OS IMPACTOS DA CREATINA NA FUNÇÃO RENAL EM ATLETAS DE MUSCULAÇÃO

THE IMPACTS OF CREATINE ON KIDNEY FUNCTION IN BODYBUILDING ATHLETES

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202407291913


Edinéia Melo Hoffmann; João Vitor Garcia Arrais; Laís Caroline Camargo Franco de Lima; Leandro Uchoa Braz; Lorraine Teixeira Avellar Martins; Luiza Testa das Neves Sasso; Marcelo Denubila; Pedro Affonso Galavotti Lara; Rafael dos Santos Machado; Rangel Bandeca Rodrigues.


RESUMO

Esta pesquisa tem por premissa básica analisar os impactos da suplementação de creatina na função renal de atletas de musculação. Após a base introdutória, junto ao capítulo dois faz-se uma abordagem à respeito do mecanismo de ação e metabolismo da creatina, destacando as preocupações com a função renal e as evidencias científicas atuais. No capítulo três estuda-se sobre os benefícios da creatina a qual é amplamente utilizada para melhorar o desempenho físico, porém existem preocupações sobre seus possíveis efeitos adversos nos rins. Junto ao capítulo quatro a pesquisa aponta as preocupações com o uso indevido da creatina onde destacam-se benefícios e riscos associados ao seu uso. Através do método dedutivo, por meio de pesquisas de livros e jurisprudências sobre o tema, chegou-se a à conclusão de que, apesar de benefícios comprovados na performance atlética, a suplementação deve ser monitorada por profissionais de saúde para evitar potenciais danos à saúde renal.

PALAVRAS- CHAVE: Creatina, Função Renal, Musculação, Efeitos.

ABSTRACT

The basic premise of this research is to analyze the impacts of creatine supplementation on the kidney function of bodybuilding athletes. After the introductory basis, chapter two provides an approach to the mechanism of action and metabolism of creatine, highlighting concerns about kidney function and current scientific evidence. Chapter three studies the benefits of creatine, which is widely used to improve physical performance, but there are concerns about its possible adverse effects on the kidneys. Along with chapter four, the research highlights concerns about the misuse of creatine, highlighting the benefits and risks associated with its use. Using the deductive method, through research into books and case law on the subject, we came to the conclusion that, despite proven benefits in athletic performance, supplementation must be monitored by health professionals to avoid potential damage to kidney health.

KEYWORDS: Creatine, Kidney Function, Bodybuilding, Effects.

1. INTRODUÇÃO 

A sociedade atual busca um corpo perfeito, não medindo esforços para que os resultados apareçam rapidamente, sobretudo buscando melhor performance atlética. Diversos são os motivos que levam os indivíduos a encontrar meios ou formas de atingir seus objetivos quanto ao melhoramento de força, desenvolvimento muscular e capacidade física, sendo que o uso de suplementos alimentares para atingir essa meta se tornou uma constante.

Dentro deste universo de suplementos, a creatina é conhecida por seus benefícios no rendimento físico, todavia, à medida que o uso se torna rotineiro, as preocupações quanto aos devidos impactos na função renal se tornam uma constante. Devido ao aumento dos níveis de creatina no sangue, percebe-se em determinadas situações um alerta, ou seja, um indicativo de disfunção renal, o que eleva a necessidade de estudos aprofundados sobre o tema, onde o intuito principal é salvaguardar a saúde da população.

Para tanto o presente artigo após a base introdutória, apresenta o capítulo dois, onde aborda a cerca do mecanismo de ação e metabolismo da creatina destacando-se os efeitos benéficos sobretudo no tocante aos atletas que buscam através de um corpo perfeito, saudável, forte e resistente o melhor desempenho nos esportes, o que exige alta intensidade explosão.

Porém há que se ter certa cautela no uso indevido pois os malefícios da creatina não podem ser ignorados. É necessário entender que a suplementação inadequada ou excessiva pode gerar efeitos adversos, destacando-se a desidratação, aumento da pressão arterial, mal-estar gastrointestinal, danos renais e hepáticos, lesões musculares severas e câimbras musculares, elevando-se os riscos e gerando um alerta sobre a necessidade de orientação profissional e dosagem correta para minimizar eventuais impactos negativos.

