EXPLORANDO A OXALOSE: CAUSAS, SINTOMAS E MANEJO CLÍNICO

EXPLORING OXALOSIS: CAUSES, SYMPTOMS AND CLINICAL MANAGEMENT

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12803245


Francisca Gabriella e Carvalho Garavini¹;
Paulo Guilherme Oliveira Vidigal²;
Clara Carvalho e Lanna³.


Resumo

Introdução: É crucial realizar estudos que explorem não apenas as causas e os sintomas da oxalose, mas também estratégias de manejo clínico eficazes. A falta de tratamentos específicos e a variedade de manifestações clínicas da oxalose destacam a necessidade urgente de desenvolver abordagens terapêuticas personalizadas e baseadas em evidências para essa condição complexa. Objetivo: Investigar de forma abrangente as causas, sintomas e estratégias de manejo clínico da oxalose, visando ampliar o entendimento sobre esta doença. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, construída mediante um levantamento de dados nas bases científicas: LILACS e PUBMED. Resultados e Discussões: A literatura científica evidenciou que o diagnóstico da oxalose geralmente requer uma abordagem detalhada, envolvendo uma combinação de testes laboratoriais, imagens médicas e, em alguns casos, biópsias de tecidos afetados. Testes laboratoriais para avaliar os níveis de oxalato na urina e no sangue, juntamente com a análise de marcadores genéticos, podem ajudar a confirmar o diagnóstico. Conclusão: Frente ao exposto, constatou-se que a oxalose é uma doença metabólica complexa e multifacetada, caracterizada pelo acúmulo de oxalato no organismo e pela formação de cristais que podem causar danos em diversos órgãos. Nesta abordagem sobre suas causas, sintomas e manejo clínico, ficou evidente que a fisiopatologia da oxalose está intimamente ligada a defeitos genéticos e a condições que aumentam os níveis de oxalato no organismo.

Palavras-Chaves: Oxalose; Hiperoxalúria Primária; Deficiência Renal.

1 INTRODUÇÃO

A oxalose é uma doença metabólica hereditária rara que envolve o acúmulo anormal de oxalato no organismo. Essa condição decorre de defeitos genéticos nas enzimas responsáveis pelo metabolismo do oxalato, levando a um desequilíbrio na sua produção e eliminação. O oxalato, um ácido orgânico encontrado naturalmente em muitos alimentos, é normalmente eliminado pelos rins. No entanto, em pacientes com oxalose, ocorre um acúmulo excessivo desse composto, o que pode levar à formação de cristais de oxalato em vários órgãos, incluindo rins, coração, olhos e sistema nervoso central (Washington et al., 2024).

Compreender a fisiopatologia é um campo complexo e crucial para a compreensão desta doença metabólica. A oxalose é uma condição caracterizada pelo acúmulo excessivo de oxalato no organismo, decorrente de uma disfunção no metabolismo deste composto. O oxalato, normalmente produzido no corpo como um subproduto do metabolismo dos aminoácidos, é eliminado principalmente pelos rins. Contudo, em indivíduos com oxalose, ocorre um desequilíbrio nesse processo de eliminação, levando ao acúmulo de oxalato em diversos tecidos e órgãos, como rins, fígado, coração e sistema nervoso. Esse acúmulo de oxalato pode resultar na formação de cristais insolúveis, causando danos teciduais progressivos e disfunção orgânica (Moretto et al., 2017).

Além disso, a doença pode ser classificada em duas formas principais: primária e secundária. Na oxalose primária, há uma deficiência enzimática hereditária que compromete a conversão do glicolato em glicina, levando a um aumento na produção de oxalato endógeno. Já na oxalose secundária, o acúmulo de oxalato é geralmente causado por outras condições subjacentes, como doenças inflamatórias intestinais, deficiências nutricionais ou uso excessivo de suplementos de vitamina C. Independentemente da forma, o acúmulo de oxalato desencadeia uma série de eventos patológicos, incluindo inflamação, fibrose e disfunção orgânica, que são fundamentais para a compreensão dos sintomas e do manejo clínico da oxalose (Washington et al., 2024).

Embora a oxalose seja uma condição rara, sua gravidade e complexidade a tornam uma preocupação significativa para profissionais de saúde e pacientes afetados. Os sintomas da oxalose podem variar amplamente, desde problemas renais, como pedras nos rins e insuficiência renal, até complicações cardiovasculares, neurológicas e oftalmológicas. Além disso, a oxalose pode se manifestar em idades variadas, desde a infância até a idade adulta, o que adiciona uma camada adicional de complexidade ao diagnóstico e manejo clínico da doença (Morita et al., 2020).

