O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA ORIENTAÇÃO E CONSEQUÊNCIA DO USO INDISCRIMINADO DE MEDICAMENTOS EM VENDAS LIVRES (MIPS) EM DROGARIAS

THE ROLE OF THE PHARMACIST IN GUIDING AND CONSEQUENCING THE INDISCRIMINATE USE OF OVER-THE- COUNTER MEDICINES (MIPS) IN DRUGSHOPS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202409081447


Maciele Silva Nunes¹;
Vanessa da Silva Grana²;
Talita Brito de Oliveira³.


RESUMO

Este estudo investiga o papel essencial do farmacêutico na orientação do uso seguro de medicamentos isentos de prescrição (MIPs), abordando os riscos da automedicação, como toxicidade, reações adversas e interações medicamentosas perigosas. A revisão de literatura foi realizada com base em artigos científicos, livros e manuais do Ministério da Saúde, focando na importância da orientação farmacêutica para evitar o uso inadequado desses medicamentos. A pesquisa evidencia a necessidade de conscientização e educação em saúde para promover o uso racional de MIPs, destacando a relevância do farmacêutico na prevenção de complicações e na promoção da saúde pública.

Palavras-chave: Automedicação. Farmacêutico. Riscos. Orientação. Segurança.

ABSTRACT

This study investigates the essential role of pharmacists in guiding the safe use of over-the- counter (OTC) medicines, addressing the risks of self-medication such as toxicity, adverse reactions, and dangerous drug interactions. The literature review was conducted based on scientific articles, books, and manuals from the Ministry of Health, focusing on the importance of pharmaceutical guidance to prevent the improper use of these medicines. The research highlights the need for awareness and health education to promote the rational use of OTC medicines, emphasizing the pharmacist’s relevance in preventing complications and promoting public health.

Keywords: Self-medication. Pharmacist. Risks. Guidance. Safety.

1 INTRODUÇÃO

Os medicamentos de venda livre, conforme observam Alvim e Carvalho (2019), oferecem conveniência e acessibilidade, mas também apresentam riscos significativos se usados sem orientação adequada. O trabalho enfatiza a necessidade de orientação farmacêutica para prevenir o uso inadequado e suas consequências, como toxicidade e mascaramento de sintomas de doenças mais graves (Costa e Garcia, 2023).

Por isso, a prática da automedicação, impulsionada por fatores como facilidade de acesso e custos reduzidos, é comprovada com profundidade. A falta de conhecimento sobre interações medicamentosas e os perigos da propaganda enganosa são apontados como causas principais do uso inadequado de MIPs (Alves, 2023). A influência cultural e a dificuldade de acesso aos serviços de saúde também são fatores contributivos (Garros, 2023).

Assim, os prejuízos relacionados ao uso estendido de MIPs são planejados, incluindo reações de toxicidade, adversidades e interações medicamentosas perigosas. É sublinhada a necessidade de orientação profissional para evitar essas complicações e promover o uso seguro de medicamentos (Miranda Filho, 2018).

Por fim, o papel do farmacêutico é destacado como fundamental na prevenção do uso inadequado de MIPs. A educação em saúde, a orientação direta aos pacientes e a colaboração interprofissional são estratégias essenciais para garantir a segurança e a eficácia no uso desses medicamentos (Santos et al., 2022). Diante disso, o trabalho oferece uma visão abrangente sobre a importância do papel do farmacêutico na orientação e nos riscos associados ao uso inadequado de MIPs, propondo estratégias para um uso mais seguro e eficaz desses medicamentos (Cardoso et al., 2022).

Logo, a justificativa para este estudo reside na crescente preocupação com o uso indiscriminado de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) e suas consequências para a saúde pública. Com a facilidade de acesso a esses medicamentos, muitos consumidores se automedicam sem a devida orientação profissional, o que pode levar a graves riscos, como toxicidade, interações medicamentosas perigosas e mascaramento de doenças mais sérias.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Classificação dos Medicamentos na Segurança do Uso

A classificação dos medicamentos é um processo essencial para garantir a segurança e a eficácia no seu uso, sendo fundamental não apenas para organizar os diferentes tipos de medicamentos disponíveis, mas também para proteger a saúde pública. A categorização adequada assegura que cada medicamento seja utilizado de forma apropriada e segura. Nesse contexto, destacam-se os medicamentos de venda livre (MIPs), que, apesar de não necessitarem de prescrição, requerem orientação adequada para seu uso seguro. Conforme Silva e Nascimento Jr. (2022), a correta classificação dos medicamentos contribui significativamente para a minimização dos riscos associados ao seu uso.

