DIFICULDADES ENFRENTADAS PELO ENFERMEIRO NA APLICAÇÃO DO MÉTODO CANGURU EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL(UTIN): REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

DIFFICULTIES FACED BY NURSES IN APPLYING THE KANGAROO METHOD IN NEONATAL INTENSIVE CARE UNITS (NICU): INTEGRATIVE REVIEW OF THE LITERATURE

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th1048110840


Ednúbia Mendonça Foro[1]
Wemerson Leandro dos Santos Meireles [2]
Aline Santana Figueredo [3]
Ivana Mendonça Teixeira [4]
Poliana Vieira de Sousa [5]
Jadna Raquel Monteiro do Nascimento [6]
 Maria Eduarda Fernandes de Araújo [7]
Cardilene Neves Machado [8]
Dalvany Silva Carneiro [9]
   Flávia Holanda de Brito Feitosa [10]
Jéssica Rayanne Vieira Araújo Sousa [11]


Resumo

O Método Canguru (MC) é um tipo de proposta de cuidado neonatal não invasiva e humanizada prestada ao recém-nascido de baixo peso (RNPB). Ela consiste em, após a estabilização inicial, posicionar o recém-nascido (RN) na posição supina, semidespido, entre os seios da mãe/pai, em contato pele a pele, de forma crescente, pela duração que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente. O método canguru (MC) deve estar interligado ao fornecimento de capacitações constantes que fomentem o conhecimento técnico- cientifico à prática de profissionais, de modo que tenham segurança ao aderir esse método. O objetivo desse estudo é analisar as dificuldades enfrentadas por enfermeiros na aplicação do Método

Canguru (MC) em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. O levantamento de dados ocorreu nas seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados em Enfermagem (BDENF). Como principais resultados, conclui-se que as barreiras multifacetadas à prática humanizada incluem a falta de pessoal, a oferta inadequada de espaços físicos apropriados, a relutância dos pais em participar dos cuidados com seus bebês, a sobrecarga profissional e a presença de profissionais de saúde que não adotam as atualizações recomendadas pelas organizações de saúde. Por fim, entende-se que as dificuldades geradas são de natureza e causa diversas e que é importante ter essa compreensão para a análise da temática.

Palavras-chave: Enfermeiro. Método Canguru. Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.

ABSTRACT

The Kangaroo Method (KM) is a type of non-invasive, humanized neonatal care proposal for low birth weight newborns (LBWN). After initial stabilization, it consists of placing the newborn (NB) in the supine position, half-dressed, between the mother’s/father’s breasts, in skin-to-skin contact, increasingly, for as long as they both feel is pleasurable and sufficient. The kangaroo method (KM) must be linked to the provision of constant training that fosters technical-scientific knowledge in the practice of professionals, so that they are confident in adhering to this method. The aim of this study is to analyze the difficulties faced by nurses in applying the Kangaroo Care Method (KMC) in Neonatal Intensive Care Units (NICUs). This is an integrative literature review. The data was collected from the following databases: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Latin American and Caribbean Health Sciences Literature (LILACS), Nursing Database (BDENF). The main results show that the multifaceted barriers to humanized practice include lack of personnel, inadequate provision of appropriate physical spaces, parents’ reluctance to participate in the care of their babies, professional overload and the presence of health professionals who do not adopt the updates recommended by health organizations. Finally, it is understood that the difficulties generated are diverse in nature and cause and that it is important to have this understanding in order to analyze the issue.

Keywords: Nurses. Kangaroo Method. Neonatal Intensive Care Unit.

1 INTRODUÇÃO

O Método Canguru (MC) é um tipo de proposta de cuidado neonatal não invasiva e humanizada prestada ao recém-nascido de baixo peso (RNPB). Ela consiste em, após a estabilização inicial, posicionar o recém-nascido (RN) na posição supina, semidespido, entre os seios da mãe/pai, em contato pele a pele, de forma crescente, pela duração que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente (Vieira et al., 2020). Tendo em vista que o nascimento do RNPB requer cuidados especializados, e de maior complexidade, é comum que seja necessário que permaneça na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e/ou Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Canguru (UCinca) (Brasil, 2018).

A preocupação inicial para que seja possível aplicar tal método, e deste modo, usufruir de seus benefícios e impactos, deve ser voltada para estimular a entrada dos pais nesses locais, estabelecer contato pele a pele com o bebê, de forma gradual e crescente, de maneira segura e agradável para ambos, a fim de que o desenvolvimento e crescimento do RNPB seja aliado ao sucesso da lactação, ao ganho de peso e à participação dos pais no processo de cuidado (Silva et al., 2023). Na primeira etapa de execução do MC é feita uma avaliação desde a estratificação e encaminhamento ao pré-natal da gestação de alto risco, na qual avalia-se o risco de a criança nascer com necessidades de cuidados intensivos, assim se estendendo até a internação na Unidade Neonatal (Brasil, 2018).

Tendo em vista que o prematuro e a sua ida à UTIN podem ser concebidos como eventos traumáticos, tanto para a mãe quanto para o bebê, emoções e sentimentos negativos podem aparecer e se tornar aflorados. Não raros casos, sentir insegurança, ansiedade, culpa e estresse materno e familiar é comum, pois as mães se sentem responsáveis pela situação e temem pela saúde de seus RN. O efeito de separação de mãe e filho, nessas condições, pode se tornar tão potencializado que quadros psicopatológicos como transtornos depressivos e ansiosos podem  aparecer (Junior et al., 2021).

Nesse processo indefinido e estressante, os pais devem ser acolhidos e orientados sobre todo o processo saúde-doença, assim como devem conhecer as rotinas e o funcionamento da UTIN. Essa inserção dos pais no cuidado dos filhos é essencial para que haja uma relação de vínculo com a equipe multidisciplinar, o que possibilita maior suporte e esclarecimentos quanto ao desenvolvimento e crescimento do RNPB (Brasil, 2018).

Para que esse processo seja o menos traumático, é importante que os pais tenham livre acesso à UTIN, sejam encorajados e instruídos a tocar o bebê para que, progressivamente, sintam-se confiantes para colocá-lo na posição de canguru e devem entender a importância e o impacto do ato para melhoria do recém-nascido pré-termo (RNPT) e para promoção de vínculo entre eles (Alves et al., 2020).

Na segunda fase do MC o RNPB é elegível à internação na UCINca e é apto a posição canguru mediante critérios de elegibilidade, como a estabilidade clínica, nutrição enteral plena e peso mínimo de 1.250g (SBP, 2017). Estando RNPB dentro desses critérios, o neonato mantém-se sob o contato pele a pele semidespido pelo tempo que for possível e cômodo, com intuito de incentivar o aleitamento materno e a promoção do vínculo (Nietsche et al., 2020). A mãe/pai assume autonomia nos cuidados com o filho, nessa fase, podem ser caracterizados, frentes aos muitos processos existentes, como principais objetivos: incentivar a continuidade do aleitamento materno, sanar as dúvidas em relação a evolução e estado atual da saúde do RN e realizar MC (Brasil, 2019).

Na terceira e última etapa, que culmina no término do tratamento e da internação do bebê algumas condições precisam ser obedecidas. Essa satisfação dos critérios de segurança estabelecidos compreende que o RNPT deve ter o peso mínimo de 1.600g, conseguir realizar sucção exclusiva ao peito ou complementar à fórmula e ter ganho de peso adequado nos três dias que antecedem a alta da UCINca (Brasil, 2018).

Além disso, compete ao método também: promover ambiente de internação com mais acolhimento, controlar as condições físico-espaciais quanto a ruídos, luminosidade e temperatura, utilizar medidas não farmacológicas para controle e alívio da dor como o toque terapêutico ou uso de sacarose oral; favorecer o crescimento físico saudável, a efetividade do aleitamento materno e o menor tempo de internação hospitalar (Konstantyner et al., 2022). 

