PREVALÊNCIA DE FRAGILIDADE E FATORES ASSOCIADOS EM PESSOAS IDOSAS DE COMUNIDADES DO MUNICÍPIO DE MACEIÓ/AL

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12808663


Letícia Moura Sarmento; João Araújo Barros Neto; Enaiane Cristina de Menezes; Jamile Ferro de Amorim; Sandra Mary Lima Vasconcelos; Thatiana Regina Fávaro; Terezinha da Rocha Ataíde; Gabriel Soares Bádue


O envelhecimento é um processo natural mas que traz consigo alterações fisiológicas, físicas, funcionais e psicológicas. Junto a estas transformações da senioridade, podem surgir a Síndrome da Fragilidade (SF) que pode ser definida como uma condição multifatorial, oriunda de fatores neuroendócrinos que podem agravar doenças ou estresses agudos na pessoa idosa. Atualmente os critérios mais aceitos para o rastreamento da SF são: relato de exaustão, diminuição da força de preensão manual, perda de peso não voluntária, redução da velocidade de marcha e baixo nível de atividade física. O objetivo do presente trabalho é estimar a prevalência de fragilidade e avaliar os fatores associados a essa condição em idosos comunitários de Maceió. Trata-se de um estudo observacional de base populacional do tipo transversal, envolvendo uma amostra de 290 pessoas idosas do município de Maceió. Utilizou-se um questionário semiestruturado e o fenótipo de Fried para a classificação de fragilidade. Foi utilizado o software Jamovi, versão 2.3.26 para realização da análise descritiva, análise univariada (teste qui-quadrado) para examinar a relação entre variáveis socioeconômicas e de saúde com a condição de pré-fragilidade e fragilidade. Além disso, utilizou-se um modelo de regressão logística multivariado para estimar a Odds Ratio entre o desfecho (fragilidade) e os fatores associados (p < 0,05). As pessoas idosas pré-frágeis predominaram significativamente, representando 76,2% da amostra, enquanto as frágeis corresponderam a 11,4%. A análise da amostra revelou uma associação marcante com faixas etárias entre 70 e 79 anos, bem como entre os com 80 anos ou mais. Além disso, foi observada uma relação estatisticamente significativa com o sexo feminino e a pré-fragilidade e com o analfabetismo e pré-fragilidade e fragilidade. Conclusão: Destaca-se, a relevância do rastreamento da fragilidade como medida para evitar seu desenvolvimento e até mesmo sua progressão, podendo reduzir desfechos negativos e contribuir para a melhoria da qualidade de vida da pessoa idosa.

 Palavras-Chave: Pessoas idosas; Fragilidade; Condições de saúde.

1. Introdução

Segundo o Ministério da Saúde (2021), o envelhecimento saudável é o processo de manutenção da capacidade funcional permitindo a qualidade de vida na idade avançada. Dessa forma, a capacidade cognitiva é determinada por recursos físicos e mentais, intrínsecos ao indivíduo, assim como determinada pelo ambiente ao seu redor (WHO, 2005).

No mundo, as pessoas idosas representam cerca de 13,9% da população, o que significa que, em números absolutos, pouco mais de 1,1 bilhão são pessoas idosas (BRASIL, 2021). Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022, o Brasil apresenta 14,7% de pessoas com 60 anos ou mais. Essa proporção contrasta significativamente com a realidade dos anos 1950, quando tais pessoas correspondiam a cerca de 8% da população global (KALACHE; VERAS; RAMOS, 1987).

Esses dados refletem as mudanças no perfil demográfico mundial ao longo das últimas décadas, resultando em um aumento na proporção de pessoas idosas na população. Como consequência, surgem novas demandas em termos de cuidados e de garantia das necessidades para essa parcela da sociedade, tanto no que diz respeito à saúde quanto no âmbito socioeconômico. Esse processo de transição demográfica traz também mudanças no perfil epidemiológico que é marcado pelo significativo aumento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), principalmente na pessoa idosa, sendo as DCNTs, no Brasil, as responsáveis por 72% das causas de morte (BRASIL, 2022).

