UMA REVISÃO DE LITERATURA SOBRE A EDUCAÇÃO E SAÚDE AMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES EMPRESARIAIS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12668610


Aila Gomes Lima1
Antonio Thiago Beserra1
Barbara Milene Morais de Souza1
Davi Aquino Dantas1
Gabriel David da Silva Clemente1
Igor Farias Barroso1
Larissa Silva Clementino1
Matheus Souza Brito1
Thayanne Loysnhã da Silva Januário1
Paulo Henrique Pereire Nobre2


RESUMO

A temática concernente às inquietações ambientais e ao bem-estar é uma das principais inquietações das sociedades contemporâneas. Estamos tratando de uma matéria que transcende fronteiras geográficas, visto que, no que concerne à dinâmica homem-natureza, existem ações cujos desdobramentos, dentro de uma esfera proporcional, reverberam globalmente. Estes desdobramentos são intrinsecamente correlacionados aos paradigmas de produção e consumo oriundos dos arranjos socioeconômicos atribuídos ao sistema capitalista. Neste sentido, este estudo traz como objetivo averiguar, por meio de dados literários, como as empresas desenvolvem e promovem a saúde e a educação ambiental. Através de uma análise exegética dos resultados, pode-se inferir que diversas corporações demonstraram não somente serem cônscias ambientalmente, mas também acertadamente comprometidas em mitigar os efeitos de suas operações sobre a saúde do meio ambiente. Lamentavelmente, para uma parcela significativa, a sustentabilidade figura como uma mera locução, obnubilando a perpetração de práticas lesivas ao meio ambiente. As atividades industriais, por sua própria natureza, emergem como protagonistas na matriz de impacto ambiental. Portanto, evidencia-se a lacuna existente nas corporações no que tange à propagação de uma educação ambiental e ao desenvolvimento de uma governança empresarial orientada pelos preceitos delineados nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

Palavras-chave: Educação Ambiental Empresarial. Desenvolvimento Sustentável. Gestão Ambiental.  Saúde Ambiental.

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ABSTRACT

The theme concerning environmental concerns and well-being is one of the main concerns of contemporary societies. We are dealing with a matter that transcends geographical borders, since, with regard to the man-nature dynamic, there are actions whose consequences, within a proportional sphere, reverberate globally. These developments are intrinsically correlated to the production and consumption paradigms arising from the socioeconomic arrangements attributed to the capitalist system. In this sense, this study aims to investigate, through literary data, how companies develop and promote health and environmental education. Through an exegetical analysis of the results, it can be inferred that several corporations demonstrated not only being environmentally conscious, but also correctly committed to mitigating the effects of their operations on the health of the environment. Unfortunately, for a significant portion, sustainability appears as a mere locution, obfuscating the perpetration of practices that are harmful to the environment. Industrial activities, by their very nature, emerge as protagonists in the environmental impact matrix. Therefore, there is a clear gap in corporations regarding the propagation of environmental education and the development of corporate governance guided by the precepts outlined in the Sustainable Development Goals..

Keywords: Corporate Environmental Education. Sustainable development. Environmental management. Environmental health.

1 INTRODUÇÃO

A indústria, enquanto espaço propício à acumulação de saberes, engendra diversas iniciativas voltadas à disseminação de conhecimento e à promoção de ações educativas direcionadas à preservação da saúde ambiental, englobando medidas de proteção, recuperação e aprimoramento socioambiental. Este contexto fomenta a Educação Ambiental como ferramenta fundamental para catalisar mudanças culturais e sociais, culminando na conscientização sobre o desenvolvimento sustentável. Nessas esferas, é possível obter uma compreensão clara e holística dos fenômenos naturais em suas múltiplas dimensões, bem como das repercussões das atividades humanas sobre o próprio homem, o meio ambiente e outras formas de vida. Ademais, além de adquirir conhecimento, o ambiente industrial pode propiciar o desenvolvimento e aprimoramento de novas posturas e valores que contribuam de forma eficaz para uma sociedade justa e consciente (Amaral, 2021).

O debate sobre a questão ambiental tem ganhado crescente relevância ao longo dos anos, à medida que mais pessoas e entidades institucionais reconhecem a gravidade das consequências geradas pela ação irresponsável do homem sobre o meio ambiente. Isso resulta em impactos socioeconômicos e ambientais significativos. Diante desse cenário, surgem diversas abordagens que demandam elaboração cuidadosa para serem transmitidas de maneira clara e objetiva dentro das organizações. Todos os envolvidos precisam compreender plenamente a importância não apenas da Educação Ambiental, mas também da promoção da saúde ambiental (Machado; Terán, 2018).

Moura (2000, p. 79-80) destaca que todos os elementos das atividades (processos) de uma organização, seus produtos ou serviços, podem interagir com o meio ambiente. Os impactos ambientais, por sua vez, referem-se às mudanças no ambiente resultantes das atividades da organização. A noção de impactos ambientais está intimamente ligada ao desenvolvimento de danos ambientais que afetam direta ou indiretamente o meio ambiente devido às atividades, produtos e serviços da organização. É crucial considerar não apenas os impactos ambientais, mas também a saúde ambiental, que abrange o bem-estar do ambiente como um todo (Moura, 2000).            

Além de desenvolver as capacidades dos colaboradores, a educação ambiental também tem o potencial de fortalecer os conceitos de preservação do meio ambiente dentro da empresa. Nesse sentido, é fundamental compreender os conceitos relacionados à promoção de uma gestão ambiental dentro das organizações, com ênfase no desenvolvimento sustentável. Isso se mostra favorável para o cumprimento das políticas e programas ambientais empresariais, contribuindo não apenas para a mitigação dos impactos ambientais, mas também para a promoção da saúde ambiental e do bem-estar do ecossistema como um todo.        

Neste contexto, a pesquisa aborda a seguinte questão: como a educação ambiental pode contribuir para o desenvolvimento de uma empresa sustentável, com foco na capacitação de seus colaboradores por meio de uma gestão ambiental? Essa problemática não apenas enfatiza a importância da formação dos funcionários, mas também ressalta a relevância da saúde ambiental como componente essencial para a sustentabilidade empresarial.

Portanto, a presente pesquisa se orienta no sentido de discernir os modos pelos quais as instituições delineiam seus programas ambientais, especialmente no que concerne à metodologia adotada para difundir informações de maneira lúcida e inequívoca entre os colaboradores. Essa abordagem visa inculcar um arcabouço de conhecimento abrangente, cujos desdobramentos podem reverberar positivamente na esfera societária adjacente.