O MC deve estar interligado ao fornecimento de capacitações constantes que fomentem o conhecimento técnico-científico à prática de profissionais, de modo que tenham segurança ao aderir esse método. Outros fatores, entretanto, podem afetar a implementação desse método, como por exemplo, o déficit de profissionais, falta de treinamentos recorrentes para os profissionais, sobrecarga de trabalho, estrutura física inadequada e ambiente inóspito (Alves et al., 2023).

A equipe de enfermagem é um importante alicerce no que refere a contribuição para a eficácia do MC, uma vez que executa os cuidados em saúde de modo individualizado e voltado a auxiliar na promoção das necessidades básicas no que cerne a melhoria e desenvolvimento das condições de saúde do RN. Nesse contexto, o enfermeiro, é o principal gerenciador e possibilitador competente ao criar um ambiente favorável ao atendimento humanizado, fomentando a interação entre mãe/pai, bebê, com a equipe e às rotinas da instituição (Correia et al., 2024).

Deste modo, é primordial que os enfermeiros estejam sempre qualificados sobre a execução desse método, pois terão melhores meios de desenvolver sua prática assistencial voltada a cuidados pautados na qualidade, cientificidade e humanização.

Portanto, a importância  de enfatizar os primeiros cuidados orientados e desenvolvidos de maneira correta e o quanto isso impacta na saúde do bebê e da sua família, foram aspectos determinantes para a escolha dessa temática e sua eventual discussão. Tendo em vista que esse pode ser um momento de tensão, que assusta e que pode ser modificado e melhor desempenhado, busca-se então a humanização na prática. Em síntese, a razão pela qual se escreve é essa: o cuidado do outro, que tem outros. Deste modo, este estudo tem como objetivo analisar as dificuldades enfrentadas por enfermeiros na aplicação do Método Canguru (MC) em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN).

2 METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, método que “proporciona a síntese de conhecimento e a incorporação da aplicabilidade de resultados de estudos significativos na prática” (Silva; Souza; Carvalho, 2010, p. 1). De natureza qualitativa, a revisão integrativa reúne conhecimentos já existentes e disponibilizados nas bases de dados científicos com vista à organização, agrupamento e sintetização destas informações acerca, geralmente, de uma temática mais específica e delimitada. Convém saber, além disso, que a revisão Integrativa integra o conjunto de métodos em pesquisa da Prática Baseada em Evidências (PBE), considerando o seu rigor e acurácia metodológica (Green et al., 2011).

Para o seu desenvolvimento, foram adotados os critérios apresentados por Silva, Souza e Carvalho (2010) que preconiza seis etapas para o desenvolvimento da revisão integrativa, a saber: elaboração da pergunta norteadora; busca na literatura; coleta de dados; análise crítica dos estudos incluídos; discussão dos resultados; e apresentação da revisão integrativa.

Seguindo as etapas para a realização da revisão integrativa, partiu-se para a elaboração da pergunta norteadora: Quais as dificuldades enfrentadas pelo enfermeiro na aplicação do Método Canguru em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN)?

O levantamento de dados ocorreu nas seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados em Enfermagem (BDENF).

Os descritores para busca foram definidos com base nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), a saber: Método Canguru, Enfermagem, Unidade de Tratamentos Intensivos Neonatal (UTIN). Para a realização da busca dos artigos que compõem este estudo, utilizou-se os operadores booleanos AND e OR.

Os artigos incluídos, obedeceram aos seguintes critérios: artigos publicados no período de 2014 a 2024, de acesso livre nas bases de dados, disponíveis na íntegra e que respondessem à pergunta norteadora deste estudo.

Foram excluídos deste estudo todos os publicados em idioma diferente do português, cujo prazo de publicação foi inferior a 2014, que tivessem acesso restrito e que não responderam à pergunta norteadora. A escolha do período de 10 anos se deu em virtude da baixa incidência de trabalhos publicados alinhados à temática a curto tempo.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS

O processo de seleção e busca dos artigos que compõem esta pesquisa pode ser observado na tabela abaixo, que contém os procedimentos necessários para a adoção da pesquisa para esta revisão. Os estudos foram localizados nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Base de Dados em Enfermagem (BDENF). Com a aplicação de filtros relacionados aos critérios metodológicos (idioma: português, tempo: 2014-2024; acesso livre), o número de pesquisas reduziu bastante, sendo adotado ao final 10. A queda deve-se ao fato de que o descritor “método canguru” está presente em inúmeras pesquisas, que não se relacionam, ademais, com o problema que busca ser respondido neste estudo.

Tabela 1: Procedimento de seleção dos estudos

 SCIELOMEDLINELILACSBDENF
Produções  Encontradas7291128550
Produções após aplicação de filtros14175046
Achado duplicado2726
Não aborda a temática/Não responde a pergunta norteadora644235
Não é artigo2143
Total dos artigos selecionados4222

Fonte: Elaborado pelo autor, 2024

Visando a triagem dos estudos, foram excluídos a partir de uma seleção manual, aqueles trabalhos que se encontravam duplicados entre as bases de dados, em língua não vernácula e aqueles indisponíveis de forma gratuita. Ao final do processo de busca e seleção, restaram 10 artigos que foram lidos na íntegra e que satisfizeram os critérios estabelecidos nesse estudo e se relacionaram à temática

Com esse quantitativo, todos os 10 artigos foram submetidos à leitura na íntegra, de modo que os 10 artigos satisfizeram as condições metodológicas estabelecidas e responderam, por consequência, à questão norteadora. O Quadro a seguir concentra os estudos selecionados utilizados.

Quadro 1: Caracterização dos estudos que compuseram a presente revisão integrativa.

AutoresAnoTipo de estudoAmostraTítuloPeriódico
Artigo 1Santana et al.    2024Estudo transversal de abordagem qualitativa.15 enfermeirosDificuldades na adesão ao Método Canguru na ótica do enfermeiro.Revista Eletrônica Acervo Saúde
Artigo 2Silva et al.    2023Estudo transversal de abordagem qualitativa.15 profissionais de enfermagem: 7 enfermeiros e 8 técnicos de enfermagem.Conhecimento e adesão da equipe de enfermagem à posição canguru em uma unidade neonatal.Revista Ciência, Cuidado & Saúde.
Artigo 3Moraes et al.  2023Revisão integrativa7 estudos analisados.A importância do cuidado de enfermagem ao recém-nascido prematuro acolhido no Método CanguruRevista JRG de Estudos Acadêmicos.
Artigo 4Dias et al.  2023Estudo descritivo   exploratório, transversal   com   abordagem   qualitativa.15 profissionais de enfermagem.Método Canguru e equipe de enfermagem: vivências e aplicabilidade em UTIN.Rev. Enferm. Atual In Derme 
Artigo 5Luz et al.    2022Revisão Integrativa.10 estudos analisados.Método Canguru: potencialidades, barreiras e dificuldades nos cuidados humanizados ao recém-nascido na UTIN.Revista Brasileira de Enfermagem (REBEN).
Artigo 6Martins et al.    2021Revisão de Escopo.15 estudos.Cuidado e desenvolvimento do recém-nascido prematuro em unidade de terapia intensiva neonatal:Revista Mineira de. Enfermagem (REME).  
Artigo 7Brito et al.  2020Revisão integrativa.12 estudos.A importância da enfermagem para uma execução efetiva do método canguru.Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento
Artigo 8Ferreira et al.  2019Pesquisa exploratório-descritiva, com abordagem qualitativa.8 enfermeiras.Método Canguru: percepções sobre o conhecimento, potencialidades e barreiras entre enfermeirasRevista Anna Nery.
Artigo 9Silva et al.    2018Estudo transversal de abordagem qualitativa.  8 enfermeiros.Desafios gerenciais para boas práticas do Método Canguru na UTI Neonatal.Revista Brasileira de Enfermagem (REBEN).
Artigo 10Gesteira et al.    2017Estudo exploratório, descritivo, de natureza qualitativa.22 profissionais da equipe multidisciplinar,incluindo enfermeiro.Método Canguru: benefícios e desafios experienciados por profissionais de saúde.Revista de enfermagem da UFMS (REUSFM)  

Fonte: Elaborado pelo autor, 2024

Todos os artigos analisados abordam os benefícios, quanto a função da enfermagem e as dificuldades de aplicação do Método Canguru (MC). Dentre os estudos selecionados, encontrou-se similaridade nos apontamentos, na qual as principais dificuldades de implementar o MC no processo de trabalho do enfermeiro e da equipe multidisciplinar envolvem uma multiplicidade de fatores em comum.

