REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th1024100224
Juciane Lima do Nascimento Melo1
Mayara Rayanne Teixeira Lauriano Pares2
Maria Terezinha Gomes Pontes3
Tania Maria de Carvalho4
Regina Gabriela Caldas de Moraes5
Arlete do Monte Massela Malta6
Gabriela Eiras Ortoni7
Tirza Melo Sathler Prado8
Ana Carolina Botto Barros Felix9
Yonara Bezerra Wanderley10
José Ernesto dos Santos Filho11
Karen de Fátima Figueroa Bohórquez12
Rafael Honorio e Silva13
Solange Alves da Silva14
Emmanuelle Silveira Maciel15
Resumo
A pandemia COVID-19 trouxe desafios significativos para a saúde mental global, com um aumento significativo nos casos de estresse, ansiedade e depressão. A partir de uma análise epidemiológica, este estudo analisa como esses problemas se manifestaram em diferentes grupos populacionais, demonstrando a relevância de políticas públicas eficientes para minimizar seus efeitos. Compreender os fatores de risco e avaliar as medidas tomadas são cruciais para fomentar a resiliência e o bem-estar no período pós-pandêmico.
Palavras-chave: Saúde mental, COVID-19, ansiedade e depressão.
1 Introdução
A pandemia COVID-19 trouxe consigo uma série de desafios globais que ultrapassam o âmbito da saúde física, afetando significativamente a saúde mental das pessoas em todo o mundo. O surgimento de novas formas do vírus, o prolongamento das medidas de isolamento social e as incertezas financeiras contribuíram para uma situação de estresse constante, que tem aumentado a ansiedade e a depressão. Esta situação de emergência revelou a relevância da saúde mental como uma prioridade de saúde pública, exigindo medidas rápidas e efetivas para reduzir os efeitos adversos dessas condições na população.
Os estudos epidemiológicos conduzidos durante e depois da pandemia evidenciaram um aumento significativo nos níveis de estresse, ansiedade e depressão em diferentes grupos etários e sociais (Silva et al., 2022) Esses problemas não apenas afetam a qualidade de vida das pessoas, mas também causam uma sobrecarga nos sistemas de saúde, que estão sendo pressionados pela crescente demanda por serviços de saúde mental. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2022), o número de indivíduos com transtornos de ansiedade e depressão aumentou em mais de 25% em todo o mundo, tornando-se um dos maiores desafios para a saúde pública no século XXI.
Foi amplamente documentado (Lima & Oliveira, 2021) A exaustão física e emocional dos profissionais de saúde, associada ao constante receio de contaminação e perda de pacientes, resultou em níveis elevados de esgotamento e sofrimento psicológico. A falta de interação social tradicional entre os jovens contribuiu para o aumento dos casos de depressão e ansiedade, evidenciando a relevância das redes sociais para a promoção da saúde mental.
Ademais, a pandemia revelou as disparidades existentes no acesso a serviços de saúde mental, com indivíduos em situação de vulnerabilidade social enfrentando dificuldades ainda maiores para obter cuidados adequados (Moura et al., 2023) Durante a crise sanitária global, foi constatada a necessidade de estratégias de longo prazo que não apenas abordem o tratamento, mas também a prevenção e a promoção da saúde mental.
Diante disso, o presente estudo tem como objetivo analisar a epidemiologia do estresse, ansiedade e depressão pós-COVID-19, investigando as principais tendências e fatores associados ao aumento dessas condições. Compreender os efeitos da pandemia na saúde mental é crucial para a criação de medidas e políticas públicas que fomentem a resiliência e o bem-estar das populações afetadas. Sendo assim, este estudo tem como objetivo contribuir para o progresso do conhecimento nessa área, fornecendo subsídios para a elaboração de estratégias que minimizem os efeitos psicológicos da pandemia a longo prazo.
2 Objetivo Geral
Analisar a epidemiologia do estresse, ansiedade e depressão na população brasileira após a pandemia de COVID-19, identificando os principais fatores de risco e vulnerabilidade associados a esses transtornos mentais, e avaliar a eficiência das políticas públicas e intervenções de saúde mental implementadas no período pós-pandêmico, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento de estratégias mais eficazes para prevenir e promover a saúde mental no Brasil.
