REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th10249301230
Bruna da Silva Marçal1
Daniel Rihs Matos1
Débora de Menezes Alves1
Eduardo D Oliveira Landa1
Lara Xavier Bandini1
Michele Samira Salman Shihadeh1
Patrícia Franciscone Mendes2
Resumo
Este estudo teve como objetivo geral analisar a eficácia e segurança do uso terapêutico da Cannabis, especificamente dos compostos Tetra-hidrocanabinol (THC) e Canabidiol (CBD), no tratamento da dor em cães e gatos. A metodologia adotada foi uma revisão de literatura abrangente, realizada em bases de dados como PubMed, Scielo, e Google Scholar, utilizando palavras-chave relacionadas à Cannabis, dor, e medicina veterinária. A discussão revelou que, enquanto o CBD apresenta um perfil terapêutico promissor e relativamente seguro, o THC é mais problemático devido à sua toxicidade em animais, especialmente em doses elevadas. Os resultados indicam que, apesar do potencial terapêutico da Cannabis, particularmente do CBD, é crucial que seu uso seja monitorado por profissionais veterinários, com atenção especial às dosagens e possíveis interações medicamentosas. A conclusão reforça a necessidade de mais pesquisas para otimizar o uso de canabinoides em tratamentos veterinários, destacando a importância da regulamentação e da educação continuada de profissionais e tutores para garantir a segurança e eficácia desses tratamentos.
Palavras-chave: Cannabis terapêutica, Dor em animais, Medicina veterinária
Introdução
O uso terapêutico da cannabis, especialmente em sua forma de canabidiol (CBD), tem ganhado destaque na medicina veterinária, particularmente no tratamento da dor em cães e gatos. A dor crônica em animais é uma condição complexa que requer abordagens multifacetadas, uma vez que os tratamentos tradicionais, como anti-inflamatórios não esteroides e opioides, podem ser insuficientes ou apresentar efeitos colaterais indesejados (Correa et al., 2017). A cannabis, com suas propriedades analgésicas e anti-inflamatórias, surge como uma alternativa promissora, especialmente em casos de dor neuropática e dor oncológica (Matias et al., 2022; Sousa, 2023). Estudos recentes indicam que os fitocanabinóides, como o CBD e o A9-tetrahidrocanabinol (THC), têm demonstrado eficácia no alívio da dor em diversas condições clínicas, incluindo a dor crônica em pequenos animais (Sousa, 2023; Izidoro, 2022).
A modulação do sistema endocanabinoide, que desempenha um papel crucial na percepção da dor, sugere que a administração de canabinoides pode resultar em alívio significativo da dor e melhora na qualidade de vida dos pacientes (Gontijo et al., 2016). Além disso, a pesquisa aponta que a utilização de cannabis pode ser particularmente benéfica em casos onde os tratamentos convencionais falharam, como na dor oncológica refratária (Silva et al., 2023; Pontes et al., 2021). A literatura também destaca a necessidade de mais estudos para compreender completamente a segurança e a eficácia do uso de cannabis em animais. Embora muitos relatos anedóticos e alguns estudos preliminares mostrem resultados positivos, a falta de ensaios clínicos robustos limita a generalização dos achados (Assing, 2024; Marques, 2022).
Portanto, uma abordagem multidisciplinar que inclua veterinários, farmacologistas e especialistas em dor é essencial para otimizar o manejo da dor em cães e gatos utilizando cannabis (Assing, 2024). Além disso, a administração de cannabis deve ser cuidadosamente monitorada, considerando os potenciais efeitos colaterais, como sonolência e alterações no apetite, que podem impactar a saúde geral dos animais (Pontes et al., 2021). A individualização do tratamento, levando em conta as necessidades específicas de cada animal, é fundamental para maximizar os benefícios e minimizar os riscos associados ao uso de canabinoides (Assing, 2024)
A questão central deste estudo é como o uso terapêutico da Cannabis, especialmente dos compostos Tetra-hidrocanabinol (THC) e Canabidiol (CBD), pode ser eficaz e seguro no tratamento da dor em cães e gatos, considerando o histórico da planta, o funcionamento do sistema endocanabinóide nesses animais e as contraindicações. A hipótese a ser investigada é que a utilização de compostos derivados da Cannabis, como THC e CBD, pode proporcionar alívio eficaz da dor em cães e gatos, desde que sejam administrados em doses controladas e com monitoramento adequado, minimizando riscos de toxicidade e respeitando as contraindicações específicas para essas espécies.