 Quanto ao enfermeiro, equipe de enfermagem e a multidisciplinar, dentre os fatores citados por todos os estudos selecionados (artigo 1 ao artigo 10) fora a insegurança técnica fortalecida por relatos de carência de capacitações e campanhas voltadas ao Método Canguru, aliado a essa carência, os estudos apontam que a sobrecarga de trabalho incitado pelo reduzido número de profissionais no contexto da UTIN como um fator que dificulta ao profissional a possibilidade de destinar tempo e atenção ao incentivo e a facilitar o MC à prática no contexto de trabalho.

Ademais, o Artigo 1 bem como Artigo 6, referem que há também dificuldades em executar o MC em virtude da ausência, indisponibilidade ou relutância dos pais/ ou responsáveis no que refere a execução da prática, fator este relacionado com a insegurança dos mesmos em ter o contato pele a pele pelo preceito de fragilidade do RN. No artigo 1, os autores postulam que Uma das principais dificuldades citadas pelos enfermeiros foi “a falta de disponibilidade dos pais para realizar o MC […]” e a falta de capacitação destinada aos pais para pegar o bebê na posição correta” (Santana et al., 2024, p. 1).

Quanto aos serviços de saúde, são apontados problemas referentes a inadequações na estrutura dos serviços de saúde que segundo Artigo 5, envolve a falta de envolvimento e incentivo à essa prática pelos líderes e gestores em saúde nas unidades gerenciadas. Ademais, é amplamente citado que a carência de recursos físicos e estruturais como a insuficiência de sala em UTI voltadas à promoção do MC (artigo 1), bem como a falta de materiais como o tecido para envolver o RN durante o contato pele a pele (artigo 2).

O próximo quadro contém os estudos organizados quanto aos objetivos, métodos, resultados e conclusão.

Quadro 2: Organização dos estudos quanto a objetivo, método, resultado e conclusão

