POTENCIAL PARA INTERVENÇÃO LÚDICA E DE TERAPIA OCUPACIONAL EM CRIANÇAS DA SEGUNDA INFÂNCIA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO (TEA) 

 
POTENTIAL FOR  OCCUPATIONAL THERAPY AND PLAYFUL INTERVENTION ON YOUNG CHILDREN WITH AUTISM SPECTRUM DISORDER (ASD) 

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.12573659


André Luiz Rodrigues de Freitas1 


Resumo 

Este estudo investiga o potencial da intervenção lúdica e da terapia ocupacional no desenvolvimento de crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) durante a segunda infância. A pesquisa destaca que as atividades lúdicas adaptativas são fundamentais para promover melhorias na comunicação, interação social, coordenação motora e regulação emocional dessas crianças. As intervenções, que incluem desde o uso de tecnologia assistiva e realidade virtual até terapias assistidas por animais e abordagens de integração sensorial, têm mostrado eficácia significativa. Estudos de caso revelam que tais abordagens não apenas melhoram as habilidades sociais e cognitivas, mas também proporcionam um ambiente seguro para a prática e desenvolvimento de novas competências. A participação ativa dos pais e a formação contínua de profissionais são elementos cruciais para o sucesso dessas intervenções. Além disso, a implementação de políticas públicas de saúde e educação que apoiem essas práticas é essencial para garantir o acesso equitativo e a continuidade dos benefícios. As inovações tecnológicas, como a realidade aumentada e aplicativos interativos, oferecem novas possibilidades de terapia, criando ambientes imersivos e controlados que facilitam o aprendizado e o desenvolvimento de habilidades. Este estudo conclui que a terapia ocupacional, através de suas diversas metodologias e tecnologias, continua a ser uma ferramenta vital para a inclusão e desenvolvimento de crianças com TEA, e que a colaboração interdisciplinar e o apoio das políticas públicas são fundamentais para sustentar esses avanços. 

Palavras-chave: Autismo. Espectro. Terapia Ocupacional. Transtorno. 

1. INTRODUÇÃO 

A introdução ao estudo sobre o potencial para intervenção lúdica e de terapia ocupacional em crianças da segunda infância com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é essencial para entender a relevância desse tema e as abordagens terapêuticas existentes. O TEA é caracterizado por déficits na comunicação e interação social, além de comportamentos repetitivos e interesses restritos (ALBUQUERQUE; BENITEZ, 2020). Esses desafios podem dificultar significativamente a participação de crianças com TEA em atividades lúdicas, fundamentais para o desenvolvimento infantil (GABRIEL, 2023). 

A terapia ocupacional tem se mostrado eficaz na promoção de brincadeiras adaptativas e terapêuticas, proporcionando oportunidades para o desenvolvimento de habilidades sociais, motoras e cognitivas (OLIVEIRA, 2022). Intervenções lúdicas permitem que as crianças com TEA experimentem diferentes papéis sociais e desenvolvam a capacidade de imitação, fundamental para o aprendizado e interação social (CHICON et al, 2018.). 

No contexto da segunda infância, fase crucial para o desenvolvimento das habilidades de socialização e comunicação, as atividades lúdicas tornam-se ainda mais importantes. A intervenção lúdica não só promove a inclusão dessas crianças em atividades típicas da infância, mas também contribui para a melhoria de suas habilidades funcionais. Estudos indicam que o uso de jogos simbólicos e brincadeiras estruturadas pode facilitar o desenvolvimento de crianças com TEA, promovendo avanços significativos em suas habilidades de comunicação e interação (ZEN; OMAIRI, 2010). 

A problemática deste estudo reside em como os traços do TEA influenciam as brincadeiras na segunda infância e quais são as principais estratégias de intervenção da terapia ocupacional para promover a brincadeira em crianças com autismo. Dada a complexidade do TEA e a diversidade de manifestações, identificar estratégias eficazes é um desafio contínuo para terapeutas ocupacionais (ALBUQUERQUE; BENITEZ, 2020). Além disso, é necessário entender os desafios enfrentados por esses profissionais ao desenvolver intervenções lúdicas adaptativas que possam ser implementadas de maneira eficiente e sustentável (SILVA; BUFFONE, 2021). 

