OS BENEFÍCIOS DO ATENDIMENTO NEUROPSICOLÓGICO¹

THE BENEFITS OF NEUROPSYCHOLOGICAL CARE

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202408141855


Luana Massotti de Farias2


“É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática.” (Paulo Freire).

RESUMO 

O presente artigo tem como objetivo ressaltar os benefícios do atendimento neuropsicológico na atualidade, visto que, a Neuropsicologia se apresenta como uma ciência nova no contexto brasileiro, porém vem conquistando um importante espaço. Em seu arcabouço teórico, destaca-se a necessidade de compreender o sujeito em uma visão biopsicossocial, para assim ofertar atendimentos genuínos em saúde. A Neuropsicologia traz como importantes ferramentas a avaliação e a reabilitação neuropsicológica, onde ambos atuam conjuntamente para obter-se o real conhecimento das funções cognitivas com a finalidade de alcançar o funcionamento pleno do organismo do sujeito. Utilizou-se a pesquisa bibliográfica e descritiva em um viés qualitativo, pois possibilitaram a maior apropriação para descrição do tema, fornecendo subsídios necessários para uma compreensão aprofundada da Neuropsicologia. Salienta- se a relevância da pesquisa, por contribuir na apresentação da Neuropsicologia como uma ciência que contempla diversas áreas de formação, ou seja, abre-se espaço para o trabalho multidisciplinar, além de acarretar benefícios tanto no campo da saúde como da educação. 

Palavras-Chave: Neuropsicologia, Saúde, Educação.

ABSTRACT 

This article has the purpose to highlight the benefits of neuropsychological care nowadays, since neuropsychology presents itself as a new science in the Brazilian context, which has been conquering an important space. In its theoretical framework, it is necessary to understand the subject from a biopsychosocial view, in order to offer genuine health care. Neuropsychology brings as important tools the neuropsychological’s assessment and rehabilitation, where they work together to obtain the truthful knowledge of cognitive functions, aiming the achievement of the full functioning of the subject’s organism. The bibliographic and descriptive kinds of research were used in a qualitative bias, since they allowed the greater appropriation to describe the subject, providing the necessary subsidies for an in-depth understanding of neuropsychological science. It is important to emphasize the relevance of the research, as it contributes to the presentation of the area that includes several training fields, opening space for multidisciplinary work, as well as bringing benefits both in health and education.

Keywords: Neuropsychology, Health, Education.

INTRODUÇÃO

Diante da constante evolução das ciências médicas, a Neuropsicologia se apresenta como uma área que está se fortalecendo no contexto brasileiro, e vem conquistando espaço significativo tanto no campo da saúde como na educação. A Neuropsicologia abrange diversas áreas de atuação, destacando-se a Medicina, a Fisioterapia, a Terapia Ocupacional, e a Pedagogia, porém é reconhecida como uma especialização apenas pelo Conselho Federal de Psicologia – CFP através da resolução nº 02/2004, e também pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia – CFF com a resolução nº 489 18/02/2016. 

O atendimento neuropsicológico se apresenta como o diferencial no tratamento de pacientes na área da saúde, e no campo da educação, contribui proporcionando modelos de aprendizagem que condizem com a capacidade cognitiva do sujeito. Salienta-se que o atendimento neuropsicológico é possível abranger todas as faixas etárias e auxilia tanto em pacientes que são expostos a situações que ocasionam a diminuição ou perda da capacidade cognitiva, como em pacientes que já apresentam algum transtorno desde o nascimento.

As ferramentas da Neuropsicologia consistem na avaliação e na reabilitação neuropsicológica. Através da avaliação é possível conhecer o funcionamento cognitivo e assim realizar intervenções relevantes para a reabilitação funcional, garantindo assim a qualidade de vida do indivíduo. 

Face ao exposto, a presente pesquisa teve como objetivo destacar os benefícios do atendimento neuropsicológico, assim como, descrever sobre as principais ferramentas de trabalho do neuropsicólogo, fornecendo subsídios para a efetivação da referida área.