Ademais, busca-se fomentar a introspecção acerca dos temas abordados, almejando fomentar o bem-estar coletivo e salvaguardar os recursos naturais, consagrando, assim, não apenas a viabilidade econômica das empresas, mas também a preservação da saúde ambiental e a harmonia ecossistêmica. Tal diretriz se faz imperativa, tendo em vista que a competitividade do mercado exerce, em certo viés, uma pressão sobre as organizações, compelindo-as a reavaliar sua relação com o meio ambiente, concebido como uma variável de notável influência, almejando uma reconfiguração paradigmática das práticas corporativas.

2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
  • Averiguar por meio de dados literários como as empresas desenvolvem e promovem a saúde e a educação ambiental.
2.2 Objetivos Específicos
  • Discutir sobre saúde e educação ambiental;
  • Apresentar conceitos e discussões sobre a gestão ambiental com ênfase no desenvolvimento de empresas sustentáveis;
  • Mostrar como a política do meio ambiente é praticada pelas instituições empresariais;
3 EDUCAÇÃO E SAÚDE AMBIENTAL

A educação ambiental é concebida como um conjunto de processos nos quais tanto o indivíduo quanto a comunidade edificam valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltados à preservação do meio ambiente, bem como ao bem comum das pessoas. Esses aspectos são considerados fundamentais para a promoção de uma qualidade de vida saudável e sustentável. Nesse sentido, a saúde ambiental se mostra como um elemento intrínseco nesse arcabouço conceitual, dado que a preservação do meio ambiente está diretamente relacionada à saúde e ao bem-estar das populações (Oliveira; Lacerda, 2020).

De acordo com Sousa (2020), existe uma convicção na factibilidade de transformação por intermédio de um esforço coletivo, o qual pode ser alcançado mediante a educação. Enquanto especialistas em meio ambiente, físicos e biólogos defendem que a redução e a modificação de hábitos de consumo representam a única via para o alcance do desenvolvimento sustentável, especialistas sociais corroboram essa perspectiva e argumentam que a educação é o único meio de atingir esse objetivo. A saúde ambiental, inerente a essa questão, emerge como um componente crucial, visto que a mudança de hábitos e a conscientização sobre a importância da preservação do meio ambiente estão diretamente relacionadas à promoção do bem-estar e à garantia de um ambiente saudável para as presentes e futuras gerações.

Os processos de ensino e aprendizagem demandam uma revisão constante. É imperativo resgatar o compromisso com a propensão para adquirir conhecimento e engajar-se na busca e aplicação dos saberes adquiridos. Para compreender a magnitude e incumbência da educação ambiental, é essencial apresentar e garantir a compreensão de conceitos basilares acerca da consciência e responsabilidade ambiental por parte de todos os colaboradores da empresa (Valverde; Menezes, 2018). Nesse ínterim, a saúde ambiental apresenta-se como um componente fundamental, visto que a conscientização acerca da relevância da preservação do meio ambiente está inextricavelmente entrelaçada à promoção de ambientes salubres e à salvaguarda da qualidade de vida para os indivíduos e comunidades envolvidos.

A educação possibilita o acesso ao conhecimento sistematizado e amplia os significados construídos espontaneamente, pois trata-se de um processo mediado. É por meio da prática social que se caracteriza como um instrumento de apreensão da realidade. A prática educativa prevalece sobre o pensamento pedagógico, pois esta resulta da necessidade de sistematizar e organizar a educação em função de finalidades e objetivos específicos.

A educação ambiental deve ser integrada ao processo formativo do cidadão, pois o ensino não deve limitar-se à mera transmissão de conhecimentos científicos e culturais, mas também abarcar seus aspectos mais profundos. Além disso, a educação tem o encargo de apresentar a tradição cultural milenar e fomentar a reflexão sobre os contextos históricos que a moldaram, bem como sobre o cenário contemporâneo, visando contribuir para a formação de cidadãos conscientes e críticos da realidade socioecológica e da estrutura organizacional da sociedade. Assim, a saúde ambiental surge como um fator de relevância ímpar, pois a conscientização sobre a preservação do meio ambiente está indissociavelmente ligada à promoção de ambientes salutares e ao bem-estar coletivo (Gaeta; Masetto, 2019).

Neste sentido, pode-se inferir segundo Cassini e Jeffré (2019), que a educação ambiental é a ação educativa constante por meio da qual a comunidade toma consciência de sua realidade global, da natureza das relações que as pessoas mantêm entre si e com o meio ambiente, os problemas que surgem dessas relações e suas causas profundas. Desenvolve, por meio de uma prática que conecta o aluno à comunidade, valores e atitudes que estimulam comportamentos voltados para uma transformação que supere essa realidade tanto nos seus aspectos naturais e sociais quanto nas habilidades e atitudes do aluno voltadas para essa transformação.

A educação ambiental não apenas busca cultivar uma compreensão mais profunda e uma valorização das interações entre as pessoas, suas culturas e o ambiente biofísico, mas também promove a saúde ambiental. Ao fomentar o reconhecimento de valores e o esclarecimento de conceitos relacionados ao meio ambiente, ela visa desenvolver habilidades e provocar mudanças de atitudes que contribuam para a preservação do meio ambiente. Nesse contexto, a educação ambiental desempenha um papel essencial na prática da tomada de decisões éticas que conduzem à melhoria da qualidade de vida. Considerada como processos pelos quais tanto o indivíduo quanto a comunidade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltados à preservação do meio ambiente, ela se mostra como um pilar fundamental para a promoção de uma qualidade de vida saudável, tanto para as pessoas quanto para o ambiente em que vivem, garantindo assim a sustentabilidade (Santos, 2018).

Em síntese, a educação ambiental não só se erige como uma educação perspicaz da realidade vivenciada, edificando a cidadania e transmutando valores e atitudes, mas também assume uma função preponderante na promoção da saúde ambiental. Por meio da edificação de novos hábitos e conhecimentos, ela concorre para a criação de um ambiente ético e sensibilizado, fomentando uma maior conscientização sobre as relações integradas entre o homem, a sociedade e a natureza. Seu desígnio transcende os âmbitos locais, almejando também o equilíbrio global, com vistas a aprimorar a qualidade de vida em todos os estratos, tanto para as comunidades humanas quanto para os ecossistemas em que se inserem.

De acordo com Carvalho (2021), quando se volta para as empresas, pode-se inferir que estas, juntamente com associações profissionais, instituições públicas e privadas, devem promover programas de formação de trabalhadores, visando não somente aprimorar e controlar eficazmente o ambiente de trabalho, mas também os efeitos do processo produtivo na saúde ambiental. Dessa forma, a sociedade como um todo deve estar constantemente atenta à formação de valores, atitudes e habilidades que propiciem uma ação tanto individual quanto coletiva voltada para evitar, reconhecer e solucionar os problemas ambientais, por meio de ações pautadas no desenvolvimento sustentável.