Com esse processo de envelhecimento populacional de maneira acelerada destaca-se a importância de um envelhecimento saudável que possibilite a maior longevidade e qualidade de vida (FRANÇA et al., 2016). Para isso, são necessárias condições de saúde adequadas para o processo de envelhecimento saudável (PEREIRA et al., 2006). Segundo dados do IBGE, a população idosa é responsável pelo maior gasto dos recursos da saúde, isso se dá devido às internações e procedimentos à nível terciário de atenção à saúde. Desse modo, tais custos poderiam ser evitados, ou no mínimo reduzidos, através de maior enfoque nas políticas públicas de prevenção e promoção à saúde que visem a qualidade de vida e manutenção da saúde dessa população (BRASIL, 2012).

Com o passar dos anos, todo o mundo tem sofrido mudanças no perfil demográfico, em que o número de idosos vem aumentando e com isso vem a responsabilidade de estar preparado para cuidar e suprir as necessidades, tanto no âmbito da saúde quanto no âmbito socioeconômico, dessa população que naturalmente necessita de maior atenção, tendo em vista as vulnerabilidades da senioridade. Um dos desafios que podem surgir durante o envelhecimento é a Síndrome da Fragilidade (SF) que, segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (2020), pode ser definida como uma condição multifatorial, oriunda de fatores neuroendócrinos que podem agravar doenças ou estresses agudos na pessoa idosa. Ademais, é caracterizada pela diminuição de força e massa muscular, além de baixa energia e redução da independência para realizar as atividades cotidianas.

Nesse contexto da fragilidade, são observados alguns sintomas comuns como perda de peso involuntária, exaustão, fraqueza, e redução da velocidade de marcha (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2020). Essa condição também está associada a consequências como aumento do risco de quedas, de hospitalização, presença de doenças crônicas, sintomas depressivos, diminuição da autoeficácia, declínio da capacidade funcional e maior mortalidade (SANTOS et al., 2015). Para o diagnóstico da SF, os critérios mais aceitos para o rastreamento atualmente são: relato de exaustão, diminuição da força de preensão manual, perda de peso não voluntária, redução da velocidade de marcha e baixo nível de atividade física (FRIED, et al., 2001). Assim, esse estudo tem por objetivo identificar a prevalência da fragilidade e avaliar a sua associação com fatores ​​socioeconômicos e de saúde em idosos em idosos comunitários de Maceió/AL.

2. Métodos

Trata-se de um estudo observacional de base populacional do tipo transversal, o qual faz parte de uma pesquisa maior intitulada: “I Diagnóstico Alagoano de Saúde, Nutrição e Qualidade de Vida da Pessoa Idosa”, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Alagoas (CAAE: 30523820.0.0000.5013), com parecer nº 4.665.172/2021.

2.1. População e critérios de inclusão e exclusão

Considerando que a população alvo da pesquisa são pessoas idosas residentes em comunidades de Maceió, foram adotados os seguintes critérios de inclusão: ter 60 anos ou mais, ter capacidade de compreender as instruções ou estar com cuidador ou familiar responsável no momento da pesquisa para auxiliar na compreensão das instruções da pesquisa, concordar em participar e ser residente permanente do município.

Tendo em vista que o protocolo da pesquisa exige entendimento das perguntas e capacidade de comunicação, os critérios de exclusão foram: déficit cognitivo grave; sequelas graves de acidente vascular encefálico (AVE) com perda localizada de força e/ou afasia; doença de Parkinson em estágio grave ou instável, com comprometimento grave da motricidade e da fala; déficit grave de audição ou de visão; idosos em estágio terminal.

Para avaliação dos parâmetros acima citados, após autorização para participação na pesquisa, os participantes foram primeiramente submetidos à avaliação cognitiva mediante um teste de rastreio, por intermédio do Mini-Exame do Estado Mental (MEEM).

2.2. Plano amostral e coleta

O cálculo amostral foi realizado para o estudo maior, considerando 95% de confiança, um erro máximo igual a 3% e um acréscimo de 10% para cobrir possíveis perdas do processo amostral. Nessas condições, a amostra do estudo completa deveria ter ao menos 1.174 pessoas. Essa quantidade foi distribuída entre as dez regiões sanitárias do estado, proporcionalmente às suas populações, ficando Maceió com uma amostra de 290 pessoas.

Para a seleção da amostra foram considerados setores censitários delimitados pelo IBGE (2021), os quais foram sorteados para definição dos locais de coletas. Para cada setor sorteado, a coleta foi iniciada por meio de uma seleção sistemática dos domicílios, a partir do sorteio de um ponto inicial da contagem. Assim, em cada setor censitário, os domicílios foram visitados consecutivamente até a identificação do número de idosos estabelecidos para cada município.

