INVESTIGAÇÃO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NOS SISTEMAS DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS DE FACHADAS EM UMA EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL LOCALIZADA EM VITÓRIA/ES

INVESTIGATION OF PATHOLOGICAL MANIFESTATIONS IN CERAMIC FACADE COATING SYSTEMS IN A RESIDENTIAL BUILDING LOCATED IN VITÓRIA/ES

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202408161426


Núbia Helena Lamberti Roldi1
Kaio Oliveira Nunes1
Luiz Daniel Miranda de Oliveira2


Resumo 

Os sistemas de revestimentos cerâmicos de fachadas das edificações estão sujeitas aos desgastes naturais ocasionados pela exposição das características físico-químicas dos diversos materiais componentes e  principalmente pela agressão do meio ambiente, de modo que a presença de erros nas etapas de projeto e de sua execução, a ausência de manutenções, as deficiências nas especificações dos materiais empregados nos revestimentos e os erros no acompanhamento dos procedimentos técnicos vão desencadear o surgimento de manifestações patológicas nessas estruturas. Diante desse cenário, o objetivo dessa pesquisa é investigar as manifestações patológicas nos sistemas de revestimentos cerâmicos de fachadas em uma edificação residencial multifamiliar, localizado no bairro Santa Lúcia,  município de Vitória/ES, no qual visa identificar os diagnósticos e prognósticos, com base nas causas e nos mecanismos das ocorrências das manifestações patológicas mais decorrentes nessas estruturas, para efetuar o seu tratamento e sanar os danos nos revestimentos cerâmicos em fachadas oriundos da presença das falhas e anomalias que afetam a durabilidade e o desempenho da edificação. Dessa forma, de acordo com vistoria “in loco”, foi identificada, por meio da avaliação sistêmica, a presença de destacamento de placas cerâmicas nos sistemas de revestimentos cerâmicos de fachadas da edificação. Portanto, o presente estudo exploratório e descritivo, baseado em uma pesquisa bibliográfica e estudo de caso, sendo de caráter qualitativo e de natureza aplicada tencionou auxiliar a importância na execução de manutenções e reparos dentro dos prazos e expor as técnicas pertinentes para o tratamento das falhas e anomalias nas fachadas da edificação, a fim de contribuir para a segurança dos usuários e favorecer a estética e a durabilidade de suas estruturas, ao longo da sua vida útil. 

Palavras-chave: Revestimentos Cerâmicos. Fachadas da edificação. Manifestações Patológicas. Tratamento. Desempenho. 

1 INTRODUÇÃO 

As fachadas são áreas que exibem a aparência externa de uma edificação, de modo que descrevem as cores dos seus componentes, as texturas e o trabalho das esquadrias, caracterizam um efeito estético, dividem os ambientes internos e externos e realçam a necessidade do uso de revestimentos, (Franco, 2010), que conforme a NBR 13755 (ABNT, 1996) protegem a edificação contra os efeitos da umidade, ação da chuva, desgastes mecânico da ação das partículas sólidas, do vento e dos agentes atmosféricos. 

Os empregos de revestimentos em fachadas de edificações são pertinentes, visto que é um “conjunto formado por revestimento de argamassa e acabamento decorativo, compatível com a natureza da base, condições de exposição, acabamento final e desempenho, previstos em projeto”. (NBR 13529, ABNT, 1995). 

Segundo Maciel (2007), os sistemas de revestimentos de fachadas prolongam à vida útil dos elementos constituintes das edificações, de maneira a colaborar para a integridade, o conforto, a habitabilidade, a sustentabilidade, o comportamento e o desempenho dessas estruturas. Tal situação é significativa na aplicação de revestimentos cerâmicos em fachadas de edificações, visto que o seu emprego atribui de maneira adequada à aderência a base, a capacidade de acompanhar as deformações da estrutura, de amenizar impactos aos agentes deteriorantes externos, das propriedades e características relacionadas à eficiência, da segurança contra o fogo, da resistência mecânica e da estanqueidade aos gases e a água (Furlin, 2017). 

Para que o revestimento cerâmico de fachadas possa obter o seu desempenho durante toda a sua vida útil, se faz necessário atentar as especificações do projeto, a utilização de técnicas executivas e do emprego de mão de obra qualificada. Em contrapartida, quaisquer falhas oriundas desse prosseguimento desencadearão nas perdas da qualidade da estrutura e, consequentemente, acarretará no surgimento de patologias das construções (Rebelo, 2010). 

As patologias das edificações, segundo Souza e Ripper (1998), embasam-se nas origens, nas formas de manifestação, nos sintomas e nos mecanismos de ocorrências de falhas e degradações das edificações, no qual visa-se constituir os diagnósticos dos problemas das edificações para evitar o surgimento de defeitos e deteriorações nessas estruturas (Helene, 2003).  

Verçosa et al. (2011) destaca que os surgimentos de manifestações patológicas nos sistemas de revestimentos cerâmicos também estão relacionados ao emprego de materiais de baixa qualidade, o déficit no acompanhamento do procedimento técnico de aplicação e da busca pelo aumento de produtividade, em um curto período de tempo e com maiores lucros. 

Vale ressaltar que, com base na investigação das fachadas da edificação no estudo de caso, sendo no bairro Santa Lúcia, cidade de Vitória/ES, é de suma relevância salientar que, segundo a NBR 6118 (ABNT, 2014) classifica esta edificação como Classe III e com agressividade forte, pelo fato de serem localizados próximos aos agentes deteriorantes do ambiente, com clima litorâneo e variações de temperatura que afetam a durabilidade da estrutura com o surgimento de manifestações patológicas. 

De acordo com o surgimento de manifestações patológicas nos sistemas de revestimentos cerâmicos em fachadas de edificações, a pergunta que embasa este estudo refere-se: quais são as medidas aplicáveis para realizar o tratamento das manifestações patológicas nas fachadas, de maneira a impedir os novos surgimentos e/ou as proliferações dessas anomalias deteriorantes nessas estruturas, mantendo o seu desempenho?  

