REVISÃO DE CASOS CLÍNICOS

REVIEW OF CLINICAL CASES 

REVISIÓN DE CASOS CLÍNICOS 

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th10248211234


Patrick Ramos Nunes1
Ingrid Gonçalves Siqueira Brown2
Luan Alvim Moreira3
Diogo Moreira Thomaz Pereira4
Daniela Rosa Lourenço5
Tatiana Regina Amaral6
Alice lima Maceda7
Marcos de Azevedo Gonçalves8
Paulo Felipe Gomes de Sousa9
Yan do Rosario Nunes10


RESUMO

O objetivo deste artigo é relatar, utilizando-se de ferramentas bibliográficas e revisão de casos clínicos, alguns biomarcadores utilizados em diagnósticos de diferentes doenças. Pesquisou-se por artigos nas bases de dados SciELO, PubMED e em repositórios de universidades que apresentassem informações importantes a respeito do assunto. As palavraschaves foram biomarcadores, diagnóstico, revisão, clínico e doenças. Biomarcadores ou marcadores biológicos são entidades que podem ser medidas experimentalmente e indicam a ocorrência de uma determinada função normal ou patológica de um organismo ou uma resposta a um agente farmacológico. Os biomarcadores podem ser de diversos tipos, tais como, fisiológicos (funções de órgãos), físicos (alterações características em estruturas biológicas), histológicos (amostras de tecido obtidas por biopsia) e anatómicos. Podem ser células específicas, moléculas, genes, enzimas ou hormonas. Provavelmente os mais relevantes em investigação médica são os marcadores bioquímicos que podem ser obtidos com relativa facilidade a partir de fluidos corporais e que estão ao dispor dos investigadores. Os biomarcadores podem ser usados na prática clínica para o diagnóstico ou para identificar riscos de ocorrência de uma doença. Podem ainda ser utilizados para estratificar doentes e identificar a gravidade ou progressão de uma determinada doença, prever um prognóstico ou monitorizar um determinado tratamento para que seja menos provável que alguns efeitos secundários ocorram. Por vezes os biomarcadores são usados como ferramenta que pode ajudar as entidades reguladoras a decidirem sobre a aprovação de um medicamento.

Palavras-chave: biomarcadores; diagnóstico; revisão; clínico; doenças.

ABSTRACT

The aim of this article is to report, using bibliographic tools, some biomarkers used in the diagnosis of different diseases. Articles were searched in the SciELO, PubMed databases, and university repositories that presented important information on the subject. The keywords were biomarkers, diagnosis, review, clinical and diseases. Biomarkers, or biological markers, are entities that can be experimentally measured and indicate the occurrence of a particular normal or pathological function of an organism or a response to a pharmacological agent. Biomarkers can be of various types, such as physiological (organ functions), physical (characteristic changes in biological structures), histological (tissue samples obtained by biopsy), and anatomical. They can be specific cells, molecules, genes, enzymes, or hormones. Probably the most relevant in medical research are biochemical markers that can be relatively easily obtained from bodily fluids and are available to researchers. Biomarkers can be used in clinical practice for diagnosis or to identify the risk of occurrence of a disease. They can also be used to stratify patients and identify the severity or progression of a particular disease, predict a prognosis, or monitor a particular treatment to make it less likely that some side effects will occur. Sometimes biomarkers are used as a tool that can help regulatory entities decide on the approval of a medication.

Keywords: Biomarkers; diagnosis; review; clinical; diseases.

RESUMEN

El objetivo de este artículo es relatar, utilizando herramientas bibliográficas y revisión de casos clínicos, algunos biomarcadores utilizados en diagnósticos de diferentes enfermedades. Se buscaron artículos en las bases de datos SciELO, PubMED y en repositorios de universidades que presentaran información importante sobre el tema. Las palabras clave fueron biomarcadores, diagnóstico, revisión, clínico y enfermedades. Los biomarcadores o marcadores biológicos son entidades que pueden medirse experimentalmente e indican la ocurrencia de una determinada función normal o patológica de un organismo o una respuesta a un agente farmacológico. Los biomarcadores pueden ser de diversos tipos, tales como fisiológicos (funciones de órganos), físicos (alteraciones características en estructuras biológicas), histológicos (muestras de tejido obtenidas por biopsia) y anatómicos. Pueden ser células específicas, moléculas, genes, enzimas u hormonas. Probablemente los más relevantes en investigación médica son los marcadores bioquímicos que pueden obtenerse con relativa facilidad a partir de fluidos corporales y que están a disposición de los investigadores. Los biomarcadores pueden usarse en la práctica clínica para el diagnóstico o para identificar riesgos de ocurrencia de una enfermedad. También pueden ser utilizados para estratificar a los pacientes e identificar la gravedad o progresión de una determinada enfermedad, prever un pronóstico o monitorear un determinado tratamiento para que sea menos probable que ocurran algunos efectos secundarios. A veces, los biomarcadores se usan como herramienta que puede ayudar a las entidades reguladoras a decidir sobre la aprobación de un medicamento.

