IDENTIFICAÇÃO DAS MAIORES DORES EM GESTÃO DE PROJETOS EM UMA DISTRIBUIDORA DE ENERGIA ELÉTRICA DA REGIÃO NORTE DO BRASIL

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12194128


José Henrique De Holanda Cavalcanti
Orientador: João Édson Leite Júnior


RESUMO

Trata-se de artigo científico pautado em revisão bibliográfica cuja temática é abordar dificuldades e oportunidade na gestão de projetos em uma distribuidora de energia elétrica da região norte do brasil. A produção científica é resultado de revisão literária, tomando como base produções correlatas ao tema, partindo de análise científica priorizando recortes que permitir descrever e entender a importância da gestão de qualidade durante o processo de montagem eletromecânica de uma usina hidrelétrica. Sabe-se que a energia elétrica é fundamental para o desenvolvimento de um país, pois no mundo atual ela é o motor que move a sua economia, fortalecendo desde os grandes projetos industriais, pequenos empreendimentos e o consumidor final, ou seja, as residências, gerando emprego, renda e aumentando por consequência a qualidade de vida de seus cidadãos. O objetivo geral do artigo é identificar as melhores práticas em Gestão de Projetos, concentrando-se na comunicação interpessoal em equipes multidisciplinares e na aplicação humanizada de novas tecnologias. Os objetivos específicos são: Analisar o impacto das tecnologias emergentes; propor soluções práticas e inovadoras; Avaliar e entender as barreiras na comunicação; Examinar o papel das ferramentas de comunicação. A metodologia utilizada foi uma revisão de literatura de caráter descritivo e exploratório. Constatou-se que a energia elétrica no Brasil é responsável por mais de 50% do potencial energético do país e esta produção deve estar atrelada à uma gestão de qualidade capaz de assegurar ao consumidor final a segurança necessária para consumir um produto gerado a partir de princípios que respeitem o meio ambiente, a legislação nacional vigente, a segurança dos colaboradores, bem como a segurança do consumidor, seja ele doméstico ou industrial.

Palavras-chave: Cadeia de suprimentos. Gestão. Processos. Tecnologias. capacitadoras. Ágil. Projeto. elétrica

ABSTRACT

This is a scientific article based on a bibliographic review whose theme is to address difficulties and opportunities in project management in an electricity distributor in the northern region of Brazil. The scientific production is the result of a literary review, taking as a basis productions related to the topic, starting from scientific analysis, prioritizing excerpts that allow describing and understanding the importance of quality management during the electromechanical assembly process of a hydroelectric plant. It is known that electrical energy is fundamental for the development of a country, as in today’s world it is the engine that moves its economy, strengthening large industrial projects, small enterprises and the final consumer, that is, homes, generating employment, income and consequently increasing the quality of life of its citizens. The general objective of the article is to identify the best practices in Project Management, focusing on interpersonal communication in multidisciplinary teams and the humanized application of new technologies. The specific objectives are: Analyze the impact of emerging technologies; Propose practical and innovative solutions; Assess and understand communication barriers; Examine the role of communication tools. The methodology used was a descriptive and exploratory literature review. It was found that electrical energy in Brazil is responsible for more than 50% of the country’s energy potential and this production must be linked to quality management capable of ensuring the final consumer the necessary safety to consume a product generated from principles that respect the environment, current national legislation, employee safety, as well as consumer safety, whether domestic or industrial.

Keywords: Supply chain. Management. Law Suit. Enabling technologies. Ágile. Project. Eletric.

1 INTRODUÇÃO

Trata-se de produção científica cuja temática é a gestão de projeto em distribuidora do setor energético, fazendo análise em uma distribuidora de energia. Este trabalho tem como propósito aprofundar a análise das maiores dificuldades enfrentadas na gestão de projetos. Vivemos em uma era caracterizada por avanços tecnológicos e integração crescente de tecnologias avançadas, incluindo a automação e a inteligência artificial no exercício de gerenciamento de projetos.

Desde a Revolução Industrial, a partir do final do século XIX, diversas tecnologias como: engenharia genética, computadores, robôs, satélites, miniaturização, laser, e tantas outras inovações, revolucionaram a forma de como as pessoas, as organizações e as nações passaram a se organizar, se comunicar, e se relacionar (CLEGG; HARDY; NORD, 2007).

O homem passou a consumir além da sua necessidade. Como explica Bauman (2008), o tempo das necessidades mudou para o tempo das possibilidades; as invenções passaram a acontecer em uma taxa exponencial; o mercado de bens de consumo é quem separa condenados, salvos, excluídos e incluídos e o Estado é rendido pelas forças do mercado, cada vez mais é despido da liberdade de manobra e de seu poder de estabelecer regras e apitar o jogo. Além desse cenário, hoje as organizações passam a ter que resolver problemas diários dos consumidores e atender suas necessidades, enquanto também melhoram sua performance social e ambiental.