A justificativa para este estudo baseia-se na importância do brincar no desenvolvimento infantil e nos benefícios comprovados das intervenções lúdicas para crianças com TEA. Brincar é uma atividade essencial que promove a aprendizagem, a interação social e a expressão emocional das crianças (GABRIEL, 2023). No entanto, devido às características do TEA, essas crianças muitas vezes encontram dificuldades em participar de atividades lúdicas de maneira natural e espontânea (BOSA, 2006). Portanto, intervenções estruturadas e baseadas em terapia ocupacional são fundamentais para proporcionar um ambiente inclusivo e estimulante para essas crianças (OLIVEIRA, 2022). 

A metodologia deste estudo incluirá revisão de literatura e análise de estudo de caso. Faremos uma revisão sistemática para identificar estudos direcionados ao brincar na segunda infância de crianças com TEA e intervenções de terapia ocupacional nesse contexto. Além disso, serão analisados estudos de caso de crianças atendidas por terapeutas ocupacionais, investigando os métodos utilizados e os resultados obtidos com as intervenções de brincar (PALMEIRAS et al, 2017). 

Os objetivos deste estudo são: investigar como a terapia ocupacional pode ajudar a promover brincadeiras inclusivas e terapêuticas em crianças com TEA durante a segunda infância; analisar as características do brincar na segunda infância e sua importância para o desenvolvimento das crianças típicas e atípicas; pesquisar estratégias de intervenção em terapia ocupacional para brincadeiras de crianças com autismo; e avaliar a eficácia das intervenções de terapia ocupacional no desenvolvimento lúdico em crianças com autismo (SALES, 2022). 

2. DESAFIOS DO BRINCAR PARA CRIANÇAS COM TEA 

A compreensão das características do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) na segunda infância é fundamental para a criação de intervenções eficazes e adaptadas às necessidades das crianças. O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por desafios na comunicação social e comportamentos restritos e repetitivos (KANNER, 1943). Na segunda infância, que abrange dos 3 aos 6 anos, essas características se manifestam de maneiras específicas que podem impactar significativamente o desenvolvimento das crianças. 

Na segunda infância, as crianças com TEA, frequentemente, apresentam dificuldades na comunicação verbal e não verbal, o que pode levar a desafios na interação com os pares e adultos. Essas dificuldades podem incluir a ausência de gestos, dificuldade em manter contato visual e uso limitado ou atípico da linguagem (SALA et al, 2020). Além disso, comportamentos repetitivos, como alinhar objetos ou seguir rotinas rígidas, são comuns e podem interferir nas atividades diárias e na participação em brincadeiras (KANNER, 1943). 

A importância do brincar no desenvolvimento infantil é amplamente reconhecida, pois promove a aprendizagem, a socialização e a regulação emocional. No entanto, crianças com TEA frequentemente enfrentam barreiras para participar de atividades lúdicas de maneira significativa, sejam elas individuais ou em grupos. A brincadeira simbólica, que envolve a representação de objetos e papéis, pode ser particularmente desafiadora para essas crianças devido à dificuldade em compreender e utilizar símbolos e representações. Essas barreiras podem resultar em isolamento social e oportunidades reduzidas para o desenvolvimento de habilidades críticas (GUEDES et al, 2023). 

Os desafios não são apenas individuais, mas também sistêmicos. As políticas públicas de educação e saúde frequentemente não conseguem atender de maneira integral às necessidades das crianças com TEA, especialmente no que se refere à inclusão em atividades lúdicas. Programas de formação contínua para educadores e profissionais de saúde são necessários para garantir que as estratégias de intervenção sejam atualizadas e baseadas em evidências científicas (SILVA et al., 2019). 

Os desafios enfrentados por crianças com TEA nas atividades lúdicas são variados. A interação social durante o brincar requer a capacidade de interpretar e responder a sinais sociais, uma área onde crianças com TEA frequentemente lutam. Além disso, a rigidez comportamental pode levar à insistência em atividades específicas ou formas de brincar, dificultando a participação em brincadeiras cooperativas ou imaginativas. Estas dificuldades podem ser exacerbadas por ambientes que não são adaptados para acomodar as necessidades sensoriais e comportamentais das crianças com TEA (GUEDES et al, 2023). 

Para a criança com TEA esse fenômeno pode ser mais desafiador, pois entre suas possíveis características, encontra-se as dificuldades na interação social e o interesse restrito e repetitivo em relação aos objetos. Enquanto o brincar deve ser uma atividade espontânea, a criança com TEA podem necessitar de antecipação e planejamento para que participe de suas ocupações, pois em alguns casos, o imprevisto pode gerar consequências negativas no seu comportamento (GUEDES et al, 2023, p. 239). 

