A INTERFERÊNCIA DO SOBREPESO E OBESIDADE NAS ALTERAÇÕES  POSTURAIS NAS CRIANÇAS¹

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202409152210


César Vitor Reis Tavares2
Maria José Reis de Moura3
Jordy Christian Alves Martins4
Adélia Solange Soares 5


RESUMO 

A obesidade ainda na infância pode desencadear diversas complicações, dentre elas as  alterações posturais. O objetivo geral deste estudo foi identificar quais são os impactos do  sobrepeso e da obesidade em crianças no que se refere às alterações posturais. Quanto à  metodologia, tratou-se de uma Revisão Integrativa de Literatura com busca no período de 2019  a 2024 nas bases PEDRO, SCIELO, LILACS e MEDLINE. Foram encontrados 32 estudos nas  bases de dados mencionadas, no entanto, após a seleção foram incluídos apenas 8 artigos, os estudos observaram que o sobrepeso e obesidade em crianças são os principais responsáveis  por diversos problemas posturais, impactam diretamente na saúde física e no bem-estar, causam  alterações na coluna vertebral e membros inferiores, desvios posturais, levam ao  comprometimento da estabilidade e agravamento dos desvios posturais. Concluíram que a  obesidade torna mais dificultosa a mobilidade e a realização de atividades diárias.  

Palavras-chave: Criança. Obesidade. Postura.  

ABSTRACT 

Obesity in childhood can trigger several complications, including postural changes. The general  objective of this study is to identify the impacts of overweight and obesity on children in terms  of postural changes. As for the methodology, it is an Integrative Literature Review with a search  from 2019 to 2024 in the PEDRO, SCIELO, LILACS and MEDLINE databases. 32 studies  were found in the aforementioned databases, however after selection only 8 articles were  included. The studies observed that overweight and obesity in children are the main responsible  for several postural problems, directly impacting physical health and well-being, cause changes  in the spine and lower limbs, postural deviations, lead to compromised stability and worsening  of postural deviations. They concluded that obesity makes mobility and carrying out daily  activities more difficult. 

Keywords: Child. Obesity. Posture 

INTRODUÇÃO 

Atualmente, as mudanças nos padrões alimentares têm diversos impactos à saúde das  pessoas, como a obesidade. Se trata de uma patologia crônica caracterizada pelo excesso de  gordura corporal, que são decorrentes de má alimentação, fatores hormonais, metabólicos,  genéticos e psicológicos, sem mencionar o sedentarismo. A obesidade ainda na infância pode  desencadear diversas complicações, dentre elas as alterações posturais (Gomes, 2022). 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), obesidade é definida como excesso  de gordura corporal, em estado que a quantidade seja prejudicial à saúde do indivíduo em  questão (WHO, 2021). A obesidade está associada à instabilidade postural, fazendo com que  os obesos apresentem diminuição na capacidade de realizar diversas atividades de equilíbrio,  podendo aumentar os riscos de queda, entre outros (Brandalize; Leite, 2010). 

Há uma prevalência de sobrepeso em crianças e adolescentes, segundo o Ministério da  Saúde (2019), cerca de 12,9% das crianças do Brasil com idade de 5 a 9 anos se encontravam  obesas, e no ano de 2022, cerca de mais de 340 mil crianças com a mesma idade (5-9) foram  diagnosticadas com obesidade em atendimento na Atenção Primária. 

A infância é um estágio importante para o desenvolvimento infantil, nessa idade existe  uma correlação entre o desenvolvimento do controle de equilíbrio. A obesidade infantil é  decorrente de diversos fatores genéticos e comportamentais, que estão condicionados a diversos  contextos: familiares e sociais. Assim, crianças com sobrepeso e obesidade podem desenvolver  doenças nas articulações, nos ossos, alterações posturais, além de outras comorbidades como  diabetes e doenças cardíacas (Brasil, 2022). 

Dentre essas, as alterações posturais advindas do sobrepeso, acontecem por apresentar  sobrecarga articular do aparelho locomotor, gerando alterações funcionais do pé e requerendo  uma força maior para execução de atividades mecânicas para adaptação do esquema corporal,  afetando diretamente a qualidade de vida e se caracterizando um problema de saúde pública  (Bertoncello et al., 2021). 