Ademais, a toxicidade dos medicamentos é uma preocupação constante, especialmente em grupos vulneráveis, como gestantes. Brum et al. (2011) discutem a importância da segurança no uso de novos fármacos durante a gestação e a utilidade dos sistemas de classificação de medicamentos para avaliar seus efeitos. Esse cuidado é crucial para prevenir danos potenciais ao feto e garantir que as gestantes recebam tratamentos seguros e eficazes.

Outro aspecto vital da classificação é a identificação de interações medicamentosas. Almeida et al. (2007) salientam que a análise das interações entre medicamentos é essencial para determinar a segurança no uso em pacientes críticos. Essas interações podem influenciar significativamente a eficácia do tratamento e a ocorrência de efeitos adversos, reforçando a necessidade de uma classificação detalhada e precisa.

Além disso, Carneiro e Silva (2018) abordam a questão dos medicamentos potencialmente perigosos, destacando a importância de incluir esses medicamentos em classificações específicas para garantir um monitoramento rigoroso e prevenir erros de medicação. A classificação correta desses medicamentos permite uma gestão mais eficaz dos riscos associados ao seu uso.

A classificação também é fundamental para a prescrição segura de medicamentos para gestantes. Carmo e Nitrini (2004) analisam a classificação dos medicamentos quanto ao risco para o feto, destacando que uma parcela significativa dos medicamentos prescritos às gestantes tem segurança não estabelecida. A categorização adequada desses medicamentos é essencial para evitar exposições desnecessárias a riscos.

Mengue et al. (2001) ressaltam a preocupação com a segurança dos medicamentos utilizados durante a gravidez, destacando a necessidade de sistemas de classificação que avaliem os riscos específicos para este grupo. Esse tipo de classificação auxilia na escolha de medicamentos mais seguros e na prevenção de complicações durante a gestação.

A segurança no uso de medicamentos também depende da correta classificação terapêutica. Todescato et al. (2017) enfatizam que a classificação terapêutica facilita o uso racional de medicamentos, promovendo a eficácia terapêutica e minimizando os riscos de efeitos adversos. Esse tipo de classificação é uma ferramenta importante para profissionais de saúde na gestão de tratamentos medicamentosos.

Além disso, a classificação de medicamentos off-label, especialmente em pediatria, é outra área crítica. Ferreira et al. (2012) discutem a alta prevalência de prescrições off-label em unidades de terapia intensiva pediátrica, destacando a importância de classificações que considerem a segurança e eficácia desses usos não autorizados. A categorização adequada pode orientar a prescrição segura e eficaz desses medicamentos.

Lunardi-Maia et al. (2014) abordam o uso de medicamentos no primeiro trimestre de gravidez, destacando a importância da classificação de segurança para medicamentos nesse período. A avaliação criteriosa dos riscos associados ao uso de medicamentos durante a gravidez é crucial para proteger a saúde materna e fetal.

Finalmente, Castro et al. (2019) enfatizam a necessidade de sistemas de classificação de medicamentos para evitar erros de administração em serviços de saúde. A categorização adequada dos medicamentos permite uma gestão mais segura e eficiente, prevenindo eventos adversos e promovendo a segurança do paciente.

2.2 Medicamentos Livres

Os medicamentos de venda livre, também conhecidos como MIPs, desempenham um papel significativo na promoção da saúde pública devido à sua facilidade de acesso e ao alívio rápido que proporcionam para sintomas comuns. Exemplos típicos desses medicamentos incluem analgésicos, antitérmicos, antiácidos e remédios para resfriado. Segundo Alvim e Carvalho (2019), esses medicamentos são amplamente utilizados justamente por serem acessíveis e eficazes no tratamento de sintomas leves e moderados. No entanto, essa acessibilidade pode levar ao uso inadequado se não houver a devida orientação profissional, o que destaca a importância de um acompanhamento especializado.

Os MIPs são amplamente disponíveis em farmácias e drogarias, e são formulados para tratar condições de saúde menores e temporárias, como dores de cabeça, febre, indigestão e sintomas de resfriado comum, conforme mencionado por Costa e Garcia (2023). A conveniência de obter esses medicamentos sem a necessidade de uma consulta médica é uma vantagem significativa, pois permite que os pacientes tratem rapidamente seus sintomas. Contudo, essa mesma facilidade de acesso pode ser problemática se não houver orientação adequada.

Ademais, Alves (2023) observa que muitos consumidores não estão cientes dos riscos potenciais associados ao uso inadequado dos MIPs. A ausência de orientação médica pode resultar em uso excessivo ou prolongado desses medicamentos, aumentando o risco de efeitos adversos. Além disso, a automedicação com MIPs pode mascarar sintomas de doenças mais graves, retardando o diagnóstico e o tratamento adequado, o que é extremamente preocupante.