Para a coleta de dados foi utilizado como instrumento um questionário  previamente estabelecido, aplicado durante a primeira visita domiciliar, contendo informações sobre variáveis sociodemográficas, econômicas, condições de saúde atual e pregressa, estilo de vida, avaliação do estado nutricional, composição corporal, capacidade funcional, capacidade cognitiva, fragilidade física, ingestão alimentar, qualidade de vida, condições de moradia e situação de vulnerabilidade.

Toda a coleta foi realizada por meio de visitas domiciliares ao participante, coordenadas por professores pesquisadores deste projeto acompanhados por acadêmicos dos cursos de Nutrição, Enfermagem, Educação Física, Medicina e Psicologia da Universidade Federal de Alagoas (bolsistas ou voluntários da pesquisa), devidamente treinados e capacitados para o estudo, considerando o plano amostral desta pesquisa.

2.3. Variáveis

2.3.1. Fragilidade

A fragilidade é a variável dependente do estudo, sendo medida através do fenótipo de Fried que considera a seguinte classificação: não frágil, pré-frágil e frágil. São considerados não frágeis aqueles com o total de zero pontos; pré-frágeis, entre 1 e 2 pontos; e frágeis aqueles com pontuação maior ou igual a 3. Para isso utiliza-se dos seguintes parâmetros:

– Perda de peso não intencional: para a análise da perda de peso foi feita a seguinte pergunta: “No último ano, perdeu peso de forma não intencional (sem querer)? Pontuou positivamente perdas de peso maiores que 4,5 kg (FRIED et al, 2001).

– Diminuição da força de preensão palmar: A força de preensão palmar foi medida utilizando o dinamômetro Jamar (Lafayette Instruments, Lafayette, IN, USA). O teste foi realizado com idoso sentado, com as costas apoiadas, e cotovelo dobrado formando um ângulo de 90°, sendo realizada três medidas com a mão dominante do participante sendo utilizada a maior medida dentre elas. Para a análise o valor da força, medido em kgf, foi ajustado por gênero e índice de massa corporal (IMC). O IMC foi separado por sexo e divido em quartil, sendo o ponto de corte para determinar a diminuição de força de preensão palmar o valor do menor quintil. Dessa forma, pontuaram positivamente os participantes que obtiveram valores igual ou menores que o ponto de corte de cada quartil de IMC (FRIED et al, 2001). Também pontuaram positivamente idosos acamados e idosos que não conseguiram realizar o teste.

– Baixo nível de atividade física: Para medir essa variável foi realizado o QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA (IPAQ) que quantifica, em minutos, realização de exercício físico semanal, pontuando aqueles com o tempo menor que 150 minutos/semana, classificados como insuficientemente ativos (SANTOS et al., 2015; TAVARES et al., 2014).

– Diminuição da velocidade de marcha: Foi definida por meio do desempenho físico sendo cronometrado o tempo, em segundos, para realizar o percurso de 4,6 metros de caminhada em marcha habitual do participante e realizado três medidas, utilizando-se a média dos tempos. O valor obtido foi ajustado para sexo e estatura dos idosos. Nesse sentido, foi realizada a média das alturas para cada gênero aplicando-a como ponto de corte. Já os tempos foram estratificados em quintis, sendo utilizado como ponto de corte o valor do maior quintil, ou seja, os mais lentos (FRIED et al, 2001).

2.3.2. Variáveis independentes

2.3.2.1. Sociodemográficas

A variável idade foi dividida em três faixas etárias: de 60 a 69 anos, de 70 a 79 e maior que 80 anos de idade. A variável sexo em feminino e masculino. Etnia, foi autodeclarada, sendo categorizada como: negros, os que se declararam como negros ou pardos; e não negros, os que se declararam brancos, amarelos ou indígenas. Escolaridade, classificada como: analfabeto, baixa escolaridade (1-4 anos de estudo), média escolaridade (5-8 anos de estudo), alta escolaridade (> 8 anos de estudo). Já a variável arranjo familiar foi categorizada em: mora sozinho ou acompanhado.