Justifica-se o tema acerca da relevância em tornar a Neuropsicologia uma área de atendimento acessível a todos, visto que, na realidade brasileira, os neuropsicólogos, em sua grande maioria, atuam no âmbito clínico/particular. Reflete-se então sobre a necessidade de o neuropsicólogo ser inserido no atendimento pelo Sistema Único de Saúde – SUS. As equipes de saúde do SUS já dispõem de profissionais de diferentes áreas, por entenderem que o indivíduo deve ser atendido em uma visão biopsicossocial, sendo assim, o neuropsicólogo vem para somar nas equipes, e assim proporcionar o atendimento integral, ou seja, acolher de maneira aprofundada, todas as demandas que o sujeito apresentar.

INTRODUÇÃO A NEUROPSICOLOGIA

Braga et. al (2012, p. 219) definem a Neuropsicologia como “uma especialidade da Psicologia que visa à compreensão do funcionamento cerebral e do modo como este se expressa no comportamento, permitindo intervenções para melhorar o funcionamento cognitivo e emocional do indivíduo”.  As autoras ressaltam ainda a importância da área, que apesar de ser nova, encontra-se em crescente evolução. 

No histórico da Neuropsicologia, os estudos tinham como objetivo verificar a localização e diagnóstico das lesões cerebrais. Braga et. al (2012, p. 243) discorrem que:

No entanto, as idéias de Luria (1973), sobre a existência da interação cérebro-comportamento e o advento e posterior aprimoramento das técnicas de neuroimagem, ajudaram a mudar o eixo das investigações em Neuropsicologia. A avaliação passou a focar não apenas na localização da lesão, mas a se preocupar, também, com o abalo biopsicossocial na vida das pessoas.

Sendo assim, a Neuropsicologia aprofundou seus objetivos, e teve como resultado a extensão de seus fundamentos para outras áreas de atuação.

Pensando no contexto brasileiro, a Neuropsicologia teve seu reconhecimento pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) no ano de 2004 – Resolução nº. 02/2004, onde define como uma especialidade da Psicologia que:

Atua no diagnóstico, no acompanhamento, no tratamento e na pesquisa da cognição, das emoções, da personalidade e do comportamento sob o enfoque da relação entre estes aspectos e o funcionamento cerebral. […] Utiliza instrumentos especificamente padronizados para avaliação das funções neuropsicológicas envolvendo principalmente habilidades de atenção, percepção, linguagem, raciocínio, abstração, memória, aprendizagem, habilidades acadêmicas, processamento da informação, visuoconstrução, afeto, funções motoras e executivas.

Com o constante crescimento da Neuropsicologia, bem como o reconhecimento pelo Conselho Federal de Psicologia, a tendência é a ampliação do seu campo de atuação, sendo necessário à inclusão do neuropsicólogo nas equipes multiprofissionais que atuam no contexto clínico, na saúde e na educação. 

Malloy-Diniz (2008) salienta que o exame neuropsicológico é uma ferramenta para direcionar o diagnóstico no contexto clínico, podendo assim quantificar e qualificar o funcionamento do cérebro. A atuação do neuropsicólogo abrange tanto o ramo da avaliação como a reabilitação do paciente. A inserção do neuropsicólogo nas equipes multiprofissionais se apresenta como uma importante ferramenta para proporcionar o atendimento global ao indivíduo. 

O QUE É AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA

Rocca et al. (2016) discorrem sobre a avaliação neuropsicológica:

Pode ser um elemento diferencial quando integrado ao trabalho de equipe multidisciplinar, no qual o neuropsicólogo relata as habilidades cognitivas e características emocionais do paciente. Com base em suas considerações, ele sugere possibilidades de manejos clínicos, que se estendem para os demais profissionais, de modo a programar as adaptações do indivíduo no meio no qual está inserido.

Por meio da avaliação, o paciente poderá conhecer e compreender melhor como suas dificuldades o afetam dentro da sua rotina. A partir do momento que o paciente tem o conhecimento genuíno da sua dificuldade, é possível que tanto o neuropsicólogo como os demais membros da equipe, possam intervir de modo a auxiliar o indivíduo a adquirir formas novas e funcionais para atingir seu pleno desenvolvimento. 