Belz e Peattie (2009) ressaltam ainda a necessidade das organizações de manter uma melhoria contínua, mantendo o conhecimento das tecnologias mais recentes, lembrando que as aspirações sociais mudam com o tempo e que um produto ou serviço que hoje é considerado extraordinário, em termos de performance socioambiental e que atenda as necessidades dos consumidores, pode amanhã ser considerado padrão.

Neste contexto é crucial reconhecer a relevância de identificar e compreender as principais barreiras que afetam tanto profissionais quanto organizações envolvidas em projetos. Essas dificuldades não se limitam apenas à esfera técnica, mas frequentemente envolvem questões interpessoais, já que a gestão de projetos muitas vezes se realiza em equipes multidisciplinares. A escolha deste tema se baseia na crescente necessidade de encontrar soluções eficazes para superar esses desafios. A gestão de projetos eficiente não só é fundamental para o sucesso de organizações em um ambiente competitivo, mas também desempenha um papel fundamental no avanço contínuo da teoria e prática do gerenciamento de projetos.

As mudanças constantes no mercado exigem das companhias, agilidade e eficiência em seus processos com qualidade na execução do serviço. Para tal, é necessário que as atividades de manutenção eletromecânica atuem cada vez mais de maneira eficaz, integrando-se aos processos produtivos. As atividades de manutenção precisam ser bem executadas a fim de atender as demandas da companhia, fazendo que seus processos transcorram sem interferência e com baixos custos.

Este trabalho demonstrará a importância do Sistema de Gestão da Qualidade para a melhoria do desenvolvimento da empresa no fornecimento de mão de obra especializada e apoio técnico, logístico e administrativo para a realização dos serviços de manutenção industrial em unidades geradoras de turbina tipo bulbo (Kaplan Horizontal) e vertedouros na execução de manutenção de hidroelétrica.

2 JUSTIFICATIVA

A gestão de projetos é importante porque ajuda no desenvolvimento de estratégias e ações capazes de tirar as metas e objetivos de crescimento do mundo das ideias e transformálas em processos concretos de desenvolvimento.

Um Projeto de Gestão pode ser realizado de forma cooperativa quando duas ou mais empresas de energia elétrica desenvolverem projetos de pesquisa conjuntamente. As responsabilidades no Programa de P&D cooperativo são partilhadas entre as empresas participantes de comum acordo. Uma das empresas deve ser definida como proponente do Projeto de Gestão cooperativo, sendo responsável pelo seu envio à ANEEL, e as demais serão denominadas cooperadas. O custo total do Projeto de Gestão de um programa cooperativo está limitado à soma dos limites individuais dos custos destinados ao Projeto de Gestão de cada uma das empresas envolvidas.

Como os projetos geralmente são complexos e envolvem muitas partes interessadas, designar um gerente de projetos para liderar a iniciativa e manter todo mundo alinhado é essencial para o sucesso do projeto. Inclusive, o PMI descobriu que empresas que usam algum tipo de metodologia de gestão de projetos conseguem cumprir o orçamento, seguir o cronograma e atender o escopo, padrões de qualidade e benefícios esperados melhor do que outras organizações.

Relações formadas pelos recursos de projetos mudam, classificamos sua produtividade de acordo com entregas, escopo e custo de forma que se torna mister o domínio de técnicas de comunicação. A transformação digital nos possibilita então uma nova visão das habilidades carentes no mercado, atualmente são as chamadas “power skills” ou “soft skills” ou em português, habilidades interpessoais. Ferramentas baseadas em tecnologia, estão intensificando tanto habilidades técnicas como reportes e gerenciamento e os power skills ajuda a navegar entre os diferentes cenários e tipos de negócios, tais conexões nascem através de pesquisa e estudo, (quando habilidades interpessoais são prioridades e comunicada claramente pela liderança, reforçada através do desenvolvimento pessoal, oferecendo ativos para o indivíduo e para o time, as organizações podem esperar melhores performances nos projetos. (PMI Pulse of the Profession 2023 Report pg. 4)

3 OBJETIVOS

3.1 Geral

Identificar as melhores práticas em Gestão de Projetos, concentrando-se na comunicação interpessoal em equipes multidisciplinares e na aplicação humanizada de novas tecnologias. Explorando desde o e-mail corporativo até a velocidade de compartilhamento, o estudo destaca sua relevância crucial no avanço sustentável dos projetos.

3.2  Objetivos específicos

1. Metodologia ágil
2. Metodologia tradicional  
1. Analisar o impacto das tecnologias emergentes;
1. Propor soluções práticas e inovadoras;
2. Avaliar e entender as barreiras na comunicação; 
1. Examinar o papel das ferramentas de comunicação

4 REFERENCIAL TEÓRICO

Um Portfólio de Projetos tem a função de organizar os projetos de acordo com os objetivos organizacionais, o que inclui rentabilidade, serviços ao cliente, reputação e sustentabilidade. Esses objetivos devem ser harmonizados em um conjunto de projetos e programas, para fazer parte de um painel balanceado, cujos índices concretos, como rentabilidade, se associem a questões mais abstratas, como a reputação da organização (ROCHA; DINSMORE; RIBEIRO; FREITAS, 2016).

