CUIDADO HUMANIZADO NA ENFERMAGEM: ESTRATÉGIAS PARA ATENDER PACIENTES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

HUMANIZED CARE IN NURSING: STRATEGIES FOR SERVING PATIENTS WITH AUTISM SPECTRUM DISORDER

CUIDADO HUMANIZADO EN ENFERMERÍA: ESTRATEGIAS PARA ATENDER APACIENTES CON TRASTORNO DEL ESPECTRO AUTISTA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12819577


Ana Luiza De Souza Alves¹; Isadora Fernandes Amaral¹; Joyce Stefani Costa Silva¹; Larissa Soares Figueiredo¹; Millena Coelho Dos Reis¹; Rebeca Dos Santos Duarte Rosa²; Hyorrana Priscila Pereira Pinto².


RESUMO

Objetivo: Descrever as estratégias de cuidado humanizado pela equipe de enfermagem, voltadas para pacientes com Transtorno do Espectro Autista. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, foram selecionados 8 artigos publicados entre 2015 a 2023, no idioma português, acessíveis gratuitamente em formato completo com os descritores, Autismo. Transtorno do Espectro do Autismo. Enfermagem. Humanização da Assistência. Relações Enfermeiro-Paciente. Resultados: Foram identificados as estratégias e condutas do enfermeiro para atender pacientes com TEA, tais como, identificar as características e alterações comportamentais do transtorno, criação de vínculo com os pais e pacientes, realizar uma abordagem acolhedora, clara e objetiva. Respeitar a individualidade de cada paciente, e traçar métodos específicos ao grau do espectro de maneira humanizada. Considerações finais: Este estudo permitiu identificar estratégias para o cuidado humanizado com os pacientes portadores de TEA. Além de evidenciar a importância do papel do enfermeiro na linha de frente, bem como, identificar as características dos pacientes com transtorno do espectro autista para promover uma assistência humanizada e acolhedora.

Descritores: Autismo. Transtorno do Espectro do Autismo. Enfermagem. Humanização da Assistência. Relações Enfermeiro-Paciente

ABSTRACT

Objective: Describe humanized care strategies by the nursing team, aimed at patients with Autism Spectrum Disorder. Methods: This is an integrative review of the literature, 8 articles published between 2015 and 2023 were selected, in Portuguese, freely accessible in full format,with the descriptors, Autism. Autism Spectrum Disorder. Nursing. Humanization of Assistance. Nurse-Patient Relations. Results: The strategies and behaviors of nurses in caring for patients with ASD were identified,such as identifying the characteristics and behavioral changes of the disorder, creating a bond with parents and patients, and carrying out a welcoming, clear and objective approach. Respect the individuality of each patient, and outline specific methods to the spectrum in a humanized way. Final considerations: This study made it possible to identify strategies for humanized care for patients with ASD. In addition to highlighting the importance of the role of nurses on the front line, as well as identifying the characteristics of patients with autism spectrum disorder to promote humanized and welcoming assistance.

Descriptors: Autistic Disorder; Autism Spectrum Disorder; Nursing. Humanization of Assistance; Nurse-Patient Relations

RESUMEN

Objetivo: Describir estrategias de atención humanizada por parte del equipo de enfermería, dirigidas a pacientes con trastorno del espectro Autista. Métodos: Se trata de una revisión integradora de la literatura, se seleccionaron 8 artículos publicados entre 2015 y 2023, en portugués, de libre acceso en formato completo, con los descriptores Autismo. Trastorno del espectro autista. Enfermería. Humanización de la Asistencia. Relaciones enfermera-paciente. Resultados: Se identificaron las estrategias y conductas del enfermero para atender a pacientes con TEA, como identificar las características y cambios conductuales del trastorno, crear un vínculo con padres y pacientes y realizar un abordaje acogedor, claro y objetivo. Respetar la individualidad de cada paciente y delinear métodos específicos para el espectro de forma humanizada. Consideraciones finales: Este estudio permitió identificar estrategias de atención humanizada a pacientes con TEA. Además de resaltar la importancia del papel de las enfermeras en primera línea, así como identificar las características de los pacientes con trastorno del espectro autista para promover una asistencia humanizada y acogedora.