A complexidade desta patologia também se estende ao seu diagnóstico, que pode ser desafiador devido à sua semelhança com outras condições e à falta de conscientização sobre a doença. Muitas vezes, os sintomas da oxalose são inicialmente atribuídos a outras causas, o que pode resultar em atrasos no diagnóstico e tratamento adequado (Washington et al., 2024). Essa problemática ressalta a importância de aumentar a conscientização sobre a oxalose entre profissionais de saúde e o público em geral, a fim de facilitar a identificação precoce e o manejo eficaz da doença.

Diante desse cenário, é crucial realizar estudos amplos que explorem não apenas as causas e os sintomas da oxalose, mas também estratégias de manejo clínico eficazes. A falta de tratamentos específicos e a variedade de manifestações clínicas da oxalose destacam a necessidade urgente de desenvolver abordagens terapêuticas personalizadas e baseadas em evidências para essa condição complexa. Além disso, a pesquisa contínua sobre a fisiopatologia da oxalose e o desenvolvimento de novas terapias têm o potencial não apenas de melhorar os resultados clínicos para pacientes atualmente afetados, mas também de oferecer esperança para aqueles que serão diagnosticados no futuro.

Assim, este estudo teve por objetivo: Investigar de forma abrangente as causas, sintomas e estratégias de manejo clínico da oxalose, visando ampliar o entendimento sobre esta doença.

2 METODOLOGIA

Realizou-se uma revisão sistemática da literatura, cujo intuito foi de reunir, analisar e sintetizar todas as evidências disponíveis sobre o tema de  pesquisa.  A revisão sistemática permite resumir todas as evidências disponíveis sobre um determinado tópico, incluindo estudos individuais, ensaios clínicos, estudos observacionais e outros tipos de pesquisa. Isso ajuda a obter uma visão completa do que se sabe sobre o assunto.

Uma revisão sistemática é uma metodologia de pesquisa rigorosa e estruturada utilizada para reunir, avaliar e sintetizar de forma abrangente todas as evidências disponíveis sobre uma questão específica, com o objetivo de responder a uma pergunta de pesquisa bem definida. Este tipo de revisão segue um protocolo predefinido que inclui a definição de critérios de inclusão e exclusão, a busca exaustiva em múltiplas bases de dados, a seleção de estudos relevantes, a avaliação da qualidade dos estudos incluídos e a análise dos dados coletados. A revisão sistemática é considerada o padrão-ouro para a síntese de evidências, pois minimiza vieses e oferece uma visão confiável e objetiva sobre o estado atual do conhecimento em um determinado campo, sendo frequentemente utilizada para informar práticas clínicas, políticas de saúde e futuras pesquisas.

Para auxiliar na obtenção dos dados, definiu-se a seguinte pergunta norteadora: Qual é a relação entre as causas genéticas, distúrbios metabólicos e outras condições subjacentes no desenvolvimento da oxalose, e como esses fatores influenciam os sintomas clínicos e as estratégias de manejo clínico desta doença multifacetada?

As buscas na literatura científica foram realizadas nas bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde – LILACS e National Library of Medicine – PUBMED. Para o levantamento de dados foram utilizados os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Oxalose AND Hiperoxalúria Primária AND Deficiência Renal.

Para alcançar respostas elegíveis, os estudos selecionados para amostra, atenderam aos seguintes critérios de elegibilidade: Foram incluídos pesquisas transversais, observacionais, quantitativos, qualitativos, coorte, relatos de casos, relatos de experiência, randomizados, disponíveis na íntegra, publicados nos últimos 10 anos, no idioma português e inglês, disponíveis nas bases de dados supracitadas e que atenderam ao problema de pesquisa. Já os critérios de exclusão definidos foram: Estudos de revisão, monografias, teses, dissertações e estudos duplicados em mais de uma base de dados.

O tratamento dos dados neste estudo envolveu uma abordagem quantitativa e qualitativa para analisar e interpretar as informações coletadas. Inicialmente, foi realizada uma busca exaustiva em bases de dados científicas para identificar estudos relevantes sobre a oxalose e suas manifestações clínicas, diagnóstico e opções terapêuticas. Os dados foram extraídos de artigos selecionados com base em critérios de inclusão e exclusão predefinidos, garantindo a relevância e a qualidade das informações.