Portanto, a orientação do farmacêutico é essencial. Garros (2023) sugere que os farmacêuticos devem fornecer informações claras sobre o uso correto dos MIPs, incluindo a dosagem adequada, a duração do tratamento e possíveis interações medicamentosas. Essa orientação é fundamental para minimizar os riscos associados ao uso inadequado dos MIPs e promover o uso racional desses medicamentos. Desse modo, a orientação farmacêutica contribui significativamente para a segurança e eficácia no tratamento dos sintomas, garantindo que os pacientes possam se beneficiar plenamente dos MIPs sem correr riscos desnecessários.

Assim, é possível concluir que, embora os MIPs ofereçam inúmeras vantagens pela facilidade de acesso e eficácia no alívio de sintomas comuns, é indispensável que haja uma orientação adequada por parte dos profissionais de saúde para garantir seu uso seguro e responsável. A conscientização sobre os riscos e a promoção de práticas de automedicação seguras são essenciais para maximizar os benefícios dos MIPs e proteger a saúde pública.

2.3 Fatores que levam a Automedicação

A automedicação é uma prática comum motivada por diversos fatores, como a rapidez no alívio dos sintomas, a facilidade de acesso aos medicamentos isentos de prescrição (MIPs) e a percepção de segurança desses medicamentos. Essa prática está profundamente enraizada no comportamento de muitos pacientes, que preferem tratar sintomas menores por conta própria em vez de consultar um médico, devido aos custos e ao tempo envolvidos em uma consulta médica, conforme aponta Alves (2023). Embora comum, essa prática pode resultar em sérias consequências para a saúde.

Em primeiro lugar, a falta de conhecimento sobre os riscos e as interações medicamentosas é um dos principais problemas associados à automedicação. Costa e Garcia (2023) destacam que a propaganda de medicamentos pode influenciar significativamente a decisão do consumidor, levando-o a acreditar erroneamente que os MIPs são completamente seguros. Essa percepção incorreta contribui para o uso indiscriminado, aumentando o risco de efeitos adversos e complicações graves.

Além disso, a dificuldade de acesso aos serviços de saúde é outro fator que contribui para a automedicação. Alvim e Carvalho (2019) observam que, em muitas regiões, a escassez de médicos e os longos tempos de espera para consultas levam os pacientes a buscar alternativas rápidas e acessíveis, como os MIPs. A facilidade de compra desses medicamentos, sem a necessidade de prescrição, faz com que a automedicação se torne uma solução imediata para muitos problemas de saúde, agravando os riscos associados a essa prática.

Outro aspecto importante é a influência cultural, que também desempenha um papel significativo na automedicação. Garros (2023) observa que, em algumas culturas, existe uma tradição de tratar doenças menores em casa, utilizando medicamentos que já foram eficazes no passado. Essa prática cultural, aliada à falta de informação adequada, pode perpetuar o uso inadequado de MIPs, resultando em riscos à saúde que poderiam ser evitados com a orientação correta de um profissional de saúde.

Portanto, é evidente que a automedicação, embora pareça uma solução conveniente e econômica, carrega consigo inúmeros riscos. A falta de orientação profissional pode levar ao uso inadequado dos MIPs, resultando em efeitos adversos e complicações graves. Assim, é crucial que os profissionais de saúde, especialmente os farmacêuticos, desempenhem um papel ativo na educação dos pacientes sobre o uso seguro e responsável desses medicamentos. A conscientização sobre os riscos e a promoção de práticas seguras de automedicação são essenciais para proteger a saúde pública e garantir que os benefícios dos MIPs sejam aproveitados de maneira segura e eficaz.

2.4 Prejuízos em Relação aos MIPs

O uso indiscriminado de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) pode acarretar uma série de prejuízos à saúde, incluindo toxicidade, reações adversas e interações medicamentosas perigosas. É essencial que a sociedade compreenda os riscos envolvidos e valorize a orientação de profissionais capacitados, como os farmacêuticos, para garantir o uso seguro e eficaz desses medicamentos.

Em primeiro lugar, a toxicidade é um dos principais problemas relacionados ao uso indiscriminado de MIPs. De acordo com Souza Oliveira e Oliveira (2023), o uso prolongado e sem controle de analgésicos pode causar danos significativos aos rins e ao fígado. A toxicidade hepática e renal é uma preocupação crescente, especialmente em pacientes que fazem uso regular desses medicamentos sem supervisão médica. A ausência de um acompanhamento adequado pode resultar em uso excessivo ou inadequado dos medicamentos, expondo os usuários a riscos desnecessários.