2.1 Objetivos Específicos
- Investigar Como a pandemia de COVID-19 afetou os níveis de estresse, ansiedade e depressão em diferentes grupos populacionais, levando em conta aspectos como idade, gênero e situação socioeconômica.
- Identificar Os principais fatores de risco e vulnerabilidade que contribuíram para o aumento das doenças mentais durante e depois da pandemia, com foco nas populações mais afetadas.
- Analisar a reação das medidas governamentais de saúde mental implementadas durante a pandemia, examinando sua eficiência na diminuição dos efeitos psicológicos na população.
2. 2 Investigar Como a pandemia de COVID-19 afetou os níveis de estresse, ansiedade e depressão em diferentes grupos populacionais, levando em conta
A pandemia de COVID-19 trouxe grandes mudanças na vida das pessoas, com consequências relevantes na saúde mental. O estresse, a ansiedade e a depressão se tornaram condições comuns, afetando uma ampla variedade de indivíduos, embora de maneiras distintas, dependendo de fatores como idade, gênero, situação socioeconômica e vulnerabilidade prévia. A necessidade de se distanciar socialmente, o medo da contaminação, a instabilidade econômica e a incerteza sobre o futuro criaram um cenário propício para o aumento desses transtornos mentais.
Diversos estudos mostram que a pandemia teve um impacto diferente em grupos específicos da população. Por exemplo, as crianças e adolescentes tiveram problemas significativos com o fechamento das escolas e a falta de interações sociais, elementos fundamentais para o seu desenvolvimento emocional e psicológico (Silva et al., 2022) A falta de uma rotina escolar, aliada ao isolamento social, provocou um aumento significativo nos níveis de ansiedade e depressão entre os jovens, conforme comprovado em estudos em diferentes regiões do Brasil.
Os indivíduos mais velhos foram particularmente afetados, não somente pelo aumento do risco de complicações graves da COVID-19, mas também pelo isolamento social que aumentou a sensação de isolamento e medo. Moura et al. (2023) salientam que a solidão, causada pelas medidas de quarentena, aumentou significativamente os casos de depressão entre a população idosa. Esses dados mostram como o isolamento social, uma das principais táticas para conter o vírus, teve consequências adversas na saúde mental, sobretudo em grupos mais vulneráveis.
Por outro lado, os profissionais de saúde foram outro grupo que teve altos níveis de estresse e esgotamento emocional. Trabalhando na linha de frente do combate à pandemia, esses profissionais enfrentaram jornadas longas, alto risco de contaminação e a morte de colegas e pacientes, o que resultou em um aumento assustador de casos de burnout, ansiedade e depressão (Lima & Oliveira, 2021) A exposição constante a situações de sofrimento e morte, aliada à pressão por resultados rápidos, deixou esses trabalhadores sob intenso estresse, o que demonstra a necessidade de um suporte psicológico adequado para essa categoria.
As disparidades socioeconômicas também tiveram um papel crucial na forma como a pandemia afetou a saúde mental das pessoas. Populações de baixa renda, muitas vezes sem acesso adequado a cuidados de saúde mental, enfrentaram outros desafios, como a perda de emprego e a insegurança alimentar, o que aumentou os níveis de estresse e ansiedade (Nunes et al., 2022) Essas diferenças revelam como as condições econômicas e sociais são fundamentais para a saúde mental, influenciando diretamente a capacidade das pessoas de lidar com a crise.
Dessa forma, a pandemia de COVID-19 destacou as fragilidades na saúde mental da população brasileira, com diferentes grupos populacionais apresentando níveis variados de estresse, ansiedade e depressão. A compreensão desses efeitos é crucial para o desenvolvimento de ações específicas que possam mitigar os efeitos negativos da pandemia e promover a saúde mental de forma mais justa e eficiente.
2. 3 Identificar Os principais fatores de risco e vulnerabilidade que contribuíram para o aumento das doenças mentais durante e depois da pandemia, com foco nas populações mais afetadas.
A pandemia COVID-19 aumentou significativamente os fatores de risco e vulnerabilidade, o que contribuiu significativamente para o aumento de doenças mentais, como estresse, ansiedade e depressão. Esses elementos variam de acordo com as particularidades das populações mais afetadas, incluindo aspectos socioeconômicos, condições de saúde prévias e exposição prolongada a agentes psicossociais.
