REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202409271047
Michele Silva Freire Mariano1, Jacqueline de Lima Gomes Noé1, Mayara Kethellin da Silva Santos2, Cristiam Moraes da Costa2, Daniel Rosa Da Silva², Douglas Batista da Silva2, Vicente Antonio de Senna Junior2.
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade da água utilizada na escola Ciep – 216 Prefeito Juarez Antunes do bairro Vila Martins, no município de Nova Iguaçu–RJ, quanto aos parâmetros físicoquímicos e microbiológicos. Foi selecionada essa escola estadual para coleta de água em dois pontos: torneiras da cozinha e bebedouro para a análise e comparação dos parâmetros, como coliformes totais, bactérias heterotróficas e Escherichia coli, além de cor, pH, turbidez e nível de cloro residual, amônia, alcalinidade total, dureza, ferro, oxigênio consumido. Os resultados foram confrontados com os limites estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Os resultados mostraram que a água utilizada pela escola para diversas finalidades, como preparação de alimentos, higiene pessoal e saciamento da sede, está dentro dos padrões estabelecidos pelo ministério da saúde, potável.
Palavras-chave: Parâmetros físico-químicos e microbiológicos, qualidade da água.
ABSTRACT
The objective of this work was to evaluate the water quality used in the Ciep – 216 Prefeito Juarez Antunes school in the Vila Martins, in the municipality of Nova Iguaçu – RJ, in terms of physicochemical and microbiological parameters. This state school was selected for water collection at two points: kitchen faucets and drinking fountain for analysis and comparison of parameters such as total coliforms, heterotrophic bacteria and Escherichia coli, as well as color, pH, turbidity and residual chlorine level, ammonia, total alkalinity, hardness, iron, oxygen consumed. The results showed that the water used by the school for various purposes, such as food preparation, personal hygiene and thirst quenching, is within the standards established by the ministry of health, drinking water.
Keywords: Physico-chemical and microbiological parameters, water quality.
1. INTRODUÇÃO
A água é essencial para a vida, composta por duas moléculas de hidrogênio e uma de oxigênio (H₂O), com propriedades como alta tensão superficial e grande capacidade calorífica específica, que são cruciais para processos biológicos e ambientais (FRANÇA et al., 2022). Sua gestão sustentável é vital para a agricultura, indústria e manutenção dos ecossistemas, exigindo políticas eficazes de conservação e uso responsável (MOSER et al., 2021).
Contudo, a água destinada ao consumo pode ser contaminada durante a distribuição, não atendendo aos padrões de potabilidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Práticas inadequadas, industrialização, manutenção deficiente de tubulações e uso de agrotóxicos podem deteriorar a qualidade da água, aumentando o risco de infecções gastrointestinais, especialmente em crianças e idosos (SILVA et al., 2021; FERNANDES, 2023; FRIAS, 2024; HANDAN, 2022).
O crescimento urbano intensifica a demanda por água, levando à poluição de mananciais e transformando rios potáveis em cursos d’água contaminados, comprometendo a disponibilidade de água limpa (MENDONÇA et al., 2023). A qualidade da água é afetada por processos naturais e atividades humanas, como efluentes domésticos e industriais e uso inadequado de insumos agrícolas (FERNANDES, 2023).
A monitorização constante da qualidade da água é essencial e deve ser realizada diariamente, com medidas preventivas e alternativas para garantir a saúde pública e reduzir riscos de doenças hídricas (SILVA, 2022). Companhias de abastecimento devem coletar e analisar amostras de água periodicamente, conforme a Portaria n° 518 de 2004 do Ministério da Saúde, que estabelece os limites para características da água de abastecimento (BRASIL, 2004).
A manutenção regular dos reservatórios, incluindo limpeza adequada, é crucial para prevenir contaminações e garantir a qualidade da água. Em escolas, a falta de limpeza periódica pode aumentar o risco de toxinfecções alimentares entre alunos, um grupo de risco significativo (VARGAS et al., 2021; BORDALO, 2022). O presente trabalho visa verificar a qualidade bacteriológica e físico-química da água consumida por estudantes, dada a suscetibilidade das crianças a doenças transmitidas por água contaminada.
Segundo a OMS, a saúde é um estado de bem-estar completo, e a água desempenha um papel crucial nisso, influenciando a inclusão social e a qualidade de vida. A falta de acesso a água tratada expõe populações a doenças e ambientes degradados (RIATTO et al., 2021). A água, sendo um solvente eficiente, pode absorver impurezas, comprometendo sua qualidade e potabilidade, o que é influenciado tanto por fatores naturais quanto por atividades humanas (FRANÇA et al., 2022; MARTELLET et al., 2024).