Palabras clave: Biomarcadores; diagnóstico; revisión; clínico; enfermedades.

INTRODUÇÃO

Biomarcadores podem ser definidos como as alterações celulares, bioquímicas e/ou moleculares mensuráveis em matrizes biológicas, sejam tecidos, células ou fluidos humanos (HULKA et al., 1991). Entretanto, trazendo uma definição mais abrangente, temos que a definição de biomarcadores é uma característica objetivamente mensurável e avaliada como um indicador de um processo biológico normal, um processo patogênico ou uma resposta farmacológica a uma intervenção terapêutica; assim sendo, um indicador fisiológico, como a pressão arterial, é um biomarcador da hipertensão, definida pelo Biomarkers Definition Working Group. Além disso, os biomarcadores são essenciais em diagnósticos, podendo ser precisos ou necessitando de exames complementares para um diagnóstico preciso. Portanto, Biomarcadores são componentes cruciais na medicina moderna, proporcionando informações valiosas sobre a presença, progresso e prognóstico de doenças. Sua utilização no diagnóstico clínico permite a detecção precoce e o monitoramento preciso de condições patológicas, possibilitando intervenções terapêuticas mais eficazes e personalizadas (Sawyers, C.L., 2008).

CASOS CLÍNICOS

Casos clínicos são relatos detalhados sobre a condição médica de um paciente ou grupo de pacientes, incluindo os sintomas, diagnóstico, tratamento, acompanhamento e resultados. Esses relatos são usados tanto na prática médica quanto na educação e pesquisa, oferecendo insights valiosos sobre doenças, tratamentos e suas implicações (Greenhalgh, T., 1997).

Portanto, a análise clínica exerce diferentes informações de um paciente em um exame, sendo sua correta análise crucial para um bom direcionamento do paciente acometido por uma doença. Sendo assim, faz-se necessário a análise/revisão de casos clínicos.

CASO CLÍNICO DE PANCREATITE BILIAR AGUDA

Renata, 40 anos, feminina, branca, dona de casa, procurou atendimento no serviço de emergência com queixa de uma dor abdominal que começou depois de retornar para casa de uma festa na casa de uma amiga, onde consumiu pizza e algumas cervejas. A dor é constante, localizada na parte superior do abdome e irradia-se para as costas. Cerca de 3 horas após o início da dor, a paciente vomitou uma grande quantidade de alimento não digerido, no entanto, a êmese não aliviou a dor. Não possui antecedentes clínicos notáveis; ela relata o consumo de bebida alcoólica apenas nos finais de semana em quantidade moderada.

Fonte: Elaborado pelos autores

Pancreatite biliar aguda é uma inflamação do pâncreas que ocorre devido à obstrução do ducto biliar principal, geralmente por cálculos biliares, levando ao refluxo de sucos pancreáticos e biliares, resultando em inflamação do pâncreas (Banks et al., 2013).

A causa mais comum da pancreatite biliar aguda é a migração de cálculos biliares da vesícula biliar para o ducto biliar comum, onde podem causar uma obstrução. Isso leva ao refluxo de sucos pancreáticos e biliares, resultando em inflamação do pâncreas.

Os sintomas da pancreatite biliar aguda incluem: Dor abdominal intensa e repentina, frequentemente localizada no quadrante superior direito ou no epigástrio, que pode irradiar para as costas. Náuseas e vômitos. Icterícia (amarelamento da pele e dos olhos), se houver obstrução significativa do ducto biliar. Febre e taquicardia, indicando uma possível infecção ou resposta inflamatória grave.

O diagnóstico é feito com base na história clínica, exame físico e exames laboratoriais e de imagem: Exames laboratoriais: Elevação de enzimas pancreáticas, como a amilase e lipase, bem como elevações das enzimas hepáticas e bilirrubina, sugerem obstrução biliar. Exames de imagem: Ultrassonografia abdominal, tomografia computadorizada (TC) e colangiopancreatografia por ressonância magnética (CPRM) podem identificar cálculos biliares, inflamação e complicações associadas.