Diante da problemática, o objetivo da pesquisa é investigar as manifestações patológicas nos sistemas de revestimentos cerâmicos de fachadas em uma edificação residencial localizada no bairro Santa Lúcia, na cidade de Vitória/ES, para, consequentemente, identificar os diagnósticos e os prognósticos, com base nas causas e nos mecanismos das ocorrências das manifestações patológicas mais decorrentes nessas estruturas, para efetuar o seu tratamento e sanar os danos nos revestimentos cerâmicos em fachadas oriundo da presença das falhas e anomalias que afetam o desempenho da edificação. 

Em virtude da contribuição das fachadas para as edificações, ressalta-se a adequação no tratamento dos dados da pesquisa, de modo que visa alcançar os resultados na identificação das falhas e anomalias, no estabelecimento dos prognósticos e, principalmente, nos diagnósticos das manifestações patológicas encontradas nos sistemas de revestimentos cerâmicos de fachadas em edificações, a fim de manter o conforto, a segurança dos usuários e o desempenho e a integridade da estrutura.  

É cabível aplicar medidas aplicáveis com manutenções e reparos, dentro do prazo, para evitar gastos excessivos, manter a estética, o comportamento dos elementos construtivos e os sistemas de funcionamento da edificação, com o intuito de mitigar o surgimento e/ou a proliferação de manifestações patológicas nessas estruturas. 

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA 

2.1 REVESTIMENTOS CERÂMICOS EM FACHADAS 

De acordo com a NBR 13755 (ABNT, 1996), a definição de revestimento cerâmico de fachada é um: 

“Conjunto de camadas superpostas e internamente ligadas, constituído pela estrutura suporte, alvenarias, camadas sucessivas de argamassas e revestimento final, cuja função é proteger a edificação da ação da chuva, umidade, agentes atmosféricos, desgaste mecânico oriundo da ação conjunta do vento e partículas sólidas, bem como dar acabamento estético”. (NBR 13755, ABNT, 1996). 

Medeiros e Sabbatini (1999) conceituam que o revestimento cerâmico é um conjunto monolítico de camadas aderidas à base da alvenaria, de modo que compõe de placas cerâmicas assentadas e rejuntadas com argamassa na camada exterior, podendo ser classificados conforme a utilização em pisos ou paredes e em meios externos e internos.  

Já Lima (2014) destaca que o revestimento cerâmico está diretamente ligado ao conjunto formado entre as placas cerâmicas, o rejunte e a argamassa de assentamento, no qual para obter a escolha correta, se faz necessário atentar ao desempenho técnico do revestimento no local a ser aplicado e aos fatores de custo e estético, conforme as especificações da NBR 15520 (ABNT, 2005).  

Os revestimentos cerâmicos são os produtos obtidos a partir da queima do grés em elevadas temperaturas, de modo que o seu emprego se relaciona em conformidade com as características referentes à absorção de água e as resistências química, ao desgaste e as manchas (Ribeiro, 2006). 

Ribeiro (2006) aborda ainda que os revestimentos cerâmicos devem exercer, quanto as suas propriedades, quesitos de aderência, de durabilidade, de capacidade de absorver deformações, de durabilidade e de permeabilidade de água, além de compor as fachadas das edificações conforme o trabalho em conjunto das camadas dos materiais e seus elementos. 

Tal situação é muito significativa em fachadas, visto que, a aplicação dos revestimentos cerâmicos tem o objetivo da vedação vertical junto à alvenaria, no qual propicia o isolamento térmico-acústico, auxilia na estanqueidade da água e do ar na estrutura, visa no acabamento com funções estéticas e de valorização econômica, estabelece proteção contra as agentes que causam deteriorações precoces no sistema, integra a base com a acomodação de movimentações diferenciais entre a estrutura e a alvenaria e promove a impermeabilização, (Furlin, 2017), de modo que favorece para o desempenho da edificação conforme especificações da NBR 15575 (ABNT, 2013). 

Para obter um bom resultado nas obras é cabível evidenciar que as especificações dos materiais estejam corretas a fim de adquirir a qualidade e o desempenho satisfatório nos serviços de execução das camadas dos sistemas de revestimentos cerâmicos de parede, conforme a Figura 01 (Medeiros, 1999).

Medeiros (1999) ressalta ainda que de acordo com  sistema de revestimento, os elementos que compõem o revestimento cerâmico são compostos pela base, pela preparação da base ou chapisco, pelo substrato (emboço e reboco), pela camada de fixação, pelo rejunte e pelas placas cerâmicas.  

2.1.1 Base 

A base é um componente de sustentação dos revestimentos composta pela alvenaria formada por blocos cerâmicos, de concreto ou pelos elementos estruturais, de modo que visa influenciar no desempenho do sistema de acordo com a interferência da aderência da argamassa relacionado com as características da rugosidade e da capacidade de sucção de água (Barros; Sabbatini, 2001). 

2.1.2 Chapisco  

O chapisco é uma etapa de preparação da base, no qual requer uma argamassa com alta resistência mecânica, com o objetivo de tornar a superfície mais homogênea e rugosa à absorção de água, de facilitar a ancoragem do emboço e melhorar a aderência das camadas posteriores à base. (NBR 13281, ABNT, 2005). 

2.1.3 Emboço e Reboco  

O emboço é uma camada de revestimento, no qual deve regularizar a superfície da base após o chapisco e apresentar uma resistência à aderência para suportar uma camada de acabamento aderida sobre ela, que é o reboco. Já o reboco, é uma camada fina de argamassa que pode representar um acabamento final para deixar a textura da parede mais lisa para receber a pintura  (Furlin, 2017). 