A justificativa para este estudo reside no crescente interesse pelo uso de Cannabis para fins terapêuticos na medicina veterinária, especialmente no tratamento de condições dolorosas crônicas que afetam cães e gatos. No entanto, a toxicidade potencial e as especificidades do sistema endocanabinóide em animais exigem uma análise cuidadosa e baseada em evidências científicas. Portanto, esta pesquisa é fundamental para ampliar o conhecimento sobre os benefícios e riscos do uso de THC e CBD em animais de estimação, fornecendo aos veterinários informações essenciais para uma prescrição segura e eficaz.
Histórico da Cannabis
A história da cannabis é rica e complexa, refletindo sua evolução desde o uso ancestral até a atualidade, onde é reconhecida tanto por suas propriedades medicinais quanto por seu potencial recreativo. O uso medicinal da cannabis remonta a aproximadamente 3.000 anos a.C., com registros que indicam sua aplicação na medicina tradicional em diversas culturas, especialmente na Ásia, onde era utilizada para tratar uma variedade de condições, incluindo dor e distúrbios gastrointestinais (Silva e Albuquerque, 2023; Zuardi, 2006). Na medicina ocidental, a introdução da cannabis ocorreu no século XIX, quando extratos e tinturas começaram a ser utilizados para tratar doenças como dor crônica e espasmos musculares (Zuardi, 2006).
No entanto, a percepção da cannabis mudou drasticamente ao longo do século XX, especialmente com a ascensão de políticas proibicionistas, influenciadas em grande parte pela legislação dos Estados Unidos. A Convenção Internacional sobre o Ópio de 1912, por exemplo, estabeleceu um marco na criminalização da cannabis, levando a um estigma que ainda persiste (Oliveira et al., 2019). Essa mudança de paradigma resultou em uma diminuição significativa do uso medicinal da planta, que foi relegada a um status de droga ilícita, dificultando pesquisas e o desenvolvimento de tratamentos baseados em cannabis (Silva e Albuquerque, 2023; Oliveira et al., 2019).
A partir da década de 1960, houve um ressurgimento do interesse científico pela cannabis, impulsionado por estudos que começaram a explorar suas propriedades terapêuticas. No entanto, as investigações foram frequentemente interrompidas devido a restrições legais e à falta de aceitação social (Silva e Albuquerque, 2023). Somente a partir dos anos 1990, com a reavaliação dos efeitos terapêuticos da cannabis e a crescente demanda por alternativas aos tratamentos convencionais, as pesquisas começaram a se intensificar novamente, culminando em um reconhecimento mais amplo de seu potencial medicinal (Zuardi, 2006).
Atualmente, a cannabis é objeto de um debate intenso sobre sua legalização e uso medicinal em várias partes do mundo. No Brasil, por exemplo, o uso medicinal da cannabis está em processo de regulamentação, com iniciativas que buscam integrar a planta ao Sistema Único de Saúde (SUS) (Silva e Albuquerque, 2023). A pesquisa contemporânea continua a explorar os benefícios e malefícios da cannabis, especialmente em relação a condições como dor crônica, epilepsia e distúrbios psiquiátricos, refletindo uma mudança significativa na percepção pública e científica sobre a planta (Silva et al., 2022; Zuardi, 2006).
Cannabis sativa
A Cannabis sativa, popularmente conhecida como maconha, é uma planta herbácea pertencente à família Cannabaceae, que tem sido cultivada por milênios para diversos fins, incluindo uso medicinal, recreativo, industrial e têxtil (Russo et al., 2008; Pisanti e Bifulco, 2018). A planta é caracterizada por sua rica composição química, que inclui mais de 100 canabinoides, entre os quais os mais conhecidos são o Δ9-tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD) (Holst, 2024; Lowe et al., 2021). O THC é o principal composto psicoativo, responsável pelos efeitos eufóricos associados ao uso recreativo da cannabis, enquanto o CBD tem ganhado destaque por suas propriedades terapêuticas, incluindo efeitos anti-inflamatórios e ansiolíticos (Franco, 2023; Thakur et al., 2021).