O tratamento da pancreatite biliar aguda envolve várias abordagens: Suporte inicial: Inclui jejum, hidratação intravenosa, manejo da dor e correção de desequilíbrios eletrolíticos. Remoção da obstrução: Em muitos casos, a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) é realizada para remover os cálculos biliares do ducto biliar comum. Cirurgia: A colecistectomia (remoção da vesícula biliar) é frequentemente recomendada após a resolução do episódio agudo para prevenir recorrências. Antibióticos: Podem ser necessários se houver sinais de infecção.

Sem tratamento adequado, a pancreatite biliar aguda pode levar a várias complicações graves, como: Necrose pancreática. Formação de pseudocistos pancreáticos. Infecção pancreática. Insuficiência orgânica múltipla.

A prevenção da pancreatite biliar aguda envolve a gestão dos fatores de risco, como a prevenção e o tratamento dos cálculos biliares. A colecistectomia profilática pode ser indicada em pacientes com cálculos biliares assintomáticos, dependendo da avaliação do risco-benefício.

O prognóstico depende da gravidade da pancreatite e da rapidez do tratamento. A maioria dos casos de pancreatite biliar aguda tem um bom prognóstico com tratamento adequado, mas casos graves podem levar a complicações significativas e requerer cuidados intensivos.

Em resumo, a pancreatite biliar aguda é uma condição potencialmente grave causada principalmente por cálculos biliares, exigindo um diagnóstico rápido e tratamento adequado para evitar complicações sérias.

MARCADORES

A amilase sérica é uma enzima produzida principalmente pelo pâncreas e pelas glândulas salivares, responsável pela digestão de carboidratos, como o amido, transformandoos em açúcares menores. Sua presença e atividade no sangue são frequentemente medidas para ajudar no diagnóstico de condições relacionadas ao pâncreas, como a pancreatite aguda ou crônica.

Níveis elevados de amilase sérica podem indicar uma inflamação ou dano ao pâncreas, enquanto níveis baixos podem sugerir danos a longo prazo ou disfunção do tecido pancreático. Além das doenças pancreáticas, alterações nos níveis de amilase sérica podem ser observadas em outras condições médicas, como infecções das glândulas salivares, insuficiência renal e algumas doenças gastrointestinais.

O teste de amilase sérica é uma ferramenta útil em conjunto com outros exames clínicos e laboratoriais para fornecer uma imagem mais completa da saúde do paciente e guiar as decisões médicas apropriadas.

Sendo assim, Níveis elevados de amilase sérica são frequentemente observados em pacientes com pancreatite aguda, onde a amilase pode aumentar dentro de horas após o início da inflamação e atingir picos em 24 a 48 horas (Yadav & Lowenfels, 2013).

As enzimas hepáticas, incluindo alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST), fosfatase alcalina (ALP) e gama-glutamiltransferase (GGT), são marcadores essenciais para o diagnóstico e monitoramento de doenças hepáticas, permitindo a detecção precoce de danos ao fígado” (McGill, 2016).

As enzimas hepáticas são proteínas produzidas pelo fígado que desempenham papéis cruciais em várias funções metabólicas e de detoxificação. Entre as principais enzimas hepáticas estão a alanina aminotransferase (ALT), a aspartato aminotransferase (AST), a fosfatase alcalina (ALP) e a gama-glutamiltransferase (GGT).

Alanina aminotransferase (ALT): Principalmente encontrada no fígado, a ALT é uma enzima envolvida no metabolismo dos aminoácidos. Níveis elevados de ALT no sangue são um indicador sensível de danos ao fígado, frequentemente associados a condições como hepatite viral, doença hepática alcoólica e uso de medicamentos hepatotóxicos.

Aspartato aminotransferase (AST): Embora presente em vários tecidos, como coração e músculos, a AST também é um marcador importante de lesão hepática. Elevações de AST podem ocorrer em hepatopatias, bem como em infarto do miocárdio e doenças musculares.

Fosfatase alcalina (ALP): Esta enzima está presente em vários tecidos, incluindo fígado, ossos e ductos biliares. Níveis aumentados de ALP podem indicar obstrução biliar, doenças ósseas ou outras condições que afetam a produção e excreção de bile.

Gama-glutamiltransferase (GGT): GGT é uma enzima encontrada no fígado e é usada como um marcador para obstrução biliar e consumo excessivo de álcool. Níveis elevados de GGT podem ser observados em doenças hepáticas, colestase e abuso de álcool.