Rocca et al. (2016), salientam que a avaliação neuropsicológica é um instrumento que auxilia no diagnóstico, em situações de planejamento cirúrgico e na programação da reabilitação cognitiva. As autoras ressaltam que essa ferramenta pode ser aplicada a indivíduos acometidos por doenças que interferem no funcionamento do Sistema Nervoso Central (SNC), bem como aqueles com recursos cognitivos insuficientes para as atividades de vida diária (AVD), com desempenho acadêmico ou profissional prejudicado, ou ainda com comportamentos e padrão de funcionamento considerado fora do padrão de desenvolvimento típico.

Braga et al. (2012, p. 237) refletem sobre os instrumentos de avaliação neuropsicológica no contexto brasileiro: “No Brasil, há, ainda, um problema que é a escassez de instrumentos padronizados para a nossa população”. Sendo assim, a avaliação baseia-se na análise do paciente em relação ao próprio desempenho, ou em estudos realizados no país com amostras com características similares às do paciente. 

A avaliação neuropsicológica sendo incorporada como pré-requisito para o tratamento de pacientes em reabilitação acarreta benefícios tanto para a equipe multiprofissional que poderá orientar e intervir com o indivíduo no sentido de treinar e desenvolver as habilidades de forma mais assertiva, e para o paciente é uma ferramenta motivadora para uma melhor adesão ao tratamento.

AS ETAPAS DA AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA 

Ao iniciar o processo de avaliação neuropsicológica, cabe ao neuropsicólogo realizar a escolha dos instrumentais necessários. Braga et al. (2012, p. 237) informam: “as avaliações analisam quantitativamente e qualitativamente as funções do indivíduo. Por isso, sempre é importante avaliar todas as funções cognitivas independentemente do tipo de patologia ou do contexto da aplicação”.  É preciso levar em consideração as particularidades de cada caso e da patologia e estar em consonância com o propósito da avaliação. Considerando todo esse enredo é possível concluir essa etapa avaliativa com maior efetividade.

Braga et al. (2012) afirmam que a avaliação neuropsicológica compreende cinco etapas: entrevista, aplicação de atividades e testes, análise dos dados, elaboração de relatório e sessão devolutiva. 

Como em todo atendimento onde é necessário obter informações diversas sobre a vida do indivíduo bem como a saúde, considerando a esfera física, psicológica e social, a avaliação neuropsicológica tem como premissa inicial o levantamento dos dados por meio de entrevista. Braga et al. (2012, p. 221) destacam que a entrevista consiste na investigação dos seguintes itens:

Dados pregressos da vida do paciente, quando e como se instalou a doença, se houve progressão, se ocorreram fatos importantes na vida do paciente na mesma época do aparecimento da doença, doenças existentes e pré-existentes, uso de substâncias, antecedentes familiares, uso de medicação e rotina diária, capacidade funcional na vida diária e nível de dependência.  

As autoras ressaltam ainda que no atendimento a pacientes infantis, a entrevista também abarca a coleta de dados sobre gestação e parto, sobre o desenvolvimento neuropsicomotor e a rotina, bem como, os comportamentos apresentados no ambiente familiar e escolar. A entrevista se apresenta como um importante passo onde se é possível formular hipóteses sobre o caso.

Cabe ressaltar que a entrevista, não precisa necessariamente durar apenas um encontro, e os dados podem ser coletados com o paciente, bem como demais indivíduos que fazem parte do cotidiano do mesmo. Após finalizar essa etapa, o neuropsicólogo tem maiores informações para planejar as demais etapas da avaliação neuropsicológica,

A utilização de testes e atividades são ferramentas eficazes para o chamado rastreio cognitivo. “O rastreamento cognitivo é o meio pelo qual é possível observar, de forma rápida, as principais funções cognitivas”. (Braga et al. 2012, p. 221). Nessa etapa são avaliados os seguintes processos: atenção, memória, inteligência, linguagem, raciocínio, praxias, visuoconstrução, e o funcionamento motor e executivo. Esse é um importante momento da avaliação, pois possibilita visualizar as funções que estão preservadas e prejudicadas. 