3.1 Desenvolvimento Sustentável no meio empresarial

Com os avanços tecnológicos após a Revolução Industrial e o contínuo incremento populacional, as atividades humanas passaram a ostentar efeitos cada vez mais deletérios sobre o meio ambiente. O que outrora era tido como fonte inesgotável de recursos para suprir as necessidades humanas, atualmente se apresenta como um desafio premente, uma vez que os recursos naturais se revelam limitados. Com isso, a saúde ambiental aparece como uma preocupação latente, visto que as ações humanas impactam não apenas os recursos naturais, mas também a qualidade dos ecossistemas e, por conseguinte, a qualidade de vida das populações (Bursztyn, 2018).

Segundo Freitas (2020) o conceito de desenvolvimento sustentável parece ter vários significados, pois é tratado como sinônimo de sociedade racional, indústrias limpas, crescimento econômico, utopias românticas; tudo nele parece pertencer. Isso inclui atender às necessidades do presente, atender às necessidades dos pobres e manter a capacidade das gerações futuras de atender às suas necessidades.

Pode-se frisar, que a ideia de desenvolvimento sustentável é apresentada separadamente de sua concepção sócio-histórica. É apresentada como racionalidade absoluta, mas na realidade tem pouco suporte porque serve à lógica espacial e temporal estática e imutável em todos os momentos e em todas as situações. Para organizações ou intelectuais que adotam os conceitos de sustentabilidade, é importante enquadrá-los nos contextos e discursos que correspondem aos seus interesses pragmáticos (Rossignoli; Souza, 2019).

O crescimento global é o grande desafio para um desenvolvimento sustentável que valorize os recursos naturais e humanos, tendo como objetivo melhorar a qualidade e construir uma sociedade sustentável capaz de superar os problemas atuais e utilizar o potencial existente da Terra pensando nas gerações futuras.

De acordo com Araruna e Loos (2018), o desenvolvimento sustentável tem três dimensões principais: crescimento econômico, equidade social e equilíbrio ecológico. Neste sentido, busca o equilíbrio entre as dimensões econômica, social e ecológica em equilíbrio (triple bottom line). O autor afirma ainda, que o estabelecimento de uma civilização em que haja uma distribuição mais equitativa da riqueza é o principal objetivo da sustentabilidade social. Uma melhor alocação e gestão de recursos permitiria a sustentabilidade econômica. O equilíbrio social é visto como uma medida de eficiência econômica, não a lucratividade da empresa. A sustentabilidade ambiental seria promovida limitando o uso de recursos esgotáveis ​​e substituindo-os por recursos renováveis, limitando o consumo, produzindo tecnologias limpas e criando e consolidando mecanismos administrativos de proteção ambiental.

Neste sentido, podemos definir sustentabilidade como sendo a capacidade de se sustentar, de se auto manter. Ou seja, qualquer atividade sustentável é aquela que pode ser sustentada por um período longo e indefinido, para sempre, para nunca expirar, apesar dos imprevistos que podem ocorrer durante este período. O conceito de sustentabilidade pode ser ampliado, pois se trata de uma sociedade sustentável que utiliza recursos naturais como o ar, a água, o solo e a flora e fauna, sua vida (Araújo, 2019).

Para mendes (2017), o objetivo fundamental de qualquer organização é alcançar o maior retorno possível sobre o capital investido. Para fazer isso, ela usa as ferramentas disponíveis para ficar um passo à frente de seus concorrentes e obter margens e participações de mercado maiores. Com as mudanças no sentido global, no entanto, para além dos fatores econômicos e estruturais, as empresas são também responsáveis ​​por outros fatores, nomeadamente as questões do ambiente natural e as questões sociais.

Sendo assim, para que as organizações possam contribuir com a sustentabilidade, elas devem converter seus processos de produção em sustentabilidade ecológica, se necessário. Isso implica construir sistemas de produção que não tenham um impacto negativo e até mesmo ajudem a restaurar áreas degradadas, ou ofereçam produtos e serviços que ajudem a melhorar o desempenho ambiental dos consumidores e clientes de uma indústria.

É imprescindível ressaltar que, inserido nos fundamentos da sustentabilidade, o enfoque nas questões sociais não pode ser dissociado das preocupações ambientais. Assim, quando uma organização adota práticas de sustentabilidade ambiental, ela automaticamente assume uma postura de responsabilidade social, buscando atender aos interesses de todas as partes envolvidas que influenciam ou são afetadas por suas operações. Desta maneira, a gestão ambiental não apenas propicia o desenvolvimento de um empreendimento consciente em relação às causas ambientais, mas também promove uma abordagem holística que abarca tanto o bem-estar social quanto a preservação do meio ambiente (Godoy, 2020).

3.2 Gestão Ambiental

A gestão ambiental emergiu no contexto brasileiro a partir da industrialização dos anos 1960. Com o estabelecimento das autoridades ambientais na década de 1970, iniciou-se um processo de regulamentação da indústria nacional, representando um marco significativo para a implementação da política ambiental de gestão no Brasil. Em abril de 1991, um avanço notável ocorreu quando grandes corporações firmaram a Carta para o Desenvolvimento Sustentável, comprometendo-se com a obrigação de adotar diretrizes ambientais no âmbito de um sistema de gestão ambiental corporativa. Este compromisso, que concede prioridade à saúde ambiental, delineia um importante paradigma na condução das atividades empresariais (ABREU, 2020).

Os autores Oliveira Struchel e Menezes (2019) postulam que o sistema de gestão ambiental não apenas se fundamenta na busca incessante pela melhoria da qualidade ambiental, mas também prioriza a saúde ambiental como um elemento central. Alinhado aos princípios estabelecidos pela política ambiental, um plano de gestão ambiental propõe-se a alcançar uma gama de objetivos, abrangendo desde o planejamento, proteção e desenvolvimento das atividades empresariais até a consideração integral dos potenciais impactos sobre o ambiente. Ademais, abarca a administração de todas as operações internas e externas da empresa relacionadas ao meio ambiente, bem como o engajamento e a participação de todos os membros envolvidos com a organização. Por fim, preconiza a cooperação com os setores econômicos, autoridades ambientais e demais instituições interessadas em promover medidas voltadas para a preservação e o aprimoramento do meio ambiente.