2.1.4 Camada de fixação 

A camada de fixação tem o objetivo de propiciar a aderência entre a camada de regulamentação e os componentes cerâmicos conforme o emprego de argamassas colantes, no qual constitui de cimento Portland, agregados, água e aditivos e, de vantagens relacionadas ao menor custo global, a maior produtividade, a menor retração por secagem nas placas cerâmicas e a compatibilização na regulamentação à base (Campante; Baía, 2003). 

2.1.5 Junta de colocação ou Argamassa de rejuntamento  

A argamassa de rejuntamento é constituída de cimento Portland, areia e aditivos, no qual pode modificar as propriedades dos rejuntes e proporcionar a aderência e a adesão ao sistema, evitar a penetração de água, e aumentar tanto a capacidade de absorver deformações quanto a trabalhabilidade da argamassa (Bauer et al., 2015). 

2.1.6 Placas cerâmicas 

A placa cerâmica para revestimento são componentes utilizadas na camada mais externa dos revestimentos cerâmicos de paredes e pisos, de modo que são produzidas a partir de materiais compostos por argilas ou matérias-primas inorgânicas conformadas por meio de prensagem ou de extrusão ou de outros métodos, no qual são sintetizadas por meio do processo térmico (Campante; Baía, 2003). 

Dessa forma, para obter uma melhor compreensão dos revestimentos cerâmicos de fachadas é pertinente caracterizar cada elemento da estrutura, atentar para os quesitos para a escolha e função do sistema, compreender os movimentos de fachada, contemplar os procedimentos executivos na edificação para propiciar em uma correta elaboração de projetos com uma execução desses revestimentos e considerar os agentes de degradação, para evitar o aparecimento de manifestações patológicas nessas estruturas e manter o funcionamento de seus sistemas construtivos (Nascimento, 2017). 

2.2 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NOS SISTEMAS DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS DE FACHADAS  

As fachadas são áreas que tanto exibe as aparências externas de uma edificação quanto estão expostas pelas ações de intempéries, pelas deteriorações, pelos desgastes naturais das estruturas de concreto armado, pela presença de água e umidade, pelo vento, pela poluição e pela insolação, no qual atinge as características físico-químicas dos diversos materiais empregados nas edificações, (Maciel, 2007), de modo que no decorrer do tempo favorece no surgimento de manifestações patológicas nessas fachadas (Helene, 2003). 

Segundo Dardengo (2010), as manifestações patológicas são déficits que ocorrem nas estruturas, de modo que atinge tanto a sua integridade, a sua segurança e o seu comportamento, quanto atinge ao conforto aos usuários devido os mecanismos de degradações que afetam as edificações e diminui o seu desempenho durante o tempo de vida útil.  

A existência das manifestações patológicas em fachadas é bem significativa nos sistemas de revestimentos cerâmicos, visto que, essas anomalias atingem as características estéticas, de isolamento e de proteção da edificação, devido aos agentes de degradação que deteriorizam os componentes dos sistemas desse revestimento (Junior; Barbosa, 2019). 

De acordo com Junior e Barbosa (2019), Campante (2001) destaca que os agentes de degradação, quanto a sua natureza, são classificados como químico (poluição ambiental), biológico (fungos, bactérias), mecânico (ventos e chuvas), térmico (radiação solar) e eletromagnético (luz solar). Diante do exposto, a Tabela 01 evidencia os agentes de deterioração externos mais abundantes nas fachadas das edificações, com base no critério da natureza dos mecanismos de atuação na estrutura. 

Agentes Mecanismo 
Água Mecânico
– Descolamentos por expansão por umidade das placas cerâmicas;
– Penetração de Umidade nas camadas do revestimento cerâmico de fachada;
– Manchamentos nas placas cerâmicas; 
Ventos Mecânico
– Descolamentos pela ocorrência de pressões negativas nas fachadas;
– Penetração de umidade nas camadas de revestimentos cerâmicos de fachadas; 
Luz Solar Mecânico
– Descolamentos por choques térmicos;
– Descolamentos causados por pressão de vapor d’água;

Fotodegradação
– Alterações nos rejuntes/juntas elastoméricas;
– Manchamentos nos rejuntes/juntas elastoméricas; 
Poluentes Mecânico
– Alterações nos rejuntes/juntas elastoméricas;
– Manchamentos nos rejuntes/juntas elastoméricas;

Fotodegradação
– Degradação das camadas do subsistema; 
Fungos Ataques biológicos
– Alterações nos rejuntes/juntas elastoméricas;
– Manchamentos nos rejuntes/juntas elastoméricas; 
Tabela 01: Classificação do agente de deterioração e do seu mecanismo  Fonte: Adaptado de Campante (2001).  

Campante e Baía (2003) evidenciam que, as manifestações patológicas em revestimentos cerâmicos de fachadas podem ser atribuídas pela falta de deficiências nos conhecimentos técnicos das interfaces entre os seus componentes, pelo descumprimento das especificações dos materiais, pelas ausências de juntas de controle, de reforço no substrato e de argamassa de assentamento no verso das placas, pela falta de treinamentos nas etapas de projeto e execução e pelos erros nos valores atribuídos a previsão dos gastos com recuperações. 

Corroborando Campante e Baía (2003), Almeida (2012) ratifica que, as origens das manifestações patológicas nos sistemas de revestimentos cerâmicos de fachadas são decorrentes, principalmente, nas etapas de elaboração do projeto e de sua execução. Já Lima (2014), complementa que a capacidade de acomodação inadequada na fase de endurecimento, a aderência insuficiente e a deficiência da resistência mecânica podem facilitar a proliferação dessas anomalias devido à falta de orientação especifica e a ausência de conhecimentos tecnológicos sobre os materiais empregados nas edificações. 