O surgimento de inúmeros casos de acometidos, pela projeção que demonstra elevação  de casos, por afetar diversas pessoas em diferentes esferas sociais e por se caracterizar em um  problema de saúde pública. Nesse sentido, esta pesquisa demonstra-se relevante, a diversas  áreas de atuação, principalmente a área da saúde, por abordar de forma sintetizada dados e  informações sobre interferência do sobrepeso e obesidade nas alterações posturais em crianças.

Com isso, o objetivo geral deste estudo foi identificar quais são os impactos do  sobrepeso e da obesidade em crianças no que se refere às alterações posturais. 

2 METODOLOGIA 

Este estudo trata-se de revisão integrativa. De acordo com Rodrigues, Sachinski e  Martins (2022), consiste em: um método que proporciona a síntese de conhecimento e a  incorporação da aplicabilidade de resultados de estudos significativos, na prática. 

Esse tipo de metodologia permite a avaliação crítica e síntese das evidências do tema  pesquisado. Através dele, pode-se chegar a um entendimento atualizado acerca do tema  pesquisado, além da identificação de lacunas que norteiam o desenvolvimento de futuras  pesquisas. Pode-se estabelecer que esse tipo de estudo passa por seis etapas, conforme  apresentado na Figura 1.  

Figura 1– Fluxograma do percurso metodológico do trabalho

Fonte: Autores da pesquisa (2024). 

Observando a relevância da temática envolvida neste estudo, a questão norteadora  levantada foi: quais são os impactos do sobrepeso e da obesidade em crianças no que se refere  às alterações posturais? Para isto, foi realizada uma pesquisa com o emprego dos descritores  em Ciências da Saúde, que foram: criança; obesidade; postura. Através das bases de dados:  Physiotherapy Evidence Database (PEDRO); Scientific Electronic Library Online (SCIELO);  e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), e Medical  Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE). 

Os critérios de inclusão escolhidos foram: os estudos com texto completo e disponíveis  na íntegra; em idiomas português e inglês; publicados entre fevereiro de 2019 a fevereiro de  2024. Como critérios de exclusão, os estabelecidos foram: textos com fuga ao tema deste  estudo; trabalhos repetidos; e livros. Em relação à avaliação crítica, foi realizada através da  leitura na íntegra dos trabalhos escolhidos, e após foi elaborado um quadro contendo as  principais informações de cada estudo. 

3 RESULTADOS 

A partir da busca realizada foram encontrados 32 artigos relacionados aos critérios de  inclusão e exclusão que foram previamente estabelecidos. No entanto, ao finalizar a seleção  restaram o total de 8 artigos que atendiam ao objetivo do trabalho. O fluxograma 2, esquematiza  como foi realizado a seleção dos artigos 

Figura 2– Fluxograma do processo de seleção dos artigos. 

Fonte: Prisma (2019).

Para visualizar os aspectos principais de cada um dos estudos selecionados, foi  organizado um quadro (quadro 1), com as seguintes informações: autores, ano de publicação,  título, características da amostra, objetivo, e principais achados de cada um. 

