DOENÇA DE JORGE LOBO E RISCO DE NEOPLASIAS CUTÂNEAS: REVISÃO NARRATIVA DA LITERATURA BRASILEIRA NA ÚLTIMA DÉCADA (2014-2024)

JORGE LOBO DISEASE AND RISK OF SKIN NEOPLASMS: NARRATIVE REVIEW OF BRAZILIAN LITERATURE IN THE LAST DECADE (2014-2024)

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202410101841


Kalysta de Oliveira Resende Borges
Mateus de Sá Rêgo Lima de Almada


RESUMO

A blastomicose queloidiana, também conhecida como Doença de Jorge Lobo, é uma infecção crônica e granulomatosa da pele, causada pela implantação traumática do fungo Lacazia loboi na região cutânea ou subcutânea. A doença manifesta-se por meio de lesões nodulares, que podem ser isoladas ou coalescentes, com aparência queloidiana, e localizam-se principalmente em áreas expostas. Devido ao caráter crônico das lesões cutâneas, a literatura descreve, embora raramente, a possibilidade de degeneração maligna, principalmente na forma de carcinoma espinocelular. O presente estudo tem como objetivo, por meio de uma revisão bibliográfica, identificar a ocorrência de neoplasias de pele associadas a blastomicose queloidiana em diferentes regiões do Brasil, revisando assim o risco oncológico dessa patologia. Trata-se de uma pesquisa descritiva, narrativa, retrospectiva e exploratória. A revisão bibliográfica foi realizada em bases de dados como SciELO, Pubmed, BVS, LILACS, e Google acadêmico, com foco nas publicações nacionais entre os anos de 2014 e 2024. Foram utilizadas as seguintes palavras-chave: Doença de Jorge Lobo, Lacazioze, Lobomicose, Blastomicose Queloidiana, Risco Oncológico, Degeneração para Carcinoma. Três estudos foram considerados elegíveis, sendo eles descrições de quatro casos clínicos. A análise desses estudos revelou uma associação entre a Doença de Jorge Lobo e um risco aumentado de desenvolvimento de carcinoma de pele, com o subtipo espinocelular sendo o mais prevalente. A maior prevalência da combinação de lacaziose e carcinoma espinocelular foi observada em pacientes do sexo masculino, com mais de 60 anos e histórico de atividades laborais que aumentam o risco tanto para a infecção quanto para o desenvolvimento do carcinoma espinocelular, como exposição prolongada aos raios ultravioleta e o longo curso das lesões infecciosas. Embora a lobomicose seja uma infecção fúngica tropical negligenciada, ela afeta significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Assim, o diagnóstico precoce e o monitoramento das lesões cutâneas relacionadas à blastomicose queloidiana são essenciais para melhorar o prognóstico desses indivíduos e prevenir o desenvolvimento de neoplasias.

Palavras chaves: Lobomicose; Infecção crônica de pele; Risco oncológico; Carcinoma espinocelular.

ABSTRACT

Keloid blastomycosis, also known as Jorge Lobo’s disease, is a chronic and granulomatous skin infection caused by the traumatic implantation of the fungus Lacazia loboi into the cutaneous or subcutaneous regions. The disease presents through nodular lesions, which can be isolated or coalescent with a keloid-like appearance, and are primarily located in exposed areas. Due to the chronic nature of the skin lesions, literature, although rarely, describes the possibility of malignant degeneration, particularly in the form of squamous cell carcinoma. This study aims to identify, through a bibliographic review, the occurrence of skin neoplasms associated with keloid blastomycosis in different regions of Brazil, thus reviewing the oncological risk of this pathology. It is a descriptive, narrative, retrospective, and exploratory study. The bibliographic review was conducted using scientific databases such as SciELO, PubMed, BVS, LILACS, and Google Scholar, focusing on national publications from 2014 to 2024. The following keywords were used: Jorge Lobo’s Disease, Lacaziosis, Lobomycosis, Keloid Blastomycosis, Oncological Risk, and Carcinoma Degeneration. Three studies were deemed eligible, consisting of descriptions of four clinical cases. The analysis of these studies revealed an association between Jorge Lobo’s disease and an increased risk of developing skin carcinoma, with squamous cell carcinoma being the most prevalent subtype. A higher prevalence of lacaziosis and squamous cell carcinoma was observed in male patients over 60 years of age, with a history of labor activities that posed risks for both Jorge Lobo’s disease and squamous cell carcinoma development, such as prolonged exposure to ultraviolet rays and the long course of infectious skin lesions. Although lobomycosis is a neglected tropical fungal infection, it significantly impacts the quality of life of patients. Thus, early diagnosis and monitoring of skin lesions associated with keloid blastomycosis are essential for improving the clinical outcomes of these individuals and preventing the development of neoplasms.