Além disso, as reações adversas são frequentes em usuários de MIPs. Conforme destacado por Miranda Filho (2018), muitos medicamentos isentos de prescrição podem causar efeitos colaterais graves, como reações alérgicas e problemas gastrointestinais. A falta de conhecimento sobre os efeitos adversos potenciais contribui para o uso inadequado e aumenta o risco de complicações.

As interações medicamentosas representam outro problema crítico. Marinho et al. (2021) ressaltam que muitos pacientes não estão cientes das possíveis interações entre os MIPs e outros medicamentos que estão utilizando. Essas interações podem reduzir a eficácia dos tratamentos ou exacerbar os efeitos colaterais, colocando a saúde do paciente em risco.

A automedicação com MIPs também pode levar ao mascaramento de sintomas de doenças mais graves, retardando o diagnóstico e tratamento adequados. Coutinho e Pereira (2022) afirmam que o uso de MIPs para aliviar sintomas superficiais pode ocultar problemas de saúde mais sérios, dificultando a identificação e o tratamento de condições subjacentes. Portanto, a intervenção precoce e precisa de um profissional de saúde é vital para evitar tais complicações.

Além dos problemas de saúde, há também implicações econômicas. Brito et al. (2023) discutem que o uso inadequado de MIPs pode levar a gastos desnecessários com medicamentos e tratamentos subsequentes para tratar os efeitos adversos e complicações. O desperdício de recursos financeiros pode ser significativo, especialmente em sistemas de saúde pública. Assim, a orientação correta e o uso racional de medicamentos podem contribuir para uma gestão mais eficiente dos recursos disponíveis.

O papel do farmacêutico é crucial na mitigação desses riscos. Santos et al. (2022) enfatizam a importância da orientação farmacêutica para promover o uso racional de MIPs. Os farmacêuticos podem educar os pacientes sobre o uso correto dos medicamentos, identificar possíveis interações e prevenir o uso inadequado. A presença ativa desses profissionais em farmácias e estabelecimentos de saúde é essencial para garantir que os pacientes recebam informações precisas e relevantes.

A educação em saúde também é fundamental. Rocha et al. (2017) sugerem que campanhas de conscientização e programas educativos podem ajudar a reduzir a automedicação e promover o uso responsável de MIPs. A disseminação de informações corretas sobre os riscos e benefícios dos medicamentos pode capacitar os pacientes a tomar decisões mais informadas.

Por fim, a regulamentação e controle de venda de MIPs são essenciais para garantir a segurança dos usuários. De acordo com Cabral e Perobelli (2012), políticas públicas que restrinjam a venda indiscriminada de MIPs e promovam a prescrição e orientação profissional podem reduzir significativamente os riscos associados ao seu uso. A implementação de medidas regulatórias adequadas é crucial para proteger a saúde pública. Essas políticas devem ser constantemente revisadas e atualizadas para acompanhar as mudanças no comportamento de consumo e nas práticas de automedicação.

2.5 O Papel do Farmacêutico na Prevenção do Uso Indiscriminado de MIPs

No cenário atual da saúde pública, o papel do farmacêutico na prevenção do uso indiscriminado de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) é de extrema importância. Com o aumento da disponibilidade de MIPs e a facilidade de acesso a esses medicamentos, é crucial que os farmacêuticos assumam um papel ativo na orientação dos pacientes, garantindo o uso racional e seguro desses produtos. Além disso, a intervenção do farmacêutico é essencial para evitar complicações decorrentes da automedicação e promover a saúde pública de forma eficaz. Segundo Rodrigues et al. (2023), a orientação farmacêutica é fundamental para evitar os riscos associados ao uso indiscriminado de MIPs, promovendo a saúde e prevenindo complicações.

A automedicação é uma prática comum entre os brasileiros, o que aumenta o risco de uso inadequado de medicamentos. Nesse contexto, Alves (2023) destaca que o uso indiscriminado de paracetamol, um MIP, pode causar sérios danos à saúde, especialmente em pacientes que utilizam outros medicamentos de forma concomitante. Portanto, o farmacêutico tem a responsabilidade de educar os pacientes sobre os riscos da automedicação e promover o uso consciente dos MIPs.

Além disso, a importância do farmacêutico se estende à prevenção de reações adversas e interações medicamentosas. Santos et al. (2022) apontam que a orientação e o acompanhamento farmacêutico são essenciais para identificar e mitigar os riscos do uso indiscriminado de MIPs. Adicionalmente, a prescrição farmacêutica pode ser uma ferramenta eficaz para garantir que os pacientes utilizem os medicamentos de forma segura e adequada.