Desse modo, se faz necessário destacar que os problemas oriundos da fase de projeto são decorrentes da inexistência de um projeto específico que aborda as características e especificações dos revestimentos, as definições das camadas de regularização, o uso de materiais adequados para as características das fachadas, de fixação e de acabamento, os detalhes arquitetônicos, as interações dos revestimentos com outros elementos das edificações e as condições expostas aos agentes deletérios do ambiente, no qual estão sujeitas as estruturas. (Silva et al., 2016). 

Em relação as anomalias surgidas nas etapas de execução dos serviços de revestimento, é notório destacar que ocorrem em detrimento da falta de domínio de técnicas, de treinamento da mão de obra para desempenhar o trabalho, de fiscalização durante os processos construtivos e verificação do emprego do material conforme a sua utilização e a sua função a qual é destinada (Verçosa et al., 2011). 

2.3 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NOS REVESTIMENTOS CERÂMICOS DE FACHADAS  

Carvalho, Picanço e Macedo (2014) abordam que às falhas provindas nas etapas de projeto e de sua execução, desencadeiam o surgimento de manifestações patológicas nos sistemas de revestimentos cerâmicos, de modo que evidenciam a presença de destacamento das placas, a deterioração das juntas, as eflorescências, as manchas e bolores e as fissuras, trincas e gretamentos (Junior; Barbosa, 2019). 

2.3.1 Destacamento das placas 

O destacamento ou descolamento é um processo causado pela perda de aderência da placa cerâmica, no qual gera uma ruptura na interface entre a base e o substrato, de modo que as tensões surgidas ultrapassam a capacidade de aderência das ligações (Silva, 2014). 

Campante (2001) ressalta-se que, as causas mais comuns dos descolamentos das placas são provenientes da instabilidade do suporte, ausência e/ou do uso de chapisco com areia fina, do acabamento inadequado na camada intermediária, da preparação inadequada da base, das variações de temperatura no qual geram tensões de cisalhamento entre a base de assentamento e a argamassa, da infiltração de água, da presença de materiais pulverulentos na superfície de contato, das características das juntas de assentamento e movimentações, da utilização de materiais com prazo de validade vencido e na deformabilidade excessiva da estrutura. 

2.3.2 Deterioração das juntas 

Carvalho, Picanço e Macedo (2014) abordam que às falhas provindas nas etapas de projeto e de sua execução, desencadeiam o surgimento de manifestações patológicas nos sistemas de revestimentos cerâmicos, de modo que evidenciam a presença de destacamento das placas, a deterioração das juntas, as eflorescências, as manchas e bolores e as fissuras, trincas e gretamentos (Junior; Barbosa, 2019). 

Os problemas de deteriorações de juntas estão ligados, diretamente, as argamassas de preenchimento dos rejuntes e de movimentação, de modo que compromete o desempenho dos sistemas de revestimentos cerâmicos de fachadas tanto pelo envelhecimento do material, quanto pela perda de estanqueidade da junta, no qual esses fatores iniciam após a sua execução em função da deterioração da parte do material, da contribuição dos ataques agressivos do ambiente, da prática da limpeza inadequada e das solicitações dos movimentos diferenciais na estrutura (Campante; Baía, 2003). 

2.3.3 Eflorescências 

A eflorescência é um fenômeno provido da movimentação da água, por capilaridade ou pressão, pelos vazios contidos no interior da argamassa, no qual são provocadas pela perda de água de um depósito cristalino que, ao ser exposto ao ar ou pela ação química se solidificam, formando um sal hidratado na superfície da placa cerâmica. Dessa forma, para ocorrer essa anomalia é necessária à ação de três fatores: a presença de água para solubilizá-los, os sais solúveis existentes nos materiais e a pressão hidrostática para que a solução migre para a superfície e apresente um aspecto esbranquiçado. Assim sendo, tal manifestação patológica afeta a estética da fachada e a aderência de revestimentos (Bauer et al., 2015). 

2.3.4 Manchas e Bolores 

O surgimento de manchas e bolores é caracterizado pelo desenvolvimento de fungos e algas na superfície de um material, no qual altera a estética dos sistemas de revestimentos cerâmicos de fachadas, de modo que são provenientes da temperatura e, principalmente, pela presença da umidade. Isto posto, nota-se que o aparecimento dessas manifestações nessas estruturas ocorre na argamassa de rejunte devido ao uso de argamassas com elevada porosidade e sem adição de agentes resistentes a essas anomalias (Chichinelli, 2006). 

2.3.5 Fissuras, Gretamentos e Trincas 

As fissuras, de acordo com a NBR 9575 (ABNT, 2010) são aberturas uniformes que surgem nas superfícies dos componentes, de modo que são provenientes da ruptura parcial de sua massa com dimensões maiores que 0,05 mm e menores que 0,5 mm. Vale ressaltar que, as microfissuras as aberturas são menores que 0,05 mm.  

Os gretamentos, Junior (2019) aborda que são aberturas que variam entre 0,5 mm e 1,0 mm que surgem na superfície da placa cerâmica, no qual gera a ruptura parcial do esmalte de revestimento. Geralmente, o surgimento de gretamentos é originado devido aos problemas de fabricação. 

Já as trincas são rupturas causadas pelas ações dos esforços que acarretam as separações por partes da placa cerâmica, no qual manifestam-se em linhas estreitas com aberturas acima de 1,00 mm (Rhod, 2011).  

A presença de trincas e fissuras nos revestimentos cerâmicos de fachadas vai desencadear a penetração de água advinda de chuva e propiciar infiltrações para o interior da edificação, no qual vai acarretar em deteriorações nos sistemas construtivos da estrutura, diminuindo a aderência desses revestimentos ao substrato (Ceotto et al., 2014). 

Corroborando Ceotto et al. (2014), Junior (2019) aborda que as trincas e fissuras nos revestimentos de fachadas ocorrem devido a retração da argamassa, as dilatações térmicas dos materiais em detrimento de sua exposição, as ausências de detalhes construtivos e a deformação estrutural excessiva, no qual segundo Souza (2016), ocasiona deficiências nos critérios de segurança e durabilidade nas fachadas da edificação, devido a ruptura de seus componentes. 