Descriptores: Trastorno Autístico; Trastorno del Espectro Autista; Enfermería. Humanización de la Atención; Relaciones Enfermero-Paciente

INTRODUÇÃO

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do desenvolvimento neurológico que resulta em comprometimentos na comunicação e na interação social, além de englobar comportamentos restritivos e repetitivos (Griesi-Oliveira; Sertié, 2017). Desde sua primeira descrição por Leo Kanner em 1943, as compreensões sobre o autismo evoluíram significativamente. Essas mudanças destacam a complexidade do TEA e a necessidade de uma abordagem diagnóstica e terapêutica multidisciplinar. As revisões dos principais manuais diagnósticos, como o DSM e a CID, refletem essa evolução, enfatizando a importância de considerar fatores bioquímicos, genéticos e neuropsicológicos para uma compreensão mais abrangente do transtorno (Fernandes et al., 2020).

Baseado nestes conceitos, a Organização das Nações Unidas (ONU, 2017) estima que existam mais de 70 milhões de autistas no mundo, enquanto a prevalência de transtorno do espectro autista é calculada em cerca de uma em cada 160 crianças. No Brasil, acredita-se que existam cerca de dois milhões de indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), sendo que 90% deles não estão diagnosticados (Pinto, 2016). Além disso, um levantamento realizado entre 2014 e 2017 mostrou que 54,3% dos diagnósticos de Transtorno do Desenvolvimento Global (TGD) não foram identificados, sendo o autismo o mais comum dos casos especificados, representando 27,2% (Jerônimo et al.2023).

Deste modo, no Brasil, a Política Nacional de Proteção aos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, estabeleceu que as crianças com TEA e suas famílias devem ter acesso aos serviços de saúde, a processos de diagnósticos e ao atendimento multiprofissional. Ela determina que sejam executadas ações que promovam a qualificação e a articulação das atuações profissionais e dos serviços para a assistência à saúde adequada dessas crianças, garantindo o cuidado integral no âmbito da atenção primária, secundária e terciária (Brasil, 2014).

Diante desse cenário, o cuidado com pessoas portadoras do Transtorno do Espectro Autista ainda é bastante desafiador para o profissional da saúde, tendo em vista que o autismo pode apresentar diversas características, em diferentes graus comportamentais. Portanto, é importante que o enfermeiro saiba identificar os sinais, sintomas e comportamentos mais comuns do transtorno, para realizar uma abordagem mais acolhedora e humanizada (Mota et al, 2023).

Considerando a necessidade urgente de melhorar a qualidade dos cuidados de saúde para pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a pesquisa sobre estratégias específicas de enfermagem se mostra vital. A falta de compreensão e adaptação às necessidades desses pacientes pode resultar em experiências negativas e até mesmo em dificuldades de acesso aos serviços de saúde. Portanto, este estudo se justifica pela importância de desenvolver abordagens direcionadas para promover uma prática de enfermagem mais inclusiva e sensível, visando assim melhorar o bem-estar e a qualidade de vida dos pacientes com TEA.

Diante do exposto, este estudo tem como objetivo, descrever, através de uma revisão de literatura, as estratégias de cuidado humanizado pela equipe de enfermagem, voltadas para pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

MÉTODOS

Trata-se de uma Revisão Integrativa que conforme definida por Hermont et al. (2021), é um método que permite a síntese de conhecimento e a aplicabilidade dos resultados de estudos na prática clínica. Assim, o método adotado para esta revisão consiste em sete etapas: 1) Identificação do tema e elaboração da pergunta norteadora; 2) Estabelecimento de critérios de elegibilidade de estudos; 3) Busca sistematizada em diversas fontes de informações; 4) Coleta de dados; 5) Análise dos dados; 6) Discussão; 7) Apresentação do artigo. Essas etapas foram adotadas para assegurar a condução sistemática e rigorosa desta revisão integrativa, focada em estratégias de cuidado humanizado na enfermagem para pacientes com TEA.