Keywords: Lobomycosis; Chronic skin infection; Oncological risk; Squamous cell carcinoma.

INTRODUÇÃO

A blastomicose queloidiana, conhecida também como Doença de Jorge Lobo é uma infecção crônica e granulomatosa da pele, causada pela implantação traumática do fungo Lacazia loboi na região cutânea ou subcutânea da pele.1 A doença evolui com o aparecimento de lesões nodulares isoladas e coalescentes de aspecto queloidiano, localizadas principalmente em áreas expostas, como membros superiores e inferiores, assim como lesões em região de pavilhão auricular, não havendo registro de lesões em mucosas.

Essa é uma doença típica de regiões tropicais e subtropicais,1 como Américas do Sul e Central, com predomínio em países da região amazônica, porém existem casos relatados dessa patologia nas regiões da Europa, Estados Unidos (EUA) e Canadá,2 especialmente em pessoas que trabalham em contato frequente com o solo,1 apesar de que o habitat desse fungo não é totalmente conhecido, embora, provavelmente trate-se de um micro-organismo saprófita do solo, vegetação e água.4 Além disso, ela ocorre não apenas em seres humanos, mas em outros mamíferos, como golfinhos, com manifestações clínicas e achados histopatológicos semelhantes às encontradas no homem.3 

Por se tratar de uma lesão cutânea de longa duração a ocorrência de degeneração maligna, apesar de rara, é descrita na literatura como uma possibilidade associada a Doença de Jorge Lobo,2,3 especialmente do tipo carcinoma espinocelular, conferindo dessa forma, a necessidade de vigilância à transformação neoplásica.3  

Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo identificar por meio de revisão bibliográfica a ocorrência de neoplasias de pele associadas a blastomicose queloidiana, nas diferentes localidades do Brasil, revisando dessa maneira, o risco oncológico dessa patologia. 

METODOLOGIA 

O presente artigo se trata de um estudo descritivo, narrativo, retrospectivo e exploratório. Foi realizada pesquisa bibliográfica na produção científica nos bancos de dados da SciELO, Pubmed, BVS, LILACS, e Google acadêmico, publicadas entre os anos de 2014 e 2024, com enfoque nas publicações nacionais. Na pesquisa em bases de dados, utilizaram-se as palavras chaves: doença de Jorge Lobo, Lacazioze, Lobomicose, Blastomicose queloidiana, risco oncológico, degeneração para carcinoma. Além disso, foram delimitadas as buscas por filtros, a saber: textos completos, base de dados nacionais, Brasil, artigos, teses, dissertações e anais. Como técnica, a revisão bibliográfica foi desenvolvida através de leitura, seleção e arquivo dos tópicos de interesse, com o objetivo de analisar as contribuições científicas que se efetuaram sobre o assunto.  

RESULTADOS

Após a realização de pesquisa nos bancos de dados, 3 artigos foram incluídos, compreendendo as descrições na tabela a seguir.

