ENSINO DO DIREITO À DISTÂNCIA: VANTAGENS E DESVANTAGENS

REGISTRO DOI:10.69849/revistaft/th10248301220


LUCIANO PALMA


RESUMO

A pesquisa sobre o ensino do Direito à distância é relevante por democratizar o acesso à educação superior, promovendo inclusão social e qualificação profissional em áreas remotas, além de contribuir para a modernização do sistema jurídico no Brasil. O estudo examina as diretrizes legais do ensino de Direito à distância, identifica suas principais vantagens e investiga suas desvantagens. Utilizando uma abordagem qualitativa com revisão bibliográfica, sendo comparadas percepções sobre a qualidade da formação. Os resultados indicam vantagens como acessibilidade e flexibilidade, mas também desafios como falta de interação direta e ênfase na memorização. Conclui-se que estratégias pedagógicas eficazes e infraestrutura tecnológica adequada são essenciais para melhorar a formação dos estudantes de Direito.

Palavras-chave: Ensino à distância, Direito, Inclusão social, Qualidade educacional, Tecnologias educacionais.

ABSTRACT

Research into distance learning in law is relevant because it democratizes access to higher education, promoting social inclusion and professional qualification in remote areas, as well as contributing to the modernization of the legal system in Brazil. The study examines the legal guidelines for distance learning in law, identifies its main advantages and investigates its disadvantages. Using a qualitative approach with a literature review, perceptions of the quality of training are compared. The results indicate advantages such as accessibility and flexibility, but also challenges such as a lack of direct interaction and an emphasis on memorization. The conclusion is that effective pedagogical strategies and adequate technological infrastructure are essential for improving the education of law students.

Keywords: Distance learning, Law, Social inclusion, Educational quality, Educational technologies.

1. INTRODUÇÃO

A implementação do ensino à distância (EAD) no curso de Direito tem ganhado destaque nas discussões educacionais no Brasil, especialmente devido às suas vantagens e desafios. O artigo “Ensino do Direito à Distância: Vantagens e Desvantagens”, analisa de forma abrangente essa modalidade de ensino, desde suas origens no país até as reformas contemporâneas. Aborda a evolução do ensino jurídico, destacando a introdução do EAD e o impacto das tecnologias modernas e da legislação vigente, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), que foram importantes para a oficialização e expansão dessa modalidade educacional.

O artigo destaca as vantagens do EAD, incluindo a acessibilidade e flexibilidade, que permitem que alunos de regiões remotas e aqueles com outras responsabilidades possam continuar seus estudos. A autonomia no aprendizado é outro benefício significativo, pois incentiva o desenvolvimento de habilidades de autoaprendizagem e autodisciplina. Além disso, o uso de tecnologias inovadoras torna o processo educacional mais dinâmico e interativo. A redução de custos é também uma vantagem importante, beneficiando tanto as instituições de ensino quanto os alunos, que economizam em deslocamentos e materiais impressos.

Apesar das vantagens, o artigo também aponta várias desvantagens do EAD. Os desafios na interação e comunicação entre professores e alunos são uma preocupação central, uma vez que o distanciamento físico pode limitar a formação de um entendimento profundo e crítico das matérias jurídicas. A metodologia de avaliação, muitas vezes focada na memorização ao invés da compreensão analítica, é outra crítica relevante. Limitações na formação prática, desafios tecnológicos e preconceitos sobre a qualidade do EAD também são destacados como barreiras que precisam ser superadas para garantir a eficácia dessa modalidade de ensino.

A pesquisa deste trabalho tem como objetivo analisar como a legislação atual sobre ensino à distância no Brasil impacta a qualidade da formação dos estudantes de Direito, considerando as percepções de alunos e professores. A metodologia utilizada inclui uma abordagem qualitativa com revisão bibliográfica, comparando suas percepções sobre a qualidade da formação. Os resultados mostram que, enquanto o EAD oferece acessibilidade e flexibilidade, é essencial implementar estratégias pedagógicas eficazes e garantir uma infraestrutura tecnológica adequada para superar os desafios e melhorar a formação dos estudantes de Direito.