A medição das enzimas hepáticas no sangue é fundamental para o diagnóstico e monitoramento de doenças hepáticas, permitindo a detecção precoce de danos ao fígado e o acompanhamento da eficácia do tratamento.

Porém, apesar de as enzimas hepáticas serem biomarcadores específicos para a região do fígado, podem auxiliar no diagnóstico de doenças em outras regiões, como a pancreatite biliar aguda.

Portanto, as elevações das enzimas hepáticas podem ocorrer na pancreatite aguda devido à inflamação que afeta não apenas o pâncreas, mas também o fígado.

Níveis elevados de bilirrubina total no sangue podem indicar doenças hepáticas, obstrução biliar ou anemias hemolíticas, sendo um marcador crucial na avaliação da função hepática e no diagnóstico de icterícia  (Brenner & Broderick, 2014).

A bilirrubina total é um pigmento amarelo resultante da degradação da hemoglobina em glóbulos vermelhos velhos ou danificados. Ela circula no sangue em duas formas principais: bilirrubina indireta (não conjugada) e bilirrubina direta (conjugada). A bilirrubina indireta é transportada para o fígado, onde é convertida em bilirrubina direta, tornando-se solúvel em água para ser excretada pela bile.

A medição dos níveis de bilirrubina total no sangue é um teste diagnóstico importante para avaliar a função hepática e a presença de doenças hepáticas. Níveis elevados de bilirrubina total podem indicar: Doenças hepáticas: Como hepatite, cirrose e outras condições que comprometem a função hepática. Obstrução biliar: Que impede a excreção de bilirrubina conjugada. Anemias hemolíticas: Onde há destruição acelerada de glóbulos vermelhos, aumentando a produção de bilirrubina.

Sintomas associados a níveis elevados de bilirrubina incluem icterícia, que é o amarelamento da pele e dos olhos, um sinal clínico visível de hiperbilirrubinemia.

A avaliação dos níveis de bilirrubina total é frequentemente acompanhada por testes de bilirrubina direta e indireta para diferenciar as possíveis causas do aumento. Este exame é uma ferramenta essencial na investigação de icterícia e no monitoramento de doenças hepáticas crônicas.

A glicose é um açúcar simples, também conhecido como dextrose, essencial para o metabolismo energético das células . A glicose é a principal fonte de energia do corpo humano, regulada pelo hormônio insulina e essencial para o metabolismo celular” (Gropper & Smith, 2013).  A regulação dos níveis de glicose no sangue é crucial para o funcionamento adequado do organismo.

A glicose circula no sangue e é transportada para as células através da ação da insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas. Dentro das células, a glicose é utilizada para produzir energia ou armazenada na forma de glicogênio no fígado e músculos para uso futuro. Quando os níveis de glicose estão elevados no sangue, o pâncreas libera insulina para promover a captação e o armazenamento da glicose; quando estão baixos, o glucagon é liberado para estimular a liberação de glicose do fígado.

A medida dos níveis de glicose no sangue é fundamental no diagnóstico e monitoramento de condições como diabetes mellitus, onde há uma falha na regulação da glicose. Valores anormais de glicose podem indicar hiperglicemia (níveis elevados) ou hipoglicemia (níveis baixos), ambos exigindo intervenção médica para evitar complicações.

O teste de glicose no sangue é comum em exames laboratoriais e pode ser realizado de várias maneiras, incluindo o teste de glicemia em jejum e o teste de tolerância à glicose. Esses testes ajudam a diagnosticar diabetes, avaliar o controle glicêmico e ajustar o tratamento conforme necessário.

Em resumo, a glicose desempenha um papel central no metabolismo energético do corpo humano, sendo vital para o funcionamento celular e regulada cuidadosamente para manter a saúde e o bem-estar.

CASO CLÍNICO DE INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO (IAM)

Um paciente, com cinquenta anos de idade, previamente assintomático e sem comorbidades, procurou serviço de pronto atendimento, pois apresentou quadro súbito de dor torácica havia um dia, na forma de pontada na base do hemitórax direito, associada à tosse seca e dispneia. Foram feitos exames laboratoriais, cujos resultados mostraram:

Fonte: Elaborado pelos autores

O infarto agudo do miocárdio é uma condição grave que resulta da obstrução súbita de uma artéria coronária, levando a danos irreversíveis no músculo cardíaco (Thygesen et al., 2012). Isso resulta em danos ao tecido cardíaco devido à falta de oxigênio e nutrientes.

