HIDROXIAPATITA DE CÁLCIO (CAHA) – RADIESSE: REJUVENESCIMENTO FACIAL

REGISTRO DOI:10.69849/revistaft/cl10202410071606


Joyce Ariane Bezerra Acioli
Orientador: Prof. Me. Antonio Marinaldo de Toledo Jr.
Coorientadora: Prof(a). Esp. Ana Carolina Basile


RESUMO 

Este estudo tem como objetivo explorar a utilização da Hidroxiapatita de Cálcio (CaHA) – Radiesse como uma opção eficaz para o rejuvenescimento facial. A Hidroxiapatita de Cálcio é um bioestimulador dérmico que oferece uma abordagem única para o tratamento dos sinais de envelhecimento facial. O estudo apresenta uma revisão analítica da literatura, abordando os mecanismos de ação, propriedades físico-químicas e características clínicas da Hidroxiapatita de Cálcio (CaHA) – Radiesse. Além disso, são discutidos os benefícios dessa substância, como a estimulação de colágeno e a duração prolongada dos resultados, que a tornam uma opção atrativa para pacientes que buscam um rejuvenescimento facial duradouro. O estudo também explora técnicas de aplicação, bem como as áreas faciais em que demonstrou resultados satisfatórios, como maçãs do rosto, mandíbula, queixo e têmporas. Além disso, são abordados os aspectos de segurança relacionados ao uso da Hidroxiapatita de Cálcio (CaHA) – Radiesse, incluindo a ocorrência de efeitos adversos e a importância da escolha de profissionais capacitados para realizar o procedimento. O objetivo geral do estudo explora o uso da hidroxiapatita de cálcio para o rejuvenescimento facial, com foco no preenchimento dérmico. A Metodologia de pesquisa aplicada foi exploratória, nos moldes de pesquisa qualitativa e bibliográfica. No geral, esta pesquisa apresenta uma visão abrangente e atualizada sobre a utilização da Hidroxiapatita de Cálcio (CaHA) – Radiesse no contexto do rejuvenescimento facial. Espera-se que as informações aqui apresentadas auxiliem profissionais da área da estética e pesquisadores interessados nesse campo a tomar decisões embasadas e oferecer opções eficazes para seus pacientes que buscam um rejuvenescimento facial natural e duradouro. 

Palavras-chave: Radiesse, CaHa, Rejuvenescimento facial, Hidroxiapatita de Cálcio

ABSTRACT 

This study aims to explore the use of Calcium Hydroxyapatite (CaHA) – Radiesse as an effective option for facial rejuvenation. Calcium Hydroxyapatite is a dermal biostimulator that offers a unique approach to treating the signs of facial aging. The study presents an analytical review of the literature, addressing the mechanisms of action, physicochemical properties and clinical characteristics of Calcium Hydroxyapatite (CaHA) – Radiesse. In addition, the benefits of this substance are discussed, such as collagen stimulation and the prolonged duration of results, which make it an attractive option for patients seeking long-lasting facial rejuvenation. The study also explores application techniques, as well as the facial areas where it has shown satisfactory results, such as cheekbones, jawline, chin and temples. In addition, safety aspects related to the use of Calcium Hydroxyapatite (CaHA) – Radiesse are addressed, including the occurrence of adverse effects and the importance of choosing trained professionals to perform the procedure. The general objective of the study explores the use of calcium hydroxyapatite for facial rejuvenation, with a focus on dermal fillers. The applied research methodology was exploratory, along the lines of qualitative and bibliographical research. Overall, this research presents a comprehensive and updated view on the use of Calcium Hydroxyapatite (CaHA) – Radiesse in the context of facial rejuvenation. It is hoped that the information presented here will help professionals in the area of aesthetics and researchers interested in this field to make informed decisions and offer effective options for their patients who seek natural and lasting facial rejuvenation. Keywords: Radiesse, CaHa, Facial Rejuvenation, Calcium Hydroxyapatite

1. INTRODUÇÃO

A aparência da pele é um dos principais fatores que afetam a autoestima e a confiança das pessoas, e a busca por tratamentos que promovam o rejuvenescimento facial é constante. A Hidroxiapatita de Cálcio (CaHA) é um composto natural encontrado nos ossos humanos que tem sido amplamente utilizado na medicina para diversos fins, incluindo o rejuvenescimento facial. Um dos produtos mais conhecidos que utilizam CaHA é o Radiesse, um bioestimulador dérmico que ajuda a reduzir a aparência de linhas finas e rugas, além de melhorar a firmeza e volume da pele. 

Radiesse é um preenchedor dérmico injetável composto de hidroxiapatita de cálcio. É usado para tratar sinais de envelhecimento, como rugas profundas e dobras, bem como para devolver volume e firmeza à pele. Atua como um bioestimulador de colágeno, estimulando a produção natural de colágeno na pele, o que pode ajudar a melhorar a textura, elasticidade e firmeza da pele. 

Quando injetado, o Radiesse é geralmente bem tolerado pela maioria dos pacientes e não requer testes cutâneos prévios. O tratamento é rápido e pode ser realizado na clínica, sem anestesia geral. O produto é injetado na área alvo usando uma agulha fina ou cânula, e o processo geralmente leva apenas alguns minutos. Os resultados são visíveis imediatamente e podem durar até 18 meses. 