O problema de pesquisa busca entender de que maneira a legislação atual sobre ensino à distância no Brasil impacta a qualidade da formação dos estudantes de Direito. A conclusão do estudo destaca que, apesar das inúmeras vantagens do EAD, como acessibilidade e flexibilidade, é necessário abordar os desafios relacionados à interação limitada, à ênfase na memorização e aos preconceitos sobre a qualidade do ensino. Implementar estratégias pedagógicas eficazes e garantir uma infraestrutura tecnológica adequada são passos essenciais para melhorar a formação dos futuros profissionais do Direito, assegurando que estejam bem-preparados para o mercado de trabalho.

2. HISTÓRICO DO ENSINO JURÍDICO NO BRASIL

2.1. Evolução do ensino jurídico tradicional

O ensino jurídico no Brasil teve suas raízes fincadas ainda no período imperial, quando, em 1827, por ordem de Dom Pedro I, foram criadas as primeiras faculdades de Direito, em São Paulo e Olinda. Essas instituições foram concebidas com o intuito de formar uma elite intelectual que pudesse guiar a nação tanto jurídica quanto politicamente (Mossini, 2010).  

Este modelo inicial era pautado por um currículo único e centralizado, refletindo as necessidades de um país recém-independente que buscava consolidar sua identidade e estrutura governamental. Ao longo do século XIX e início do século XX, o bacharel em Direito ocupava uma posição de grande prestígio na sociedade brasileira, atuando não apenas como advogado, mas também como político, juiz e administrador público, posições de influência que reforçavam o status da formação jurídica.

A quebra da bolsa em 1929 foi um ponto de inflexão que trouxe profundas mudanças ao cenário político e econômico do Brasil. Esse evento catalisou a transição da oligarquia rural dominante para uma emergente elite industrial (Ianni, 1996). Com essa mudança, o país viu a necessidade de adaptar suas instituições de ensino às novas demandas econômicas e sociais.

No campo jurídico, isso significou a introdução de novos temas e abordagens no currículo, visando preparar os futuros profissionais para lidar com uma realidade mais complexa e dinâmica. Durante o período do Estado Novo e posteriormente com o regime militar, o ensino jurídico continuou a evoluir, porém de forma mais controlada e centralizada, com o governo exercendo forte influência sobre as diretrizes curriculares.

A promulgação da Constituição de 1988 marcou um novo capítulo na história do ensino jurídico no Brasil.  

Com a redemocratização, houve uma significativa reformulação das diretrizes educacionais, permitindo maior autonomia às universidades e fomentando a busca por qualidade e inovação nos cursos de Direito (Queiroz, 2017).

A nova carta política possibilitou a edição de Portarias e Resoluções que buscaram aprimorar a matriz curricular, incluindo novas disciplinas e metodologias de ensino que refletiam as transformações sociais, econômicas e tecnológicas do país.  

Este período viu a consolidação de uma abordagem mais crítica e interdisciplinar no ensino jurídico, preparando os estudantes não apenas para a prática jurídica tradicional, mas também para os desafios de um mercado globalizado e em constante mudança. Assim, a evolução do ensino jurídico no Brasil reflete uma trajetória de adaptação e transformação, acompanhando as mudanças políticas e sociais que moldaram o país ao longo dos séculos.

2.2. Introdução do ensino à distância no direito

O ensino à distância (EAD) é uma inovação educacional que ganhou relevância com o advento das novas tecnologias, proporcionando uma alternativa prática e acessível para estudantes que, por diversas razões, não podem frequentar aulas presenciais (Bezerra, 2020, p. 5).  

No Brasil, a trajetória do EAD começou a ganhar forma de maneira oficial em

1996, com a criação da Secretaria de Educação à Distância (SEED) pelo Ministério da Educação (MEC), conforme estabelecido pela Lei n° 9.394, também conhecida como Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Esta legislação foi um marco que regulamentou e incentivou o desenvolvimento do EAD em diversas áreas do conhecimento, visando democratizar o acesso à educação superior. Desde então, as instituições de ensino passaram a considerar seriamente a oferta de cursos nessa modalidade, com a finalidade de ampliar sua base de alunos e, consequentemente, aumentar suas receitas.

Apesar dos avanços na implementação do EAD, o curso de Direito permaneceu restrito a modalidades presenciais por um longo período, devido à resistência de diversos setores da sociedade e às preocupações com a qualidade do ensino jurídico à distância. Este cenário começou a mudar lentamente, especialmente em resposta às necessidades emergentes durante a pandemia de COVID-19, que trouxe uma flexibilização temporária nas restrições, permitindo a oferta de disciplinas de Direito na modalidade EAD.  