Apesar da abundância de água doce, menos de 1% está em condições potáveis, o que ressalta a importância de assegurar a qualidade da água (ANDRADE et al., 2021). A poluição hídrica, intensificada pela urbanização e industrialização, leva ao comprometimento das águas superficiais, exacerbado pela inadequada gestão de esgoto e a presença de poluentes como pesticidas e resíduos tóxicos (ESPINOZA et al., 2022; SENO, 2023; MOSER, 2021).
O Índice de Qualidade da Água foi desenvolvido para avaliar a potabilidade, considerando propriedades físicas, químicas e biológicas da água, sendo essencial para a saúde pública (FRIAS, 2024). Em escolas, onde crianças são especialmente vulneráveis, a qualidade da água é crucial para prevenir doenças, e os bebedouros podem representar um risco significativo de contaminação (DANTAS et al., 2021; BATISTELA, 2023).
Além disso, o uso de água de poço, que geralmente não necessita de tratamento adicional, é comum em instituições de ensino, mas sua qualidade deve ser constantemente monitorada (COSTA et al., 2021). O uso de poços artesianos oferece várias vantagens, como custo reduzido e um suprimento contínuo de água, sendo uma alternativa eficiente, especialmente durante períodos de seca (ALVES et al., 2023).
Micro-organismos na água, como bactérias e vírus, desempenham um papel na autodepuração, mas também podem causar doenças graves e outros problemas. Por isso, é crucial seguir os parâmetros microbiológicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde para garantir a segurança da água consumida (SILVA, 2022).
A qualidade da água é determinada por características físico-químicas como cor, sabor, temperatura, dureza, alcalinidade e salinidade, que indicam a presença de substâncias e a condição da água, sendo essenciais para a potabilidade e uso adequado (SENO, 2023). A água potável deve ser clara, incolor e sem odores ou sabores indesejáveis, o que exige tratamento específico, especialmente para águas subterrâneas brutas que apresentam turbidez e coloração (FERNANDES, 2023). Análises detalhadas incluem a avaliação da temperatura, concentração de sólidos, turbidez e nível de cloro residual, fundamental para a eficácia da desinfecção (SENO, 2023; GONÇALVES et al., 2021).
Compostos nitrogenados como amônio, nitrito e nitrato, presentes na água, podem representar riscos à saúde humana, sendo provenientes de fontes naturais, como a decomposição de matéria orgânica, ou antrópicas, como esgotos domésticos. O nitrato, em particular, pode atingir níveis elevados em águas profundas e fontes minerais devido à sua capacidade de lixiviação, levando à contaminação de corpos d’água e aquíferos subterrâneos (HANDAM et al., 2022). Além disso, a presença de metais na água pode ser altamente tóxica para microrganismos, afetando a qualidade da água, o equilíbrio ecológico e a eficácia dos sistemas de tratamento, tornando essencial o controle desses metais (BATISTELA, 2023).
A temperatura da água, influenciada por fontes de calor como luz solar ou aquecedores, afeta a velocidade das reações químicas e metabólicas, sendo crucial para o funcionamento ideal das enzimas e processos fisiológicos, como a regulação da temperatura corporal e a absorção de nutrientes (SILVA et al., 2021). A dureza da água, causada pelo cálcio e magnésio, resulta em incrustações e é dividida em dureza de carbonato e não carbonato, dependendo da combinação desses minerais com íons como bicarbonatos, sulfato, cloreto e nitrato presentes na água (BATISTELA, 2023).
A alcalinidade refere-se à quantidade de íons presentes na água capazes de reagir com íons hidrogênio para neutralizá-los. Esse parâmetro mede a capacidade da água de neutralizar ácidos, funcionando como um indicador do seu poder de tamponamento, ou seja, sua habilidade de resistir a variações no pH. Em ambientes aquáticos com alta alcalinidade, o pH tende a permanecer estável, mesmo quando há a adição de substâncias ácidas ou alcalinas (FRIAS, 2024).
O Ministério da Saúde estabelece que o pH da água deve estar dentro de uma faixa considerada segura para o consumo humano, que varia entre 6 e 9,5. Esses valores são definidos para garantir que a água não seja nem excessivamente ácida nem excessivamente alcalina, o que pode impactar negativamente a saúde e o bem-estar. Manter o pH da água dentro desses limites é crucial para assegurar que ela seja adequada para o consumo, evitando problemas como corrosão de tubulações e possíveis alterações no sabor ou na qualidade da água (COSTA et al., 2021).