A Cannabis sativa é frequentemente classificada em diferentes variedades, sendo as mais comuns as variedades “indica” e “sativa”. Essas classificações são frequentemente associadas a diferentes perfis de efeitos, com a sativa sendo geralmente considerada mais energizante e a indica mais relaxante (Sholler et al., 2022; Clarke et al., 2023). No entanto, a distinção entre essas variedades é complexa e pode não refletir com precisão os efeitos individuais, uma vez que a composição química exata pode variar amplamente entre as cepas (Sholler et al., 2022; Clarke et al., 2023). Além de seus canabinoides, a Cannabis sativa também contém uma variedade de terpenos e flavonoides, que contribuem para seu aroma, sabor e potencial terapêutico. Estudos indicam que os terpenos, como o mirceno e o limoneno, podem ter efeitos sinérgicos com os canabinoides, potencializando suas propriedades medicinais (Rodriguez et al., 2021; Booth et al., 2017).
A pesquisa sobre a composição química da cannabis tem se intensificado, com o objetivo de entender melhor como esses compostos interagem e afetam a saúde humana (Russo et al., 2008; Rodriguez et al., 2021). Historicamente, a Cannabis sativa tem sido utilizada em várias culturas ao redor do mundo, desde a medicina tradicional até rituais religiosos. Sua utilização medicinal remonta a mais de 5000 anos, com registros de seu uso em práticas de fitoterapia na China e na Índia (Shakil et al., 2021; Pisanti e Bifulco, 2018).
No entanto, a proibição do uso da cannabis em muitos países ao longo do século XX levou a uma diminuição significativa de sua pesquisa e aplicação na medicina (Franco, 2023; Pisanti e Bifulco, 2018). Atualmente, com a crescente aceitação e legalização da cannabis para uso medicinal em várias partes do mundo, há um renascimento do interesse científico em suas propriedades e aplicações (Schachtsiek et al., 2019). A Cannabis sativa é uma planta multifacetada com uma rica história de uso e uma complexa composição química. Seu potencial terapêutico, aliado à sua longa tradição de uso, torna-a um foco importante de pesquisa e discussão no campo da medicina contemporânea.
Sistema Endocanabinóide
O sistema endocanabinoide (SEC) é um complexo sistema de sinalização lipídica que desempenha um papel crucial na regulação de diversas funções fisiológicas no organismo humano e animal. Descoberto na década de 1990, o SEC é composto por três componentes principais: os receptores canabinóides (CB1 e CB2), os ligantes endógenos (endocanabinóides) e as enzimas responsáveis pela síntese e degradação desses ligantes (Carvalho et al., 2017; Silveira, 2023; Pantoja‐Ruiz et al., 2022). Os receptores CB1 estão predominantemente localizados no sistema nervoso central, enquanto os receptores CB2 são encontrados principalmente em tecidos periféricos e células do sistema imunológico (Spezzia, 2023).
Os endocanabinóides, como a anandamida e o 2-arachidonil glicerol, são moléculas que atuam como mediadores na sinalização endocanabinoide, modulando processos como dor, humor, apetite e resposta imunológica (Pantoja‐Ruiz et al., 2022; Zanellati e Salazar, 2021). A ativação desses receptores pode resultar em efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e neuroprotetores, o que tem gerado interesse crescente na aplicação terapêutica dos canabinoides, tanto em humanos quanto em animais (Miranda-Cortés et al., 2023).
A pesquisa sugere que a manipulação do SEC pode oferecer novas abordagens para o tratamento de condições como dor crônica, ansiedade e epilepsia (Carvalho et al., 2017; Silveira, 2023; Zanellati e Salazar, 2021). Além disso, o SEC é fundamental na manutenção da homeostase, regulando o equilíbrio energético e a resposta ao estresse (Rosante et al., 2021; Sharma et al., 2015). Estudos indicam que a desregulação do sistema endocanabinoide pode estar associada a várias patologias, incluindo distúrbios psiquiátricos e metabólicos, o que reforça a importância de entender sua fisiologia para o desenvolvimento de intervenções terapêuticas eficazes (Zanellati e Salazar, 2021; Nobre, 2024; Sousa, 2023).
A interação entre os endocanabinóides e outros sistemas de sinalização no corpo humano sugere um papel ainda mais amplo do SEC na modulação de funções corporais (Pietropaolo et al., 2020; Starowicz e Finn, 2017). Em resumo, o sistema endocanabinoide é um componente essencial da fisiologia humana e animal, com implicações significativas para a saúde e o tratamento de doenças. A compreensão de suas complexidades e interações continua a evoluir, prometendo avanços na medicina e na terapia com canabinoides.