Essa mudança foi um reflexo das demandas sociais e da necessidade de continuidade educacional em tempos de crise, evidenciando que, mesmo em um campo tradicionalmente resistente, a adaptação ao EAD é possível. No entanto, essa flexibilização gerou debates sobre a eficácia e a qualidade da formação jurídica à distância, destacando a importância de assegurar que os padrões educacionais sejam mantidos rigorosamente.

A preocupação com a qualidade do ensino à distância é reforçada pelo dispositivo 206, VII da Constituição Federal, que estabelece que o ensino deve ser ministrado com padrões de qualidade. Este princípio é essencial para garantir que a educação à distância não apenas amplie o acesso, mas também mantenha a excelência acadêmica.  

As instituições que oferecem cursos de Direito à distância devem implementar estratégias pedagógicas e tecnológicas eficazes, assegurando que o processo de ensino-aprendizagem seja robusto e eficiente. Além disso, a avaliação contínua e a supervisão por órgãos reguladores são fundamentais para garantir que os cursos atendam aos critérios estabelecidos e que os alunos recebam uma formação adequada para o exercício da profissão jurídica.  

Assim, a introdução do EAD no ensino do Direito representa um passo significativo na modernização da educação jurídica no Brasil, trazendo consigo desafios e oportunidades que precisam ser cuidadosamente gerenciados para assegurar seu sucesso.

3. LEGISLAÇÃO VIGENTE SOBRE ENSINO À DISTÂNCIA NO BRASIL E SOBRE O CURSO DE DIREITO

O marco regulatório do EAD no Brasil está relacionado à promulgação da Lei nº 9.394 de 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN.

Conforme está estabelecido no Art. 80: “o Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada”.

A regulamentação desse artigo ocorreu a partir do Decreto nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, contudo, segundo Arruda e Arruda (2015, p.323), esse documento “trazia em seu texto interpretações confusas e controversas sobre a EAD”. Isso fora inferido pelos estudiosos, porque, desde o primeiro artigo, o decreto “caracteriza a EAD de maneira técnica, privilegiando a mediação pelos suportes de informação e desconsiderando o papel docente no processo educativo, haja vista inferir acerca da possibilidade de ‘autoaprendizagem’ pela EAD.” (ARRUDA; ARRUDA, 2015, p.324).

Outro documento que reforçou a proposta do EAD foi o Plano Nacional de Educação – PNE do período de 2001 a 2010. Dentre os objetivos propostos para o ensino superior, o PNE (2001-2010) propôs: “estabelecer um amplo sistema interativo de educação a distância, utilizando-o, inclusive, para ampliar as possibilidades de atendimento nos cursos presenciais, regulares ou de educação continuada.” 

Em 2005, o Decreto nº 2.494, de 1998, é revogado pelo Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro. Essa legislação trata a EAD como uma modalidade educacional na qual a “[…] mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.”

A principal mudança que ocorreu entre o Decreto nº 2.494/1998 e o Decreto nº 5.622/2005 é que a EAD deixa de ser compreendida como uma forma de ensino de autoaprendizagem que se apropria de recursos didáticos estáticos apresentados por meio de suportes de informação.

A partir de 2005, entende-se que essa modalidade educacional, com apoio e mediada por tecnologias de informação e comunicação, necessita da atuação de professores e estudantes no desenvolvimento de atividades educativas. É a passagem de um processo de ensino e aprendizagem passivo/receptivo para um processo mediado e interativo, conforme apontam Sousa (2012) e Martins (2006).

Com a finalidade de estabelecer bases para a oferta do ensino jurídico no país, as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Direito aduzem que é necessário que os cursos de Direito desenvolvam as habilidades e competências discriminadas no referido documento, além de terem os seus projetos pedagógicos estruturados de forma a contemplar três perspectivas formativas, quais sejam: formação geral, formação técnico-jurídica e formação prático-fundamental. A

Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2018, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Direito, assim dispõe:

Art. 3º O curso de graduação em Direito deverá assegurar, no perfil do graduando, sólida formação geral, humanística, capacidade de análise, domínio de conceitos e da terminologia jurídica, capacidade de argumentação, interpretação e valorização dos fenômenos jurídicos e sociais, além do domínio das formas consensuais de composição de conflitos, aliado a uma postura reflexiva e de visão crítica que fomente a capacidade e a aptidão para a aprendizagem, autônoma e dinâmica, indispensável ao exercício do Direito, à prestação da justiça e ao desenvolvimento da cidadania. Parágrafo único. Os planos de ensino do curso devem demonstrar como contribuirão para a adequada formação do graduando em face do perfil almejado pelo curso.  