A Organização Mundial da Saúde não determina valor padrão para o ferro, por não constituir risco para a saúde. No entanto, indica que valores acima de 0,3 mg/L alteram o sabor da água. A determinação de teor de cloretos das águas tem efeito de obter informações sobre o seu grau de mineralização ou indícios de poluição, como esgotos domésticos e resíduos industriais das águas e por esse motivo a sua concentração deve ser conhecida e controlada. Aceitável até 250 mg/litro em íon cloreto (ANVISA, 2018).
O oxigênio consumido é útil para delimitar mudanças da qualidade da água a ser tratada e mostrar a afetividade do processo do tratamento aplicado, além de apontar o desenvolvimento de microrganismo nas unidades de tratamento (ANVISA, 2018).
1.1 OBJETIVO GERAL
O objetivo deste estudo é investigar a qualidade da água consumida nos bebedouros e cozinha, da escola CIEP- Prefeito Juarez Antues. Analisando os parâmetros microbiológicos e físico-químicos da água.
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Realizar coletas de água nos pontos pré-determinados;
- Analisar as amostras de água utilizando parâmetros físico-químicos e microbiológicos;
- Identificar se a água está apropriada para consumo;
- Apontar um padrão qualitativo e quantitativo dos seres microbiológicos encontrados na amostra;
1.3 JUSTIFICATIVA
A água é um elemento primordial à vida, no entanto pode trazer riscos à saúde humana se tiver implicação de sua qualidade. As crianças sãs as que mais apresentam problemas decorrentes da ingestão de água contaminada, visto que são mais desprotegidas devido à imaturidade de seu sistema imunológico. Além do que, já é de conhecimento comum que o risco dos lugares onde existe o baixo controle de qualidade da água é onde acontece o maior número de doenças ocorridas por meio da ingestão de líquidos. E como a água utilizada na escola escolhida, é retirada do subsolo (água de poço), foi necessário verificar se água que está sendo consumida era uma água potável adequada para ser ingerida. Diante desse contexto destaca-se a importância de avaliar o controle da qualidade de água na instituição de ensino, já que ela influência diretamente na saúde dos alunos, funcionários e todos aqueles que estão consumindo a água. Esse controle é de suma importância para evitar e garantir a saúde e o bem-estar da comunidade escolar.
2. METODOLOGIA
O trabalho trata-se de uma pesquisa de caráter descritivo-exploratório, com caracteristicas experimentais, baseada em método quantitativo os quais estão representados nos gráficos, utilizando também como complementação, dados bibliográficos, na busca por melhor compreensão do tema abordado.
2.1 AMOSTRAGEM
Este estudo foi realizado na cidade de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no estado do Rio de Janeiro, especificamente na escola estadual CIEP-Prefeito Juarez Antunes, localizada no Bairro Vila Martins. A pesquisa foi autorizada pelo diretor da escola por meio da assinatura do Termo de Autorização Institucional (TAI). Diversas amostras de água foram coletadas na cozinha e no bebedouro da escola. A escola foi selecionada devido à sua proximidade ao aterro sanitário do município de Nova Iguaçu.
2.2 PROCEDIMENTO DE COLETA DE ÁGUA PARA ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS
A coleta de amostra é uma das etapas mais importante para a verificação da qualidade da água. Em seguida, é fundamental que a coleta da amostra seja executada com precaução e técnica para evitar todas as fontes de possível contaminação. Com o intuito de que as amostra não seja contaminada pelos colhedores, sendo assim, precisará está tudo estéril.
Para poder realizar as medições de parâmetros físico-químicos, foram coletadas as amostras em garrafas plásticas estéreis com capacidade para 500 mL. Foi rinsada com álcool 70% o ponto de saída de água a ser amostrado e posteriormente foi aberto a torneira (nos pontos que havia bicas) e a água foi drenada por 1 minuto e depois de realizada a coleta.
Aferimos os aspectos de transparência, cor, odor, pH e temperatura (figura 3) na escola. Para análises dos demais parâmetros as amostras foram encaminhadas ao Laboratório de química da Universidade Iguaçu. Todas as análises foram feitas pelo kit de potabilidade alfa kit.