No estudo realizado por Brito,4 são relatados dois casos de pacientes do Estado do Pará, Brasil, com diagnóstico de doença de Jorge Lobo há mais de 20 anos, ambos do sexo masculino e com idades de 67 e 75 anos. Os pacientes exerciam previamente atividades agrícolas e apresentavam lesões em membros superiores de aspecto nodular e queloidiana. No primeiro caso relatado havia linfonodomegalia axilar ipsilateral e de caráter doloroso. Já no segundo caso, não havia envolvimento de linfonodos. Os pacientes fizeram uso de medicações antifúngicas por mais de um ano, porém sem regressão das lesões. 

 Dessa forma, foram realizadas biópsias das áreas acometidas localizadas em membros superiores, com análise histopatológica indicando carcinoma espinocelular.  No primeiro caso de aspecto invasivo bem diferenciado e no segundo caso moderadamente bem diferenciado. Além disso, como desfecho, no primeiro caso foi optado por tratamento cirúrgico excisional da lesão e no segundo caso, após o diagnóstico, houve perda de contato com o paciente, pois este não retornou para o seguimento com a equipe de saúde. 

  Já no segundo estudo, Brito et al.3 descrevem o caso de um paciente de 64 anos, sexo masculino, com diagnóstico de lobomicose há 30 anos. Apresentava histórico de atividades extrativistas de longa data e que evoluiu com múltiplas lesões de aspecto queloide, distribuídas pelo tronco, membros superiores e inferiores. Fez uso de Itraconazol por quatro anos, porém não apresentou nenhum sinal de regressão das alterações. 

 Nos últimos seis meses, esse paciente notou piora no padrão dermatológico da lesão da perna esquerda, pois apresentava aspecto ulcerado, vegetante e friável, mesmo em pequenos traumas. Assim, foi realizado excisão da lesão e estudo histopatológico que evidenciou carcinoma espinocelular bem diferenciado, queratinizante e ulcerado, adjacente ao processo inflamatório agudo e crônico. Além disso, foram realizadas linfadenectomias na região inguinal esquerda, com evidência de carcinoma metastático em um dos 13 linfonodos estudados.  

 Dessa forma o paciente foi submetido a tomografias de rastreio, porém sem evidências de avanço da doença. Quanto ao desfecho final, o estudo não descreve a conduta terapêutica definida pela equipe de saúde, contudo relata que o mesmo segue em acompanhamento com equipe de oncologia no hospital de referência local.  

 No terceiro estudo analisado, Lima et al.1 relatam o caso de um paciente de 83 anos, sexo masculino, morador do Estado do Amazonas, agricultor, com diagnóstico de doença de Jorge Lobo há 30 anos. Apresentava múltiplas lesões em membros superiores e inferiores de aspectos vegetantes, ulcerados e com bordas queloidianas, associadas a episódios hemorrágicos frequentes, sendo a lesão mais grave em região de fossa cubital esquerda, visto que havia exposição tendínea.  

 O estudo histopatológico do tumor indicou o diagnóstico de carcinoma espinocelular, com análise imuno-histoquímica indicando neoplasia epitelial infiltrante com diferenciação escamosa e positividade para marcadores p63, ck5/6 e GATA 3. Porém, devido a gravidade e extensão das lesões, foi optado pela não realização de abordagem cirúrgica das áreas acometidas, pois a condição clínica global do paciente não era favorável para tais medidas. Dessa forma, foram instituídos cuidados proporcionais exclusivos e um mês após alta hospitalar, o paciente evoluiu ao óbito. 

DISCUSSÃO

 A doença de Jorge Lobo é uma patologia caracterizada por infecção fúngica crônica do tecido cutâneo e subcutâneo da pele, causada pelo Lacazia loboi, também classificado como Paracoccidioides loboi ou Loboa loboi, cuja análise filogenética estar relacionada a outros agentes como Coccidioides, Bastomyces e Histoplasma. 2,6 

Foi descrita pela primeira vez pelo médico dermatologista Jorge Lobo, no ano de 1931, no Estado de Pernambuco, Brasil, em um paciente de 52 anos, sexo masculino, procedente da região amazônica.4 As lesões encontradas foram caracterizadas como nódulos queloidianos coalescentes nas regiões sacral e glútea.7 Desde então, diversos nomes tem sido postulados para descrição dessa patologia, como: doença de Jorge Lobo, blastomicose queloidiana, blastomicose amazônica, lepra dos caiabi, falsa lepra, e mais recentemente como lacaziose.2 