A implantação de um sistema de gestão ambiental é extremamente difícil e os motivos para uma empresa adotar esse sistema são diversos, desde ideais econômicos até perspectivas sociais. A gestão ambiental está se tornando uma importante ferramenta de gestão para criar condições competitivas para a organização em todos os setores da economia em que atua. Se o responsável por uma organização decide implantar um sistema de gestão ambiental, deve estar ciente de que o processo está mudando gradativamente e o trabalho deve ser monitorado constantemente para que se alcance as melhorias contínuas previstas no plano de gestão ambiental (COSTA, 2021).

Neste contexto, a fundamentação para a elaboração do plano de gestão deve encontrar-se na política ambiental da organização, uma vez que esta delineia as metas e especificações que guiam as atividades de manejo. No estabelecimento da política ambiental de uma instituição, é imperativo considerar o desempenho corporativo, a infraestrutura disponível, a capacidade de recursos humanos, os aspectos financeiros e a expectativa de resultados das medidas de melhoria ambiental. Em linhas gerais, as políticas ambientais empresariais se concentram na conformidade com as legislações ambientais vigentes e na promoção da saúde ambiental, visando à redução do consumo de recursos naturais e à minimização dos impactos causados pela emissão de resíduos no meio ambiente.

3.3 Política Ambiental na Indústria

Os instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente constituem peças fundamentais da política ambiental brasileira, direcionados à preservação da saúde ambiental diante das atividades econômicas que possam representar uma ameaça a determinados sistemas ambientais. Por meio de medidas preventivas e de contenção estabelecidas em normas de comando e controle, busca-se regular as atividades com potencial impacto ambiental. Isso resulta em restrições às atividades, controle rigoroso do uso dos recursos naturais e especificação de tecnologias adequadas, com o propósito de assegurar a preservação dos ecossistemas e a qualidade de vida das populações envolvidas (FRAGA, 2021).

De acordo com Ferreira e Salles (2017), no Brasil, até o início do processo de industrialização na época da reorganização do Estado promovida por Getúlio Vargas, a importância atribuída ao uso dos recursos naturais decorria de sua centralidade na atividade produtiva. Este foi, portanto, o elemento essencial que alimentou o processo de tomada de decisão, muito mais do que uma desejável consciência científica da importância da proteção ambiental. Ou seja, até então não existia uma demanda social, nem mesmo uma consciência ecológica, que justificasse o uso sistemático de medidas mitigadoras ou controles ambientais. Elas começariam a se delinear com a intensificação da industrialização na década de 1930.

Diante da importância para as ações de preservação do meio ambiente, a formação de cidadãos conscientes sobre a urgência do desenvolvimento de uma sociedade mais sustentável deixou de ser uma questão acessória e se tornou uma necessidade. O setor privado, desde 1970 passou a valorizar e apoiar as questões ambientais, e continua a olhar de maneira parcial para o seu próprio potencial como formador de uma geração de jovens e adultos engajados na busca pela sustentabilidade (LICZBINSKI, 2021).

Através de um levantamento da realidade a ser estudada, identificam-se os benefícios e as contribuições a serem oferecidos, apresentam-se uma proposta de trabalho, os conhecimentos prévios disponíveis, e segue-se para o objetivo final, que é a mudança promovida pela Educação Ambiental. Para Vasconcellos (1997), a presença, em todas as práticas educativas, da reflexão sobre as relações dos seres entre si, do ser humano com ele mesmo e do ser humano com seus semelhantes é condição imprescindível para que a Educação Ambiental ocorra.

É no sentido de promover ações educativas voltadas às atividades de proteção, recuperação e melhoria socioambiental, e de potencializar a saúde ambiental para impulsionar mudanças culturais e sociais, que se insere a Educação Ambiental. Essa abordagem facilita o desenvolvimento dos funcionários, promovendo melhorias dentro do ambiente de trabalho e tornando-o mais produtivo e consciente em relação às práticas ambientais (OLIVEIRA, 2021).

3.4 Programas Educativos nas Indústrias

A conscientização dos colaboradores nas organizações é imprescindível para a sustentabilidade empresarial. A análise da cultura e do clima organizacional desempenha um papel crucial, influenciando diretamente as percepções dos membros da organização e servindo como alicerces para a promoção da saúde ambiental no ambiente corporativo. Tais aspectos são de suma importância para compreender de que maneira as atividades administrativas da empresa impactam no interesse e no comportamento dos indivíduos inseridos na corporação e por ela afetados. O valor do clima organizacional reside na sua capacidade de catalisar os comportamentos dos colaboradores, especialmente no que tange aos valores ecológicos (SANTOS, 2007).

Educar ambientalmente o colaborador implica em instilar-lhe uma motivação intrínseca, uma amalgama entre as inclinações inatas do indivíduo e o ambiente que o cerca; é o estímulo que impulsiona à ação, derivado dessa confluência de forças, fundamentando a atividade humana. Dessa forma, ao manter-se imbuído da inspiração ambiental, a organização beneficiar-se-á de um corpo funcional comprometido com as normas ecológicas, culminando em uma maior produtividade, visto que os colaboradores se sentirão profundamente engajados com suas atividades laborais, conforme preconizado por Santos (2007, p. 17), em sua abordagem sobre saúde ambiental.

A implementação de programas educativos de natureza ambiental não apenas capacita as empresas a aprimorarem o ambiente laboral conforme os preceitos da sustentabilidade e da saúde ambiental, mas também propicia um avanço nos métodos de trabalho, promovendo substancialmente a preservação do meio ambiente. Nesse sentido, o programa de educação ambiental empresarial emerge como uma garantia para o cumprimento efetivo da legislação ambiental vigente, como enfatizado por Cunha (2020).

Conforme Bezerra (2020) destaca, uma das principais vantagens do programa de educação ambiental para empresas reside na conscientização para a preservação do meio ambiente, o que viabiliza a realização das atividades cotidianas sem ocasionar impactos prejudiciais. Isso resulta em um ambiente de trabalho de maior qualidade e contribui para a saúde ambiental geral. Adicionalmente, o referido programa inculca valores essenciais para a conservação ambiental, ao passo que desenvolve competências e conhecimentos fundamentais para que as empresas desempenhem um papel construtivo no progresso ambiental. Dessa forma, evita-se que ações danosas se tornem irreversíveis, promovendo um ambiente de trabalho mais saudável e sustentável.

Nesse contexto, o programa de educação ambiental corporativa assume um papel imprescindível na implementação de melhorias institucionais significativas, elevando tanto o nível coletivo quanto o individual do ambiente laboral, com vistas a assegurar uma maior sustentabilidade. Por conseguinte, ao fomentar a consciência ambiental sem comprometer a integridade do ecossistema, o programa de educação ambiental corporativa se revela como um instrumento fundamental para a promoção da máxima eficiência e produtividade nas operações empresariais.