A atenção farmacêutica também desempenha um papel crucial na gestão de doenças crônicas. Silva et al. (2022) enfatizam que pacientes com doenças hepáticas, por exemplo, precisam de orientação específica quanto ao uso de MIPs para evitar complicações graves.

Dessa forma, o farmacêutico deve estar preparado para fornecer informações detalhadas sobre os medicamentos e suas possíveis interações, garantindo a segurança do tratamento.

Além disso, a educação em saúde é uma estratégia vital para a prevenção do uso indiscriminado de MIPs. Barbosa e Resende (2018) afirmam que campanhas educativas e a comunicação eficaz entre farmacêuticos e pacientes podem reduzir significativamente a automedicação. Essas iniciativas ajudam a esclarecer dúvidas e fornecer orientações adequadas sobre o uso correto dos medicamentos.

A legislação também desempenha um papel importante na regulação do uso de MIPs. Calado et al. (2024) discutem a importância da venda controlada de medicamentos e a necessidade de políticas públicas que apoiem a atuação do farmacêutico na promoção do uso racional de MIPs. A implementação de normas que regulamentem a venda desses medicamentos pode contribuir para a redução dos riscos associados à automedicação.

Outro aspecto relevante é a formação contínua dos farmacêuticos. Moysés et al. (2024) destacam a necessidade de capacitação profissional para que os farmacêuticos estejam sempre atualizados sobre os novos medicamentos e suas implicações. Portanto, a educação continuada é fundamental para garantir que esses profissionais possam oferecer a melhor orientação possível aos pacientes.

O papel do farmacêutico também envolve a colaboração interprofissional. Guimarães e Pacheco (2021) ressaltam que a integração entre farmacêuticos e outros profissionais de saúde é essencial para a promoção do uso racional de medicamentos. Essa colaboração permite um acompanhamento mais completo e eficaz dos pacientes, prevenindo o uso indiscriminado de MIPs.

Finalmente, é importante mencionar o impacto positivo da atuação farmacêutica na saúde pública. Cardoso et al. (2022) afirmam que a intervenção do farmacêutico pode reduzir significativamente os casos de intoxicação e outras complicações decorrentes do uso inadequado de MIPs. A presença ativa do farmacêutico nas farmácias e a orientação contínua aos pacientes são fundamentais para a promoção da saúde e a prevenção de danos.

3 METODOLOGIA

3.1 Tipo de estudo

Trata-se de estudo de revisão crítica da literatura, com procedimento descritivo e comparativo, utilizando como fonte de dados a bibliografia sobre O Papel do farmacêutico na orientação e consequência do uso indiscriminado de medicamentos em vendas livres (mips) em drogarias.

3.2 Bases de dados consultadas

O estudo foi realizado por meio da pesquisa em bancos de dados como PUBMED, SCIELO (Scientific Eletronic Libray Online) e Google Acadêmico, além da utilização de livros com complementação da busca no acervo da biblioteca setorial da Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO).

3.3 Fontes Bibliográficas

Foram utilizados 30 artigos, um livro e três manuais do Ministério da Saúde. Para a pesquisa dos artigos foram utilizadas as palavras-chaves: Descrever…

3.4 Critérios de Inclusão

Para cumprimento desta pesquisa foram selecionados literaturas e artigos em língua portuguesa publicados no período de 2000 a 2024, que oferecessem informações sobre o tema do trabalho, sendo assim excluídos todos os dados com mais de 15 anos de publicação e que não proporcionaram dados com relação à temática.

3.5 Coleta de Dados

Foi realizada nos meses de fevereiro a junho de 2022 através de levantamento de obras literárias já publicadas, destacando a ideologia dos mesmos.

3.6 Análise de Dados

Para a análise e interpretação dos artigos selecionados, será utilizada a Análise de Conteúdo Temática, proposta por Minayo (2014), que consiste em “descobrir os núcleos de sentido que compõe uma comunicação, cuja presença ou frequência signifiquem alguma coisa para o objeto analítico visado” (p.316). A organização dos resultados será elaborada a partir de categorias de acordo com as temáticas que surgiram a partir da análise dos artigos.

A organização da análise temática é composta por três etapas, sendo a primeira denominada Pré-análise. Ela “consiste na escolha dos documentos a serem analisados e na retomada das hipóteses e dos objetivos iniciais da pesquisa” (Minayo, 2014, p. 316). No caso do presente estudo, essa etapa consistiu na seleção dos artigos a partir dos critérios de elegibilidade e inelegibilidade.