Desta forma, na primeira etapa, após definir o tema da pesquisa, foi elaborada a questão norteadora utilizando o acrônimo PICo (Stern;Jordan;McArthur,2014). Os componentes foram determinados da seguinte forma: P (população/pacientes) pacientes diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista; I (intervenção) cuidados humanizados; Co (Contexto) assistência de enfermagem. Dessa forma, a pergunta-chave resultante é: “Quais são as estratégias de cuidado humanizado que o enfermeiro deve utilizar para atender pacientes com Transtorno do Espectro Autista?”

Na segunda etapa, os critérios de inclusão foram estabelecidos da seguinte forma: consideraram-se artigos científicos publicados de 2015 a 2023, no idioma português, acessíveis gratuitamente em formato completo. Esses artigos deveriam abordar um ou mais descritores em saúde relacionados ao tema, destacando os desafios enfrentados pelos enfermeiros no contexto estudado, e estar alinhados com os objetivos da pesquisa, sendo relevantes para a questão norteadora. Em relação aos critérios de exclusão, foram descartados literatura cinzenta, revisões integrativas, teses de pesquisa, monografias ou dissertações.

Já na terceira etapa, a pesquisa bibliográfica foi conduzida na plataforma da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde (BVS- MS). Foram delimitados os Descritores em Ciências da Saúde (DECS) para selecionar os termos pertinentes à área da saúde, adotando a estratégia de busca com operadores booleanos AND e OR, da seguinte forma: (Autismo) OR (Transtorno do Espectro do Autismo) AND (Enfermagem) OR (Humanização da Assistência) AND (Relações Enfermeiro-Paciente). Essa abordagem permitiu uma exploração minuciosa e abrangente do tema, abordando diversas perspectivas e aspectos relevantes associados ao cuidado humanizado na enfermagem para pacientes com transtorno do espectro autista .

Em sequência, na quarta etapa,os artigos foram submetidos a uma leitura dinâmica para avaliar sua relevância em relação aos objetivos da revisão integrativa. Durante esta fase, os critérios de inclusão e exclusão foram novamente aplicados para assegurar a seleção dos estudos mais pertinentes. Posteriormente, uma leitura completa foi realizada para determinar a capacidade de resposta dos artigos à questão norteadora e garantir a integridade dos resultados. A seleção final dos artigos foi realizada com base nesta análise minuciosa para garantir a inclusão dos estudos mais relevantes para a pesquisa.

Em seguida, na quinta etapa, para estruturar os dados encontrados nos artigos selecionados, foi criado um quadro com o intuito de facilitar a visualização das informações coletadas, que incluem: título do artigo, autor, Periódico/Qualis, ano de publicação, tipo de estudo/nível de evidência , pergunta norteadora e resposta à questão norteadora.

Para classificar os artigos, utilizou-se o Qualis, um conjunto de procedimentos aplicado para verificar a relevância de produções intelectuais dos programas de pós-graduação, desenvolvido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Em relação aos níveis de evidência, possui as categorias A1, A2, B1, B2, B3, B4, B5 e C, sendo A1 o mais alto padrão e C, o mais baixo (Plataforma Sucupira 2023).

Em relação aos níveis de evidência e tipo de estudo, como proposto por Melnyk; Fineout-Overholt descrito no estudo de Dantas et al. (2022), são classificados em 7 níveis, sendo: Revisão Sistemática (1), Ensaios Clínicos Randomizados (2), Estudos de Coorte (3), Estudo de caso-controle (4), Estudos Transversais (5), Ensaios in vitro e Experimentos em Animais (6) e Opinião de Especialistas (7).

