DISFUNÇÃO SEXUAL FEMININA EM MULHERES EM IDADE REPRODUTIVA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202408072254


Autora: Ana Flávia de Carvalho Lima Biella1,
Coautora: Isabella Gomes Machado Lemos


RESUMO

A disfunção sexual feminina (DSF) em mulheres em idade reprodutiva é uma condição complexa influenciada por fatores fisiológicos, psicológicos, emocionais e socioculturais. Este estudo teve como objetivo analisar e sintetizar as evidências disponíveis sobre esses fatores e identificar as intervenções clínicas mais eficazes. Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, incluindo estudos publicados entre 2010 e 2024 nas bases de dados PubMed, SciELO, BVS e Google Scholar. Foram incluídos 19 estudos que atenderam aos critérios de inclusão. Os resultados destacam a influência de alterações hormonais, condições ginecológicas, doenças crônicas, ansiedade, depressão, autoimagem negativa, estresse, traumas, normas culturais restritivas e qualidade dos relacionamentos na DSF. Intervenções farmacológicas e psicológicas mostraram-se eficazes, indicando a necessidade de abordagens terapêuticas personalizadas e multidisciplinares. Identificou-se também o treinamento da musculatura do assoalho pélvico como intervenção eficaz para DSF. Conclui-se que estratégias integradas são essenciais para melhorar a qualidade de vida das mulheres afetadas pela DSF, fornecendo uma base sólida para futuras pesquisas e práticas clínicas.

Palavras-chave: Disfunção Sexual Feminina; Saúde Reprodutiva; Mulheres.

INTRODUÇÃO

A disfunção sexual feminina (DSF) em mulheres em idade reprodutiva é uma condição multifacetada que afeta uma parcela significativa da população feminina mundial (Wolpe et al., 2017; Mustafá et al., 2015). A DSF inclui dificuldades relacionadas ao desejo, excitação, orgasmo e dor sexual, com prevalência variando amplamente conforme a definição e os critérios diagnósticos utilizados (Nikolaidou et al., 2010; Schimpf et al., 2016). Mustafá et al. (2015) apontam que aproximadamente 40% das mulheres em idade reprodutiva relatam alguma forma de DSF, ressaltando a importância de investigar essa questão de saúde pública (Wolpe et al., 2017; Fabricio et al., 2023). Estudos indicam que a DSF impacta significativamente a qualidade de vida das mulheres, afetando seu bem-estar emocional, físico e social (McCool-Myers et al., 2018; Phé et al., 2020; Ito et al., 2022).

Estudar os fatores influentes e as intervenções clínicas para a DSF é essencial devido à complexidade dos elementos envolvidos na gênese e manutenção dessa condição (Hammad et al., 2021; Huang et al., 2016). Fatores fisiológicos, como níveis hormonais e condições ginecológicas, e fatores psicológicos e emocionais, como ansiedade e depressão, desempenham um papel importante na DSF (Chongcharoen et al., 2024; McCool-Myers et al., 2018). Fatores socioculturais, incluindo normas culturais e qualidade dos relacionamentos, também influenciam significativamente a função sexual feminina (Brotto et al., 2016; McCabe et al., 2016). A abordagem clínica da DSF deve ser abrangente e multidisciplinar, integrando intervenções farmacológicas, psicológicas e comportamentais (Thomas et al., 2018; D’Ancona et al., 2019).

Pesquisas apontam várias lacunas no conhecimento atual sobre DSF, especialmente no que se refere à eficácia das diferentes intervenções clínicas e terapêuticas (Basson et al., 2010; Clayton et al., 2019). A identificação e compreensão das barreiras que impedem as mulheres de buscar e receber tratamento adequado também são áreas que necessitam de investigação aprofundada (Alidost et al., 2021; Phé et al., 2020). Muitos estudos focam em populações específicas ou utilizam metodologias heterogêneas, dificultando a generalização dos resultados (Fabricio et al., 2023; McCool-Myers et al., 2018). Portanto, é fundamental continuar a investigar esses aspectos para melhorar as estratégias de tratamento e proporcionar um cuidado mais eficaz às mulheres afetadas pela DSF (Brotto et al., 2016; McCabe et al., 2016).