Juntamente com sua capacidade de estimular a produção de colágeno, o Radiesse também é capaz de preencher rugas e sulcos profundos. É frequentemente usado para tratar linhas nasolabiais, dobras de amargura e linhas de marionete. Além disso, pode ser usado para restaurar o volume nas bochechas, queixo e têmporas. 

Como em qualquer tratamento estético, existem riscos associados ao uso do Radiesse. Os efeitos colaterais comuns incluem hematomas, vermelhidão e inchaço, mas esses efeitos geralmente são temporários e desaparecem em alguns dias. Em casos raros, podem ocorrer infecções ou reações alérgicas. É importante discutir todos os riscos e benefícios potenciais com um profissional médico antes de decidir se o Radiesse é um tratamento adequado para você. 

O envelhecimento é um processo natural do corpo humano, mas a sociedade atual valoriza a aparência jovial e saudável. O Radiesse, que utiliza a Hidroxiapatita de Cálcio (HAC) em sua composição, é um produto utilizado para combater os sinais característicos do envelhecimento. Diante dessa demanda, este trabalho se justifica ao propor a análise, eficácia e segurança do produto em pacientes submetidos a tratamento, além de discutir suas características e benefícios. 

A revisão da literatura se deu por meio de pesquisa em livros e consulta à base de dados LILACS, Scielo e MEDLINE. O material foi selecionado por meio do cruzamento das palavras-chave “radiesse”, ” CaHa”, “Rejuvenescimento facial”, e “Hidroxiapatita de Cálcio”. A prioridade foi dada a ensaios clínicos randomizados e revisões de literatura. Na ausência de dados desse tipo na literatura, foram mantidos artigos com menor nível de evidência científica. 

2. PROPOSIÇÃO

O objetivo geral é a exploração do uso da hidroxiapatita de cálcio para o rejuvenescimento facial, com foco no preenchimento dérmico Radiesse. A hidroxiapatita de cálcio tem sido amplamente estudada e utilizada como um bioestimulador de colágeno e preenchedor dérmico, demonstrando eficácia, segurança e satisfação dos pacientes. Dentre os objetivos específicos deste estudo, podemos citar: 

  • Descrever as propriedades da hidroxiapatita de cálcio e seu papel como bioestimulador de colágeno no rejuvenescimento facial;
  • Explicar o processo do Radiesse e as áreas da face que podem ser tratadas com este produto; 
  • Revisar os benefícios e limitações do uso do Radiesse para rejuvenescimento facial, incluindo possíveis efeitos colaterais; 
  • Comparar o Radiesse com outros preenchedores dérmicos e explique por que a hidroxiapatita de cálcio pode ser uma opção mais adequada para alguns pacientes;  
  • Fornecer informações sobre consulta e preparação para o tratamento, bem como cuidados pós-tratamento para maximizar os resultados e minimizar as complicações. 

3. REVISÃO DA LITERATURA

3.1 ENVELHECIMENTO FACIAL

Segundo Madalena (2019) o envelhecimento é um processo complexo, lento e progressivo, que envolve diversos fatores biológicos, psicológicos e sociais. Esses fatores são em parte genéticos e em parte relacionados à história de vida da pessoa. Ao entender o funcionamento do corpo envelhecido, é possível fazer a escolha de prevenir o envelhecimento prematuro. 

Anjos e Oliveira (2007) orientam que o envelhecimento da pele é um fenômeno natural, assim como o envelhecimento de todos os órgãos e do organismo. A manifestação mais marcante desse envelhecimento é a perda progressiva da elasticidade; a pele facial afrouxa e as rugas aparecem. Segundo os autores, normalmente é possível distinguir rugas finas, claramente acentuadas pela desidratação da pele e rugas de expressão, causadas por contrações repetidas dos músculos da face (a face é particularmente rica em músculos ao nível da testa (testa plissada, rugas de expressão, etc.), ao redor da boca (dobras periorais, sulcos naso geniano e olhos). 

Maccari (2019) cita que o envelhecimento da face não se reflete apenas na perda de elasticidade da pele ou no aparecimento de rugas, é também acompanhado por alterações na morfologia. Os tecidos gordurosos presentes sob a pele e dando ao rosto seu volume e sua aparência jovem se movem. Com o passar dos anos, os tecidos gordurosos e musculares sob a pele tendem a derreter e os volumes do rosto diminuem: 

  • perda da redondeza das maçãs do rosto; 
  • adelgaçamento da boca (lábios); 
  • esvaziamento das bochechas (especialmente em pessoas magras e/ou cansadas); 
  • escavação das têmporas, parte de trás das bochechas e maçãs do rosto (dá um efeito de “esqueletização” ao rosto); 
  • perda de volume no ângulo da mandíbula; 
  • impasto da face inferior com quebra no arredondamento. 

No que tange a alterações na tez (pele), Madalena (2019) elucida que manchas marrons aparecem no dorso das mãos, no rosto ou no corpo, como consequência da exposição ao sol e também à luz do dia, bem como ao passar do tempo. Essas manchas podem ser um prejuízo estético no dia a dia porque chamam a atenção. Outras pequenas protuberâncias também podem aparecer no rosto ou no corpo, estimuladas pelo sol, fricção ou simplesmente crescendo com o passar dos anos. A rosácea é caracterizada pelo aparecimento nas bochechas e no nariz de pequenos vasos sanguíneos dilatados. Ao remover vermelhidão e manchas, a tez fica com uma aparência menos opaca, mais homogênea e geralmente mais jovem. 