Avançando para a sexta etapa, ao longo da construção da pesquisa, foram discutidas as informações coletadas e os dados pertinentes à questão norteadora.

Na sétima etapa, os resultados da revisão integrativa foram organizados e apresentados de forma a facilitar a compreensão dos dados coletados dos estudos incluídos. As principais conclusões foram sintetizadas de forma narrativa, identificando padrões comuns entre os estudos e diferenças significativas. A exposição dos dados foi realizada por meio de quadro e figuras o que permitiu uma visualização clara e organizada, facilitando as comparações entre os estudos selecionados. Por fim, esse estudo será apresentado em forma de artigo científico.

RESULTADOS

Dos 200 artigos científicos identificados nas bases de dados virtuais, 159 foram encontrados no MEDLINE, 18 na BDENF – Enfermagem, 18 na LILACS, quatro no IBECS e um nos Recursos Multimídia. Inicialmente, um artigo foi excluído por estar fora do escopo temporal. Em seguida, 163 artigos foram excluídos por indisponibilidade na língua portuguesa. Após a leitura dos títulos e resumos, dos 23 artigos restantes, nove foram excluídos por não contemplarem o assunto “Transtorno do Espectro Autista AND Enfermagem” como tema principal e três foram excluídos por serem incompletos. Posteriormente, após a leitura integral dos 11 artigos restantes, resultou na exclusão de três artigos, por serem literatura cinzenta, revisões integrativas ou artigos pagos. Após esse refinamento, a amostra final desta revisão foi composta por oito artigos.

Figura 1 – Fluxograma do processo de seleção dos estudos, adaptado do PRISMA. Belo Horizonte,Minas Gerais, Brasil, 2024.

Fonte: Autoria própria

A seguir será apresentado o quadro sinóptico contendo título do artigo, autores, periódico, qualis, ano de publicação, tipo de estudo/nível de evidência e resposta a questão norteadora

Quadro 1 – Seleção dos artigos que formaram a revisão integrativa. Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, 2024