Os gretamentos ocorrem de forma pontual ou generalizada, desencadeados por variações térmicas sazonais ou higroscópicas (absorção da umidade pela massa porosa) no revestimento de fachada que geram rupturas decorrentes das deformações de baixa amplitude, causando prejuízos à estética da edificação (Junior, 2019). 

2.3.6 Desgaste 

Os desgastes superficiais dos sistemas de revestimentos de fachadas ocorrem de maneira natural, em um período curto que afeta a vida útil da estrutura de acordo com o seu desgaste originado pelo desempenho do material cerâmico, da escolha da placa cerâmica de acordo com o ambiente que estará exposto, da ausência de limpeza e da deficiência nas manutenções periódicas e de reparos da estrutura (Junior, 2019). 

3 METODOLOGIA  

Com base nos procedimentos técnicos da pesquisa, este trabalho é avaliado tanto como um estudo de caso, onde, baseou na obtenção de dados dos fatos da realidade, quanto como pesquisa bibliográfica, no qual fundamentou em monografias, livros e artigos já publicados (Yin, 2010).   

De acordo com os objetivos da pesquisa, o estudo é exploratório e descritivo, de modo que fundamentaram nas observações, nas caracterizações e nas classificações dos problemas encontrados consoante conhecimentos teóricos para identificar os fatos da realidade (Rudio, 2001). 

Em detrimento à natureza do estudo, esta pesquisa é aplicada devido os conhecimentos práticos adquiridos por meio das resoluções dos problemas vivenciados. Conforme à abordagem do problema, a pesquisa é qualitativa oriundo do entendimento dos processos vividos através das investigações presenciadas (Gil, 2017). 

Para o desenvolvimento do trabalho, as coletas dos dados foram obtidas pelas vistorias “in loco” na edificação almejada para o estudo de caso, de modo que foram adquiridas informações sobre o imóvel e realizadas os registros fotográficos das manifestações patológicas em revestimentos cerâmicos de fachadas em um edifício residencial multifamiliar, localizado no bairro Santa Lúcia, Vitória/ES.  

Desse modo, a metodologia da pesquisa baseou-se da seguinte forma:  

No primeiro momento embasou-se no levantamento das informações e das áreas das fachadas da edificação que foi investigada, de modo que os dados foram adquiridos através das vistorias e inspeções realizadas em campo, no qual consistiu-se na caracterização, na classificação e na determinação da extensão das manifestações patológicas nas fachadas da edificação. Vale ressaltar que a vistoria teve, exclusivamente, um caráter visual e superficial. 

No segundo momento realizou-se registros fotográficos das manifestações patológicas mais abundantes aparentes nas estruturas, com o intuito de identificar e classificar as falhas e anomalias encontradas 

No terceiro momento baseou-se nos reconhecimentos das causas, dos sintomas e dos mecanismos de degradações nos revestimentos cerâmicos de fachadas resultantes da presença de manifestações patológicas nas estruturas.  

Tal situação foi significativa para o embasamento da pesquisa, visto que fundamentou tanto pelos registros fotográficos, quanto pelas revisões de literatura, Normas Técnicas, artigos científicos e dissertações sobre a temática. 

No quarto momento compreendeu-se na realização de técnicas de tratamento, para a realização de manutenções preventivas e corretivas nas áreas afetadas das fachadas, a fim de evitar o surgimento e/ou a proliferação de manifestações patológicas para não afetar tanto a integridade e o conforto dos usuários, quanto à segurança e a habitabilidade das estruturas.  

4 ESTUDO DE CASO 

A edificação escolhida para a realização do estudo de caso localiza-se no bairro Santa Lúcia, na cidade de Vitória/ES, próxima à comércios, residências e a avenida movimentada de veículos automobilísticos do bairro.  

A edificação foi construída em 2009, apresenta um padrão construtivo médio alto, é constituído por 15 andares. As fachadas da edificação são constituídas de revestimentos cerâmicos e bate sol da manhã e da tarde.   

Vale frisar, que a cidade de Vitória, localiza-se predominantemente no litoral. A Figura 02, apresenta as distâncias, em quilômetros, do objeto da análise até as faixas de água mais próximas.

Figura 02: Distâncias até as faixas litorâneas mais próximas Fonte: Adaptado de Google Maps (2024) 

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES  

Com base no estudo de caso, constatou-se a presença de desplacamento das placas cerâmicos dos revestimentos de fachadas, conforme as Figuras 03, 04, 05, 06, 07 e 08.

Figuras 03 e 04 – Desplacamento das pastilhas na fachada da edificação 
Fonte: Dos próprios autores
Figuras 05 e 06 – Desplacamento das pastilhas na fachada da edificação
Fonte: Dos próprios autores
Figuras 07 e 08 – Desplacamento das pastilhas na fachada da edificação
Fonte: Dos próprios autores.

Os desplacamentos dos revestimentos cerâmicos são provenientes dos déficits ou da inexistência da aderência oriundo das rupturas ou falhas na interface entre as camadas de revestimentos cerâmicos ou entre o substrato e a base, de modo que a perda da aderência é decorrente quando as tensões geradas ultrapassam a capacidade da aderência das ligações (Barros; Sabbatini, 2001). 

Diante do exposto, o que caracteriza o destacamento das placas cerâmicas é tanto a ocorrência de um som oco na estrutura, detectado por meio do ensaio de percussão com o auxílio de um martelo de borracha, quanto o estufamento da camada de acabamento, o qual o destacamento dessas placas pode ocorrer de maneira imediata ou não, com probabilidade alta de causar acidentes envolvendo os usuários (Nascimento, 2017). 