Portanto, a dificuldade em lidar com a incerteza e a novidade pode levar a crises de comportamento quando as expectativas da criança não são atendidas ou quando confrontada com mudanças inesperadas nas atividades lúdicas (HILLESHEIM et al., 2020). 

Além disso, muitas crianças com TEA possuem sensibilidades sensoriais que podem interferir no brincar. Elas podem ser hipersensíveis a sons, luzes, texturas ou movimentos, o que pode tornar certos tipos de brincadeiras desconfortáveis ou até mesmo dolorosos. Essa hipersensibilidade pode levar à evitação de ambientes de recreação comuns ou de atividades que envolvem estímulos sensoriais intensos (HILLESHEIM et al., 2020). Por outro lado, algumas crianças podem buscar estímulos sensoriais de maneira intensa, o que também pode desregular a dinâmica das brincadeiras tradicionais (SILVA et al., 2019). 

Desta forma, estratégias de intervenção em terapia ocupacional para crianças com TEA são desenhadas para abordar esses desafios específicos. A terapia ocupacional utiliza abordagens personalizadas que podem incluir atividades sensoriais, brincadeiras estruturadas e intervenções focadas na comunicação social. Um aspecto crucial é a adaptação do ambiente para reduzir barreiras e promover a inclusão. Técnicas como a análise do comportamento aplicada (ABA) e a integração sensorial são frequentemente empregadas para ajudar as crianças a desenvolver habilidades funcionais e sociais através do brincar (PALMEIRAS, 2017) 

Os benefícios das atividades lúdicas adaptativas no desenvolvimento de crianças com TEA são significativos. As intervenções lúdicas podem melhorar a comunicação, a interação social e a flexibilidade comportamental. Estudos indicam que crianças com TEA que participam de programas de intervenção lúdica estruturada mostram melhorias em áreas como a capacidade de seguir instruções, imitar ações e participar de brincadeiras cooperativas (BRILHANTE et al., 2021). Além disso, o brincar adaptativo pode promover a autorregulação emocional e reduzir comportamentos problemáticos ao fornecer uma saída positiva para a energia e a frustração (KANNER, 1943). 

Estudos de caso e resultados de intervenções lúdicas demonstram a eficácia dessas abordagens. Por exemplo, um estudo com crianças em um programa de musicoterapia mostrou que a participação em atividades musicais adaptadas melhorou a comunicação e a interação social, destacando a importância da adaptação das atividades às necessidades individuais das crianças (OLIVEIRA, 2022). Esses resultados sublinham a necessidade de intervenções personalizadas e contínuas para apoiar o desenvolvimento das crianças com TEA. 

Perspectivas futuras e inovações na terapia ocupacional para crianças com TEA incluem o uso crescente de tecnologia e abordagens baseadas em evidências. Ferramentas como aplicativos interativos e realidade virtual estão sendo exploradas para criar ambientes de aprendizado imersivos que podem ser adaptados às necessidades sensoriais e comportamentais das crianças com TEA (SALA et al., 2020). Além disso, a pesquisa contínua sobre os mecanismos subjacentes do TEA está contribuindo para o desenvolvimento de novas estratégias de intervenção que são mais eficazes e personalizadas. 

3. A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL 

A importância do brincar no desenvolvimento infantil é amplamente reconhecida e fundamentada em diversas teorias e pesquisas. O brincar é uma atividade essencial que promove não apenas a diversão, mas também o desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças. Segundo Vygotsky, o brincar permite que as crianças desenvolvam habilidades de resolução de problemas e pensamento crítico, além de promover a interação social e a compreensão das normas e regras sociais (BARROS, 2009). 

Durante o brincar, as crianças experimentam papéis sociais e simulam situações da vida real, o que contribui para o desenvolvimento da empatia e da compreensão das emoções dos outros. Brincadeiras como “faz de conta” permitem que as crianças explorem diferentes perspectivas e desenvolvam habilidades linguísticas e comunicativas. Estudos indicam que essas atividades são cruciais para o desenvolvimento da teoria da mente, que é a capacidade de entender que os outros têm pensamentos, sentimentos e intenções diferentes dos seus próprios (BARROS, 2009). 