Título do artigoAutoresPeriódico/QualisAno de publicaçãoTipo de estudo/Nível de evidênciaPergunta norteadoraResposta a questão norteadora
1. Assistência do enfermeiro(a) a crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista.Tatiane Garcia Zuchi Jerônimo, Maria Cristina Mazzaia, Joseval Martins Viana, Denise Maria ChistofoliniActa Paulista de Enfermag em Qualis A42023Estudo exploratório, descritivo NE VIOs enfermeiros(as) realizam o atendimento de crianças/adolescentes com TEA em seus locais de trabalho e quais são as principais dificuldades enfrentadas por eles nesse processo?As entrevistas destacaram o papel crucial dos enfermeiros(as) no Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil na assistência a crianças/adolescentes com TEA, oferecendo cuidados ambientais, orientação aos familiares e ajuda na coleta de dados para avaliação. No entanto, enfrentam desafios como o desenvolvimento lento dos pacientes com TEA, dificuldades de comunicação com a família e escola, e falta de formação adequada para lidar com esses casos.
 2. Autismo infantil: impacto do diagnóstico e repercussões nas relações familiaresRayssa Naftaly Muniz Pinto, Isolda Maria Barros Torquato, Neusa Collet, Altamira Pereira da Silva Reichert, Vinicius Lino de Souza Neto, Alynne Mendonça SaraivaRevista Gaúcha de Enfermag em Qualis A32016Estudo exploratóri o descritivo de abordage m qualitativa NE VIO diagnóstico de autismo é recebido pela família e quais são as repercussões desse diagnóstico nas relações familiares?O diagnóstico de autismo causou sentimentos ambíguos na família, agravados pela falta de compreensão sobre a condição e pela comunicação rápida e fria do diagnóstico. Isso resultou em mudanças nas relações familiares, sobrecarregando principalmente as mães, que enfrentaram falta de apoio, especialmente dos familiares paternos, aumentando sua carga emocional e prática.
3. Cuidado à pessoa com transtorno do espectro do autismo e sua família em pronto atendimentoJuliana Vieira de Araújo Sandri, Isabela Antonio Pereira, Thays Gabriela Lemes Pereira CorrêaSemina Ciências Biológicas e da Saúde Qualis B32022Pesquisa exploratório e descritivo NE VIQual é o conhecimento dos enfermeiros sobre o Transtorno do Espectro Autista e como eles prestam cuidados a pessoas com TEA e suas famílias nas Unidades de Pronto Atendimento do município de Foz do Rio Itajaí, em Santa Catarina?Enfermeiros da UPA reconhecem pacientes com TEA com base em comportamentos e informações dos familiares, devido ao conhecimento limitado sobre o transtorno. Eles priorizam atendimento e ambiente calmo, mas desafios estruturais e superproteção familiar são obstáculos. A presença da família é crucial para informações e manejo do paciente.
4. Diagnóstico de autismo no século XXI: evolução dos domínios nas categorizações nosológicasConceição Santos Fernandes, Jeane Tomazelli, Vania Reis GirianelliPsicologia USP Qualis A12020Estudo document al NE VIComo evoluiu o diagnóstico do autismo ao longo do século XXI, considerando os critérios diagnósticos dos manuais DSM e CID, e quais foram as principais mudanças nos domínios de interação social, comunicação e padrão restritivo e repetitivo de comportamento?Os manuais DSM-5 e CID-11 representam avanços significativos em relação aos anteriores. Destacam-se a importância da linguagem pragmática no diagnóstico e a distinção entre TEA e transtornos de linguagem. Os domínios de interação social, comunicação e comportamento restrito permanecem, com ajustes nos subdomínios, afetando a sensibilidade diagnóstica.
5. Diagnósticos e intervenções de enfermagem em crianças com transtorno do espectro autista: perspectiva para o autocuidadoJuliana Macêdo Magalhães, Geovana Raíra Pereira de Sousa, Denise Silva dos Santos, Tamires Kelly dos Santos Lima Costa, Thays Magda Dias Gomes, Marly Marques Rêgo Neta, Delmo de Carvalho AlencarRevista Baiana de Enfermag em Qualis B22022Estudo exploratório e descritivo NE VIQuais são os desafios enfrentados pelas crianças com TEA e seus familiares no contexto do autocuidado?Os desafios do autocuidado para crianças com TEA e suas famílias envolvem isolamento social e falta de motivação para atividades básicas como comer, se higienizar e se vestir. Estratégias de intervenção focadas na autonomia e desenvolvimento dessas habilidades são essenciais para melhorar a qualidade de vida tanto das crianças quanto de suas famílias.
6. Humanização da assistência à saúde na percepção de enfermeiros e médicos de um hospital privadoRita de Cássia Calegari, Maria Cristina Komatsu Braga Massarollo, Marcelo José dos SantosRevista Da Escola De Enfermage Da USP Qualis A22015Estudo qualitativo exploratóri o e descritivo NE IVComo os profissionais de saúde percebem o significado e os desafios da humanização hospitalar na prática assistencial em um hospital geral privado de orientação religiosa católica?Os profissionais de saúde percebem a humanização hospitalar como práticas centradas no respeito, acolhimento e empatia, adaptando rotinas às necessidades dos pacientes. Fatores facilitadores incluem a cultura organizacional e a colaboração multiprofissional, enquanto a sobrecarga de trabalho é o principal desafio. Melhorar o ambiente e promover a autonomia são essenciais para a humanização.
7. Políticas para o autismo no Brasil: entre a atenção psicossocial e a reabilitaçãoBruno Diniz Castro de Oliveira, Clara Feldman, Maria  Cristina Ventura Couto, Rossano Cabral LimaRevista De Saúde Coletiva Qualis B32017Estudo é qualitativo, de base document al. NE IVQuais foram os desdobramentos das iniciativas próprias de grupos de familiares de autistas e das políticas públicas brasileiras na criação de estratégias de cuidado para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Brasil, considerando as diferentes abordagens entre a atenção psicossocial e a reabilitação?A Diretriz e a Linha de Cuidados fornecem orientações distintas sobre o cuidado às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no SUS. A Diretriz foca na reabilitação e na articulação com diferentes pontos da rede de saúde, enquanto a Linha de Cuidados prioriza a atenção psicossocial, destacando os CAPSi. Ambos os documentos refletem a complexidade e os desafios na construção de uma rede integrada de cuidados para indivíduos com TEA no Brasil, evidenciando a diversidade de abordagens e concepções neste campo.
8. Vivências de familiares de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro AutistaJuliana Macêdo Magalhães, Thalia Alves Rodrigues, Marly Marques Rêgo Neta, Carolinne Kilcia Carvalho Sena Damasceno, Kayo Henrique Jardel Feitosa Sousa, Emília Ângela Lo Schiavo ArisawaRevista Gaúcha de Enfermag em Qualis A32021Estudo qualitativo e descritivo NEVComo o diagnóstico de autismo infantil impacta a vida familiar e quais são as experiências cotidianas dos familiares de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA)?O estudo mostra que o diagnóstico de autismo afeta profundamente famílias, que enfrentam um processo complexo de adaptação. Mães, com idades entre 28 e 60 anos, lidam com desafios, buscando entender o transtorno e apoiar seus filhos. Sentimentos de angústia e luto são comuns, mas há determinação em buscar ajuda. Isso destaca a necessidade de políticas e serviços de apoio para essas famílias, visando ao bem-estar das crianças com TEA.
Fonte: Autoria Própria