4 METODOLOGIA
4.1 Tipo de Estudo

Este estudo tem como objetivo exploratório, oriundo de uma pesquisa bibliográfica, que, segundo Gil (2008, p.50), “é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído de livros e artigos científicos”, ou seja, tem como base dados secundários.

Nesta perspectiva, a proposta de Gil (2008) foi utilizada nas seguintes etapas:

1ª Etapa – Fontes

Na primeira etapa foram definidas as fontes que forneceram as respostas adequadas à solução do problema proposto:

  1. Foram utilizados 7 artigos como amostra final, publicados no período de 2016 a 2021.
  2. Para construção dessa pesquisa foi realizada uma busca nas bases de dados disponíveis (SCIELO, GOOGLE ACADÊMICO, periódicos da CAPES), utilizando os seguintes descritores (DECS): “educação ambiental” AND “gestão ambiental”, “desenvolvimento sustentável empresarial” AND “educação ambiental empresarial” AND “saúde ambiental”, tendo como fito responder o questionamento: de que forma a saúde e educação ambiental pode contribuir para o desenvolvimento de uma empresa sustentável com ênfase na formação de seus colaboradores através de uma gestão ambiental?

            Para tanto, foi adotado critérios de inclusão, sendo assim, os artigos selecionados contemplam a temática, estavam disponíveis na integra, publicados em português, compreendidos entre o período de 2016 a 2021 disponíveis de forma gratuita. Como caráter de exclusão, descartou-se os artigos que apresentaram inadequação à temática, período de publicação ultrapassando 10 anos, teses, monografias e artigos incompletos e ou pagos.

2ª Etapa – Coleta de Dados

A coleta de dados seguiu as seguintes etapas:

  1. Leitura Exploratório de resumos de trabalhos segundo os títulos;
  2. Leitura Seletiva para verificar segundo os critérios de inclusão e exclusão;
  3. Registro das informações extraídas das fontes.

3ª Etapa – Análise e Interpretação dos Resultados

Nesta etapa foi realizada a análise da amostra final do estudo, onde através dos critérios de inclusão foi possível definir quais seriam os dados relevantes para responder o problema de pesquisa.

4ª Etapa – Discussão dos Resultados

Oriunda da etapa anterior, os estudos foram analisados e são categorizados a partir do referencial teórico relativo à temática do estudo.

Serão apresentadas em duas categorias: Educação ambiental e política ambiental no meio empresarial e desenvolvimento de gestão ambiental e sustentável nas empresas. Em cada uma dessas categorias será mostrado um quadro de classificação da amostra.

4.2 Aspectos Éticos

Dado o caráter desta investigação, qualificada como uma revisão bibliográfica, a submissão ao crivo do Comitê de Ética e Pesquisa se revela desnecessária. Contudo, é imperativo destacar o compromisso integral em referenciar todos os autores empregados no decorrer do estudo, garantindo, assim, a elaboração de um trabalho isento de quaisquer formas de plágio.

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Este estudo traz como resultado uma amostra de 08 artigos em conformidade aos critérios de inclusão e exclusão supracitados. Conforme figura a seguir:

Figura 1 – Classificação dos artigos quanto as bases de dados.

 

Fonte: Elaborado pelos autores (2024).

Para facilitar o entendimento e leitura dos resultados, optou-se por discuti-los dividindo-os em duas categorias descriminadas: Educação ambiental e política ambiental no meio empresarial e desenvolvimento de gestão ambiental e sustentável nas empresas.

CATEGORIA 1: Educação Ambiental e Política Ambiental no meio empresarial

Nesta categoria, foi elencado 3 artigos da amostra final, conforme sua classificação a seguir, quanto autor/ano, título, objetivo e principais resultados.

Quadro 1 – Classificação quanto Autor/Ano, Título, Objetivo e Principais Resultados.

Autor/anoTítuloObjetivoPrincipais resultados
Ferreira; Salles (2017).Política ambiental brasileira: análise histórico institucionalista das principais abordagens EstratégicasApresentar uma análise histórico-institucionalista sobre o processo de evolução das políticas ambientais no Brasil contemporâneo.Identificou-se as diversas percepções do ambiente e seu papel no contexto das estratégias de desenvolvimento econômico tanto para empresas quanto para Estados. Adicionalmente, foram delimitadas as implicações dessas estratégias no âmbito institucional, especialmente no que tange à implementação de políticas ambientais, as quais visam não apenas o desenvolvimento econômico, mas também a preservação da saúde ambiental e o equilíbrio ecossistêmico.
Silva, Silva (2017).Responsabilidade socioambiental no meio empresarial: o papel do educomunicador socioambiental no meio empresarialFazer uma reflexão acerca de como o meio empresarial vem lidando com ações de responsabilidade socioambiental.As organizações têm buscado alternativas para implementar políticas sociais que não apenas respeitem a qualidade de vida da população, mas também promovam a sustentabilidade ecológica. Por meio de ações voltadas para a responsabilidade social e ambiental, as empresas têm a oportunidade de aprimorar sua imagem perante seus stakeholders, especialmente junto aos consumidores. Esse comprometimento com a responsabilidade ambiental não apenas beneficia a reputação das empresas, mas também contribui para a preservação da saúde ambiental e o bem-estar das comunidades em que operam. Além disso, uma melhor gestão de suas operações produtivas pode trazer benefícios significativos para a comunidade local na qual a organização está envolvida.
Messias et al. (2020).Educação Ambiental na sociedade de risco: o papel das iniciativas ambientais do setor Empresarial na promoção de uma Nova consciência ambientalTratar de conceitos de educação ambiental, contextualizando-os em documentos internacionais e nacionais, com destaque para a Política Nacional de Educação Ambiental.
A distribuição da responsabilidade educativa entre o Estado e a sociedade, entre os indivíduos e as empresas, é de suma importância para potencializar o impacto da educação ambiental, deslocando-a do domínio teórico para a esfera prática da sociedade. Essa divisão de papéis deve ser amplamente compartilhada, pois todos têm o dever de assegurar o desenvolvimento sustentável. Aqueles envolvidos nos processos de produção e consumo detêm uma influência significativa sobre a direção social, sendo capazes, por meio de suas ações, de orientar a sociedade em direção a uma nova ética ambiental. Portanto, ao adotar uma abordagem colaborativa e integrada entre todos os atores envolvidos, é possível promover uma conscientização mais eficaz sobre a importância da saúde ambiental e a necessidade de práticas sustentáveis em todas as esferas da vida cotidiana.

Fonte: Elaborado pelos autores (2024).