Por sua vez, a Gestão de Portfólio deve ser o foco de qualquer esforço para que haja alguma melhoria nos resultados da gestão de projetos. Um Escritório de Gestão de Projetos que não possui um processo de Gestão de Portfólio excelente é como um corpo com um coração doente, que hora ou outra não conseguirá suprir a demanda de recursos que o corpo necessita (KENDALL, 2012). 

Segundo pesquisa realizada anualmente com as maiores empresas situadas no Brasil, PMI (2014), em sua edição 2014, 68% dos projetos autorizados por essas organizações não estão alinhados com os objetivos estratégicos; pela falta de conhecimento a seu respeito, ora por falhas no planejamento e até mesmo pelo planejamento estratégico não existir

4.1 PROJETO 

Precisa-se esquecer a ideia de que projetos estão somente ligados as obras de engenharia, que tenham alto grau de dificuldade e complexidade, pois todo objetivo, desde que tenha um início e um fim, pode ser tratado e gerido como projeto. Ou seja, até mesmo uma viagem pode ser tratada como projeto, o que pode ajudar a cumprir esse objetivo mais facilmente. Lembrando também que para ser considerado um projeto, além de ter duração finita, é necessário gerar algum tipo de produto, serviço ou outra forma de resultado (PMI, 2012).

4.2 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 

Segundo Coral (2002), em uma organização, elaborar e implementar metas, objetivos e estratégias envolve o levantamento de informações, análise e planejamento, o que resulta em uma sucessão de tarefas ou acontecimentos que se propõe a auxiliar na tomada de decisões dos gestores, para então perfilar a empresa ao seu respectivo ambiente. Processo este, que é denominado como planejamento estratégico, emergiu nos Estados Unidos, na década de 60, com o intuito de auxiliar as organizações na criação e implementação de estratégias, tendo em vista aumentar sua competitividade, firmando uma divisão entre planejamento e implementação. A consequência desse processo é um planejamento estratégico com orientações precisas para sua execução. 

O Balance Scorecard (BSC) tornou-se uma base para a gestão estratégica e está sendo aplicado com sucesso em diversas organizações dos setores privado e governamental. Com um significado literal que se aproxima de “Indicadores Balanceados de Desempenho”, ou seja, possui eficiência em agrupar elementos importantes simplificando e conduzindo o progresso da estratégia. O BSC também induz um entrecruzamento de desempenho que se estende por todos os níveis organizacionais tornando-se então um apetrecho para comunicar e promover um engajamento geral com a estratégia da empresa (BEZERRA, 2014).

A figura 1 abaixo demonstra um layout que permite-nos compreender como se processa o modelo de planejamento estratégico.

Figura 1: Modelo de planejamento estratégico

Fonte: https://consultoriaempresarialmc.com.br/areas-de-atuacao/o-que-planejamentoestrategico/

4.3 PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL

A energia hidrelétrica é importante fonte de energia no mundo, algo em torno de 19%. O Brasil, país de dimensões continentais, está entre os cinco maiores produtores de energia hidrelétrica no globo: contando com mais de 170 usinas hidrelétricas gerando aproximadamente de 75.000.000.000 W de potência.

Ao abordar histórica e cronologicamente acerca da construção de hidrelétricas, Melo nos brinda com a seguinte abordagem:

A primeira usina hidrelétrica do mundo foi construída no final do século XIX – quando o carvão era o principal combustível e as pesquisas sobre petróleo ainda engatinhavam – junto às quedas d’água das Cataratas do Niágara. Até então, a energia hidráulica da região tinha sido utilizada apenas para a produção de energia mecânica. Na mesma época, e ainda no reinado de D. Pedro II, o Brasil construiu a primeira hidrelétrica, no município de Diamantina, utilizando as águas do Ribeirão do Inferno, afluente do rio Jequitinhonha, com 0,5 MW (megawatt) de potência e linha de transmissão de dois quilômetros. (MELO 2014, p. 12)

Ainda na primeira metade do século XX, mais especificamente em 1930, o Brasil já possuía algumas dezenas de usinas, entre hidrelétricas, térmicas e mistas. No cenário atual o Brasil possui mais de 100 usinas hidrelétricas de grande porte e mais de 70 usinas de médio porte e centenas de pequeno porte.

4.4 GESTÃO DA QUALIDADE

Deslindar sobre gestão da qualidade é um abordar acerca de um dos conceitos mais cruciais no mundo dos negócios-corporativos, atualmente. Sua relevância reside no fato de que no mundo globalizado todo e qualquer produto ou serviço precisa ser fiscalizado em suas funções e cadeira produtiva: fabricação e distribuição. Um alimento estragado, por exemplo, pode causar uma doença ou levar alguém a óbito, num caso extremo, e destruir a reputação da empresa responsável. O controle da qualidade é essencial para evitar esse tipo de incidente e garantir a satisfação do cliente.