Durante um infarto agudo do miocárdio, os sintomas incluem dor intensa no peito que pode irradiar para o braço esquerdo, mandíbula ou costas, além de falta de ar, sudorese e náuseas. A rápida intervenção é crucial para minimizar o dano cardíaco e salvar vidas.

O diagnóstico geralmente envolve eletrocardiograma (ECG) e exames de sangue para detectar biomarcadores cardíacos, como troponina. O tratamento imediato inclui administração de medicamentos para dissolver coágulos e restaurar o fluxo sanguíneo, além de intervenções como angioplastia coronária com colocação de stent para reabrir a artéria bloqueada.

Complicações possíveis incluem arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca e morte súbita. A prevenção do infarto agudo do miocárdio envolve estilo de vida saudável, controle de fatores de risco como hipertensão, diabetes e colesterol alto, além de medicamentos como aspirina e estatinas, quando indicado.

O prognóstico depende da extensão do dano cardíaco e da prontidão do tratamento. A reabilitação cardíaca após um infarto ajuda na recuperação e na prevenção de futuros eventos.

Em resumo, o infarto agudo do miocárdio é uma emergência médica grave que requer diagnóstico rápido e tratamento imediato para minimizar danos ao coração e melhorar o prognóstico do paciente.

MARCADORES 

A CPK (creatina quinase) e CPK-MB (creatina quinase-MB) são importantes biomarcadores utilizados para diagnosticar danos ao tecido muscular, especialmente ao músculo cardíaco” (AHA/ACC, 2014).

A CPK é uma enzima encontrada em vários tecidos do corpo, incluindo músculo esquelético, cérebro e coração. Quando ocorre lesão ou danos a esses tecidos, a CPK é liberada na corrente sanguínea, resultando em elevação dos níveis séricos. Esta enzima é frequentemente medida em testes laboratoriais para avaliar condições como trauma muscular, miopatias e até mesmo infarto do miocárdio.

A CPK-MB é uma forma específica da creatina quinase encontrada principalmente no músculo cardíaco. Em caso de infarto agudo do miocárdio (ataque cardíaco), a CPK-MB é liberada no sangue devido à lesão das células do músculo cardíaco. A medição dos níveis de CPK-MB, juntamente com outros biomarcadores como a troponina, é fundamental para o diagnóstico precoce de um infarto do miocárdio.

Tanto a CPK total quanto a CPK-MB são essenciais na avaliação de pacientes com suspeita de doença cardíaca aguda. A elevação rápida e significativa dessas enzimas pode indicar lesão cardíaca recente, orientando a equipe médica na escolha do tratamento e monitoramento do paciente.

Em resumo, CPK e CPK-MB são marcadores cruciais usados na prática clínica para diagnosticar e monitorar danos ao tecido muscular, especialmente no contexto de lesões cardíacas agudas como o infarto do miocárdio.

A LDH (lactato desidrogenase) é uma enzima presente em várias células do corpo humano, incluindo músculos, coração, rins, fígado e células vermelhas do sangue. A LDH (lactato desidrogenase) é uma enzima que desempenha um papel crucial na conversão do lactato em piruvato durante o metabolismo anaeróbico, sendo útil como marcador de lesão tecidual e necrose celular” (Bergmeyer & Bergmeyer, 1983).

A medição dos níveis de LDH no sangue é útil como um marcador de lesão tecidual e necrose celular. Elevações nos níveis de LDH podem indicar danos aos tecidos devido a condições como infarto do miocárdio, doença hepática, anemia hemolítica, entre outras. Além disso, a LDH é frequentemente utilizada para monitorar o tratamento e o progresso de certas condições médicas.

O teste de LDH é comumente solicitado em painéis de testes laboratoriais para auxiliar no diagnóstico de várias doenças. A interpretação dos resultados geralmente envolve avaliar a relação entre as diferentes formas da enzima (LDH-1 a LDH-5), pois diferentes tecidos produzem diferentes isoenzimas de LDH, cada uma com uma distribuição específica no corpo.

A LDH também é útil na avaliação do prognóstico de certas condições, como câncer e

doenças hepáticas avançadas. Em alguns casos, a redução dos níveis de LDH pode indicar resposta ao tratamento, enquanto um aumento pode sugerir progressão da doença.

Em resumo, a LDH é uma enzima versátil e importante, cuja medição e interpretação são essenciais para o diagnóstico e monitoramento de uma variedade de condições médicas.