2.3 PROCEDIMENTO DE COLETA DE ÁGUA PARA ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS
Foi utilizado um copo esterio de 200 mL e colocado uma cartela microbiológica de papel na amostra coletada, aguardando uns minutos até emudecer. Logo após, retirou-se todo o excesso de água e recolocou na embalagem plástica lacrada e inseriu na estufa com temperatura de 36 – 37 cº por um período 15 horas, para analisar se existia o aparecimento de E. Colli e coliformes totais nas amostras de águas coletadas.
2.4 MÉTODOS FÍSICO-QUÍMICOS
Para as comparações colorimétricas dos parâmetros, seguimos algumas precauções para exta interpretação, como: a cubeta será colocada sempre no meio da cartela e sua visualização efetuada de cima para baixo; que serão executadas em lugar com boa iluminação e serão seguidos os tempos de cada reação, de acordo com o manual do Kit de potabilidade da Alfa kit.
2.5 PARÂMETROS FÍSICOS – QUÍMICO ANALISADOS
Para qualificar uma água, são estabelecidos vários parâmetros, os quais refletem as suas especificidades físicas e químicas. Esses parâmetros são indicadores da qualidade da água e constituem impurezas quando atingem valores acima do estabelecidos para determinado uso. Para analisar todos os parâmetros foi necessário realizar os testes físicos – químicos.
2.5.1. Turbidez
A amostra foi inserida numa cubeta grande, até a borda, sem derramar. Posicionada a cubeta sobre a referência de cores presentes em círculos do kit, a amostra foi examinada para visualização de diferentes escalas. A fim de se distinguir as cores presentes, serão caracterizadas entre < 50 NTU a 200 NTU.
2.5.2. Cor
Foram transferidos 50 mL da amostra para uma proveta de vidro e retirada seu suporte inferior e sua tampa. Posicionada a proveta sobre a cartela e realizada a comparação das cores visualizando-as por cima da proveta. Posteriormente será classificada entre 3 e 100 mg L -1 Pt/Co.
2.5.3. Ferro
Foi transferida a amostra para uma cubeta até a marca de 5 mL e adicionado duas gotas do reagente Tiofer. Fechada a proveta, a amostra agitada e aguardados 10 minutos, a cubeta será posicionada sobre a cartela para comparação da cor e a amostra classificada entre 0,25 e 5,0 mg L-1 Fe.
2.5.4. PH
A amostra foi colocada numa cubeta até a marca de 5 mL, adicionado uma gota do reagente pH do kit, a cubeta foi fechada e a amostra agitada. A cubeta foi aberta posicionada sobre a escala de cores na cartela e será classificada entre pH 4,5 a 8,0.
2.5.5. Dureza
A amostra foi transferida para uma cubeta grande até a marca de 10 mL. Em seguida, adicionadas quatro gotas do reagente 01 do teste e agitada a amostra. Posteriormente foi adicionada uma medida do reagente 02 do teste, utilizando-se uma pazinha e foi novamente agitada. Em seguida, gotejado o reagente 03 do teste agitando-se a cada gota adicionada com movimentos circulares e contando-se as gotas, até a amostra atingir a cor azul pura. Cada gota corresponde a 10 mg L-1 de CaCO3. Ao final se multiplicará o número de gotas x 10 para obtenção dos resultados.
2.5.6. Cloreto
A amostra foi transferida até a marca de 10 mL de uma cubeta plástica grande. Em seguida, serão adicionadas duas gotas do reagente 01 do teste. Foi gotejado o reagente 02 do teste na amostra agitando com movimentos circulares e a cada gota adicionada, serão contadas as gotas até atingir a cor amarelo-tijolo. No final, cada gota adicionada deste reagente, que corresponde a 10 mg L -1 de Cl- mg L -1 foi multiplicada por 10 e assim, o resultado será obtido.
2.5.7. Alcalinidade total
A amostra foi transferida até a marca de 10 mL da cubeta grande. Foi adicionada uma gota do reagente 02 do teste e agitará a amostra. Em seguida foi verificado o aparecimento da cor azul na amostra. Caso apareça a cor salmão, não será necessário continuar a análise e o resultado foi dado como 0. Nas amostras cuja cor azul venha a ser notada, será gotejado o reagente 03 do teste contando-se as gotas e agitando a cada gota adicionada até aparecer a cor salmão. O resultado foi obtido multiplicando-se o número de gotas adicionadas por 10. Cada gota corresponderá a 10 mg L-1 de CaCO3.
2.5.8. Amônia
A amostra foi transferida até a marca de 5 mL da cubeta. Serão adicionadas três gotas do reagente 01 do teste e a cubeta fechada, com a amostra sendo agitada. Logo após o mesmo procedimento foi realizado com os reagentes 02 e 03 do teste. Aguardados 10 minutos, a cubeta foi aberta e posicionada sobre a cartela de leitura para fazer a comparação da cor. Os resultados compreenderão os valores de 0,0 a 3,0 mg L-1 N-NH3.