Notadamente não há evidências científicas de que a suplementação de creatina tenha potencial para gerar danos à saúde de indivíduos saudáveis, todavia o bom senso indica a necessidade de parecer profissional médico e de nutricionista os quais podem fornecer subsídios extremamente relevantes para o uso adequado.

Por certo há inúmeros benefícios quanto ao uso da creatina conforme destaca-se no capitulo três, podendo haver adequado uso na atividade física, não havendo empecilho na suplementação nutricional, contudo o uso da creatina deve ser realizado de maneira ponderada, sopesando os riscos e através de orientação realizada por profissionais habilitados, os quais detenham conhecimento sobre a fisiologia do corpo humano, anatomia, metabolismo e bioquímica, haja vista que a prescrição de um tratamento terapêutico sem uma causa determinada ou até mesmo uma boa anamnese podem ensejar o desenvolvimento de um quadro patológico indesejável e em situações mais graves como insuficiência renal, até mesmo em morte.

No capitulo quatro sobre as preocupações com o uso indevido da creatina, O impacto da creatina na função renal vem sendo estudado há muito tempo, ocorrendo divergências entre os resultados das pesquisas e os debates entre os pesquisadores.

O que efetivamente chama atenção para a pesquisa foram substancialmente o uso do suplemento creatina e os seus efeitos relacionados junto ao sistema renal, sendo que os estudos não demonstraram impacto relevante, causador de grandes preocupações, alerta-se para o fato do uso ponderado, comedido e orientado do produto.

Para o desenvolvimento da presente pesquisa utilizou-se o método dedutivo, onde através de livros e artigos científicos buscou-se analisar os efeitos da suplementação de creatina na função renal, revisando as evidências científicas e trazendo para o debate os benefícios e riscos associados ao seu uso.

2. MECANISMO DE AÇÃO E METABILISMO DA CREATINA

A realidade atual demonstra cada vez mais a busca pelo corpo perfeito, onde diariamente atletas sobretudo de alto nível têm por objetivo melhorar seus rendimentos, sendo que a utilização de alimentos com a complementação de suplementos que contribuam para o alcance de objetivos rápidos tem sido uma constante.

Os suplementos alimentares podem ser consumidos objetivando a melhoria na performance, como também com o intuito de reduzir a exaustão decorrente do estresse muscular. (GALVÃO, ALVES, p.10).

Dentre os suplementos utilizados cotidianamente no meio esportivo encontra-se a creatina, popular e muito consumida em especial por atletas profissionais. Recentemente ocorreram avanços nos estudos relacionados à creatina, destacando que aduzido suplemento possui efeito terapêutico em algumas doenças caracterizadas por atrofia, fraqueza muscular e doenças metabólicas, como músculos, ossos, pulmão e cérebro. (MARESE et al., 2019; MELO et al., 2016; SILVA & LINARTEVICHI, 2021).

A creatina é um dos suplementos mais utilizados entre os atletas de musculação, haja vista seus comprovados benefícios no tocante ao rendimento físico. Todavia, há que se ter certa cautela ao fazer o uso do suplemento ora referido, uma vez que existem preocupações quanto aos eventuais impactos da suplementação de creatina na função renal. 

A creatina é um aminoácido que pode ser produzido endogenamente, ou seja, pelo próprio organismo, como também pode ser encontrada em alguns alimentos. Ao ser produzida através do próprio organismo a creatina passa por dois tipos de processos: na primeira situação o grupo amino da arginina se funde com o aminoácido glicina através da ação da glicina transaminase para chegar ao ácido guanidinoacético. Na segunda situação a metiltransferase de guanidinoacetato de metila desencadeia a metilação do grupo produzido no primeiro processo, formando o grupo. Referido grupo metil em S- adenosilmetionina é inserido ao grupo anterior formando a denominada creatina. (DE OLIVEIRA et al., 2018, p. 2).

Trata-se, portanto de uma fonte de energia química de suma importância para a contratação muscular devido sua capacidade de fosforização, com a decorrente formação de fosfocreatina PCr, e de reversão, com a utilização do grupo fosfato e energia para o difosfato de adenosina, originando o trifosfato de adenosina. Este novo suplemento se traduz numa ligeira fonte de energia para síntese e ressíntese, impactando nos exercícios de alta intensidade e curta duração. (WILLIAMS; BRANCH, 1998, p. 21).