Gestão da qualidade inclui planejamento estratégico, alocação, de recursos e outras atividades sistemáticas para a qualidade, tais como o planejamento para a qualidade, operações e avaliações.

Assim na perspectiva de Longo, podemos conceituar gestão da qualidade como:

A Gestão da Qualidade Total (GQT) é uma opção para a reorientação gerencial das organizações. Tem como pontos básicos: foco no cliente; trabalho em equipe permeando toda a organização; decisões baseadas em fatos e dados; e a busca constante da solução de problemas e da diminuição de erros. (LONGO, 1996, p. 10).  

Ao fazer referência à gestão de processos a pesquisadora Oliveira:

A gestão por processos refere-se a um conjunto de funções de planejamento, direção e avaliação das atividades sequenciais, com a finalidade de minimizar os conflitos interpessoais e atender as necessidades e expectativas dos clientes externos e internos das empresas. (OLIVEIRA, 2011).

O conceito de gestão possui ligação direta com a administração dos recursos disponíveis na organização. Esses recursos podem ser tanto materiais e financeiros como humanos, tecnológicos ou de informação.

Qualidade, segundo a ISO (International Standardization Organization), “é a adequação e conformidade dos requisitos que a própria norma e os clientes estabelecem”. Assim, podemos entender Qualidade como sendo o nível de perfeição de um processo, serviço ou produto entregue pela sua empresa, de maneira que atenda às exigências definidas pela ISO e, é claro, pelos seus clientes.

Na visão de Cordeiro a gestão da qualidade pode ser entendida como:

A gestão da qualidade é total por dois principais motivos: primeiro porque não devem existir lacunas, ou seja, o cliente-alvo da empresa deve ser totalmente satisfeito, e segundo porque todos os departamentos e funcionários da empresa devem trabalhar de forma integrada no sentido de preencher essas lacunas ao longo do tempo. (CORDEIRO, 2004, p. 26)

Do ponto de vista empresarial e corporativo, é salutar afirmar que qualidade pode ser entendida como um conjunto de características que faz referência ao atendimento das necessidades dos clientes e ao padrão de produtos e serviços oferecidos por uma empresa. 

Nessa perspectiva Bittencourt nos lembra que:

Qualidade é função derivada da integração e intensificação da atividade econômica do ser humano e ter qualidade é ter confiança, durabilidade e segurança. É ter tranquilidade no ambiente de negócios, melhor ambiente e maior incremento da atividade econômica. Vemos, portanto, que Gestão da Qualidade é essencial para o gerenciamento de um projeto, o que gera discussões a respeito de princípios e processos, uma vez que a falta da qualidade é um grande entrave no avanço tecnológico e organizacional. (BITTENCOURT, 2019, p. 31)

Produzir com foco na qualidade é primordial para manter a essência do negócio à qual se propõe.

Nessa perspectiva cabe-nos entender como a gestão da qualidade pode ser aplicada no processo de montagem da eletromecânica de uma hidrelétrica e quais os benefícios diretos disso. 

Pois, como corrobora Ferreira: 

Para garantir que o Sistema de Gestão da Qualidade esteja em conformidade e adequado com as necessidades do empreendimento, no setor hidrelétrico, a distribuição de papéis e responsabilidades. (FERREIRA, 2016, p. 6)

A garantia de qualidade é uma maneira de ter a certeza que os padrões e requisitos de qualidade operacionais previamente estabelecidos sejam utilizados em todos os processos futuros de desenvolvimento, seja de um produto ou serviço, contribuindo assim para a segurança do cliente.

De maneira concomitante à gestão e à qualidade é de fundamental importância que seja atendado para o controle de qualidade, este deve ser direcionado de modo a assegura o cumprimento de requisito de qualidade e é realizado, principalmente, através de uma inspeção. A inspeção de qualidade é um procedimento que analisa e avalia se os atributos de um produto ou serviço estão de acordo com os requisitos especificados para definir se há ocorrência de não conformidade.

Analisando o exposto acima fica claro e evidente que ambas precisam ser empregadas para que haja o melhor aproveitamento do potencial produtivo da hidrelétrica.

É evidente que os tipos de manutenção não se limitam às expostas acima, existem outras não menos importantes que precisam ser feitas, principalmente a manutenção planejada, essa é essencial para garantir o fluxo de produção.

4.5 DISTRIBUIDORAS DE ENERGIA: POTÊNCIA DE PRODUÇÃO

A segunda metade do século XX assistiu um crescimento pelo consumo de energia e de outros recursos naturais renováveis e não renováveis, sem precedentes na história da humanidade.

Nesse contexto de crescimento da economia, da população e de tecnologias disponíveis a procura pelo fator energia elétrica cresceu de maneira vertiginosa, gerando por consequência o consumo desenfreado pelo produto, não apenas no Brasil, mas no mundo todo.