Além disso, o brincar é uma forma importante de autorregulação emocional. Através do brincar, as crianças aprendem a lidar com emoções como frustração, medo e alegria de maneira segura e controlada. Atividades lúdicas oferecem um espaço para que as crianças expressem suas emoções e experimentem diferentes formas de resolução de conflitos, o que é fundamental para o desenvolvimento de competências emocionais e sociais (WINNICOTT, 1975 apud BUSTAMANTE, 2020). 

O brincar também tem um papel significativo no desenvolvimento físico das crianças. Atividades que envolvem movimento, como correr, pular e escalar, são essenciais para o desenvolvimento da coordenação motora grossa e fina. Essas atividades ajudam a fortalecer os músculos, melhorar a coordenação olho-mão e desenvolver habilidades motoras que são essenciais para tarefas diárias e acadêmicas (MALTA, 2019). 

Contudo, apesar de sua importância reconhecida, o espaço e o tempo dedicados ao brincar têm diminuído significativamente nas instituições educativas. Muitos sistemas educacionais priorizam a alfabetização e o cumprimento de currículos rígidos, frequentemente à custa das atividades lúdicas. Esta tendência é preocupante, pois reduz as oportunidades das crianças para aprender através do brincar e limita o desenvolvimento das competências mencionadas (BARROS, 2009). 

Pesquisas mostram que a falta de oportunidades para o brincar pode ter consequências negativas no desenvolvimento infantil. Crianças que não têm acesso suficiente a atividades lúdicas podem apresentar dificuldades na interação social, problemas de comportamento e atraso no desenvolvimento motor e cognitivo. Portanto, é crucial que educadores e pais reconheçam a importância do brincar e garantam que as crianças tenham tempo e espaço adequados para essas atividades (BARROS, 2009). 

A criação de um ambiente que favoreça o brincar é uma responsabilidade compartilhada entre pais, educadores e formuladores de políticas públicas. É necessário promover uma mudança de paradigma que valorize o brincar como uma parte essencial do currículo escolar e da vida cotidiana das crianças. Investimentos em formação de professores e na criação de espaços lúdicos adequados são fundamentais para garantir que todas as crianças tenham a oportunidade de se desenvolver plenamente através do brincar (BUSTAMANTE, 2020). 

Em conclusão, o brincar é uma atividade fundamental para o desenvolvimento integral das crianças. Ele promove habilidades cognitivas, sociais, emocionais e físicas, e deve ser considerado uma prioridade tanto em casa quanto na escola. Ao reconhecer e valorizar a importância do brincar, podemos criar um ambiente mais favorável ao desenvolvimento saudável e equilibrado das crianças. Conforme aponta, Guedes et al (2023): 

Na medida em que a criança com TEA é estimulada, o brincar se torna mais significativo para ela passando a exercer uma influência positiva na interação com seus pares e no desenvolvimento de novas habilidades. À medida que o brincar é relevante e se faz necessário no desenvolvimento infantil, reconhece-se que todas as crianças, independente dos desafios que encontram durante o seu desenvolvimento, precisam de suportes, contextos, ambientes e profissionais que proporcionem vivências enriquecedoras em diferentes espaços (GUEDES et al, 2023, p. 239). 

Assim, os desafios enfrentados pelas crianças com transtorno do espectro autista nas atividades lúdicas destacam a necessidade de uma abordagem holística e integrada que considere tanto as características individuais das crianças quanto o contexto social e físico em que elas estão inseridas. Intervenções bem sucedidas requerem a colaboração entre pais, educadores, terapeutas ocupacionais e outros profissionais, garantindo que as necessidades específicas de cada criança sejam atendidas de maneira personalizada e sensível às suas particularidades (ROSSI et al., 2019). 

Portanto, enfrentar esses desafios é essencial não apenas para a inclusão social dessas crianças, mas também para o seu desenvolvimento integral. As atividades lúdicas são fundamentais para o desenvolvimento emocional, social e cognitivo, e garantir que todas as crianças tenham acesso a essas oportunidades deve ser uma prioridade para educadores, profissionais de saúde e formuladores de políticas públicas. 

4. ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL 

As estratégias de intervenção em terapia ocupacional para crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) são diversas e visam atender às necessidades individuais dessas crianças, promovendo seu desenvolvimento integral e facilitando sua inclusão em atividades cotidianas e sociais. A terapia ocupacional utiliza uma abordagem centrada na criança, adaptando as atividades para maximizar a participação e o engajamento. 