A identificação de um marco que caracterize uma nova abordagem estratégica na Política Ambiental brasileira pós-1981 é encarada como uma empreitada praticamente incidental. Desde a promulgação da Política Nacional do Meio Ambiente, não foram instituídos quaisquer outros mecanismos de gestão ambiental no Brasil, nem um arcabouço jurídico distinto do que está prescrito por lei. Em vez disso, têm-se verificado o estabelecimento de regulamentações e instituições que permitiram a efetivação desses instrumentos. Nessa órbita, a saúde ambiental é vista como uma consideração primordial, uma vez que a efetividade dessas políticas e instrumentos está intrinsecamente ligada à promoção de ambientes saudáveis e à salvaguarda da qualidade de vida para as gerações presentes e futuras (FERREIRA; SALLES, 2017).

Os escritos de Ferreira e Salles (2017) corroboram a predominância da abordagem estratégica delineada a partir de 1981, mantendo a Política Ambiental Nacional como fulcro, fomentando uma gestão que integra os recursos naturais de forma coesa. Tal política, de caráter perene, mantém em vigor todas as vertentes estratégicas delineadas na legislação mencionada. Todavia, é imperativo ressaltar que o licenciamento ambiental, figura central nesse panorama, empreende-se como uma ferramenta essencial. Sua premissa fundamental consiste em avaliar, já na etapa inaugural do processo de aprovação, a conciliação entre atividades produtivas e preservação ambiental no território brasileiro, atentando-se meticulosamente às especificidades locais e às tecnologias de produção empregadas. Nesse meandro, a saúde ambiental emerge como um fator crítico, visto que o licenciamento ambiental se estabelece como uma salvaguarda primordial para a preservação da integridade dos ecossistemas e da qualidade de vida das comunidades afetadas.

Neste sentido, empresas que atuem de forma que impacte o meio ambiente, devem possuir licenciamento ambiental para funcionar. Sabe-se da falta de responsabilidade ambiental nos setores empresariais, onde o lucro se opõe as ideias de preservação e desenvolvimento de uma gestão ambiental no meio empresarial. Pode-se inferir, que a Política Ambiental praticada em um país, indica como os recursos naturais são usados ​​e apropriados para o desenvolvimento de atividades econômicas com efeitos potencialmente prejudiciais.

Então, se torna importante desenvolver práticas de Educação Ambiental. Segundo Messias et al., (2020), enquanto prática pedagógica integra um conjunto de relações sociais construídas em torno da preocupação com o meio ambiente, que poderíamos chamar de domínio ambiental. Esse campo no Brasil resulta de um processo histórico de articulação das políticas ambientais e educacionais a níveis nacionais e internacionais, e da inter-relação entre movimentos sociais e ambientais que se globalizaram, aumentando sua influência mútua.

Portanto, são necessárias iniciativas de todas as áreas da sociedade, não apenas do Estado, e para que tais iniciativas se concretizem é fundamental o conceito de desenvolvimento sustentável e a proteção do equilíbrio ambiental como um direito humano. De acordo com Messias et al., (2020), o trabalho educativo sobre questões ambientais, dirigido às gerações de jovens e adultos e tendo em devida conta as camadas menos privilegiadas da população, é essencial para lançar as bases para uma opinião pública informada e o comportamento das pessoas, empresas e comunidades que são apoiadas. É igualmente importante que os meios de comunicação evitem contribuir para a deterioração do meio ambiente humano, mas, ao contrário, difundam informações educativas sobre a necessidade de protegê-lo e melhorá-lo para que o homem se desenvolva de alguma forma. No mesmo sentido, é importante que empresas atuem de forma consciente e adote práticas ambientais coerente com seus colabores.

A tarefa da educação ambiental nas empresas, é capacitar o indivíduo a desenvolver o conceito de ética ambiental por meio da prática social, orientando seu comportamento em relação à natureza e aos demais indivíduos. Deve criar as condições para a construção das capacidades necessárias; para que grupos sociais de diferentes contextos socioecológicos da empresa intervenham de forma qualificada tanto na gestão do uso dos recursos ambientais como na concepção e aplicação das decisões que afetam a qualidade do meio ambiente, sejam elas físicas – naturais ou construída, ou seja, a educação ambiental como instrumento de participação e controle social na gestão ambiental pública e privada (MESSIAS et al., 2020).

Nesse contexto, a análise da responsabilidade socioambiental emerge como uma necessidade premente, assumindo um papel crucial nos embates sociais contemporâneos. Os setores que a compõem englobam tanto as esferas governamentais, designadas como o primeiro setor, incumbidas de zelar pelo uso dos recursos públicos em prol do bem comum, quanto o mercado, representado pelo segundo setor, composto por entidades privadas de cunho lucrativo. Ademais, o terceiro setor, constituído por organizações sem fins lucrativos, também desempenha um papel significativo, atuando em áreas não cobertas pelas esferas pública e privada. Diante desse panorama, torna-se inelutável considerar a saúde ambiental como uma variável de suma importância nesse contexto, uma vez que a responsabilidade socioambiental visa garantir não apenas o desenvolvimento econômico sustentável, mas também a preservação dos recursos naturais e o bem-estar das comunidades afetadas (Silva; Silva, 2017).

Os autores Silva e Silva (2017) destacam ainda, que a responsabilidade socioambiental se tornou uma preocupação da sociedade em todos os seus segmentos, mas são as empresas, públicas ou privadas, que além das tecnologias modernas, também contam com o poder político e o capital financeiro para mobilizar os atores sociais. Nessas circunstâncias, cabe à indústria, grande parte da responsabilidade no desenvolvimento de políticas que visem reduzir o impacto ambiental, ou mesmo a degradação, causado pelo uso de seus produtos, a partir da coleta de seus insumos.

Nesse cenário de crescente preocupação socioambiental, as empresas se veem compelidas a se adaptar às novas demandas do mercado, demandando uma reinvenção constante para conciliar os princípios da ética empresarial com a preservação do meio ambiente. Tal realidade reverbera na dinâmica da relação entre empresa e consumidor, uma vez que a população passa a demandar ações sustentáveis por parte das instituições. Destacam-se, portanto, aquelas empresas capazes de harmonizar seus objetivos comerciais com os princípios do desenvolvimento sustentável, visando não apenas o sucesso empresarial, mas também a preservação da saúde ambiental e a manutenção da qualidade de vida de seu público-alvo (Silva; Silva, 2017).

CATEGORIA 2: Desenvolvimento de Gestão Ambiental e Sustentável nas empresas

Na segunda categoria foram elencados 4 artigos, conforme quadro a seguir:

Quadro 2 – Classificação quanto Autor/Ano, Título, Objetivo e Principais Resultados.