A distribuição das publicações sobre o tema foi bastante homogênea ao longo dos anos de 2015, 2016, 2017, 2020, 2021, 2022 e 2023. Observou-se um discreto aumento no número de publicações no ano de 2022 (n=2; 20%), enquanto nos demais anos os números foram:2015 (n=1; 10%), 2016 (n=1; 10%), 2017 (n=1; 10%), 2020 (n=1; 10%), 2021 (n=1; 10%) e 2023 (n=1; 10%). É interessante notar que 5 dos artigos selecionados para o estudo são dos últimos 5 anos, indicando a atualidade dos dados.

As revistas selecionadas foram classificadas de acordo com o critério de classificação Qualis Capes. No que diz respeito ao Qualis Capes, a classificação foi dividida entre A3 e B3, representando 25% das publicações individualmente, seguidas por A1, A2, A4 e B2, cada uma compreendendo 12.5%. Isso sugere uma relevância das publicações selecionadas, especialmente aquelas classificadas como A3 e B3.

Em relação ao delineamento metodológico dos estudos, predominaram os estudos de nível 6 (estudo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa), representando 62.5% das publicações. Em seguida, os estudos de nível 4 (estudo qualitativo, descritivo, estudo de caso) representam 25%, enquanto os estudos de nível 5 (estudo qualitativo e descritivo) representaram 12.5%. Isso sugere uma diversidade de abordagens metodológicas utilizadas nos estudos, com uma prevalência de estudos de natureza exploratória e descritiva.

Essas análises demonstram a diversidade e a profundidade das pesquisas sobre a assistência do enfermeiro(a) a crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista, além de evidenciar a relevância e a atualidade dos estudos selecionados.

DISCUSSÃO

O Transtorno do Espectro Autista é definido como um transtorno do neurodesenvolvimento pelo Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-5). Caracteriza-se por déficits nas habilidades de comunicação e interação social, além de apresentar padrões comportamentais restritos e repetitivos. Esses déficits variam amplamente em sua expressão, tornando o processo de diagnóstico do TEA longo e complexo. Assim, é fundamental que esse processo seja baseado na observação direta do indivíduo e nos relatos detalhados de seus cuidadores e familiares, os quais possuem um contato mais próximo com a criança, sendo essenciais para a identificação precisa dos sintomas (Sandri, 2022).