As células da pele são sensíveis ao estresse oxidativo, marcado pelo acúmulo de “radicais livres”. Existem fatores que agravam e aceleram o envelhecimento natural da pele, que geralmente são os que aumentam o estresse oxidativo. Entre estes se pode citar: 

  • O sol e a exposição solar: os raios ultravioletas são responsáveis pelo enfraquecimento por mutações nas células da pele, que promovem o câncer de pele em particular. Da mesma forma, os raios UV interferem na produção de fibras elásticas nas camadas subcutâneas profundas, causando uma derme mais rígida, fina e menos elástica. Finalmente, os raios UV aceleram a renovação das células da pele e sua morte prematura: a pele torna-se, portanto, mais fina e semelhante ao pergaminho. 
  • Envelhecimento hormonal: a diminuição do estrogênio na mulher (principalmente na pós-menopausa) acentua os efeitos do envelhecimento da pele. A deficiência de hormônios femininos leva a uma perda de colágeno contido nas camadas profundas da pele. 
  • Uma dieta baixa em anti-radicais livres e ácidos graxos essenciais. 
  • Tabaco: rico em substâncias nocivas à pele, o tabaco degrada o ácido hialurônico e provoca o acúmulo de fibras elásticas de má qualidade. Causa uma tez cinzenta e opaca e aumenta a retenção de sebo na pele, fonte de acne. 
  • Outros fatores agravam o envelhecimento da pele, como o estresse que pode aumentar a sensibilidade da pele aos radicais livres, a poluição ambiental (ANJOS; OLIVEIRA, 2007). 

3.2 BIOESTIMULADORES DE COLÁGENO INJETÁVEIS

Os bioestimuladores de colágeno injetáveis são um tipo de tratamento estético que estimulam a produção de colágeno na pele. O colágeno é uma proteína que é responsável pela firmeza e elasticidade da pele, mas sua produção diminui naturalmente com a idade. Os bioestimuladores de colágeno são compostos que são injetados na pele e ajudam a estimular a produção natural de colágeno, melhorando a aparência da pele ao longo do tempo (FREITAS, 2021). 

Existem vários tipos de volumizadores e bioestimuladores de colágeno injetáveis disponíveis no mercado, incluindo hidroxiapatita de cálcio, ácido polilático e ácido hialurônico. Cada um desses compostos funciona de maneira diferente, mas todos têm em comum o objetivo de estimular a produção de colágeno natural na pele (AVELAR; REIS, 2022). 

Conforme Avelar e Reis (2022) a hidroxiapatita de cálcio é um bioestimulador de colágeno que é usado para preencher áreas que precisam de volume e firmeza. Ele é composto de pequenas esferas de hidroxiapatita de cálcio suspensas em um gel aquoso e é injetado sob a pele para estimular a produção de colágeno. O colágeno é uma proteína importante que é responsável pela firmeza e elasticidade da pele. Com o tempo, o corpo reabsorve as esferas de hidroxiapatita de cálcio, mas o colágeno produzido permanece, resultando em um efeito de longa duração. A hidroxiapatita de cálcio é frequentemente usada para preencher áreas como as maçãs do rosto e o queixo (GONDIM; NECA; ROCHA, 2022). 

Segundo Lima (2020) o ácido hialurônico é um composto que ocorre naturalmente no corpo humano e é frequentemente usado em preenchimentos dérmicos, altamente versátil e pode ser usado para preencher linhas finas, rugas, sulcos e para aumentar o volume em áreas como os lábios e as bochechas. Quando injetado na pele como um bioestimulador de colágeno, o ácido hialurônico ajuda a estimular a produção de colágeno natural, melhorando a aparência da pele. 

Os bioestimuladores de colágeno injetáveis são geralmente seguros e eficazes, mas como em qualquer procedimento médico, existem possíveis riscos e efeitos colaterais. Eles podem causar inchaço, vermelhidão, hematomas e dor temporários. Em casos raros, podem ocorrer infecções ou reações alérgicas.  

3.3 HIDROXIAPATITA DE CÁLCIO – RADIESSE

A hidroxiapatita de cálcio – Radiesse é um preenchedor de última geração comercializado pelo laboratório Merz Pharmaceuticals. É aplicado na medicina estética para rejuvenescer a face e dar volume às suas estruturas. Freitas (2021) adiciona ao citar que o Radiesse vem a ser uma suspensão de microesferas de hidroxiapatita de cálcio, em um gel inerte contendo carboximetilcelulose e glicerina (GONDIM; NECA; ROCHA, 2022). A hidroxiapatita, constituinte mineral naturalmente presente nos ossos, também é utilizada com segurança há vários anos na reconstrução facial e dentária. Ao contrário do ácido hialurônico, o gel não é transparente, mas branco opaco (LIMA, 2020). 

Radiesse é composto por 30% de microesferas sintéticas de hidroxiapatita de cálcio (CaHA) transportadas por uma solução aquosa de gel que constitui os 70% restantes da formulação. É uma solução estéril, pirogênica, semissólida e coesa, com alta viscosidade e elasticidade. É indicado como produto para o tratamento de várias imperfeições faciais, desde a falta de volume ao de rugas passando pelo tratamento de olheiras e pela reestruturação volumétrica e contornos do rosto, como o da linha da mandíbula. O produto tem um perfil de segurança muito alto e é 100% biocompatível e reabsorvível pelo corpo humano. Não requer nenhum teste antes do tratamento (ALMEIDA; OLIVEIRA, 2021)..  