Diante dessas considerações, o objetivo desta revisão integrativa da literatura é analisar e sintetizar as evidências disponíveis sobre os fatores fisiológicos, psicológicos, emocionais e socioculturais que influenciam a disfunção sexual feminina em mulheres em idade reprodutiva, bem como identificar as intervenções clínicas mais descritas na literatura recente. Esta análise visa preencher as lacunas existentes e fornecer uma base sólida para futuras pesquisas e práticas clínicas.

Objetivo Geral

Analisar e sintetizar as evidências disponíveis sobre os fatores fisiológicos, psicológicos, emocionais e socioculturais que influenciam a disfunção sexual feminina em mulheres em idade reprodutiva, bem como identificar as intervenções clínicas mais eficazes descritas na literatura recente.

Objetivos Específicos

1. Revisar e descrever os fatores fisiológicos que contribuem para a disfunção sexual feminina em mulheres em idade reprodutiva.

2. Investigar os fatores psicológicos e emocionais associados à disfunção sexual feminina.

3. Analisar a influência de fatores socioculturais na função sexual feminina.

4. Avaliar quais são as intervenções clínicas e terapêuticas utilizadas atualmente no tratamento da disfunção sexual feminina.

5. Identificar as lacunas na literatura atual sobre disfunção sexual feminina e propor direções para futuras pesquisas.

METODOLOGIA

Tipo de Estudo

Esta revisão integrativa da literatura foi conduzida com o objetivo de analisar e sintetizar as evidências disponíveis sobre os fatores fisiológicos, psicológicos, emocionais e socioculturais que influenciam a disfunção sexual feminina (DSF) em mulheres em idade reprodutiva, bem como identificar as intervenções clínicas mais eficazes descritas na literatura recente.

Período de Levantamento

O levantamento da literatura foi realizado entre janeiro de 2010 e junho de 2024, abrangendo estudos publicados nos últimos 14 anos. Este período foi escolhido para garantir a inclusão das pesquisas mais recentes e relevantes sobre o tema.

Palavras-chave e Estratégia de Busca

As palavras-chave utilizadas na busca foram: “disfunção sexual feminina”, “idade reprodutiva”, “fatores fisiológicos”, “fatores psicológicos”, “fatores emocionais”, “fatores socioculturais”, “intervenções clínicas”, “terapias farmacológicas”, “terapias psicológicas”, “qualidade de vida”. A estratégia de busca combinou essas palavras-chave utilizando operadores booleanos (AND, OR) para maximizar a abrangência dos resultados.

Bases de Dados Pesquisadas

As seguintes bases de dados foram utilizadas para a busca dos artigos:

PubMed

SciELO

Biblioteca Virtual em Saúde (BVS)

Google Scholar

Critérios de Inclusão

Foram incluídos na revisão os estudos que atendiam aos seguintes critérios:

População: Mulheres em idade reprodutiva (18-45 anos).

Temática: Estudos que investigassem a disfunção sexual feminina, incluindo fatores fisiológicos, psicológicos, emocionais e socioculturais, e as intervenções clínicas.

Tipo de Estudo: Artigos originais, revisões sistemáticas, meta-análises, ensaios clínicos randomizados e estudos observacionais.

Período de Publicação: Estudos publicados entre janeiro de 2010 e junho de 2024.

Língua: Estudos publicados em inglês, português ou espanhol.

Critérios de Exclusão

Foram excluídos da revisão os estudos que:

População: Incluíam mulheres fora da faixa etária de 18-45 anos.

Temática: Não abordavam a disfunção sexual feminina ou não incluíam análises dos fatores fisiológicos, psicológicos, emocionais e socioculturais, ou intervenções clínicas.

Tipo de Publicação: Editorials, cartas ao editor, resumos de conferências, teses e dissertações não publicadas.

Qualidade Metodológica: Estudos com metodologia inadequada, falta de clareza nos critérios de inclusão e exclusão, ou resultados não robustos.

Procedimento de Seleção dos Artigos

A seleção dos artigos foi realizada em duas etapas. Na primeira etapa, dois revisores independentes realizaram a busca nas bases de dados e identificaram os títulos e resumos que atendiam aos critérios de inclusão. Na segunda etapa, os artigos selecionados foram analisados na íntegra para confirmar a elegibilidade. Em caso de divergências, um terceiro revisor foi consultado para a tomada de decisão final. Devido à conveniência e à relevância para o tema, foi utilizada uma seleção não exaustiva de 19 artigos, priorizando estudos que melhor se alinhassem aos objetivos da revisão, o que representa um viés na seleção.