2.3.2.2. Condições de saúde

O estado nutricional foi definido a partir do Índice de Massa Corporal (IMC), calculado pela razão entre peso, em kg, e quadrado da altura, em metros. Foram utilizados os seguintes pontos de corte: magreza, IMC < 22 kg/m²; eutrofia, IMC entre 22 e 27 kg/m²; excesso de peso IMC > 27 kg/m² (LIPSCHITZ, 1994). Para a variável depressão utilizou-se a Escala de Depressão Geriátrica (EGD) em versão reduzida de Yesavage (GDS-15), uma ferramenta de rastreio de depressão em idosos que consiste em 15 perguntas e estabelece o diagnóstico de depressão para resultados maiores que cinco pontos. O histórico de quedas foi utilizado como uma variável dicotômica em que avaliou a presença de quedas no último ano.

2.4. Análise estatística

Após a coleta de dados foi construído um banco de dados no programa Microsoft Office Excel® versão 2019. Posteriormente, para a realização da análise estatística foi utilizado o software Jamovi, versão 2.3.26.

A princípio, foi realizada análise estatística descritiva para variáveis ​​categóricas, a partir de frequências absolutas e percentuais. Posteriormente, para examinar a relação entre variáveis socioeconômicas e de saúde com a condição de pré-fragilidade e fragilidade, foi feita uma análise univariada utilizando-se o teste qui-quadrado.

Para estimar a Odds Ratio entre o desfecho (fragilidade) e os fatores associados foi utilizado um modelo de regressão logística multivariado, considerando intervalo de confiança (IC) de 95%. Em todos os testes foi considerado um nível de significância de 5%.

3. Resultados

A amostra é predominantemente composta por indivíduos: com faixa etária entre 60-69 (51,7%); mulheres (69,7%); negros (69,9%); com escolaridade baixa (30,4%); com excesso de peso (58,2%); que moram acompanhado (76,6%); sem indicativo de depressão (75,9%); que não apresentaram quedas no último ano (62,1%) (Tabela 1). Em relação a fragilidade, destaca-se as seguintes prevalências: 36 indivíduos foram classificados como não frágeis (12,4%); 221 como pré-frágeis (76,2%); e 33 como frágeis (11,4%).

Tabela 1 – Caracterização da amostra (n = 290). Maceió, 2024.

Fonte: Dados da pesquisa.

A Tabela 2 apresenta a associação do perfil de fragilidade com as características sociodemográficas e condições de saúde avaliadas, variáveis preditoras. Faixa etária (p = 0,001), sexo (p = 0,007) e escolaridade (p = 0,003), apresentaram associação significativa com fragilidade.

Tabela 2 – Análise univariável de associação entre fragilidade e variáveis preditoras. Maceió, 2024.

Fonte: Dados da pesquisa.

A Tabela 3 apresenta as estimativas para a OR obtidas com o modelo de regressão logística multivariada. Para faixa etária, a razão entre indivíduos pré-frágeis e não frágeis apresentou significância para os dois grupos etários. Na faixa de 70-79, a OR = 4,1 (p = 0,008) indica que a chance de um indivíduo desse grupo estar “pré-frágil” é cerca de quatro vezes quando comparado a um idoso de 60-69 anos. No caso dos idosos com 80 anos ou mais, possui uma chance de quase seis vezes (OR = 5,84; p = 0,041) de ter essa condição, em comparação com a menor faixa etária. Em relação à condição de fragilidade, as razões estimadas são ainda maiores, quando comparadas ao grupo não-frágil. Um idoso com idade entre 70 e 79, possui quase 13 vezes (OR = 12,89, p < 0,001) mais chance de estar frágil, quando comparado a um indivíduo com idade entre 60 e 69 anos, resultado semelhante para a faixa etária de 80 anos ou mais (OR = 12,71, p = 0,015).

Em relação ao sexo, os resultados indicam que as mulheres tem mais chance de estarem na condição de pré-fragilidade (OR = 3,68, p = 0,003), em comparação com os homens.

Quanto à escolaridade, foram encontradas evidências de associação tanto para analfabetos quanto para as pessoas com médio nível de escolaridade, quando comparados aos indivíduos com alto nível de escolaridade. Em relação a condição de pré-fragilidade, os analfabetos têm 9,81 vezes (p = 0,040) mais chances de estarem nessa condição em comparação ao alto nível de escolaridade, e 4,16 mais chances (p = 0,014), quando comparados à escolaridade média. Em relação a condição de fragilidade, os analfabetos apresentam 14,62 vezes (p = 0,031) mais chances de estarem nessa condição, quando comparados aos indivíduos com alto nível de escolaridade.