Quanto ao funcionamento, Santos (2021) preleciona que após a aplicação hipodérmica de Radiesse, o gel reabsorve rapidamente em 2-3 meses; mas as partículas de hidroxiapatita persistem e vão estimular a produção de colágeno pelos fibroblastos até sua completa dissolução, em 12 a 18 meses. A pele junto à área tratada melhora ao longo dos meses, ficando mais lisa, mais luminosa, mais firme. O Radiesse é, portanto, um dispositivo médico “indutor da pele”. 

Camatta e Barroso (2022) explicam se tratar de um produto pouco elástico, de média plasticidade, mas fortemente coesivo. É, portanto, menos volumizante do que o ácido hialurônico, mas mais estruturante. Porém, quando se aumenta a quantidade de produtos injetados, o Radiesse tem ação. 

Santos (2021) explica que o produto por ter a baixa ação volumizadora, é muito útil para o terço inferior da face, pois não vai pesar seus traços, nem mesmo alargar a base do rosto; porque, para um certo efeito antienvelhecimento, é necessário manter um “triângulo da beleza” invertido, cuja ponta seria o queixo, e a base do triângulo, a linha que passa pelas maçãs do rosto. 

Assim, conforme os autores, o Radiesse tem múltiplas indicações, como: 

  • Rinoplastia Médica;
  • Efeito lifting, pela “técnica vetorial”; 
  • Contorno do rosto (oval, queixo, têmporas); 
  • Bochechas enrugadas; 
  • Volume das maçãs do rosto; 
  • Rejuvenescimento do dorso das mãos; 
  • Restauração do lóbulo da orelha 
  • Almofada protetora para as áreas de apoio do pé (bom para mulheres que costumam usar salto alto) (ALMEIDA; OLIVEIRA, 2021) 

Camatta e Barroso (2022) elucidam que o Radiesse não é injetado nos lábios, nem na testa, nem nas linhas finas, devido ao espessamento da derme. 

3.3.1 Orientações do Fabricante

Este implante estéril, apirogênico, semissólido e coeso possui uma faixa de tamanho de partícula de hidroxilapatita de cálcio de 25 a 45 mícrons. Para a aplicação, é recomendado o uso de uma agulha com diâmetro externo (D.E.) de calibre 25 a diâmetro interno (D.I.) de calibre 27 (MERZ PHARMACEUTICALS, 2023). 

No entanto, conforme orientado pela Merz Pharmaceuticals (2023), é importante observar algumas contraindicações e avisos relacionados ao uso do implante injetável RADIESSE®. Ele é contraindicado para pacientes com alergias graves, manifestadas por história de anafilaxia, ou com história ou presença de múltiplas alergias graves. Também não deve ser usado por pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer um dos componentes. Além disso, o RADIESSE® não deve ser utilizado por pacientes com distúrbios hemorrágicos. 

Durante a administração do RADIESSE®, é importante seguir as diretrizes e recomendações do fabricante para evitar complicações. A aplicação deve ser feita lentamente e com a menor quantidade de pressão necessária para minimizar o risco de embolização vascular, oclusão dos vasos sanguíneos, isquemia ou infarto. Caso o paciente apresente sintomas como alterações na visão, sinais de acidente vascular cerebral, branqueamento da pele ou dor incomum, a injeção deve ser interrompida imediatamente e o paciente deve receber atenção médica imediata. (MERZ PHARMACEUTICALS, 2023). 

A Merz Pharmaceuticals (2023) orienta ser importante adiar o uso do RADIESSE® em pacientes com inflamação ativa da pele ou infecção na área de tratamento ou próxima a ela, até que o processo inflamatório ou infeccioso seja controlado. Algumas reações ao procedimento de aplicação, como hematomas, vermelhidão e inchaço temporários, podem ocorrer. É fundamental evitar a correção excessiva de uma deficiência de contorno, pois a depressão deve melhorar gradualmente ao longo de várias semanas, à medida que o efeito do RADIESSE® se manifesta. 

Conforme o explanado pelo fabricante, o implante injetável RADIESSE® não possui segurança e eficácia comprovadas para uso nos lábios. Nódulos associados ao uso do RADIESSE® injetado nos lábios já foram relatados. Portanto, o produto não deve ser utilizado nessa região. Profissionais de saúde que administram o RADIESSE® devem ter treinamento adequado, conhecimento da anatomia na área de injeção e familiarização completa com o produto e suas instruções. É importante discutir com os pacientes os riscos potenciais da injeção de tecidos moles e garantir que estejam cientes dos sinais e sintomas de possíveis complicações (MERZ PHARMACEUTICALS, 2023). 

Outras precauções incluem a necessidade de informar os pacientes sobre a natureza radiopaca do implante injetável RADIESSE®, para que possam comunicar isso aos seus profissionais de saúde e radiologistas. As partículas de hidroxilapatita de cálcio são claramente visíveis em tomografias computadorizadas e podem ser visíveis em radiografias simples padrão (MERZ PHARMACEUTICALS, 2023). 