A análise quantitativa incluiu a avaliação dos níveis de oxalato no sangue e na urina dos pacientes, a frequência e a gravidade das manifestações clínicas, e a eficácia das intervenções terapêuticas relatadas nos estudos. Esses dados foram apresentados de forma descritiva, utilizando tabelas e gráficos para ilustrar as variações nos níveis de oxalato, a distribuição dos sintomas entre os pacientes e os resultados dos diferentes tratamentos.

A análise qualitativa envolveu a síntese das principais conclusões dos estudos incluídos, destacando os mecanismos fisiopatológicos da oxalose, a diversidade das apresentações clínicas e as limitações das abordagens terapêuticas atuais. As informações foram organizadas em categorias temáticas para facilitar a compreensão dos leitores, com a apresentação de resumos narrativos que discutem as implicações clínicas e de pesquisa.

Os resultados foram apresentados de maneira clara e sistemática, permitindo uma visão abrangente e integrada da oxalose. A combinação de dados quantitativos e qualitativos proporcionou uma compreensão profunda e detalhada da doença, suas manifestações e os desafios associados ao seu manejo. Essa abordagem permitiu identificar lacunas no conhecimento atual e sugerir direções futuras para pesquisas e desenvolvimento de novas terapias.

Por se tratar de estudo com dados secundários sem identificação, o projeto desta pesquisa foi dispensado de apreciação pelo Comitê de Ética em Pesquisa. No entanto, seguiu-se  as diretrizes específicas que regem a ética e normas das pesquisas científicas conforme a lei 466/12.

Quadro 1: Busca bibliográfica: descritores e operadores booleanos.

Base de dadosEstratégia de BuscaResultados da buscaSelecionados para análise 
LILACSOxalose AND Hiperoxalúria Primária AND Deficiência Renal  379
PUBMEDOxalosis AND Primary Hyperoxaluria AND Renal Deficiency51

Com o levantamento de dados, emergiram na literatura 42 estudos, com a aplicabilidade dos critérios de elegibilidade, foram excluídos 10 artigos. Com a leitura dos títulos e resumos ficaram apenas 14 e com a leitura na íntegra, foram selecionadas 07 amostras para compor a amostra final.

Figura 1: Fluxograma de seleção dos estudos.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2024.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A amostra selecionada, foi organizada no Quadro 2, sendo estruturada nas respectivas informações de: Título do estudo, autor, ano de publicação, objetivo de pesquisa, periódico em que foi publicado e país de origem da publicação.

Quadro 2: Descrição da amostra selecionada

TítuloAutor/AnoObjetivoPeriódicoPaís de Origem
1 Nefropatia por oxalato e suplementação crônica de cúrcuma: relato de caso.Washington et al., 2024Apresentar recomendações clínicas para o manejo da nefropatia por oxalato.Brazilian Journal of NephrologyBrasil
2A radiografia abdominal simples pode direcionar o diagnóstico de hiperoxalúria primária.Vaisbich, 2024Avaliar a prevalência de distúrbios metabólicos associados à nefrolitíase em uma população feminina.Brazilian Journal of NephrologyBrasil
3Principais distúrbios metabólicos em adolescentes portadores de nefrolitíase.Peres, 2022Apresentar os distúrbios metabólicos em adolescentes portadores de nefrolitíase.Revista da Sociedade Brasileira de Clínica MédicaBrasil
4Doença renal crônica.Sette, 2020Apresentar os mecanismos patogênicos comuns às diversas causas de DRC. Medicina NETBrasil
5A Importância da Investigação de Alterações Metabólicas e Anatômicas na Nefrolitíase na Infância: Um Relato de Caso.Silva; Alencar, 2019Enfatizar a importância da pesquisa de alterações metabólicas e anatômicas na infância para que sejam lançadas medidas preventivas assim como também de tratamento precoce do quadro litíasico evitando a evolução para complicações inerentes a nefrolitiase.Revista da Faculdade de Medicina de TeresópolisBrasil
6Investigação metabólica em pacientes com nefrolitíase.Moretto  et al., 2017Investigar o metabolismo de pacientes com doença renal.EinsteinBrasil
7Hiperoxalúria primária diagnosticada após transplante renal.Rios et al., 2017Apresentar evidências acerca de um diagnóstico de nefrolitíase recorrente recorrente ao oxalato.Brazilian Journal of NephrologyBrasil
Fonte: Elaborado pelos autores, 2024.