A TGO (aspartato aminotransferase), também conhecida como AST, é uma enzima presente em vários tecidos do corpo humano, incluindo o coração, e é usada como marcador de lesão hepática e muscular” (Burtis & Ashwood, 2001). No contexto cardíaco, a AST é relevante como um marcador de lesão muscular, especialmente do músculo cardíaco, quando há danos como no infarto agudo do miocárdio.

Quando ocorre um ataque cardíaco, as células do músculo cardíaco sofrem necrose e liberam AST na corrente sanguínea. Portanto, níveis elevados de AST no sangue podem indicar danos recentes ao coração. No entanto, é importante observar que a AST também pode ser elevada em outras condições que afetam os músculos esqueléticos ou o fígado.

A medição dos níveis de AST, juntamente com outros biomarcadores como a troponina, é fundamental para o diagnóstico e monitoramento do infarto do miocárdio. Elevações significativas de AST podem ajudar os profissionais de saúde a confirmar a presença e a extensão do dano cardíaco.

A AST é um indicador útil no prognóstico após um infarto do miocárdio, auxiliando na avaliação da resposta ao tratamento e na prevenção de complicações cardíacas.

Em resumo, a AST é uma enzima relevante no contexto cardíaco, sendo utilizada como parte dos testes laboratoriais para avaliar lesões no músculo cardíaco, especialmente em casos de infarto agudo do miocárdio

CASO CLÍNICO DE DOENÇA HEPÁTICA LOCALIZADA NO SISTEMA CANALICULAR

José, sexo masculino, 47 anos, chegou ao hospital se relatando de dor abdominal moderada, além de fraqueza, tontura e prurido. O paciente relatou que apresenta esses sintomas há cerca de 2 anos. Relata ainda, que os sintomas pioraram no último 1 mês quando começou a ficar “amarelado”, além de apresentar náuseas, vômitos, abdome distendido e constipação. Referiu ainda, que 4 dias antes do internamento apresentou febre (picos diários > 38,5ºC), com calafrios e prostração. Quando questionado sobre a cor da urina relatou colúria mas nega alteração nas fezes. Foram feitos exames laboratoriais, cujos resultados mostraram:

Fonte: Elaborado pelos autores

As doenças hepáticas no sistema canalicular, como a colangite esclerosante primária e a cirrose biliar primária, são caracterizadas por inflamação e fibrose nos ductos biliares intrahepáticos, levando a obstrução e disfunção hepática (Lindor et al., 2019).

Podem ser causados pela Colestase Extra-Hepática: Ocorre quando há obstrução fora do fígado, como cálculos biliares ou tumores que bloqueiam o ducto biliar comum. Colestase Intra-Hepática: Resulta de danos ou doenças que afetam diretamente as células do fígado e os ductos biliares dentro do fígado, como cirrose biliar primária, colangite esclerosante primária ou hepatite autoimune. Doenças Genéticas: Incluem distúrbios como a síndrome de Alagille ou a síndrome de Byler, onde há defeitos congênitos nos ductos biliares.

Os sintomas típicos incluem icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos), coceira intensa (prurido), fezes claras e urina escura devido ao acúmulo de bilirrubina. O diagnóstico geralmente envolve exames de sangue para medir enzimas hepáticas e bilirrubina, ultrassonografia abdominal para avaliar o fluxo biliar e, em alguns casos, biópsia hepática.

O tratamento varia dependendo da causa subjacente. Pode incluir a remoção de obstruções biliares, medicamentos para melhorar o fluxo biliar, como ácido ursodesoxicólico, e, em casos avançados, transplante hepático. O manejo também pode envolver dieta e suplementos vitamínicos para compensar a má absorção de nutrientes.

O prognóstico depende da causa e da gravidade da doença hepática. Com tratamento adequado, muitos pacientes com colestase podem ter uma boa qualidade de vida e controle dos sintomas. No entanto, condições avançadas ou não tratadas podem levar a complicações sérias, como insuficiência hepática e cirrose.

Em resumo, as doenças hepáticas que afetam o sistema canalicular representam um grupo diverso de condições que podem comprometer significativamente a função hepática e a saúde geral do paciente, exigindo diagnóstico precoce e manejo especializado para otimizar os resultados clínicos.

MARCADORES

A TGP (alanina aminotransferase) é uma enzima hepática utilizada como biomarcador na avaliação da função hepática e diagnóstico de doenças hepáticas” (Pratt & Kaplan, 2016).