Com base no Centro Cerâmico do Brasil (2010) as causas prováveis da manifestação patológica em fachadas são provenientes de infiltrações de água, do emprego de argamassa após o tempo excedido do material aberto e exposto ao ambiente, da pressão de aplicação ineficiente, da utilização de ferramentas e técnicas descabidas e da contaminação do tardoz da placa cerâmica por pó ou materiais pulverulentos e/ou contaminantes.  

Bauer et al. (2015) corroboram que os descolamentos e deplacamentos das placas cerâmicas, em porções ou de forma total da alvenaria, estão relacionadas a ausência de chapisco, as argamassas pobres, aos blocos cerâmicos sem porosidade e as camadas muito espessas e ricas em aglomerantes com grandes variações na temperatura, de modo que geram na interface argamassa-base tensões de cisalhamento (Verçosa et al., 2011). 

Tal situação é piorada em virtude da negligência ou imperícia tanto nos processos de elaboração de projetos e fiscalização dos serviços por parte dos engenheiros, quanto da execução dos serviços pela mão de obra por parte dos assentadores; das inexistências no detalhamento construtivo; do emprego da argamassa colante vencida ou inadequada conforme o local a ser aplicado e da instabilidade do suporte decorrente da acomodação da edificação, bem como da ausência de manutenções e reparos (Furlin, 2017).  

Diante desse cenário, é de suma relevância ressaltar a primordialidade de fazer planejar, projetar e executar as atividades inerentes ao emprego de revestimentos cerâmicos em fachadas de edificações, de modo que contemple as informações cabíveis para tratar o aparecimento de manifestação patológica nessas estruturas (Rhod, 2011). 

No que tange aos projetos dos revestimentos, é fundamental adquirir informações referentes as características do produto que facilite na obtenção do melhor resultado no seu desempenho e na sua produção, de modo que deve abordar, segundo Rhod (2011), o número e as espessuras das camadas, o tipo de revestimentos, as técnicas adequadas e recomendadas para a execução, o tipo de argamassa e o padrão de qualidade dos serviços.  

Em relação as execuções dos projetos de revestimentos cerâmicos são cabíveis atentar a uma série de condições que necessitam ser atendidas, com o intuito de adquirir produtividade e qualidade desejáveis nessa etapa construtiva, de modo que  Campante e Baía (2003) destacam:

  1. Preparo do substrato: 

a. Limpeza: a base deve estar limpa e livre de qualquer tipo de material que possa contaminar essa superfície; 
b. Verificação da textura: a textura deve estar áspera de forma mediana, para proporcionar uma adequada aderência para o assentamento das placas cerâmicas;  
c. Verificação da planicidade da superfície: conter uma planicidade com desvios de 3mm no máximo e de 2m em todas direções, medidas com o auxílio da régua; 

  1. Execução da camada de acabamento: realiza-se o acabamento tardio para que o substrato possa estar bem curado; 
  2. Preparo e a aplicação da argamassa colante: deve-se atentar para a quantidade de água na mistura, conforme as especificações do fabricante, além de reparar se pode reutilizar a argamassa que cair no chão, para não contaminar o material. Vale ressaltar, a necessidade de espalhar, primeiramente, a argamassa pelo lado liso da desempenadeira, com excelente estado de conservação e, consequentemente, passar o lado dentado da desempenadeira para formar cordões de alturas entre 2 e 5 mm. É notório destacar que, se altura for superior a 5mm, a base pode estar com mal acabamento ou as placas cerâmicas possam estar muito empenadas; 
  3. Assentamento das placas cerâmicas: 

a. Molhagem da base: empregada em casos com insolação direta baixa umidade do ar, ações dos ventos e elevadas temperaturas; 
b. Molhagem das placas cerâmicas: não molham as placas cerâmicas em casos que se utiliza argamassa colante; 
c. Assentamento da placa cerâmica: a placa cerâmica deve ser inserida com aproximadamente 2cm da posição final para, posteriormente, ser arrastada em movimentos de vai-e-vem. 
d. Galgamento do painel: é a etapa de marcação do posicionamento para assentar as placas cerâmicas em revestimentos modelares 
e. Corte das placas cerâmicas: executar anteriormente a aplicação da argamassa colante; 

  1. Execução das juntas: emprega-se espaçadores plástico, a fim de manter a uniformidade da espessura e das linhas de referências verticais e horizontais. Vale ressaltar que, após 72 horas do assentamento das placas cerâmicas, os rejuntes devem ser começados a aplicar o rejuntamento.  

Assim sendo é pertinente a elaboração de um mapa de danos que visa esquematizar os locais de fachadas afetadas por falhas e anomalias nas fachadas, a contratação de assentadores de qualidade para executar o serviço de forma correta com os materiais específicos e adequados conforme as especificações dos fabricantes, atendendo as diretrizes das Normas Técnicas brasileiras para tratar as não conformidades identificadas, dentro do prazo, evitar gastos elevados e, consequentemente, mitigar a proliferação da manifestação patológica na estrutura.  

Dessa forma, ressalta-se a necessidade de seguir as diretrizes das Normas Técnicas brasileiras, em especial, a NBR 13755 (ABNT, 1996), de modo que visa caracterizar os requisitos pertinentes para a utilização de revestimentos cerâmicos em fachadas de acordo com a absorção de água e as classes de abrasão e a NBR 5674 (ABNT, 2012), no qual aborda as práticas de manutenções em fachadas, para manter o seu comportamento e o desempenho durante toda a vida útil. 