N° do ArtigoObjetivoMetodologiaResultadosConclusão
Artigo 1Analisar as dificuldades dos enfermeiros na adesão ao Método Canguru na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN)Estudo transversal de abordagem qualitativa – Esse tipo de pesquisa observacional analisa a frequência de uma doença específica em um grupo de pessoas em um momento específico.Os desafios levantados pelas enfermeiras na entrevista demonstram que, do ponto de vista dos pais, a maior barreira para a prática do MC foi a incapacidade de realizá-lo quando realmente necessário. Com relação ao layout físico do prédio, ao pessoal e aos suprimentos, foi mencionado que não há salas de MC suficientes nem especialistas suficientes para atender à demanda..  Os enfermeiros entrevistados para o artigo resumiram os desafios de seguir o MC como sendo causados pela inadequação da rotina, pela política institucional, pela indisponibilidade de determinados profissionais e familiares, pela falta de recursos físicos, pela falta de infraestrutura da unidade de saúde e pela falta de treinamento profissional.
Artigo 2Compreender o conhecimento e adesão dos profissionais de enfermagem à posição canguru e investigar o conhecimento dos profissionais sobre a posição e seus benefícios.Qualitativo e descritivo – fornecem informações adicionais sobre o tema pesquisado, associando-se de forma eficaz a pesquisa exploratóriaDentre os empecilhos abordados tanto pelos enfermeiros, quanto técnicos em enfermagem são citados os aspectos relacionados às dificuldades enfrentadas para executar a técnica para posicionar o RN pelo MC.  Fora relatado, principalmente, a insuficiência e até a carência de recursos materiais, principalmente o tecido para enrolar o RN para execução da técnica de forma segura. Além disso, 80%, correspondente a 12 profissionais, sendo destes 5 enfermeiros, referem a sobrecarga de trabalho devido a um dimensionamento carente do Quantitativo de Pessoal (QP) de enfermagem como um fator que dificulta a aplicação da posição de Canguru. A ausência de treinamento quanto à importância, benefícios, manejo e técnica de MC, na qual os relatos apontam fatores como insegurança, despreparo e desconhecimento sobre a temática.Concluiu-se, segundo o artigo, que os profissionais entrevistados, concordam unanimemente que a promoção da posição de Canguru da autonomia da melhoraria da condição clínica do bebê, sendo reconhecido como essencial para o vínculo afetivo entre o binômio mãe-filho. Entretempo, apesar de alegar-se que o estímulo ao MC promove também a satisfação profissional, fatores como o reduzido tempo hábil de trabalho, falta de treinamentos, escassez de recursos materiais em alguns momentos e a aceitação da prática por alguns poucos profissionais como fatores que impedem a maior aplicação da posição referida.
Artigo 3Identificar as potencialidades, barreiras e dificuldades para a implantação do cuidado humanizado na perspectiva do Método Canguru  Revisão integrativa – um método que proporciona a síntese do conhecimento, incorporação e aplicação dele.  Os resultados apontam artigos que os enfermeiros são os principais profissionais a fomentar estratégias que garantam o cuidado humanizado ao bebê e à mamãe, como exemplo, o incentivo a utilização do MC. O trabalho reintegra ao enfermeiro como um promotor de treinamentos e sensibilizações ao cuidado humanizado voltado ao treinamento da esquipe equipe de saúde que tem como consequências a diminuição das barreiras e melhorado o processo de cuidado na UTIN. Dentre as ações promovidas pelo enfermeiro no contexto do MC, está a simulação da técnica, discussões de estudos de caso, instruções aos pais e na elaboração de protocolos.   Pode-se inferir que os desafios enfrentados pelos enfermeiros estão relacionados à resistência de alguns membros da equipe que consideram o MC complexo e delicado, tempo e recursos humanos suficientes, ambiente de trabalho agitado e barulhento, insegurança técnica, relutância em iniciar o contato pele a pele com recém-nascidos muito pequenos
Artigo 4Identificar as evidências sobre o cuidado desenvolvimento de recém-nascidos prematuros em unidade de terapia intensiva neonatal.Revisão de escopo – um tipo de estudo que busca explorar os principais conceitos do tema em questão, averiguar a dimensão, o alcance e a natureza do estudo.Os estudos no referido trabalho, inferem que a realização de treinamentos para a equipe multiprofissional, principalmente a Enfermeiro, ofereceu benefícios substanciais uma vez que à medida que o conhecimento sobre a prática e os resultados foram disseminados para outros enfermeiros, os demais membros da equipe foram melhor auxiliados e suas dúvidas sanadas de maneira mais abrangente. O compartilhamento de informações pelo enfermeiro gerou na equipe mais confiança técnica e maior adesão à prática do MC. Dentre os problemas relacionados à adesão está a sobrecarga de funções a esse profissional, sendo essencial a prática do MC aos demais membros da equipe de saúde.Em conclusão, as evidências encontradas demonstram que o enfermeiro exerce atuação no que refere o cuidado e desenvolvimento ao RNBPP pelo envolvimento da família, especialmente dos pais, sendo crucial para a efetivação do MC. Faz-se necessário mais capacitação e atualizações regulares são essenciais para garantir um cuidado adequado e diminuir os impactos da prematuridade e baixo peso.
Artigo 5Compreender as condições que influenciam na adesão e aplicação de boas práticas por enfermeiros no contexto do gerenciamento do cuidado de Enfermagem no Método Canguru na UTI Neonatal.Estudo transversal de abordagem qualitativa – Esse tipo de pesquisa observacional analisa a frequência de uma doença específica em um grupo de pessoas em um momento específico.As condições apontadas que influenciam a dinâmica da aplicação da MC são afetadas pelo ambiente intensivo, a rotina, a sobrecarga de trabalho, a escassez de recursos humanos que limita a disponibilidade dos profissionais para estarem presentes e se dedicarem à prática da MC. Em termos de gestão, um dos obstáculos citados foi a falta de envolvimento, supervisão e incentivo por parte dos líderes para que a equipe aderisse ao MC. Além disso, os enfermeiros entrevistados relataram se sentir limitados a praticar o MC devido a restrições médicas, enfrentando críticas e resistências.Finda-se, segundo o artigo evidenciou-se que no contexto hospitalar as dificuldades de aplicar o MC compreendem desafios que envolvem a falta de adesão por parte de membros da equipe de enfermagem e multidisciplinar, que fora apontado como um limitador para a execução do MC.
Artigo 6Identificar os desafios da enfermagem na aplicação do cuidado humanizado e descrever métodos e técnicas para cuidado humanizado e acolhedor na UTIN e esquadrinhar a relevância da implementação do contato pele a pele dos pais com o recém-nascidoEstudo de caráter exploratório, descritivo e de natureza qualitativa.A partir da entrevista com 22 profissionais da saúde atuantes em uma UTIN, fora demonstrado no estudo a partir dos relatos que dentre os fatores associados às dificuldades de implementação do MC está revelou que o medo e a insegurança dos pais e familiares em relação ao contato com o bebê são fatores que dificultam a implementação do Método Canguru. Ademais, fora apontado causas que impactam diretamente as práticas assistenciais como a falta de treinamento da equipe, que evidenciara insegurança e falta de educação permanente a equipe. Bem como a carência de protocolos de normatização para aplicabilidade do MC segundo os preceitos estabelecidos pelo Ministério da Saúde (MS).Conclui-se mediante a apresentação dos relatos, que a problemática associada a dificuldade de aplicar o MC associa-se intrinsecamente à lacuna de protocolos, normas e rotinas que instruam os profissionais a informar, manejar e possibilitar a aplicação da MC, de modo que, a família e o recém-nascido prematuro no contexto da UTIN possam aproveitar os benefícios proporcionados por tal prática a pelo contato pele-a-pele e pelo estímulo ao Aleitamento Materno (AM).        
Artigo 7Identificar as atribuições do enfermeiro diante dos cuidados atribuídos no método canguru descritas em artigos publicados entre os anos de 2015 a 2020.Estudo de caráter exploratório, descritivo e de natureza qualitativa – Esse tipo de pesquisa observacional analisa a frequência de uma doença específica em um grupo de pessoas em um momento específico.Como resultados, as pesquisas apontam que aliar o MC aos cuidados ao RN proporciona um cuidado mais humanizada para esses bebês, vista que oferece conforto ao RN e preserva-o dos efeitos danosos do nascer prematuramente, as medidas protetivas do MC podem ser comparadas como um retorno do RN ao útero materno.Através do estudo foi possível notar a eficiência do MC e seus diversos benefícios, porém ainda apresenta barreiras em sua implementação, gerando a pergunta norteadora de qual o papel do enfermeiro no método canguru. A enfermagem participa ativamente na gerência, nos cuidados de acolhimento, educação, intervenções, estimulação e orientação de modo a promover o contato pele a pele, o desenvolvimento do bebê, o fortalecimento de laços afetivos e promoção do aleitamento materno exclusivo.
Artigo 8Analisar o conhecimento, as potencialidades e as barreiras relacionadas à implantação do Método Canguru, na percepção de enfermeiras que atuam nas unidades materno-infantil de um hospital-escola.Pesquisa exploratório-descritiva, com abordagem qualitativa – Esse tipo de pesquisa observacional analisa a frequência de uma doença específica em um grupo de pessoas em um momento específico.Emergiram três categorias: Barreiras para o desenvolvimento do Método Canguru; Conhecimento sobre o Método Canguru; e Potências do Método Canguru.Os discursos das enfermeiras revelaram conhecimento parcial, ausência de experiência prática e barreiras relacionadas à resistência da equipe e à falta de apoio institucional, embora considerem o método com potenciais benefícios para proporcionar a construção de vínculo e indiquem a educação permanente como estratégia necessária para sua implantação.
Artigo 9Compreender as condições que influenciam a adesão e aplicação de boas práticas por enfermeiros no contexto do gerenciamento do cuidado de Enfermagem no Método Canguru na UTI Neonatal.Estudo de abordagem qualitativa – é aquela que não pode ser medida apenas com números e dados obtidos por meio de um questionárioAs condições intervenientes na adesão às boas práticas de humanização na UTI Neonatal estão relacionadas principalmente aos recursos humanos, interação entre os profissionais, processos de trabalho e estratégias de liderança; e gerenciamento do cuidado.Foram elencados desafios de ordem profissional e institucional que precisam ser atendidos para melhorar adesão e aplicação das boas práticas do Método Canguru.
Artigo 10Conhecer os benefícios e os desafios experienciados por profissionais de  saúde  acerca  do  método  canguru.Pesquisa  exploratória,  descritiva,  de natureza qualitativa – Esse tipo de pesquisa observacional analisa a frequência de uma doença específica em um grupo de pessoas em um momento específico.Emergiram  oito discursos do sujeito coletivo, sendo que quatro sinalizaram os benefícios do método para o recém-nascido e família, os demais apontaram os desafios encontrados na experiência do método.Adequações na estrutura física, aprimoramento de recursos humanos e comprometimento  dos  gestores  são  aspectos-chave  para  a  consolidação  do  Método Canguru. Este estudo poderá contribuir nas reflexões de profissionais de saúde, entre eles, os da enfermagem, visando a melhoria de suas práticas assistenciais.

 Fonte: o autor (2024)

Dentre as implicações demonstradas pela literatura em implementar corretamente o MC durante a atuação do enfermeiro no contexto da UTIN, destacam-se limitações multifatoriais à prática humanizada, por exemplo, a falta de recursos humanos, escassez de espaços físicos adequados, indisponibilidade dos pais no processo de cuidado ao RN, a sobrecarga profissional, assim como a existência de profissionais que se negam a incorporar as atualizações recomendadas pelos órgãos de saúde, questão discutida no artigo 7 dessa amostra e também discutido na literatura, para fins de corroboração científica, por Guedes et al. (2024, p. 2), quando asseveram que “limitações   na   prática humanizada  dos  profissionais  de  enfermagem  no contexto da UTI neonatal… […] falta de  recursos  humanos,  escassez  de  espaços  físicos para  comportar  os  pais  24 horas…” são problemas que ocorrem no espaço laboral.

Acerca da carência de recursos humanos, o artigo 8 e demais estudos demonstram que ainda existem muitas barreiras e desafios enfrentados pelos médicos na unidade de terapia intensiva neonatal ao tentarem prestar um atendimento humanizado.  Embora se reconheça que a ausência de “condições de trabalho humanizadas” limita a capacidade de oferecer aos usuários um atendimento considerado humano pelos profissionais, a análise demonstra que o desgaste não tira o prazer que os trabalhadores têm com seu trabalho, principalmente quando esse prazer vem na forma de elogios por um trabalho bem feito. As preocupações sobre o gerenciamento de recursos humanos são citadas como os principais obstáculos. Devido a um número inadequado de funcionários e a um número excessivo de pacientes, os familiares que acompanham os bebês e os pacientes que estão sendo atendidos são obrigados a ficar em casa. Os desafios que a UTI neonatal enfrenta são notavelmente semelhantes aos enfrentados por outras unidades da rede SUS (Souza; Ferreira, 2010).