Uma das principais causas de perigo identificadas foi a incerteza financeira, que cresceu de forma exponencial durante a pandemia. Milhões de pessoas enfrentaram a perda de empregos, a diminuição da renda e a incerteza financeira, o que aumentou os níveis de estresse e ansiedade, especialmente entre as pessoas de baixa renda. Segundo Nunes et al. (2022), a insegurança econômica foi um dos fatores mais críticos para o aumento dos transtornos mentais, sobretudo em comunidades economicamente desfavorecidas.
Um outro fator relevante é o isolamento social. A necessidade de distanciamento físico para conter a disseminação do vírus levou à interrupção das redes de apoio social, que são cruciais para o bem-estar emocional. Moura et al. (2023) salientam que o isolamento social teve um impacto devastador na saúde mental de idosos, que já estavam vulneráveis à solidão, e de jovens, cuja socialização é um elemento fundamental do desenvolvimento psicológico. A ausência de interação social não apenas aumentou a sensação de solidão, mas também contribuiu para o surgimento de sintomas depressivos.
Além disso, as condições de saúde anteriores, como doenças crônicas e transtornos mentais, aumentaram a vulnerabilidade durante a pandemia. Pessoas com essas condições apresentaram um maior risco de apresentar sintomas sérios de ansiedade e depressão, devido ao medo de agravar a saúde ou à dificuldade em obter cuidados médicos adequados durante os períodos de pico da pandemia (Silva et al., 2022) Esse grupo sentiu um aumento na sensação de desamparo e desesperança, o que piorou ainda mais seu estado mental.
Devido à responsabilidade de tratar pacientes em situações extremas e à exposição constante ao ambiente de alta pressão dos hospitais, os profissionais de saúde constituíram um grupo particularmente vulnerável. Como resultado de longas jornadas de trabalho e do trauma de perder colegas e pacientes, esses profissionais apresentaram ansiedade, exaustão emocional e burnout, de acordo com Lima e Oliveira (2021). O aumento de transtornos mentais entre aqueles que trabalham na frente da luta contra a pandemia foi causado por esse contexto psicológico significativo.
A disparidade no acesso a serviços de saúde mental também foi identificada como um fator de risco relevante. Durante a pandemia, as populações vulneráveis, como minorias étnicas e pessoas em situação de pobreza, tiveram maiores problemas para acessar cuidados de saúde mental, o que afetou as condições existentes e dificulta o tratamento adequado (Santos et al., 2021) A falta de recursos, o estigma e a falta de serviços públicos eficientes aumentaram as barreiras, causando um aumento significativo de casos não tratados ou mal administrados.
Sendo assim, a identificação desses fatores de risco e vulnerabilidade é crucial para compreender o aumento das doenças mentais durante e depois da pandemia de COVID-19. Compreender como essas variáveis afetaram diferentes grupos populacionais possibilita a criação de estratégias mais eficazes e direcionadas para minimizar os efeitos da pandemia na saúde mental, proporcionando um cuidado mais justo e acessível para todos.
2. 4 Análise da Reação das Medidas Governamentais de Saúde Mental Durante a Pandemia
Durante a pandemia de COVID-19, a saúde mental se tornou uma questão crucial para governos de todo o mundo. No Brasil, o governo e o Ministério da Saúde adotaram diversas medidas para diminuir os efeitos psicológicos da crise sanitária na população. Essas ações compreenderam a ampliação do acesso a serviços de saúde mental, a criação de canais de suporte psicológico e a criação de campanhas de conscientização. Para compreender o impacto negativo da pandemia na saúde mental dos brasileiros, é crucial avaliar a eficácia dessas táticas.
Um dos principais objetivos do governo brasileiro foi aumentar os serviços de saúde mental através da ampliação das teleconsultas. Segundo o Ministério da Saúde (2023), a Teleconsulta foi uma ferramenta essencial que permitiu a continuidade do atendimento psicológico mesmo após a separação social. Este procedimento teve como objetivo assegurar que os pacientes que demandavam assistência psicológica pudessem obter assistência sem a necessidade de se deslocar, o que era particularmente relevante durante períodos de restrição de mobilidade. De acordo com estudos recentes, como o de Santos et al. (2022), a teleconsulta foi bem recebida por muitos pacientes, apesar dos obstáculos relacionados à acessibilidade tecnológica e à qualidade do atendimento.