Considera-se, pois, que para o desenvolvimento de competências e habilidades para um graduando de Direito, se fazem necessárias práticas institucionais que permitam análise, argumentação, interpretação e crítica, respeitando-se a realidade local de um dado espaço. Nessa perspectiva de educação, apoiada nos princípios de Paulo Freire (Streck; Redin; Zitkoski, 2019), pressupõe-se uma relação dialógica entre estudantes e professores, que constroem juntos o conhecimento, apropriando-se criticamente da realidade física e social.

Considerando o cenário posto acerca do ensino jurídico, é fundamental refletir sobre os processos e os papéis que envolvem os atores da formação acadêmica. Partindo da discussão sobre os docentes, Pachane (2006) alerta sobre a importância de a formação pedagógica do professor universitário ser tomada de modo mais sistemático, em especial diante das mudanças no ensino superior no

Brasil.

Já Ristoff (2006) debate a função do professor na educação superior. Coloca em xeque a “usurpação” da função por profissionais das diversas áreas do conhecimento sem que estes, de fato, tenham se qualificado para a docência e traz a lume a importância de que esses profissionais se qualifiquem, até mesmo porque, com a rapidez das alterações na sociedade advindas da evolução tecnológica, antigos padrões estipulados em relação a metodologias de aprendizagem tornam-se impróprios e inoperantes, necessitando de novas técnicas para atender às exigências do conhecimento por parte dos estudantes (Resende; Silva, 2020).

No que diz respeito à aula expositiva como elemento da construção do conhecimento no ensino jurídico, Lopes (2011) aduz que com a modernização do ensino, as críticas ao modelo passam a existir e a taxá-lo como técnica ultrapassada e autoritária, sendo que após toda a construção, houve a transformação da aula expositiva tradicional em um modelo que estimula a participação dos alunos, a partir de uma postura dialógica, tornando um avanço para o processo de aprendizagem a aula expositiva dialogada, ou seja, deve haver uma troca docente-discente.

É importante discutir sobre a perspectiva discente nesse processo, de forma específica no atual cenário em que se tem amplo acesso às tecnologias, informação e facilidades globais de interação. Inclusive, Oliveira (2014) traz interessante reflexão acerca do papel da EAD no contexto da atual sociedade em que estamos inseridos, quando diz o seguinte:  

A EAD interessa a muitos. Ao Estado, para expandir rapidamente a formação universitária em todo o país; às universidades públicas, como forma de ampliar seus serviços sem precisar construir novas instalações; às instituições privadas de ensino, atraídas pela possibilidade de reduzir seus custos operacionais com uma grande demanda de alunos virtuais; e, finalmente, aos fabricantes de equipamentos e softwares, que comemoram um novo mercado. Do ponto de vista dos estudantes, principalmente os que trabalham e/ou residem em locais distantes das grandes metrópoles, a EAD democratiza o acesso ao ensino superior, quebrando as barreiras geográficas (Oliveira, 2014, grifos do autor).

Com o desenvolvimento das tecnologias digitais e o cenário de crescimento da EAD, é premente buscar conceitos e estudos que fundamentam essa modalidade. O Ministério da Educação traz em seu sítio eletrônico a conceituação de que “Educação a distância é a modalidade educacional na qual alunos e professores estão separados, física ou temporalmente e, por isso, faz se necessária a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação.”

Para os autores Arantes, Valente e Moran (2011), a EAD pode ser desenvolvida com uma abordagem que concilie as vantagens e os avanços das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação com as práticas de interação e comunicação entre professores e estudantes e entre os estudantes, com resolução de problemas, reflexões e trocas de experiências para a construção do conhecimento.  

Porém, Riedner (2019) alerta que a tecnologia, apesar de bastante presente no ensino superior, não tem se mostrado instrumento de transformação das práticas de ensino dentro da universidade, pois não há integração dos usos da tecnologia, de forma que estas façam parte de um processo de aprendizagem ativo e de construção do pensamento crítico. 