Além disso, o Artigo 9 dessa propõe a discussão sobre a condição dos espaços físicos da UTIN. Não raros casos, os hospitais não contém sequer os insumos necessários para o desenvolvimento de atividades corriqueiras, como uma sutura. De ordem institucional e política, esse é um problema grave que afeta sobretudo a realidade dos atendimentos públicos em saúde, dos quais dependem a maioria dos brasileiros, num recorte nacional. A dificuldade das limitações físicas põe em xeque, portanto, o sucesso da aplicação do método, bem como o seu desenvolvimento (Garcia et al., 2012).

Segundo Santana et al. (2024), a partir da entrevista de 15 enfermeiros em uma maternidade do Maranhão sobre as dificuldades enfrentadas pelo enfermeiro, constatou-se que a sobrecarga laboral deste profissional está intrinsecamente associada a uma adesão e aplicação inadequada do MC. Na qual estes profissionais, além de ficarem responsáveis sob a parte administrativa, na parte assistencial ficam responsáveis por até 5 crianças sob seu cuidado, o que foi referido como fator que inviabiliza a adesão ao MC com o tempo e qualidade de vida.

Em concordância com o apresentado pelo autor, Lopes e colaboradores (2021), referem que  no contexto da UTIN, o dimensionamento de pessoal de enfermagem inadequado é um fator que apesar de irregular, é comum, sendo este um potencial empecilho no processo do trabalho do enfermeiro e sua equipe. Além disso, o autor associa que o baixo quantitativo de enfermeiro está associado a resultados neonatais mais insatisfatórios, bem como ao aumento nas taxas de mortalidade dos pacientes.

Um fator intrinsecamente associado à não adesão ou aplicação do MC por enfermeiros e demais membros da equipe multidisciplinar é a insegurança técnica, fortalecida pela ausência ou carência de capacitações, atualizações, treinamentos práticos e protocolos atualizados, conforme citado por todos os estudos selecionados nesta presente revisão (Artigo 1 a Artigo 6).

Conforme resultados da pesquisa de Silva et al.(artigo 2), no que refere a percepção do enfermeiro e da enfermagem, de 3 a cada 5 profissionais entrevistados alegam não terem confiança, conhecimento e habilidades para realizar a posição de canguru de modo efetivo e com qualidade. Nesse cenário, fora relatado pelos profissionais que a necessidade de capacitações periódicas, sendo que muitos profissionais relatam nunca terem realizado cursos de capacitação sobre o MC na UTIN, portanto, são necessários treinamentos voltados a educar o profissional a identificar se o RNPBP está estável e dentro dos critérios de elegibilidade do MC, bem como auxiliá-los realizar a técnica de forma correta e segura. 

Em consonância com a necessidade de treinamentos para o enfermeiro e a enfermagem, a literatura aponta que esses profissionais prestam sua assistência voltada a fatores essenciais ao crescimento e desenvolvimento como pela administração de medicamentos, banho, dieta e controle térmico. Nesse sentido, para que esse cuidado seja realizado de maneira ordenada, é importante que sejam devidamente capacitados, que reconheçam as condições fisiológicas características de um RNPBP (Moraes et al., 2023).

Considerando o MC como uma política pública, Brasil (2018) realiza ações de formação de tutores para disseminar informações sobre o MC, na qual os profissionais como o enfermeiro, posteriormente, possam ser educadores em seus locais de trabalho. Esse treinamento que possui duração de 24 horas considera tanto o aprimoramento técnico como a sensibilização na    postura de muitos profissionais, o que favorece a humanização da atenção neonatal.

Entretanto, conforme profissionais entrevistados no artigo 3, na prática há uma antítese entre a reduzida disponibilidade desta capacitação e fluxo de treinamento desses aos profissionais, demonstrando lacunas no que refere a de educação permanente, bem como a educação continuada que é instigada principalmente pelo enfermeiro por ser um líder na equipe capaz de desenvolver estratégias para melhorias na qualidade da assistência.

Em consonância, Lima-Filho e colaboradores (2024), observam que o enfermeiro e demais profissionais da enfermagem são os principais profissionais envolvidos nas primeiras orientações e estímulo ao contato pele a pele e AM às mães dos RNPBP. Assim, a assistência de enfermagem no contexto da UTIN atravessa os cuidados assistenciais, sendo a educação em saúde e orientações aos familiares atribuições intrínsecas na atuação profissional no MC.

Martins e colaboradores (2021), a partir da análise estatística de 15 estudos, identificou que à medida que o conhecimento sobre a prática e os resultados foram disseminados pelos enfermeiros proporcionou mudanças na filosofia assistencial e na prática dos demais membros da equipe. Nesse sentido, os estudos analisados apontam que nesse cenário de estímulo ao contato pele a pele, ocorre um menor tempo de internação neonatal, sucesso no processo de aleitamento, ganho ponderal de peso, bem como melhoria nos padrões de sono do RNPBP.

Outro fator apontado como empecilho à plena implementação do MC e que pode dificultar para que o RNPBP tenha gozo dos benefícios do MC é a indisponibilidade, insegurança ou negação da família ao contato pele a pele.

Conforme estudo de Gesteira et al. (2017), dentre os enfermeiros entrevistados(n=22),15 destes (68%) citam que principalmente em primíparas e “pais de primeira viagem”, há um medo de tocar no bebê sob o preceito de serem frágeis e delicados, assim, o que demanda de maior carência das devidas orientações que fomentem a confiança para tenham o contato em posicionar o RNPBP na “posição canguru”.

 Destaca-se, portanto, a necessidade de considerar a grande demanda laboral atribuída ao enfermeiro e a enfermagem, bem como a cenários onde há um elevado quantitativo de trinômios bebê-mãe-pai que careçam de tempo, atenção e orientações. Sendo o número destes importantes profissionais reduzidos e sobrecarregados, a qualidade do serviço pode ser comprometida quanto ao MC, de modo aos benefícios deste método ficarem mais inacessíveis a quem tanto deste carece, os RNPBP (Silva et al., 2020).

Neste processo, segundo o artigo 10, endossado por Moraes et al. (2023) é fundamental considerar que angústia das mães que esperam um bebê saudável e um parto no tempo previsto, mas agora lidam com a realidade de ter um bebê prematuro que requer cuidados especiais na UTIN. Os pais sentem tristeza, dúvidas e incertezas sobre como cuidar do bebê prematuro e sobre sua condição de saúde. Para reduzir o sofrimento, é crucial promover o vínculo dos pais com o bebê, através do contato pele a pele, o que é essencial para o estabelecimento de vínculos com o bebê. Nesse contexto, a equipe de saúde, em particular os enfermeiros, desempenha um papel crucial em auxiliar os pais para superar o medo de tocar seus filhos.

Ainda quanto aos benecífios do MC, discutidos no artigo10, o vínculo psicoativo é um dos benefícios mais importantes do MC, no entanto os relatos evidenciam uma certa falta de interesse por parte das mães em realizar o MC, entretanto, é crucial ao profissional que assiste os pais de um RNPBP compreenderem as dificuldades dos pais de deixarem o ambiente familiar e conviver por um acentuado período na UTIN. Por essa razão, sanar as dúvidas, estimular o contato pele a pele e apontar as implicações positivas desse método, é essencial.

Ademais, dentre os fatores associados como empecilhos na problemática da implementação de serviços da UTIN, destacam-se os fatores administrativos, bem como os estruturais das instituições de saúde, como assinalado por  Silva et al. (2022). Nesse estudo, 90% (n= 7) dos enfermeiros entrevistaram que as problemáticas que impedem que o MC seja aplicado efetivamente devem-se em virtude da falta de relevância, envolvimento, supervisão e incentivo por parte dos gerentes e líderes para a adesão da equipe a esse método tão importante.