De acordo com Pinto et al. (2016), a causa do autismo é multifatorial, envolvendo fatores genéticos, neurológicos e sociais. Os sintomas geralmente começam antes dos três anos de idade .O termo “espectro” reconhece que o autismo se manifesta de maneiras diferentes, variando em sua gravidade e impacto nas habilidades sociais, de comunicação e comportamentais.

Tanto o DSM-5 quanto a CID-11 categorizam o autismo como um espectro, com diferentes níveis de gravidade. O DSM-5 classifica em Nível I, com prejuízo social notável e inflexibilidade comportamental; Nível II, que requer apoio substancial devido a prejuízos sociais aparentes e dificuldade para lidar com mudanças; e Nível III, com necessidade de muito apoio substancial, déficits graves na comunicação social e extrema dificuldade com mudanças. O CID-11 oferece uma visão mais clara da deficiência intelectual e linguagem funcional, agrupando os diagnósticos conforme o nível de prejuízos nessas habilidades cognitivas (Fernandes et al.,2020).

Em 27 de Dezembro de 2012, foi sancionada a lei n° 12.764 que “institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista”. Além de reconhecer a pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) como “pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais” (Lei n° 12.764, § 2o), produz incidências em diversos campos, como na esfera assistencial, político/gestora, científico/acadêmica, educacional/pedagógica, bem como no campo dos direitos básicos. Tal política almeja promover um cuidado humanizado (Oliveira et al., 2017).

O significado do termo humanização para enfermeiros e médicos está relacionado ao respeito, ao acolhimento e à empatia. Os profissionais percebem que respeitar a individualidade e a cultura do paciente, adaptar as atividades hospitalares às necessidades do paciente, investir na qualidade do relacionamento interpessoal entre paciente e profissional de saúde e não se limitar às necessidades físicas, possibilitam a humanização da assistência (Calegari et al.;2015).

Esse conceito de humanização está diretamente ligado com o atendimento da equipe de enfermagem, que tem como seu propósito o cuidar, atuando constantemente na linha de frente dos serviços de assistência à saúde, sendo comum encontrarem situações com diversos pacientes e condições distintas, como os portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA) (Sandri et al, 2022).

De acordo com Sandri et al (2022), esses pacientes demandam maior atenção, necessitando de intervenções individuais. É necessário estabelecer estratégias e incluir toda a equipe multiprofissional, para que sintam-se seguros com as abordagens necessárias. O primeiro desafio enfrentado pelo enfermeiro, é a dificuldade em reconhecer esses pacientes, muitas vezes sendo possível identificá-los apenas em casos mais extremos do transtorno. Sendo assim, é crucial que o paciente ou acompanhante mencione sobre o diagnóstico logo no início do atendimento, visando minimizar impactos negativos durante a assistência e para que o profissional consiga adaptar o atendimento de acordo com as particularidades físicas e emocionais do indivíduo. Isso ajudará a criar uma relação de confiança entre ambos e minimizará o risco de desconforto para o portador de TEA. Acrescenta-se ainda que, a presença contínua de um familiar durante toda a consulta como uma estratégia facilitadora da relação entre enfermeiro e paciente, deixando também o paciente mais à vontade e seguro, além de servir como suporte emocional, garantir uma comunicação efetiva e fornecer informações importantes sobre o caso, assim, aumentando a qualidade do atendimento e proporcionando uma experiência positiva para o paciente.

O atendimento deve ser adequado ao indivíduo com TEA, utilizando-se de comunicação clara e assertiva. O enfermeiro deve estar sempre alerta sobre alterações no comportamento, bem como na organização e higiene do ambiente. É importante que o local de atendimento seja calmo, livre de barulhos excessivos e sem distrações visuais, essas ações têm como finalidade estimular a interação, acolhimento integral e conforto do paciente. O profissional deve buscar informações sobre a vida do paciente, com a família e ambiente em que frequentam, visando possibilidades de intervenção, o que demanda prontidão, singularidade e criatividade (Jerônimo et al, 2023).

