expressos em tabelas 2×2.

DISCUSSÃO

Esta análise de prontuários teve como objetivo identificar os modos ventilatórios na assistência de prematuros hospitalizados, e as características desses bebês. Os achados de maior prevalência de prematuros do sexo masculino hospitalizados em UTIN corroboram os já existentes na literatura. De acordo com o estudo de Castro et al. (2016), foi observado que a prematuridade é predominante no sexo masculino e ainda, mostrou uma associação significativa com óbitos, apresentando um risco três vezes maior em comparação às pacientes do sexo feminino.

Segundo o estudo de Rowe et al., (2021), pacientes do sexo masculino têm maior chance de apresentar escores baixos de APGAR, precisar de reanimação neonatal, desenvolver problemas respiratórios e ser internados para cuidados neonatais. Essa maior probabilidade de o menino nascer prematuramente pode estar associada à necessidade de mais cuidados intensivos por períodos mais prolongados, e como consequência, a utilização da VNI modo pressão contínua (CPAP) tem sido mais indicada quando comparada à ventilação mecânica invasiva (VMI) logo após o nascimento de RNPT, pois está associada a menores danos ao processo de desenvolvimento do bebê.

Quanto ao tipo de parto, a maioria dos RNPT da amostra nasceu de parto cesariano e, ao analisarmos os dados encontrados nos prontuários, percebe-se que destes, três nasceram por ser um desejo da mãe e 58 apresentaram algum tipo de complicação, em que a mãe ou o bebê corriam risco de morte. A alta prevalência de partos por cesárea neste estudo pode ser atribuída a diversas causas potenciais, incluindo fatores clínicos e obstétricos que influenciam a decisão médica pelo método de parto. Segundo estudos prévios, a cesariana é frequentemente indicada em situações em que há maior risco percebido para a mãe ou para o bebê, ou quando há complicações durante a gestação que aumentam a segurança da intervenção cirúrgica imediata (Almeida et al., 2013; Cota, 2021).

Nos casos de prematuridade, é possível que complicações obstétricas ou médicas como pré-eclâmpsia, descolamento prematuro da placenta, malformações fetais, herpes genital ativo, hipertensão ou placenta prévia tenham contribuído para a decisão pelo parto cesárea (Amorim; Duarte; 2021). Esses fatores podem exigir uma intervenção cirúrgica rápida para garantir a saúde e a segurança tanto da mãe quanto do bebê.

Quanto ao número de consultas pré-natal que as mães realizaram durante o período gestacional, encontrou-se neste estudo uma mediana de seis consultas, dado de acordo com o número mínimo de consultas sugerido pelo Ministério da Saúde (Nascimento et al., 2021), já que o monitoramento da saúde materna e do desenvolvimento fetal podem reduzir o risco de complicações tanto para a mãe quanto para o bebê.

Observa-se que mais de metade da amostra estudada necessitou de ventilação por pressão positiva ao nascimento (n=55), refletindo a alta frequência de comprometimento respiratório nessa população vulnerável desde o início da vida. Durante a hospitalização, até 86% dos prematuros mantiveram a necessidade de CPAP, reforçando sua importância contínua no suporte respiratório.

A escolha predominante do modo CPAP em comparação com a intubação endotraqueal é um achado significativo deste estudo. Apenas 35% da amostra precisou de intubação, destacando o potencial do CPAP em mitigar complicações associadas à ventilação invasiva, como lesões pulmonares e infecções respiratórias. Essa abordagem não apenas preserva a integridade pulmonar inicial, mas também pode influenciar positivamente os desfechos de longo prazo, incluindo a qualidade de vida (Borges et al., 2013).

Os benefícios do CPAP na redução da necessidade de surfactante em mais da metade dos casos são igualmente notáveis. Embora o surfactante seja essencial em muitos prematuros para prevenir e tratar a síndrome do desconforto respiratório, não ter sido necessário em uma proporção significativa da amostra sugere que o CPAP pode desempenhar um papel crucial na manutenção da aeração pulmonar adequada e na prevenção de complicações respiratórias graves desde o início da vida (Almeida, 2022).

Os desfechos de qualidade de vida são uma preocupação fundamental na assistência neonatal. A utilização precoce do CPAP pode potencialmente reduzir a incidência de complicações crônicas, como displasia broncopulmonar, e promover um melhor desenvolvimento neurocognitivo. Além disso, ao evitar a intubação prolongada e suas consequências adversas, como a necessidade de ventilação mecânica prolongada, o CPAP pode contribuir para uma menor taxa de reinternações hospitalares e melhorar os resultados a longo prazo para esses prematuros (Subramaniam; Ho; Davis, 2021).