A TGP desempenha um papel crucial no metabolismo dos aminoácidos, catalisando a conversão da alanina em piruvato. Níveis elevados de TGP no sangue frequentemente indicam lesão ou inflamação no fígado, podendo ser causados por condições como hepatite viral, esteatose hepática (fígado gorduroso) não alcoólica, uso de medicamentos hepatotóxicos, entre outras.

O teste de TGP é rotineiramente incluído em painéis de testes laboratoriais para avaliar a função hepática. A interpretação dos níveis de TGP, juntamente com outras enzimas hepáticas e marcadores específicos, ajuda na identificação da causa subjacente de doenças hepáticas e no monitoramento da progressão da doença e resposta ao tratamento.

Níveis elevados de TGP podem indicar dano hepático significativo, mas também podem ser reversíveis com intervenção médica adequada, incluindo mudanças no estilo de vida e medicação. A TGP é um indicador valioso no manejo clínico de pacientes com doenças hepáticas, auxiliando na tomada de decisões terapêuticas e no acompanhamento da recuperação.

Em resumo, a TGP é uma enzima hepática crucial que desempenha um papel fundamental na avaliação da saúde hepática, fornecendo insights importantes para o diagnóstico, monitoramento e tratamento de doenças hepáticas diversas.

A TGO (aspartato aminotransferase), também conhecida como AST, é uma enzima encontrada em vários tecidos do corpo humano, incluindo o fígado e o coração, e é usada como marcador de lesão celular em condições hepáticas e cardíacas” (Burtis & Ashwood, 1999). No contexto clínico, a TGO desempenha um papel crucial como indicador de lesão celular e danos teciduais, especialmente em condições que afetam o coração e o fígado.

A principal função da TGO é catalisar a conversão do aminoácido aspartato e do alfacetoglutarato em glutamato e oxalacetato. Elevações nos níveis de TGO no sangue frequentemente indicam danos celulares, como os causados por lesões musculares, infarto do miocárdio, hepatite viral aguda, cirrose hepática, entre outras condições.

O teste de TGO é comumente solicitado como parte de um painel de testes laboratoriais para avaliar a função hepática e cardíaca. A interpretação dos níveis de TGO, juntamente com outros marcadores bioquímicos, ajuda no diagnóstico diferencial e na avaliação da gravidade e extensão dos danos celulares.

Os níveis elevados de TGO podem ser indicativos de doenças sérias, mas são importantes na monitorização da resposta ao tratamento e na previsão do prognóstico. Em casos de infarto do miocárdio, por exemplo, a TGO pode ser usada para avaliar a extensão do dano cardíaco e a eficácia das intervenções terapêuticas.

Em resumo, a TGO é uma enzima valiosa na prática clínica, fornecendo informações essenciais para o diagnóstico e monitoramento de condições que afetam o fígado, coração e

outros tecidos do corpo humano.

A hiperbilirrubinemia é uma condição caracterizada pelo aumento dos níveis de bilirrubina no sangue, podendo resultar em icterícia e indicar disfunção hepática ou hemolítica (Tisdale & Miller, 2020). A bilirrubina é um pigmento amarelo que se forma quando os glóbulos vermelhos velhos são quebrados no fígado.

Existem várias causas para a hiperbilirrubinemia total. Ela pode ocorrer devido a: Produção aumentada de bilirrubina: Em condições como hemólise (destruição aumentada de glóbulos vermelhos) ou outras doenças que aumentam a produção de bilirrubina. Defeitos na captação ou conjugação da bilirrubina: Como ocorre na síndrome de Gilbert, onde há uma deficiência na enzima responsável por processar a bilirrubina no fígado. Obstrução do fluxo biliar: Como na coledocolitíase (pedras na vesícula biliar) ou câncer de vesícula biliar, impedindo a excreção adequada da bilirrubina.

O diagnóstico de hiperbilirrubinemia total envolve a medição dos níveis de bilirrubina total no sangue, bem como a avaliação dos níveis de bilirrubina direta (conjugada) e indireta (não conjugada) para determinar a causa subjacente. O tratamento depende da causa específica, podendo envolver desde a administração de medicamentos para aumentar a excreção de bilirrubina até procedimentos cirúrgicos para remover obstruções biliares.

Complicações da hiperbilirrubinemia total incluem danos ao cérebro em recém-nascidos (icterícia neonatal) e, em casos graves e prolongados, danos ao fígado e ao sistema nervoso central. O prognóstico varia de acordo com a causa subjacente e a prontidão do tratamento.

Em resumo, a hiperbilirrubinemia total é uma condição clínica comum que requer investigação cuidadosa para determinar a causa e o manejo adequados, visando prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida do paciente.