Diante dos fatos supracitados, constata-se que para realizar o tratamento das manifestações patológicas nos sistemas de revestimentos cerâmicos nas fachadas da edificação estudada, se faz pertinente: contratar profissionais capacitados e habilitados para fazer as eventuais intervenções, contemplando a instalação de rede de proteção e demarcação de uma faixa de distância segura em todo perímetro do edifício edificação para evitar eventuais acidentes grafes aos transeuntes da edificação; realizar ensaios não destrutivos e/ou destrutivos nas fachadas da edificação com a confecção de laudo técnico  para levantar e identificar a proporção da ocorrência da anomalia e falha nessas estruturas;  elaborar projeto técnico de fachada; executar os reparos pertinentes em detrimento as Normas Técnicas brasileiras; orientar os responsáveis da edificação sobre a importância de vistorias e manutenções preventivos, visando evitar gastos e principalmente a segurança dos usuários e o desempenho e durabilidade das estruturas da edificação. 

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 

O emprego de revestimentos cerâmicos em fachadas da edificação apresenta um bom desempenho, acompanham as deformações das estruturas sem quaisquer comprometimentos na sua estética, possuem grande durabilidade e dispõem de boas condições de estanqueidade. Em contrapartida, a presença de manifestações patológicas nessas estruturas afeta tanto a durabilidade, a estética e o desempenho dos sistemas e subsistemas da edificação, quanto o conforto dos usuários. 

Diante do exposto, nota-se que as manifestações patológicas nas fachadas podem ter decorridos de erros nas etapas de projeto e/ou de sua execução devido à falta de informações contidas nas Normas Técnicas brasileiras, das deficiências nas especificações dos materiais empregados nos revestimentos e dos erros no acompanhamento dos procedimentos técnicos e/ou principalmente da falta de manutenção e reparos nessas estruturas. 

Tal situação é significativa, visto que a edificação, localizada em Santa Lúcia, Vitória/ES, está exposta as variações de temperaturas sazonais, clima tropical ação de agentes deteriorantes do meio e a ação de intempéries nos revestimentos cerâmicos de fachadas.  

Com base no estudo de caso, nos sistemas de revestimentos cerâmicos de fachadas da edificação foram encontrados abundamente nas estruturas os desplacamentos das placas cerâmicas, de modo que podem gerar sérios problemas a edificação e acidentes graves aos usuários. 

Dessa forma, mediante tal problemática salienta-se a importância de realizar vistorias e inspeções periódicas, aplicar manutenções e reparos adequados, dentro do prazo estipulado pelo plano de manutenção da edificação, diagnosticar as causas das manifestações patológicas da estrutura para, consequentemente, apontar as ações de tratamento, recuperando as falhas e anomalias nos revestimentos das fachadas das edificações, com o intuito de  evitar grandes transtornos e preservar a integridade e a segurança da estrutura e dos usuários, respectivamente. 

No que tange a tratativa dos desplacamentos dos revestimentos cerâmicos nas fachadas da edificações é imprescindível a contratação de profissionais capacitados e habilitados para realizar as intervenções no edifício, devendo delimitar as áreas de segurança para evitar acidentes, realizar ou não ensaios técnicos, elaborar laudos técnicos e projetos de fachadas e executar os serviços pertinentes em conformidades as Normas Técnicas brasileiras, para favorecer a segurança dos usuários e contribuir para o desempenho e durabilidade das fachadas da edificação.  

REFERÊNCIAS 

ALMEIDA, L. L. Patologias em revestimento cerâmico de fachada. Dissertação de PósGraduação em Engenharia Civil. Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais, 2012. 

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro. 2014. 

_______. NBR 15575: Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas — Terminologia. Rio de Janeiro. 2013. 

_______. NBR 13529: Edificações habitacionais – Desempenho. Rio de Janeiro. 2013. 

_______.  NBR 5674: Manutenção de edificações – Requisitos para o sistema de gestão de manutenção. Rio de Janeiro. 2012. 

_______. NBR 9575: Impermeabilização – Seleção e Projeto. Rio de Janeiro. 2010. 

_______. NBR 15520: Desempenho térmico de edificações. Rio de Janeiro. 2005. 

_______. NBR 13281: Argamassa Para Assentamento e Revestimento de Paredes e Tetos. 2005. 

_______. NBR 13755: Revestimentos de paredes externas e fachadas com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante – Procedimento. Rio de Janeiro. 1996. 

BARROS, M. M. S. B.; SABBATINI, F. H. Produção de revestimentos cerâmicos para paredes de vedação em alvenaria: diretrizes básicas. Notas de aula. São Paulo: USP, 2001. Disponível em: <http://pcc2436.pcc.usp.br/Textost%C3%A9 cnicos/revestimentos%20cer%C3%A2%micos/apostila%20revestimentos%20cer%C3%A2mi cos.PDF>. Acesso em: 07 de fevereiro de 2024. 

BAUER, E.; CASTRO, E. K.; SILVA, M. N. B. Estimativa da degradação de fachadas com revestimento cerâmico: Estudo de caso de edifícios de Brasília. Cerâmica 61, p. 151159, 2015. 

CAMPANTE, E. F. Metodologia para diagnóstico, prevenção e recuperação de manifestações patológicas em revestimento cerâmico de fachadas. São Paulo, 2001. Tese de Doutorado, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.  

CAMPANTE, E. F.; BAÍA, L. L. Projeto e execução de revestimento cerâmico. São Paulo: O Nome da Rosa, 2003. 

CARVALHO, I. C; PICANÇO, M. S; MACEDO, A. N. Identificação de patologias em fachadas e metodologia de análise: estudos de casos na Universidade Federal do Pará. REEC – Revista Eletrônica de Engenharia Civil, v.9, n.2, p.38-56, 2014. 

CENTRO CERÂMICO DO BRASIL. Manual de assentamento de revestimentos cerâmicos: pisos internos. 2010 Disponível em: <http://www.ccb.org.br/assentamento/manual_pisint.pdf>. Acesso em: 07 de fevereiro de 2024. 

CEOTTO, L. H.; BANDUK, R. C.; NAKAKURA, E. H. Revestimentos de Argamassas: boas Práticas em projeto, execução e avaliação. Porto Alegre: Prolivros, 2014. 