Há que se ter cautela no uso da creatina, pois quando a ingestão da proteína é superior  à dose necessária para os músculos os aminoácidos ingeridos de forma excessiva são metabolizados, onde o esqueleto de carbono é oxidado ou transformado em hidratos de carbono ou até mesmo gordura, sendo que seus grupos amina são transformados em amônia  (OLIVEIRA CABRITA, 2027, p. 5).

Diante do exposto, cumpre destacar no tocante ao uso da creatina, há espaço para um amplo debate sobre o tema, uma vez que não somente através do uso indiscriminado por atletas de alta performance, mas até mesmo pelo cidadão comum, que busca no suplemento um meio para se chegar ao corpo perfeito, o perigo está presente. 

A utilização sem o conhecimento necessário e sem o acompanhamento do profissional da nutrição, podem ensejar efeitos colaterais e por consequências eventuais malefícios à saúde, sendo o fomento ao estudo sobre o tema e a ampla divulgação uma maneira recorrente de disseminar o debate e democratizar o acesso ao conhecimento.

2.1 Preocupações com a Função Renal

Nos estudos relacionados ao uso da creatina sobre forma de suplementação a preocupação recorrente esta diretamente relacionada ao crescimento no uso de creatinina no sangue, ou seja, uma baliza empregada para avaliar a função renal.

Embora níveis elevados de creatinina possam ensejar um indicativo de disfunção renal esta situação não se traduz numa constante, em se tratando de atletas que suplementam creatinina, uma vez que o aumento pode provocar maior massa muscular e não necessariamente danos renais.

No tocante ao impacto da suplementação de creatina sobre a função renal, a comunidade cientifica vem sopesando os riscos e o consequente impacto decorrente. Em 1998 foi correlacionada a suplementação de creatina a um quadro de dispnéia, perda de peso e fadiga relacionada aos valores de creatinina sérica acentuados a um jogador de futebol americano asmático ao qual utilizava o suplemento (KUEHL et al. 1998, p. 71).

Oportuno destacar que esta pesquisa foi objeto de inúmeras criticas sobretudo em razão dos critérios abordados para chegar-se ao diagnóstico de insuficiência renal. A divergência estava no fato de uma acentuada elevação de creatina sérica, cuja a qual poderia estar relaciona a inúmeros outros fatores, como peso muscular, pratica de exercícios físicos e até mesmo decorrente da própria suplementação de creatina, não sendo, portanto, a elevação da creatinina de maneira isolada um indicativo inconteste capaz de referendar a ocorrência de insuficiência renal no caso em tela. (VILAR NETO, 2028, p. 71).

Importante destacar a relevância da atividade física para a saúde, uma vez que a inatividade física é vista como um dos mais relevantes fatores de comorbidades no mundo atual, sendo que neste lapso temporal está sendo incorporada de forma mais acentuada no cotidiano da sociedade com o intuito de evitar a depressão, ansiedade, obesidade, entre outras doenças. (GALVÃO, ALVES, 2022, p.14).

Na medicina tradicional a composição do protocolo de análise da função renal, está diretamente relacionada com a mensuração da ureia, com a medida do volume urinário e com a uroanálise. Entretanto referidos marcadores são inequívocos quanto a impossibilidade de identificar precocemente a inflamação ou doença renal. (BONVENTRE, 2008; WAIKAR; SABBISETTI; BONVENTRE, 2010).

Conforme A Organização Mundial da Saúde (OMS) é recomendado atividade aeróbica com intensidade moderada, aos adultos, pelo menos 150 minutos por semana, nestes incluídos também pessoas com doenças crônicas. Referidos exercícios podem ser feitos em qualquer ambiente sejam eles praças parques, academia, residência, entre outros, onde o intuito principal é sempre a busca por resultados positivos, perdendo-se peso e aumentando a disposição. (GALVÃO, ALVES, 2022 P.14).

Sopesando entre o cuidado com a saúde e o avanço nas pesquisas cientificas, certo é que a busca por moléculas sensíveis e com poder de detecção de maneira precoce de eventual inflamação, associada à diminuição da função renal tornou-se o objeto de estudo de pesquisadores no campo cientifico. (VILAR NETO, 2018, p.25).

2.2 Evidências Científicas

Na medida em que o consumo de creatina pelos atletas vem crescendo de maneira significativa, os efeitos decorrentes crescem proporcionalmente, sendo objetos de inúmeros debates científicos, em especial no tocante aos impactos na função renal.