 Neste contexto ainda, é referido pelos enfermeiros entrevistados que tais dificuldades para gerenciar o MC poderia solucionar as múltiplas problemáticas sendo este método padronizado na rotina e plano de cuidados na UTIN, bem como a promoção da educação permanente. Assim, a equipe multidisciplinar poderia estar mais capacitada para implementar cotidianamente em sua rotina de trabalho o MC, bem como incentivar os pais e responsáveis a tal prática (Silva et al., 2018).

É possível inferir, portanto, que a inadequada relevância dos gestores quanto ao MC influencia diretamente no processo de trabalho da equipe multidisciplinar em virtude do baixo domínio teórico-técnico. Somado a isso, a busca pela promoção de recuperação do RNBPP se torna mais lenta. Nessas condições, o paciente torna-se mais suscetível aos perigos que o meio hospitalar pode possibilitar.

Vale e colaboradores (2024) diz que nesse processo, é crucial o desenvolvimento de um diagnóstico situacional mediante escuta a equipe multidisciplinar que envolve a conhecimento das lacunas, contexto, recursos e processos necessários para que os profissionais, bem como a família possa utilizar dos benefícios positivos do MC por meio da elaboração de atividades estratégicas que possibilitam estabelecer as prioridades e intervenções voltadas a melhoria da assistência.

É amplamente difundido na literatura quanto a importância do contato pele a pele entre os pais e o bebê pelo máximo possível de tempo, entretanto, um problema comum, mas de grande impacto na prática da UTIN é a restrição e a rigidez quanto ao horário de visita. Para Silva (2024), a inflexibilidade dos horários é insensível e desumana, uma vez que não considera as necessidades individuais da família, deste modo, privando-as de participar do processo de cuidado e assim, e interrompendo na formação de vínculos pelo contato pele a pele, bem como uma evolução RNBPP possibilitado pelo AME, ganho ponderal e desenvolvimento em menos tempo.

Destarte, é importante discutir sobre as questões relacionadas à infraestrutura da UTIN. Na literatura, destaca-se que importância de garantir que as unidades neonatais  estejam  adequadamente  equipadas  de modo a garantir as competência tecnológicas e o salas com espaço adequado a promoção do MC,  para isso, é necessários que o ambiente da UTIN contemplem o dimensionamento adequado de profissionais dimensionadas de modo proporcional à alta demanda do local de modo a ser possível para  oferecer não somente um ambiente propício, bem como possibilitar a  para a implementação e continuidade desse método(Moraes et al., 2024; Coelho; Melleiro, 2020).

Tendo em vista que a UTIN é um ambiente hospitalar que utiliza de tecnologias avançadas para tratar alterações fisiológicas que podem levar a quadros de morbidade e casos de mortalidade do RN de alto risco, prematuro e/ou baixo peso, é crucial fundamental que a equipe devidamente preparada para lidar com a complexidade desses casos, e para tal, é necessário que os gestores disponibilizem aos profissionais regularmente capacitações teóricas e práticas sobre a temática (Meira et al., 2020; Silva et al., 2018).

Por fim, a partir da análise da literatura sobre os contextos e as dificuldades associadas à implementação e adesão do MC, foi possível identificar que os profissionais de enfermagem, em especial o enfermeiro como principal educador em saúde e fomentador de boas práticas em saúde como o MC. Entretanto, fora possível identificar que esses empecilhos são multifatoriais e estão relacionados à infraestrutura e supervisão inadequada, carência de atividades voltadas a Educação Continuada (EC), tal qual dimensionamento inadequado e carga elevada de trabalho, bem como o desinteresse dos profissionais em atualizar-se regularmente, assim como o medo dos pais em realizar o contato pele a pele sob o preceito de fragilidade.

4 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os profissionais de saúde discutem os benefícios do MC e estão cientes de sua importância.  No entanto, eles reconhecem que há inúmeras dificuldades, não apenas com o layout físico do CTINP, mas também – e talvez o mais importante – com a necessidade de melhorias para que se sintam mais seguros e possam realizar o MC com eficiência. Acredita-se que, para que o programa seja implementado com sucesso, são necessárias mudanças no layout físico – por exemplo, reservar um espaço para que os pais participem do MC e conversem com a equipe multiprofissional -, bem como melhorias no departamento de recursos humanos – que inclui não apenas os profissionais de saúde, mas também a coordenação eficiente do serviço de nutrição, serviços sociais, fonoaudiologia e psicologia.

As barreiras multifacetadas à prática humanizada incluem a falta de pessoal, a oferta inadequada de espaços físicos apropriados, a relutância dos pais em participar dos cuidados com seus bebês, a sobrecarga profissional e a presença de profissionais de saúde que não adotam as atualizações recomendadas pelas organizações de saúde. Dada a escassez, geralmente quando o MC é oferecido, os profissionais que viabilizam o método podem acabar se sobrecarregando, o que se torna outro problema a ser gerenciado e resolvido.

À vista disso, torna-se, portanto, factível concluir que a qualidade do trabalho do enfermeiro no que se refere ao método canguru e a UTIN está relacionado a muitas variáveis e precisa ser pensado dentro desse contexto multivariável. Mesmo que o profissional possua o melhor arcabouço técnico e científico e disponha da melhor das intenções para ajudar seus pacientes, se as condições de trabalho a que ele está submetido não são boas o suficiente para o desenvolvimento de sua práxis, a atividade ficará prejudicada, assim como a saúde do profissional. Conclui-se, portanto, que é necessário pensar as dificuldades do enfermeiro, na UTIN, quanto ao método canguru, de maneira diversa, entendendo todas as suas nuances e interfaces.

REFERÊNCIAS

ALVES, Fernanda Nascimento et al. Impacto do método canguru sobre o aleitamento materno de recém-nascidos pré-termo no Brasil: uma revisão integrativa. Ciência & Saúde Coletiva, [S.l.], v. 25, n. 11, p. 4509-4520, nov. 2020. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1413-812320202511.29942018.

ALVES, Fernanda Nascimento; WOLKERS, Paula; ARAUJO, Lucio; MARQUES, Daniela; AZEVEDO, Vivian Mara Gonçalves de Oliveira. Impacto da segunda e terceira etapas do método canguru: do nascimento ao sexto. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, [S.L.], v. 11, p. 1-8, 23 jul. 2021. Disponível em: http://dx.doi.org/10.19175/recom.v11i0.4200. Acesso em: 05 abr. 2024.

ALVES, Thelma Cristina Pires; COSTA, Francisca Jessica Lima dos Santos; ASSIS, Jefferson Teodoro de; LORETTI, Eduardo Henrique; MENDES, Francislady Helilene Santos. Benefícios do método canguru para récem-nascidos de baixo peso: uma revisão integrativa. Research, Society And Development, [S.L.], v. 12, n. 12, p. 1-9, 11 nov. 2023. Http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v12i12.43871. Disponível em: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v12i12.43871. Acesso em: 12 abr. 2024.

BRASIL. Ministério da Saúde(MS). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Método canguru: diretrizes do cuidado. Brasília (DF): Ministério da saúde; 2018. Disponível em: Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wpcontent/uploads/2018/09/metodo_canguru_diretrizes_cuidado2018.pdf. Acesso em: 10 abr. 2024.

BRASIL. Ministério da Saúde. Método Canguru. Brasília: Ministério da Saúde. 2022. Disponível em: Acesso em: 01 de mar. 2024.

BRITO, Ana Carla Muniz de., et al. A importância da enfermagem para uma execução efetiva do método canguru. Research, Society and Development, v. 9, n. 12, p. e30091211102-e30091211102, 24 dez. 2020.