Autor/anoTítuloObjetivoPrincipais resultados
Paffarini; Colognese; Hamel (2017).A insuficiência da responsabilidade socioambiental Empresarial na perspectiva do desenvolvimento SustentávelQuestionar a insuficiência da responsabilidade socioambiental empresarial na perspectiva do desenvolvimento sustentável e promover a Sociologia Ambiental como ferramenta de conscientização são os objetivos centrais deste estudo.A abordagem do desenvolvimento ancorada na sustentabilidade emerge como um eixo fundamental, pautado em uma visão distinta das ações e práticas produtivas que se harmonizam com tal perspectiva. Estes conceitos e suas respectivas aplicações e desdobramentos são meticulosamente delineados por meio de uma investigação bibliográfica exploratória. Adverte-se que o esgotamento ambiental representa um obstáculo intransponível para a progressão contínua do capitalismo, ressaltando a necessidade premente de uma aprendizagem voltada à conscientização ambiental e à construção social ecológica como meios de superação dessa crise planetária.
Oliveira (2018).Sustentabilidade como vantagem competitiva nas organizações: um levantamento da responsabilidade das empresasDescrever a responsabilidade social empresarial e a sustentabilidade organizacional como dois caminhos estratégicos possíveis a serem adotados pelas organizações em prol de ofertarem a busca pelo alcance das metas de vantagens competitivas sustentáveis previstas e dos objetivos traçados pelas empresas responsáveis ecologicamente correta.A busca pela vantagem competitiva sustentável impulsiona as empresas a uma incessante reflexão sobre como otimizar seus resultados operacionais em prol da diferenciação estratégica. Empresas que adotam estratégias sustentáveis emergem como protagonistas no cenário empresarial, capazes de inaugurar novos nichos de mercado e transformar os já existentes, desde que dediquem recursos às competências essenciais e se empenhem em promover uma sociedade mais equitativa, começando pelas esferas governamentais até alcançar a esfera social.
Lima (2019).Sustentabilidade Empresarial: um estudo em uma empresa produtoras de embalagens plásticas na ParaíbaAnalisar as dimensões ambiental, social e econômica da empresa BETA, a partir do modelo de mensuração de sustentabilidade proposto por Callado (2010).Face aos resultados obtidos, constatou-se que o comportamento da empresa BETA face à integração das dimensões ecológica, social e económica da sustentabilidade desta organização apresenta-se de forma mediana, sendo que a empresa ainda obtém sucesso com ações sustentáveis ​​que não integram as dimensões ecológica, social e econômica.
Schio et al. (2019).Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e as Empresas Participantes do Mercado Acionário BrasileiroAnalisar as características organizacionais determinantes da evidenciação de informações relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nos relatórios das empresas participantes do mercado acionário brasileiro.Pode-se deduzir disso que empresas maiores que fazem parte do portfólio de sustentabilidade da B3 têm maior probabilidade de divulgar informações sobre os ODS com vendas externas e menor concentração de investimentos.

Fonte: Elaborado pelos autores (2024).

O século XX marcou uma era de expansão da produção industrial, onde, sob o pretexto do progresso, tanto indivíduos quanto empresas passaram a consumir vastas quantidades de recursos naturais para atingir os imperativos estabelecidos pelo sistema capitalista, um modelo econômico que se disseminou globalmente após a segunda revolução industrial. Nesse período, profundas transformações não apenas na esfera produtiva, com a substituição do trabalho humano por maquinaria e a intensificação do consumo energético, mas também na exploração dos recursos naturais, geraram desequilíbrios ambientais e desordens ecológicas, resultando em graves danos ambientais (Paffarini; Colognese; Hamel, 2017).

            É verdade que a sociedade é moldada pelo processo de globalização crescente do progresso tecnológico, do consumismo e do ritmo ditado pelo neoliberalismo. A vida humana, que está incluída nos cálculos e estratégias políticas da modernidade, requer o máximo empenho econômico e estatístico. No entanto, a consciência de estabelecer limites tornou o meio ambiente um bem legal. Como resultado, a legislação sobre a responsabilidade pela manutenção de um meio ambiente saudável e equilibrado, bem como as penalidades civis e administrativas para os infratores, tornou-se mais rígida.

            Os autores Paffarini; Colognese e Hamel (2017) destacam que a ideia de desenvolvimento sustentável começou com a preocupação com o meio ambiente e a necessidade de incluí-lo na dimensão econômica e social. O conceito de responsabilidade social, por outro lado, tem se desenvolvido de forma diferente, com base em questões éticas na relação entre as empresas e a sociedade e na filantropia corporativa. A excessiva autonomia das empresas e o poder que exerciam sem responsabilidade na sociedade criou preocupações sobre o impacto sobre o meio ambiente, os trabalhadores, o abuso econômico e a concorrência desleal.

Muitas empresas demonstraram não apenas consciência ambiental, mas também integridade ambiental, ao se comprometerem genuinamente em minimizar o impacto de suas operações. No entanto, infelizmente, para outras, a sustentabilidade tornou-se apenas um slogan, obscurecendo a produção e a perpetuação de práticas ambientalmente prejudiciais. Isso se manifesta por meio do chamado greenwashing, uma estratégia de comunicação frequentemente adotada por empresas para tornar mais palatável uma atividade que, inescapavelmente, representa perigo para o meio ambiente e para as pessoas (Paffarini; Colognese; Hamel, 2017).

Como resultado, muitas vezes é difícil para os cidadãos distinguir entre empresas que estão genuinamente comprometidas com o meio ambiente e aquelas que disfarçam atividades prejudiciais. Outros até promoveram mudanças em virtude da lei ou de decisões judiciais, mas se apresentam tão ecologicamente corretos quanto seus advogados tentam reverter decisões judiciais ou destruir a proteção do meio ambiente por meio de aliados políticos cuja campanha eleitoral apoiaram financeiramente. Os Estados também são instituições capazes de praticar atos nocivos ao meio ambiente, pois agem de duas formas: permitindo a criação de empresas cujas atividades sejam prejudiciais ao meio ambiente e adotando políticas prejudiciais ao meio ambiente.

A gestão descreve a ação efetiva para a tomada de decisões sobre a utilização dos recursos de forma a possibilitar o cumprimento das metas e compreende os processos de planejamento, organização, gestão, execução e controle. Porque o processo de planejamento administrativo é de grande importância para o controle das atividades operacionais da empresa sustentável (OLIVEIRA, 2018). Então, com essas ferramentas de gestão, os gestores podem atingir seus objetivos, sejam eles: aumento de lucros, redução de custos, melhoria da qualidade, inovação ou planejamento futuro com o objetivo de obter vantagens competitivas, mas acima de tudo estabelecer as melhores e mais adequadas soluções para a tomada de decisões. Use-o para estabelecer políticas administrativas próximas e eficazes na execução de projetos sustentáveis ​​que proporcionem oportunidades e melhorias no processo de gestão da organização.