Ao aprofundar os estudos sobre a EAD, o que se percebe é que as contribuições que podem ser alcançadas com essa modalidade dependerão muito do modelo de EAD adotado. Ao mesmo tempo que se tem possibilidades para democratizar o acesso à educação, corre-se o risco de precarizar o processo educacional, pelos interesses de mercantilização e lucros. Esse alerta é apresentado no livro Educação e Barbárie de Charlot (2020, p. 108), ao tratar do desenvolvimento das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação: […] abrem possibilidades fascinantes de ensino à distância (EAD) e podem contribuir à expansão e democratização do ensino superior. Mas, por outro lado, em um país de dimensões continentais como o Brasil, onde um projeto à distância parece, a priori, particularmente apropriado, o EAD sofre impressionantes taxas de insucesso, é fonte de ganhos de empresas privadas mais do que de democratização […].

Para além das questões da EAD, investigar o ensino jurídico na atualidade é reconhecer que vivemos em um mundo com práticas de interação, comunicação e ensino-aprendizagem que acontecem, tanto em território presencial quanto virtual (ciberespaço), de forma simultânea e justaposta.

4. METODOLOGIAS DE ENSINO À DISTÂNCIA E FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS EMPREGADAS

No ensino à distância, diversas metodologias são aplicadas para garantir uma aprendizagem eficaz e interativa. Uma abordagem inicial é o Ensino Híbrido, que combina atividades presenciais e à distância. Durante o isolamento social, as aulas presenciais podem ser substituídas por videoconferências e outros recursos online.

Dentro do Ensino Híbrido, existem diferentes modelos. O Modelo Flex é um deles, onde a atividade principal consiste em estudos online, com apoio presencial ou remoto adaptável conforme necessário. O professor pode orientar projetos em grupo e agendar encontros virtuais para acompanhamento.

Outro modelo é o Modelo Rotação, onde os alunos circulam por diferentes modalidades de aprendizagem. Um exemplo é a Sala de Aula Invertida, onde os alunos estudam o conteúdo teórico em casa, através de leituras, vídeos e apresentações com narração, e utilizam o tempo de aula para atividades práticas, discussões e resolução de problemas.

A Aprendizagem BasEADa em Projetos envolve os alunos em projetos colaborativos que integram diversas disciplinas. A aprendizagem ocorre através da realização de projetos práticos que exigem pesquisa, planejamento e execução, promovendo uma compreensão mais profunda dos conteúdos.

Em paralelo, a Aprendizagem Colaborativa encoraja os alunos a trabalharem juntos para resolver problemas e completar tarefas, desenvolvendo habilidades de comunicação e trabalho em equipe. Essa abordagem é frequentemente utilizada em conjunto com a Aprendizagem BasEADa em

Projetos.

O Estudo de Caso é outra metodologia eficaz, onde os alunos analisam situações reais ou simuladas para desenvolver habilidades de resolução de problemas e aplicar conhecimentos teóricos a contextos práticos. Isso ajuda a contextualizar o aprendizado e torná-lo mais relevante.

A Resolução de Problemas é uma metodologia onde os alunos enfrentam problemas desafiadores que exigem a aplicação de conceitos aprendidos para encontrar soluções viáveis. Esta abordagem desenvolve o pensamento crítico e a capacidade de lidar com situações complexas.

Por fim, a Aprendizagem por Pesquisa estimula os alunos a investigarem tópicos de interesse, formularem hipóteses e conduzirem pesquisas para descobrir novas informações e insights. Esta metodologia incentiva a curiosidade e o desenvolvimento de habilidades investigativas.

As ferramentas tecnológicas aplicadas no ensino à distância durante a pandemia da Covid-19 foram variadas e complementares, garantindo um ambiente de aprendizagem eficaz e dinâmico.  

Primeiramente, a plataforma Moodle foi amplamente utilizada como ambiente virtual de aprendizagem. Esse sistema permitiu a criação e gestão de cursos on-line, onde professores podiam disponibilizar materiais didáticos, fóruns de discussão, questionários e atividades avaliativas. A flexibilidade e a facilidade de uso do Moodle foram essenciais para a adaptação rápida de alunos e professores ao ensino remoto.