CHICHINELLI, G. Patologias cerâmicas: por que ocorrem os desplacamentos e trincas em edificações revestidas com cerâmicas as quais recomendações dos especialistas para evitar problemas. In: Revista Téchne: a revista do Engenheiro Civil, n. 116, p. 44-50, nov 2006. 

DARDENGO, C. F. R. Identificação de patologia e proposição de diretrizes de manutenção preventiva em edifícios residenciais multifamiliares da cidade de ViçosaMG. 2010. 175f. Dissertação (Pós-Graduação em Engenharia Civil) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2010. 

FRANCO, S. F. Racionalização construtiva inovação tecnológica e pesquisas. Boletim Técnico. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo São Paulo, 2010. 

FURLIN, Gustavo. Kucher. Estudo das patologias encontradas em revestimentos cerâmicos na Universidade Alto Vale do Rio do Peixe. Monografia do curso de Engenharia Civil. Universidade Alto Vale do Rio do Peixe – UNIARP. Caçador, SC. 2017. 

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 2. reimpr. 6. ed. – São Paulo: Atlas, 2017. 

HELENE, Paulo R. Do Lago. Manual de reparo, proteção e reforço de estruturas de concreto. São Paulo, Red Rehabilitar, 2003. 

JUNIOR, Antonio Armando dos Santos Pontes; BARBOSA, Carla Francielle Marques Nunes. Levantamento de manifestações patológicas em fachadas: Estudo de caso de um conjunto de edificações residências. Monografia apresentada ao curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Amapá, Macapá/AP. 2019. Disponível em: <https://www2.unifap.br/engcivil/files/2020/01/ TCC-FINALIZADO.pdf>. Acesso em: 07 de fevereiro de 2024. 

JUNIOR, José Lois Carballal. Manifestações patológicas em edificações na Região Metropolitana do Recife: levantamento e análise de materiais e métodos de reparo ou reforço estrutural. 2019. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Pernambuco. 

LIMA, A. N.; NEVES, P. H. L. Revestimento cerâmico de fachadas e juntas de movimentação: caracterização e prevenção de patologias. Revista do CEUL de Santarém, Canoas, v.15, n.2, p.4-17, 2014. 

MACIEL, L. L. O projeto na construção de edifícios; aplicação ao caso das empresas de incorporação e construção. São Paulo. 2007. 372p. Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica, Universidade de são Paulo. 

MEDEIROS, J. S. A influência da manutenção na durabilidade dos revestimentos de fachada de edifícios. Workshop sobre durabilidade das construções. São José dos Campos. 1999. 11p.   

MEDEIROS, J. S.; SABBATINI, F. H. Tecnologia e projeto de revestimentos cerâmicos de fachadas de edifícios. São Paulo: USP, 1999. Boletim técnico n. 246. Disponível em: <http://publicacoes.pcc.usp.br/PDF/BT246.pdf>. Acesso em: 07 de fevereiro de 2024. 

NASCIMENTO, Letícia Custódio do. Avaliação quantitativa e catalogação de manifestações patológicas em fachadas de edifícios: estudo de caso. Monografia de projeto final em Estruturas e Construção Civil. Universidade de Brasília.  2017. 

REBELO, C. R. Projeto e execução de revestimento cerâmico – interno. Monografia (Monografia ao Curso de Especialização em Construção Civil) Belo Horizonte: Escola de Engenharia da UFMG, 2010. 

RIBEIRO, F. A. Especificação de juntas de movimentação em revestimentos cerâmicos de fachadas: levantamento do estado da arte. Dissertação de Mestrado – Universidade de São Paulo – Departamento de Engenharia Civil. São Paulo: 158p. 2006. 

RHOD, A.B. Manifestações patológicas em revestimentos cerâmicos: Análise da frequência de ocorrência em áreas internas de edifícios em uso em Porto Alegre. 2011. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Civil) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011. 

RUDIO, F.V. Introdução ao projeto de pesquisa cientifica. 29ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001. 

SILVA, Ataline; ALBUQUERQUE, Guilherme; BELO, Paula; SILVA, Dione. A problemática das manifestações patológicas nas fachadas de edifícios residenciais. In: Seminário de Patologia e Recuperação Estrutural, 2016, Recife. Disponível em: <http://revistas.poli.br/index.php/semipar/article/view/234/19>. Acesso em: 07 de fevereiro de 2024. 

SILVA, M. Z. B. Avaliação quantitativa da degradação e vida útil de revestimentos de fachada – Aplicação ao caso de Brasília/DF. Tese (Doutorado) – Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal, 2014. 

SOUZA, J. S. Evolução da degradação de fachadas – Efeitos dos agentes de degradação e dos elementos constituintes. Dissertação de Mestrado, Universidade Brasília, 2016. 

SOUZA, V. C.; RIPPER, T. Patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: Pini, 1998.  

VERÇOSA, D. K.; ALMEIDA, I. R.; SOUZA, R. H.. Fachadas prediais: considerações sobre o projeto, os materiais, a execução, a utilização, a manutenção e a deterioração. Brasil – RIO DE JANEIRO, RJ. 2011. 6 p.

YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Belo Horizonte. Bookman, 2010.


1Pós-graduada Lato Sensu em Engenharia Diagnóstica: Patologia, Desempenho e Perícias na construção civil, graduada em Engenharia Civil. e-mail: nubialamberti@hotmail.com

1Pós-graduado Lato Sensu em Engenharia Diagnóstica: Patologia, Desempenho e Perícias na construção civil e em Auditoria, Avaliações e Perícias de Engenharia, graduado em Engenharia Civil. e-mail: kaioonunes@hotmail.com

2Pós-graduado Lato Sensu em Auditoria, Avaliações e Perícias de Engenharia e em Engenharia Rodoviária, graduado em Engenharia Civil. e-mail: luizdanielmo@gmail.com