Oliveira (2018) propõe uma reflexão perspicaz sobre o conceito de desenvolvimento sustentável, ressaltando que a relevância da sustentabilidade cresce à medida que tanto a economia quanto a natureza enfrentam deterioração. O desenvolvimento sustentável organizacional emerge como um mecanismo para implantar um modelo de mudança meticulosamente planejada, respaldado por estudos sobre o comportamento dos indivíduos nas organizações, visando a minimização dos impactos dessa transição. Sob essa óptica, o desenvolvimento organizacional sustentável postula que qualquer mudança em uma empresa, seja ela de natureza pública ou privada, deve ser executada conforme planejado e de forma metodicamente ordenada, haja vista o fato de que a saúde ambiental busca por práticas sustentáveis visa não apenas a melhoria dos resultados organizacionais, mas também a preservação do meio ambiente e o bem-estar das comunidades afetadas pelas atividades empresariais.

Com uma abordagem lúcida e ponderada, Lima (2019) evidencia a busca por uma sincronia entre as operações empresariais e os recursos disponíveis, mediante um planejamento estratégico. Ele ressalta que a concepção de desenvolvimento sustentável não se limita a preservar a natureza, mas sim a adotar estratégias que internalizem e incorporem novos recursos, possibilitando o crescimento econômico e a prosperidade coletiva. Nesse contexto, o desenvolvimento sustentável não apenas se configura como um objetivo, mas também como um processo contínuo, pautado por metas intermediárias e medidas organizacionais que viabilizam a consecução desse ideal. Ademais, a consideração da saúde ambiental se mostra imprescindível nesse contexto, visto que a busca por práticas sustentáveis visa não apenas o progresso econômico, mas também a preservação dos recursos naturais e a promoção do bem-estar das comunidades impactadas pelas atividades empresariais.

Na área de negócios, o conceito de desenvolvimento sustentável pode ser aplicado a todos os níveis da gestão organizacional, desde os objetivos estratégicos até a implementação de tarefas operacionais (Schio et al., 2019). Neste sentido, pode-se frisar que dentre os atores presentes no mercado, as empresas são as mais conhecidas, pois suas necessidades podem ter um grande impacto sobre o meio ambiente.

No entanto, a investigação sobre o posicionamento das empresas quanto ao cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ainda é incipiente e vem se manifestando como uma oportunidade de pesquisa. Uma utopia de desenvolvimento sustentável está encontrando seu caminho internacionalmente e, para se aproximar da plena implementação dos ODS, estratégias diversas e complementares devem entrar em ação (SCHIO et al., 2019).

Portanto, as empresas podem lidar com os ODS de forma lucrativa não apenas para atender aos requisitos do estado ou às expectativas sociais, mas também para expandir sua contribuição para a sustentabilidade da empresa, pois estes objetivos oferecem uma abordagem integrada da sustentabilidade, mas para viabilizá-la é necessário antes de tudo investir tempo e esforço no conhecimento interno de uma organização.

No âmbito deste contexto, torna-se imperativo o entendimento dos valores que fundamentam as decisões, bem como os desdobramentos dessas decisões na cultura organizacional, normativas e identidade da própria entidade. Além disso, emerge como de suma importância a identificação das restrições e entraves impostos ao setor industrial, almejando, em última instância, direcionar os esforços no intuito de atingir os preceitos delineados pelo Desenvolvimento Sustentável. Nesse sentido, a consideração pela saúde ambiental assume uma relevância incontestável, uma vez que as ações corporativas devem transcender a mera busca pelo crescimento econômico, abarcando também a preservação dos ecossistemas e o bem-estar das comunidades afetadas. Deste modo, ao integrar a saúde ambiental em suas estratégias e decisões, as organizações podem efetivamente contribuir para a edificação de um porvir sustentável e resiliente.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mediante as corroborações dos autores da presente pesquisa, revelou-se uma perspectiva crucial sobre as interações entre atividades humanas, desenvolvimento socioeconômico e saúde ambiental.

A constatação de que as mudanças ambientais transcendem as fronteiras do capitalismo industrial, encontrando raízes também no consumo individual, ecoa como um alerta contundente sobre a complexidade dos desafios socioambientais contemporâneos. A análise detida das implicações dessas interações evidencia que qualquer empreendimento, especialmente aquele fundamentado na produção material, exerce um impacto singular sobre o meio ambiente, com as atividades industriais se destacando como as mais significativamente impactantes.

É imperativo, portanto, refletir de forma profunda e comprometida sobre a crise ambiental global e a insuficiente responsabilidade socioambiental das empresas, cuja mitigação emerge como um imperativo premente. Embora tenham sido observados avanços significativos em termos de governança corporativa voltada para a sustentabilidade, diversos entraves subsistem, notadamente a incompatibilidade entre os imperativos do capitalismo e os princípios da preservação ambiental.

Ademais, constata-se a escassez de conhecimentos sustentáveis que embasem um maior engajamento empresarial na adoção de práticas não geradoras de impactos negativos ao meio ambiente. Esta pesquisa, ao revelar lacunas na promoção da educação ambiental e no desenvolvimento de uma gestão empresarial alinhada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, sugere a necessidade premente de programas de formação ambiental para os colaboradores, a fim de impulsionar o desenvolvimento empresarial sob a égide da sustentabilidade e a contínua preocupação com os desafios ambientais.

À luz das considerações apresentadas, é inegável que a continuidade de estudos como este não apenas representa um significativo avanço para o corpus científico referente à temática abordada, mas também reforça a urgência e a pertinência de medidas concretas direcionadas à incorporação da educação ambiental no seio empresarial. Nesse sentido, torna-se imperioso recomendar de forma veemente o desenvolvimento e a execução de programas de formação ambiental, com vistas a capacitar os agentes empresariais na adoção efetiva de práticas sustentáveis em suas operações produtivas. Tal iniciativa, aliada a um constante cuidado com as causas ambientais em todas as dimensões de suas atividades, não só promove uma gestão empresarial mais responsável, como também contribui para a preservação da saúde ambiental em escala global.

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1Estudantes do Curso de Medicina da Universidade Regional do Cariri (URCA);

2 Licenciado em Ciências Biológicas. Mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em Diversidade Biológica e Recursos Naturais da Universidade Regional do Cariri (URCA).