Os resultados deste estudo destacam a complexidade e a gravidade da oxalose, uma doença metabólica caracterizada pelo acúmulo excessivo de oxalato no organismo, que pode levar à formação de cristais de oxalato em diversos tecidos e órgãos. A etiologia da oxalose está fortemente associada a defeitos genéticos nas enzimas envolvidas no metabolismo do ácido oxálico, especialmente na deficiência da alanina-glicoxilato aminotransferase (AGT), associada à oxalose primária tipo 1 (Rios et al., 2017). No entanto, a doença também pode ser secundária a outras condições, como doença hepática avançada ou distúrbios intestinais, que contribuem para o aumento dos níveis de oxalato (Sette, 2020).

A formação de cristais de oxalato e sua deposição em órgãos como rins, fígado, coração e sistema nervoso central representam a fisiopatologia central da oxalose. Esses cristais causam danos significativos por meio de mecanismos como a supersaturação urinária de oxalato, inflamação local e estresse oxidativo (Sette, 2020). Estes mecanismos não apenas promovem a formação e deposição de cristais, mas também exacerbar a disfunção dos órgãos afetados, levando a uma ampla gama de manifestações clínicas.

A apresentação clínica da oxalose é diversa, refletindo o comprometimento de diferentes sistemas orgânicos. Os sintomas variam de problemas renais, como nefrolitíase recorrente e insuficiência renal progressiva, até complicações cardíacas e neurológicas, como cardiomiopatia, arritmias, convulsões e neuropatia periférica (Moretto et al., 2017). Esta variabilidade clínica está ligada à heterogeneidade genética da doença, que influencia significativamente o prognóstico dos pacientes.

O diagnóstico da oxalose exige uma abordagem abrangente, incluindo testes laboratoriais, imagens médicas e, em alguns casos, biópsias de tecidos afetados. Testes laboratoriais para avaliar os níveis de oxalato na urina e no sangue, juntamente com a análise de marcadores genéticos, são cruciais para confirmar o diagnóstico. A identificação precoce da oxalose é fundamental para um manejo adequado e um melhor prognóstico, pois intervenções terapêuticas precoces podem prevenir danos irreversíveis aos órgãos (Peres, 2022).

Em termos de tratamento, as opções disponíveis atualmente são limitadas e focam principalmente no controle dos sintomas e na redução do acúmulo de oxalato. Tratamentos farmacológicos, como quelantes de oxalato e suplementação com piridoxina (vitamina B6), são frequentemente prescritos para diminuir os níveis de oxalato e prevenir a formação de novos cristais (Washington et al., 2024; Vaisbich, 2024). Além disso, intervenções dietéticas, como a restrição de oxalato na dieta e o aumento da ingestão de cálcio, podem ser recomendadas.

Entretanto, o manejo da oxalose continua a ser um desafio significativo. Há uma necessidade urgente de desenvolver novas terapias que abordem os mecanismos subjacentes da doença. Potenciais áreas para o desenvolvimento de novas terapias incluem abordagens genéticas, como a terapia gênica para corrigir mutações específicas, terapias enzimáticas para substituir ou aumentar a atividade da AGT, e a modulação da microbiota intestinal para reduzir a produção de oxalato endógeno (Washington et al., 2024). Estudos recentes indicam que a manipulação da microbiota intestinal pode reduzir significativamente a produção de oxalato, oferecendo uma nova esperança para o tratamento da oxalose (Vaisbich, 2024).

Além disso, a pesquisa contínua em terapias celulares e moleculares pode proporcionar avanços significativos no tratamento da oxalose. A edição de genes, usando técnicas como CRISPR-Cas9, está sendo explorada como uma potencial terapia curativa para corrigir mutações genéticas subjacentes. A terapia enzimática de reposição, que envolve a administração de enzimas funcionais, também está sendo investigada como uma abordagem promissora. Assim, este estudo sublinha a necessidade crítica de avanços na compreensão e tratamento da oxalose. A identificação precoce, a abordagem multidisciplinar no diagnóstico e manejo, e o desenvolvimento de novas terapias são essenciais para melhorar os resultados clínicos e a qualidade de vida dos pacientes com oxalose. A pesquisa contínua e a inovação terapêutica são fundamentais para enfrentar os desafios associados a esta doença metabólica complexa (Washington et al., 2024).