É importante detalharmos como é construída uma hidrelétrica de modo que possamos entender o seu funcionamento, inclusive no processo de montagem eletromecânica.

Segundo Branco:

Nos tempos modernos, com a mobilização de organizações não governamentais contra o desmatamento e agressão ao meio ambiente, muitas polêmicas e questionamentos são feitos com relação à construção de novas usinas hidrelétricas ou outras formas de geração de energia. Na realidade, ela é um intricado projeto de engenharias (civil, elétrica, mecânica, hidráulica, etc.) que demanda enormes esforços de construção. Isso porque essas usinas necessitam de grandes obras e equipamentos para que possa produzir energia elétrica aproveitando o potencial hidráulico latente num rio. Como se trata de uma obra muito complexa que envolve vários cálculos, a viabilidade técnica de cada usina deve ser avaliada de modo particular. (BRANCO, 1975, p. 54)

Corroborando o imediatamente exposto acima, Caus e Michels (2016) de maneira muito didática nos mostram como é feita a estruturação de uma usina hidrelétrica.

Saindo da represa até a distribuição de energia, a água tem o papel principal neste ciclo, seguida pelas turbinas, os geradores, o transformador, o fluxo de saída e as linhas de transmissão. (CAUS; MICHELS, 2016)

De maneira bem compactada podemos afirmar que uma usina hidrelétrica compõese das seguintes partes: barragem, sistemas de captação e adução de água, casa de força e sistema de restituição de água ao leito natural do rio. (CAUS; MICHELS, 2016)

A água que é captada no lago formado pela barragem é conduzida até a casa de força através de canais, túneis ou condutos metálicos. Após passar pela turbina hidráulica, a água é restituída ao leito natural do rio, através do canal de fuga. (CAUS; MICHELS, 2016)

Assim a potência hidráulica é transformada em potência mecânica, quando a água passa pela turbina, fazendo com que esta gire, no gerador que está acoplado a turbina a potência mecânica é transformada em potência elétrica. (CAUS; MICHELS, 2016)

A energia gerada é levada através de cabos ou barras condutoras dos terminais do gerador até o transformador elevador, onde tem sua tensão é corrigida e assim, através de linhas de transmissão chega até os centros de consumo. Através de transformadores abaixadores, a energia tem sua tensão levada a níveis adequados para utilização pelos consumidores. (CAUS; MICHELS, 2016)

O planejamento, construção, execução, geração e distribuição de energia é feito baseado em projeto capaz de atender a demanda de determinada cidade ou região, com a perspectiva clara de gerar energia rentável, mas não deixando de lado o fator qualidade.

A Eletrobrás define usina hidrelétrica como sendo a transformação de energia hidráulica em elétrica da seguinte maneira: um conjunto de obras e equipamentos cuja finalidade é a geração de energia elétrica, através de aproveitamento do potencial hidráulico existente em um rio. O potencial hidráulico proporcionado pela vazão hidráulica e concentração dos desníveis existentes ao longo do rio. (CAUS e MICHELS, 2016, p. 5)

A implantação de uma usina hidrelétrica em determinada região cumpre o seu papel de atender a população ao fornecer um produto essencial (energia) e ir de encontro às necessidades da indústria local, tanto no fornecimento residencial quanto industrial a qualidade no produto final precisa prevalecer.

Há de ressaltar que a implantação de uma usina hidrelétrica produz algo essencial para o mundo moderno, no entanto, há de se destacar que ao passo que é um grande avanço no, ela traz consigo problemas como impacto ambiental e alterações no modo de vida para a comunidade na qual está implantada.

Assim, nessa esteira de pensamento Udaeta alerta que:

A implantação de hidrelétricas pode também gerar impactos no clima provocando alterações na temperatura, na umidade relativa e na evaporação, onde ocorre aumento desta em regiões mais secas. Pode causar erosão das margens do rio com perda do solo e árvores gerando o assoreamento que afeta a vida útil do próprio reservatório. Na hidrologia, altera o fluxo de corrente e a vazão do rio causando alargamento do leito; provoca aumento de profundidade e elevação do nível do lençol freático criando pântanos. Sem contar com a perda significativa de biodiversidade em relação à fauna e à flora, devido ao alagamento de grandes áreas. (UDAETA,1997, p. 80)

Vimos que as usinas hidrelétricas se constituem como uma fonte renovável de energia, no entanto, não significa que sejam ambientalmente corretas e nem que são menos nocivas que outras fontes unanimemente nocivas, sabemos que a construção de uma hidrelétrica causa impactos ambientais no momento em que para gerar energia é necessário criar uma represa.

Isso posto, vimos que uma tentativa de minimizar os impactos das hidrelétricas é a substituição dos grandes empreendimentos por PCH’s, porém esse é ainda um tema bastante controverso já que mesmo que em menor escala, as PCH’s também causam impactos.