Toxicidade da cannabis em cães e gatos
A toxicidade da cannabis em cães e gatos é uma preocupação crescente entre veterinários e tutores de animais de estimação, especialmente com a crescente popularização do uso de produtos à base de cannabis para fins medicinais e recreativos. A Cannabis sativa contém diversos compostos químicos, sendo os canabinoides, como o Δ9-tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD), os mais estudados. O THC, em particular, é conhecido por seus efeitos psicoativos e pode ser tóxico para os animais, levando a uma variedade de sintomas clínicos Zielke et al. (2018).
Os sinais de intoxicação por cannabis em cães e gatos podem incluir letargia, desorientação, ataxia, vômitos, hipersalivação e, em casos mais graves, depressão respiratória e até coma (CHICUTI et al., 2022). A gravidade dos sintomas pode variar dependendo da quantidade de cannabis ingerida e da sensibilidade individual do animal. Estudos indicam que os cães são mais suscetíveis aos efeitos tóxicos do THC do que os gatos, embora ambos possam apresentar reações adversas significativas (Garrido, 2024). Um estudo realizado por Garrido (2024) revelou que 9% dos tutores de animais de companhia relataram casos de toxicidade farmacológica, incluindo aqueles relacionados ao uso de cannabis sem orientação veterinária. Essa falta de supervisão profissional é preocupante, pois pode levar a diagnósticos inadequados e tratamentos errôneos, aumentando o risco de complicações (CHICUTI et al., 2022).
Além disso, a administração de produtos de cannabis não regulamentados pode resultar em dosagens imprecisas de THC e CBD, exacerbando o risco de toxicidade. A toxicidade da cannabis em animais também levanta questões sobre a segurança do uso de produtos à base de cannabis para fins terapêuticos. Embora o CBD tenha sido associado a menos efeitos adversos e seja considerado mais seguro, ainda é necessário cautela, pois a interação com outros medicamentos e a variabilidade na resposta individual podem resultar em reações indesejadas (Pedrosa, 2023).
Portanto, a orientação veterinária é essencial ao considerar o uso de cannabis em cães e gatos, especialmente para tratar condições como dor crônica ou ansiedade (Pinto et al., 2021). A toxicidade da cannabis em cães e gatos é uma questão relevante que exige atenção e pesquisa contínua. A conscientização sobre os riscos associados ao uso não supervisionado de produtos de cannabis é crucial para garantir a saúde e o bem-estar dos animais de estimação.
Aplicação terapêutica da Cannabis na clínica médica de cães e gatos
A aplicação terapêutica da Cannabis na clínica médica de cães e gatos tem se tornado um tema de crescente interesse e pesquisa, especialmente à medida que mais evidências emergem sobre os benefícios potenciais dos canabinoides no tratamento de diversas condições clínicas. A Cannabis sativa contém mais de 100 fitocanabinoides, sendo o Δ9-tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD) os mais estudados, ambos com propriedades terapêuticas distintas (Franco, 2023). O THC é conhecido por seus efeitos psicoativos, enquanto o CBD tem sido amplamente pesquisado por suas propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e ansiolíticas, tornando-o uma opção promissora para o manejo da dor e da ansiedade em animais de estimação (Franco, 2023).
Estudos têm demonstrado que o uso de CBD pode ser benéfico no tratamento de condições como dor crônica, artrite e epilepsia em cães e gatos. Um estudo específico relatou que a administração de CBD resultou em uma redução significativa na frequência de convulsões em cães epilépticos, além de melhorar a qualidade de vida dos animais (Longoria et al., 2022). Além disso, a utilização de produtos à base de cannabis tem sido associada à redução da dor em condições como osteoartrite, onde os canabinoides podem atuar modulando a resposta inflamatória e a percepção da dor (Franco, 2023).
A segurança do uso de cannabis em animais de estimação é uma preocupação importante. Embora o CBD seja geralmente considerado seguro e bem tolerado, o THC pode ser tóxico, especialmente em doses elevadas. Portanto, é crucial que os tutores consultem um veterinário antes de iniciar qualquer tratamento com cannabis, para garantir que a dosagem e a formulação sejam adequadas para o animal (Melo e Santos, 2016). A regulamentação e a padronização dos produtos de cannabis também são aspectos fundamentais para garantir a segurança e a eficácia do tratamento (Melo e Santos, 2016).