Segundo o prelecionado por Merz Pharmaceuticals (2023), caso seja considerado o uso de tratamentos a laser, peeling químico ou qualquer outro procedimento baseado na resposta dérmica ativa após o tratamento com RADIESSE®, existe o possível risco de desencadear uma reação inflamatória na área do implante. Isso também se aplica se o RADIESSE® for administrado antes que a pele tenha cicatrizado completamente após tais procedimentos. 

A segurança do implante injetável RADIESSE® além de 3 anos não foi investigada em ensaios clínicos. Além disso, sua segurança durante a gravidez, em mulheres que amamentam ou em pacientes menores de 18 anos não foi estabelecida. 

Também não foram conduzidos estudos sobre a segurança do RADIESSE® em pacientes com maior suscetibilidade à formação de queloides e cicatrizes hipertróficas (MERZ PHARMACEUTICALS, 2023). 

A interação do implante injetável RADIESSE® com medicamentos, substâncias ou outros implantes não foi estudada. Da mesma forma, sua segurança e eficácia na área periorbital não foram estabelecidas. Os pacientes devem ser instruídos a minimizar a exposição da área tratada ao sol intenso ou ao calor nas primeiras 24 horas após o tratamento, ou até que qualquer inchaço e vermelhidão iniciais tenham desaparecido (MERZ PHARMACEUTICALS, 2023). 

Durante a sessão de aplicação, devem ser seguidas as precauções universais para evitar o contato com fluidos corporais do paciente. A técnica asséptica deve ser adotada para reduzir o risco de infecção. O implante injetável RADIESSE® é fornecido em embalagem individual para uso em um único paciente, e não deve ser re-esterilizado. A embalagem não deve ser utilizada se estiver aberta ou danificada, e o produto não deve ser utilizado caso a tampa da extremidade da seringa ou o êmbolo não estejam no lugar (MERZ PHARMACEUTICALS, 2023). 

Os profissionais de saúde devem se familiarizar completamente com o produto, incluindo seus componentes, modo de ação, materiais educativos e instruções fornecidas pelo fabricante. É crucial entender as contraindicações, advertências e precauções específicas associadas ao uso do implante injetável RADIESSE® para garantir a adequada seleção dos pacientes, identificar possíveis complicações e responder a elas adequadamente (MERZ PHARMACEUTICALS, 2023). 

É necessário considerar as condições médicas pré-existentes dos pacientes antes de administrar o RADIESSE®. Pacientes com alergias graves, história de anafilaxia, múltiplas alergias graves ou hipersensibilidade conhecida a qualquer um dos componentes do produto devem ser contraindicados para o seu uso. Além disso, o implante injetável RADIESSE® não deve ser utilizado em pacientes com distúrbios hemorrágicos (MERZ PHARMACEUTICALS, 2023). 

É importante ressaltar que cada paciente é único, e os resultados do implante injetável RADIESSE® podem variar. O tratamento deve ser personalizado de acordo com as necessidades e características individuais de cada pessoa. Os profissionais de saúde devem discutir os riscos potenciais, os benefícios esperados e as alternativas disponíveis com os pacientes antes do procedimento, para que eles possam tomar uma decisão informada (MERZ PHARMACEUTICALS, 2023). 

3.3.2 Metodologia e Aplicações

Anestesia e Diluições: durante os procedimentos estéticos, é de extrema importância considerar o controle da dor. Em 2009, a Food and Drug Administration (FDA) aprovou um protocolo que consiste em misturar CaHA com lidocaína, em uma concentração de 0,3%, visando melhorar o conforto do paciente durante a injeção. Além disso, alguns especialistas optam por utilizar anestésicos tópicos antes do procedimento. Para reduzir a flacidez da pele, muitos desses especialistas têm explorado as propriedades estimulantes de colágeno do CaHA, usando diluições mais altas. É importante ajustar as diluições de acordo com a espessura da pele do paciente e o grau de frouxidão do tecido, para garantir uma aplicação suave do produto. 

Em 2018, foi publicado o consenso global do uso do Radiesse hiperdiluído, com base em estudos e na experiência de especialistas. No ano seguinte, o consenso brasileiro também foi divulgado (ANTONIO, 2015). O autor explana que o termo “Radiesse hiperdiluído” refere-se a diluições superiores a 1:1. A diluição corporal recomendada varia de 1:2 a 1:6, dependendo da topografia anatômica, grau de flacidez, espessura da pele local e experiência do profissional que realiza a aplicação. Em resumo, quanto mais fina a pele da área a ser tratada, maior deve ser a diluição do produto. Quanto mais diluído o produto, menor será seu efeito volumizador e menores serão as chances de formação de nódulos. O consenso também permite o uso de cânulas ou agulhas durante o procedimento. As Figuras 1 e 2 demonstram o processo de diluição.

Agulhas e Cânulas: o Radiesse pode ser aplicado tanto com agulha quanto com cânula, dependendo da preferência do médico e das necessidades específicas do paciente. Ambos os métodos têm suas vantagens e podem ser eficazes para alcançar resultados desejados (ANTONIO, 2015). 

A aplicação com agulha é mais comumente utilizada, especialmente para tratamentos mais pontuais ou para áreas pequenas e precisas. A agulha é inserida diretamente na pele e o produto é injetado no local desejado. Esse método permite um controle mais preciso da quantidade de produto aplicado e é particularmente útil para tratar rugas profundas ou linhas finas (GARCIA, 2012). 