4.6 MONTAGEM ELETROMECÂNICA DE UMA DISTRIBUIDORA DE ENERGIA

O processo de montagem da parte eletromecânica de uma usina hidrelétrica é tão importante quanto o estágio anterior, ou seja, construção da estrutura de concreto da Usina.

Aqui começa a ser montado o “coração” e todas as suas capilaridades, costumeiramente é dito que a usina começa a ter vida, pois aquilo que vai gerar energia passa a ser instalado na estrutura de concreto tão cuidadosamente projetada para tal. Na figura abaixo vemos de forma compacta como se apresenta a estrutura eletromecânica de uma Usina Hidrelétrica.

Figura 2 – Esquema de um gerador e turbina de uma Usina Hidrelétrica

Fonte: Guerra e Youssef, 2014.

Segundo Melo o procedimento de montagem:

O procedimento de montagem da estrutura eletromecânica deve ser executado de acordo com o projeto, e com qualidade que garanta uma operação satisfatória do equipamento. Uma eventual modificação necessária somente poderá ser realizada com prévia aprovação do departamento de engenharia e de acordo com a instância competente do cliente (MELO, 2014, p.17)

A aplicabilidade prática dos conceitos de gestão de qualidade durante o processo de montagem é fator sine qua non para o sucesso do empreendimento, visto que em uma usina hidrelétrica não pode haver erros, pois neste caso o que estar em jogo é a segurança dos colaboradores que trabalham no processo de execução e funcionalidade de uma usina hidrelétrica.

Na figura a seguir, vemos uma estrutura eletromecânica do tipo bulbo, diferente das usadas convencionalmente, porém, não menos complexa, necessitando de toda a expertise de especialistas para o sucesso da empreitada.

Figura 3 – Estrutura eletromecânica tipo Bulbo

Fonte: Esposito, 2013, p. 29.

Sabedores da complexidade que envolve toda montagem estrutural da eletromecânica de uma usina hidrelétrica, aqui iremos atentar para um dos seus componentes, ressaltando que independentemente do tamanho da peça e da sua posição na engrenagem, todas são igualmente importantes para que o processo de geração de energia seja feito dentro dos padrões internacionais de qualidade.

Assim, tomaremos como exemplo a montagem do gerador.

Na perspectiva de Melo:

A montagem deve obedecer à ordem de colocação de cada parte do gerador, primeiramente são montadas as partes fixas do gerador e depois as partes móveis, segue-se na sequência a classificação de cada peça e seu procedimento de montagem de acordo com as normas do fornecedor. (MELO, 2014, p. 18)

Ainda seguindo a mesma linha de raciocínio do autor acima supracitado, é imprescindível atentar para cada detalhe. O procedimento de montagem do estator gerador deve ser executado de acordo com o projeto, e com qualidade que garanta uma operação satisfatória do equipamento. Uma eventual modificação necessária somente poderá ser realizada com prévia aprovação do departamento de engenharia e de acordo com a instância competente do cliente, conforme nos ensina Esposito (2014).

Neste sentido, especial atenção deve ser dada aos seguintes estágios da montagem: Folgas, soldas e acoplamentos;  aperto de tirantes, parafusos e porcas; travamento de parafusos e porcas; chapeamento do núcleo do estator; circularidade / Altura do núcleo do estator; montagem do enrolamento; Oscilação do eixo (run-out); Verticalidade e retilinidade do eixo e entreferro. 

Para o engenheiro mecânico Clodoaldo Esposito, alguns cuidados especiais devem ser tomados durante o processo de montagem de peças que compõem a eletromecânica da usina hidrelétrica.

Segundo ele é primordial atentar para:

Todas as partes da máquina, em particular as partes destinadas a isolamentos e bobinagem (enrolamento) deverão ser manuseadas com o máximo cuidado e atenção. Deve ser dada também especial atenção ao manuseio das peças delicadas com alta precisão de acabamento. Durante os trabalhos, ficar atento / proteger o núcleo do estator, o enrolamento do estator, assim como o apoio das cabeças do enrolamento, para evitar danos acidentais nos isolamentos. Em nenhum caso se permitirá pisar sobre estas partes da máquina diretamente com sapatos. (ESPOSITO, 2014, p. 28)

Portanto, podemos afirmar que deve ser evitada a utilização de produtos cuja fabricação, manuseio, aplicação e manutenção possam oferecer perigo à saúde das pessoas, bem como prejuízo ao meio ambiente. Caso não seja possível evitar a utilização, devem ser tomadas todas as precauções para minimizar o seu impacto.  Todas as partes da máquina, em particular as partes destinadas a isolamentos e bobinagem (enrolamento) deverão ser manuseadas com o máximo cuidado e atenção. Deve ser dada também especial atenção ao manuseio das peças delicadas com alta precisão de acabamento.

Produzir energia vai de encontro aos interesses de mercados e empresas, mas essa produção precisa seguir critérios técnicos rígidos que objetivam principalmente de forma segura e garantir que o produto ou serviço cheguem ao consumidor final sem variação de qualidade e com a melhor relação de custo benefício, isso implica dizer que a produção precisa ocorrer equilibrando os conceitos básicos de gestão para que o serviço seja o de melhor excelência possível.