Além das aplicações em dor e epilepsia, a cannabis também tem mostrado potencial em outras áreas, como no tratamento de distúrbios de comportamento e na redução da ansiedade em cães e gatos, especialmente em situações de estresse, como viagens ou mudanças de ambiente (Franco, 2023). A pesquisa continua a explorar a eficácia dos canabinoides em uma variedade de condições, incluindo doenças inflamatórias intestinais e câncer, onde a cannabis pode ajudar a aliviar sintomas como dor e náuseas associadas ao tratamento quimioterápico (Franco, 2023). A aplicação terapêutica da Cannabis na clínica médica de cães e gatos representa uma área promissora que pode oferecer alternativas valiosas para o manejo de várias condições de saúde. No entanto, a necessidade de mais pesquisas e regulamentações adequadas é essencial para garantir que os benefícios potenciais sejam alcançados de forma segura e eficaz.
Ações terapêuticas da Cannabis
As ações terapêuticas da Cannabis sativa têm sido objeto de crescente interesse na medicina, especialmente devido ao reconhecimento de suas propriedades medicinais e ao potencial para tratar uma variedade de condições clínicas. A Cannabis contém mais de 400 compostos químicos, dos quais os canabinoides, como o Δ9-tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD), são os mais estudados e utilizados em contextos terapêuticos (Viana, 2024; Oliveira, 2024).
O THC é conhecido por seus efeitos psicoativos, enquanto o CBD tem sido amplamente pesquisado por suas propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e ansiolíticas, tornando-se uma opção promissora para o manejo de várias condições médicas (Viana, 2024; Spezzia, 2022). Uma das aplicações mais reconhecidas da Cannabis na medicina é no tratamento da dor crônica. Estudos demonstram que o uso de canabinoides pode resultar em alívio significativo da dor em pacientes com condições como artrite, esclerose múltipla e dor neuropática (Silva et al., 2022; Mendes et al., 2022).
Além disso, a Cannabis tem mostrado eficácia no controle de náuseas e vômitos, especialmente em pacientes submetidos a quimioterapia, onde os canabinoides podem ajudar a melhorar a qualidade de vida ao reduzir os efeitos colaterais do tratamento (Pratt et al., 2019; Maccarrone et al., 2017). Outra área de aplicação terapêutica é no tratamento de distúrbios neurológicos, como a epilepsia. O CBD, em particular, tem sido associado à redução da frequência e gravidade das convulsões em pacientes com epilepsia refratária, levando à sua aprovação em vários países como uma opção de tratamento (Santos, 2024; Lima et al., 2021).
Além disso, a pesquisa sugere que a Cannabis pode ter um papel no tratamento de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, onde os canabinoides podem ajudar a mitigar a progressão da doença e melhorar os sintomas (Spezzia, 2023; Maccarrone et al., 2017). A utilização da Cannabis também se estende ao tratamento de condições psiquiátricas, como ansiedade e depressão. Estudos indicam que o CBD pode ter efeitos ansiolíticos, ajudando a reduzir os sintomas de ansiedade em pacientes (Spezzia, 2022; Lima et al., 2021).
No entanto, é importante ressaltar que a resposta à Cannabis pode variar significativamente entre os indivíduos, e a supervisão médica é essencial para garantir a segurança e a eficácia do tratamento (Kogan et al., 2019; Cunha et al., 2022). Apesar do potencial terapêutico da Cannabis, ainda existem desafios e barreiras a serem superados. A regulamentação e a padronização dos produtos à base de Cannabis são fundamentais para garantir que os pacientes tenham acesso a tratamentos seguros e eficazes (Viana, 2024; OLIVEIRA, 2023).
A necessidade de mais pesquisas clínicas é evidente para entender melhor os mecanismos de ação dos canabinoides e suas interações com outros medicamentos (Pratt et al., 2019; Maccarrone et al., 2017). As ações terapêuticas da Cannabis sativa oferecem uma gama de possibilidades para o tratamento de várias condições médicas, destacando seu potencial como uma alternativa viável e eficaz na prática clínica. A continuidade da pesquisa e a regulamentação adequada são essenciais para maximizar os benefícios dessa planta medicinal.
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¹ Alunos do curso de Medicina Veterinária
² Professora orientadora do curso de Medicina Veterinária