Para facilitar a comunicação rápida e direta entre alunos e professores, o WhatsApp se tornou uma ferramenta indispensável. Com ele, foi possível trocar mensagens instantâneas, compartilhar arquivos e realizar chamadas de voz e vídeo. Essa comunicação síncrona ajudou a resolver dúvidas e manter um contato constante, essencial para o engajamento dos alunos.

O e-mail também desempenhou um papel importante, permitindo uma comunicação assíncrona mais formal e detalhada. Professores e alunos puderam enviar e receber mensagens sobre tarefas, avaliações e esclarecimentos, mantendo um registro organizado das comunicações acadêmicas.

Além disso, os chats dentro das plataformas de ensino, como no próprio Moodle, proporcionaram uma interação em tempo real durante as aulas. Essa ferramenta síncrona permitiu discussões imediatas e trocas de ideias, simulando um ambiente de sala de aula virtual.

Os fóruns de discussão no Moodle foram fundamentais para a interação assíncrona. Alunos puderam participar de debates, compartilhar conhecimentos e colaborar em atividades, enriquecendo o processo de aprendizagem com diferentes perspectivas e experiências.

As aulas gravadas se mostraram uma solução prática para que os alunos pudessem assistir aos conteúdos no seu próprio ritmo e rever as explicações quantas vezes fossem necessárias. Esse recurso foi especialmente útil para aqueles que não podiam participar das aulas ao vivo por questões de horário ou problemas técnicos.

As aulas on-line ao vivo, realizadas por meio de videoconferências, substituíram as aulas presenciais. Ferramentas como Zoom e Google Meet permitiram que professores e alunos interagissem em tempo real, mantendo a dinâmica de sala de aula e possibilitando a realização de apresentações, discussões e atividades colaborativas.

Por fim, os recursos multimídia, como vídeos do YouTube e e-books, enriqueceram o material didático disponível. Os vídeos ajudaram a explicar conceitos complexos de maneira visual e atraente, enquanto os e-books proporcionaram leituras detalhadas e aprofundadas, atendendo às diversas preferências e necessidades dos alunos.

5. VANTAGENS DO ENSINO À DISTÂNCIA EM CURSOS DE DIREITO

A implementação do ensino à distância (EAD) em cursos de Direito oferece uma série de vantagens fundamentais para a democratização e modernização da educação superior. 

Em primeiro lugar, a acessibilidade ao conhecimento é um dos aspectos mais significativos do EAD. Essa modalidade de ensino permite que pessoas de diferentes regiões, especialmente aquelas em áreas remotas, tenham acesso a cursos de qualidade. A presença do EAD tanto em centros urbanos quanto em áreas rurais torna-se uma solução inclusiva para superar as barreiras geográficas que frequentemente impedem o acesso à educação superior. Dessa forma, o EAD facilita a inclusão social, ampliando as oportunidades educacionais para uma maior parcela da população.

Outra vantagem importante do EAD é a flexibilidade de tempo e espaço que ele proporciona aos estudantes. A possibilidade de acessar conteúdos de forma assíncrona permite que os alunos ajustem seus estudos às suas rotinas pessoais e profissionais. Essa característica é especialmente benéfica para aqueles que precisam conciliar os estudos com o trabalho ou outras responsabilidades. Segundo o Ministério da Educação, o EAD é definido como uma modalidade educacional em que a mediação didático-pedagógica ocorre através de tecnologias de informação e comunicação, com atividades educativas desenvolvidas em tempos e lugares diversos. Essa flexibilidade atende às necessidades de um público cada vez mais diversificado e com diferentes demandas de tempo, possibilitando uma educação mais adaptada ao ritmo de cada estudante.

A autonomia no processo de aprendizado é outro ponto forte do EAD. Esse modelo incentiva os alunos a desenvolverem habilidades de autoaprendizagem e autodisciplina, essenciais para a formação de profissionais independentes e proativos. O EAD não se baseia apenas na memorização de conteúdos, mas sim na aplicação prática e no desenvolvimento de competências. Essa abordagem pedagógica centrada no estudante permite que ele se torne um participante ativo no seu processo de aprendizagem, desenvolvendo habilidades críticas e analíticas fundamentais para a prática jurídica. O desenvolvimento dessas competências prepara melhor os estudantes para enfrentar os desafios do mercado de trabalho.