A segunda etapa, designada de Exploração do Material, “consiste essencialmente numa operação classificatória que visa alcançar o núcleo de compreensão do texto” (Minayo, 2014, p. 317), ou seja, classifica, em categorias, algumas palavras que irão organizar o conteúdo do trabalho. Essa etapa compreendeu a leitura minuciosa dos artigos para que, a partir disso, fossem construídas as categorias. Das publicações selecionadas, serão desenvolvidas categorias de modo a classificar os artigos descrevendo os possíveis assuntos, constituindo-se “como termos carregados de significação, por meio dos quais a realidade é pensada de forma hierarquizada” (Minayo, 2014, p. 178). Dito de outra forma, foram elaboradas categorias que pudessem organizar de forma padronizada e assim fundamentando o corpo do texto.

Por fim, a terceira etapa objetiva interpretar os resultados obtidos a partir das informações coletadas, de modo que se possa abrir “outras pistas em torno das novas dimensões teóricas e interpretativas, sugeridas pela leitura do material” (Minayo, 2014, p. 318). Assim, após o exame das categorias – que nesse estudo correspondem aos capítulos, poderão ser feitas inferências, reflexões e considerações acerca da temática.  

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Conhecimento Comunitário Sobre o Uso Irracional de Medicamentos

O uso irracional de medicamentos é uma questão de saúde pública que desperta grande preocupação entre especialistas e profissionais da área, especialmente em comunidades onde o acesso à informação e à orientação médica é limitado. Essa prática tem sérias implicações para a saúde coletiva, uma vez que o desconhecimento sobre o uso correto de medicamentos pode levar à automedicação e a uma série de consequências negativas para a saúde. Diante desse cenário, torna-se crucial compreender o papel que o conhecimento comunitário desempenha tanto na perpetuação quanto na mitigação do uso inadequado de medicamentos (Silva Paula e Campos, 2021).

No Brasil, a automedicação é uma prática comum, especialmente em regiões onde o acesso aos serviços de saúde é restrito. Essa situação é agravada pelo fato de que grande parte da população desconhece os riscos associados ao uso de medicamentos sem a devida orientação médica (Oliveira et al., 2018).

Nesse contexto, a capacitação de agentes comunitários de saúde emerge como uma estratégia fundamental para combater o uso irracional de medicamentos. A formação desses profissionais possibilita a disseminação de informações corretas e a promoção de práticas seguras no uso de medicamentos (Carmo et al., 2023).

Além disso, é necessário considerar a influência cultural sobre o uso de medicamentos. Silva e Campos (2021) destacam que práticas culturais e a falta de compreensão sobre os efeitos adversos dos medicamentos contribuem significativamente para o uso irracional.

As intervenções comunitárias têm demonstrado ser uma estratégia eficaz na redução do uso irracional de medicamentos. Um estudo realizado em Itapipoca-CE revelou que campanhas de conscientização e educação comunitária podem diminuir significativamente a prática da automedicação (Oliveira et al., 2018).

O papel do farmacêutico também é essencial na promoção do uso racional de medicamentos. Segundo Santos e Carvalho (2021), os farmacêuticos estão em uma posição privilegiada para orientar os pacientes sobre o uso correto dos medicamentos e alertar sobre os riscos do uso inadequado.

Durante a pandemia de COVID-19, a questão do uso irracional de medicamentos tornou-se ainda mais premente. Um estudo de Rocha et al. (2024) ressalta a importância do papel do farmacêutico no combate à automedicação e na prevenção do uso inadequado de medicamentos nesse período.

Ademais, é essencial considerar a implementação de políticas públicas que promovam o uso racional de medicamentos. Intervenções governamentais, como a regulamentação da venda de medicamentos e a promoção de campanhas educativas, são fundamentais para mitigar os riscos associados ao uso irracional de medicamentos (Hector, 2018).

Por fim, o enfrentamento dos desafios relacionados ao uso irracional de medicamentos exige um esforço coletivo. A promoção de conhecimento adequado, por meio de iniciativas de educação comunitária, a capacitação de profissionais de saúde e a implementação de políticas públicas eficazes, são elementos indispensáveis para reduzir os riscos à saúde e melhorar a qualidade de vida nas comunidades (Carmo et al., 2023). Somente com a participação ativa de todos os setores da sociedade será possível alcançar um uso racional e seguro de medicamentos.

4.2 O Papel do Farmacêutico na Orientação ao Uso Responsável de Medicamentos Isentos de Prescrição

O papel do farmacêutico na orientação ao uso responsável de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) é crucial para garantir tanto a segurança quanto a eficácia desses medicamentos, além de prevenir os riscos inerentes à automedicação. Em um contexto onde o acesso à informação correta pode ser limitado, a presença e a atuação do farmacêutico tornam- se ainda mais relevantes para a promoção da saúde. Como enfatiza Kiyotani (2014), a orientação correta fornecida por esses profissionais é indispensável para incentivar a automedicação responsável e minimizar os riscos à saúde.