Assim, a área de conhecimento de um projeto de gestão da qualidade inclui os processos organizacionais que determinam a política da qualidade, objetivos responsabilidades.

5 METODOLOGIA

A metodologia empregada foi a de revisão de literatura de caráter descritivo e exploratório. Segundo Sousa, et al. (2007) a pesquisa exploratória adota estratégia sistemática com vias de gerar e refinar o conhecimento quantificando relações entre variáveis. A adoção desse modelo qualitativo objetiva compreender as questões que envolvem o processo de implantação da Gestão de Projetos em distribuidora do setor energético.

Já a revisão bibliográfica é um método que proporciona a síntese de conhecimento e a incorporação da aplicabilidade de resultados de estudos significativos na prática. Determinando o conhecimento atual sobre uma temática específica, já que é conduzida de modo a identificar, analisar e sintetizar resultados de estudos independentes sobre o mesmo assunto. (SOUZA, et al. 2010).  

Foram elencadas e analisadas as publicações acerca do tema, a fim de compreender as dificuldades dos gestores em promoverem a gestão de projetos e a melhoria da governança corporativa em empresa distribuidora do setor energético. 

A seleção das literaturas foi ampla, não se restringindo a trabalhos realizados no Brasil, , foram utilizados como critérios de inclusão os trabalhos publicados no período de 2010 a 2023, sendo excluídos os materiais publicados fora do período considerado e aqueles que não corroboravam com a temática proposta.

Para elaboração do presente estudo foi realizada consulta às indicações formuladas pelo Ministério de Minas e Energia, livros científicos e busca direcionada pelos descritores “Distribuição de Energia. Gestão de Projetos. Governança Corporativa.” que apontaram ocorrências na CAPES, Google Acadêmico e Scientific Electronic Library Online (SCIELO). 

Foram apreciados 25 estudos, dos quais foram excluídos: duplicatas, textos indisponíveis, artigos não relacionados ao tema, teses e dissertações, além de textos excluídos pelo título e leitura de resumo, dentre esses estudos “13” foram selecionadas de acordo com a relevância dos dados para o estudo proposto. (referenciar o período analisado dos artigos).

6 RESULTADOS

Face aos conceitos e informações obtidas ao longo dessa produção científica é justo afirmar que promover a aplicabilidade dos conceitos de gestão da qualidade é peça essencial para que um gestor tenha sucesso na execução e manutenção de um projeto, neste caso específico da manutenção eletromecânica de uma usina hidrelétrica.

Gerir sob os conceitos da qualidade permite ao responsável pelo projeto diminuir ao máximo possível a margem de erros e possíveis prejuízos na cadeia produtiva e por consequência no produto final, dando a certeza que o consumidor final está recebendo um produto de qualidade, levando em conta que ao longo da sua produção foram respeitados todos os padrões internacionais estabelecidos, prezando a segurança dos envolvidos na produção bem como do meio ambiente.

Como propalado por muitos especialistas, os conceitos da qualidade são fundamentais e devem ser vistos como estratégia de negócio. De nada adianta ter certificações e não aplicar os conceitos de qualidade no dia-a-dia da empresa.

Portanto, os conceitos de gestão da qualidade devem ser aplicados para garantir a excelência do serviço e/ou produto oferecido ao consumidor. Especificamente no caso do que nos propomos aqui, é salutar ressaltar que a montagem dos componentes eletromecânicos de uma usina hidrelétrica pode ser comparada ao ato de cuidar do coração humano, pois se o gerador parar, por exemplo, toda a cadeia também vai parar. Se a pá da turbina ficar estática por algum motivo, por consequência o eixo da turbina vai parar, pois uma engrenagem depende da outra para poder funcionar a contento.

Face aos resultados obtidos a partir da revisão literária é correto afirmar que:

  • A geração de energia no Brasil é bastante diversificada, no entanto, o país ainda está atrelado majoritariamente à produção de energia hidrelétrica, sendo que sua principal matéria prima é a água;
  • Para gerar energia a partir de hidrelétricas é necessário represar uma quantidade gigantesca de água, muito embora, a geração dessa energia seja limpa é inegável o impacto ambiental causado pela formação de lagos e posterior geração de energia elétrica, no Brasil existem várias normatizações e leis ambientais que tratam sobre o tema, destacando que é permitido produzir, porém é preciso agir dentro do que determina a lei;
  • Os cuidados necessários para a instalação de uma usina hidrelétrica em determinada região devem ser tomados desde o momento da escolha do terreno, até a instalação de sua estrutura eletromecânica, visto que, neste caso erros são inconcebíveis, e caso eles existam a quantidade de energia produzida não é a esperada e a qualidade também não, a estrutura eletromecânica a responsável de fato em dar dinamicidade ao processo de transformação da energia. Destaque-se que: A água represada em lago é possuidora de energia potencial que por sua vez se converte em energia cinética. Em seguida a energia cinética é “transportada” até às turbinas, que promovem a movimentação do gerador; e este (o gerador), por sua vez, converte a energia cinética em energia elétrica que finalmente através de condutores será transportada até o consumidor final;
  • A gestão da qualidade quando aplicada à devida e correta manutenção da estrutura eletromecânica garante por sua vez que a energia elétrica que chega até casas e indústrias foi produzida a partir de critérios técnicos suficientes para garantir a segurança do consumidor final, isso implica dizer que a energia não chegará nem com a voltagem baixa, nem com a voltagem alta, e sim com a potência necessária que os equipamentos por ela alimentados necessitam.