Dentre as preocupações existentes no mundo acadêmico existe a preocupação com eventuais efeitos adversos, como desidratação, aumento de pressão arterial, mal estar gastrointestinal, danos renais, hepáticos, lesões musculares severas durante o treinamento e ainda câimbras musculares. (SOUZA. William Marciel; HECK. Thiago Gomes; FIORINI. Cíntia; BOFF. Everton. 2010. p.202).

Importante acentuar ainda em razão de que o armazenamento de creatina nos músculos ocorre sobretudo nos primeiros dias de suplementação, e nos dias posteriores o excesso do suplemento é eliminado através da urina, a discussão no meio cientifico se dá em especial na suspeita associada ao fato de que a suplementação de creatina em tese, poderia ocasionar um estresse renal. (SOUZA. William Marciel; HECK. Thiago Gomes; FIORINI. Cíntia; BOFF. Everton. 2010. p.202).

Os estudos até o momento apontam que não há evidências científicas de que a suplementação de creatina tenha potencial para gerar danos à saúde de indivíduos saudáveis. Resultados apontam os benefícios gerados pela creatina, sobretudo no tocante ao desempenho anaeróbio na suplementação, com acréscimo dos percentuais de força máxima, diminuição do cansaço e aumento do ganho de massa magra, revelando a eficácia nos exercícios de alta intensidade, com intervalos curtos entre as séries e treinos rápidos. (OLIVEIRA, AZEVEDO, CARDOSO, 2017. p.10-15).

Portanto conforma acentua Cassiano et al. (2021) registros de lesões renais coligadas  à utilização de creatina não foram capazes de imputar o quadro clínico de maneira isolada ao uso da creatina, haja vista que é preciso sopesar as características de cada indivíduo, seu consumo alimentar, além de outras suplementações utilizadas concomitantemente.

Notadamente os estudos demonstram que a curto prazo a suplementação de creatina não possui o poder de alterar de maneira abrupta ou até mesmo de forma significativa os marcadores da função renal, como o nível de creatinina, uréia e taxa de filtração glomerular em pessoas saudáveis.

Estas observações são decorrentes de evidencias experimentais sobre o risco da suplementação com creatina e seu impacto corpo humano. Buscando corroborar com analise de risco investigou-se sobre a taxa de filtração glomerular por meio da quantificação da cistatina- C plasmática e da excreção de albumina, onde resultados apresentaram valores de função renal consonantes com a normalidade e ainda ausência de eventuais alterações da permeabilidade da membrana glomerular. (KIM HJ, et al. 2011, p.1409-1418).

Estudos de longo prazo embora não demonstrem efeitos adversos relevantes na função renal, reforçam o alerta de que a linha de raciocínio não estaria de todo correta, uma vez que apesar de os resultados demonstrarem que o valor de função renal estaria dentro da normalidade (CASSIANO; FEITOSA; ALMEIDA JUNIOR; MANIGLIA; FRANCO; 2021. p.4 ), a análise de risco preza pela precaução, sobretudo em indivíduos com preexistência de doenças renais.

Embora haja evidências de que o uso da suplementação de creatina apresente mínimas alterações quanto ao funcionamento renal, é de suma importância que toda suplementação utilizada a longo prazo necessita de acompanhamento por um profissional. O parecer de profissional medico e nutricionista poderá fornecer subsídios essenciais para o desenvolvimento da atividade física e para a manutenção de uma vida saudável, na medida em que o conhecimento técnico e cientifico seja disseminado na sociedade e por consequência os deveres de cautela como hidratação adequada, monitoramento medico e monitoração das doses sejam recomendadas.

3. BENEFÍCIOS DA CREATINA

No tocante aos principais benefícios do uso da creatina, oportuno destacar o aumento no ganho de força, volume muscular, melhoramento na energia, menor risco de lesão e aumento da performance, entretanto questões pontuais carecem de debate, como a dosagem correta, a quantidade da dose nas primeiras semanas de utilização, o tempo em que o atleta poderá fazer o uso de forma continua e ainda para quais tipos de esportes seria interessante a utilização. (ANTÔNIO, 2013, p.39-40).