A descrição realizada por Jorge Lobo na década de 30,7 é semelhante às encontradas nos três estudos apresentados,1,3,4 assim como em diversos relatos de casos dentro e fora do Brasil, como os estudos de Fialho Amadeu8 e Cerruti,9 em que as lesões foram definidas como queloides coalescentes de aspecto nodular. Demonstrando assim o padrão morfológico característico dessa patologia. 

Além disso, o acometimento das lesões difere dos achados de Jorge Lobo7 quanto à localização, pois nos três estudos analisados, os membros superiores e inferiores foram os locais mais comprometidos pela doença,1,3,4 somente o estudo de Brito et al.3 demonstrava acometimento em tronco. Isso pode estar relacionado ao tipo de exposição aos fatores de risco, pois a lacaziose é típica de regiões tropicais em que mais de 90% dos casos descritos da doença estão associados a pacientes com antecedentes de atividades laborais extrativistas e de subsistência em áreas de florestas úmidas, como agricultura, garimpo, pesca, caça e extração da borracha em seringais.2  

De acordo com a análise dos três relatos de caso incluídos na pesquisa, todos os pacientes que evoluíram com doença de Jorge Lobo eram do sexo masculino.1,2,3 Segundo Brito et al.,3 essa menor prevalência no sexo feminino estar relacionada a menor exposição aos fatores de risco dessa patologia. Contudo, segundo Esayed et al.,10 demonstraram que esse seguimento da população também pode ser acometido da mesma forma, pois descreveram o primeiro caso clínico de lacaziose em paciente do sexo feminino no ano de 2004. 

Ademais, a lobomicose é uma doença tropical negligenciada e até o momento não há nenhum programa para controle dessa patologia. Assim, na maioria dos estudos, o diagnóstico ocorre de forma tardia,16 como pode ser observado no relato de Furtado et al.,15 em que o paciente apresentava lesões em membro inferior direito há 25 anos. Além disso, a própria evolução dessa patologia é de caráter crônico, como podem ser observados nos três estudos analisados, em que os pacientes possuíam mais de 20 anos de evolução de doença.1,3,4 

As transformações malignas de lesões crônicas da pele de diferentes etiologias, podem ocorrer e estão bem descritas na literatura médica, principalmente as de causas infecciosas onde há um longo período de evolução da doença.1,3,4 Nesses casos, o tipo mais comum de neoplasia é o carcinoma espinocelular (CEC),1 que pode ser classificado em vários subtipos, com múltiplas formas de manifestações clínicas, abrangendo tumores agressivos com alto potencial de metástases, como tumores de comportamento indolentes.11  

A origem desse tipo de câncer é multifatorial e depende de fatores intrínsecos a cada indivíduo, como também a exposição de fatores carcinogênicos, sendo a exposição frequente a radiação ultravioleta um dos mais conhecidos desse tipo de neoplasia, por seu alto potencial mutagênico,.12,13 Tudo isso resulta na proliferação maligna dos queratinócitos da epiderme com expansão clonal tumoral.12,13  

Contudo, são raros os casos descritos de associação da doença de Jorge Lobo e carcinoma.4 Baruzzi et al.,13 descreveram quatro casos de neoplasia de pele em índios brasileiros, da etnia kaiabi, do tipo carcinoma espinocelular, em que dois deles apresentaram recidiva tumoral e morreram após progressão significativa do volume de doença, semelhante ao relato de caso descrito por Lima et al.1, em que o paciente evoluiu a óbito após um mês da alta hospitalar. 

Nogueira et al.,17 da mesma forma descreveram o caso de um paciente de 85 anos, sexo masculino, com histórico de atividades extrativistas no interior da Amazônia, portanto com exposição solar significativa, e que apresentava lesões crônicas disseminadas pelo corpo há 30 anos, com piora nos últimos 7 meses, pois adquiriram aspecto ulcerado em membro inferior esquerdo. Foi realizada análise histopatológica da região afetada que evidenciou doença de Jorge Lobo, associada ao carcinoma espinocelular. 