Entretanto, a falta de orientação adequada pode levar ao uso indevido dos MIPs, resultando em problemas sérios, como efeitos adversos e interações medicamentosas indesejadas. Nesse sentido, torna-se evidente a importância de sistemas de informação robustos que apoiem os farmacêuticos em suas práticas diárias. Conforme observado por Lessa e Venceslau (2013), a implementação de sistemas de suporte à decisão pode ser uma ferramenta valiosa, auxiliando os profissionais a oferecer orientações mais precisas e individualizadas.

Além disso, a prática da atenção farmacêutica, que abrange tanto a indicação quanto a orientação sobre MIPs, precisa ser continuamente aprimorada. Yazbek (2012) ressalta que, quando realizada de forma adequada, a indicação farmacêutica contribui significativamente para a automedicação responsável. Dessa maneira, o farmacêutico deve assegurar que o paciente compreenda completamente as instruções de uso e esteja ciente dos possíveis riscos envolvidos no consumo dos MIPs.

Por outro lado, a literatura também destaca a importância da regulamentação e das políticas públicas na promoção do uso racional de MIPs. A resolução n.º 586 do Conselho Federal de Farmácia é um exemplo claro de medida destinada a regulamentar a prática farmacêutica, estabelecendo diretrizes que orientam e acompanham os pacientes que utilizam MIPs (Rodrigues, Silva e Garcia, 2023).

Outro fator que merece atenção é a influência da publicidade no uso responsável de MIPs, especialmente porque pode estimular a automedicação sem a devida orientação. Silva (2019) discute como a publicidade pode induzir determinados grupos, como os idosos, a utilizarem MIPs de maneira inadequada, reforçando a necessidade imperativa de orientação farmacêutica para evitar práticas de automedicação prejudiciais. Nesse contexto, o farmacêutico tem o papel essencial de desmistificar informações equivocadas e orientar os pacientes sobre o uso seguro desses medicamentos.

A integração do cuidado farmacêutico no processo de automedicação, conforme demonstra Santos (2022), tem mostrado resultados positivos na saúde pública. A presença ativa do farmacêutico no acompanhamento do uso de MIPs contribui para a redução significativa dos riscos associados à automedicação, promovendo um uso mais consciente e seguro desses medicamentos.

Adicionalmente, a falta de conhecimento sobre o uso de MIPs na população em geral é um aspecto preocupante que precisa ser abordado. Coutinho e Pereira (2022) destacam que muitos pacientes desconhecem os riscos de utilizar MIPs sem a orientação adequada, o que evidencia a necessidade urgente de campanhas educativas e da atuação proativa dos farmacêuticos na disseminação de informações corretas.

Por fim, a educação em saúde, especialmente no que se refere à orientação sobre o uso de MIPs, é um ponto central na atuação farmacêutica. Soterio e Santos (2016) enfatizam que o farmacêutico desempenha um papel educacional vital, tanto na orientação sobre o uso correto dos medicamentos quanto na conscientização dos pacientes sobre os riscos de uma automedicação inadequada.

Em última análise, é essencial que os farmacêuticos sejam amplamente reconhecidos como profissionais de saúde fundamentais na promoção do uso racional de medicamentos. A orientação farmacêutica adequada não apenas contribui para a segurança dos pacientes, mas também reduz os custos com saúde e melhora os resultados terapêuticos (Alcantara et al., 2022).

4.3 Consequências do Uso Negligente e Irracional de Medicamentos Isentos de Prescrição

O uso negligente e irracional de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) representa um desafio crescente na saúde pública, especialmente em sociedades onde a automedicação é uma prática comum. A acessibilidade desses medicamentos, quando não acompanhada de uma orientação adequada, intensifica práticas de consumo inadequadas, acarretando sérias consequências para a saúde. Conforme apontado por Sanches e Nascimento (2018), o consumo de MIPs sem o devido acompanhamento profissional pode resultar em reações adversas graves e, em alguns casos, até mesmo agravar condições preexistentes.

Embora os MIPs sejam de fácil acesso, isso não significa que sejam isentos de riscos. Estudos demonstram que a automedicação com esses medicamentos pode resultar em uso incorreto, o que, por sua vez, aumenta a probabilidade de interações medicamentosas perigosas e efeitos colaterais graves (Bueno, 2019). Quando a automedicação é realizada sem o conhecimento adequado sobre o medicamento, suas indicações e contra indicações, os danos à saúde podem ser significativos, muitas vezes passando despercebidos até que a situação se torne crítica.