Santos (2021) explica que a aplicação com cânula é uma opção mais recente e tem ganhado popularidade. Segundo o autor, a cânula é uma agulha flexível e fina que possui uma extremidade romba. Ela é inserida em uma entrada feita na pele, geralmente distante do local de tratamento, e o produto é injetado por meio da cânula até chegar à área desejada. A principal vantagem desse método é a redução do risco de danos a estruturas sensíveis, como vasos sanguíneos, nervos ou músculos. Além disso, a cânula tende a causar menos dor e menos hematomas em comparação com a agulha. As Figuras 3 e 4 demonstram respectivamente a aplicação da anestesia e na sequência a aplicação por intermédio de cânula.

Almeida (2019) cita que a utilização de agulhas oferece a vantagem de um movimento extremamente preciso. Por outro lado, as cânulas causam menos trauma e permitem o tratamento de áreas maiores na profundidade desejada para a injeção. Em um estudo de cadáver, foi comparada a precisão do uso de agulhas e cânulas para o preenchimento supraperiosteal.  O uso da cânula resultou em uma distribuição mais precisa do produto nas camadas anatômicas mais profundas, enquanto a técnica da agulha resultou em uma colocação do material em diferentes níveis anatômicos, desde o periósteo até as camadas mais superficiais da pele. 

 Almeida (2019) cita em sua pesquisa, outro estudo envolvendo 10 cabeças congeladas, no qual material radiopaco foi injetado usando tanto agulhas quanto cânulas, seguido por imagens de fluoroscopia, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Verificou-se que em 60% das injeções com agulha, o material implantado mudou de plano. Portanto, ambos os estudos concluíram que o uso de cânulas resultou em um posicionamento mais preciso do material injetado em comparação com as agulhas.  

Os autores do consenso mencionaram a possibilidade de utilizar tanto cânulas rombas quanto agulhas cortantes, lembrando, no entanto, que o uso de agulhas apresenta um maior risco de colocação superficial do produto, portanto, esse procedimento deve ser realizado com extrema cautela (ALMEIDA, 2019). 

Isto posto, a escolha entre agulha e cânula dependerá das preferências e experiência do médico, da área de tratamento, da extensão das correções necessárias e da resposta individual do paciente. É importante discutir essas opções com um médico especialista em procedimentos estéticos para determinar qual é a melhor abordagem para o seu caso específico (ANTONIO, 2015). 

Técnicas de Aplicação: O Radiesse é aplicado em diferentes áreas para obter resultados estéticos satisfatórios (Figura 5). As maçãs do rosto são uma região em que o preenchimento com Radiesse proporciona um aumento discreto e natural do volume, melhorando a aparência facial. Além disso, o produto também é utilizado para realçar a mandíbula e o queixo, proporcionando uma definição mais acentuada nessa área. O uso do produto nas têmporas é uma opção menos comum, mas pode ser aplicado para tratar a pele afinada causada pelo envelhecimento nessa região (WULKAN, 2022).

Em seu estudo, direcionado ao tratamento facial com CaHA, Almeida (2019) orienta que alguns especialistas estabeleceram diretrizes específicas. Uma das opções é a aplicação do produto por meio de retroinjeção utilizando cânulas, seguindo técnicas de fanning ou “asteriscos” com 2 a 4 pontos de entrada em cada hemiface (Figura 6).

Outra opção é o uso de agulhas, preferencialmente com a técnica de rosqueamento linear curto. Quando se trata do tratamento facial, é recomendada uma diluição de 1:1 (1,5 mL de diluente), geralmente utilizando uma seringa por sessão (ALMEIDA, 2019). 

3.4 COMPARANDO A HIDROXIAPATITA DE CÁLCIO x ÁCIDO HIALURÔNICO

CaHA (Cristais de Hidroxiapatita de Cálcio) e AH (Ácido Hialurônico) são ambos materiais utilizados em procedimentos estéticos e de rejuvenescimento da pele. No entanto, eles têm diferenças significativas em termos de composição, propriedades e aplicações (CLUCINICOFF, 2021). 

O CaHA é composto por pequenos cristais de hidroxiapatita de cálcio, que é uma substância naturalmente encontrada nos ossos e dentes humanos. Quando usado em procedimentos estéticos, o CaHA é geralmente combinado com um gel veicular para formar uma suspensão injetável. Essa suspensão é injetada na pele para estimular a produção de colágeno, promovendo o aumento do volume e a melhoria da firmeza da pele. Os efeitos do CaHA podem durar por um período prolongado, pois ele é gradualmente absorvido pelo corpo, enquanto o colágeno produzido permanece (CORDEIRO; SILVEIRA, 2022). 

O CaHA, segundo Correia e Santos (2019), é um preenchedor com perfis de segurança, eficácia e tolerabilidade comparáveis aos preenchimentos com ácido hialurônico (AH). Proporciona uma reposição volêmica inicial e imediata por até 12 meses e, em seguida, promove correção a longo prazo por meio da bioestimulação, resultando em colagenose (FREITAS, 2021).  

Por essa razão, juntamente com a alta viscosidade e elasticidade do CaHA, há um consenso baseado em evidências e experiência que sugere que ele deve ser evitado em áreas altamente móveis, como os lábios, ou em áreas anatomicamente implacáveis, como a região periocular, onde pode haver um aumento na incidência de nódulos (CORREIA; SANTOS, 2019). 