Em relação à prática clínica, os resultados deste estudo apoiam a implementação precoce e a consideração contínua do CPAP como parte integrante do manejo respiratório de prematuros. Estratégias que visam otimizar a aplicação do CPAP, monitorar de perto a resposta respiratória e ajustar conforme necessário podem potencializar seus benefícios. Futuras investigações podem explorar ainda mais os protocolos de uso do CPAP, bem como suas implicações econômicas e de recursos, para orientar práticas baseadas em evidências e melhorar continuamente os cuidados neonatais (Souza; Stopíglia; Baracat, 2009).

A análise dos dados deste estudo reforça a importância do CPAP na assistência aos prematuros, destacando sua eficácia na redução de complicações respiratórias e potencial impacto positivo nos desfechos de saúde a longo prazo. A adoção de estratégias que favoreçam o uso adequado do CPAP pode representar um avanço significativo na qualidade dos cuidados neonatais e na promoção da saúde respiratória desses pacientes delicados (Subramaniam; Ho; Davis, 2021; Almeida, 2022). Esta análise não apenas destaca a prevalência do uso CPAP, mas também traz dados para se refletir sobre os cuidados necessários para minimizar o uso de sedação, mitigando complicações neurológicas e respiratórias a longo prazo. Este aspecto é relevante considerando o desenvolvimento contínuo dos sistemas neurológico e respiratório, que se estende por, aproximadamente, até 20 anos e 8 anos, respectivamente.

O CPAP emergiu como uma estratégia eficaz para manter a permeabilidade das vias aéreas sem a necessidade de intubação endotraqueal, reduzindo assim a exposição a sedativos que podem afetar adversamente o desenvolvimento neurológico dos prematuros. Estudos demonstram que a exposição prolongada a sedativos na fase inicial da vida pode estar associada a um aumento do risco de atrasos no desenvolvimento neurocognitivo e a complicações respiratórias a longo prazo (Ream; Lehwald, 2018; Silva, 2006).

A necessidade predominante de CPAP na amostra estudada, com apenas uma pequena proporção requerendo intubação, reforça a importância de estratégias não invasivas para suporte respiratório inicial. A implementação cuidadosa do CPAP não só preserva a função pulmonar adequada, mas também minimiza o risco de complicações relacionadas à ventilação mecânica, como lesões pulmonares e infecções respiratórias. Além disso, o uso limitado de surfactante em mais da metade dos casos sugere que o CPAP pode desempenhar um papel protetor significativo na prevenção da síndrome do desconforto respiratório e na promoção da adaptação pulmonar precoce (Abreu et al., 2006). Essa abordagem alinha-se com práticas que buscam otimizar o desenvolvimento respiratório e neurológico a longo prazo, minimizando intervenções invasivas sempre que possível.

Considerando o desenvolvimento prolongado dos sistemas neurológico e respiratório, é fundamental que as práticas clínicas na UTIN se concentrem em reduzir a exposição a sedativos, promovendo um ambiente propício ao desenvolvimento saudável. Estratégias que enfatizam o manejo não farmacológico da dor e do desconforto, juntamente com o suporte eficaz das vias aéreas através do CPAP, podem oferecer benefícios duradouros para a saúde e o bem-estar dos prematuros (Silva et al., 2021).

Em síntese, a abordagem cuidadosa e multidisciplinar na utilização do CPAP na UTIN não apenas atende às necessidades imediatas de suporte respiratório, mas também protege o desenvolvimento neurocognitivo e respiratório a longo prazo. A implementação de protocolos que minimizem o uso de sedativos, enquanto maximizam a eficácia do CPAP, representa um avanço significativo na prática clínica, assegurando melhores resultados para os prematuros durante seu período crítico de desenvolvimento.

A qualidade da assistência prestada nessa fase inicial da vida, por meio dos melhores protocolos baseados em evidências de mais de 20 anos de estudos em neonatologia, se reflete no reduzido número de óbitos encontrado nesta amostra. Também pode ser aventada a característica da amostra apresentar prematuros moderados, ou seja, aqueles com baixo risco para desenvolver complicações. As fortes associações encontradas nas análises deste estudo destacam a interação entre o peso ao nascimento e a administração de cafeína, ou seja, maior necessidade de administração de cafeína `aqueles prematuros de menor peso ao nascimento. Esses resultados não apenas confirmam o peso ao nascimento como maior preditor de saúde neonatal, mas também o olhar atento por meio de estratégias de cuidado que podem melhorar os desfechos para essa população vulnerável.

Em relação à associação entre peso ao nascimento e idade gestacional, o impacto do parto precoce no desenvolvimento intrauterino pode desencadear complicações neonatais. Segundo estudo de Ohuma et al., (2023), o baixo peso ao nascer está correlacionado com a taxa de mortalidade neonatal e isto pode trazer impactos a longo prazo no desenvolvimento físico e neurocognitivo destes bebês.

Segundo estudos, prematuros com peso ao nascer mais baixo têm maior probabilidade de necessitar de intervenções intensivas, como suporte respiratório prolongado e maior incidência de complicações como displasia broncopulmonar. Isso pode ser explicado pela imaturidade dos sistemas respiratório e imunológico em prematuros extremos, ressaltando a necessidade de estratégias preventivas focadas no suporte ao desenvolvimento e na prevenção de complicações secundárias (Oliveira et al., 2016; Bernardino et al., 2020).