Além disso, um aspecto crucial que deve ser considerado é o impacto do uso irracional de MIPs na resistência antimicrobiana. Segundo Gontijo e Zampieron (2019), o uso indiscriminado de medicamentos como antibióticos, mesmo aqueles que não exigem prescrição, contribui para o desenvolvimento de bactérias resistentes. Este fenômeno é um dos maiores desafios enfrentados pela saúde pública global.

A questão do uso negligente de MIPs vai além dos riscos individuais, trazendo sérias implicações para a saúde pública. A automedicação pode aumentar a pressão sobre os sistemas de saúde, com mais pessoas necessitando de tratamento para problemas que poderiam ter sido evitados com a orientação profissional adequada. Magalhães (2017) destaca que a falta de conscientização sobre o uso responsável de medicamentos pode levar a um aumento desnecessário de consultas médicas e hospitalizações, resultando na sobrecarga dos recursos de saúde disponíveis.

A influência da publicidade na promoção do uso inadequado de MIPs também não pode ser ignorada. Marques (2010) discute como a falta de regulação na publicidade de medicamentos pode levar ao consumo excessivo e inadequado, especialmente entre populações mais vulneráveis, como idosos e indivíduos com menor nível educacional.

Um aspecto frequentemente negligenciado nesse contexto é o papel das políticas públicas na regulação do uso de MIPs. Felkl (2011) argumenta que a ausência de regulamentações rigorosas sobre a venda e a propaganda de MIPs resulta em um aumento dos casos de automedicação inadequada. Portanto, as políticas de saúde devem focar não apenas na regulação desses medicamentos, mas também na promoção de campanhas educativas que informem a população sobre os riscos associados ao seu uso.

A educação em saúde é uma ferramenta essencial para combater o uso negligente de MIPs. Teles et al. (2023) afirmam que programas de educação voltados para a conscientização sobre o uso responsável de medicamentos podem reduzir significativamente os índices de automedicação inadequada. A disseminação de informações claras e acessíveis sobre os perigos do uso indevido de MIPs é fundamental para que os pacientes possam tomar decisões informadas sobre sua saúde.

Por fim, é crucial reconhecer que o farmacêutico desempenha um papel central na orientação ao uso responsável de MIPs. Souza Mezzari (2019) destaca que o farmacêutico, como um profissional de saúde acessível à comunidade, está em uma posição privilegiada para educar os pacientes sobre o uso adequado de medicamentos, prevenindo assim as consequências adversas do uso irresponsável.

5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo conclui que o papel do farmacêutico na orientação e prevenção do uso indiscriminado de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) é fundamental para garantir a segurança e eficácia no uso desses medicamentos. A análise dos dados evidenciou que os objetivos propostos foram alcançados, confirmando a hipótese de que a falta de orientação adequada pode levar a sérios riscos à saúde pública, como toxicidade, interações medicamentosas perigosas e o mascaramento de doenças mais graves.

As principais contribuições teóricas deste trabalho incluem a ampliação do conhecimento sobre a importância da atuação farmacêutica na promoção do uso racional de MIPs e na prevenção dos riscos associados à automedicação. Praticamente, o estudo sublinha a necessidade de políticas públicas mais rigorosas e campanhas educativas que fomentem a conscientização da população sobre o uso seguro desses medicamentos.

Para futuros estudos, sugere-se a realização de pesquisas empíricas que envolvam entrevistas com farmacêuticos e pacientes, visando a obtenção de dados mais robustos sobre a eficácia das orientações fornecidas e o impacto real das políticas públicas em diferentes regiões. Além disso, a inclusão de métodos quantitativos poderia proporcionar uma análise mais detalhada das práticas de automedicação e das consequências do uso inadequado de MIPs.

Portanto, conclui-se que o fortalecimento do papel do farmacêutico e a implementação de estratégias educacionais e regulatórias são essenciais para minimizar os riscos associados ao uso indiscriminado de MIPs, promovendo, assim, uma saúde pública mais segura e eficaz.

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¹Discente do Curso Superior de Farmácia no Centro Universitário FAMETRO e-mail: macielenunes27@gmail.com
²Discente do Curso Superior de Farmácia no Centro Universitário FAMETRO e-mail: vanessah.grana@gmail.com ³Docente do Curso Superior de FARMÁCIA do Instituto Centro Universitário Fametro Campus Zonas Lestes Mestre em Bioquímica email.talita.oliveira@fametro.edu.br