O neuropsicólogo responsável pela avaliação deve ter como característica a atenção e a sensibilidade ao desempenhar os testes e atividades com o paciente. Braga et al. (2012) afirmam que quando há um comprometimento na função, este deverá persistir em todas as sessões. Vale ressaltar também que diversos fatores podem influenciar o desempenho do sujeito, tais como o estresse, o nervosismo, e o cansaço.

Na avaliação neuropsicológica não é possível quantificar de maneira precisa o número de sessões, pois muito dependerá também das condições apresentadas pelos pacientes no desenvolvimento das atividades. Somente após obter respostas concretas acerca do funcionamento cognitivo e emocional do paciente, é possível finalizar a etapa de testes e atividades avaliativas. Com isso, o neuropsicólogo possui o embasamento para que seja realizada de maneira assertiva a análise dos dados e o relatório. 

Braga et al. (2012, p. 222) salientam que com o término da avaliação “é realizada uma sessão devolutiva com o paciente e/ou seus familiares e, nesta ocasião, os resultados são apresentados e são sugeridas medidas terapêuticas”. As autoras ressaltam que neste momento final, deve-se também preconizar intervenções de orientação de atividades que auxiliam o cotidiano do paciente facilitando a sua adaptação e posterior tratamento de reabilitação. 

ASPECTOS GERAIS DA REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA

Ao pensar no serviço de reabilitação de pacientes, ofertar atendimento em equipe multiprofissional torna-se uma importante ferramenta para abordar as diversas demandas que o paciente pode vir a apresentar. Gomez (2012) afirma que as equipes de reabilitação podem atuar em três formas de atendimento: multidisciplinar – profissionais com intervenções paralelas, mas não necessariamente em estreita colaboração; interdisciplinar – profissionais com abordagem integradora com um único conjunto de objetivos acordados; transdiciplinar – intervenções que vão além dos limites tradicionais entre as disciplinas. O autor reforça a ideia de que a equipe tenha uma real compreensão dos valores da abordagem de reabilitação que praticam, pois só assim é possível alcançar o funcionamento genuíno.

Wilson apud Gomez (2012, p. 330) destaca alguns aspectos relevantes para o planejamento de um programa de reabilitação:

Definir o comportamento alvo a ser modificado;
Determinar os objetivos alvo do tratamento;
Mensurar ou obter a linha base para as avaliações iniciais;
Considerar motivadores e reforços;
Planejar o tratamento;
Iniciar o tratamento;
Monitorar o progresso;
Mudar o tratamento se necessário;
Planejar a generalização;

O autor ressalta que o tratamento em reabilitação deve ser planejado em consonância a problemática relatada pelo paciente e seu familiar, tendo como premissa a melhoria da qualidade de vida, o fortalecimento emocional e o crescimento funcional.

A INSERÇÃO DA NEUROPSICOLOGIA NO CAMPO DA EDUCAÇÃO

O estudo da aprendizagem visa a compreensão do mecanismo para aprender, bem como as dificuldades encontradas na aquisição de novos conhecimentos. Moura (2012) afirma que a psicologia cognitiva e as neurociências aliaram seus conhecimentos científicos com os conhecimentos das ciências da educação objetivando compreender melhor a aprendizagem e o aprendizado em uma visão integral. Sujeitos com dificuldade de aprendizagem, podem ser submetidos a avaliação neuropsicológica que possibilita a elucidação da alteração que ocorre no processo de aprender, e a reabilitação neuropsicológica propicia intervenções específicas e adequadas para cada caso. O autor ressalta ainda que os problemas de aprendizagem não estão apenas restritos no ambiente escolar, pois o processo de aprender é contínuo e fundamental para todos os aspectos da vida.

Sobre a interface das Neurociências com a Educação, Arruda (2015, p. 43) afirma: “É um novo ramo das Neurociências que tem como objetos de estudo a educação e o cérebro, entendido como um órgão social que pode ser modificado pela prática pedagógica e educacional”. O autor ressalta o primeiro grande acontecimento que associou as Neurociências ao campo da educação: os exames de neuroimagem que possibilitaram a análise de quais circuitos e áreas cerebrais são ativados nos processos de leitura, cálculo, atenção e memorização. Com isso, tornou-se mais fácil a identificação de sujeitos com alto risco de dificuldade e assim permitiu-se intervenções precoces e assertivas. Viabilizou-se também maior precisão para diagnosticar e posteriormente intervir ou reabilitar.