MÉTODO

O presente estudo compreende uma revisão bibliográfica destinada a descrever os biomarcadores empregados em doenças de elevada incidência e significância epidemiológica. Para alcançar tal propósito, foram consultadas publicações científicas provenientes de diversas fontes, incluindo plataformas reconhecidas como Scielo, Google Acadêmico, Pubmed, bem como repositórios de universidades renomadas. A busca por literatura científica foi conduzida mediante a utilização dos descritores: biomarcadores, diagnóstico e doença, a fim de abranger de forma abrangente e abrangente a base de conhecimento disponível sobre o tema em questão.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Portanto, fica claro a importância no aprimoramento do conhecimento acerca dos biomarcadores, tratando-se de uma das principais ferramentas usadas em possíveis diagnóstico de doenças. Assim, a pesquisa de biomarcadores tem o potencial de revolucionar a prática clínica, oferecendo uma visão mais personalizada da saúde e da doença. Com a identificação e validação de biomarcadores relevantes, podemos avançar em direção a uma medicina de precisão, onde o diagnóstico, tratamento e monitoramento são adaptados às necessidades individuais de cada paciente (JOHNSON CH, 2016).

Assim sendo, a intensificação dos estudos nas áreas bioquímicas são de elevada importância, pois a interseção entre a química e a biologia na pesquisa de biomarcadores tem sido fundamental para a descoberta e validação de novos marcadores de diagnóstico, prognóstico e resposta ao tratamento. A compreensão das interações moleculares subjacentes aos processos biológicos é essencial para identificar biomarcadores robustos e traduzi-los em ferramentas clínicas eficazes (ZHANG, 2012).

CONCLUSÃO

O estudo da importância dos biomarcadores no diagnóstico de doenças revela-se fundamental na prática médica contemporânea. Esses indicadores biológicos oferecem uma janela única para a compreensão das condições de saúde e doença em nível molecular, permitindo uma abordagem mais personalizada e precisa no cuidado do paciente. Através da identificação e análise de biomarcadores específicos, os profissionais de saúde podem diagnosticar doenças mais precocemente, estratificar o risco de progressão da doença, monitorar a eficácia do tratamento e prever desfechos clínicos. Além disso, os biomarcadores desempenham um papel crucial no desenvolvimento e teste de novas terapias, possibilitando a descoberta de tratamentos mais eficazes e direcionados. Ao considerar a vasta gama de biomarcadores disponíveis, desde marcadores genéticos e proteicos até marcadores metabólicos e de imagem, torna-se evidente o potencial transformador desses indicadores na prática clínica. No entanto, é crucial destacar a necessidade contínua de pesquisa e desenvolvimento para validar e aprimorar a precisão e utilidade dos biomarcadores em diversas condições de saúde. Em suma, o estudo dos biomarcadores no diagnóstico de doenças representa uma ferramenta valiosa e em constante evolução, com o potencial de melhorar significativamente o diagnóstico precoce, tratamento personalizado e prognóstico de pacientes, contribuindo assim para uma saúde global mais eficaz e abrangente.

REFERÊNCIAS  
  1. Hulka, B. S.; Cancer Epidemiol. Biomarkers Prev. 1991, 1, 13
  2. Group Biomarkers Definitions Working; Clin. Pharmacol. Ther. 2001, 69, 89. [Crossref].
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1 Acadêmico em Medicina
Universidade Castelo Branco (UCB)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil E-mail: patricknunesbdz@gmail.com

2 Acadêmico em Medicina
Universidade Castelo Branco (UCB)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil E-mail: ingridgol@me.com

3 Acadêmico em Medicina
Universidade Castelo Branco (UCB)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil E-mail: dr.luanmoreira@outlook.com

4 Acadêmico em Medicina
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Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil E-mail: Diogo.m.t.pereira@gmail.com

5 Acadêmico em Medicina
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Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil E-mail: daniela210172@gmail.com

6 Acadêmico em Medicina
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Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil E-mail: tra19rj@yahoo.com.br

7 Acadêmico em Medicina
Universidade Castelo Branco (UCB)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil E-mail: Alice.med.saude@gmail.com

8 Acadêmico em Medicina
Universidade Castelo Branco (UCB)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil E-mail: Marcosdeaz89@yahoo.com 

9 Acadêmico em Medicina
Universidade Castelo Branco (UCB)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil E-mail: felipebarreto.sousa@gmail.com

10 Acadêmico em Medicina
Universidade Castelo Branco (UCB)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil E-mail: yannunesrosario@gmail.com