O governo também começou campanhas de conscientização com o objetivo de desstigmatizar os transtornos mentais e promover a busca de ajuda. O objetivo desses esforços era informar a população sobre os recursos e sinais de distúrbios mentais, de acordo com o relatório da Secretaria de Saúde Mental do Ministério da Saúde (2023). No entanto, a eficácia dessas iniciativas variou. De acordo com alguns estudos, a procura por serviços de saúde mental aumentou, mas outros, como o de Lima e Oliveira (2021), mostraram que a percepção de estigma ainda impede que algumas pessoas procurem ajuda, principalmente em comunidades mais vulneráveis.
A criação de canais de suporte psicológico foi outra tática significativa. Para brindar a ausência de problemas emocionais, o governo criou serviços de chat e números de telefone. Essas linhas de apoio foram eficientes para enviar casos mais graves para serviços especializados e fornecer alívio temporário, de acordo com o estudo de Moura et al. (2023) Houve dificuldades para atender adequadamente a todos os solicitantes, no entanto, a demanda ultrapassou a capacidade de resposta desses serviços em certos momentos.
É crucial destacar que as ações tomadas pelo governo foram confrontadas com desafios significativos. As dificuldades para a execução eficiente das estratégias de saúde mental incluíram a integração entre vários níveis de cuidado e a falta de recursos necessários (Oliveira et al., 2024) Ademais, a urgência em reforçar os serviços de saúde mental em nível regional e local para assegurar que todos tenham acesso igualitário a cuidados de qualidade foi evidenciada pela pandemia.
As medidas tomadas pelo governo para lidar com os efeitos psicológicos da pandemia foram um passo significativo na resposta à crise. Entretanto, a avaliação de sua eficiência indica que há tanto êxito quanto pontos que necessitam de ajustes. Para superar os problemas relacionados à acessibilidade, à capacidade de resposta dos serviços e ao estigma, a ampliação do acesso por meio de linhas de apoio e teleconsulta foi benéfica. A experiência da pandemia demonstra a relevância de um sistema de saúde mental sólido e integrado, capaz de lidar com situações de emergência e promover o bem-estar psicológico da população de maneira contínua.
3 Justificativa
A pandemia de COVID-19 não apenas desafiou a saúde física das pessoas, mas também teve um impacto profundo na saúde mental global. O aumento dos níveis de estresse, ansiedade e depressão tornou-se evidente e afeta milhões de pessoas. Portanto, é essencial analisar como as medidas governamentais e de saúde mental implementadas durante essa crise conseguiram lidar com essas questões e quais foram os resultados.
Primeiramente, as medidas governamentais, como a ampliação dos serviços de teleconsulta e a criação de linhas de apoio psicológico, foram fundamentais para oferecer suporte durante o distanciamento social. Essas iniciativas permitiram que as pessoas recebessem ajuda sem precisar sair de casa, o que foi crucial em um momento de restrições severas. No entanto, a eficácia dessas medidas pode ter sido limitada por problemas como a falta de acesso à tecnologia e o estigma associado à busca por ajuda, que ainda persiste.
Além disso, é importante destacar que a pandemia expôs a fragilidade dos sistemas de saúde mental existentes. Muitas pessoas enfrentaram barreiras para acessar cuidados adequados, especialmente as populações mais vulneráveis. Com isso, torna-se evidente a necessidade de melhorar a integração e a capacidade de resposta dos serviços de saúde mental, garantindo que todos possam ter acesso ao apoio necessário.
Portanto, a análise da reação das medidas governamentais não apenas ajuda a entender o que funcionou e o que não funcionou, mas também proporciona aprendizados valiosos para o futuro. A partir dessa análise, podemos identificar as melhores práticas e as áreas que necessitam de melhorias, visando fortalecer o sistema de saúde mental e estar melhor preparados para enfrentar crises similares no futuro.
A compreensão dos impactos dessas medidas é crucial para garantir que, em futuras situações de emergência, possamos oferecer um suporte mais eficaz e inclusivo, promovendo o bem-estar mental de todos de forma mais equitativa e acessível.