A avaliação neuropsicológica é uma ferramenta da Neuropsicologia que irá possibilitar o mapeamento cognitivo das funções cerebrais, identificando as habilidades preservadas e as comprometidas. Rocca et. al (2016) ressaltam que a avaliação neuropsicológica das funções de atenção e memória são o ponto de partida para o estudo da aquisição da aprendizagem. Os autores destacam também a necessidade de durante o processo avaliativo incluir o estudo dos fatores emocionais associados à dificuldade do sujeito em aprender, pois tal fator contribui para compreender o quadro em uma visão completa.

Moura (2012) informa que a reabilitação neuropsicológica contempla intervenções de estimulação cognitiva para o tratamento de problemas de aprendizagem, porém a reabilitação pode contemplar objetivos ainda maiores, contribuindo na formação de uma identidade nova ao sujeito e buscando estratégias que facilitarão sua aprendizagem e desempenho nas atividades de vida de um modo geral. 

Arruda (2015) ressalta a relevância da Neuropsicologia no campo da educação, por abranger ações de prevenção e estimulação, ou seja, identifica e reabilita as dificuldades de aprendizagem em seu contexto geral. Todo esse processo permite compreender o sujeito em sua particularidade, resultando impactos positivos no desenvolvimento de habilidades sociais e acadêmicas e regulação emocional. 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Neuropsicologia tem como seu objeto de estudo a relação entre as funções do cérebro e o comportamento humano. Sendo assim, seu arcabouço teórico e prático traz importantes benefícios nos atendimentos em saúde, principalmente na área da Neurologia e a Psiquiatria, bem como no campo da educação.

Suas ferramentas possibilitam a percepção aprofundada do funcionamento cognitivo do sujeito e como este fator irá influenciar no seu comportamento e em suas vivências. Através da avaliação neuropsicológica é possível identificar o funcionamento real do sujeito, corroborando para a compreensão do quadro, permitindo o diagnóstico diferencial além de ser o primeiro passo para o planejamento de intervenções eficazes que vão de encontro com a necessidade do paciente. A reabilitação neuropsicológica é a continuidade do atendimento, onde é possível estabelecer estratégias para que o indivíduo melhore seu padrão de funcionamento cognitivo acarretando benefícios diretos em seu comportamento e no manejo diante das situações cotidianas

A presente pesquisa teve seus objetivos alcançados, bem como suas hipóteses confirmadas, pois através do levantamento bibliográfico, ressaltou-se a relevante contribuição do atendimento neuropsicológico no contexto atual. Cabe a reflexão sobre a relevância da Neuropsicologia estar à disposição em todas as modalidades de atendimentos (âmbito público e privado), bem como a necessidade de o neuropsicólogo ser considerado profissional essencial nas equipes multidisciplinares. 

O campo de atuação da Neuropsicologia é extenso e abrange diversas áreas, sendo de suma importância a realização de pesquisas de forma constante, objetivando a compreensão genuína, bem como a aplicabilidade da ciência, a fim da melhoria da qualidade de vida do sujeito com déficit cognitivo.

Ressalta-se a importância de o neuropsicólogo assumir uma postura acessível junto às equipes multidisciplinares, contribuindo para que as demais especialidades possam atuar de maneira integrada e em equilíbrio com a necessidade do sujeito. Seja na área da saúde como na área da educação, todo atendimento neuropsicológico deve ser ofertado de forma a visualizar o indivíduo em sua totalidade, considerando todos os seus sistemas de interação e reconhecendo a necessidade de acolher todas as demandas que o caso apresentar.  

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1Artigo Científico apresentado à Faculdade Santo André – FASA, como requisito final para a obtenção do título de Pós-graduação lato-sensu em Neuropsicologia.
2Psicóloga. Acadêmica do curso de Pós-graduação lato-sensu em Neuropsicologia da Faculdade Santo André – FASA.