Quadro 1 – informações iniciais dos artigos selecionados 

AUTOR(ES) /ANOTITULO CARACTERÍSTICAS  DA AMOSTRAOBJETIVO PRINCIPAIS  ACHADOS
Bayartai, M. E; et al/2020.Diferenças na postura e mobilidade da coluna vertebral entre crianças/adolescentes com obesidade e indivíduos com peso normal pareados por idadeComparar 90 crianças e  adolescente obesos com 109 com peso normal para, quanto a associação da obesidade com a  postura e mobilidade da  coluna vertebral.Explorar transversalmente  a associação da obesidade com a postura e mobilidade da coluna vertebral, comumente associada a problemas musculoesqueléti cos, comparando os parâmetros da coluna vertebral entre 90 crianças  e adolescentes obesos e 109 com peso normal.Descoberta que características da coluna vertebral em crianças e adolescentes com obesidade e insights únicos sobre os desafios mecânicos relacionados à obesidade que a coluna tem de suportar e estratégias concebidas para melhorar a mobilidade da coluna vertebral nesta população jovem
Bier, F. R. C; et al/2019Relação entre equilíbrio, estado nutricional e pé plano em crianças de 4 a 5 anos matriculadas em instituição de ensino na cidade de Manaus/AMGrupo de crianças entre 4  e 5 anos, com sobrepeso e com peso normal.Verificar a relação do estado nutricional e padrão de arco longitudinal medial (ALM) de pés com o equilíbrio de crianças entre 4 e 5 anos.O estudo aponta que o sexo masculino, seguido da presença de pé plano, apresentou maior relação com o déficit de equilíbrio para a população de 4 a 5 anos. Já as crianças com sobrepeso e obesidade obtiveram escores típicos na Escala de Equilíbrio Pediátrica (EEP), retratando a necessidade de mais estudos.
Calcaterra, V; et al/2022.Obesidade Infantil e Postura Corporal Incorreta: Impacto na Atividade Física e no Papel Terapêutico do Exercício.Artigos com foco na crianças e adolescentes com obesidade, e a relação com o seu impacto negativo na atividade físicaRealizar uma revisão narrativa, considerando os problemas posturais em crianças e adolescentes com obesidade, focando na relação com o seu impacto negativo na atividade física, e discutir o papel do exercício como abordagem terapêuticaSão necessárias intervenções precoces adequadas para a gestão de problemas músculo-esqueléticos para garantir um crescimento saudável e prevenir comorbilidades na infância e na idade adulta.
Emil, G. E; et al/2020. Efeitos do peso corporal e da postura nas  funções pulmonares em crianças  asmáticas60 pacientes (crianças)  que estavam sob internação na clínica de  alergia.Avaliar as  medidas espirométricas nas posições  ortostática e sentada em um grupo de crianças  asmáticas  egípcias com  diferentes pesos  corporais.O estudo descobriu que  o volume expiratório  forçado em um  segundo (VEF1),  capacidade vital  forçada (CVF), sentado é significativamente menor em crianças asmáticas com sobrepeso/obesidade em comparação com crianças asmáticas com peso normal (valor de p  = 0,046).
Fink, P; et al/2019Analise multifractal diferencia oscilação postural em crianças obesas e  não obesasAnálise de flutuação multifractal, comparando crianças obesas e não  obesas para investigar a  causa de deficiências de equilíbrio previamente demonstradas em crianças  obesas. Vinte e duas crianças (11 obesas e 11  não obesas), com idades  entre 8 e 15 anos.Compreender os padrões de movimento do centro de pressão em diferentes escalas espaciais.anto os grupos obesos  como os não obesos demonstraram maior  persistência para  pequenas flutuações, mas o efeito foi maior  no grupo obeso. Isto foi particularmente evidente com os olhos  fechados, onde foram observadas diferenças significativas entre obesos e não obesos para pequenas flutuações
Gijon Nogueron. G; et al /2019Dados  normativos internacionais  para avaliação da postura do pé pediátrico: uma investigação transversalConjunto de dados compreendeu 3.217 crianças saudáveis, com idades entre 3 e 15 anos. Os dados contribuintes  foram adquiridos da Espanha, Reino Unido e Austrália.Estabelecer dados de referência internacional  para a postura  dos pés ao longo  da infância e a  influência do índice de massa corporal (IMC)  na postura dos  pés pediátricos.Verificou-se que menos de 11% tinham  pé do tipo supinado  (n=354). Aproximadamente 20% das crianças apresentavam sobrepeso/obesidade, mas a correlação entre índice de massa corporal (IMC) e o índice de postura do pé (FPI) foi fraca e inversa, refutando a relação entre aumento de massa corporal e pés chatos.
Rusek, W; et al/2019Papel da categoria de massa corporal no desenvolvimento de posturas incorretas em crianças em idade escolar de uma área rural no  sudeste da Polónia: um  estudo transversalRealizada numa escola primária no município de Trzebownisko, uma área  rural no sudeste da  Polónia. Um grupo de  464 crianças, com idades entre 6 e 16 anos (234 meninos e 230 meninas), foi recrutado para participar do estudo.Avaliar a relação entre o índice de  massa corporal (IMC) e a incidência de anormalidades em parâmetros selecionados medidos na  região do tronco.Percebeu-se que as crianças com  sobrepeso e obesidade tenderam a ter uma posição incorreta dos  ombros e da pelve em
comparação às crianças  com peso corporal  normal. Verificou-se  que maior índice de  massa corporal (IMC)  coincidiu com maior  distância das escápulas  ao plano frontal  (p=0,009).
Santos, P. C. P; et al./2021.Postura, mobilidadediafragmática e  função pulmonar  em crianças e  adolescentes  obesos10 artigos publicados  entre 2012 a 2022, sobre  influência. da obesidade sobre  a postura do tronco.Analisar as evidências científicas referentes à influência da obesidade sob
a postura do tronco, a resposta cinético funcional do diafragma e a função pulmonar em crianças e
adolescentes.
Foram identificados  226 estudos, porém 10  foram analisados. Os  resultados apontaram que a postura do tronco nos obesos é hipercifótica, hiperlordótica e com anteversão pélvica,  além de apontar  indícios de repercussão na dinâmica respiratória, com redução da mobilidade  do diafragma e dos volumes e capacidades  pulmonares.