O uso de tecnologias inovadoras é uma vantagem adicional do EAD que enriquece o processo educacional. Ferramentas como videoconferências, fóruns de discussão e materiais interativos tornam o aprendizado mais dinâmico e envolvente. A educação a distância utiliza recursos computacionais que inspiram novos modos de aprendizagem e facilitam a construção do conhecimento. A integração dessas tecnologias no ensino de Direito permite uma interação mais rica e uma maior troca de experiências entre estudantes e professores, promovendo um ambiente de aprendizado mais colaborativo e participativo. Essa inovação tecnológica não só moderniza o ensino, mas também torna o aprendizado mais atrativo para os estudantes.

Por fim, a redução de custos é uma vantagem importante tanto para as instituições de ensino quanto para os alunos. O EAD pode representar uma diminuição significativa nos custos operacionais das universidades, permitindo que mais recursos sejam destinados à melhoria da qualidade dos cursos oferecidos. Para os alunos, a economia com deslocamentos e materiais impressos é um fator relevante que torna a educação superior mais acessível. A modalidade EAD é uma forma eficaz de ampliar o acesso à educação no Brasil, contribuindo para a diminuição das desigualdades sociais e promovendo uma educação mais inclusiva e equitativa. Assim, a redução de custos amplia a viabilidade econômica do ensino superior, beneficiando tanto as instituições quanto os estudantes.

A acessibilidade ao conhecimento é colocada como a principal vantagem do EAD devido ao seu impacto direto na democratização da educação. 

A possibilidade de alcançar estudantes em regiões remotas e fornecer-lhes uma educação de qualidade é fundamental para promover a inclusão social e reduzir desigualdades. 

A flexibilidade de tempo e espaço é igualmente importante, pois permite que indivíduos com diferentes necessidades e responsabilidades possam continuar seus estudos sem comprometer outras áreas de suas vidas. 

A autonomia no aprendizado é vital para a formação de profissionais capazes de pensar criticamente e agir de maneira independente, habilidades essenciais no campo do Direito. 

O uso de tecnologias inovadoras enriquece a experiência educacional, tornando o aprendizado mais interativo e relevante para as demandas contemporâneas. Finalmente, a redução de custos amplia o acesso à educação superior, tornando-a mais viável economicamente tanto para as instituições quanto para os estudantes. Cada uma dessas vantagens contribui para a construção de um sistema educacional mais justo, eficiente e adaptado às necessidades do século XXI.

6. DESVANTAGENS

As desvantagens do ensino à distância (EAD) no curso de Direito podem ser analisadas e classificadas por ordem de importância no impacto sobre o aprendizado dos estudantes. 

Destacam-se em primeiro lugar, os desafios na interação e comunicação como a desvantagem mais significativa. O distanciamento físico entre professores e alunos resulta em um diálogo mais rarefeito, dificultando as interações informais que normalmente ocorrem antes e após as aulas presenciais. A ausência dessas interações limita a capacidade dos professores de observar as reações dos alunos e ajustar sua metodologia de ensino conforme necessário. A interação direta é crucial para o desenvolvimento de um entendimento profundo e crítico das matérias jurídicas, tornando essa desvantagem altamente significativa no contexto do aprendizado.

Em seguida, os desafios na absorção e avaliação do conhecimento também são significativos. A metodologia atual de muitos cursos de direito favorece a memorização sobre a compreensão profunda da matéria, com provas objetivas de múltipla escolha sendo um exemplo comum. Essas avaliações não conseguem medir efetivamente o conhecimento crítico e analítico dos alunos, o que é essencial para o sucesso profissional. A capacidade de aplicar o conhecimento jurídico de forma crítica e prática é fundamental, e a ênfase na memorização prejudica essa habilidade.

As limitações na formação prática representam outra desvantagem considerável. A prática jurídica é um componente essencial do ensino do direito, permitindo aos alunos aplicar teorias em cenários reais e desenvolver habilidades práticas. Embora os estágios frequentemente ocorram fora da universidade, a modalidade EAD pode dificultar a supervisão adequada e o acompanhamento necessário por parte dos orientadores. Sem uma supervisão efetiva, os alunos podem perder oportunidades valiosas de aprendizado prático, o que impacta negativamente sua preparação para a carreira jurídica.