A equipe de enfermagem deve deixar claro para os familiares a importância das intervenções fora do ambiente hospitalar, é indispensável que seja mencionado opções de tratamentos complementares, como a terapia ocupacional, musicoterapia, entre outros. É fundamental que a família seja instruída e preparada para que seja efetiva a continuação e participação ativa no tratamento no dia a dia (Jerônimo et al, 2023).

É essencial que os cuidadores estejam plenamente em harmonia com o indivíduo com TEA, para lidar com as frequentes mudanças comportamentais que podem apresentar. É indicado a elaboração de uma rotina, que permita a adaptação às suas necessidades. Os familiares também precisam de cuidados e estratégias para aliviar a pressão e estresse que podem ser causados devido às responsabilidades demandadas perante ao paciente. Desse modo, é essencial que o enfermeiro se atente a esses impactos e busque maneiras de reduzi-los, pois afetam o dia a dia de todos que estão envolvidos (Magalhães et al, 2021).

De acordo com Magalhães et al (2022), é crucial que o enfermeiro desenvolva estratégias claras e simples para estabelecer uma rotina de autocuidado para a criança, trabalhando em conjunto com ela e seus familiares. Essas estratégias, apresentadas em um cronograma visual e complementadas com recursos em áudio, são eficazes para melhorar as práticas de autocuidado, como higiene pessoal e alimentação. É importante também incluir atividades lúdicas e simbólicas que estimulem o desenvolvimento global da criança, junto com recursos que promovam habilidades para as atividades diárias. Essas abordagens, que priorizam o uso de recursos audiovisuais, apoio tecnológico, programas de treinamento e a seleção de materiais de preferência da criança, são fundamentais para aumentar a autonomia na higiene bucal em crianças com distúrbios do neurodesenvolvimento e déficits de habilidades.

Adicionalmente, o enfermeiro é responsável pela aplicação de estratégias como cronogramas, modelagem e intervenções baseadas em histórias, que podem aprimorar habilidades de comunicação, prontidão para o aprendizado e interação social em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ao elaborar planos de cuidados específicos, o enfermeiro considera as verbalizações dos usuários do serviço, garantindo um cuidado ativo e compartilhado que atenda às necessidades básicas e permita a reavaliação dos resultados das intervenções propostas (Magalhães et al , 2022).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que, os desafios encontrados no atendimento ao paciente com transtorno do espectro autista, se encontram na capacitação do enfermeiro para que saibam analisar e identificar as características do paciente portador do transtorno, tendo em vista que existem em diferentes níveis e graus complexidade. Com isso, a falta de cuidado, e planejamento estratégico para cada individualidade do espectro, impactam diretamente na vida do paciente e dos pais.

Diante disso, o enfermeiro desempenha um papel crucial para o planejamento da assistência, devido a sua atuação na linha de frente em diversos âmbitos da saúde. Em relação aos pacientes com TEA, as intervenções devem ser analisadas cuidadosamente de forma singular e em conjunto com os pais para avaliação e tratamento, além de contar com apoio a equipe multidisciplinar especializados na área.

Dessa forma, esta revisão integrativa foi possível reunir e identificar os desafios da atuação do enfermeiro no atendimento a pacientes com transtorno do espectro autista, buscando assim, métodos e estratégias eficazes para realizar um cuidado humanizado e acolhedor a este público-alvo, contribuindo para o conhecimento e para abordagens práticas da enfermagem em sua atuação.

REFERÊNCIAS

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¹Acadêmicos de Enfermagem do Centro Universitário UNA – Belo Horizonte (MG), Brasil
²Professora, Mestre, Doutora, Enfermeira e Orientadora da pesquisa do Centro Universitário UNA – Belo Horizonte(MG) Brasil