O resultado obtido na cartela será multiplicado por 1,214. Vale ressaltar que a toxidade da amônia varia em função do pH.
2.5.9. Oxigênio consumido
Foram transferidos 50 mL da amostra para uma proveta de vidro. Em seguida adicionado uma gota do reagente 01 do teste, a proveta foi fechada e a amostra agitada. Aguardados 10 minutos, o suporte inferior de plástico e a tampa da proveta foram retirados. A proveta posicionada sobre a cartela para comparar a cor, visualizando-a por sobreposição.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
As colunas com a amostra 1 e 2 da (tabela 4), demonstram os resultados físico químicos da água de poço do Colégio CIEP- Prefeito Juarez Antues nos dois pontos de coleta no primeiro dia:
Tabela 1: Resultado da análise dos parâmetros físico-químicos de amostras da cozinha e bebedouro do primeiro dia de coleta.
Tabela 1. CONTROLE DE QUALIDADE DA ÁGUA – CIEP PREFEITO JUAREZ ANTUNES.
Gráfico 1: Controle de Qualidade da Água – CIEP Prefeito Juarez Antunes
A (tabela 2) explicitam os resultados físico-químicos de água de abastecimento de poço encontrados na análise nos dois pontos de coleta no segundo dia de análise:
Tabela 2: Resultado da análise dos parâmetros físico-químicos de amostras da cozinha e bebedouro do segundo dia
Houve uma mudança nos resultados físico-químicos entre o primeiro e o segundo dia de coleta nos testes de dureza, alcalinidade, cloreto e pH, mas nada que tornasse a água imprópria para consumo, pois todos os parâmetros permaneceram dentro dos limites toleráveis. A avaliação dos resultados mostrou que todos os parâmetros físico-químicos, como alcalinidade, cloreto, dureza, amônia, ferro, oxigênio consumido, cor, pH e temperatura, das duas amostras estavam dentro dos padrões de normalidade.
A temperatura das amostras, tanto na água da cozinha (28°C – 26°C) quanto no bebedouro (10°C – 8°C), não indicou influência de atividades humanas e não afetou os resultados físico-químicos e microbiológicos. A cor incolor da água foi mantida durante a coleta e após algum tempo, o que é importante para resultados físico- químicos adequados. Com base nos dados, os resultados para todos os parâmetros analisados estavam abaixo dos limites tolerados, indicando que a água é apropriada para consumo.
Com base, nas amostras coletadas tanto da cozinha e do bebedouro pode-se se verficar a ausência de Coliformes Totais e E. Colli, ou seja, estão dentro dos padrões de potabilidade determinado pela Portaria 2.914/2011 do Ministério da Saúde. Contudo, confirmando que não existe qualquer risco de contaminação pelo uso da mesma.
Boa parte da água necessita sofrer um tratamento antes de ser utilizada pela população. Desta forma infere-se que os resultados obtidos possam ser devido às boas práticas de higiene e também ao tratamento utilizado pelas empresas de tratamento de água e esgoto.
4. CONCLUSÃO
As análises da água coletada na escola estadual CIEP- Prefeito Juarez Antues apresentaram valores de pH, alcalinidade, cloreto, dureza, amônia, ferro, oxigênio consumido e coloração da água estão em conformidade com a Portaria do Ministério da Saúde nº 2.914/2011 que estabelece o padrão de potabilidade da água para consumo humano.
Em relação aos parâmetros físico-químicos e microbiológicos não foram encontradas irregularidades. Entretanto recomenda-se o continuo monitoramento da qualidade da água, as boas práticas de higiene na escola como a limpeza e manutenção das torneiras, bebedouros, caixas d’água, cisterna e poço, faz com que a água distribuída aos escolares seja de maior qualidade, minimizando os riscos á saúde da ingestão de água que não atenda ao padrão de potabilidade.
Concluímos assim que a água que está sendo usufruida na escola estadual CIEP- Prefeito Juarez Antues, tanto para o manuseio na cozinha, para refeições e para o consumo de funcionários e alunos estão dentro dos padrões requisitados pelo Ministério da Saúde.
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¹Discentes do curso de Farmácia da Universidade Iguaçu, Nova Iguaçu-RJ
²Doutor e Docente do curso de Farmácia da Universidade Iguaçu, Nova Iguaçu-RJ