Fonte: autores da pesquisa (2024). 

4 DISCUSSÃO 

Com relação aos estudos abordados, os estudos de Bayartai et al. (2020), Bier et al.  (2019), Calcaterra et al. (2022), Emil et al. (2020), Fink et al. (2019), Gijon-Nogueron et al. (2019), Rusek et al. 2019, Santos et al. (2021) apresentam uma série de impactos do sobrepeso  e da obesidade em crianças quanto a alterações posturais. 

Segundo Bier et al. (2019), o sobrepeso e obesidade, durante a infância e a vida adulta,  consistem em uma doença de caráter crônico, considerada como um problema de saúde pública,  com altas taxas de morbidades e mortalidade. Os autores destacam que a baixa realização de  atividades físicas pode propiciar alterações na instabilidade do controle postural e no déficit nas  habilidades de origem motora. 

As crianças com sobrepeso e obesidade, em geral, têm dificuldade em realizar atividades  diárias em decorrência de instabilidades posturais oriundas do deslocamento do centro de massa  e de alterações posturais (Fink et al., 2019). 

Para Calcaterra et al. (2022), a obesidade está relacionada a diversas disfunções do  organismo, o que inclui os problemas musculoesqueléticos e postura corporal incorreta. Já Emil et al. (2020) relatam que o peso tem correlação com o nível de controle da asma, como em seu  estudo que constatou que os menores volumes expirados medidos em posição sentada são de  crianças com sobrepeso/obesidade, que realizam inspirações menores nessa posição, do que em  pé.  

Emil et al. (2020) mencionam que, em crianças, a asma e a obesidade são condições que  têm sido associadas a alterações posturais, mas que ainda não existe uma explicação tão clara  sobre tal, mas que está sujeita à variação dependendo dos fatores envolvidos. 

Bayartai et al. (2020), compararam cerca de 90 crianças e adolescentes obesos e 109  com peso normal, onde foi analisado a associação da obesidade com a postura e mobilidade da  coluna vertebral. Constataram que as crianças e adolescentes analisadas apresentaram  diferenças significativas na postura e mobilidade da coluna vertebral entre os dois grupos. O  grupo com obesidade apresentou cifose torácica relativamente maior, com uma diferença média  de 13,0°. O intervalo de confiança foi de 95% (IC 95%) entre medidas de 10,1° e 15,8°, e com  valor de p inferior a 0,0001, esses dados revelam que há diferenças estatisticamente entre os  dois grupos, confirmando que há uma associação da obesidade com a postura e mobilidade da  coluna vertebral. 

Já Gijon-Nogueron et al. (2019), em seu estudo, relatam que existe uma correlação entre  o aumento do Índice de Massa Corporal (IMC) e o desenvolvimento de pés chatos. Constataram  que cerca de 16,5% das crianças analisadas apresentaram pés pronados, todas apresentaram  obesidade ou sobrepeso. O desenvolvimento de pés chatos representa alterações posturais, visto  que afetam a postura e o equilíbrio do corpo. 