Mais de 90% dos casos desse tipo de neoplasia de pele, apresentam prognóstico favorável após o procedimento cirúrgico precoce de exérese da lesão, quando ocorrem de forma isolada, sem associação infecciosa.18 Essa é a opção de escolha quando diagnosticada de forma precoce.20,21 Contudo, em formas mais agressivas, outras medidas podem ser adotadas, como radioterapia, quimioterapia e imunoterapia.18 

Já na associação de lobomicose e carcinoma espinocelular, a abordagem terapêutica varia de acordo com a extensão, número de lesões e condições clínicas do paciente, pois nem sempre é possível a conduta cirúrgica,19 como no caso descrito por Lima et al.1, que devido a gravidade, foi optado por cuidados proporcionais e priorizada medidas de conforto. Para as formas localizadas o tratamento com eletrocoagulação, crioterapia ou exérese cirúrgica com margens livre e amplas são o tratamento de escolha, como no caso descrito por Brito,4 em que o paciente foi submetido ao procedimento cirúrgico, obtendo sucesso nesse tipo de abordagem. Contudo, a ressecção total da lesão, ainda com margens livres, não é garantia de cura para todos os casos, pois as taxas de recorrências são frequentes.19 

CONCLUSÃO

 A análise dos três estudos revelou uma relação clara entre a Doença de Jorge Lobo e o aumento do risco de desenvolvimento de carcinoma cutâneo, com ênfase no subtipo espinocelular, o mais comum nos casos analisados. Este achado pode ser explicado tanto pelos fatores de risco conhecidos para esse tipo de neoplasia de pele quanto pela prolongada evolução infecciosa das lesões em pacientes com lobomicose, o que pode intensificar o risco de transformação maligna. 

Além disso, foi observada uma maior prevalência da associação entre lacaziose e carcinoma espinocelular em homens com mais de 60 anos, com histórico de atividades laborais que os expuseram a fatores de risco para ambas as condições, como a alta exposição à radiação ultravioleta. Esse conjunto de fatores sugere uma predisposição para o desenvolvimento de malignidades cutâneas nesses indivíduos. 

Assim, embora seja uma infecção fúngica tropical negligenciada, a lobomicose afeta significativamente a qualidade de vida dos pacientes, não apenas pela cronicidade e pela aparência queloidiana das lesões, que impactam a estética e a funcionalidade da pele, mas também pelos tratamentos clínicos e cirúrgicos muitas vezes insatisfatórios, e, principalmente, pelo risco de transformação maligna dessas lesões. Diante disso, o diagnóstico precoce e o monitoramento contínuo das lesões cutâneas associadas à blastomicose queloidiana são essenciais para melhorar o prognóstico dos pacientes e prevenir o desenvolvimento de neoplasias. 