Extração e Análise dos Dados

Os dados foram extraídos de forma padronizada utilizando uma ficha de coleta de dados que incluía informações sobre:

Título do artigo

Autores

Ano de publicação

Objetivo do estudo

Metodologia

Principais resultados

Conclusões

Lacunas e limitações identificadas

A análise dos dados foi realizada de forma descritiva e os resultados foram sintetizados em categorias temáticas correspondentes aos objetivos específicos da revisão. A qualidade metodológica dos estudos incluídos foi avaliada utilizando ferramentas apropriadas para cada tipo de estudo (STROBE para estudos observacionais, CONSORT para ensaios clínicos randomizados).

Limitações e Possíveis Vieses

A seleção dos artigos foi realizada por conveniência, o que pode introduzir viés de seleção e limitar a generalização dos resultados. Além disso, a heterogeneidade dos estudos incluídos, em termos de metodologia e populações estudadas, pode dificultar a comparação direta dos resultados. Como se trata de uma revisão integrativa da literatura, este estudo não pode determinar causalidade ou desfechos clínicos diretos. Futuras pesquisas, incluindo estudos longitudinais e ensaios clínicos controlados, são necessárias para validar as intervenções clínicas mais eficazes e identificar melhor a associação dos fatores à DSF.

Declaração de Ética

Este estudo é uma revisão integrativa da literatura e, portanto, não envolveu coleta direta de dados de seres humanos ou animais. Todas as fontes utilizadas foram devidamente citadas e o estudo foi conduzido de acordo com as práticas éticas de revisão da literatura científica.

Resultados

Os resultados da revisão integrativa foram agrupados em quatro categorias principais: fatores fisiológicos, fatores psicológicos e emocionais, fatores socioculturais e intervenções clínicas para a disfunção sexual feminina (DSF) em mulheres em idade reprodutiva, conforme apresentado na Tabela 1.

Tabela 1 – Principais Fatores e Intervenções Identificados na Revisão da Literatura sobre Disfunção Sexual Feminina em Mulheres em Idade Reprodutiva

CategoriasFatores/IntervençõesNúmero de EstudosReferências
Fatores Fisiológicos
Condições hormonais2Mustafá et al. (2015); Huang et al. (2016)
Condições ginecológicas (endometriose, SOP)1Nikolaidou et al. (2010)
Doenças crônicas (diabetes, hipertensão)2Wolpe et al. (2017); Phé et al. (2020)
Fatores Psicológicos e Emocionais
Ansiedade e depressão2McCool-Myers et al. (2018); Alidost et al. (2021)
Autoimagem corporal e estresse2Brotto et al. (2016); McCabe et al. (2016)
Traumas e abusos sexuais1Thomas et al. (2018)
Fatores Socioculturais
Normas culturais e educação sexual2Brotto et al. (2016); McCabe et al. (2016)
Qualidade dos relacionamentos e suporte social2Phé et al. (2020); Hammad et al. (2021)
Comunicação conjugal1Brotto et al. (2016)
Intervenções Clínicas
Terapias farmacológicas (hormônios, inibidores de serotonina)2Schimpf et al. (2016); D’Ancona et al. (2019)
Intervenções psicológicas (TCC, mindfulness)2Ito et al. (2022); Hammad et al. (2021)
Técnicas de treinamento dos músculos do assoalho pélvico1Hammad et al. (2021)
DISCUSSÃO

Os resultados desta revisão integrativa destacam a complexidade multifacetada da disfunção sexual feminina (DSF) em mulheres em idade reprodutiva, revelando a interação de fatores fisiológicos, psicológicos, emocionais e socioculturais. Fatores fisiológicos, como alterações hormonais e condições ginecológicas, são importantes para a compreensão da DSF. Mustafá et al. (2015) e Huang et al. (2016) destacam que níveis alterados de estrogênio e testosterona podem comprometer a função sexual, enquanto Nikolaidou et al. (2010) associam condições como endometriose e síndrome dos ovários policísticos à maior prevalência de DSF. A relação entre doenças crônicas e DSF é enfatizada por Wolpe et al. (2017) e Phé et al. (2020), que identificam diabetes e hipertensão como fatores que afetam negativamente a função sexual. Esses achados apontam para a necessidade de uma abordagem médica abrangente que considere a saúde hormonal e ginecológica das pacientes (Nikolaidou et al., 2010; Mustafá et al., 2015; Huang et al., 2016; Wolpe et al., 2017; Phé et al., 2020).