Em concordância, Rusek et al. (2019) também relacionam o aumento do Índice de  Massa Corporal (IMC) em crianças aos efeitos adversos na postura, porém destacam a posição  das omoplatas. O aumento do IMC não está diretamente relacionado à posição das articulações  dos ombros ou da pelve, mas em casos de sobrepeso ou obesidade, os indivíduos tendem a  apresentar uma maior diferença na posição das articulações dos ombros e na pelve. Santos et  al. (2021) ressaltam em seu estudo que crianças com sobrepeso ou obesas estão mais propícias  a alterações no sistema musculoesquelético e respiratório. 

Segundo os autores mencionados, o sobrepeso e obesidade em crianças são os principais  responsáveis por diversos problemas posturais, impactam diretamente na saúde física e no bem estar, causam alterações na coluna vertebral e membros inferiores, desvios posturais, levam ao  comprometimento da estabilidade e agravamento dos desvios posturais. 

Fink et al. (2019), Rusek et al. (2019), Bier et al. (2019), mencionam que uma das  alterações posturais mais comuns em crianças obesas ou com sobrepeso é hiperlordose lombar e joelho valgo. Além disso, Bayartai et al. (2020) relatam dores na coluna lombar, em membros  inferiores, epifisiólise da cabeça femoral, osteocondrites, bem como na tíbia vara. Conforme Gijon-Nogueron et al. (2019) e Calcaterra et al. (2022), todas as alterações  posturais mencionadas podem impactar diretamente na qualidade de vida das crianças,  causando dor e desconforto, Santos et al. (2021) acrescenta que tais alterações podem dificultar  a mobilidade e a realização de atividades, sejam elas complexas ou simples, sem falar que  podem implicar no bem-estar emocional das crianças devido à baixa autoestima, que é comum  nesses casos. Em suma, a relação sobrepeso/obesidade e alterações posturais precisam receber  uma maior atenção/acompanhamento médico, e de forma adequada, a fim de minimizar  possíveis fatores contribuídos para alterações posturais em crianças. 

CONCLUSÃO 

Os estudos analisados constataram que o sobrepeso e a obesidade em crianças têm  impacto significativo nas alterações posturais, que podem levar à instabilidade do controle  postural, alterações na coluna vertebral e nos membros inferiores, e ao desenvolvimento de pés  chatos. Os autores dos estudos analisados revelaram que essas alterações posturais podem afetar  diretamente a saúde física e o bem-estar das crianças, causando dores, desconforto e afetando a  autoestima das mesmas.  

Além disso, concluíram que a obesidade torna mais dificultosa a mobilidade e a  realização de atividades diárias. Alguns estudos sugeriram que o sobrepeso e a obesidade em  crianças podem estar relacionados a outras condições de saúde, como asma e problemas  musculoesqueléticos e respiratórios. 

Por fim, é indispensável mencionar que seja dado a esse grupo de pessoas uma maior  atenção e acompanhamento por multiprofissionais compostos por pediatras, nutricionistas,  fisioterapeutas, psicólogos e dentre outros profissionais que podem contribuir para minimizar  os possíveis fatores que contribuem para as alterações posturais e promover um  desenvolvimento saudável a criança.  

REFERÊNCIAS 

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WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Obesidade e sobrepeso infantil. WHO – Technical Report Series, 2021.


1Artigo apresentado ao Curso de Bacharelado em Fisioterapia do Instituto Unidade de Ensino Superior do Sul do  Maranhão – IESMA/Unisulma;
2 Acadêmico do curso de Bacharelado em Fisioterapia pelo Instituto Unidade de Ensino Superior do Sul do  Maranhão – IESMA/Unisulma. E-mail: aquario0912@gmail.com
3 Acadêmica do curso de Bacharelado em Fisioterapia pelo Instituto Unidade de Ensino Superior do Sul do  Maranhão – IESMA/Unisulma. E-mail: mari_saudealimentar@hotmail.com
4 Orientador, especialista em Fisioterapia Neurofun cional adulto e pediátrico e docente do curso de Bacharelado  em Fisioterapia pelo Instituto Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão – IESMA/Unisulma. E-mail:  jordy.martins@unisulma.edu.com.br