Desta forma, não basta simplesmente construir e montar, esse processo precisa ser feito com responsabilidade técnica e administrativa, porém há outro fator que não pode ser deixado de lado que é a manutenção dos equipamentos a serem utilizados para o funcionamento da hidrelétrica.

7 CONCLUSÃO

A energia elétrica é sem dúvida um produto indispensável para a vida moderna e para garantir a produção de insumos necessários para a manutenção do ser humano no planeta: moradia, indústria, lazer, cultura, entretenimento. Enfim, do nascer ao pôr-do-sol a humanidade faz uso constante da energia elétrica quer seja para fins domésticos, quer seja para a produção industrial. No Brasil, a produção de energia elétrica a partir de usinas hidrelétricas corresponde a 58% e há um empenho por parte do governo de diminuir essa dependência, mesmo sabendo que nosso potencial produtivo é absurdamente grande quando comparado às outras fontes disponíveis.

Nessa produção científica vimos que a preocupação com o emprego dos princípios da gestão de qualidade devem ser utilizados desde o planejamento inicial na construção de uma hidrelétrica, pois não pode haver erros irreparáveis nem na estrutura, tão pouco na parte eletromecânica que é por assim dizer o coração de uma usina hidrelétrica. Se um dos princípios da gestão da qualidade é a melhoria contínua, quando este é empregado na produção de energia entendemos claramente que ele deve estar presente em toda a cadeia produtiva, como fator indispensável para garantir a rentabilidade da empresa, a segurança dos seus colaboradores, o respeito às determinações legais e também a segurança do consumidor final.

Conforme já afirmado se a estrutura eletromecânica é o coração de uma usina hidrelétrica, por consequência ele deve ser bem cuidado, recebendo todas as manutenções necessárias. Para garantir que a produção de energia ocorra dentro dos parâmetros de segurança necessário e assegura a qualidade que se espera do produto as usinas empregam dois tipos de manutenção: a preventiva e a corretiva. Na primeira o objetivo é garantir que a usina opere sem nenhuma dificuldade ou permita o surgimento de problemas que comprometam a produção e na segunda o principal objetivo é corrigir falhar que afetam a produção, transmissão e medição.

Dessa forma é fácil entender o porquê da gestão da qualidade ser empregada e implementada no processo de manutenção da eletromecânica pois garantirá a perfeita funcionalidade do sistema,  gerando desta forma energia limpa, com segurança, oferecendo ao consumidor final um produto atestado e comprovado dentro dos padrões de qualidade que o país exige.

A manutenção correta, precisa e programada da estrutura eletromecânica de uma usina hidrelétrica é fundamental também para que a empresa evite gastos com troca de equipamentos, sem a necessidade. Se há a regularidade da manutenção dos equipamentos, a probabilidade de trocá-los antes dos prazos estabelecidos é praticamente nula, o que permite à empresa ou concessionária programar-se para que a eventual troca ocorra respeitando prazos e orçamentos estabelecidos.

E por fim, uma manutenção preventiva garante que a perfeita funcionalidade de todos os equipamentos seja mantida, permitindo que toda a cadeia produtiva não sofra impacto em razão de um desgaste ou defeito de determinada engrenagem. Nesse contexto, o conceito de gestão da qualidade é indispensável na produção de energia visto que garante segurança ao produtor e ao consumidor. Nessa esteira de pensamentos o controle e garantia da qualidade em projetos são indispensáveis para definir as sistemáticas necessárias para operação e controle eficaz, confiabilidade, repetir as boas práticas consolidadas e evitar reincidências de não conformidades, criar critérios para monitoramento, medição e análise de processos bem como a implementação contínua de ações para o alcance dos resultados requeridos.

Se o emprego da gestão da qualidade gera benefícios a ausência dela qualidade no projeto gera gastos com retrabalho e estes gastos são altíssimos. Face ao abordado e exposto ao longo desta produção é pertinente reafirmar a necessidade imperiosa de produzir com qualidade, respeitando as normas vigentes na legislação nacional, comprometendo-se com a segurança dos colaboradores e consumidores já que na produção de energia hidrelétrica isso só é possível se dois fatores forem priorizados: devida manutenção de equipamentos que compõem a estrutura eletromecânica e gestão de qualidade.

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