Fatores psicológicos e emocionais desempenham um papel significativo na DSF, conforme evidenciado por Brotto et al. (2016) e McCabe et al. (2016), que identificaram autoimagem corporal negativa e estresse como fatores que afetam negativamente a função sexual. McCool-Myers et al. (2018) e Alidost et al. (2021) revelaram que a ansiedade e a depressão são preditores importantes de DSF em mulheres em idade reprodutiva. Thomas et al. (2018) apontam a importância de considerar traumas e abusos sexuais como fatores de risco para a DSF. A consistência desses resultados indica que intervenções terapêuticas direcionadas a melhorar a saúde mental e a autoimagem das mulheres podem ser eficazes na redução dos sintomas de DSF (Brotto et al., 2016; McCabe et al., 2016; McCool-Myers et al., 2018; Thomas et al., 2018; Alidost et al., 2021). Isso reforça a necessidade de uma abordagem integrada que inclua suporte psicológico para mulheres com DSF.

Os fatores socioculturais também são determinantes importantes da DSF, com estudos de Brotto et al. (2016) e McCabe et al. (2016) revelando que normas culturais restritivas e a falta de educação sexual adequada constituem barreiras significativas para uma função sexual saudável. Phé et al. (2020) e Hammad et al. (2021) identificaram que a qualidade dos relacionamentos e o suporte social são fundamentais para a saúde sexual das mulheres. Brotto et al. (2016) apontam que a comunicação conjugal eficaz é um fator importante para a satisfação sexual. Esses achados sugerem que intervenções que promovam uma comunicação aberta e a educação sexual podem melhorar significativamente a função sexual feminina, reduzindo os impactos negativos das normas culturais restritivas (Brotto et al., 2016; McCabe et al., 2016; Phé et al., 2020; Hammad et al., 2021).

A revisão também destacou a eficácia variável das intervenções clínicas para a DSF. Schimpf et al. (2016) e D’Ancona et al. (2019) revisaram a eficácia das terapias farmacológicas, como hormônios e inibidores de serotonina, indicando que essas intervenções podem ser eficazes, mas variam dependendo do indivíduo. Ito et al. (2022) e Hammad et al. (2021) demonstraram que intervenções psicológicas, como a terapia cognitivo-comportamental e a terapia baseada em mindfulness, têm resultados promissores no tratamento da DSF. Técnicas de treinamento dos músculos do assoalho pélvico foram destacadas como eficazes por Hammad et al. (2021). Esses resultados sugerem que uma abordagem terapêutica multidisciplinar, que inclua tanto intervenções farmacológicas quanto psicológicas, é essencial para tratar efetivamente a DSF (Schimpf et al., 2016; D’Ancona et al., 2019; Hammad et al., 2021; Ito et al., 2022).

CONCLUSÃO

Os resultados desta revisão integrativa da literatura mostram que a disfunção sexual feminina (DSF) em mulheres em idade reprodutiva é influenciada por uma combinação de fatores fisiológicos, psicológicos, emocionais e socioculturais. Alterações hormonais, condições ginecológicas, doenças crônicas, ansiedade, depressão, autoimagem negativa, estresse, traumas, normas culturais restritivas e qualidade dos relacionamentos são fatores significativos que contribuem para a DSF. Intervenções clínicas, incluindo terapias farmacológicas e psicológicas, mostraram-se eficazes para tratar a DSF, indicando a importância de abordagens terapêuticas personalizadas e multidisciplinares. A análise dos estudos revisados destaca a necessidade de estratégias integradas que abordem tanto os aspectos médicos quanto os psicossociais da DSF, visando melhorar a qualidade de vida das mulheres afetadas. Assim, esta revisão fornece uma base sólida para futuras pesquisas e práticas clínicas, enfatizando a importância de uma compreensão abrangente e integrada dos múltiplos fatores que influenciam a DSF em mulheres em idade reprodutiva.

REFERÊNCIAS

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1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Cirurgia, UNICAMP, Brasil
ORCID: 0000-0002-3922-2837
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