No que tange ao AH, Clucinicoff (2021) explica que se trata de uma substância gelatinosa que ocorre naturalmente no corpo humano, sendo encontrada em grandes quantidades na pele, nas articulações e nos olhos. O AH tem a capacidade de reter água, o que ajuda a manter a pele hidratada e volumosa. Ele também desempenha um papel importante na lubrificação das articulações e na proteção dos tecidos. O AH é amplamente utilizado em procedimentos para preenchimento facial, aumento de lábios e redução de rugas. Os efeitos do AH são temporários, uma vez que o corpo gradualmente quebra e absorve a substância ao longo do tempo. 

Alguns estudos mostram que o CaHA tem uma longevidade de 30 meses ou mais após o implante do sulco nasolabial. Além disso, outros estudos mostram que ele é adequado para restauração de volume em áreas como o meio e a parte inferior da face, bem como nas mãos (LIMA, 2020). 

No entanto, o CaHA é classificado como um preenchedor ajustável, enquanto o AH é totalmente reversível pela digestão com hialuronidase. Ou seja, o CaHA após ser injetado na pele, pode ser moldado ou ajustado para alcançar o resultado desejado. Isso ocorre devido a composição do CaHA (pequenos cristais que são suspensos em um gel veicular). A estimulação de colágeno ao longo do tempo fornece volume e firmeza à pele. A capacidade de ajuste do CaHA permite a realização de correções ou aprimoramentos adicionais durante o procedimento, se necessário (CORDEIRO; SILVEIRA, 2022). 

Por outro lado, o AH é totalmente reversível devido às quebras de ligações geradas pela hialuronidase. Isso significa que o ácido hialurônico, após ser injetado na pele, pode ser completamente dissolvido com o uso da enzima hialuronidase. A  quebra das ligações do ácido hialurônico, permitem que o AH seja rapidamente metabolizado e eliminado pelo corpo. Essa reversibilidade é uma vantagem do AH, pois oferece a capacidade de corrigir ou ajustar os resultados caso necessário, ou caso o paciente não esteja satisfeito com o efeito alcançado (CLUCINICOFF, 2021). 

Essas características, tanto do CaHa, quanto do HA podem influenciar a escolha do material utilizado com base nas necessidades e preferências do paciente e nas decisões do profissional de saúde ou estética. Em resumo, a principal diferença entre CaHA e AH reside na sua composição química e nas propriedades resultantes. O CaHA é um material que estimula a produção de colágeno e tem efeitos de longa duração, enquanto o AH é um componente natural da pele que retém água e proporciona hidratação e volume temporários. Ambos os materiais têm usos distintos e são escolhidos com base nas necessidades e objetivos do paciente. É importante consultar um profissional médico qualificado para determinar qual substância é mais adequada para cada caso específico (LIMA, 2020). 

4 DISCUSSÃO

O rejuvenescimento facial é uma preocupação comum para muitos pacientes em busca de melhorar a aparência e reduzir os sinais visíveis do envelhecimento. A substância, composta por microesferas de CaHA suspensas em uma solução gelatinosa, proporciona uma base sólida para criar volume e sustentação nos tecidos faciais (MACCARI, 2019). 

Estudos clínicos têm demonstrado que a aplicação de CaHA – Radiesse nas maçãs do rosto, mandíbula, queixo e têmporas resulta em um aumento discreto, porém natural, do volume facial. Essa melhora no volume contribui para o preenchimento de sulcos e rugas, reduzindo sua aparência e proporcionando um aspecto mais rejuvenescido (FREITAS, 2021). 

A Hidroxiapatita de Cálcio – Radiesse também estimula a produção de colágeno pelo próprio organismo. As microesferas de CaHA atuam como estimuladores de colágeno, promovendo a formação de novas fibras colágenas ao longo do tempo. Essa propriedade única do CaHA – Radiesse confere um efeito de rejuvenescimento gradual e duradouro. À medida que o colágeno natural é produzido, ocorre um fortalecimento da estrutura da pele, redução da flacidez e melhora na textura e na aparência geral da pele tratada. A segurança do uso de CaHA – Radiesse no rejuvenescimento facial tem sido amplamente avaliada (ALMEIDA, 2019).  

Complicações como infecções, reações alérgicas graves ou necrose tecidual são raras. No entanto, como com qualquer procedimento estético, é fundamental que a aplicação seja realizada por um profissional qualificado, seguindo as diretrizes e técnicas adequadas, a fim de minimizar qualquer risco potencial (GARCIA, 2012). 

Hidroxiapatita de Cálcio (CaHA) – Radiesse tem se mostrado uma opção eficaz e segura no rejuvenescimento facial. Sua capacidade de aumentar o volume facial, redefinir contornos e estimular a produção de colágeno oferece resultados satisfatórios para os pacientes que buscam uma aparência mais jovem e revitalizada (MADALENA, 2019). 

Comparativamente a outros preenchimentos dérmicos disponíveis, a Hidroxiapatita de Cálcio – Radiesse apresenta vantagens distintas. Sua formulação em microesferas de CaHA permite uma distribuição uniforme e mais duradoura em comparação a outros produtos (LIMA, 2020). 