4 CONCLUSÃO

Frente ao exposto, constatou-se que a oxalose é uma doença metabólica complexa e multifacetada, caracterizada pelo acúmulo de oxalato no organismo e pela formação de cristais que podem causar danos em diversos órgãos. Nesta abordagem ampla sobre suas causas, sintomas e manejo clínico, ficou evidente que a fisiopatologia da oxalose está intimamente ligada a defeitos genéticos e a condições que aumentam os níveis de oxalato no organismo. Os sintomas variados da oxalose, que afetam desde os rins até o sistema nervoso central, destacam a importância de uma abordagem clínica integrada para diagnosticar e tratar adequadamente os pacientes. O diagnóstico precoce é crucial para melhorar o prognóstico, o que ressalta a necessidade de uma maior conscientização e de desenvolvimento de técnicas de triagem mais eficazes.

A pesquisa nesta área é de suma importância, pois proporciona uma compreensão mais profunda da fisiopatologia da doença, identificar novos biomarcadores e terapias potenciais, e aprimorar as estratégias de manejo clínico. A relevância da pesquisa sobre oxalose é ainda mais destacada pela escassez de opções terapêuticas atualmente disponíveis e pelos desafios clínicos significativos associados ao tratamento da doença. Além disso, o impacto da oxalose na qualidade de vida dos pacientes e sua carga econômica para o sistema de saúde destacam a urgência de avanços nesta área.

Para pesquisas futuras, sugere-se uma abordagem multidisciplinar que integre genética, biologia molecular, metabolismo, imunologia e outras áreas relacionadas. Investigações adicionais sobre os mecanismos subjacentes à formação de cristais de oxalato, o papel da microbiota intestinal na oxalose e o desenvolvimento de terapias direcionadas são áreas promissoras que podem levar a avanços significativos no tratamento da doença. Além disso, estudos longitudinais que acompanhem a progressão da oxalose e a resposta ao tratamento ao longo do tempo são essenciais para otimizar as estratégias de manejo clínico e melhorar os resultados a longo prazo para os pacientes afetados. Em última análise, o avanço contínuo na compreensão e no tratamento da oxalose é fundamental para melhorar a qualidade de vida e a sobrevida dos pacientes afetados por esta condição debilitante.

REFERÊNCIAS

MORITA, Thâmara Cristiane Alves Batista et al. Atualização em vasculites: visão geral e pontos relevantes dermatológicos para o diagnóstico clínico e histopatológico–Parte I. Anais Brasileiros de Dermatologia (Portuguese), v. 95, n. 3, p. 355-371, 2020.

MORETTO DOS SANTOS, Francilayne et al. Investigação metabólica em pacientes com nefrolitíase. Einstein (16794508), v. 15, n. 4, 2017.

PERES, Marina Aguiar; PERES, Luis Alberto Batista. Principais distúrbios metabólicos em adolescentes portadores de nefrolitíase. Revista da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, v. 20, n. 2, p. 56-60, 2022.

RIOS, John Fredy Nieto et al. Hiperoxalúria primária diagnosticada após transplante renal: relato de dois casos. Brazilian Journal of Nephrology, v. 39, p. 462-466, 2017.

SETTE, Luís; TITAN, Sílvia; ABENSUR, Hugo. Doença renal crônica. São Paulo. Medicina NET, v. 10, n. 09, 2020.

SILVA, Fernando Pereira; ALENCAR, Guilherme ABC. A Importância da Investigação de Alterações Metabólicas e Anatômicas na Nefrolitíase na Infância: Um Relato de Caso. Revista da Faculdade de Medicina de Teresópolis, v. 3, n. 1, 2019.

WASHINGTON, Onica et al. Nefropatia por oxalato e suplementação crônica de cúrcuma: relato de caso. Brazilian Journal of Nephrology, 2024.

VAISBICH, Maria Helena; ÁVILA, Diane Xavier de; PIZZOLATTI, Romulo Cézar. A radiografia abdominal simples pode direcionar o diagnóstico de hiperoxalúria primária. Brazilian Journal of Nephrology, 2024.


¹Residência de Clínica Médica
Instituição:  Fundação Filantrópica e Beneficente de Saúde Arnaldo Gavazza Filho
E-mail: gabriellacgaravini@gmail.com
Orcid: https://orcid.org/0000-0003-4605-6926
²Acadêmico de medicina
Instituição: Faculdade do Vale do Piranga – FADIP
E-mail: Vidigal.av@gmail.com
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-9160-1797
³Acadêmica de medicina
Instituição: Faculdade do Vale do Piranga – FADIP
E-mail: clarinhaclanna@yahoo.com.br