No desenvolvimento da atividade física, não há empecilho para a suplementação nutricional, contudo o uso da creatina deve ser realizado de maneira ponderada, sopesando os riscos e através de orientação realizada por profissionais habilitados, os quais detenham conhecimento sobre a fisiologia do corpo humano, anatomia, metabolismo e bioquímica, haja vista que a prescrição de um tratamento terapêutico sem uma causa determinada ou até mesmo uma boa anamnese podem ensejar o desenvolvimento de um quadro patológico indesejável e em situações mais graves como insuficiência renal, até mesmo em morte. Inequivocamente a prescrição médica deve seguir o ritmo do paciente, onde somente através de um atendimento personalizado as características e as necessidades ficarão evidentes. (PEDROSA I, et al 2021, p. 1-19).

Para compreender em que medida ocorrem os benefícios da suplementação de creatina, é salutar compreender que há inúmeras fontes energéticas: via anaeróbica, via fosfagênica e ainda via aeróbica, sendo que conforme a modalidade esportiva praticada utiliza-se maior ou menor concentração da creatina. (BRIOCHI, 2019, p. 1-20).

Este suplemento acentua as concentrações intramusculares, favorecendo o sistema fosfagênio onde é ofertado de maneira mais ágil a energia necessária para os músculos em contração. Com base nesta contatação há a compreensão de que a creatina possui maior eficácia em atletas de esportes com maior explosão e intensidade. (AGUIAR, 2013, p. 987-996).

Para um uso adequado da creatina é importante o uso juntamente com uma alimentação saudável onde a harmonia seja determinante para o equilíbrio na utilização dos nutrientes. por obvio a quantidade torna-se fundamental tanto na alimentação quanto no uso da creatina, uma vez que cada atleta possui peso corporal e volume muscular diferenciado, pelo que a a quantidade e adequação será diretamente proporcionas às individualidades biológicas de cada um e ao objetivo buscado. (MILLS. 2020, p.1880).

Com o passar do tempo e com o aumento do conhecimento com o uso da creatina, a suplementação passou a fazer parte do cotidiano entre àqueles que buscam uma melhor performance ou um desenvolvimento muscular mais rápido.

A título de conhecimento em 2005 a ANVISA- Agencia nacional de vigilância sanitária- havia proibido a suplementação de creatina no mercado brasileiro, em razão de suspeitas decorrente de eventuais malefícios, contudo a partir de 2010 com auxilio de estudos mais avançados sobre o tema relacionado a suplementação, houve uma mudança de entendimento, permitindo-se a sua venda e o consumo no Brasil. (ANVISA. 2010).

A creatina tem como função principal no corpo humano ser um agente da transformação ligado ao metabolismo energético, criando-se reservas corporais que oportunizem um melhor desenvolvimento da atividade física, “[…] especialmente em atletas com formas explosivas de esportes, como levantamento de peso olímpico, futebol e basquete, ou aumentar a massa muscular como a musculação. (BOUZAS. et al., 2015, p. 52-60).

Fato é que as poucas evidencias científicas associadas aos potenciais efeitos adversos interligados à suplementação com creatina monohidratada, em especial nas funções hepáticas e renal, decorrem a hipótese de que referida suplementação modificaria as funções renais e hepática da pessoa clinicamente normal. Contudo há que se ressaltar que embora os benefícios da creatina atualmente, são amplamente reconhecidos pela comunidade científica, entre condições adversas e benefícios ao desenvolvimento do corpo humano de uma forma saudável e efetiva, a melhor literatura sobre o tema dispõe de forma incisiva sobre as inúmeras possibilidades de ganho, não somente de disposição, mas de massa e força muscular.

Em relação aos efeitos ergogênicos, inúmeros benefícios têm sido cotidianamente interligados ao consumo de creatina. Inicialmente há que se fazer referencias a renovação mais rápida de ATP (trifosfato de adenosina), o qual fica armazenado nas células em quantidade reduzida ocorrendo a necessária ressíntese dessa molécula. A suplementação com creatina teria como força precípua elevar a concentração corporal total de Cr, contribuindo para a geração intramuscular de creatina fosfato e a consequente formação de ATP, sobretudo nas fibras musculares de contração rápida, o que por via direta de consequência contribuiria de forma significativa para o desempenho atlético, sobretudo para atletas de provas de curta duração e longa intensidade. (BALSON. SODERLUND. EKBLOM. 1994, p.268-280).