O uso de tecnologia assistiva, como tablets e aplicativos educativos com jogos, é outra estratégia relevante. Essas ferramentas podem ser personalizadas para atender às necessidades específicas de cada criança, fornecendo uma plataforma interativa que facilita o aprendizado e a comunicação. Aplicativos de comunicação aumentativa e alternativa (CAA) são particularmente úteis para crianças não verbais ou com habilidades verbais limitadas, permitindo que elas se expressem de forma mais eficaz (SILVA et al., 2019). 

Intervenções baseadas em brincadeiras estruturadas e jogos também são amplamente utilizadas. Essas atividades são projetadas para ensinar habilidades sociais, comunicação e resolução de problemas de uma maneira divertida e envolvente. Jogos que envolvem turnos, regras e cooperação ajudam as crianças a aprender a interagir com os outros e a desenvolver habilidades sociais importantes (ROSSI et al., 2019). 

A terapia ocupacional também incorpora a participação ativa dos pais e cuidadores no processo terapêutico. A formação de pais é crucial para garantir a continuidade das estratégias de intervenção em casa e em outros ambientes. Pais e cuidadores são ensinados a usar técnicas específicas para apoiar o desenvolvimento de seus filhos e lidar com comportamentos desafiadores de maneira eficaz (CASTILLO, 2023). 

Além dessas estratégias, a abordagem centrada no desenvolvimento naturalista, que integra a intervenção terapêutica em atividades cotidianas e rotinas familiares, é uma prática emergente. Esse método reconhece a importância do ambiente natural da criança e busca criar oportunidades de aprendizado e desenvolvimento dentro das atividades diárias, tornando a intervenção mais relevante e prática para a vida da criança e sua família (SILVA et al., 2019). 

Por fim, é importante mencionar a necessidade de uma abordagem interdisciplinar, envolvendo profissionais de diversas áreas, como psicólogos, fonoaudiólogos, educadores e médicos, para criar um plano de intervenção holístico e abrangente. Essa colaboração é essencial para abordar todas as dimensões do desenvolvimento da criança e garantir que todas as suas necessidades sejam atendidas de maneira coordenada e eficaz (ROSSI et al., 2019). 

5. POTENCIAL LÚDICO PARA O DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS COM TEA ATRAVÉS DA TERAPIA OCUPACIONAL 

As atividades lúdicas adaptativas são essenciais no desenvolvimento de crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), pois oferecem benefícios significativos em várias áreas de desenvolvimento. Essas atividades são projetadas para atender às necessidades específicas de cada criança, permitindo que elas se envolvam em brincadeiras de forma mais eficaz e prazerosa. Através dessas atividades, as crianças podem melhorar suas habilidades de comunicação, interação social, coordenação motora e regulação emocional. 

Um dos principais benefícios das atividades lúdicas adaptativas é a melhoria das habilidades de comunicação. Crianças com TEA muitas vezes enfrentam desafios significativos na comunicação verbal e não verbal. Atividades lúdicas que incorporam elementos visuais, gestuais e de imitação podem ajudar a desenvolver essas habilidades. Estudos indicam que crianças que participam regularmente de brincadeiras estruturadas mostram melhorias na capacidade de expressar necessidades e sentimentos, o que é crucial para sua integração social e acadêmica (ASHWOOD et al., 2011). 

Além disso, as atividades lúdicas adaptativas promovem a interação social. Brincadeiras em grupo, jogos de turno e atividades cooperativas incentivam as crianças a interagir com os pares de maneira positiva e construtiva. Essas interações são fundamentais para o desenvolvimento de habilidades sociais, como compartilhar, esperar a vez e resolver conflitos. Pesquisas demonstram que crianças com TEA que se envolvem em brincadeiras adaptativas desenvolvem melhor entendimento e resposta aos sinais sociais, facilitando a formação de amizades e a participação em atividades escolares (ASHWOOD et al., 2011). 

A coordenação motora também é beneficiada por atividades lúdicas adaptativas. Muitas crianças com TEA apresentam dificuldades motoras que podem afetar sua capacidade de participar em brincadeiras físicas. Atividades que envolvem movimentos corporais coordenados, como correr, pular e manipular objetos, ajudam a melhorar a coordenação motora grossa e fina. A prática regular dessas atividades não só melhora a habilidade motora, mas também aumenta a autoconfiança das crianças ao perceberem suas conquistas e progressos (SILVA et al., 2019). 