REFERÊNCIAS

  1. Lima WC, Gadelha SQ, Souza ML, Figueiras VV. Lobomycosis: exuberant presentation with malignant transformation. An Bras Dermatol. 2021;96:762–4. 
  1. Brito AC, Quaresma, J. A. S. (2007). Lacaziose (doença de Jorge Lobo): revisão e atualização. Anais Brasileiros de Dermatologia, 82(5), 461-474.  
  1. Brito AC, Bittencourt MJS, Gonçalves TS, Cavalcante RH. Jorge Lobo’s disease with malignant degeneration to squamous cell carcinoma: case report. An Bras Dermatol. 2022;97:93–5. 
  1. Brito AC, Carcinoma espinocelular invasivo na doença de Jorge Lobo: relato de dois casos e revisão da literatura. Med Mycol Case Rep. 2022 20 de maio;37:13-16.  
  1. Tavares R, de Souza JVB, Antunes I, Ventura F, Vieira R, Mansinho K. Lobomicose ou Doença de Jorge Lobo: revisão da literatura. Revista Portuguesa de Doenças Infecciosas 7: 111-117, 2011.
  1. Arju R, Kothadia JP, Kaminski M, Abraham S, Giashuddin S. Doença de Jorge Lobo: um caso de blastomicose queloidal (lobomicose) em área não endêmica. Ther Adv Infect Dis. 2014 Jun; 2(3-4):91-6.  
  1. Lobo J. Um caso de blastomicose, produzido por uma espécie nova, encontrada em Recife. Rev Med Pernamb. 1931;1:763-75 
  1. Fialho A. Blastomicose do tipo “Jorge Lobo”. Hospital (Rio J). 1938;14:903-18. 
  1. Cerruti H, Zamith VA. Um caso de blastomicose, tipo Jorge Lobo. Rev Paul Med. 1949;34:210. 
  1. Elsayed S, Kuhn SM, Barber D, Church DL, Adams S, Kasper R. Human case of lobomycosis. Emerg Infect Dis. 2004;10:715-8. 
  1. Souza EM, Diniz LM, Moura LA, Oliosi AC, Azevedo MSS, Souza MN. Invasive clear‐cell variant of squamous cell carcinoma mimicking sebaceous carcinoma. An Bras Dermatol. 2023;98:715–9. 
  1. Parekh V, Seykora JT. Cutaneous squamous cell carcinoma. Clin Lab Med [Internet]. 2017;37(3):503-25.  
  1. Hall ET, Fernandez-Lopez E, Silk AW, Dummer R, Bhatia S. Immunologic characteristics of nonmelanoma skin cancers: implications for immunotherapy. Am Soc Clin Oncol Educ Book. 2020;40:1-10. 
  1. Baruzzi, RG, Rodrigues, D.A, N.S. Michalany, R. Salomão: Carcinoma espinocelular e lobomicose (doença de Jorge Lobo). Int. J. Dermatol., 28 (1989), pp. 183-185. 
  1. Furtado, A. N.; Andrade, H. S.; Pandini, E. T.; Motta, J.; Frasson, P. H. L.; Falqueto, A. Doença de Jorge lobo: relato de caso e revisão de literatura. Revista de Patologia Tropical / Journal of Tropical Pathology, Goiânia, v. 42, n. 4, 2014.
  1. Gonçalves, F.G.; Rosa, P.S.; Oliveira, A.d.F.F.; Oliveira, L.B.; de Barros, V.L.Q.; Bispo, R.F.; Sbardelott, Y.A.d.S.; Oliveira, S.A.V.M.; Vittor, A.Y.; Madeiras, W.J.; et al. Epidemiologia e Manejo da Lobomicose: A Busca por uma Cura para as Doenças Tropicais Negligenciadas Mais Negligenciadas. J. Fungos 2022, 8, 494 
  1. Nogueira, L., Mendes, L., Rodrigues, C. A. C., Santos, M., Talhari, S., & Talhari, C. (2013). Lobomycosis and squamous cell carcinoma. Anais Brasileiros De Dermatologia, 88(2), 293–295. 
  1. Ottomley MJ, Thomson J, Harwood C, Leigh I. The role of the immune system in cutaneous squamous cell carcinoma. Int J Mol Sci. 2019;20(8):2009. 
  1. Tavares R, de Souza JVB, Antunes I, Ventura F, Vieira R, Mansinho K. Lobomicose ou Doença de Jorge Lobo: revisão da literatura. Revista Portuguesa de Doenças Infecciosas 7: 111-117, 2011. 
  1. Ascierto PA, Garbe C. Updates and new perspectives in nonmelanoma skin cancer therapy: highlights from “Immunotherapy Bridge”. Immunotherapy. 2020;12(3):167-74.  
  1. Misiakos EP, Damaskou V, Koumarianou A, Gouloumi AR, Patapis P, Zavras N, et al. A giant squamous cell carcinoma of the skin of the thoracic wall: a case report and review of the literature. J Med Case Rep. 2017;11:136.