CALADO, B. P. História, implantação no Brasil e benefícios do método canguru: Revisão integrativa da literatura. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, v. 03, n. 06, p. 14–34, 12 jun. 2019.

CAETANO, Carolina; PEREIRA, Bianca Baptista; KONSTANTYNER, Tulio. Efeito da prática do método canguru na formação e fortalecimento do vínculo mãe-bebê: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, v. 22, p. 11-22, 2022.

CANTANHEDE, Edna Silva; AMORIM, Fernanda Cláudia Miranda; OLIVEIRA, Adélia Dalva da Silva; ALMEIDA, Camila Aparecida Pinheiro Landim; SANTOS, Samira Mendes dos. Experiências Das Mães No Cuidado Ao Recém-Nascido Prematuro No Método Canguru. Cogitare Enfermagem, [S.l.], v. 25, p. 3-8, 20 maio 2020. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5380/ce.v25i0.67416. Acesso em: 30 abr. 2024.

CORREIA, M. A. et al. O papel da enfermagem no método canguru na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Research, Society and Development, v. 13, n. 4, p. e10113445602–e10113445602, 27 abr. 2024.

DAMASCENO, Ana Mariana; LIMA, Ana Paula Marques Menezes; PASSOS, Marco Aurélio Ninomia. O método canguru voltado ao bebê prematuro no ambiente hospitalar: o papel da enfermagem. Zenodo, [S.l.], 26 abr. 2023. Zenodo. http://dx.doi.org/10.5281/ZENODO.7867677.

DIAS, Thamyles da Silva; NEVES, Emely Borges das; SAGICA, Luciana Carvalho Mendes; FERREIRA, Marcia de Almeida; RODRIGUES, Diego Pereira; PAIXÃO, Ana Rosa Tavares da; TAVARES, Jessica Habr; PARENTE, Andressa Tavares. Método Canguru e equipe de enfermagem: vivências e aplicabilidade em uti neonatal. Revista Enfermagem Atual In Derme, [S.L.], v. 97, n. 3, p. 1-14, 25 set. 2023. Disponível em: http://dx.doi.org/10.31011/reaid-2023-v.97-n.3-art.1853. Acesso em: 12 abr. 2024.

FERREIRA, Débora de Oliveira; SILVA, Maria Paula Custódio; GALON, Tanyse; GOULART, Bethania Ferreira; AMARAL, Jesislei Bonolo do; CONTIM, Divanice. Kangaroo method: perceptions on knowledge, potencialities and barriers among nurses. Escola Anna Nery, [S.L.], v. 23, n. 4, p. 2-7, 2019. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/2177-9465-ean-2019-0100. Acesso em: 20 jun. 2024.

FREITAS, B. L. DE. O papel do enfermeiro na inserção do método canguru: uma atenção humanizada ao recém – nascido prematuro. 2018. Disponível em: <https://semanaacademica.org.br/artigo/o-papel-do-enfermeiro-na-insercao-do-metodo-canguru-uma-atencao-humanizada-ao-recem-nascido>. Acesso em: 5 jul. 2024.

GARCIA, Simone Domingues et al. Gestão de material médico-hospitalar e o processo de trabalho em um hospital público. Revista Brasileira de Enfermagem, [S.l.], v. 65, n. 2, p. 339-346, abr. 2012. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0034-71672012000200021.

GUEDES, Maria Eduarda Brilhante et al. Assistência humanizada em uti neonatal: uma revisão integrativa. Revista Enfermagem e Saúde, v. 4, n. 1, p. 0156–0168-0156–0168, 2024.Disponivel em: https://enfermagemesaude.unifip.edu.br/index.php/enfermagemesaude/article/view/78. Acesso em: 15 abr. 2024.

KONSTANTYNER, Tulio; PEREIRA, Bianca Baptista; CAETANO, Carolina. Benefits and challenges of the kangaroo-mother care method as a humanizing and health strategy. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, [S.L.], v. 22, n. 1, p. 3-5, mar. 2022. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/1806-9304202200010001. Acesso em: 10 abr. 2024.

LIMA FILHO, Carlos Antonio de; SOUSA, Camila Farias de; SOUZA, Maria Aparecida Farias de; SANTANA NETO, Sebastião Alves; HORTA, Wagner Gonçalves; BERNARDINO, Amanda de Oliveira. Método Canguru: percepção da equipe de enfermagem em uma maternidade de alto risco. Revista de Pesquisa Cuidado É Fundamental Online, [S.L.], v. 16, p. 1-7, 22 fev. 2024. Disponível em: http://dx.doi.org/10.9789/2175-5361.rpcfo.v16.12975. Acesso em: 29 abr. 2024.

LIMA, Leilson da Silva; REIS, Erica Amoras Ferraz; SILVA, Eloisa Melo da; MOURA, José Pedro Gomes. Cuidados de enfermagem na termorregulação de recém-nascidos prematuros: revisão integrativa. Cogitare Enfermagem, [S.l.], v. 25, p. 1-10, 13 out. 2020. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5380/ce.v25i0.70889. Acesso em: 11 abr. 2024.

LOPES, Raquel Pereira; OLIVEIRA, Roberta Meneses; GOMES, Maria Salete de Brito; SANTIAGO, Jênifa Cavalcante dos Santos; SILVA, Renata Celly Rodrigues; SOUZA, Fábio Lopes de. Professional practice environment and nursing work stress in neonatal units. Revista da Escola de Enfermagem da Usp, [S.L.], v. 55, p. 1-10, 2021. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/1980-220x-reeusp-2020-0539. Acesso em: 22 abr. 2024.

LUZ, Susian Cássia Liz; BACKE, Marli Terezinha Stein; ROSA, Rosiane da; SCHMIT, Eudinéia Luz; SANTOS, Evangelia Kotzias Atherino dos. Método Canguru: potencialidades, barreiras e dificuldades nos cuidados humanizados ao recém-nascido na UTI Neonatal. Rev. Bras. Enferm., Santa Catarina, v. 75, n. 2, p. 1-8, maio 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0034-7167-2020-1121. Acesso em: 02 abr. 2024.

MARTINS, Karoline Petricio; FREIRE, Márcia Helena de Souza; PECHEPIURA, Elaine Priscila; LAGE, Suellen de Moraes; SAGANSKI, Gabrielle Freitas. Cuidado e desenvolvimento do recém-nascido prematuro em unidade de terapia intensiva neonatal: revisão de escopo. Revista Mineira de Enfermagem, [S.L.], v. 141, n. 25, p. 2-10, 2021. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5935/1415.2762.20210062. Acesso em: 01 abr. 2024.

MEIRA, E.A. et al. MétodoCanguru: a visão do enfermeiro. Revista Instituto de Ciências da Saúde, São Paulo, v.26, n.1, p. 21-26, jan. 2022.

MENEZES, Deusa Daniel de Oliveira; SANTOS, Deisy Vital dos; MORAIS, Aisiane Cedraz. Vivência dos pais nas etapas hospitalares do método canguru: revisão integrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, [S.L.], n. 55, p. 1-10, 30 jul. 2020. Disponível em: http://dx.doi.org/10.25248/reas.e3731.2020. Acesso em: 11 abr. 2024.

MORAES, Maria Eduarda Alves; MOURA, Vivian Clara Epifanio; FREITAS, Maria da Glória. A importância do cuidado de enfermagem ao recém-nascido prematuro acolhido no método canguru. Zenodo, [S.L.], v. 11, n. 6, p. 1-10, 1 jul. 2023. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5281/ZENODO.8075848. Acesso em: 30 abr. 2024.

Nascimento, C. et al. O papel do enfermeiro no método canguru: uma revisão intetegrativa. 2022.