A regulação emocional é outra área significativamente impactada pelas atividades lúdicas adaptativas. Crianças com TEA frequentemente experimentam dificuldades em lidar com emoções e podem ter crises de comportamento quando confrontadas com frustrações ou mudanças inesperadas. Brincadeiras estruturadas oferecem um ambiente seguro para que as crianças aprendam a gerenciar suas emoções. Técnicas como o uso de histórias sociais e jogos de simulação ajudam as crianças a entender e praticar respostas emocionais apropriadas, promovendo uma maior estabilidade emocional (ROSSI et al., 2019). 

Ademais, as atividades lúdicas adaptativas contribuem para o desenvolvimento cognitivo. Jogos que desafiam a resolução de problemas, memória e planejamento incentivam o pensamento crítico e a flexibilidade cognitiva. Essas habilidades são essenciais para o sucesso acadêmico e para a capacidade de adaptação a novas situações. Estudos mostram que crianças com TEA que participam de intervenções lúdicas adaptativas apresentam melhor desempenho em tarefas cognitivas complexas, o que pode facilitar sua aprendizagem e desempenho escolar (ASHWOOD et al., 2011). 

O envolvimento dos pais e cuidadores nas atividades lúdicas é crucial para maximizar os benefícios das intervenções. Quando os pais são treinados para aplicar estratégias lúdicas adaptativas em casa, as crianças têm mais oportunidades de praticar e reforçar as habilidades aprendidas durante as sessões de terapia. A colaboração entre terapeutas ocupacionais e famílias garante que as intervenções sejam consistentes e integradas ao cotidiano da criança, promovendo um desenvolvimento mais contínuo e sustentável (SILVA et al., 2019). 

Em resumo, as atividades lúdicas adaptativas oferecem uma abordagem multifacetada e eficaz para apoiar o desenvolvimento de crianças com TEA. Elas promovem melhorias significativas em comunicação, interação social, coordenação motora, regulação emocional e habilidades cognitivas. A implementação dessas atividades, aliada ao envolvimento ativo dos pais e cuidadores, proporciona um ambiente enriquecedor e inclusivo que facilita o crescimento integral das crianças com TEA (SANT’ANNA, 2015). 

6. EVIDÊNCIAS DE EFICÁCIA DAS INTERVENÇÕES LÚDICAS E OCUPACIONAIS 

Os estudos de caso e resultados de intervenções lúdicas para crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) têm demonstrado a eficácia dessas práticas na melhoria de diversas áreas do desenvolvimento infantil. Um estudo realizado por Brilhante et al. (2021) investigou a perspectiva de adolescentes autistas sobre sua sexualidade e destacou a importância das atividades lúdicas para a expressão e compreensão emocional, contribuindo para a formação de uma identidade positiva e autônoma (BRILHANTE et al., 2021). 

Outro estudo relevante, conduzido por Oliveira et al. (2020), analisou os impactos das atividades lúdicas estruturadas no desenvolvimento cognitivo e motor de crianças com TEA. Os resultados mostraram que crianças que participam regularmente de jogos e brincadeiras adaptadas apresentam melhorias significativas na coordenação motora, habilidades de comunicação e capacidade de socialização (OLIVEIRA et al., 2020). 

As intervenções lúdicas também têm um papel crucial na promoção da interação social. Um estudo de Rossi et al. (2019) revelou que crianças com TEA que participam de atividades de grupo estruturadas tendem a desenvolver melhores habilidades de interação social. Essas atividades proporcionam um ambiente seguro e estruturado onde as crianças podem praticar e aprimorar suas habilidades sociais, como compartilhar, cooperar e resolver conflitos (ROSSI et al., 2019). 

Além dos benefícios cognitivos e sociais, as intervenções lúdicas adaptativas também contribuem para a regulação emocional das crianças com TEA. Segundo um estudo de Silva et al. (2022), atividades que envolvem elementos sensoriais, como a manipulação de diferentes texturas e materiais, ajudam as crianças a regular suas respostas emocionais e comportamentais, reduzindo episódios de estresse e ansiedade (SILVA et al., 2022). 