Revisão da Literatura (Estado da Arte)
Tema | Estudo/Autor | Achados Principais | Referência |
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Resiliência e Saúde Mental Pós-Pandemia | Nguyen, T., & Parker, D. (2021). Journal of Mental Health. | O estudo destaca a importância da resiliência como fator protetor contra transtornos mentais pós-pandemia, sugerindo a necessidade de programas de fortalecimento emocional. | Nguyen, T., & Parker, D. (2021). Resilience and mental health post-pandemic: Key protective factors. Journal of Mental Health. https://doi.org/10.1080/09638237.2021.1916499 |
Depressão em Pacientes com Long COVID | Anderson, H., & Patel, N. (2022). The BMJ. | Evidências sugerem que a depressão é comum entre pacientes com Long COVID, com necessidade de estratégias de tratamento adaptadas às necessidades individuais. | Anderson, H., & Patel, N. (2022). Depression among Long COVID patients: A comprehensive review. The BMJ. https://doi.org/10.1136/bmj.n1344 |
Metodologia
- Objetivo da Revisão
O objetivo desta revisão literária é analisar e sintetizar as pesquisas publicadas nos últimos cinco anos sobre os efeitos da pandemia de COVID-19 na saúde mental, com foco na epidemiologia do estresse, ansiedade e depressão. A revisão incluirá estudos e livros tanto de fontes brasileiras quanto estrangeiras.
2. Critérios de Inclusão
- Período: Serão incluídos artigos e livros publicados entre 2019 e 2024.
- Fontes: As fontes serão selecionadas de bases de dados acadêmicas, como Scielo, PubMed, e Google Scholar, além de livros disponíveis em bibliotecas universitárias e digitais.
- Idioma: Serão considerados textos em português e inglês.
- Tipo de Estudo: Estudos observacionais, revisões sistemáticas, ensaios clínicos e estudos qualitativos que abordem o tema principal.
- Relevância: Serão incluídos apenas estudos que tenham foco específico nos impactos da pandemia sobre o estresse, ansiedade e depressão.
3. Estratégia de Busca
As buscas serão realizadas utilizando palavras-chave combinadas, como “COVID-19”, “pandemia”, “saúde mental”, “ansiedade”, “depressão”, “estresse”, “epidemiologia”, “Brasil”, e “impactos psicológicos”. Essas palavras serão adaptadas para as bases de dados em inglês, como “COVID-19”, “pandemic”, “mental health”, “anxiety”, “depression”, “stress”, “epidemiology”, “Brazil”, e “psychological impacts”.
4. Seleção dos Estudos
A seleção dos estudos será feita em duas etapas:
- Leitura dos Títulos e Resumos: Serão lidos os títulos e resumos para identificar a relevância e adequação ao tema.
- Leitura Completa: Os textos que atenderem aos critérios de inclusão serão lidos na íntegra para confirmar sua inclusão na revisão.
Conclusão
Em todo o mundo, a pandemia de COVID-19 teve um impacto significativo na saúde mental, causando um aumento significativo nos casos de depressão, ansiedade e depressão. Os estudos analisados mostraram que estes efeitos foram sentidos de forma heterogênea, com profissionais de saúde, adultos, crianças e adultos sendo especialmente afetados. A persistente prevalência dos sintomas após a pandemia enfatiza a necessidade urgente de intervenções eficazes e acessíveis no Brasil e em todo o mundo.
A revisão também enfatiza a necessidade de políticas públicas de saúde mental que possam atender às demandas crescentes e fornecer apoio suficiente a quem sofre com esses transtornos. A resposta a essa crise deve incluir métodos de prevenção, tratamento eficaz e apoio psicológico para garantir que os sistemas de saúde mental se recuperem da pandemia.
Referencia
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Secretaria de Saúde Mental do Ministério da Saúde. (2023). Relatório sobre as medidas de saúde mental durante a pandemia de COVID-19. Ministério da Saúde.
1 Doutoranda em Saúde Pública
Instituição: Universidad de Ciências Empresariales y Sociales (CABA – AR – UCES)
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2 Doutoranda em Saúde Pública
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3 Doutoranda em Saúde Pública
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5 Doutoranda em Saúde Pública
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