Faz-se o exposto, há um bom arcabouço científico para entender que o consumo de creatina possui efeito ergogênico na medida em que alavanca a capacidade energética do atleta no desempenho de suas funções, “[…] como por exemplo, provas de salto, arremesso e lançamento no atletismo, no levantamento de peso olímpico, provas de natação, ou modalidade coletivas como o futebol.” (LEITE, SOUSA, SILVA, BOLZAS, 2015, p.56).

Com referências ao aumento de massa corporal é notória a contribuição da creatina sendo que através da tabela inclusa podem-se observar os resultados de alguns estudos realizados sobre o tema, conforme acentua LEITE, SOUSA, SILVA, BOLZAS, 2015, P. 55).

Através dos estudos referenciados é possível perceber que o tempo e a dosagem utilizada são fatores determinantes para os resultados conforme os estudos desenvolvidos entre os anos de 2007 a 2010. Contudo em razão das diversas pesquisas sobre o tema, até o momento foi possível identificar que além da dosagem e do tempo utilizados como fatores para a medição de resultados, há que se considerar inúmeras outras variantes, como por exemplo o metabolismo individual do cidadão.

Assim, tendo por base a dificuldade metodológica ao longo daquele lapso temporal referenciado, associado aos estudos sobre os benefícios da creatina e seus impactos na função renal, é salutar ter um olhar cauteloso, tendo na pesquisa a linha condutora para disseminar o conhecimento e contribuir de forma significativa para a saúde da população, sobretudo para a saúde renal dos consumidores.

A sociedade do espetáculo e do consumo busca pela saúde e pelo corpo perfeito e neste sentido o aumento da massa corporal é evidenciado como um fator substancial sendo que o consumo da creatina neste aspecto utilizado de forma coerente e comedida consegue impactar beneficamente, apresentando resultados que estão em consonância com as eventuais necessidades dos usuários. 

É notório que a suplementação com o uso de creatina é benéfica desde que usada através de doses recomentadas por profissionais da saúde, no entanto há que se levar em consideração a necessidade de hidratação adequada, pois o uso do suplemento com o consumo de água proporciona junto ao organismo um aumento do volume corporal, sobretudo para àquelas pessoas que tem um objetivo estético. (LEITE, SOUSA, SILVA, BOLZAS, 2015, p.57).

Com referências aos benefícios, há ainda a cautela necessária no tocante à função renal, pois embora a creatina seja geralmente segura, existem pessoas com problemas renais preexistentes, cujas as quais precisam consultar um médico antes de iniciar a suplementação. 

Outra observação oportuna e que deve ser sopesada no tocante à suplementação e os seus protocolos está diretamente relacionada à fase de carregamento de creatina, ou seja, quantidade e tempo, pois embora seja de conhecimento comum que se faz o uso da creatina por conveniência e oportunidade, olhando-se para as benesses decorrentes, há que se ter a precaução necessária, sobretudo, objetivando a manutenção da saúde já existente, em detrimento de eventual corpo perfeito.

Portanto os estudos apontam que a utilização da creatina e o suplemento propriamente dito pode ser um auxiliar ergogênico eficiente e seguro, sobretudo, para o desenvolvimento de atividades que necessitem de força e alta intensidade, sendo que a utilização pode estar ligada ao aumento de massa corpórea. Todavia os estudos sobre o tema carecem de desenvolvimento constante, uma vez que as variantes impactam decisivamente trazendo malefícios quando utilizado sem o conhecimento prévio necessário, mas por outro lado, usado de forma comedida podem proporcionar grandes benefícios à saúde.

4. PREOCUPAÇÕES COM O USO INDEVIDO DA CREATINA

A suplementação de creatina, quando usada de forma adequada, não apresenta riscos significativos à função renal em atletas de musculação saudáveis. As evidências científicas indicam que a creatina é um suplemento seguro e eficaz para melhorar a performance esportiva. No entanto, a precaução deve ser tomada em indivíduos com problemas renais preexistentes, e a hidratação adequada deve ser mantida para garantir a segurança do uso contínuo deste suplemento.