Em outro estudo, conforme apontado por Camargo (2005), há uma variedade de modelos teóricos de intervenção à disposição do terapeuta ocupacional, sendo a Terapia de Integração Sensorial a mais comumente utilizada no tratamento de crianças autistas. De acordo com as informações de Mello (2016), a Terapia Ocupacional se dedica à integração sensorial, buscando auxiliar a criança a assimilar e organizar as diferentes sensações por meio de atividades lúdicas, possibilitando assim o aprendizado. Esse tema não será aprofundado por questões objetivas do estudo não ser da integração sensorial, mas sim evidenciar a relevância do brincar como forma de contribuição no desenvolvimento infantil. 

A utilização de tecnologia em intervenções lúdicas tem se mostrado uma ferramenta poderosa. Aplicativos interativos e jogos digitais adaptados podem oferecer experiências lúdicas que são tanto educativas quanto terapêuticas. Estudos indicam que o uso de tecnologia assistiva pode melhorar a motivação e o engajamento das crianças em atividades lúdicas, proporcionando um meio atraente e eficaz para o aprendizado e desenvolvimento (SALA et al., 2020). 

Um aspecto importante das intervenções lúdicas é a participação ativa dos pais e cuidadores. A formação e o envolvimento dos pais em programas de intervenção são essenciais para garantir a continuidade e a eficácia das atividades lúdicas fora do ambiente terapêutico. Pais treinados para aplicar técnicas lúdicas em casa podem reforçar as habilidades aprendidas nas sessões de terapia, promovendo um desenvolvimento mais consistente e sustentável (FIGUEIRA et al., 2022). 

Em conclusão, os estudos de caso sobre intervenções lúdicas em crianças com TEA demonstram a eficácia dessas práticas em diversas áreas do desenvolvimento infantil. As atividades lúdicas adaptativas promovem melhorias significativas na comunicação, interação social, coordenação motora e regulação emocional, além de oferecerem uma abordagem inclusiva e prazerosa para o aprendizado. A participação ativa dos pais e o uso de tecnologia são elementos-chave para maximizar os benefícios dessas intervenções, garantindo um desenvolvimento integral e harmonioso para as crianças com TEA. 

As perspectivas futuras e inovações na terapia ocupacional para crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) são promissoras e abrangem diversas abordagens que buscam maximizar o desenvolvimento e a inclusão dessas crianças. Uma das áreas emergentes é o uso de tecnologia assistiva, que inclui aplicativos interativos e dispositivos de comunicação aumentativa e alternativa (CAA). Esses recursos tecnológicos têm mostrado eficácia na melhoria da comunicação e do engajamento das crianças com TEA, facilitando a aprendizagem e a interação social (SALA et al., 2020). 

A realidade virtual (RV) e a realidade aumentada (RA) também estão sendo exploradas como ferramentas terapêuticas. Essas tecnologias proporcionam ambientes controlados e personalizados onde as crianças podem praticar habilidades sociais e motoras de maneira segura e envolvente através de jogos e atividades lúdicas. Estudos indicam que a RV pode ajudar na redução da ansiedade social e na melhoria das habilidades de interação, proporcionando experiências imersivas que são ao mesmo tempo educativas e terapêuticas (PESSOA, 2021). 

A terapia assistida por animais (TAA), embora não seja tão comum como uma atividade do brincar pode ser adaptada como tal, também continua a ganhar reconhecimento por seus benefícios terapêuticos. Interações com animais podem melhorar a comunicação, a socialização e a regulação emocional. Estudos mostram que a presença de animais durante as sessões de terapia pode aumentar a motivação e o engajamento das crianças, oferecendo uma forma adicional de apoio emocional e desenvolvimento (ROSSI et al., 2019). 

Além disso, as intervenções naturais e centradas na família estão sendo cada vez mais valorizadas. Essas intervenções reconhecem a importância do ambiente familiar e cotidiano da criança, integrando a terapia nas rotinas diárias e nas interações familiares, seja para o lazer ou para o brincar. Isso não apenas torna a terapia mais relevante e prática, mas também capacita os pais a desempenharem um papel ativo no desenvolvimento de seus filhos (SILVA et al., 2019). 

A formação contínua e a colaboração interdisciplinar entre terapeutas, educadores, fonoaudiólogos e outros profissionais de saúde são essenciais para o sucesso dessas inovações. Programas de formação que enfatizam abordagens baseadas em evidências e a personalização das intervenções para atender às necessidades específicas de cada criança são fundamentais para garantir a eficácia das terapias (MAGNAGO; PIERANTONI, 2020). 