OPAS. Organização Pan-Americana da Saúde. 150 milhões de bebés nascidos prematuros na última década. 2023. Disponível em: https://www.unicef.org/mozambique/comunicados-de-imprensa/150-milh%C3%B5es-de-beb%C3%A9s-nascidos-prematuros-na-%C3%BAltima-d%C3%A9cada. Acesso em: 10 abr. 2024.

PARDIN, Edinho Pereira; GONTARZ, Letícia Fernanda; PEREIRA, Filipe Afonso; DRANKA, Valéria Aparecida; OLIVEIRA, Raissa Radunz de; RIBEIRO, Camila Andrade; FARIA, Carolina Dias de; OLIVEIRA, Maiara Radunz de; RETROZ, Fábio Felber; HAAG, Aline. Método canguru como estratégia para redução da mortalidade de recém-nascidos prematuros ou de baixo peso: revisão integrativa. Brazilian Journal Of Implantology And Health Sciences, [S.l.], v. 5, n. 4, p. 1440-1450, 12 set. 2023. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences. http://dx.doi.org/10.36557/2674-8169.2023v5n4p1440-1450. Disponível em: https://doi.org/10.36557/2674-8169.2023v5n4p1440-1450. Acesso em: 12 abr. 2024

SILVA, Ana Caroline Sales da; RODRIGUES, Sofia Esmeraldo; TEIXEIRA, Rayssa Matos; ANDRADE, Kesia Cartaxo. Conhecimento e adesão da equipe de enfermagem à posição canguru em uma unidade neonatal / Knowledge and adherence of the nursing team to the kangaroo position in a neonatal unit. Ciência, Cuidado e Saúde, [S.l.], v. 21, p. 1-112, 30 dez. 2022. Disponível em: http://dx.doi.org/10.4025/ciencuidsaude.v21i0.59001. Acesso em: 01 abr. 2024.

SILVEIRA, Meire Raquel Paiva Vasconcelos da; SILVA, Aiane Maria da; ROCHA, Cláudia Pereira; ELIAS, Ana Rosa Ribeiro; BRANDÃO, Thays Peres. FATORES DE RISCO E COMPLICAÇÕES DA GESTAÇÃO DE ALTO RISCO: uma revisão de literatura. Recima21 – Revista Científica Multidisciplinar – Issn 2675-6218, [S.L.], v. 4, n. 9, p. 1-8, 1 set. 2023. Disponível em: https://doi.org/10.47820/recima21.v4i9.3901. Acesso em: 10 abr. 2024.

SOUSA, Silvelene Carneiro de; MEDINO, Yvana Marília Sales, BENEVIDES, Kaio Giordan Castelo Branco. FORTALECIMENTO DO VÍNCULO ENTRE A FAMÍLIA E O NEONATO PREMATURO. Journal of Nursing UFPE/Revista de Enfermagem UFPE, v. 13, n. 2, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.5205/1981-8963-v13i02a236820p298-306-2019. Acesso em: 15 abr. 2024.

SOUZA, Mariana Silva; BANDEIRA, Luana David; SOARES, Maria das Graças Silva; SOARES, Maria Aline Silva; DIAS FILHO, João Carlos; SOUSA, Ana Maria Couto; SILVA, Élida Brandão da; NASCIMENTO, Gilmara Pamella de Aquino; SILVA, Ana Suzya Ervelem Sousa; CÂNDIDO, Gustavo da Silva. Método Canguru na UTI neonatal: benefícios para a saúde e vínculo materno-infantil. Research, Society And Development, [S.l.], v. 11, n. 13, p. 1-14, 3 out. 2022. Disponível em: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i13.35072. Acesso em: 03 abr. 2024.

SOUZA-VOGLER, Sandra Regina de; LIMA, Geisy Maria de Souza. The effect of kangaroo care on modulate chronic stress response in preterm infants and mothers. Stress, [S.l.], v. 24, n. 6, p. 742-752, 10 abr. 2021. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1080/10253890.2021.1900107. Acesso em: 13 abr. 2024.

SOUZA, K. M. O. DE; FERREIRA, S. D. Assistência humanizada em UTI neonatal: os sentidos e as limitações identificadas pelos profissionais de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, v. 15, p. 471–480, 1 mar. 2010.

STEIRA, Elaine Cristina Rodrigues; BRAGA, Patrícia Pinto; NAGATA, Marina; SANTOS, Luiza Ferreira Cantão dos; HOBL, Camila; RIBEIRO, Barbára Gomes. Método canguru: benefícios e desafios experienciados por profissionais de saúde. Revista de Enfermagem da Ufsm, [S.L.], v. 6, n. 4, p. 518-528, 10 jan. 2017. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5902/2179769220524. Acesso em: 01 abr. 2014.

VALE, Rafaela Costa Russo do; ARAGAKI, Sérgio Seiji; RAMOS, Harylia Millena Nascimento; MOURA, Camila de Melo; TOLEDO, Thaís Ramos de Oliveira. Ensino do Método Canguru: contribuições de oficinas pedagógicas. Educação Online, [S.l.], v. 19, n. 46, p. 1-23, 16 maio 2024. Disponível em: http://dx.doi.org/10.36556/eol.v19i46.1425. Acesso em: 26 abr. 2024.

VIEIRA, S. A. et al. Análise da eficácia do método canguru: recém-nascido de baixo peso. Revista Recien – Revista Científica de Enfermagem, v. 10, n. 32, p. 44–52, 15 dez. 2020.

VILHENA, Amanda Rodrigues de; LOPES, Andreza Laisa Menezes; SOLANO, Ariel Christine dos Anjos; SOUZA, Adriano Augusto Reis; RIBEIRO, João Andrade de Castro; COSTA, Madson Matheus Garcia; GUIMARÃES, Larissa Gabriele da Silva; GUIMARÃES, Rosalba Velasco; SOARES, Vanda Heloiza Marvão; SILVA, Luísa Margareth Carneiro da. Aspectos clínicos e nutricionais do recém-nascido de baixo peso no método canguru. Revista Eletrônica Acervo Saúde, [S.l.], v. 24, n. 2, p. 1-9, 29 fev. 2024. Disponível em: http://dx.doi.org/10.25248/reas.e15396.2024. Acesso em: 10 abr. 2024


 [1] Graduanda em Enfermagem Bacharelado pela Faculdade Santa Luzia

2 Enfermeiro especialista em Gestão em Saúde. Docente do Curso de Enfermagem Bacharelado na Faculdade Santa Luzia. Docente do Curso de Enfermagem Bacharelado na UNIBRAS.

3 Enfermeira mestre em Saúde do Adulto pela Universidade Federal do Maranhão. Doutoranda em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Maranhão.

4 Enfermeira pela Universidade Estadual do Maranhão. Pós-Graduanda em Enfermagem em Urgência e Emergência e Enfermagem em Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar pela DNA Pós-Graduação.

5 Enfermeira pela Faculdade Santa Luzia.

6 Enfermeira Pós-Graduanda em Obstetrícia e Neonatologia pela Gianna Beretta.

7 Farmacêutica pela faculdade Pitágoras. Pós-Graduanda em Farmácia Clínica, Hospitalar e Oncológica, pela Instituição Pós Navigare.

8 Graduanda em Enfermagem Bacharelado pela Faculdade Santa Luzia.

9 Enfermeira Especialista em Saúde Pública e Docência do Ensino Superior pela Universidade Paulista. Docente do curso de Enfermagem Bacharelado na Faculdade Santa Luzia. Docente do curso de Enfermagem Bacharelado na UNIBRAS.

10 Enfermeira Especialista em Gestão de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas. Docente do curso de Enfermagem e Farmácia Bacharelado na Faculdade Santa Luzia. Docente do curso de Enfermagem Bacharelado na UNIBRAS.

11 Enfermeira (UEMA), Especialista em Saúde Pública (UEMA), Gestão em Saúde (UEMA) e Enfermagem em Saúde da Família (Unibf).