O impacto da creatina na função renal vem sendo estudado há muito tempo ocorrendo divergências entre os resultados das pesquisas e os debates entre os pesquisadores. Isso fica muito evidente através de estudos publicados em 1998 por Pritchard e Kalra, os quais fizeram levantamento através de um estudo de caso onde detectaram que a creatina pode ser responsável por malefícios na função renal. (PRINTCHARD, KALRA, 1998, p.1252-1253).

Através deste estudo os pesquisadores revelaram o caso de um homem com 25 anos de idade, portador de glomeruloesclerose há mais de 8 anos, associado a constantes síndromes nefróticas, cujas as quais eram tratadas com ciclosporina há 5 anos. No decorrer deste lapso temporal, as funções renais estavam normalizadas, entretanto testes posteriores demonstraram crescente deterioração da função renal, com elevação da creatinina sérica. O paciente revelou que o consumo de creatina estava ocorrendo há dois meses ( 5g/dia na primeira semana, 2g/dia durante sete semanas). Desta forma a suplementação foi suspensa com o intuito de recuperar a filtração glomerular e somente através de um mês foi observada a normalização da função renal novamente. (PRINTCHARD, KALRA, 1998, p.1252-1253).

Este estudo ora relatado a titulo ilustrativo, entre outros foram objetos de análise pelos mais diferentes pesquisadores onde através dos estudos a seguir demonstrados, verificou-se uma crescente tanto na pesquisa quanto na evolução do conhecimento sobre o tema. Vejamos os três quadros abaixo, extraídos dos estudos realizados por (LISITA; OLIVEIRA, 2022, p. 911):

Conforme deslumbra-se através das inclusas pesquisas, observa-se que dentre os estudos apresentados, três referem-se a homens sedentários saudáveis, dois estudos foram feitos com idosos saudáveis, um dos estudos foi realizado com indivíduos portadores de diabetes tipo 2 e outro com pacientes portadores de doenças neurodegenerativas, um artigo com mulheres na menopausa, um artigo com atletas saudáveis, um artigo com paciente portador de doença periférica sintomática e por último um artigo com pacientes  com dermatomiocite juvenil.

Com relação aos estudos referenciados os autores são unânimes ao afirmar que fizeram uso da creatina monohidratada e como placebo utilizaram carboidrato simples em pó. A maior dosagem da creatina foi utilizada no estudo de (POORTMANS. FRANCAUX. 1999, p.11081110).

Oportuno destacar ainda no tocante as doses diárias que de 20 a 30 g por dia eram utilizadas, por outro lado, a menor dosagem, era de 4 g ao dia, que foi utilizada no estudo de Bender seus colaboradores em 2008. (BENDER. SAMTLEBEN. ELSTNER. KLOPSTOCK, 2008. p. 172–178).

Ainda, cinco artigos utilizaram 20g/dia, o que via de passagem refere-se a dosagem mais utilizada entre os protocolos referidos. O artigo produzido por “Solis e seus colaboradores (2016), Domingues e colaboradores (2020), Poortmans e colaboradores (1999), Neves e colaboradores (2011) e de Robinson e colaboradores (2000) utilizaram 20g/dia em todo estudo, já o estudo de Gualano e colaboradores (2008), utilizou 20g/dia somente na primeira semana e depois utilizaram 0,3 g/kg/dia”. (LISITA. OLIVEIRA. 2022, p.12).

No tocante a duração das pesquisas grande parte ocorreu dentro de doze semanas, conduziram os estudos tendo por base 104 semanas, e Poortmans e sua equipe em 1999 os resultados dos seus estudos, tão somente com cinco dias de duração da pesquisa. (LISITA. OLIVEIRA. 2022, p.12).

Diante de toda esta realidade vislumbra-se que os efeitos benéficos verificados estão associados com as alterações da massa muscular ou força no momento em que a creatina era ingerida e se praticava treinamento de forma resistida, melhorando significativamente o desempenho. A suplementação da creatina também foi utilizada para melhorar as respostas de pacientes com doença arterial periférica, os quais apresentavam em alguns casos atrofia muscular e em outros redução da força. (LISITA. OLIVEIRA. 2022, p.12). 

O que chama atenção com relação aos seus efeitos relacionados aos rins é que nenhum estudo demonstrou de forma significativa efeitos adversos relacionados ao suplemento, pois todas as pesquisas apresentaram como conclusão o fato de que a suplementação da creatina não afetou o sistema renal, apesar de que eventualmente pudesse acrescer os níveis de alguns metabólitos de aduzida substancia nos exames bioquímicos. Oportuno esclarecer ainda que não foram relatados quaisquer tipos de reações sugestivas ou contrárias ao uso de creatina nas pesquisas abordadas. (LISITA. OLIVEIRA. 2022, p.12).