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Durante os estudos realizados para a elaboração deste artigo, ficou evidente que o brincar, como potencial de intervenção da Terapia Ocupacional para crianças na segunda fase da infância com Transtorno do Espectro Autista (TEA), se revela como uma tática essencial e versátil. O ato de brincar não só auxilia no desenvolvimento de habilidades físicas, mentais e sociais, mas também serve como uma ferramenta poderosa para expressar emoções e se comunicar, aspectos que geralmente são desafiadores para crianças com TEA. Ao incluir atividades recreativas na abordagem terapêutica, os terapeutas ocupacionais conseguem criar ambientes de tratamento que são ao mesmo tempo cativantes e eficazes do ponto de vista terapêutico. 

Assim, além de desenvolver habilidades específicas, as brincadeiras oferecem uma atmosfera natural e motivadora para o aprendizado e crescimento. As atividades recreativas possibilitam que as crianças com Transtorno do Espectro Autista explorem e adquiram novas habilidades de forma espontânea e prazerosa. Essa abordagem focada na criança incentiva a independência e a participação ativa, aspectos essenciais para o desenvolvimento completo. A utilização de brinquedos e jogos adaptados às necessidades sensoriais e de comunicação dessas crianças pode facilitar a aquisição de habilidades cotidianas e a integração sensorial (GUEDES, 2023). 

É fundamental ter em mente que não há cura definitiva para o autismo. Levando em conta a faixa etária, as habilidades cognitivas, a fala e outros sintomas variados, diferentes abordagens terapêuticas podem ter resultados distintos para cada pessoa (TÁPARO; GIARDINETTO, 2011). O tratamento envolve uma equipe multidisciplinar, e o terapeuta ocupacional é um dos especialistas capacitados para trabalhar com essas crianças, utilizando o brincar e outras abordagens para melhorar a interação e o desenvolvimento delas. Além disso, com a expertise nas atividades humanas, o terapeuta ocupacional pode atuar em todas as esferas de ocupação de seus pacientes que demandem suporte, como por exemplo, a brincadeira para a criança autista. 

Estudos de casos e pesquisas científicas demonstram consistentemente a eficácia dessas abordagens, evidenciando melhorias significativas no desenvolvimento cognitivo e social das crianças com TEA (SALA et al., 2020; PESSOA, 2021). 

Em resumo, a terapia ocupacional, através de suas diversas abordagens e inovações, continua a evoluir e a oferecer suporte crucial para o desenvolvimento das crianças com TEA. As evidências científicas e os avanços tecnológicos proporcionam novas oportunidades para melhorar a qualidade de vida dessas crianças, promovendo uma inclusão mais efetiva e um desenvolvimento integral em todos os aspectos de suas vidas (SALA et al., 2020; PESSOA, 2021). A continuidade na pesquisa, formação de profissionais e apoio das políticas públicas será fundamental para sustentar e expandir esses benefícios no futuro. 

8. REFERÊNCIAS 

ALBUQUERQUE, I.; BENITEZ, P. O brincar e a criança com transtorno do espectro autista: revisão de estudos brasileiros. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. 4, p. 1939–1953, 2020. DOI: 10.21723/riaee.v15i4.12811. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/12811. Acesso em: 25 maio. 2024. 

ASHWOOD, P. et al. Elevated plasma cytokines in autism spectrum disorders provide evidence of immune dysfunction and are associated with impaired behavioral outcome. Brain, behavior, and immunity 2011, 25(1), 40–45. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.bbi.2010.08.003 Acesso em 03 de junho de 2024. 

BARROS, F. C. O. M. Cadê o brincar? Da educação infantil para o ensino fundamental. São Paulo: Editora UNESP, 2009. 

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BUSTAMANTE, S. Potências do brincar, do atuar e inventividades no cuidado. Ciência & Saúde Coletiva, 2020. 

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1Discente do 4º ano (8º semestre) do Curso Superior Bacharelado de Terapia Ocupacional do UniFatecie – Centro Universitário Unifatecie (Paranavaí/PR), Bacharel em Psicopedagogia pelo Unicv – Centro Universitário Cidade Verde (Maringá/PR), Pedagogo pelo Centro Universitário Internacional Uninter (Curitiba/PR) – e-mail: andremg2@hotmail.com