A administração de cafeína emergiu como uma importante intervenção na gestão da apneia da prematuridade, especialmente em prematuros extremos. A cafeína atua como um estimulante do sistema nervoso central, melhorando a respiração e reduzindo a frequência de apneia, o que pode diminuir a necessidade de ventilação mecânica invasiva e, consequentemente, reduzir os dias de hospitalização (Kumar; Lipshultz; 2019) 

Estudos demonstraram que a cafeína não apenas melhora a estabilidade respiratória inicial, mas também pode ter impactos positivos a longo prazo, como menor incidência de displasia broncopulmonar e redução da mortalidade neonatal. Além disso, a administração precoce de cafeína está associada a uma diminuição significativa na duração da ventilação mecânica e do tempo de internação na UTI neonatal, promovendo um curso clínico mais favorável para prematuros extremos (Kumar; Lipshultz; 2019; Chavez; Bancalari; 2022).

Com base nos resultados desta análise, reforçamos a utilização das diretrizes já existentes que promovam o manejo adequado do peso ao nascimento e a implementação estratégica da cafeína na prática clínica. Segundo Chavez e Bancalari (2022), abordagens que enfatizem a vigilância pré-natal, a administração precoce de cafeína e o suporte nutricional personalizado podem melhorar significativamente os resultados de saúde para prematuros extremos, reduzindo complicações e otimizando o desenvolvimento neonatal, incluindo a redução no tempo de hospitalização.

A assistência ventilatória nos primeiros dias de vida é essencial para os bebês prematuros, pois é fundamental para a manutenção da vida, a promoção do desenvolvimento pulmonar saudável e a redução da incidência de complicações respiratórias graves. Este estudo evidenciou que a introdução precoce do CPAP, modo ventilatório mais protetivo, desempenha um papel crucial na promoção de resultados clínicos favoráveis nessa população vulnerável.

O uso de CPAP foi eficaz na prevenção de desfechos adversos, como síndrome do desconforto respiratório grave e necessidade de ventilação mecânica invasiva para a amostra deste estudo, tal qual preconizado em estudos prévios (Melo et al., 2021; Almeida, 2022). Essa abordagem não apenas proporcionou suporte respiratório adequado, mas também minimizou o trauma pulmonar associado à ventilação mecânica invasiva, destacando sua importância na redução da morbidade e mortalidade neonatal.

Além disso, comparando com estudos anteriores, os achados desta pesquisa corroboram a literatura existente que enfatiza os benefícios do CPAP como uma estratégia inicial de suporte respiratório (Chen, 2022). A implementação precoce deste modo ventilatório não apenas promove a adaptação pulmonar neonatal, mas também está associada a um menor tempo de internação hospitalar e custos reduzidos, refletindo em melhorias significativas na qualidade de vida a longo prazo para os pacientes e suas famílias (Ho, Subramaniam, Davis, 2020; Pontes et al., 2021).

Optar por um método de ventilação mais protetor, como o CPAP, nos primeiros dias de vida, é determinante para prevenir complicações respiratórias graves em bebês prematuros. Este estudo reforça a importância de abordagens ventilatórias que promovam a preservação da função pulmonar e ofereçam suporte eficaz sem os potenciais riscos da ventilação invasiva. Isso não só melhora os desfechos clínicos, mas também promove um começo de vida mais saudável para esses bebês vulneráveis.

Futuras investigações devem continuar explorando estratégias de assistência fisioterapêutica que visem mitigar os desafios enfrentados por prematuros, incrementando assim a qualidade dos cuidados neonatais e promovendo saúde e funcionalidade a longo prazo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao apontar o uso da pressão positiva contínua como estratégia ventilatória protetora desde o nascimento do RNPT, os achados do presente estudo reforçam a necessidade de um acompanhamento fisioterapêutico integrado no manejo inicial destes bebês na UTIN, assim otimizando os cuidados respiratórios e funcionais desses pacientes vulneráveis desde os estágios iniciais de vida.

O conhecimento das características específicas dessa população e a expertise do fisioterapeuta no manuseio dessa tecnologia não invasiva podem possibilitar melhores desfechos de saúde porque impactam diretamente na redução do desenvolvimento de lesões pulmonares e neurológicas. Enquanto fisioterapeutas, precisamos estar preparados para a assistência em equipe desde a sala de parto, porque o maior desafio não é mais reduzir a mortalidade dessa população, mas promover a qualidade de vida reduzindo o desenvolvimento de comorbidades no processo de crescimento e desenvolvimento infantil.

REFERÊNCIAS

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1Fisioterapeuta, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e-mail: kaka.brida@hotmail.com.
2Fisioterapeuta PhD, Professora Universidade do Vale do Rio dos Sinos ( Unisinos) e-mail: abombarda@unisinos.br.