Além disso, a estimulação da produção de colágeno promovida pelo CaHA – Radiesse traz benefícios adicionais. Ao contrário de preenchimentos temporários, que requerem aplicações frequentes para manter os resultados, o Radiesse oferece uma melhora gradual ao longo do tempo, à medida que o colágeno natural é produzido. Isso resulta em resultados mais duradouros e uma aparência rejuvenescida que se mantém por um período prolongado (CAMATTA; BARROSO, 2022). 

Outro aspecto relevante é a versatilidade do CaHA – Radiesse no tratamento de diferentes áreas faciais. Além das maçãs do rosto, mandíbula e queixo, já mencionados, o produto também pode ser utilizado nas têmporas e no dorso das mãos. Isso permite aos profissionais oferecer uma abordagem abrangente no rejuvenescimento facial, abordando múltiplas áreas de preocupação dos pacientes (MACCARI, 2019). 

Embora o CaHA – Radiesse seja considerado seguro e com baixa incidência de efeitos adversos, é importante destacar a importância da seleção criteriosa dos pacientes e do conhecimento adequado das técnicas de aplicação. Um exame minucioso da história médica do paciente, incluindo alergias e condições preexistentes, deve ser realizado antes do tratamento. Além disso, a habilidade e experiência do profissional na aplicação correta e no gerenciamento de qualquer possível complicação são fatores críticos para o sucesso e a segurança do procedimento (FREITAS, 2021). 

Em resumo, a Hidroxiapatita de Cálcio – Radiesse tem se mostrado uma opção eficaz e segura para o rejuvenescimento facial. Seus benefícios incluem o aumento do volume facial, redefinição de contornos, estimulação da produção de colágeno e resultados duradouros. Com uma abordagem adequada, respeitando as diretrizes e técnicas apropriadas, é possível alcançar resultados esteticamente satisfatórios, proporcionando aos pacientes uma aparência rejuvenescida e melhorando sua autoestima (MACCARI, 2019). 

5 CONCLUSÃO

Em síntese, a Hidroxiapatita de Cálcio (CaHA) – Radiesse é um tratamento eficaz e seguro para o rejuvenescimento facial, com benefícios significativos que a tornam uma opção amplamente utilizada na área da estética. Ao longo desta discussão, destacamos as propriedades únicas do CaHA – Radiesse, incluindo sua formulação em microesferas, que permite uma distribuição uniforme e um efeito levemente volumizador.  

Além dos benefícios da estimulação do colágeno, o CaHA – Radiesse apresenta uma duração prolongada dos resultados. Sua composição robusta permite que o produto permaneça intacto por um período mais longo, reduzindo a necessidade de tratamentos frequentes. Isso não apenas oferece conveniência aos pacientes, mas também reduz os custos associados ao tratamento a longo prazo. 

Outra vantagem significativa do CaHA – Radiesse é sua versatilidade no tratamento de diferentes áreas faciais. Além das maçãs do rosto, mandíbula e queixo, o produto também pode ser aplicado nas têmporas, áreas que frequentemente sofrem com os sinais de envelhecimento. Essa capacidade de tratar múltiplas áreas problemáticas torna o CaHA – Radiesse uma opção abrangente para pacientes que desejam uma abordagem completa no rejuvenescimento facial. 

É importante destacar que, embora o CaHA – Radiesse seja geralmente seguro, é crucial que o tratamento seja realizado por profissionais qualificados e experientes. Isso garante a aplicação correta do produto, minimizando os riscos e maximizando os resultados. Além disso, a avaliação cuidadosa dos pacientes antes do procedimento, levando em consideração histórico médico, alergias e outras condições pré-existentes, é essencial para garantir a segurança e a eficácia do tratamento. 

No entanto, é importante ressaltar que cada paciente é único e os resultados podem variar de acordo com fatores como a idade, condição da pele e expectativas individuais. Portanto, uma avaliação cuidadosa e uma comunicação aberta entre o médico e o paciente são fundamentais para estabelecer metas realistas e alcançar os melhores resultados possíveis. 

Além dos aspectos positivos mencionados, é importante destacar que qualquer procedimento estético envolve certos riscos e efeitos adversos potenciais. 

Embora o CaHA – Radiesse seja geralmente bem tolerado, reações como vermelhidão, inchaço temporário, sensibilidade ou hematomas podem ocorrer após o tratamento. No entanto, esses efeitos costumam ser leves e desaparecem em poucos dias. É fundamental que os pacientes estejam cientes dessas possibilidades e sigam as orientações pós-tratamento fornecidas pelo médico para minimizar qualquer desconforto e maximizar a recuperação. 

No contexto do rejuvenescimento facial, o uso da Hidroxiapatita de Cálcio (CaHA) – Radiesse tem se mostrado uma opção segura e eficaz, proporcionando resultados estéticos satisfatórios e duradouros. Seu papel na estimulação do colágeno e na restauração de volume facial é um dos principais atributos que o tornam uma escolha popular entre médicos e pacientes.

REFERÊNCIAS

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Monografia apresentada ao Programa de Pós-Graduação da UNINGÁ – Unidade de curso superior Ingá para a obtenção de Título de Especialista em Harmonização Orofacial. 

Orientador: Prof. Me. Antônio Marinaldo de Toledo Jr. Co-orientadora: Prof(a). Esp. Ana Carolina Basile.