Tabela 3 – Regressão logística multivariada utilizando variáveis ​​associadas à pré-fragilidade e fragilidade. Maceió, 2024.

Fonte: Dados da pesquisa.

OR: Razão de Chances ; IC: intervalo de confiança,;

1: categoria de referência;

4. Discussão

Segundo estudos de Borges Filho et al (2019), realizado em um município de Goiás, encontrou uma prevalência da condição de pré-fragilidade de 53,1%, sendo 23,1 pontos percentuais menor do que o achado no presente estudo, e a fragilidade correspondeu a 33,3% sendo quase o triplo do encontrado neste estudo. Essas diferenças nos percentuais da prevalência de fragilidade não podem ser bem compreendidas, visto que o próprio trabalho ressalta a escassez de informações sobre a prevalência de fragilidade no estado de Goiás, além disso, destaca uma limitação referente a seleção da amostra que foi feita por conveniência e não de forma randomizada.

Ademais, um trabalho realizado na Bahia observou a prevalência de 16,9% de frágeis e 61,8% pré-frágeis, sendo o percentual de pré-frágeis mais próximo que o encontrado, e o de frágeis levemente acima que o visto em Maceió (SILVA et al., 2015). Tais semelhanças podem ter influência da regionalidade, visto que o estudo de Sousa e colaboradores realizado também no nordeste, com idosos comunitários, revelou achados símiles. Isso enfatiza a influência regional, já que as características do contexto social têm impacto na saúde, originando disparidades nas exposições e desfechos (SOUSA et al., 2012).

Já um trabalho nacional, referência no tópico fragilidade, realizado em 7 cidades brasileiras com uma amostra de 3.478 idosos, encontrou a seguinte prevalência de fragilidade: 9,1% eram frágeis e 51,8% pré-frágeis (NERI et al., 2013). Dessa forma demonstrando que a amostra da capital alagoana entra-se acima da média nacional.

Uma pesquisa realizada no Rio Grande do Sul com uma amostra de 555 idosos de comunidade encontrou associação com a idade (p < 0,001), apresentando maior fragilidade em idosos mais velhos (GROSS et al., 2018). Ademais, o estudo de Duarte e colaboradores também demonstrou que a SF aumentou de acordo com as faixas etárias maiores (DUARTE, et al., 2018) assim como encontrado no presente estudo. Dessa forma, compreende-se que a idade e fragilidade estão diretamente ligadas ao processo de senescência e consequente diminuição da capacidade física e funcional (GROSS et al., 2018).

Em relação a associação com o sexo femino, estudos brasileiros demonstraram associação significativa, corroborando com o achado no presente estudo (SILVA, et al., 2015; TAVARES et al., 2017). Tal fato pode estar relacionada à composição corporal da mulher, menor reserva muscular em comparação aos homens, e também às alterações hormonais provenientes da menopausa, natural do processo de envelhecimento da mulher, além da maior expectativa de vida do grupo feminino (FERNANDEZ-BOLAÑOS, et al., 2008).

Assim como apresentado neste trabalho, estudos nacionais e internacionais corroboram o achado, como apresentado por Yang, nos Estados Unidos, e os nacionais por Fohn e colaboradores e Neri e colaboradores verificando também a associação com a baixa escolaridade (FHON et al., 2018; NERI et al., 2013; YANG, 2009).

5. Conclusão

No contexto deste estudo, as pessoas idosas pré-frágeis predominaram significativamente, representando 76,2% da amostra, enquanto as classificadas como frágeis corresponderam a 11,4%. A análise da amostra revelou uma associação marcante com faixas etárias compreendidas entre 70 e 79 anos, bem como entre os com 80 anos ou mais. Além disso, foi observada uma relação estatisticamente significativa com o sexo feminino e a pré-fragilidade e com o analfabetismo e pré-fragilidade e fragilidade, sugerindo possíveis fatores de influência sobre o estado de fragilidade nessa população idosa.

Portanto, destaca-se, a relevância do rastreamento da fragilidade como medida para evitar seu desenvolvimento e até mesmo sua progressão. Essa abordagem pode reduzir desfechos negativos, como maior taxa de hospitalização e morbimortalidade, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da pessoa idosa e também para a redução de custos na saúde.

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