As alterações da função renal dentro da pesquisa cientifica serão sempre objetos de estudo entre os médicos. Portanto com relação aos impactos da creatina, existem evidencias conflitantes sobre o consumo em usuários saudáveis. (MARESE et al., 2019; SILVA & LINARTEVICHI, 2021), por outro lado há evidencias que sugerem a existência de efeitos mínimos em indivíduos saudáveis.“Com aumento reversível de aproximadamente 30% da creatinina sérica e concomitante aumento da creatinina urinária, não tem evidencias que altera a taxa de filtração glomerular” (AMARAL & NASCIMENTO, 2020).

COSIDERAÇÕES FINAIS

Os estudos revisados sobre o impacto da creatina na função renal, sobretudo em atletas de musculação revelou os benefícios associados, na medida em que os mecanismos de ação e metabolismo da creatina fazem parte de um conhecimento profundo do consumidor. Os suplementos alimentares podem ser consumidos buscando a melhoria da performance, como também com o intuito de reduzir a exaustão decorrido do estresse muscular, no entanto há que se ter por norte a noção das próprias individualidades.

A creatina é um dos suplementos mais utilizados entre os atletas de musculação, haja vista seus comprovados benefícios no tocante ao rendimento físico. Todavia, há que se ter certa cautela ao fazer o uso do suplemento ora referido, uma vez que existem preocupações quanto aos eventuais impactos da suplementação de creatina na função renal.

É necessário lembrar que embora níveis elevados de creatinina possam ensejar um indicativo de disfunção renal esta situação não se traduz numa constante, em se tratando de atletas que suplementam creatinina, uma vez que o aumento pode provocar maior massa muscular e não necessariamente danos renais.

Os efeitos são particularmente benéficos no uso da creatina, sobretudo em atletas que buscam aumento da massa muscular e melhor performance no desenvolvimento das atividades que exigem alta intensidade e explosão, como levantamento de peso e futebol, uma vez que referido suplemento permite uma renovação mais rápida do ATP- adenosina trifosfato, essencial para a contação muscular durante exercícios intensos.

Porém no tocante aos impactos da creatina no corpo humano há que se lembrar que somente a partir de 2010 a ANVISA mudou o entendimento e permitiu a venda e o consumo de creatina no Brasil. Embora a suplementação não necessite de liberação médica ou de nutricionista para o seu uso, os estudos científicos apontam para os possíveis malefícios da creatina, os quais não podem ser ignorados, uma vez que a suplementação inadequada ou excessiva pode levar a efeitos adversos, como desidratação, aumento da pressão arterial, mal-estar gastrointestinal, danos renais e hepáticos, lesões musculares severas e câimbras musculares. Esses riscos destacam a importância da orientação profissional e da dosagem correta para minimizar os impactos negativos.

É salutar lembrar ainda no tocante aos impactos no sistema renal que estudos têm mostrado que apesar da suplementação de creatina ter o potencial de aumentar os níveis de creatinina no sangue isso não significa automaticamente danos renais. Este aumento pode estar associado à maior massa muscular sobretudo em atletas, porém há relatos de casos onde a suplementação de creatina foi associada a disfunções renais, ressaltando a necessidade de monitoramento contínuo e criterioso da função renal.

A mudança de postura e posicionamento legal da ANVISA reflete a evolução do conhecimento científico sobre a creatina e sua aplicação segura para atletas e praticantes de atividades físicas.

Portanto a creatina pode ser um poderoso suplemento aliado para os atletas de alta performance e ainda para os praticantes esportivos de uma maneira geral, proporcionando ganhos substanciais em performance e recuperação muscular. O essencial é que o uso da creatina seja realizado de forma consciente e supervisionada, com a atenção voltada sobretudo aos possíveis impactos na função renal. Lembrando ainda que o equilíbrio entre benefícios e malefícios depende inequivocamente de conhecimento adequado da dosagem correta e do acompanhamento profissional, garantindo dessa forma a maximização dos efeitos positivos e a minimização dos riscos à saúde.

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