Os desafios tecnológicos e de infraestrutura, embora moderadamente significativos, ainda representam uma desvantagem relevante. A eficácia do EAD depende da qualidade do acesso à internet e da ausência de distrações no ambiente de estudo. Problemas com a conectividade e interrupções no ambiente doméstico podem prejudicar o aprendizado dos alunos, afetando diretamente sua capacidade de participar plenamente das aulas e acessar recursos educacionais. Essas barreiras tecnológicas e de infraestrutura, embora menos impactantes que os desafios na interação e na absorção do conhecimento, ainda dificultam o aproveitamento pleno das oportunidades educacionais oferecidas pelo EAD.

Por fim, o preconceito e a percepção de inferioridade do ensino à distância constituem uma desvantagem moderada, mas significativa. Existe um preconceito de que o EAD é de qualidade inferior ao ensino presencial, o que pode influenciar negativamente a motivação dos alunos e a percepção pública sobre os graduados desses cursos. Essa percepção afeta a confiança dos alunos no método de ensino e pode influenciar suas perspectivas de carreira. Embora não impacte diretamente o aprendizado, a visão negativa sobre a EAD pode desmotivar os alunos e prejudicar sua dedicação aos estudos.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho analisou a implementação do ensino jurídico à distância no Brasil, destacando suas vantagens e desvantagens. Utilizando uma metodologia qualitativa, a pesquisa envolveu revisão bibliográfica, para comparar as percepções sobre a qualidade do ensino. 

O estudo revela que a introdução do Ensino à Distância (EAD) no Direito é uma tendência crescente, impulsionada pela necessidade de democratização do acesso à educação e pela flexibilidade que a modalidade oferece. A promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) e os decretos subsequentes foram fundamentais para a oficialização e expansão do EAD no

Brasil.

A pesquisa demonstrou que o EAD apresenta inúmeras vantagens, entre elas a acessibilidade, permitindo que pessoas em regiões remotas tenham acesso a cursos de qualidade; a flexibilidade de tempo e espaço, que possibilita aos alunos conciliar estudos com outras responsabilidades; e a promoção da autonomia no processo de aprendizado, incentivando habilidades de autoaprendizagem e autodisciplina. Além disso, o uso de tecnologias inovadoras torna o aprendizado mais dinâmico e interativo, enquanto a redução de custos beneficia tanto as instituições de ensino quanto os alunos, tornando a educação superior mais acessível e inclusiva.

Entretanto, o estudo também identificou desafios significativos no EAD em cursos de Direito. Os principais desafios incluem a dificuldade de interação e comunicação entre professores e alunos, a ênfase na memorização em detrimento da compreensão profunda, as limitações na formação prática, os problemas tecnológicos e de infraestrutura, e o preconceito sobre a qualidade do ensino à distância. Esses desafios impactam a qualidade do aprendizado, dificultando a formação de um entendimento crítico e a aplicação prática do conhecimento jurídico.

Em conclusão, o ensino à distância no curso de Direito possui um potencial significativo para democratizar a educação e adaptá-la às demandas contemporâneas. No entanto, para que o EAD possa realmente contribuir para a formação de profissionais jurídicos competentes, é necessário implementar estratégias pedagógicas eficazes que garantam a qualidade do ensino. Isso inclui a promoção de interações significativas entre professores e alunos, a utilização de metodologias de avaliação que valorizem a compreensão crítica, a supervisão adequada da formação prática e a melhoria da infraestrutura tecnológica. 

Assim, é possível aproveitar as vantagens do EAD enquanto se mitigam suas desvantagens, contribuindo para a formação de profissionais do Direito bem preparados para os desafios do mercado de trabalho.

8. REFERÊNCIAS

ARANTES, Valéria Amorim; VALENTE, José Armando; MORAN, José Manuel. Educação a distância: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus Editorial, 2011.

ARRUDA, Eucidio Pimenta; ARRUDA, Durcelina Ereni Pimenta. Educação à distância no Brasil: políticas públicas e democratização do acesso ao ensino superior. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 31, n. 3, p. 321-338, jul./set. 2015.

BEZERRA, L. A. Ensino à distância nos cursos de direito: reflexões sobre as possibilidades e dificuldades para sua implementação no Brasil. Vitória: Faculdade de       Direito            de       Vitória (FDV),            2020. Disponível     em: http://repositorio.fdv.br:8080/handle/fdv/849.

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